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INTRODUÇÃO
Com a indispensável ajuda de Deus, na palestra de hoje, aprenderemos sobre o relativismo
e seus terríveis efeitos. Definiremos o termo, e falaremos também da causa e desdobramentos da
teoria relativista sobre o indivíduo, a sociedade e a família. E, por fim, indicaremos o que
podemos fazer para vacinar a nossa família contra esse terrível mal.
I – O QUE É RELATIVISMO
Segundo o Houaiss, Relativismo é a doutrina segundo a qual “tal ideia ou tal fato depende
das condições de meio e de tempo, com as quais varia”. O pastor Elinaldo Renovato, teólogo e
comentarista de lições bíblicas da EBD, diz que o relativismo ensina “que nada é certo e nada
poder ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento” (2013, p. 18). O
relativismo é a negação de que existe um padrão estabelecido por Deus a ser seguido, na verdade,
o homem e não Deus, faz o seu próprio padrão. Não há nada errado, nem certo, depende do ponto
de vista de cada um.
IV – EFEITOS DO RELATIVISMO
4.1 No indivíduo. O relativismo produz um tipo de ser humano que não respeita nada nem
ninguém. Como tudo depende do ponto de vista de cada um, e não há padrão, cada pessoa se
comporta da forma como bem desejar. Há até uma máxima que diz: “meu corpo, minhas regras”.
O apóstolo Pedro disse que neste estágio o homem, perde os freios (1 Pd 4.4), e se comporta como
animal irracional: “Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza [...]” (2 Pd 2.12).
O absoluto relativismo conduz o ser humano a autodestruição (Ec 7.17; Rm 1.32; 3.23). A Bíblia é
clara em afirmar que tais indivíduos:
(a) estão em trevas (Ef 4.18);
(b) perderam a afeição natural (Rm 1.31; 2 Tm 3.3); e,
(c) acham normal pecar (Pv 10.23; 1 Pd 4.4)
4.2 Na família. Quando a visão relativista afeta o ser humano, afeta também a sua família.
Atualmente, a família tem sido o alvo principal do relativismo. Vejamos:
(a) O papel da esposa. Por influência do feminismo, o papel da mulher no lar tem
sido distorcido. A esposa para ser moderna, não pode aceitar a palavra submissão. Não deve ser
do lar. Nem criar filhos. Ela deve ter independência financeira e se livrar do estereótipo de dona
de casa. É preciso, em primeiro lugar, esclarecer que submeter-se não significa inferioridade,
porque Deus criou homem e mulher à sua imagem, e ambos têm igual valor (Gn 1.27; 1Co 11.8,9).
Paulo faz uma analogia comparando o marido como a cabeça e a esposa como o corpo, logo, a
cabeça não pode viver sem seu respectivo corpo e nem o corpo pode viver sem sua cabeça um
depende do outro (Ef 5.23-24). Em segundo lugar, não há nenhum problema, caso necessário, a
esposa precisar trabalhar para ajudar o esposo nas despesas do lar, entendemos que isto é uma
permissão e não um mandamento. A tarefa de cuidar do lar e dos filhos é uma tarefa nobre que
Deus confiou a figura feminina, no caso a esposa, sempre auxiliada pela figura masculina, no caso
o marido. Ser do lar não deprecia o valor e a importância da mulher, nem trabalhar fora a coloca
acima do homem. É preciso entender que diferentes papéis no lar, são indispensáveis para que a
família se desenvolva de forma saudável e assim sirva de testemunho para outras famílias (Tt 2.3-5).
(b) O papel do esposo. O relativismo também tem atacado a figura masculina e sua
importância no seio familiar. Em alguns lares, o homem está deixando de ser cabeça, para ser
cauda. Afirmam os defensores do relativismo que não vivemos mais numa sociedade patriarcal.
Historicamente, o termo “patriarcado” significa o governo autocrático do chefe de uma família.
Corpo sem cabeça, não sobrevive. O homem ocupa no lar a função de líder acompanhado de sua
esposa. A confirmação específica pelo Senhor da liderança de Adão se pode ver claramente no
fato de que:
• o homem ter sido feito primeiro (Gn 1.26);
• porque lhe foi dada a tarefa de lavrar a terra (Gn 2.15);
• de nomear os animais (Gn 2.19,20);
• ele próprio nomeou a esposa (Gn 2.23); e,
• foi chamado a responsabilidade quando pecou (Gn 3.9-12).
Geisler (2010, p. 940) diz: “a ordem de autoridade no lar e na Igreja está baseada no fato e ordem
da criação”.
(c) A criação e o papel dos filhos. Os defensores do relativismo tentam por meio
da mídia e da escola, incutir na cabeça dos filhos e da família, a forma como devemos criar os
nossos filhos e ainda tentam determinar qual o papel deles. Ensina-se que não se poder dizer
“não“ aos filhos, pois isto irá frustrá-los, que não se deve impor limites, e nem tampouco, delegar
tarefas dentro do lar, alegando que é trabalho forçado. Tais ensinamentos tem prejudicado a
formação e desenvolvimento dos filhos. A Bíblia diz que “o rapaz entregue a si mesmo envergonha
a sua mãe.” (Pv 29.15). O fato de Davi nunca ter contraditado Adonias, fez com que ele fosse um
filho malcriado (1 Rs 1.5,6). Filhos, criados sem disciplina, sofrem o juízo divino (1 Sm 2.25). É
dever dos filhos:
• Serem obedientes aos pais (Ef 6.1; Cl 3.20);
• Honrarem aos pais (Êx 20.12; Dt 5. 16; 27.15);
• Ajudarem aos pais nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; I Sm 17.15).
4.3 Na sociedade. A sociedade e o mundo influenciados por tudo que se propaga por meio
da mídia, sofre diariamente, influências relativistas e caminha sorrateiramente para o abismo. A
Bíblia chama de mundo o sistema dos homens em rebelião contra Deus, que é caracterizado por
tudo o que está em oposição a Ele. Envolve os valores do mundo, seus prazeres, suas atividades e
aspirações. João diz sobre esse “mundo” que ele está no maligno (1Jo 5.19), que rejeitou a Jesus
quando Ele veio (Jo 1.10), que não O conhece (1Jo 3.1). Na Bíblia, nossa regra de fé e prática,
encontramos princípios divinos que direcionam e guiam a vida do cristão, independentemente de
sua cultura, status, época etc. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17). Vejamos, então, qual deve ser nossa
atitude neste mundo:
• não devemos amar o mundo (1Jo 2.15);
• não devemos nos conformar com o mundo (Rm 12.2); e,
• não devemos ser amigos do mundo (Tg 4.4).
CONCLUSÃO
O relativismo absoluto é utópico, pois ninguém vive sem regras. No entanto, o relativismo
parcial já está em andamento, como um projeto diabólico, esquematizado para transtornar o ser
humano, a sociedade e a família. Diante de tal proposta, devemos nos esforçar para que sob a
direção da Palavra, com a força do Espírito Santo possamos conservar a nossa vida e da nossa
família blindadas pelo Senhor.
REFERÊNCIAS
• COLSON, Charles et. Al. E agora como viveremos? CPAD
• RENOVATO, A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
• SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD