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2º Trimestre de 2023

Relacionamentos
em Família
Superando Desafios e Problemas com
Exemplos da Palavra de Deus
2º Trimestre de 2023

LIÇÃO – 02
A Predileção
dos Pais por um
dos Filhos
09 de Abril
TEXTO ÁUREO
E amava Isaque a Esaú, porque a caça era do seu gosto, mas
Rebeca amava a Jacó. (Gn 25.28)

VERDADE PRÁTICA
A preferência de filhos dentro do lar gera divisão
e promove o egoísmo na formação deles.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 25.19-28
19 – E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque; 
20 – e era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de
Labão, arameu, por sua mulher. 
21 – E Isaque orou instantemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações,
e Rebeca, sua mulher, concebeu. 
22 – E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor. 
23 – E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será
mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. 
24 – E, cumprindo-se os seus dias para dar a luz, eis gêmeos no seu ventre. 
25 – E saiu o primeiro, ruivo e todo com a uma veste cabeluda; por isso, chamaram o seu nome Esaú. 
26 – E, depois, saiu o seu irmão, agarrando sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se chamou o seu nome Jacó. E
era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou. 
27 – E cresceram os meninos. E Esaú foi varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó era varão simples, habitando
em tendas. 
28 – E amava Isaque a Esaú, porque a caça era do seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
 
CONTEÚDO

I – O PLANO DE DEUS PARA A OBJETIVO DA LIÇÃO


FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA I) Apresentar o plano de Deus para a família de
Isaque e Rebeca;
II – O CONFLITO FAMILIAR II) Apontar a predileção dos filhos como uma das
principais causas de conflito familiar;
III) Explicar os malefícios da predileção na
III – O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO formação e desenvolvimento físico, emocional e
POR FILHOS NA FAMÍLIA espiritual dos filhos.
INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito da


predileção de filhos pelo casal Isaque e
Rebeca. Veremos que quando isso acontece na
família, os resultados são conflitos
intermináveis que fazem do lar um ambiente
hostil para a criação dos filhos. Obviamente,
essa não é a vontade de Deus
para a família cristã.
TÓPICO I

O PLANO DE DEUS PARA


A FAMÍLIA E SUA
PRESCIÊNCIA
TÓPICO I: O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA

1- O Plano divino para a família de Isaque e Rebeca.


Isaque e Rebeca faziam parte de um plano maior de Deus. Ao conhecer
Rebeca e tomá-la por esposa, Isaque não esperava o que viria pela frente.
Quando ele descobre a esterilidade de Rebeca, a Bíblia diz que o patriarca
orou ao Senhor para que a madre de sua esposa fosse aberta (Gn 25.21).
Somente 20 anos depois dessa oração, com 60 anos de idade, Isaque
recebeu a notícia de que Rebeca estava grávida (Gn 25.26; cf. 25.20).
Nada pode impedir o plano de Deus, pois quando Ele opera, seus desígnios
se cumprem no tempo certo. Assim, no tempo perfeito de Deus, Rebeca
gerou dois meninos.
TÓPICO I: O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA

2- O propósito presciente de Deus. 


Deus conhecia antecipadamente o futuro de Esaú e de Jacó (Gn 25.23). Isso
indepen­dia das circunstâncias que envolvessem essa história. Por isso, o
Senhor atendeu a oração de Isaque e Rebeca concebeu filhos gêmeos (Gn
25.21). Conforme as crianças se desenvolviam, os gêmeos já lutavam entre
si no ventre de Rebeca (Gn 25.22).
Deus sabia que, Esaú e Jacó por serem agentes livres, eles seriam rivais.
Aqui, se trata da presciência de Deus, um atributo divino que indica o pré-
conhecimento de todas as coisas. Esse atributo não é causativo, isto é, ele
não implica determinismo na vida do ser humano.
O Senhor tem um propósito para a vida de cada pessoa; muitas vezes não o
compreendemos, mas sabemos que a vontade dEle é perfeita (Rm 12.2).
TÓPICO II

O CONFLITO
FAMILIAR
TÓPICO II: O CONFLITO FAMILIAR

1- A esterilidade de Rebeca. 
Na antiguidade, uma mulher estéril era vista como uma pessoa
amaldiçoada. Por serem impedidas de procriar, mulheres inférteis
eram consideradas inferiores a ponto de, num casamento, os maridos
terem o direito de repudiá-las.
No caso de Isaque, ao perceber que Rebeca não podia dar-
lhe filhos, orou ao Senhor para que a esterilidade de Rebeca
fosse desfeita e ela pudesse gerar. Como vimos, Deus ouviu
o clamor de Isaque (Gn 25.21).
TÓPICO II: O CONFLITO FAMILIAR

2- O conflito: “E os filhos lutavam no ventre dela” (Gn 25.22). 


Naquele tempo, do ponto de vista social, a geração de filhos herdeiros era
importante para as famílias (Sl 127.3-5). Por isso, Abraão e Sara
precipitaram-se na promessa de Deus.
Diferentemente de seu pai, Isaque buscou ajuda do alto para superar o
problema da esterilidade de Rebeca.
Uma vez grávida, Rebeca começou a afligir-se por causa de um movimento
excessivo dentro do seu ventre. Ela orou ao Senhor a respeito da
questão (v. 22), e ouviu de Deus que havia dois povos no seu ventre, e
que o menor dominaria sobre o maior (Gn 25.23).
TÓPICO II: O CONFLITO FAMILIAR

3- O favoritismo do casal pelos filhos. 


Em termos de personalidade e de temperamento, Esaú e Jacó eram pessoas diferentes. Em
Gênesis 25.25-28, Deus revela a Rebeca as diferenças entre os gêmeos. O “menor’’ (Jacó)
teria uma descendência forte e o ‘’maior’’ (o mais velho e, por isso, primogênito, Esaú)
servirá ao menor.
No capitulo 27, já idoso e cego, Isaque achava que logo morreria. Buscou
abençoar a Esaú com a bênção patriarcal do “direito da primogenitura’’. Isaque tinha
preferência por Esaú, pois este o satisfazia com o prazer das caças.
Entretanto, sabendo que havia um plano especial de Deus para o
filho mais novo, Rebeca favorecia Jacó.
Essa predileção praticada pelos pais de Esaú e Jacó produziria
um grande conflito na família.
TÓPICO III

O PROBLEMA DA
PREDILEÇÃO POR
FILHOS NA FAMÍLIA
TÓPICO III: O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA

1- Esaú, o filho predileto de Isaque. 


Isaque demonstrou fraqueza ao beneficiar Esaú, por causa do guisado
da caça (Gn 27.3,4), ignorando dessa forma, a profecia divina
de Gênesis 25.23.
Por força dos padrões sociais da época, o primogênito tinha a primazia
no futuro da família. Por isso, Isaque pensava que deveria ministrar a
bênção patriarcal com direito de primogenitura a Esaú, o mais velho.
Isaque não compreendeu o propósito de Deus para seus filhos
(Gn 25.23). Ele não percebeu que havia algo superior em
relação aos dois filhos e que o Senhor agiria para que nenhum
dos dois filhos se sentissem prejudicados.
TÓPICO III: O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA

2- Jacó, o filho predileto de Rebeca.


Vendo que a bênção patriarcal poderia ser conferida a Esaú (Gn 27.4,5),
Rebeca, embora soubesse que a bênção pertencia a Jacó, conforme
Deus havia revelado, ela sem consultar a Deus, colocou-se acima
do plano divino e interferiu nos acontecimentos com uma
atitude mentirosa.
Sabendo que Esaú quebrou princípios da obediência e do respeito aos
pais, casando-se com uma mulher estrangeira (Gn 26.34,35), Rebeca
arquitetou um plano para que Isaque abençoasse a Jacó com a
benção da primogenitura (Gn 27.6-30).
Toda essa trapaça revelava a fraqueza do caráter de Rebeca.
TÓPICO III: O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA

3- O problema da predileção pelos filhos. 


Além do conhecimento que os pais tinham acerca do conflito entre os dois filhos, faltou
a Isaque, como o líder da família, a habilidade e a sabedoria para contornar o embate
existente. Por outro lado, Rebeca não avaliou os danos morais e espirituais nos seus
filhos. O presente relato bíblico nos ensina que é uma tragédia moral e
espiritual quando os pais preferem qualquer um dos filhos. 
Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3), Deus concedeu esse privilégio para que os
pais sejam uma bênção para a vida de seus filhos. Os pais devem tratar de forma justa
e imparcial os filhos.
Os pais têm responsabilidades no desenvolvimento saudável e
equilibrado do ponto de vista físico, emocional e espiritual dos
filhos (Ef 6.4).
CONCLUSÃO

Na Palavra de Deus, encontramos normas que servem de


convivência saudável e cristã para a vida familiar.
Nessa orientação, os filhos devem ser obedientes a eles
(Ef 6.1-3) e os pais não devem provocar a ira aos filhos (Ef
6.4). Assim, quando o casal não respeita a personalidade
dos filhos, tratando-os com predileção, infelizmente, o
resultado é o conflito entre os membros da família.

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