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Guarulhos
2017
EDIMÁRIA CARVALHO DE CASTRO
Guarulhos
2017
Castro, Edimária Carvalho de
78 f.
Sou grata à Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por sua infinita bondade e
misericórdia, as quais me alcançaram por graça e fé, abrindo as portas desta
oportunidade de realização pessoal e profissional, dando me forças, luz,
entendimento, para conciliar todas as maravilhas que me tem proporcionado. Uma
das primeiras maravilhas que Ele me concedeu foi meus pais que até hoje me educam
e cuidam, e com incansáveis conselhos e orações me abençoam todos os dias da
minha vida. Preparou-me esposo, filhas e filhos, genros e netos que me acompanham
pacientemente nesta etapa de minha vida, dando-me forças para não desistir,
alegraram-me com os momentos de risadas, conversas e cânticos que vozeavam os
almoços e os jantares que me fizeram superar todas as dificuldades que da mesma
forma caminharam lado a lado neste percurso. Não me deixou faltar nada, nem
mesmo os amigos, que como num cenário entram em saem de uma história, assim
contribuíram diretamente e indiretamente para que tudo se concretizasse. Me
arrebanhou junto à querida irmandade que carinhosamente sustentavam-me em suas
orações sempre à espera de boas notícias desta grande vitória. Enriqueceu meu
repertório de conhecimentos científicos, por meio de diversas experiências
acadêmicas, ancoradas em sustentável cabedal teórico, concedido por meus
inesquecíveis professores que sem perceberem registraram um marco em minha vida
pessoal e profissional. E em seus planos não faltaram, os meus pares, que lado a lado
durante esses 4 anos, de certa forma, me proporcionaram uma gama de diferentes
aprendizagens. Em meio a infindas maravilhas, termino com uma única palavra
“gratidão”, esperando que essa gratidão possa refletir como um espelho na
sensibilidade adquirida ao longo desses anos no campo da Educação a fim de tecer
junto aos que há muito o fazem, aos que recém chegaram e aos que ainda chegarão,
uma tessitura de contínua e constante humanização.
RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo realizar um estudo sobre a afetividade presente
nas práticas educativas de professoras de uma sala de educação infantil no período
de imersão no Programa de Residência Pedagógica. A fundamentação teórica se deu
a partir da teoria de Henry Wallon, que subsidiou as análises das observações da
pesquisa de campo. A metodologia de cunho qualitativo se deu a partir da análise de
registros de observação realizados em caderno de campo no estágio em Residência
Pedagógica em Educação Infantil que ocorreu em uma sala com crianças de 5 e 6
anos e 2 professoras, sendo uma professora da sala de aula e a outra da sala de
informática. Os dados analisados indicam alguns parâmetros para pensarmos a
importância da afetividade no desenvolvimento da criança pequena, assim como
apontam para aspectos essenciais da relação professor-criança nesse processo.
Palavras-chave: Afetividade. Práticas Educativas. Educação Infantil.
ABSTRACT
The objective of this study was to study the affectivity present in the educational
practices of teachers of a nursery school during the period of immersion in the
Pedagogical Residence Program. The theoretical basis was based on the theory of
Henry Wallon, who subsidized the analysis of field research observations. The
qualitative methodology was based on the analysis of observation records carried out
in a field notebook in the Pedagogical Residence in Early Childhood classroom, which
took place in a room with 5 and 6-year-old children and 2 female teachers. Classroom
and the other from the computer room. The data analyzed indicate some parameters
for thinking about the importance of affectivity in the development of the young child,
as well as pointing to essential aspects of the teacher-child relationship in this process.
Keywords: Affectivity. Educational Practices. Child education.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................11
CAPÍTULO 1 – UM POUCO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL ...............13
CAPÍTULO 2 – O DESENVOLVIMENTO INFANTIL SOB A ÓTICA DA TEORIA DE
HENRY WALLON......................................................................................................18
CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................24
3.1 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................26
CAPÍTULO 4 – O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA..........................27
CAPÍTULO 5 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA CAMPO....................................30
CAPÍTULO 6 – A IMERSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL........................................32
CAPÍTULO 7 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..............................35
7.1 - A AFETIVIDADE NA ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE E NA ROTINA DA
CRIANÇA...................................................................................................................36
Emprego que ficará marcado, pois durante nossas vivências, em que toda a atenção
devida ao idoso era dada, conversávamos sobre tudo, inclusive sua trajetória de vida.
Imigrante para o Brasil, contava-me sempre de desafios enfrentados, das tristezas e
saudades, das dores, mas também das conquistas. Neste mesmo ano, prestei a prova
do ENEM, por mera curiosidade, e lá estava o tema da nossa conversa: “Os
imigrantes”. Sem acesso ao Pro-Uni, a nota do ENEM, me encaminhou para o SISU,
onde Deus me presenteou com uma vaga na Universidade Federal de São Paulo.
Nem pude contar a ela, para não a preocupar, pois passava por um processo difícil
de enfermidade, e a relação de confiança que se estabeleceu entre nós, não convinha
faze-la sofrer. Ingressei na Universidade, no campus passei a vivenciar, novos
terrenos, novas amizades, novos rostos, muitos desafios, lutas, mas também muitas
conquistas e vitórias. Com um percurso tão afetivo, um leque de conhecimento que
se abriu por meio de renomados e inesquecíveis professores doutores no que fazem
desde o primeiro semestre do curso, como não me ater a estudar a afetividade na
relação professor-aluno. Conceito difícil de se entender, mas no percurso acadêmico
com o cabedal teórico oferecido e proposto pelos responsáveis pelo Curso de
Pedagogia não havia dúvida, era o caminho a seguir.
Os interesses em compreender as interações afetivas afloraram ainda mais
durante o período de observação na Residência Pedagógica em Educação Infantil em
uma CEMEI localizada na região periférica de Guarulhos, onde pude observar que
algumas práticas educativas presentes no cotidiano se apresentavam fortemente
marcadas por diversas formas de expressão emocionais por parte da professora e
das crianças. Tais emoções (de diversos tons e teores) podiam ser perceptíveis
também nas interações entre as crianças em suas brincadeiras e nas relações triviais
do cotidiano da escola.
Por isso, considero de suma importância, compreender essa relação nos dias
de hoje, para que se possa perpassar um caminho de reflexão, superando estas
memórias e consequentemente proporcionar às crianças num futuro bem próximo ao
término de minha formação, momentos de aprendizagens e de respeito mútuo, em
que as crianças possam ser ouvidas, afim de me aproximar de uma melhor
compreensão de suas reais necessidades.
11
INTRODUÇÃO
cidade de Castro, Paraná, e foi neste ano em que iniciou as atividades com crianças
de 4 a 6 anos com base nas concepções de Froebel.
Barreto (1998) expressa que a história da Educação Infantil se mostra recente
no Brasil, conquistando seu espaço somente nas últimas décadas. A autora também
aponta dois motivos responsáveis pelo crescimento do atendimento às crianças em
creches e pré-escola:
Em primeiro lugar, podem ser citadas a urbanização, a industrialização,
a participação da mulher no mercado de trabalho e as modificações na
organização e estrutura da família contemporânea, demandando a
instalação de instituições para o cuidado e a educação das crianças
Por outro lado, também motivaram a expansão da área, o
reconhecimento, pela sociedade, da importância das experiências da
infância para o desenvolvimento da criança e as conquistas sociais dos
movimentos pelos direitos da criança, entre elas, o acesso à educação
nos primeiros anos de vida (MEC/SEF/DPE/COEDI, 1994c). São
marcos importantes, nesta história, a Declaração Universal dos Direitos
da Criança, de 1959, e a Convenção Mundial dos Direitos da Criança,
de 1989. (BARRETO, 1998, p. 23).
A grosso modo, são diretrizes e referenciais que devem ser seguidas pela
educação básica, tanto nas Educação Infantil como nas séries iniciais. É um
documento também elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) e é composto por
três volumes que tratam das questões da Educação Infantil e suas especificidades, a
partir de um conjunto de referências que têm por objetivo implantar práticas
pedagógicas que visem a formação social dos sujeitos e o conhecimento de mundo
que proporcionará às crianças nesta fase da vida, dentre outras, possibilidades de
interações e vivências de forma a promover o sentimento de pertença, a autonomia,
o diálogo, à solidariedade, o exercício da cidadania.
A Base Nacional Curricular Comum (BNCC), (MEC, 2015), orienta a construção
e efetivação do currículo no que se refere aos objetivos de aprendizagem. A partir da
base, os/as professores/as e educadores/as continuarão podendo escolher os
melhores caminhos de como ensinar e que outros elementos (a parte diversificada)
16
A escola era vista pelo autor como um contexto privilegiado para o estudo da
criança, pois numa dimensão dialética, a pedagogia ofereceria à psicologia um campo
de observações e questões para investigação e, a psicologia ao construir
conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil ofereceria instrumentos para o
aprimoramento da prática pedagógica.
2As páginas deste livro serão contabilizadas a partir da numeração do arquivo eletrônico com
extensão em pdf localizado nas Referências deste trabalho.
19
Sendo assim, pode se dizer que a emoção esculpe o corpo, sendo necessário
uma educação das emoções, pois conforme a explicação de Galvão (1995), o
movimento cinético correspondente à um movimento qualquer, já o movimento tônico
trabalha para sustentar os gestos, as expressões do movimento que só tem sentido
por causa das emoções.
No ato motor, destaca-se duas dimensões. A saber: a dimensão expressiva
que se concretiza na base das emoções, ou seja, da afetividade, e a dimensão
instrumental. Um exemplo de movimento permeado pela expressividade citado pela
autora é o choro e as contorções dos os gestos do bebê que mobiliza o adulto para
atender suas necessidades, sendo a motricidade expressiva o primeiro modo de
comunicação do ser humano. Já a dimensão instrumental se destaca na ação direta
sobre o meio físico, que ocorre na fase final do primeiro ano de vida da criança com o
desenvolvimento dos gestos instrumentais, como o de pegar, empurrar, abrir ou
fechar.
Wallon aprofunda seus estudos no tocante às emoções, pois como dito
anteriormente, são as primeiras manifestações afetivas presentes na criança. Em sua
origem, a emoção depende de estruturas subcorticais, quer dizer, involuntárias e,
inconscientes, que escapam ao controle da vontade, portanto, quando a criança
nasce, ela está no nível subcortical, Dantas (1993 p. 74). Com o amadurecimento do
córtex, a possibilidade de impor o comando à expressão emocional surge
20
A afetividade, diz respeito ao campo dos afetos que demarcam não apenas
aquilo que socialmente se entende como sendo positivo, como manifestação de amor,
de carinho, de doçura, mas como algo que afeta o sujeito. E nessa perspectiva não é
apenas o amor, o carinho, significado mais relacionado a afetuosidade, mas também
23
Galvão (1995) apud Santos e Rúbio (2012), ressalta que a teoria de Henri
Wallon é um instrumento que pode ampliar a compreensão do professor sobre as
possibilidades da criança no processo ensino-aprendizagem e fornecer elementos
para uma reflexão de como o ensino pode criar intencionalmente condições para
favorecer esse processo, proporcionando a aprendizagem de novos comportamentos,
novas ideias, novos valores.
Para realizar esse trabalho nos valemos dos princípios da pesquisa qualitativa
que tem por objetivo compreender os comportamentos das pessoas, suas atitudes,
suas reações, seus medos, etc, e para caracterizar melhor a pesquisa qualitativa nos
debruçaremos nos escritos de Bogdan e Biklen (1994) que designam os dados
recolhidos por qualitativos que segundo os pesquisadores “significam ricos em
pormenores relativamente a pessoas, locais e conversas”. (p.16).
Os autores dessa perspectiva como Bogdan e Biklen (1994) apontam que o
objetivo da pesquisa qualitativa é investigar o fenômeno em toda a sua complexidade
“e ainda que se selecione questões específicas na coleta de dados, a pesquisa não
pretende responder questões prévias ou testar hipóteses, antes, visa compreender os
comportamentos dos sujeitos da investigação.
A partir das trocas afetivas, sejam elas quais forem, observadas nas interações
entre adultos e crianças, mais especificamente nas práticas educativas na educação
infantil surgiram algumas inquietações relacionadas especificamente ao campo da
afetividade que nos moveram a essa pesquisa. Em todo o tempo de imersão na escola
de educação infantil não pudemos nos furtar de perceber que as interações entre
adultos e crianças eram marcadas cotidianamente por trocas afetivas que em alguns
momentos se demonstravam “negativas” presentes em atitudes embebidas de raiva,
de ira, de fúria, de gritos, e em outros momentos “positivas” que se revelavam nos
momentos de aproximação com as crianças, como por exemplo quando precisavam
de atenção, de cuidados, inerentes à própria idade, da escuta, do olhar, ou mesmo do
tom de voz mais baixo por meio do diálogo.
25
Nessa direção o objetivo principal desse trabalho é realizar uma análise a partir
da experiência da Residência Pedagógica em Educação infantil no que diz respeito a
expressão de afetividade presente nas práticas educativas de professoras em suas
interações com as crianças pequenas.
26
[...] Emoção para Wallon não é a mesma coisa que afetivo. O emocional é
fugaz e transitório, visível corporalmente. A situação afetiva é mais
permanente e implica uma carga de atração e repulsão de um objeto, de amor
e ódio. Wallon trabalha com o emocial, entendido como um estádio do qual
participa o orgânico e o cognitivo, mas ligado ao corpo, como medo, cólera,
timidez, tristeza para depois trabalhar o afetivo. (CERISARA, 1997 p. 43)
3 A citação da autora remete a obra de Wallon, Henri. A atividade proprioplástica. In Nadel-Brulfert J. &
Werebe, M.J.G. Henri Wallon (antologia). São Paulo, Ed. Ática, 1986, p. 147 conforme citado em seu
texto GALVÃO, Isabel. Henry Valon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis,
RJ. Vozes, 1995.
34
A partir das observações e registros sobre o acolhimento das crianças por parte
dos responsáveis da escola, professoras, diretoras, ou outros profissionais da equipe
escolar, há algo que chamou a atenção na chegada de algumas crianças à escola, o
que apreciei com algumas questões, pois nunca havia visto, tanto no âmbito pessoal,
quanto no âmbito profissional, a cena presenciada.
37
como o medo de ficar num lugar em que foi deixado pelos pais, e sofrem com a
angústia de que não irão voltar para busca-la, entre outros mais. Poderia se pensar
num acolhimento mais caloroso, receptivo, alegre e aconchegante, já que como diz
Wallon, as emoções são contagiantes, seria interessante que os professores, a escola
pensasse em como contagiar essas crianças logo no primeiro momento de chegada
à escola, fazendo-as protagonistas pois acredita-se que essas práticas contribuirão
para o seu desenvolvimento integral.
Outra questão que chama a atenção é sobre a rotina que significa um dos
temas mais debatidos no campo da educação infantil. Na escola observamos o
seguinte:
Neste sentido, Amaral (1996, at. al, p. 40), contribuem de alguma forma
trazendo não uma receita pronta a ser copiada, mas, as experiências que os
educadores e a equipe técnica da creche Carochinha4 têm vivenciado na forma como
conduzem o quesito alimentação junto as crianças e às famílias.
4
A creche Carochinha é uma escola de Educação Infantil da USP de Ribeirão Preto.
40
Sem dúvida, não se compara uma prática educativa motivadora à fazer filas
sob os gritos que tentam de alguma forma ajustar a fila como observado quando a
professora grita: - “vai pra fila, a pro já falou, se não fizer a fila não vai descer pra
almoçar! ”. (fila de meninas e fila de meninos).
Libâneo e Sanches (2013, p. 48) também acreditam que é o adulto que interfere
e interrompe o desenvolvimento das múltiplas linguagens presentes no cotidiano das
crianças, pois a criança enquanto desenha, expressa ideias da própria imaginação,
como artistas criam e inventam desenhos. Silva (2016, p. 1.125) acrescenta que “o
desenho apresenta também elementos capazes de induzir a uma imagem do estado
emocional da criança, o desenho é a personalidade”
aceitam as outras, bem como os meninos, na hora dessa brincadeira que não
tem nenhum direcionamento.
Residente: - “Por que não deixam as colegas brincarem com vocês?
Criança -“Porque, no outro dia ela me chamou de feia, horrorosa, minhas
roupas são feias. Ela tem inveja de mim. Eu não gosto dela e estou de mal.
Eu não sou feia, né professora”?
Residente: - “E porque não conversa com ela, e fala que você não gostou”?
Os olhares, para cima e para baixo, não pareciam concordar muito com minha
ideia. (Caderno de campo, 23/10/2015).
[...] quanto maior a clareza que o professor tiver dos fatores que provocam os
conflitos, mais possibilidade terá de controlar a manifestação de suas reações
emocionais e, em conseqüência encontrar caminhos para solucioná-los. O
exercício de reflexão e avaliação que o professor faça das situações de
dificuldade, buscando compreender seus motivos e identificar suas próprias
reações (se ficou irritado, assustado ou indiferente) já é, por si só, um fator
que tende a provocar a redução da atmosfera emocional. Afinal, a atividade
intelectual voltada para a compreensão das causas de uma emoção reduz
seus efeitos. Atuando no plano das condutas voluntárias e racionais, o
professor tem mais condições de enxergar as situações com mais
objetividade, e então agir de forma mais adequada. (GALVÃO, 1995, p. 73).
seus pés. Por fim, não consegui compreender o porquê tinha medo dela.
Precisava conversar com ele, mas não foi possível. (Caderno de campo,
21/10/2015).
É possível que a criança não tenha tido muitas oportunidades de refletir sobre
suas atitudes por meio da mediação da professora e/ou da coordenadora, pois
segundo Galvão (1995) “é possível constatar que a atividade intelectual voltada para
a compreensão das causas de uma emoção reduz seus efeitos, uma crise emocional
tende a se dissipar mediante atividade reflexiva. ” (GALVÃO, 1995, p. 47).
49
Hoje em dia, a vida moderna da nossa sociedade vem ganhando uma nova
configuração nas bases das famílias, os pais trabalham e têm pouco tempo para seus
filhos, contudo, a tentativa de proporcionar momentos prazerosos de leitura com os
pais é de extrema relevância para emergir a criança no universo literário infantil.
5
Os livros que as crianças levaram eram emprestados da escola.
50
Somente uma reavaliação da prática poderia nos dar alguma resposta mais
concreta. Mas, acreditamos que se a professora incluísse em seu planejamento a
contação de uma bela história, e considerasse o interesse das crianças, em um
espaço planejado para a realização de uma atividade interessante que despertasse o
a criatividade, as emoções, os sentimentos, que fazem as crianças viajarem em suas
imaginações, ou propusesse que a criança escolhida, recontasse a história ouvida,
essa história, ficaria na história da Educação Infantil.
A sala onde aconteceu a imersão não havia brinquedos nem acessórios para
brincar, em geral, os poucos brinquedos de montar ficavam armazenados na
sala da coordenadora, ou seja, muito distante do alcance das crianças e só
eram disponibilizados ao final da aula quando estavam para ir embora.
Brincavam em suas carteiras, montando o que quisessem a partir de suas
imaginações. Havia uma única caixa com brinquedos doados que pertencia
à professora do segundo turno. A curiosidade das crianças para pegar os
brinquedos daquela caixa era grande, mas não podiam, a professora temia
perder algum ou quebrar (eram brinquedos velhos) e não ter como repor para
as crianças da tarde. Quando conseguiam pegar os misteriosos brinquedos
da caixa de brinquedos usados, era uma disputa pelo mesmo brinquedo. A
brincadeira com brinquedos mesmo só acontecia no dia do brinquedo, era o
dia em que podiam trazer de casa seus próprios brinquedos. O lay-out da
sala, mesmo às sextas-feiras, que era o dia que as crianças podiam levar os
brinquedos, mas nada era modificado.
Por vezes alguma criança esquecia o brinquedo como a cena que presenciei
descrita no relato a seguir:
Criança: - “Professora, eu não tenho brinquedo, esqueci de trazer! ”
Professora: - “Ah, então você vai ficar sem brincar, porque o colega empresta
se quer, o brinquedo é dele!”.
Em um dos dias do brinquedo, alguns meninos aproveitavam para brincar
com uma bola que não é bola, mais ou menos um decágono, redonda como
uma bola, porém, com algumas bases quadradas, no único espaço disponível
na sala, que ficava entre a porta de entrada da sala e a mesa da professora.
E chutavam a bola pra cá, e chutavam a bola pra lá, e de repente um
“Gooooool”, sem direito à pênalti, pois a professora grita:
Professora: - “Me dá essa bola aqui, já! Aqui não é lugar de brincar de bola!
Crianças: - “Ah, professora, deixa a gente brincar?!”
Professora: - “De jeito nenhum, vocês não sabem, brincar, só faltam se matar!
”.
Permaneceram sentados encostados à parede da lousa, até que buscaram
novos recursos para brincar, ora com os brinquedos que trouxeram, ora de
luta, etc.
54
6
Eu, que era a residente e a educadora da sala.
56
Mondin, (2005, p. 136), considera que as “crianças que brigam aprendem mais
sobre raiva e agressão, se algo a mais for feito além de separá-las, pois a partir destas
ações presentes no cotidiano da escola, as crianças poderão ter oportunidades de
desenvolver afetivamente. A orientação da autora para estas questões responsabiliza
educadores e pais no sentido de proporcionarem às crianças momentos que permitam
o relato do conflito de modo que possibilite a avaliação e contribuições pessoais.
Assim, a crianças poderão “adquirir habilidades em desenvolver relacionamento e
entendimentos emocionais positivos” e aprenderão com a ajuda dos pais e
educadores a lidar com seus próprios sentimentos. Para Mondim, cabe “à pré-escola
auxiliar as famílias a reforçarem determinadas práticas educativas e fazê-las
conscientes dos problemas implicados em outro tipo de práticas educativas”. Era o
que esperávamos ver na escola, mas não é bem assim que acontece:
Esses momentos nos permitem refletir, o que estamos fazendo com nossas
crianças? (DORNELLES, 2008, p. 101). Dizemos que não sabem brincar, mas não
oportunizamos esses momentos. Na mesma linha, vale a pena observar o relato a
seguir:
7
Disciplina realizada do currículo do curso de Pedagogia da Unifesp que tem por objetivo viabilizar o
contato dos estudantes com experiências educativas – especialmente as não-escolares – por meio de
pesquisas de campo, vivências exploratórias e de intervenção na comunidade. É composta de grupos
de até 10 estudantes que desenvolvem trabalhos orientados por um preceptor (docente da
universidade) que os acompanha nas ações propostas. Aos estudantes são proporcionadas
possibilidades de escolha e engajamento entre diferentes áreas de pesquisa oferecidas pelos docentes
nas PPP. A PPP realizada juntamente à Profª. Drª Bethania Libaneo, teve por objetivo estudar e
abordar a temática sobre ateliêr com as contribuições do pedagogo, educador e atelierista Lorys
Malaguzzi, criador de Régio Emília, cidade do interior Itália que logo após a segunda guerra mundial
fora reerguida juntamente com a comunidade que decidira erguer e administrar uma nova escola para
os filhos. Segundo Amélia Hamze, Educadora Profª UNIFEB/CETEC e FISO – Barretos, foi este
educador quem constituiu um princípio de ensino em que não existem as disciplinas formais e que
todas as atividades pedagógicas se desenvolvem por meio de projetos. Estes projetos, no entanto,
não são antecipadamente planejados pelos professores, mas, surgem através das ideias dos próprios
alunos, e são desenvolvidos por meio de diferentes linguagens. Essa inovadora ferramenta de
trabalho, o ateliêr móvel, foi criada a partir de estudos e discussões teóricas que possibilitou as
estudantes pensarem alguma forma de produzirem um ateliêr que pudesse ser levado à sala de aula,
um ateliêr ambulante. A princípio, pensamos em confeccionar uma mala, mas inviabilizou-se pela
dificuldade de organizar e transportar os materiais que se caracterizavam em materiais estruturados e
não estruturados. Por fim, pensamos em um carro, e assim finalizamos a idéia. E foi assim que ao
planejar o PAP encontrei o ateliêr móvel, que com as informações da coordenadora foi possível
identificar o resultado do trabalho da PPP.
60
instrumentos como pinceis, escolhida e/ou criada por elas mesmas, liberdade
de se expressar por meio da arte e conhecer os limites de espaço para
realização dessa pintura.
Providenciei aventais de material TNT bem coloridos para preparar o
ambiente onde iriam produzir as obras de arte. Conversei com as crianças,
e em seguida após a disponibilização dos materiais, forração das mesas para
preservação dos móveis da sala de aula, iniciaram suas obras de arte. Essa
atividade foi muito envolvente prazerosa. Estavam perplexos com suas
produções, pois sentiam-se verdadeiros artistas. (Caderno de Campo,
26/10/2015).
Atividades como esta permitem que as crianças possam expressar suas ideias
e sentimentos por meio da Arte, “explorando e vivenciando vários materiais e técnicas
sobre diferentes superfícies (ex.: pincéis, fotografias, tintas, argila, massa de modelar,
etc.” (QSN, 2010, p. 51).
Quem não gosta de falar, falar de si, falar do outro, das coisas do mundo, das
emoções, das vivências e experiências, enfim falar de tudo? Partindo do pressuposto
que falar é uma das ações de avaliar, socializar é também falar, é se comunicar, se
expressar, se expor à opinião do outro seguida de uma reciprocidade e de acordo com
o QSN (2010, 51) é permitir que a criança valorize suas próprias produções e as das
demais crianças, bem como desenvolver a sensibilidade, o respeito e a
espontaneidade e no caso da atividade proposta, que ela possa expressar ideias e
sentimentos quanto às atividades ligadas à arte conforme constamos nos relatos a
seguir:
e descobertas por parte das crianças, mostrando que com um certo apoio
pedagógico, ou um bom planejamento, são capazes de construírem conhecimentos.
DORNELLES (2001, p. 106), ao analisar a brincadeira do faz-de-conta diz que
por meio dela, a criança pode “reviver situações que lhe causam excitação, alegria,
medo, tristeza, raiva ou ansiedade”, além de trazer à lume que na Educação Infantil
tudo parece estar sendo “excessivamente pedagogizado” (grifos do autor), impedindo
a criança de ser quem ela é, criativa e inventiva e curiosa. A fim de proporcionar às
crianças brincadeiras que estimulem o imaginário propomos algumas brincadeiras
conforme descrição dos relatos:
Para valorizar as brincadeiras das crianças, pensamos em propor uma
viagem, a primeira brincadeira que percebi um pequeno grupo brincar e que
me convidaram a participar da brincadeira, (relato registrado no caderno de
campo no dia 23/10/2015).
E para finalizar as atividades, enfim a tão esperada viagem de ônibus ao
museu. Um museu imaginário. O ônibus foi organizado pelas crianças e
fomos aprendendo a viajar, a dirigir, a virar para direita e esquerda,
mergulhados nesse universo infindo de imaginação. Fizemos um passeio no
museu (imaginário) das artes para apreciarmos as artes produzidas por elas
mesmas (em sala de aula) e pelo mundo a fora (mundo da imaginação das
crianças).
Junqueira Filho (2008, p. 135), nos coloca num caminho de reflexão sobre o
uso do recurso da “TV” como fonte de aprendizagem, julgando incoerente a prática de
simplesmente colocar o filme ou o desenho para as crianças permanecerem sozinhas
assistindo sem a companhia do adulto para mediar e intervir sobre o que estão vendo.
Sua crítica segue na linha de propor às crianças uma interação de significativas
aprendizagens, que poderão ocorrer por meio de perguntas como:
emocional. Primando por ações permeadas por afetividades positivas, como atenção,
carinho, conversas e bate-papos, não deixa de fora as broncas, que também são
necessárias, preconiza como “imprescindíveis para exercer e desenvolver o afeto e a
linguagem oral das crianças e dos adultos”, os quais jamais devem ser trocados pela
televisão.
Desta forma, é possível compreender que as crianças não são simples sujeitos
que aparecem na escola para simplesmente aprender. Se nós professores, pais e todo
o público que lida diretamente com as crianças, pararmos para observá-las e ouvi-las,
veremos que são seres completos, que pensam, esquematizam, se organizam e
podem nos dar caminhos para aprendermos a ensinar, o que não quer dizer eliminar
a visão tradicionalista que a escola ainda vive, mas perceber as constantes mudanças
oferecida pelo próprio meio e os sujeitos nele inseridos e a partir daí, refletir e sugerir
mudanças.
Vectore e Kishimoto (2001, p.60), em seus estudos mostram que as crianças
iniciam brincadeiras por si próprias evidenciando “aprendizagens espontâneas,
construídas em um processo improdutivo, incerto, mas que possibilita explorações,
66
fala uma língua, ou seja, a criança parece dizer “eu quero mexer”, “eu sei usar”, o
adulto parece dizer “não pode mexer”, “você não sabe” e ninguém entende ninguém.
As práticas educativas presentes no cotidiano da escola, sobretudo da educação
infantil, precisam ser revistas, pois de acordo com as observações e pesquisas em
campo juntamente às crianças, revela-se um grau mais avançado nas relações entre
as crianças e a tecnologia da informação e comunicação.
As crianças demonstram domínio sobre diversos recursos tecnológicos,
inclusive o computador, ainda que pequenas. Assim, podemos concordar com estudos
que apontam que a tecnologia contribui para o processo de ensino aprendizagem,
podendo ser utilizado “como uma ferramenta pedagógica para criar um ambiente
interativo que proporcione ao aluno, investigar, levantar hipóteses, pesquisar, criar e
assim construir seu próprio conhecimento”, (MATTEI, 2011, p. 3).
Felisbino e Rosa (2012, p. 13), fundamentam a importância de se colocar a
máquina fotográfica nas mãos das crianças, pois acreditam que em suas mãos, a
fotografia deixará de ser a captura de uma imagem e se tornará “formas de
expressão, de brincadeira e arte nos espaços de Educação Infantil”, rompendo com
as determinações pedagógicas impostas pelos professores, caracterizado pela
reprodução dos modelos prontos, que seja “por falta de conhecimento e até mesmo
por negação” é recusado às crianças um “repertório diversificado e a possibilidade de
criação”. Com a intensão de possibilitar às crianças o uso deste recurso,
disponibilizamos o celular e esperamos para ver o que ia acontecer:
Na sequência, trabalhei com a fotografia das obras feitas por elas mesmas, a
fim de permitir que as crianças se apropriassem da produção e da apreciação
das imagens, olhando, pensando e analisando seus próprios trabalhos e de
seus pares. Ao agir dessa forma, foi possível perceber que as crianças já
estão familiarizadas com a tecnologia da fotografia quando fotografavam as
obras e com o “self”, fotografando a si mesmos como também seus colegas
e tudo o que achavam interessante, de acordo com a proposta do PAP, ou
seja, tudo o que os olhos das crianças alcançavam.
“L” – “Professora, já sei, tenho uma ideia bem legal! Que tal tirarmos uma
foto todos juntos com as nossas obras? “
“R” – “Isso mesmo, “L” Legal! Pessoal, a “L” deu a ideia de tirarmos fotos
todos juntos. O que acham? “
Crianças – “EEEEBBBAAAAA!!!!!”. (Caderno de campo, 29/10/2015).
CONCLUSÃO
Como tese teórica filosófica escolhida para embasar as análises das interações
entre as crianças e os adultos e as práticas educativas na Educação Infantil com
ênfase na afetividade, a teoria walloniana com seus estudos enfáticos na psicogênese
humana, sobretudo no desenvolvimento do psiquismo da criança, foi fundamental
para iluminar o caminho da compreensão a respeito da temática aqui tratada, pois
evidencia uma concepção de criança e de infância que seja contemplada em sua
totalidade. Para o autor a criança deve ser vista em sua complexidade e como um
sujeito que desde o nascimento é movido pela afetividade que inicialmente é bastante
expressiva e numa fase mais avançada vai se distinguindo mais instrumental, ou seja,
mais ligada a objetividade.
Contudo, neste trabalho, foi possível perceber à luz das teorias a importância
da afetividade, principalmente as positivas para o desenvolvimento pleno da criança,
o que não quer dizer que entre os tratamentos afetuosos deixarão de ter os limites,
considerados tão necessários quanto. Desta forma, os leitores poderão se apropriar
de novos conhecimentos no tocante aos cuidados da criança intrínsecos à afetividade,
perpassando uma trajetória reflexiva do processo de ensino aprendizagem, como
também de autorreflexão, sobre as questões apresentadas neste trabalho.
E por fim, pode se propor uma reflexão sobre a questão da afetividade a partir
de seu percurso em toda a história de vida do ser humano, pois se ela perpassa toda
a vida e as mais diferentes áreas do conhecimento e do saber, não seria interessante
nos atentarmos para esta dimensão que compõe a vida do ser humano e sobretudo
da criança que está em sua fase de desenvolvimento? Como serão os adultos que em
sua trajetória de vida foram contemplados em sua totalidade?
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