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INTRODUÇÃO
1. Casaram-se e foram felizes para sempre. Isso é frase de impacto, mas não é real. Não
existe felicidade automática. Ela precisa ser construída com renúncia e investimento.
2. 50% das pessoas que vão sorrindo para o altar no dia do casamento, passam o resto
da vida chorando por causa do casamento. 70% das pessoas que se casavam de novo,
descobrem que o segundo casamento é mais problemático do que o primeiro. O
impacto do divórcio na vida de algumas crianças é mais forte do que a própria morte
de um dos pais.
3. Ao atender uma jovem senhora em prantos, com a palma da mão rasgada numa
briga conjugal. Perguntei-lhe: quantos anos de casamento? Ela me respondeu: dois
meses. Outra mulher com seis meses de casamento, disse-me: eu não sei o que é ser
feliz no casamento.
4. No casamento é possível começar bem e terminar mal. É possível começar na
dependência de Deus e perder o temor de Deus no meio do caminho. É possível
começar em harmonia e terminar com feridas e mágoas. É possível fazer um
casamento dentro da vontade de Deus e destruí-lo com as próprias mãos. É possível
começar com intenso amor e afogar o casamento do mar da indiferença, da amargura e
da separação.
5. Como está seu casamento? É aquilo que você sonhou? Como está sua família? É o
que você planejou? Vejamos agora um casal que começou bem e terminou mal, uma
família que tinha tudo para dar certo e sofreu rezeves terríveis.
CONCLUSÃO
O texto de João 2.1-11, nos fala que Jesus foi a uma festa de casamento. Ele participa
conosco dos nossos momentos de alegria Ele celebra conosco as nossas vitórias. Esse
texto tem algumas lições que podem revolucionar sua vida e salvar o seu casamento:
1. Jesus é a pessoa mais importante a ser convidada para o casamento – Jesus estava
presente naquele casamento de Caná da Galiléia. Ele foi convidado e lá compareceu. A
presença e a intervenção de Jesus naquele casamento salvou aquela família de um
grande constrangimento. A maior necessidade das famílias hoje é da presença de
Jesus. As pessoas não estão precisando tanto de mais dinheiro ou mais conforto, mas
da presença de Jesus na família. Seu lar pode ter tudo: dinheiro, conforto, saúde,
amigos e prosperidade, mas se Jesus ainda não é o centro da sua vida e do seu lar, está
faltando o principal. Só Jesus pode satisfazer a sua alma e dar sentido pleno à sua vida
e à sua família.
3. Precisamos discernir com rapidez quando a alegria está acabando – Maria, usando
sua acuidade espiritual e sua profunda percepção feminina, livrou aquela família de
um grande vexame. Ela percebeu que o vinho estava acabando e que alguma coisa
deveria ser feita. Ela não ficou parada. Ela não guardou o problema só para ela. Ela
tomou uma iniciativa. Ela estava ligada. Precisamos também estar com as antenas
ligadas. Precisamos ter olhos abertos para ver o que acontece na família. Muitos
casamentos naufragam porque os cônjuges não discernem as crises no seu
nascedouro. Não agem preventivamente. Deixam o tempo passar e quando vão buscar
ajuda já é tarde demais.
4. Precisamos recorrer à pessoa certa na hora da crise – Maria buscou a Jesus. Ela
levou o problema à pessoa certa. O segredo da felicidade conjugal não é a ausência de
problemas, mas ter sabedoria e pressa para levar os problemas a Jesus. Muitos casais
ao entrarem em crise, buscam solução onde não há solução. Cavam cisternas rotas
onde não há água. Buscam ajuda em caminhos que só os fazem desviar mais da vereda
da felicidade. Jesus é a resposta para a família. Ele é a solução de Deus para o lar.
Precisamos levar os problemas da família e deixá-los aos pés de Jesus. Dele vem o
nosso socorro. Do céu promana a nossa ajuda.
5. Precisamos obedecer e fazer o que Jesus manda – Jesus mandou os serventes encher
de água as talhas. Aquela ordem parecia absurda. Eles poderiam ter questionado,
dizendo: nós não estamos precisando de água. O que está faltando aqui é vinho. Mas se
queremos ver as maravilhas de Deus acontecendo na família, precisamos exercer uma
pronta obediência às ordens de Jesus. Precisamos deixar de lado nossas
racionalizações e fazer o que ele nos manda. Sempre que obedecemos a Jesus nossa
vida é transformada. Sempre que o casal se dispõe a obedecer a Palavra de Deus, o
vinho da alegria começa a jorrar de novo dentro do lar.
6. Precisamos ser guiados pela fé e não pelos nossos sentimentos – Aqueles serventes
não questionaram, não relutaram nem duvidaram da ordem de Jesus. Eles obedeceram
prontamente. Eles creram e agiram. Eles encheram de água as talhas. Eles levaram a
água ao mestre sala. Mas quando este enfiou a cuia dentro da água, um milagre
aconteceu: a água se transformou em vinho. O milagre da transformação acontece
quando nos dispomos a crer e a confiar. Quando fazemos o que Jesus ordena, mesmo
que a nossa razão não consiga explicar, experimentamos as maravilhas divinas. Feliz é
a família que vive pela fé. Bem-aventurada é a família que obedece a Palavra de Deus.
7. Quando Jesus intervém na família, o melhor sempre vem depois – O vinho que Jesus
ofereceu era de melhor qualidade. O costume era sempre oferecer primeiro o melhor
vinho, depois servia-se o inferior. Mas com Jesus o melhor vem sempre depois. A vida
com Jesus não tem decepções. O casamento não precisa ser uma descida ladeira
abaixo. Com Jesus, o casamento é uma aventura cada vez melhor. Os melhores dias não
foram os da lua de mel. Os melhores dias estão pela frente. Quando Jesus reina na
família a vida conjugal se torna mais consistente, mais profunda, balsamizada por um
amor mais maduro e sublime. Muitos casais, infelizmente, estão juntos por causa dos
filhos; moram na mesma casa, dormem na mesma cama, mas o coração já está vazio de
amor. Os sonhos de uma vida feliz já morreram. Mas, quando Jesus intervém, o amor é
restaurado, a alegria volta a pulsar e a família experimenta os milagres do céu.
8. Quando Jesus intervém na família, as pessoas glorificam a Deus e passam a crer nele
– Não há milagre maior do que uma família transformada. Não há nada que promova
tanto a glória de Deus do que ver um casamento sendo restaurado e uma família
experimentando a alegria verdadeira, depois de um tempo de tristeza e dor. Os
discípulos de Jesus passaram a crer nele depois desse milagre e muitos glorificaram a
Deus. Jesus é o mesmo. Ele nunca mudou. Ele ainda continua fazendo maravilhas na
vida das famílias. Ele pode restaurar também a alegria lá na sua casa. Ele pode mudar a
sua sorte. Ele pode curar as suas feridas, restaurar a sua alma e refazer o seu
casamento. Ele pode derramar amor em seu coração. Ele pode lhe dar capacidade de
perdoar. Ele pode transformar o seu deserto árido em manancial. Ele pode fazer
florescer no seu coração a esperança de uma nova vida, de um casamento restaurado,
de uma família cheia de verdor e felicidade!
Atos 16.13-15
13 – No dia de sábado, saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos
haver um lugar para oração; e, assen-tando-nos, falamos às mulheres que ali se
ajuntaram.
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15 – Depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado
que eu seja fiel ao Senhor, entra minha casa e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
INTRODUÇÃO
PROPAGANDA
I – ARGUMENTAÇÃO BÍBLICA
Quando Deus destruiu o mundo com as águas do dilúvio, providenciou a arca (uma
figura de Cristo) para a família inteira. (Gn 7.1; Hb 11.7) Todos os seus
componentes (oito pessoas) foram salvos. No Egito Deus resgatou o seu povo e
para isto ordenou que fosse imolado um cordeiro (outro tipo de Jesus Cristo). A
ordem expressa foi: “Um cordeiro para cada família”. (Êx 12.3) O interesse de
Deus pelas famílias é visto enfaticamente em Deuteronômio 6.6-8.
2. No Novo testamento
O exemplo de Ananias e Safira (At 5.1-11), deixa claro que há uma unidade na
família que tanto pode ser alvo da redenção como também do juízo divino,
dependendo apenas da atitude da própria família.
Este é um momento de reflexão: Como está o seu lar? Você pode considerá-lo
cristão? Jesus Cristo é o Salvador e Senhor do seu lar?
II – EXEMPLOS BÍBLICOS
São muitos os exemplos registrados nas Sagradas Escrituras que mostram Jesus
entrando nos lares e tornando-se Salvador e Senhor das famílias. Nesta lição
veremos apenas cinco exemplos:
pedindo a Deus a direção para a sua vida e para os seus familiares (At 10.1,2). Foi
ouvido quanto ao que pedia, deixando para nós hoje, um maravilhoso exemplo
b) Sem receio entregou o seu lar à descoberta da verdade de Deus (At. 10.24);
c) Não teve receio de firmar compromisso com Deus para si e para todo o seu lar.
Algumas vezes são problemas insolúveis, ai então precisamos fazer como Jairo:
Decidiu buscar em Jesus a solução para o seu problema, e ficou confiando em Jesus
até recebê-la.
Para que o nosso lar seja de fato cristão e para que Cristo seja o Salvador e Senhor
da nossa família, devemos seguir os exemplos do carcereiro:
Lídia encontrou algo de grande valor, e a sua primeira providência foi levar o
achado para a sua família. Abriu o coração para a Palavra de Deus e permitiu que
toda a sua casa fosse batizada. O que é que você tem levado para dentro do seu lar
para oferecer a sua família? Lídia levou Jesus, façamos o mesmo.
Se você quer experimentar Jesus mudar o seu lar, abra-se para Ele, sem medo, ouça o
que Ele tem para lhe dizer, siga os seus conselhos (At. 10.36,43).
CONCLUSÃO
Esta lição deve servir de estímulo para que busquemos em Jesus a salvação para os
nossos lares. Ele quer entrar no nosso lar, na vida de cada componente da nossa
família e efetuar grande transformação como fez em Caná. (Jo. 2)
3. Jesus é Senhor da sua vida, da vida do seus familiares e dos seus bens?
A Bíblia ensina que Jesus Cristo nos comprou com seu sangue para fazer de nós reis e
sacerdotes (Ap 5.9,10), o que nos faz compreender a visão do sacerdócio universal do
crente. Diferente da idéia difundida pela Igreja em séculos anteriores, não temos duas
categorias distintas na igreja: o clero e os leigos. Todos são sacerdotes e deveriam funcionar
como tal. A Palavra de Deus distingue posições de governo dentro da Igreja Local, mas não
limita o sacerdócio a uns poucos cristãos. Todo crente deve funcionar em seu lugar no
Corpo de Cristo, e todos têm a responsabilidade de ministrar ao Senhor, bem como aos
homens, em nome d’Ele. Esta visão tem sido resgatada desde a Reforma Protestante e ainda
amadurece em nossos dias, e somos gratos a Deus por isso.
“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o
cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (1 Coríntios 11.3)
A ordem de sujeição é clara na Bíblia: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do
homem e o homem é o cabeça da (sua, não da dos outros) mulher. Este texto fala de
governo e sujeição. Porém, por alguma razão, passamos a tratar como se falasse de
sacerdócio, ensinando algo mais ou menos assim: Se Cristo, por ser cabeça do homem é seu
sacerdote, logo o homem, por ser cabeça de sua mulher é sacerdote dela.
Se as coisas fossem exatamente assim, então a mulher não exerce sacerdócio sobre ninguém
e Cristo não é sacerdote dela, só de seu marido! Em seu livro, “Casamento & Família”,
publicado em português pela Graça Editorial, o Dr. Frederick Price fala acerca disso:
“Eu percebo que esta possa ser uma revelação ou uma ideia revolucionária para você,
mas o marido não é o cabeça espiritual da esposa. Muitas pessoas falam do marido
como sendo o sumo sacerdote da família, o sacerdote da casa e assim por diante. Mas o
marido não é o sacerdote da casa! Toda pessoa nascida de novo é sacerdote e rei,
independentemente do sexo, raça ou classe (1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). O único cabeça
espiritual em qualquer lar é Jesus. Jesus é o cabeça. Ele é o único Sumo Sacerdote. Nós
somos em conjunto reis e sacerdotes porque somos o Corpo de Cristo. De outra forma,
você estaria dizendo que Jesus é o sacerdote do homem, mas o homem é sacerdote da
mulher! E isso coloca um ser humano entre as mulheres e Jesus, exatamente como no
Velho Testamento, quando um sacerdote tinha que interceder entre os israelitas e
Deus… Jesus é o Sumo Sacerdote de cada pessoa nascida de novo. Homem nenhum
pode usurpar a autoridade do Sacerdote de todos os tempos. Se os homens não precisam
de um sacerdote humano sobre eles, tampouco precisam as mulheres!” (Capítulo 6,
páginas 71 e 72).
Portanto, cremos que tanto o marido como a esposa (e também os filhos) são todos
sacerdotes que devem ministrar perante Deus e em favor uns dos outros. A única questão
em que o homem se destaca é no governo do lar que lhe foi confiado. O fato de só o marido
ser o cabeça do lar não significa que só ele seja sacerdote!
Antes de governar na igreja, o homem tem que governar em sua própria casa:
Portanto, o mandamento de governar bem o lar – incluindo a vida espiritual – é para todo
cristão. E isto envolve uma excelente conduta familiar, que depois será cobrada do líder
como exemplo para o restante do rebanho:
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem
como, em cada cidade, constituísse presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja
irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados
de dissolução, nem são insubordinados.” (Tito 1.5,6)
O homem, além de ser fiel à sua esposa, deve conduzir seus filhos no caminho do Senhor e
numa vida de santidade, o que exigirá dele não só conselhos casuais, mas todo um
acompanhamento, investimento e ministração na vida espiritual de seus familiares. O
posicionamento de um homem de Deus sempre deve envolver sua casa. Este foi o exemplo
dado por Josué:
“Mas se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais, se aos deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em
cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Josué 24.15)
O texto acima reflete a responsabilidade de Josué de não apenas buscar ao Senhor, mas
servi-lo com toda a sua família. Quando se trata de família, não existe a história de “cada
um por si”. Embora a responsabilidade de cada um diante de Deus seja individual,
precisamos aprender a lutar por nossos familiares, especialmente aqueles que possuem a
incumbência de governar o lar.
O plano de Deus não é apenas para o homem sozinho, mas para toda a sua família. Quando
o Senhor decidiu julgar e destruir a humanidade nos dias de Noé, não proveu salvação para
ele sozinho, mas para toda a sua família (Gn 6.18). Vemos também que Deus prometeu a
Abraão que nele seriam abençoadas todas as famílias da Terra (Gn 12.3). Ao tirar Ló de
Sodoma, o anjo do Senhor fez com que ele saísse com toda a família (Gn 19.12). No Novo
Testamento encontramos um anjo visitando Cornélio e dizendo que deveria chamar a
Pedro, “o qual te dirá palavras mediante as quais será salvo, tu e toda a tua casa”. (At
11.14). E além de todas estas porções bíblicas, encontramos a clássica declaração do
apóstolo Paulo ao carcereiro de Filipos:
“Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e toda a tua casa.” (Atos 16.31)
Deus tem um plano para toda a família. Não quer dizer que porque um se converteu, todos
irão automaticamente converter-se por causa deste texto. Não creio que ele seja uma
promessa a todo crente, e sim que revele uma intenção de Deus quanto às famílias de uma
forma geral. Vale lembrar que Paulo declarou isto ao carcereiro num momento em que este
homem ia se matar. Paulo não podia vê-lo, pois além de estar dentro de sua cela, a Bíblia
diz que eles estavam no escuro. O apóstolo Paulo teve uma revelação do Espírito Santo para
uma pessoa específica, num momento específico.
Não podemos dizer: “Ei, Deus! Você prometeu que se eu cresse iria salvar todo mundo lá
em casa!”. Mas podemos muito bem orar pelos nossos familiares crendo que há um plano
divino para toda a família.
Porém, ainda assim, cada familiar nosso tem o direito de escolha; e se dirão sim ou não a
Jesus Cristo, é uma responsabilidade pessoal de cada um deles. Mas devemos fazer de tudo
para convencê-los, ensiná-los, cobri-los de oração intercessória e tudo o mais que for
possível.
No caso deste carcereiro filipense, o Senhor mostrou-lhe de antemão toda a família salva.
Mas para cada um de nós, mesmo se não diga de antemão o que irá acontecer, Deus já
revelou seu plano (em sua Palavra) para toda a família. E o cabeça do lar tem uma grande
responsabilidade de afetar o destino dos seus entes queridos.
O CABEÇA É O RESPONSÁVEL
No caso da mulher cujo marido não é convertido, entendemos que ela deve exercer sua
posição de “sacerdotisa” sobre os filhos, porém não sobre seu marido. Parece-nos ter sido
exatamente o que aconteceu na casa de Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo. A Bíblia
menciona apenas a mãe dele como sendo convertida:
“Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de
uma judia crente, mas de pai grego; dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e
Icônio.” (Atos 16.1,2)
E além da Bíblia nada falar sobre o pai de Timóteo sendo convertido, ainda mostra que a
cadeia de ensino e discipulado foi sendo transmitida por meio da avó e depois da mãe dele:
“Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de
alegria pela recordação de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou
em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.” (2 Timóteo
1.4,5)
Portanto, na falta do homem exercer sua responsabilidade de governo na condução
espiritual do lar, ou na incapacidade dele de exercê-lo – por não ser convertido, por
exemplo – a mãe deve assumir esse papel, porém sempre em relação aos filhos, nunca em
relação ao marido:
“E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre o marido.” (1
Timóteo 2.12)
É claro que a mulher pode ser bênção na vida de seu esposo, o que inclui, além de oração
intercessória, conselhos e até mesmo o fluir nos dons do Espírito Santo. Porém, ela não
deve usurpar a autoridade de governo que pertence ao marido.
O Senhor apenas nos confiou o cuidado deles, e um dia teremos que responder perante Ele
por isso. Daremos conta da forma como criamos nossos filhos, e isto deve trazer temor ao
nosso coração, especialmente no que diz respeito à formação espiritual deles. Não podemos
brincar com isto!
Deus está chamando os pais a assumirem um compromisso maior com Ele de ministrar a
vida espiritual de seus filhos. É preciso ministrar-lhes o coração. Desde os dias da Velha
Aliança o Senhor já esperava isto:
“Não te esqueças do dia em que estiveste perante o Senhor, teu Deus, em Horebe,
quando o Senhor me disse: Reúne este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim
de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará aos seus
filhos.” (Deuteronômio 4.10)
No versículo anterior a este, Deus já havia dito: “…e as farás saber aos teus filhos e aos
filhos de teus filhos” (Dt 4.9). Precisamos ministrar a Palavra de Deus aos nossos filhos!
Nosso ensino – ou a falta dele – tem o poder de afetar o resto da vida de nossos filhos; foi
Deus mesmo quem declarou isto:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, a ainda quando for velho, não se
desviará dele.” (Provérbios 22.6)
Não se trata apenas de dar uma boa educação, mas sim a verdadeira educação. Ensinar-lhes
a andar nas veredas da justiça, nos caminhos bíblicos. Temos visto muitos pais no meio
cristão distorcendo este versículo, dizendo que os filhos se desviarem voltarão depois.
Contudo, o que a Bíblia realmente diz é que, se os ensinarmos a andar no caminho certo não
desviarão nem mesmo quando forem velhos!
Educar os filhos no temor do Senhor é uma responsabilidade de todos os pais. Isto também
é um mandamento claro e expresso da Nova Aliança – o que faz da desobediência a ele
pecado:
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e
admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4)
COBERTURA DE ORAÇÃO
Também vemos na Bíblia que o cabeça do lar deve cobrir os seus com oração. A Palavra de
Deus nos mostra que Isaque orava a Deus para que abrisse a madre de Rebeca, sua mulher.
E Deus ouviu suas orações (Gn 25.21). As Escrituras ainda nos falam acerca de Jó, que
periodicamente sacrificava ao Senhor em favor de seus filhos, com medo de terem pecado
contra Deus (Jó 1.5). Também encontramos o rei Davi abençoando a sua casa (2 Sm 6.20).
O homem e mulher de Deus precisam ter um coração e uma vida de oração voltados para
cobrir e proteger a sua família. Vemos este exemplo na vida de Esdras:
“Então, apregoei ali um jejum junto ao Rio Aava, para nos humilharmos perante o
nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos, e para tudo o
que era nosso.” (Esdras 8.21)
Em 1 Samuel 30 lemos acerca de Davi e seus homens saindo para a batalha e deixando suas
mulheres e crianças desprotegidas em Ziclague. Enquanto eles estavam fora, os amalequitas
incendiaram a cidade e levaram suas mulheres e filhos em cativeiro. Três dias depois, eles
chegaram e se desesperaram pelo ocorrido. Finalmente, se fortaleceram no Senhor e foram
atrás dos seus, conseguindo resgatá-los. Aprendemos duas lições aqui. Primeiro que
precisamos proteger os nossos familiares, cobrindo-os em oração e não permanecendo
distantes deles. Segundo, que algumas vezes nos tornamos descuidados, e o inimigo pode se
aproveitar de nosso descuido. Mas também aprendemos que Deus é fiel, e mesmo quando
falhamos, sua misericórdia ainda pode nos ajudar a consertar aquilo em que erramos.
O governo espiritual do lar também envolve proteção. Deus nos mostrou isto em sua
Palavra desde o início, com o que ordenou a Adão, no Jardim do Éden:
“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar
e guardar.” (Gênesis 2.15)
Note que além de cultivar o jardim, o homem deveria também guardá-lo, protegê-lo. Mas
guardar de quem, se o homem estava sozinho, se nem mesmo Eva ainda havia sido criada?
Penso que Deus já estava indicando a Adão que Satanás, o inimigo de nossas almas, tentaria
destruir o que o Senhor estava colocando nas mãos do homem. Se Adão tivesse protegido a
Eva, em vigilância, bem como ministrado-lhe sobre a importância da obediência ao Senhor,
pode ser que as coisas poderiam ser diferentes. Nós também precisamos guardar e proteger
nossas famílias, e isto envolve oração e vigilância, bem como a ministração da Palavra de
Deus em nossos lares.
Muita gente fala da forma maravilhosa como Deus visitou a casa de Cornélio (At.10) com
salvação e enchimento do Espírito Santo. Mas isto não aconteceu “sem mais nem menos”.
Este homem orava continuamente a Deus. E onde há uma semeadura de oração, sempre
haverá uma colheita da manifestação do poder de Deus! Se cobrirmos nossa casa de oração,
veremos feitos grandiosos acontecendo em nosso favor, pois o Senhor sempre age num
ambiente de muitas orações.
ORANDO JUNTOS
Penso que além de cobrir a vida dos familiares com oração, o cabeça do lar deve
proporcionar um ambiente de oração onde os seus não só recebam oração em seu favor, mas
também aprendam a orar uns pelos outros.
Além disso, sempre que possível, a família também deve procurar orar junta, como muitas
vezes acontecia também com os irmãos da igreja em seu início:
“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa
que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham
dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18.19,20)
Ao orar junto, o casal aumenta seu “poder de fogo” contra o inimigo, pois no reino de
Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É sinérgico!
Moisés cantou acerca deste princípio ao mencionar o que Deus fizera acerca do exército de
Israel:
“Como poderia um só perseguir mil, e dois fazer fugir dez mil, se a sua Rocha lhos não
vendera, e o Senhor não lhos entregara?” (Deuteronômio 32.30)
A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre o casal. Desentendimentos
vão roubar deles o poder de unidade nas orações, que por sua vez serão impedidas:
“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher,
como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que
não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pedro 3.7)
A “correria” é um dos maiores inimigos deste tempo de oração que o casal deve ter junto.
E cada um deve aprender a “driblar” suas dificuldades e conseguir praticar um pouco mais
este princípio de oração conjunta de alguma forma.
Nós não oramos juntos em casa a freqüência que alguns ensinam; a maior parte de nossa
vida de oração é individual, pois além do caráter da busca pessoal, ainda temos outras
questões e fatores que interferem no tempo, no lugar e na forma como oramos. Orar juntos
não é algo que os cônjuges conseguem só por estar no mesmo ambiente ao mesmo tempo;
envolve acordo, orar pelos mesmos propósitos e pedidos. Alguns oram (fisicamente) juntos
e não conseguem esta sintonia; outros oram separados (fisicamente) mas fluem sempre “no
mesmo trilho”. O importante é que cada casal aprenda a melhor forma de, além de manter a
vida individual de oração, também conseguir orar junto e um pelo outro.
Não deve haver vergonha ou críticas quanto à forma de cada um orar. A intimidade no que
diz respeito à vida espiritual precisa ser desenvolvida da mesma forma que a física e
emocional.
CULTUANDO EM FAMÍLIA
Exercer liderança espiritual no lar não exige ter um culto com horário específico ou dia
marcado, é atividade a ser exercida sempre, em diferentes situações. Mas a prática de um
culto em família auxilia muito.
“Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas
mulheres e os seus filhos.” (2 Crônicas 20.13)
“No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara
com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o
júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12.43)
Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor (1 Sm 1.1-5). Acreditamos que
pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e não é,
porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente que exalta ao
Senhor e Sua Palavra do que num ambiente mundano que exalta o pecado e os prazeres da
carne. Lemos no Evangelho de Lucas que os pais de Jesus o levaram ao templo para
consagrarem-no ao Senhor (Lc 2.22-24), depois há registros de que o fizeram por ocasião
da Festa da Páscoa quando ele estava com 12 anos (Lc 2.41-43), mas a maior evidência de
que Jesus cresceu exposto ao ensino da Lei na Sinagoga era o conhecimento que Ele trazia
(como homem) das Escrituras.
Cultuar ao Senhor em família não envolve somente o ir à igreja, mas também pode abranger
um culto familiar na própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na casa de Cornélio
(At 10.33). A reunião familiar também não precisa acontecer apenas dentro de casa. Além
dos cultos na igreja, podemos nos reunir em algum outro lugar (e até mesmo com outras
famílias) para buscar ao Senhor (At 21.5).
A NEGLIGÊNCIA TRARÁ CONSEQUÊNCIAS
A primeira palavra profética que Samuel proferiu foi contra alguém que ele certamente
amava: o sacerdote Eli, que o criara no templo. E o que Deus disse envolvia a casa dele e
sua negligência no sacerdócio familiar:
“Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa;
começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela
iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os
repreendeu.” (1 Samuel 3.13)
O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está falando de
negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos, Eli não os
repreendeu. Toda omissão na vida espiritual do lar sempre trará conseqüências sérias. Davi
teve problemas com vários de seus filhos, e se você estudar com calma a história dele,
perceberá o quanto ele era negligente em relação a seus filhos. Adonias, assim como
Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono. Mas por trás desta atitude de rebelião, a
Bíblia mostra a negligência de Davi como líder espiritual em sua casa:
“Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?” (1 Reis 1.6)
Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a qualidade do
relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos ser sacerdotes dedicados
em ministrar e cobrir suas vidas.
É interessante notar que, na Bíblia, sempre que Deus abençoa alguém, também abençoa a
sua família. Vemos isso na vida de Potifar, capitão da guarda do Faraó:
“Desde que o pôs como mordomo sobre a sua casa e sobre todos os seus bens, o Senhor
abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor estava sobre tudo o
que tinha, tanto na casa como no campo” (Gn 39.5).
Também vemos o mesmo com as parteiras que, por temor a Deus, desobedeceram a ordem
do Faraó de lançar no rio Nilo os recém-nascidos dos hebreus que eram do sexo masculino:
“Também aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, ele lhes estabeleceu as
casas” (Êx 1.21).
Há uma evidente relação entre as bênçãos divinas e a família. Uma das primeiras bênçãos
mencionadas como consequência da obediência ao Senhor em Deuteronômio 28 é “bendito
o fruto do teu ventre” (v.4).
Quem pregou na cerimônia do meu casamento foi meu pai. Na ocasião, o pastor Juarez
Subirá falou de um texto bíblico que cresci escutando ele mencionar, o Salmo 128. Veja os
quatro primeiros versículos desse Salmo:
“Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois
comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a
videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor
da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.” (Salmo
128.1-4)
Deus fala de prosperidade material e da família. E depois de falar da bênção sobre a família
de quem teme ao Senhor, o salmista enfatiza: “assim será abençoado o homem que teme ao
Senhor”. A bênção da família parece vir até mesmo antes das outras:
“Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem desenvolvidas, e as nossas
filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio. Estejam repletos os
nossos celeiros, fornecendo toda sorte de provisões; as nossas ovelhas produzam a
milhares e a dezenas de milhares em nossos campos; os nossos bois levem ricas cargas;
e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas! Bem-aventurado o
povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor.” (Salmo
144.12-14)
Algo interessante que percebo nas Escrituras é que Deus não somente abençoa a família,
mas também vê a própria família em si mesma como uma bênção oferecida aos homens:
“Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os
rebeldes habitam em terra árida.” (Salmo 68.6)
“Ele faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. Louvai
ao Senhor.” (Salmo 113.9)
Durante muito tempo eu acreditei que o Senhor abençoava a família porque ela era
importante para nós. Portanto, como forma de nos agradar, pelo valor que nós damos à
família, o Pai Celeste a abençoava.
Contudo, descobri que Deus não abençoa a família apenas por ser importante para nós. É
muito mais do que isso, uma vez que a família é importante para Ele! E as bênçãos
prometidas em todo o tempo sobre as famílias somente fortalecem esse conceito.
Mas, se Jesus ainda não está presente... se Jesus não está presente
nas pessoas da casa... se Jesus não está presente na família, então,
está faltando o principal.
Por isso, a pessoa mais importante a ser convidada para a sua casa, é
Jesus. Amém?
...a segunda lição aqui, para revolucionar a sua vida e abençoar para
sempre a sua família, é esta:
2. Precisamos discernir com rapidez quando a alegria está
acabando
Observe no v.3, como foi que Maria, mãe de Jesus, procedeu.
Lemos aqui, que ela, usando a sua perspicácia espiritual, usando a
sua profunda percepção feminina... Maria livrou aquela família de um
grande vexame.
Ela havia percebido que o vinho estava se acabando e que alguma
coisa precisava ser feita.
Então, observe mais: ela não ficou parada... Maria não guardou o
problema só para si... Não! ela tomou uma iniciativa e foi dizer a
Jesus: “Eles não têm mais vinho”. Ela estava ligada!
Feliz é a família que vive pela fé... feliz é a família que obedece a
Palavra de Deus. Amém?
Mas com Jesus o melhor vem sempre depois. [diga aí à pessoa a seu
lado]
Com Jesus, o casamento de ninguém, a família de ninguém, precisa
ser uma descida ladeira abaixo...
Muitos dos discípulos de Jesus passaram a crer nEle depois que esse
milagre da transformação da água em vinho aconteceu, e muitas
pessoas glorificaram a Deus.
Conclusão
Jesus é o mesmo hoje. Ele não mudou...
Jesus ainda continua fazendo milagres na vida das famílias... e Jesus
pode restaurar também a alegria lá na sua casa. Jesus pode mudar a
sua sorte. Jesus pode curar as suas feridas, restaurar a sua alma...
Jesus pode refazer o seu lar.
Jesus pode derramar amor em seu coração... Jesus pode dar para
você a capacidade de perdoar... Jesus pode transformar o seu
casamento triste em um casamento feliz.