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ITAPIPOCA – CE
2021
ANTONIA EDUARDA GONÇALVES
ITAPIPOCA – CE
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Sistema de Bibliotecas
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________________
Profª. M.ª Priscila Azevedo de Amorim (Orientadora)
Faculdade de Educação de Itapipoca – FACEDI
Universidade Estadual do Ceará - UECE
______________________________________________________________________
Profª. Ma. Deiziane Lima Cavalcante – FACEDI
Faculdade de Educação de Itapipoca – FACEDI
Universidade Estadual do Ceará – UECE
______________________________________________________________________
Profª. Esp. Carla Vanessa de Oliveira Silva – UECE
Secretaria Municipal da Educação de Senador Pompeu – SMESP
Aos meus pais Maria Lucimar Marreira
Marques e João Batista Gonçalves e ao meu
namorado Denilson de Souza Carneiro, por
serem as pessoas que mais me incentivaram e
apoiaram nessa trajetória.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus, por ter me concedido o dom da vida e por ter me dado forças para
superar as adversidades e chegar até aqui.
Aos meus pais Maria Lucimar Marreira Marques e João Batista Gonçalves, por todo amor,
cuidado, dedicação, incentivo e apoio em todos os momentos da minha vida.
Aos meus irmãos, Maria Cristiane Gonçalves, José Alexandre Albuquerque Gonçalves,
Antônio Sérgio Gonçalves, Maria Delvânia Gonçalves, Maria Tamires Gonçalves, Alessandro
Marcelo Marques Gonçalves, Antonio Cléber Marques Gonçalves e Maria Bianca Marques
Gonçalves pelo amor, companheirismo, apoio e incentivo na minha vida pessoal e acadêmica.
À minha irmã, Alexsandra Samara Gonçalves, por toda a ajuda acadêmica e por todo o
companheirismo dessa vida.
Ao meu namorado, Denilson de Souza Carneiro, por ser o meu maior incentivador, tanto na
vida pessoal, profissional e acadêmica. Por nunca me deixar desistir e por ser o meu
companheiro, meu melhor amigo e meu alicerce.
À Telma Linhares e Cícero Linhares, por me acolherem em seu lar quando mais precisei, pela
confiança, carinho e incentivo.
À minha amiga Benedita Samara Sousa dos Santos, que esteve presente em todos os momentos
da minha vida acadêmica, por sua amizade e por todo apoio quando eu precisei.
À Maria Isadora de Sousa Oliveira, por toda ajuda durante as produções desse trabalho e tantos
outros, e em especial, pela amizade.
À Bruna Késsia Teodósio Santos, por toda a ajuda na construção desse trabalho, por seu apoio,
incentivo e dedicação à nossa amizade.
À Andreza Tabosa Braga, pela ajuda na formatação desse trabalho, de tantos outros e em
especial por ser uma amiga tão presente e indispensável em minha vida.
À Ana Thelry Linhares Mendes Araújo, por ter sido minha companhia em momentos difíceis
da minha vida, quando precisei me adaptar à uma realidade diferente para poder permanecer no
curso.
À Simony Amorim, por me ajudar tanto durante a pesquisa deste trabalho e principalmente por
sua amizade.
Ao professor Dr. Mirtiel Frankson, por toda a dedicação, conselhos e incentivos durante a
produção deste trabalho.
À professora Sara Varela, por toda a sua orientação durante a escrita da metodologia desse
trabalho.
À professora Priscila Azevedo de Amorim, por me aceitar como sua orientanda e por se mostrar
sempre tão solícita para me auxiliar, ajudar, aconselhar e incentivar a dar continuidade a esta
pesquisa.
À professora M.ª Deiziane Lima Cavalcante, por todo o empenho, incentivo e paciência durante
a terceira etapa de produção desta monografia.
Às minhas amigas da faculdade, Ana Caroline de Oliveira Cordeiro, Antônia Raquel Pires
Ferreira, Francisca Sabrina Alves Aguiar, Jaciana Nascimento Gomes, Shirley de Souza Alves,
Valéria Cristina Magalhães, e Carla Mota, pela partilha de momentos tão importantes durante
nossa trajetória acadêmica.
Aos meus amigos Elivelton Ferreira e Erison Teixeira Morreira por toda a amizade durante a
minha trajetória acadêmica, por todo o incentivo na construção desse trabalho e de tantos outros
já realizados nesse curso.
Às minhas amigas de trabalho, Adelice Adeodato, Gabriela Teles, Jaele Bonifácio e Yasmim
Kelly Bezerra, por toda a ajuda na minha vida profissional e por todo o incentivo na minha vida
pessoal e acadêmica.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.
“O desenvolvimento de interesses e hábitos
permanentes de leitura é um processo
constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se
sistematicamente na escola e continua pela vida
afora.”
(Bamberger)
RESUMO
In this paper, we present discussions about the relationship between family and school, and the
unfolding in the context of performing reading through storytelling with children in
kindergarten. When understanding the importance of this relationship, family and school, we
find several causes and consequences that encompass this relationship, among them, reading,
as well as storytelling, which could be practices initiated in the family, as the first space, stand
out. occupied by the child, and it would continue in school institutions, as they are responsible
for the development process of learning and teaching children from the moment they enter early
childhood education. This research had as general objective: to understand how the union
between family and school can contribute to the learning of reading, specifically through
storytelling in Early Childhood Education. Followed by the following specific
objectives: Understand which strategies are used by the school to bring the family closer to the
learning process of reading through storytelling; Note which resources are used by the teacher
in the storytelling process in Early Childhood Education; Understand how storytelling is
promoted, valuing the prior knowledge that children bring about Children's history in the family
environment; To analyze what difficulties are pointed out by teachers in the teaching-learning
process of storytelling in Early Childhood Education. Therefore, the phenomenological
research method was followed, this being of a qualitative nature, which was finally outlined in
a case study. This work was replaced by bibliographical research, among the main
authors, Abramovich (1997), Sandroni and Machado (1998), Szymanzki (2003), Scherer
(2012), Dessen and Polonia (2007) among others. Data collection was carried out through semi-
structured interviews. The research subjects were two teachers who teach in Infantil V of
Infantile Education in a school in the city of Amontada/CE and five parents or guardians of the
children who study in the same class. With the results, it can be concluded that these teachers,
as well as parents or guardians understand the importance of a close relationship between these
two institutions, and the inclusion of storytelling in this stage of early childhood education for
the development of reading, and which their roles in this school reality. However, it can be
noted the need for the school, together with the management, to exercise an active participation
in this process of approximation with the families.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12
2 FAMÍLIA E ESCOLA: CONCEITOS E DISCUSSÕES .......................................... 22
2.1 Contextualizando a família ............................................................................................. 22
2.2 A importância da participação da família no contexto escolar .....................................24
1 INTRODUÇÃO
bastante tempo, porém as consequências dessa má relação afetam a maioria das crianças, que
ao invés de serem estimuladas, por ambas as partes para o processo de aprendizagem,
encontram-se no meio de discussões acerca de quem é o responsável pela não aprendizagem
das crianças.
Ao compreender a importância da relação família e escola, encontramos diversas
causas e consequências que giram em torno dessa relação. A leitura, assim como a contação de
história, devem ser práticas realizadas por meio da família, pois o ambiente familiar é o primeiro
espaço ocupado pela criança, como nas instituições escolares por serem responsáveis pelo
processo de desenvolvimento da aprendizagem e do ensino das crianças desde o momento que
elas adentram ao ensino infantil. Desse modo, por meio dessa pesquisa, almejo compreender
como a união entre a família e a escola podem contribuir com o aprendizado da leitura,
especificamente por meio da contação de história, uma vez que valorizar o ensino da leitura e
da contação de história em ambas as instituições mencionadas trarão grandes benefícios para a
formação da criança.
Ao analisar dados pesquisados que tratam da educação no Brasil deparei-me com o
Instituto Pro-livro, que a cada quatro anos, lança uma pesquisa com o intuito de avaliar o
comportamento leitor do brasileiro, realizando periodicamente o Projeto Relatos da Leitura no
Brasil, que se encontra em sua 4ª edição. Por meio de suas pesquisas, o Instituto indica um
aumento no percentual da população leitora no Brasil que subiu para cerca de 56% desde a
última pesquisa realizada em 2011, com um total de 104,7 milhões de pessoas de 5 anos ou
mais (INSTITUTO PRO-LIVRO, 2016).
Ao comparar os dados obtidos nessa nova edição podemos observar que houve
avanços em relação aos quatro anos anteriores. Entretanto, ainda há muito o que avançarmos
quando o assunto é leitura.
Estatísticas – IBGE, “No Brasil, em 2019, havia 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais
de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 6,6%” (IBGE, p. 2, 2019).
Por meio dessas estatísticas, podemos destacar o quão é importante a influência e
incentivo dos pais, sejam eles alfabetizados ou não, no processo de desenvolvimento da vida
leitora e, consequentemente, na vida escolar de seus filhos, e a escola também carrega essa
responsabilidade por ser o segundo influenciador mais citado pelos brasileiros, além de ser um
dos primeiros locais sociais frequentados pelas crianças, é a instituição responsável por levar
conhecimento para toda a sociedade, devendo desenvolver diferentes metodologias para chegar
a alcançar seus objetivos. Por meio desse projeto, proponho o uso da contação de história como
método de ensino e como forma de desenvolver a leitura e o gosto pela mesma.
Incluído na temática abordada, há cinco conceitos essenciais para compreensão da
problemática, que são: o conceito de escola, família, leitura, contação de história e de educação
infantil. Ambos estão interligados para uma boa compreensão da temática escolhida e se faz
necessário discorrer rapidamente sobre tais conceitos básicos que fundamentaram essa
pesquisa.
Posteriormente, serão destacados separadamente os cinco conceitos abordados
acima de forma sucinta, relacionando-os com o meu objeto de pesquisa, sempre em busca de
melhor explorá-lo e explicá-lo. Ambos os conceitos permitem uma melhor visão acerca da
temática explorada, além de ambos serem complementares e permitirem uma maior
compreensão e familiaridade com o assunto a ser desenvolvido.
Os autores Arroyo, Caidart e Molina (2011, p. 1) conceituam a escola como um
“[...] lugar privilegiado de formação, de conhecimento e cultura, valores e identidade das
crianças, jovens e adultos”. A escola proporciona à criança o contato com um ambiente novo,
cheio de possibilidades para a construção de novas relações sociais e de uma vivência
diferenciada com uma nova rotina a ser seguida. Na maioria das vezes, é a primeira vez que
elas ficam longe do ambiente familiar e passam a ter uma certa dificuldade de adaptação para,
por fim, possuírem uma certa autonomia ao identificarem a escola como um ambiente ao qual
pertencem e que já está integrado a sua nova forma de ver o mundo.
A família também possui papel de suma importante no processo de
desenvolvimento da criança pois,
a divisão do trabalho, dos espaços, das competências, dos valores, dos destinos
pessoais de homens e mulheres. A família revela-se, portanto, um espaço privilegiado
de construção social da realidade em que, através das relações entre os seus membros,
os factos do quotidiano individual recebem o seu significado (DIOGO, 1998, p. 37).
A leitura infantil permite que a criança desenvolva o seu processo emocional, social
e cognitivo, a partir do momento em que ela experimenta a contação de história, a mesma passa
a visualizar e experienciar sentimentos que antes não conhecia em relação ao mundo. As
histórias infantis geralmente trabalham problemas da realidade da infância como sentimentos
de amor e perdão, trabalhar o medo e a curiosidade, abordando também situações que ensinam
como serem boas crianças, bons filhos, bons alunos e a amarem a natureza, além de infinitos
assuntos do mundo infantil.
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, sendo a única que está
vinculada a uma idade própria: atendendo crianças de zero a cinco anos, sendo-as divididas em
creches e pré-escolas. A educação infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL, 1996).
A Lei de Diretizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) vai garantir a finalidade
da Educação Infantil. Entretanto, se faz necessário refletir como ocorre o processo de infância
hoje e de que forma podemos intervir de maneira positiva na infância que queremos,
objetivando sermos eficazes com a educação das crianças pequenas, sem esquecer suas
especificidades e a importância dessa etapa de ensino.
O desejo por escrever sobre essa temática surgiu a partir de um conjunto de
situações vivenciadas durante o meu percurso como aluna de instituições públicas e de ensino
precário, assim como vivências pessoais da minha infância, vivências familiares, escolares e do
meu ingresso à faculdade.
Desde criança tenho o hábito de ler. Desde que descobri o mundo letrado, passei a
explorá-lo. Meus professores foram essenciais nesse processo de descoberta, pois sempre me
incentivaram e me faziam encantar-me pelos contos que ouvia. Lembro-me de uma professora
do ensino infantil que foi especificamente a que mais despertou em mim o gosto por ler e pela
contação de história. Em todas as suas aulas ela contava uma história para a minha turma que
se encontrava em círculo no chão. Após a leitura, ela pedia que deitássemos no chão,
fechássemos os olhos e viajássemos na imaginação ao refletirmos sobre a história. Em seguida,
cada um tinha a oportunidade de falar.
Hoje, recordo essa lembrança com alegria, pois foi a partir da leitura, tanto lida
como ouvida, que pude compreender o quão grande o mundo poderia ser e o tanto de coisas
que eu tinha que descobrir. Infelizmente não fui incentivada, formalmente, pelos meus pais a
ser uma leitora. Ambos são analfabetos. Entretanto, meu pai, desde sempre foi um ótimo
contador de histórias. Ele costumava contar várias histórias para meus irmãos e eu. Reuníamos
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no alpendre para ouvimos suas histórias, às vezes sobre sua infância, nossos avós, outras sobre
lendas ou histórias a ele contadas. Acredito que através dessas vivências e por todo o incentivo
que tive na escola eu passei a ter prazer pelo ato de ler.
Ao ingressar no Curso de Licenciatura em Pedagogia, no ano de 2016, na Faculdade
de Educação de Itapipoca (FACEDI), campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE),
ainda não tinha uma ideia fixa do que queria abordar em minha monografia, muitas questões,
como o bullying na Educação Infantil, me intrigava. Entretanto, sempre tive a certeza de que o
ensino infantil estaria ligado a escolha do meu tema. Dessa forma, já existia uma ideia fixa de
que o meu projeto de monografia iria abordar a Educação Infantil, porém não estava definido
ainda como ela seria inserida no meu tema. Foi apenas no sétimo semestre que tive a certeza do
que eu queria pesquisar, por ter sido um assunto que me chamou muita atenção quando realizei
o meu primeiro estágio supervisionado em Gestão Escolar.
Acredito que a Educação Infantil é a etapa mais importante no processo de
desenvolvimento da aprendizagem da criança, por ser o início, a base, de uma construção de
conhecimento que é transmitido a um ser que também está em processo de descoberta e de
evolução. É a etapa de conhecer um mundo completamente novo, que lhe permite um acréscimo
de conhecimentos novos. Lembro-me de pensar que no mundo só existiam a minha família, as
pessoas da minha comunidade e eu, e do quanto eu fiquei fascinada ao descobrir que no mundo
existia bilhões de pessoas. Era como se existissem um bilhão de oportunidades de explorar o
meu imaginário.
O meu ingresso na universidade mais uma vez me proporcionou o gosto pela leitura
e, consequentemente, pela pesquisa. Ao cursar a disciplina de Estágio Supervisionado em
Gestão Educacional, ministrada pelo professor Benedito Alencar, no sexto semestre, tive a
oportunidade de adentrar em uma instituição do ensino infantil e observar por meio de diálogos
com a diretora da escola a importância dessa etapa de ensino, além de evidenciar as dificuldades
que impedem que essa etapa seja concluída com eficácia no ensino da maioria das crianças. Daí
surgiu o objeto de estudo ao qual realizei o projeto de pesquisa da disciplina e o assunto para a
minha monografia.
No sétimo semestre, tive a oportunidade de estar em sala de aula, na disciplina de
Arte-Educação, ministrada pela professora Ana Cristina, onde nos foi proposto que
realizássemos alguma “atividade artística”, para depois partilharmos a experiência. Foi então
que minha equipe e eu, realizamos uma oficina de desenhos no Centro de Educação Infantil
Élia Selenia Pereira Teixeira, localizada no município de Amontada-CE, com alunos do Infantil
V. A temática da aula abordada foi “Oficina de Desenhos com base em uma Contação de
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história’’, pensada como conteúdo lúdico a ser desenvolvido na Educação Infantil pela sua
importância no processo de desenvolvimento dos alunos que estão inseridos nessa fase de
descoberta de novos conhecimentos e de exploração das aprendizagens.
Ao realizarmos a contação de história para as crianças e ao perceber o qual atentas
elas estavam aos detalhes das histórias, como os personagens principais, quais assuntos a
história abordava e qual a importância daquela leitura, não pude deixar de ficar impressionado
com o quão importante a contação de história e, consequentemente, a leitura, podem ser
importantes para o processo de ensino/aprendizagem das crianças da Educação Infantil e isso
só veio confirmar a escolha do meu tema de pesquisa da monografia.
Ao buscar contribuições teóricas para o projeto de pesquisa, deparei-me com
dificuldades para encontrar estudos que tratassem diretamente dessa aproximação da escola
com a família tendo como objetivo promover a contação de história e, consequentemente, a
leitura. Diante disso, tive que pesquisar a temática de forma individual. Por meio dessa
dificuldade, pude perceber que essa carência de material revela a importância da realização
dessa pesquisa para o campo da pedagogia.
Ao aprofundar-me na temática de pesquisa, cheguei ao meu problema geral: De que
forma a união entre a família e a escola podem contribuir com o aprendizado da leitura,
especificamente por meio da contação de história? Os problemas específicos são: Quais
estratégias são utilizadas pela escola para aproximar a família do processo de aprendizagem da
leitura por meio da contação de história? Que recursos são utilizados pelo professor no processo
da contação de história na Educação Infantil? Como é promovida a contação de história
valorizando os conhecimentos prévios que as crianças trazem sobre história Infantil do âmbito
familiar? Analisar que dificuldades são apontadas pelos docentes no processo de ensino-
aprendizagem da contação de história na Educação Infantil?
O presente trabalho tem o seguinte objetivo geral: Compreender como a união entre
a família e a escola podem contribuir com o aprendizado da leitura, especificamente por meio
da contação de história, seguido pelos seguintes objetivos específicos: Compreender quais
estratégias são utilizadas pela escola para aproximar a família do processo de aprendizagem da
leitura por meio da contação de história; Observar que recursos são utilizados pelo professor no
processo da contação de história na Educação Infantil; Compreender como é promovida a
contação de história valorizando os conhecimentos prévios que as crianças trazem sobre história
Infantil do âmbito familiar; Analisar que dificuldades são apontadas pelos docentes no processo
de ensino-aprendizagem da contação de história na Educação Infantil.
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Segundo Sandroni e Machado (1998, p. 16), “o amor pelos livros não é coisa que
aparecerá de repente”. É necessário o estímulo contínuo dessa prática de leitura, de forma a
ajudar a criança a descobrir nos livros, o prazer e o conhecimento que eles podem proporcionar.
Assim, os pais e professores possuem papel indispensável neste processo de descoberta, sendo
os maiores estimuladores e incentivadores da leitura.
Diante dos fatos expostos, é de grande relevância encontrar maneiras de ajudar os
professores e os pais a manterem uma relação respeitosa e amigável durante o processo de
desenvolvimento da aprendizagem da criança. Que ambos reconheçam a importância de
trabalharem juntos por um bem maior, pois, apesar das diferenças contidas em cada instituição,
ambas possuem objetivos semelhantes.
Tal pesquisa pode contribuir como estudo teórico por outros docentes ou quaisquer
outros leitores que possuam interesses acerca dessa temática. Além disso, é uma realidade
comum nas famílias e escolas brasileiras, em que, muitas vezes, não sabemos como lidar com
essas situações que afetam diretamente o desenvolvimento das crianças, podendo acarretar em
dificuldades no ensino e aprendizagem dos mesmos.
Além disso, deparei-me com muitas dificuldades ao pesquisar por esta temática em
sites de pesquisa acadêmica. Pouco se encontra artigos científicos que tratem dessa temática de
forma específica. Portanto, tal pesquisa irá ajuda a outros pesquisadores que venham a se
interessar por esta temática.
Essa pesquisa também possui relevância pessoal, pois além de tratar de um tema
referente ao trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Pedagogia, possui papel
formador, pois será uma realidade ao qual, logo, estarei inserida quando adentrar em sala de
aula como pesquisadora e futuramente como professora ou na gestão escolar.
Do mesmo modo, em contexto educacional, esse trabalho poderá ajudar discentes
e docentes do campo da Pedagogia que se deparam com essa realidade escolar e social, podendo
servir como meio a ampliar seus conhecimentos sobre o assunto em questão.
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A palavra família é uma das mais conhecidas no mundo, em que desde pequenos e
desde a constituição social da humanidade temos conhecimento desta. Entretanto, é complicado
ter uma concepção do que é família, já que seu significado pode ser atribuído a diversas
instâncias. Isso pode colaborar para a dificuldade de definí-la em um significado.
Ademais, vemos que vários conceitos surgem mediante as transformações na
sociedade, não podendo ter um único conceito de família, podendo ser descrita como vínculo
sanguíneo ou de trabalho, em que há variações também em sua quantidade, pois podem ser
grupos enormes ou apenas um sujeito. Vemos que cada indivíduo na sociedade vai construindo
seu conceito de família a partir das relações estabelecidas, vivenciadas e aprendidas por ele.
Segundo Faco e Melchiori (2009, p. 121), a família apresenta uma gama de funções,
uma vez que esta abrange elementos imbricados com a socialização, sobrevivência, exercício
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A família pode ser pensada sob diferentes aspectos: como unidade doméstica,
assegurando as condições materiais necessárias à sobrevivência, como instituição,
referência e local de segurança, como formador, divulgador e contestador de um vasto
conjunto de valores, imagens e representações, como um conjunto de laços de
parentesco, como um grupo de afinidade, com variados graus de convivência e
proximidade... e de tantas outras formas. Existe uma multiplicidade de formas e
sentidos da palavra família, construída com a contribuição das várias ciências sociais
e podendo ser pensada sob os mais variados enfoques através dos diferentes
referenciais acadêmicos (VILHENA, 2005, p. 02).
Diante disso, podemos ver que o sistema familiar está diretamente relacionado com
a sociedade, visto que ambas vão se modificando mediante as circunstâncias, visando a
sobrevivência e o seu crescimento.
Foi falado sobre as transformações sociais em que, segundo Oliveira (2009, p. 25),
Através desse fragmento, podemos perceber que mudanças tão comuns e atuais
podem alterar a vida de uma família, fazendo que esta venha a se adequar com as adversidades
que surgem. Mais uma vez podemos ver o grande impacto que a sociedade provoca além de
conflitos e situações internas que também podem influenciar a vida em família.
Segundo Lévi-Strauss (1986 apud OLIVEIRA, 2009, p. 23):
De acordo com o contexto social, em cada sociedade e em cada época histórica, que
a vida doméstica passa a assumir determinadas formas específicas, evidenciando que
a família não é instituição natural, mas reforçando a compreensão de que ela é
socialmente construída de acordo com as normas culturais.
Então, podemos falar que a família passa por grandes transformações tanto
ideológicas como de cunho de estrutura. Vemos também uma vinculação da família com a
cultura, uma vez que esta influencia grandemente, pois o contexto e a cultura em que o
indivíduo está inserido vai se mostrar presente em seus modos e em sua personalidade.
A sociedade atual na qual estamos inseridos está refletindo muitas mudanças no que
diz respeito ao conceito de família. Antes, os membros desse grupo eram classificados por pai,
mãe, filhos, avós, com papeis já definidos por ambos e pela própria sociedade. A família desse
século assume uma nova estrutura, sendo constituída por grupos de pessoas que se unem e
vivem juntos.
Ao analisarmos essa realidade podemos questionar: Qual o lugar da criança dentro
dessa nova estrutura familiar? A família é responsável pelo processo de aprendizagem da
criança tanto quanto a escola? Como contribuir de forma significativa para essa aprendizagem?
Ou como unir-se à escola nessa constituição de conhecimentos? Que recursos, ambos, família
e escola, podem utilizar-se para desenvolver as habilidades como da leitura nas crianças da
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dinamicamente e a experiência de vida dos alunos ser valorizada. Não basta conhecer as
palavras, mas fazê-las ter sentido, compreendendo, interpretando, relacionando o que se lê com
a própria vida, ações, sentimentos.
Um método de desenvolver nas crianças essas práticas de leituras e linguagens,
é utilizar-se da contação de histórias, especificamente na Educação Infantil. Pois a prática da
contação história instiga na criança o gosto pela leitura, estimula a imaginação da criança,
amplia o vocabulário e é um método lúdico e dinâmico de trabalhar com as crianças aspectos
do mundo adulto.
As escolas, como cita o autor, possuem papel formador na vida dos alunos. É por
meio do convívio nessas instituições que os indivíduos passam a desenvolver habilidades
intelectuais, morais e, consequentemente, sociais que, por vezes, só foram exploradas no âmbito
familiar. As instruções escolares, geralmente são os primeiros espaços de socialização
frequentados pelas crianças, depois do ambiente familiar, oportunizando momentos de
interação com outras pessoas que não fazem parte do seu cotidiano, fazendo com que a criança
aprenda a interagir com outras crianças e desenvolver habilidades motoras, sensoriais e
intelectuais. Também é o momento de muita aprendizagem sobre o mundo ao qual está inserida.
Sendo assim, “[...] a escola é um espaço onde os indivíduos começam a ter relações para além
da família, ou seja, passa a conviver com pessoas de diferentes raças, cor, etnia, religião,
cultura” (SILVA; FERREIRA, 2014, p. 7).
É através da convivência em sala de aula que as crianças começam a interagir entre
si, passando a ter contato com outras crianças, sendo o momento em que elas começam a
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perceberem as diferenças que ambas possuem, seja de cor, religião, cultura, e por meio dessas
diversidades irão constituindo seus conhecimentos em relação à sociedade e ao mundo ao qual
estão inseridas. Esse momento de interação entre as crianças é de suma importância para o
desenvolvimento e percepção desses conhecimentos acerca da sociedade e acerca dos valores
atribuídos por ela. É necessário que esse momento de descoberta seja respeitado e incentivado
pelo professor que atua como mediador em sala de aula nas escolas, sejam elas públicas ou
particulares.
As escolas “[...] nas sociedades letradas como a nossa, ocupa lugar por excelência
para que se cumpram as funções da educação e da aprendizagem dos conhecimentos”
(MARQUES; CASTANHO, 2011, p. 24). Dessa forma, as instruções escolares nascem da
necessidade da conservação e propagação da cultura humana, se estabelecendo como local
designado para a socialização do saber e de aprendizagem, tendo a função de ensinar valores
morais, culturais e sociais ao aluno de maneira a instigar o desejo por aprender, pela forma que
se é repassado os conhecimentos ou conteúdo.
O aluno necessita enxergar na escola uma oportunidade de crescimento pessoal e,
consequentemente, profissional. Se faz necessário que, desde criança, seja repassado a
importância que a escola e o conhecimento podem proporcionar para a humanidade, que se
encontra em total desorganização moral e social, pois,
Eu venho propondo quatro objetivos para a escola de hoje. [...] eles formam uma
unidade [...]. O primeiro deles é o de preparar os alunos [...] para a vida numa
sociedade teco-científica-informacional. [...] Para isso, é preciso investir na formação
geral, isto é, no domínio de instrumentos básicos da cultura e da ciência e das
competências tecnológicas e habilidades técnicas requeridas pelos novos processos
sociais e cognitivos. Na prática, refiro-me a conteúdos [...] que propiciem uma visão
de conjunto das coisas, capacidade de tomar decisões, de fazer análises [...]. Em
segundo lugar, proponho o objetivo de proporcionar meios de desenvolvimento de
capacidades cognitivas e operativas, ou seja, ajudar os alunos nas competências do
pensar autônomo, crítico e criativo. Este é o ponto central do ensino atual, que deve
ser considerado em estreita relação com os conteúdos, pois é pela via dos conteúdos
que os alunos desenvolvem a capacidade de aprender [...]. O terceiro objetivo é a
formação para a cidadania crítica e participativa. As escolas precisam criar espaços
de participação dos alunos dentro e fora da sala de aula em que exercitem a cidadania
crítica. [...] O quarto objetivo é a formação ética. É urgente que os diretores,
coordenadores e professores entendam que a educação moral é uma necessidade
premente da escola atual. Não estou pregando o moralismo [...] estou falando de uma
prática de gestão, de um projeto pedagógico [...] que programe o ensino do pensar
sobre valores. [...] Em resumo, eu proponho investir na capacitação efetiva para
empregos reais e na formação do sujeito político socialmente responsável (LIBÂNEO,
1998, p. 4-5).
Inicialmente, o autor vai propor objetivos que devem ser alcançados pela escola e
cita que os gestores, coordenadores e professores precisam ter consciência da importância de
desenvolver tais objetivos na instituição escolar, pois a escolha de como e quais conteúdos serão
passados para os alunos possui grande relevância para a formação social, cultural, cognitiva,
política, ética e moral dos alunos. A escola possui o papel de desenvolver e explorar as diversas
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O ato da leitura faz-se presente em nossa vida desde o momento que passamos a
compreender o mundo à nossa volta, sendo um instrumento muito importante para a sociedade,
por estar presente em muitas das nossas atividades do cotidiano, na escola, no trabalho, em casa
ou na rua. Segundo Souza, Ricetti e Osti (2009, p. 11), “A leitura de um livro, de uma revista,
de um jornal ou de um folheto que seja, sempre será útil para o exercício do pensamento, pois
as informações neles encontradas nos possibilitam ler o mundo e nele interferir com
discernimento”. Dessa forma, a leitura proporciona uma nova forma de adquirir conhecimentos,
desde a leitura de um artigo científico à uma leitura de uma simples mensagem de texto recebida
no celular, por exemplo, o exercício da leitura conecta e apresenta diferentes formas de viver e
ver o mundo.
Vemos que, por meio dessa ação, isto é, ler, podemos nos informar sobre diversos
assuntos, que encontramos constantemente em jornais, cartazes, cartas, e-mail, rótulos de
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produtos, receitas, contos, revistas, livros e artigos. E por meio dessa ação podemos nos impor
a várias situações, as quais não consideramos “corretas” ou justas e, a partir disso, criarmos
uma visão crítica sobre tal descoberta e adquirimos novos conhecimentos.
A leitura possui diferentes facetas e pode ser utilizada para diferentes meios,
podendo ser usada para informar, como acontece nos jornais, para se comunicar, quando
mandamos mensagem pelas redes sociais ou cartas, para divertir e encantar como nas histórias
infantis, nos contos de fadas e na Literatura Infantil.
Há alguns conceitos, referentes à literatura infantil, que merecem destaque, pois são
essenciais para uma compreensão da mesma. Nessa perspectiva, torna-se pertinente entender o
que é literatura. Mallann (2011, p. 14), irá afirmar que “a literatura infantil é um recurso
fundamental e significativo, para a formação do sujeito, de um leitor crítico e ainda pode
desenvolver os valores morais”. O autor destaca a importância dessa prática para a formação
das crianças, tanto no desenvolvimento crítico e reflexivo, como no desenvolvimento dos
aspectos morais e sociais.
Paim (2000, p. 69) vai afirmar que “a literatura é a leitura da vida, envolta numa
linguagem simbólica, reflexo puro da realidade, está travestida, redesenhada pelo autor e depois
pelo leitor [...]”. Da forma como é descrita pelo autor, a leitura da Literatura Infantil apresentará
para as crianças uma forma bem divertida e dinamizada de ver o mundo, mesmo trazendo
aspectos bem relevantes da nossa realidade, ao trabalhar temas do cotidiano das crianças como
a ida à escola, o contexto da sala de aula, a relação com os amigos e familiares, trabalhando
também as emoções das crianças como o medo, a raiva, o amor, entre outros sentimentos. Por
fim, Michaelis (2008, p. 526) acrescenta que a “literatura é arte de compor escritos, em prosa
ou verso”. A literatura é capaz de encantar as crianças ou até mesmo as pessoas mais velhas por
possuir essas características, por não se prender a só uma forma de escrita. Ela pode ser
representada em versos, prosas, história e cantigas de rodas.
Ambos os autores expressam a possibilidade de expressão encontrada na escrita ou
pronúncia de uma literatura, pois através da palavra contada na história e o significado
emocional que ela propõe ao leitor, que essa prática se torna tão significativa e expressiva na
formação de alunos leitores.
O ato de ouvir histórias é muito importante para a formação das crianças, escutá-
las estimula o desejo por tornar-se um leitor, assim como aguça a aprendizagem e a maneira
como se vê o mundo, de identificar os conflitos e de ser capaz de encontrar ideias para
solucioná-las.
31
É através duma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros
jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia,
Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos
achar que tem cara de aula... (ABRAMOVICH, 1997, p. 17).
Dessa forma, é evidente que a Literatura Infantil é uma arte que encanta com
tamanha beleza e proporcional significado. Além disso, é um importante instrumento por
repassar ensinamentos, pois, por meio das histórias é possível repassar diversos conhecimentos
à criança de maneira lúdica e de forma a instigar a aprendizagem e o prazer pela leitura, e
consequentemente, pela escrita.
Segundo Coelho (2000), a literatura Infantil é considerada um agente formador e
que, a partir disso, o professor necessita estar “sintonizado” com as mudanças presentes no
cotidiano, assim como deve estar apto a reorganizar seus próprios conhecimento ou consciência
de mundo.
Partindo desse pressuposto, o professor é quem auxilia na formação de leitores, por
meio de exemplos para que este hábito se torne pontual, sendo o estimulador em todos os
momentos. Para Rubin e Jordão (2015), para ensinar a ler é preciso gostar de ler. E quando o
educador não gosta ou não busca novos caminhos para aperfeiçoar sua prática leitora, a chance
de seu aluno se interessar por essa prática diminui.
Portanto, é fundamental que os professores da Educação Infantil se mobilizem em
favor das crianças incentivando-as à leitura através dos livros adaptados para eles
(SCANTAMBURLO, 2012). Todavia, o professor precisa posicionar-se como mediador nesse
momento de descoberta da leitura, apresentando às crianças pequenas diferentes tipos de
leituras, sejam elas de livros literários, histórias em quadrinhos, manchetes de jornais,
revistinhas infantis, com o intuito de aprimorar e instigar o gosto pela leitura. Porém,
Para ser possível instigar o gosto pela leitura na criança, é importante que, além do
contato com a leitura, ela também tenha contato com pessoas que a estimulem,
podendo ser professores, familiares e conviventes do seu contexto histórico. A leitura
é importante para a representação que o indivíduo possa fazer da sociedade e dessa
32
[...], a leitura passa a ser vista como um suporte propício para o dialogismo entre autor
e leitor, revelando uma nova visão extremamente rica, abrindo espaço para a
subjetividade para a expansão da criatividade, incentivando a leitura coletiva e,
consequentemente, a interação entre os homens.
A leitura surge como uma forma de comunicação por meio dos livros ou através de
outras ferramentas de comunicação. O autor pode utilizar-se da escrita como instrumento de
expressão, de diálogo com o leitor. A leitura permite essa interação. De maneira sutil, a leitura
transmite uma infinidade de informações e aprendizagem. Ela é capaz de transformar vidas,
pensamentos e constituir novas formas de ver o mundo, de se ver e de enxergar a sociedade,
abrindo horizontes para o conhecimento e a aprendizagem.
Entretanto,
o leitor formado na família tem um perfil um pouco diferenciado daquele outro que
teve o contato com a leitura apenas ao chegar à escola. O leitor que se inicia no âmbito
familiar demonstra mais facilidade em lidar com os signos, compreende melhor o
mundo no qual está inserido, além de desenvolver um senso crítico mais cedo, o que
é realmente importa na sociedade (VIEIRA, 2004, p. 6).
pouco se é praticado o ato de contar histórias no ambiente familiar. Os pais não têm consciência
da importância da utilização dessa prática para a constituição da aprendizagem de seus filhos.
Segundo Abramovich (1997), é por intermédio de uma história que se pode
descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e ser, outras regras, outra ética,
outra ótica. É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc.,
sem precisar saber o nome de todas essas disciplinas e sem achar que esses assuntos se encaixam
ou fazem parte de uma aula. Todos esses aspectos contribuem para o desenvolvimento da
aprendizagem da criança, pois, além de trabalhar o seu pensamento lógico, trabalha também o
seu imaginário e contribui para a construção da linguagem.
Para Lisboa (2010), a contação de história permite que a nossa imaginação ganhe
vida, pois,
em especial na infância. É necessário que o professor, por meio de suas práticas docentes, eleja
a Literatura Infantil como método de ensino capaz de estimular e desenvolver o processo de
aprendizagem nas crianças, de maneira mais eficaz e prazerosa.
Portanto, quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e com a contação
de história, mais cedo ela irá identificar o prazer que a leitura produz e maior será a
possibilidade de se tornar um adulto leitor. É de suma importância que o livro seja tocado pela
criança, que ela tenha a liberdade de folheá-lo, observar as imagens presentes no contexto da
história, de forma a ter um momento íntimo com o livro, para assim perceber que a leitura
pertence a um mundo fascinante, onde a fantasia e a realidade andam juntas e são construídas
por meio de palavras e desenhos.
A educação é uma responsabilidade compartilhada [...] entre estado e pais, uma vez
que ambos são promotores ou representantes dos interesses ou dos direitos dos filhos
e dos cidadãos, na medida em que são responsáveis diretos pela prestação ou
concretização destes direitos (HERMIDA, 2009, p. 46).
Dessa forma, o direito a educação é assegurado de um lado pelos pais, por serem os
primeiros educadores das crianças e responsáveis por elas, e por outro lado pelo Estado, que,
enquanto tutores, devem assegurar às crianças o acesso à educação por meio de práticas
políticas que garantam a elas o direito de estarem em sala de aula.
Dessa forma, pode-se afirmar que a Educação Infantil é direito de todas as crianças,
assegurado por lei. Um marco que estabelece a exigência legal é a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação – LDBEN17 nº 9.394/1996, Artigo 4°, inciso IV: “o dever do Estado com a educação
escolar pública será efetivado mediante a garantia de atendimento gratuito em creches e pré-
escolas às crianças de zero a seis anos de idade”. Mas, infelizmente essa lei deveria ser mais
valorizada pelo governo por meio de políticas públicas que tenham o objetivo de proporcionar
qualificação das creches e pré-escolas, assim como de profissionais, para melhor atender as
crianças do nosso país.
37
O professor acredita que ele, como adulto, já descobriu as “verdades” sobre o mundo,
as pessoas, as ideias... e precisa em sua função de expectador e animador fazer com
que o aluno descubra estes conhecimentos. O professor assume, assim, a condição de
modelo e referência para seus alunos, que na categoria de aprendizes precisam imitar
seu mestre para aprender (SCHMITZ, 2006, p. 78).
Esse direito à Educação Infantil, segundo Machado (2002), foi conquistado por
meio de lutas sociais das mulheres das periferias urbanas e dos trabalhadores como um todo.
Por volta dos anos 70 houve um aumento das fábricas no país, resultando na necessidade de
criar um lugar específico para os filhos da massa operária. Surge então as primeiras creches
com o foco no cuidar. Somente em 1998 que a educação infantil foi ter reconhecimento, ao ser
colocada na constituição pela primeira vez.
Posteriormente, em 1990, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei
Federal 8069/90), entre os direitos estava o de atendimento em creches e pré-escolas para as
crianças de 0 a 5 nos. Pela primeira vez, uma Constituição do Brasil fez referência a direitos
específicos da criança sem ser direcionados para o Direito da família.
A partir da Constituição de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990
(ECA, Lei Federal 8069/90) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, lei
9394/96, a Educação Infantil foi situada como a primeira etapa da Educação Básica no Brasil,
abrangendo as crianças nas creches de 0 á 3 anos e nas pré-escolas de 3 a 5 anos. Agora não
mais com o intuito de cuidar, e sim, assumindo uma visão e um caráter pedagógico.
40
3 METODOLOGIA
O método fenomenológico, tal como foi apresentado por Edmund Husserl (1859-
1938), propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de proposições, para todas as
ciências. Para Husserl, as certezas positivas que permeiam o discurso das ciências
empíricas são "ingênuas". A suprema fonte de todas as afirmações racionais é a
"consciência doadora originária". Daí a primeira e fundamental regra do método
fenomenológico: "avançar para as próprias coisas". Por coisa entende-se
simplesmente o dado, o fenômeno, aquilo que é visto diante da consciência. A
fenomenologia não se preocupa, pois, com algo desconhecido que se encontre atrás
do fenômeno; só visa o dado, sem querer decidir se este dado é uma realidade ou uma
aparência: haja o que houver, a coisa está aí (GIL, 2008, p. 14).
A pesquisa qualitativa costuma ser direcionada [...]. Dela faz parte à obtenção de
dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação
objeto de estudo. Nas pesquisas qualitativas, é frequente que o pesquisador procure
entender os fenômenos, segundo a perspectiva dos participantes da situação estudada
e, a partir, daí situe sua interpretação dos fenômenos estudados (NEVES, 1996, p. 1).
Esse tipo de pesquisa qualitativa aborda uma realidade que não pode ser
quantificada. Através dela pode-se observar e analisar os comportamentos humanos. Tal
pesquisa nos permite também discutir e analisar o universo dos dados que não são possíveis
obter através da quantificação como sentimentos, atitudes, percepções, intenções,
comportamentos, significados.
Alinhado a isso, o tipo de pesquisa de investigação a ser utilizado será o estudo de
caso, que é caracterizado por Gil (2008, p. 57-58) “[..] pelo estudo profundo e exaustivo de um
ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa
praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados”. Esse estudo
visa pesquisar um determinado fenômeno de acordo com o contexto atual da realidade do
estudo.
Conforme afirmam Farias e Pimenta (2011) o estudo de caso, consiste:
sujeitos da pesquisa 05 pais ou responsáveis por crianças que sejam alunas da referida turma
(Infantil V).
A escolha deste público justifica-se pelo fato de que, por meio desse grupo de
sujeitos, será possível compreender a relação família e escola, observando as indagações
levantadas por aqueles que fazem parte da família e por aqueles que convivem diariamente com
as crianças no âmbito escolar, mesmo que nesse momento de Pandemia, esse contato ocorra de
forma remota. Ao buscar essa abordagem direta com os educadores e os responsáveis dessa
mesma instituição escolar e da mesma turma do Infantil V, é possível entender a dinâmica dessa
relação, quais os desafios e lacunas dessa relação, assim como a importância de manter esse
relacionamento sempre em desenvolvimento.
Em uma pesquisa de cunho acadêmico é de suma importância manter uma postura
ética perante aos sujeitos pesquisados para não haver, durante a coleta de dados, nenhum tipo
de constrangimento por parte das professoras. Por esse motivo, as professoras foram
representadas pela letra (P) em maiúsculo e numeradas de 1 a 2, ou seja, P¹ e P². E os pais ou
responsáveis serão representados pela letra (R) também em maiúsculo e numerados de 1 a 5, da
seguinte forma: R1, R2, R3, R4, R5.
É válido enfatizar ainda que foi elaborado um documento solicitando à diretora da
escola onde fora realizada a pesquisa, autorização para a divulgação do nome da instituição em
possíveis publicações desta pesquisa (Apêndice D), o que foi concedido.
3.3 Os instrumentos para coleta de dados e critérios para análise dos dados
Duarte esclarece a eficiência dos dados coletados por meio de entrevistas desde que
elas sejam realizadas com “perfeição” e “eficiência”, pois uma boa entrevista permite que o
pesquisador obtenha informações vastas acerca da temática abordada, permitindo, dessa forma,
que o entrevistador caminhe pelas singularidades e realidades de cada entrevistado, o que outros
métodos de pesquisa não permitiriam. “Quando o entrevistador consegue estabelecer certa
relação de confiança com o entrevistado, pode obter informações que de outra maneira talvez
não fossem possíveis” (LAKATOS, 1996, p.199).
A escolha pela entrevista semiestruturada se deu pelo fato desse tipo de entrevista
combinar perguntas abertas, ao qual posso realizar em qualquer momento da entrevista, com
perguntas fechadas, que já foram estabelecidas para serem realizadas durante a entrevista.
Segundo Boni e Quaresma (2005), na entrevista semiestruturada,
realizadas deverão ser gravadas e redigidas em seguida, de forma que sejam melhor
aproveitadas para a obtenção dos dados.
48
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Sobre a questão um (01), que trata da relação da escola (professores, gestão) com
os pais dos alunos, nenhuma das entrevistadas deixa claro a real relação existente entre a escola
e a família. É possível observar que, enquanto a P1 destaca a falta de um projeto estabelecido
pela escola para ocasionar essa aproximação da família no âmbito escolar, a P2 chama a atenção
para o momento atual ao qual toda a população está passando, o isolamento social ocasionado
pelo COVID-19 que, consequentemente, afetou as escolas e o relacionamento dela com as
famílias. Segundo a P2, “o contato está restrito durante o período de pandemia, atendendo os
chamados na escola para regularização de documentos, recebimento de material”. Por meio da
51
fala da entrevistada, observa-se que o contato entre a família e a escola que, por vezes, já é
prejudicado, se encontra cada vez mais “distante”. Sabemos que os desafios relacionados a
relação família/escola são diversos, no entanto,
[...]algo novo aconteceu, o início do ano de 2020 foi totalmente atípico pois o mundo
todo foi acometido por um vírus causador de doença respiratória e de transmissão
muito rápida, o novo Coronavírus – COVID-19. Devido à alta taxa de disseminação
mundial do vírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou no dia 11 de
março de 2020 o estado de pandemia (OLIVEIRA; PERES; AZEVEDO, 2021, p. 75).
a participação dos pais na vida da criança é essencial e quando se estende até a escola,
torna-se o processo de aprendizagem uma extensão daquilo que se iniciou em seu
convívio familiar. Com essa participação dos pais no processo de ensino
aprendizagem, a criança fica mais confiante, uma vez que percebe que todos se
interessam por ela, e também porque passam a conhecer quais são as dificuldades e
quais os conhecimentos que ela tem.
forma, a participação dos pais ou responsáveis na vida da criança se faz essencial e quando essa
participação estende-se à escola, pode tornar-se uma extensão daquilo que a criança já
vivenciou em casa. Essa junção, família/escola, segundo Crepaldi (2015), torna a criança mais
confiante e a faz perceber quais as dificuldades que a cercam e quais conhecimentos ela já
possui.
Na questão três (03), que aborda se na “escola existe algum projeto, ação, que vise
à aproximação da família”, as duas entrevistadas afirmam a existência de um projeto
denominado “Brincando em Família” que, segundo a P1, “é algo que é voltado para todas as
escolas, não é algo exclusivo da creche. De certa forma, é algo que tem tido resultado, porque
por mais que seja pouco o retorno que a gente recebe a gente vê a presença dos pais”. Por meio
da continuação da fala transcrita da P1 (Apêndice E), é possível observar que esse projeto
proposto pelo Município, propicia alguns benefícios para o relacionamento família/escola. A
entrevistada conclui que,
[...] por mais que seja pouco o retorno que a gente recebe a gente vê a presença dos
pais. Teve uma atividade que era pra fazer a letrinha do nome. Ali naqueles vídeos
quando eu recebi tinha a mãezinha falando, pegando na mão da criança, tem também
a pescaria que é uma atividade realizada com pregador e umas tampinhas de garrafa,
aí nessa atividade também a gente vê a presença do pai, da mãe, a partir de atividades
propostas por esse projeto (P1).
Por meio desse relato, podemos observar que por mais que a participação da família
ocorra de forma proposital e de forma rápida, a partir de uma aparição em um vídeo, a presença
dos pais é considerada pela pedagoga como algo de extrema relevância e importância para a
construção e realização das atividades propostas.
Nesse novo modelo de ensino, em que as aulas ocorrem de forma remota, mais do
que antes, a escola precisa da presença dos pais para a realização e entrega das atividades das
crianças. Alinhado a isso, os autores Oliveira, Peres e Azevedo (2021, p. 75) afirmam que a
“[...] família exerce um papel importante na formação dos alunos. Com essa nova configuração
de ensino, fica ainda mais evidente a necessidade de participação da família na promoção das
atividades junto com seus filhos”.
Na quarta (04) questão, ao serem perguntadas se a participação da família na escola
é importante e quais os benefícios dessa interação entre a família e a escola, ambas as
entrevistadas deram respostas bem pertinentes. As duas acreditam que essa participação da
família tem sim muita relevância. Segundo a P2, os benefícios dessa interação família/escola
são:
53
Segundo a visão de Tiba (1996), a instituição escolar deve ser um ambiente que
venha a completar o ambiente familiar da criança, devendo ser pautados em cuidados de forma
a ser agradável e distribuir afeto. Os pais ou responsáveis devem partilhar de princípios bem
próximos de forma a gerar benefícios para os alunos, como os destacados pela P2.
A escola, assim como os pais, precisa trabalhar em conjunto em prol da educação
das crianças, pois é notório que uma criança que possui um incentivo dos pais em casa, tende a
se desenvolver melhor na escola. Atrelado a isso, a P1 traz a seguinte fala:
o que a gente propõe os pais que sempre fazem as atividades. É notório que eles
gostam de fazer, eles gostam que a gente responda “Gael você foi nota dez”, aí a
mãezinha vai lá e responde, pede pra criança gravar um áudio, isso é muito
interessante. E isso enriquece o trabalho da gente, enriquece a nossa formação
enquanto professora. É um estímulo também para nós professores. Outros benefícios
são a preocupação com a criança, o cuidado, a sensibilização dos pais em estar fazendo
as atividades, é a motivação das próprias crianças, tem que ter o pai ali do lado, a mãe
pedindo, insistindo (P1).
Ao analisar essa transcrição, nota-se que os pais que são participativos em relação
a vida escolar do filho, se satisfazem ao ajudarem a criança a realizar as atividades juntamente
e vibram com as conquistas dos mesmos. Essa união entre essas entidades de ensino enriquece,
de certa forma, ao educador, por ser um incentivo a sua profissão. Enriquece aos pais, por se
sentirem úteis nesse processo de aprendizagem dos filhos/filhas e, consequentemente,
enriquece a própria criança, pois ela se depara com o incentivo em ambas as instituições, tanto
na escolar como no conforto da sua casa.
Na quinta (05) questão, temos a seguinte indagação: De que forma os professores
podem estimular as famílias na participação da aprendizagem dos alunos, principalmente nas
aulas remotas? À essa pergunta, obtivemos as seguintes respostas:
Eu acho assim, que eu, enquanto professora, buscar fazer vídeos mais interativos,
buscar esse contato diretamente com o pai no privado, estar falando com cada um,
tentando essa aproximação, talvez fazendo até uma visita uma vez por mês por aí, iria
chamar a atenção do pai, eles iriam notar que a gente está se esforçando um pouco
mais, só que eu sozinha também não posso fazer isso pela escola. É necessário a
mobilização de um todo da escola (P1).
A busca de uma boa relação entre família e escola deve fazer parte de qualquer
trabalho educativo que tem como foco a criança. Além disso, a escola também exerce
uma função educativa que tem como foco a criança, a escola também exerce uma
função educativa junto aos pais discutindo, informando, aconselhando, encaminhando
os mais diversos assuntos para a família e escola em colaboração mútua; para que
possam promover uma educação integral à escola (CONNEL, 1995, p. 88).
Seguindo essa linha de raciocínio, tanto a P1, quanto a P2, estão corretas em suas
indagações, referente ao seus papeis frente a busca de uma maior aproximação com as famílias.
Entretanto, elas precisam reconhecer, e a P1 reconhece, que a escola, juntamente com a gestão,
também pode exercer uma participação ativa nesse processo de aproximação com as famílias,
mantendo contato com os responsáveis das crianças, aconselhando-os, informando-os e levando
a esses pais os diversos assuntos que englobam essa relação família/escola, tendo sempre como
foco principal o bem estar da criança.
Na sexta (06) questão, ao serem perguntadas sobre se os alunos que possuem
familiares mais participativos tendem a adquirir melhor resultado na aprendizagem, as duas
pedagogas afirmaram que sim. Para a P2, “aquela criança que tem uma família responsável,
participativa e interessada pelo processo de aprendizagem dos seus filhos, vai mostrar um
avanço em todos os aspectos do conhecimento”.
Desse modo,
sem medos e inseguranças, em particular ao se relacionar com os adultos e professores que ela
se depara na escola.
“O pai ele pode estar apresentando livros “Os pais precisam mostrar
à criança, até mesmo contando a história, interesse pelas histórias para que
7. 7. De que forma os pais eu acredito que criar uma rotina, um as crianças sintam esse
podem contribuir para essa hábito. O que a criança faz, ela é o espelho encantamento pelos livros. Em
aprendizagem da leitura do seu responsável, dos seus pais, se ela primeiro lugar, precisamos ter
por meio da contação de percebe que aquele pai, aquela mãe, ela livros infantis em casa, a presença
histórias? não ler, ela só fica no celular, a criança de livros deixa as crianças mais
também só vai ficar no celular porque ela interessadas, e esse contato com
não percebe esse hábito dentro de casa.” eles é o início desse encanto.”
“Com certeza. Uma criança, que ela,
como eu falei da rotina, seria ideal, seria
8. 8. Na sua opinião, as
ótimo, se as famílias pudessem criar essa
crianças que possuem
rotina pra que virasse um hábito pra “Com certeza. A contação de
familiaridade com a
criança, mas como a gente também já histórias estimula e desperta a
contação de história
falou, a realidade é bem diferente, mas, curiosidade pelo mundo letrado.”
tendem a desenvolver-se
assim, se as crianças, elas tivessem essa
melhor na aprendizagem
familiaridade com a contação de história,
da leitura?
com certeza elas desenvolveriam melhor
a aprendizagem delas na leitura.”
“Tem a minha caracterização, eu, o meu
9. Quais recursos,
avental, a minha tiara para chamar a
estratégias ou matérias são “Eu uso o livro, fantoches,
atenção da criança. Eu uso o livro, as
utilizados no momento da dedoches, desenhos, música e
plaquinhas pra ir contando a histórias,
contação de história na objetos variados.”
músicas, gravuras, pego a imagem
educação infantil?
imprimo e colo no quadro e vai contando,
57
Nesse último mês, teve a história, por exemplo, ‘O Passeio de Mariana’. Nessa história
ela fala sobre um lindo passeio, um lugar encantador, que a convite do avô a Mariana
ela vive uma experiência de conhecer o mundo da fantasia, como se fosse um passeio
mágico. Eu acredito que é basicamente isso, o respeito, a humildade, valores como
nos três porquinhos, valorizar o que você tem, não ter preguiça, ser esforçado,
dedicado, ouvir os conselhos de quem é mais experiente, o cuidado consigo e com o
próximo como já falei, a solidariedade (P1).
outros lugares, outros tempos, assim como se pode conhecer outros jeitos de ser e de agir, outa
ética, outra ótica.
Na terceira (03) questão, ao serem indagadas se, como educadoras, ambas
acreditam que a contação de história contribui para o processo de leitura e de que forma isso
ocorre, as duas entrevistadas afirmam que sim, que a contação de história contribui para a o
processo de leitura. A P1 faz a seguinte indagação:
[..] Quando eu estou contando uma história pra criança, ela fica com a curiosidade em
saber de onde eu estou tirando essa história, de onde é que eu estou lendo, e nós como
mediadores dessas crianças, dessas aprendizagens, nós temos que favorecer, fornecer
o contato dessas crianças com os livros. Eu estou contando, mas posso deixar a criança
pegar, deixar a criança conhecer o livro pra ela ir se familiarizando com a leitura, é o
meu papel enquanto professora fazer essa mediação da criança, com a leitura, da
criança com o livro (P1).
Na quinta (05) questão, “Você costuma utilizar de alguma estratégia ou ações para
aproximar a família da aprendizagem da leitura dos seus filhos?”, as duas docentes abordam a
existência de dois projetos que as auxiliam nesse processo de aproximar a família da
aprendizagem da leitura dos seus filhos. No entanto, a P1 afirma que, ao realizar tais estratégias,
não obteve respostas dos pais. A P2, por outro lado, vai fomentar que
Segundo a educadora, esse era um método utilizado por ela pra aproximar a família
do processo de leitura dos seus filhos antes da pandemia. Entretanto, nessa resposta a
entrevistada não esclarece se ela obtinha uma participação dos pais nessa tarefa, mas a
professora deixa claro que diante desse novo modelo de aulas remotas, trabalhar com esse
método é bem mais complicado.
Para Paro (1997, p. 30),
a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais para passar
informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as
questões pedagógicas. Só assim a família irá se sentir comprometida com a melhoria
da qualidade escolar e com o desenvolvimento de seu filho como ser humano.
Por meio dessa citação o autor esclarece que quaisquer que sejam as estratégias
usadas para aproximar a família do âmbito escolar, estas, devem ser bem aproveitadas pela
escola. A escola, juntamente com a coordenação e professores, necessitam utilizar-se de todas
as oportunidades possíveis para manter um contato direto com os pais ou responsáveis pelos
alunos com o intuito de repassar informações, ressaltar os objetivos da escola perante a
educação e desenvolvimento da criança, relatar os problemas que venham ocorrer e tratar de
questões pedagógicas como o envolvimento dos mesmos no processo de aprendizagem da
leitura dos seus filhos(as).
Na sexta questão (06), ao serem interrogadas se a família é estimulada a trabalhar a
contação de história com os filhos/alunos e de que forma isso ocorre, as duas pedagogas negam
a existência desse estímulo na escola em questão. Segundo a P1, “a gente faz a nossa contação,
a nossa parte de estar gravando os vídeos e tal, mas dizer que a família é estimulada a fazer a
contação, pelo menos na minha escola não, eu ainda não presenciei isso”.
61
Dando continuidade a essa questão a P2 relata que “nesse período de aula remota,
ficou complicado essa interação com as famílias. Nós, professores, fazemos essa atividade
através de vídeos porque muitas mães não gostam de contar histórias para os filhos”. Perante
as falas e afirmações das duas docentes, é notório que na escola ao quão elas lecionam, não
ocorre esse estímulo ou essa parceria com os pais para que a família também pratique o ato de
contar histórias pros seus filhos no âmbito familiar.
Conforme Tiba (2002, p. 183), “Quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma
língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não quer jogar a
escola contra os pais e vice-versa.” Então, quando não existe essa concordância entre as ações
realizadas na escola, com as vivências em casa, a criança viverá em mundos que divergem e,
consequentemente, não vivenciará os pais e os educadores trabalhando juntos em sua formação
educacional.
Sobre a sétima (07) questão direcionada às duas pedagogas, que foi: “De que forma
os pais podem contribuir para essa aprendizagem da leitura por meio da contação de histórias?”,
obtive as seguintes respostas:
O pai ele pode estar apresentando livros à criança, até mesmo contando a história, eu
acredito que criar uma rotina, um hábito. O que a criança faz, ela é o espelho do seu
responsável, dos seus pais. Se ela percebe que aquele pai, aquela mãe, ela não ler, ela
só fica no celular, a criança também só vai ficar no celular porque ela não percebe
esse hábito dentro de casa (P1).
Já a P2 responde que “Os pais precisam mostrar interesse pelas histórias para que
as crianças sintam esse encantamento pelos livros. Em primeiro lugar, precisamos ter livros
infantis em casa. A presença de livros deixa as crianças mais interessadas e esse contato com
eles é o início desse encanto”.
Segundo as pedagogas, a participação dos pais nesse processo de apresentação e
iniciação ao livro e à leitura é algo de fundamental importância para que o encanto pelos livros
aconteça. A P1, em sua fala, sugere que as famílias criem esse hábito da leitura em casa e a P2
recomenda que os pais possuam livros infantis em casa para instigar na criança um certo
interesse por tais objetos de estudo.
Sandroni e Machado (1998) vão afirmar que o amor, o apreço pelos livros, não é
algo que aparecerá de repente. Se faz necessário um estímulo contínuo dessa prática de leitura
tanto no ambiente familiar quanto no ambiente escolar. Essas vivências ajudarão as crianças a
descobrirem nos livros o prazer e o conhecimento que eles podem proporcionar. Sendo assim,
os pais e professores possuem papel indispensável nesta descoberta, atuando como os maiores
incentivadores dessa ação.
62
Não existe dificuldade. A criança é conquistada pela forma usada para essa contação
e a partir daí ela se concentra, participa, curte cada momento e ainda pede pra repetir
a história. O momento da contação é um momento mágico, é com esse recurso que a
criança se transporta para o cenário da história, se emociona, interage, reconta, se
identifica com os personagens, interpreta o que ouviu e muito mais (P2).
63
“Muito, muito
“Não. Ele
2. A criança não, mas dá um “Não. Ela é
sempre faz. A
apresenta “Não muita. Ele pouquinho de super ativa.
gente diz como “Bom, ele tem
muitas não me dá trabalho, Geralmente ela
é pra fazer, qual algumas
dificuldades trabalho para porque é eu que não tem tantas
a letra que é pra dificuldades, só
em realizar as realizar as ensino ela, tem dificuldades
fazer e ele faz, que aí eu
atividades tarefas e quando horas que ela quando tem a
se ele não sabe explico bem
escolares? ele tem, eu não quer, tem gente
fazer a letra a melhor e aí ele
Como você o costumo pegar horas que ela mostrando
gente faz pra ele vai
ajuda a na mão dele inventa história, como é que faz
copiar, porque entendendo.”
melhorar essas para ajudar.” diz que não e ela vai
ele não sabe
dificuldades? quer, que tá fazendo.”
ler.”
cansada.”
“Sim. Eu
“Sim. Vou a visitava a
todas as creche todos os
“Sim, antes da
3. Você se reuniões. Antes dias, ia deixar e
pandemia eu ia
considera da pandemia ia buscar ela, “Sim. Eu
à escola para as “Sim, sim, eu
participativo tinha as sempre falava sempre ia
reuniões e para me sinto muito
em relação ao reuniões no com a deixá-lo,
as festinhas. participativa,
seu começo do professora, buscar, as
Agora o meu em relação a
relacionament semestre, que porque a minha reuniões eu ia
contato é pelo tudo.”
o com a escola? tinha que preocupação era também.”
WhatsApp.”
Cite exemplos. assinar, agora é porque ela não
tudo pelo interagia com as
celular.” outras
crianças.”
“Nessa Escola
não, na outra
que ela
estudava tinha. “Deve ter. Esse
4. Na escola
Ela só tá na ano e ano
existe algum
“Não, acho que escola a um (01) passado foi
projeto, “Pra falar a
não. ano, eu tive que muito difícil, “Eu acho que
alguma ação, verdade não,
Sinceramente tirar ela da aqui acolá não.”
que vise a nunca vi não.”
eu não sei.” antiga escola. tinham umas
aproximação
Aí nessa escola festinhas, aí os
da família? Se
eu não vi pais
sim, qual?
nenhum projeto interagiam”
não. Era bom se
tivesse um
projeto.”
“Com Certeza,
porque você
fica conhecendo
“Na verdade, a
como o seu
5. Para você, a “Sim. Seria interação com a
filho está, você
participação interessante escola e com os
fica apar da
da família na porque o aluno alunos e
situação, você
escola é aprenderia mais principalmente
“Sim. Não sei fica sabendo o
importante? em casa já que “É.” com os pais dos
quais os que está
Cite os não está indo alunos é muito
benefícios.” acontecendo
benefícios pra escola, importante né,
com a criança,
dessa interação principalmente principalmente
se ela está tendo
entre a família nesse momento para aqueles
um bom
e a escola? de pandemia.” que tem mais
desenvolviment
dificuldades.”
o, como é o
tratamento
dela.”
65
“Bom, a minha
sugestão assim,
“Acredito que
para a escola,
se os pais
6. Quais as para que haja
fossem mais
sugestões que “Não, pra mim uma
participativos,
você tem para “Quem sabe um assim tá bom. aprendizagem
eles
melhorar o projeto, que Ele aprende, das crianças
“Não tenho incentivavam
relacionament promova uma não é como se eram eles
nenhuma mais os filhos,
o da família e interação entre ele tivesse na chamarem os
sugestão.” eles iam ajudar
da escola para a família e a escola, mas ele pais e as
mais, ficar
a melhoria da escola” aprende.” crianças e
sabendo o que a
aprendizagem promoverem
criança precisa
da criança? momentos de
para melhorar.”
interação como
contar
historinhas.”
FONTE: Elaborada pela autora.
tarefas escolares, pois com o auxílio da mãe, a criança compreende a tarefa e consegue resolvê-
la.
Referente ao segundo questionamento adicionado ainda na segunda (02) questão,
“Como você o ajuda a melhorar essas dificuldades?”, obtivemos as seguintes respostas: “ele
não me dá trabalho para realizar as tarefas, e quando ele tem, eu costumo pegar na mão dele
para ajudar” (R1). A R2 pontua que “muito não, mas dá um pouquinho de trabalho, porque é
eu que ensino ela, tem horas que ela não quer, tem horas que ela inventa história, diz que não
quer, que tá cansada”. A R3 enfatiza que “geralmente ela não tem tantas dificuldades, quando
tem a gente mostra como é que faz e ela vai fazendo”. E, por fim, a R4 relata que “a gente diz
como é pra fazer, qual a letra que é pra fazer e ele faz, se ele não sabe fazer a letra a gente faz
pra ele copiar, porque ele não sabe ler”.
Ao afirmarem as dificuldades que cada uma das crianças possui ou apresenta na
hora da realização das atividades escolares, cada um dos pais ou responsáveis também relatou
quais as atitudes que ambos tomam frente a essa situação. A R1 declara que quando se depara
com alguma dificuldade de escrita do filho, ela costuma pegar na mão dele e o ajudar. A R2
relata que a sua filha costuma apresentar trabalho para realizar as atividades, demostrando
preguiça para não fazer a tarefa com ela. A R3 lida com essa situação mostrando à criança a
maneira correta de fazer e, por fim, a R4 declara que quando o filho não reconhece a letra que
é pra fazer em uma determinada atividade, ela costuma fazer a letra para a criança copiar.
Ao observarmos as atitudes dos responsáveis para tentarem ajudar seus filhos a
realizarem as tarefas, podemos refletir que a família, assim como a escola, desempenha um
papel decisivo na aprendizagem da criança. Mesmo que a sua forma de ensinar não seja
totalmente “correta”, essa participação familiar nesse processo de desenvolvimento de
conhecimentos das crianças vem contribuir e muito com os ensinamentos transmitidos pela
escola, pois de certa forma, a família está caminhando na mesma direção dessa instituição de
ensino ao tentar colaborar com a aprendizagem dos filhos(as).
Na terceira questão (03), foi indagado a seguinte pergunta: “Você se considera
participativo em relação ao seu relacionamento com a escola?”. Todos os responsáveis
afirmaram ser participativos em relação a ida na escola, a participarem das reuniões e eventos
promovidos pela instituição de ensino dos filhos. Agora nesse período de pandemia, o contato
com a escola está ocorrendo por meio do celular, especificamente via Whatsapp.
Relacionado à importância dessa participação efetiva dos pais no ambiente escolar,
Paro (2000) vem alertar que é necessário que a escola proponha dinâmicas que aproximem os
pais da escola,
67
tratamento dela”. E, por fim, a R5 vai ressaltar que a interação da escola, com os pais e com os
alunos é muito importante “[...] principalmente para aqueles que têm mais dificuldades”.
Ao analisar tais indagações, podemos observar que dentre os entrevistados, a
maioria deles reconhecem os benefícios de suas participações no ambiente escolar e que
infelizmente alguns dos pais ainda não sabem identificar os benefícios dessa interação
família/escola para a aprendizagem de seus filhos, embora assumam que suas participações no
ambiente escolar são importantes.
Com relação à participação dos pais na escola, Arribas (2004, p. 393-394) destaca
que “[...] a escola deverá fomentar e organizar sua tarefa de forma que pais e professores se
envolvam em um objetivo comum: colaborar de forma ativa e responsável na educação das
crianças”. Dessa forma, ambos, escola e família, devem se preparar para trabalharem em
conjunto, com o único objetivo de desenvolver as aprendizagens nas crianças.
A sexta (06) questão traz a seguinte pergunta: “Quais as sugestões que você tem
para melhorar o relacionamento da família e da escola para a melhoria da aprendizagem da
criança?”. Novamente, a R1 e a R4 afirmam não terem nenhuma sugestão para melhorarem o
relacionamento da família com a escola. Enquanto os outros responsáveis apresentam suas
sugestões.
A R2 sugere “quem sabe um projeto que promova uma interação entre a família e
a escola”. Já a R3 reflete que “[...] se os pais fossem mais participativos, eles incentivavam mais
os filhos, eles iam ajudar mais, ficar sabendo o que a criança precisa para melhorar”. Para a R5
a sugestão seria “[...] chamarem os pais e as crianças e promoverem momentos de interação
como contar historinhas”.
Segundo esta ótica estabelecida pelas sugestões dos responsáveis, é nítido que a
mediação da escola nesse processo de melhoria do relacionamento família/escola é mais que
importante, é fundamental, seja por meio de um projeto que englobe essa questão, seja por meio
de diálogos com a família, ou seja, por meio da promoção de momentos de interações entre
ambos na instituição escolar.
Conforme afirma Arribas (2004, p.394):
o contato dos educadores com a família é um fator imprescindível para obter uma
visão completa e não escolar do aluno. Esse contato também é necessário para
estabelecer um clima de confiança entre ambos, o que, sem dúvida, resultará em
benefício da educação da criança (ARRIBAS, 2004, p. 394).
Diante do que está sendo exposto, podemos destacar que a solução para a melhoria
do desempenho escolar do aluno e, consequentemente, da redução das dificuldades de
69
aprendizagens, é a participação da família no contexto escolar, pois, por meio dos relatos dos
pais, é possível enxergar a necessidade desta parceria entre a família e a escola. Parceria essa
que, sem dúvidas, será muito eficaz para descartar ou minimizar os problemas de aprendizagem
dos alunos.
Nessa subseção, teremos a última etapa das entrevistas realizadas com os pais ou
responsáveis pelas crianças do infantil V. Conforme se pode observar no quadro 4, essa é a
segunda e a última parte das entrevistas e foram divididas em oito (08) questões, que buscaram
analisar se a família possui o hábito de contar histórias pros seus filhos, quais os benefícios da
contação de histórias e, consequentemente, como essa prática pode ser importante para a
aprendizagem dos pequenos. Vejamos o quadro:
3. Como você
“Conto mais
costuma contar
“Às vezes do oralmente as
as histórias, por “Normalmente é por
livro, às “Uso do coisas da
meio do uso do “Do livro.” meio do livro, livros
vezes livro.” vida, as
livro ou que tem historinhas.”
oralmente.” minhas
oralmente?
dificuldades.”
Comente.
“Ela fica
escutando, “Ele gosta muito
“Ele gosta,
ela gosta. Ela quando eu conto
ele pede pra
tenta ler do histórias pra ele, ele
4. O seu filho contar outra,
jeito dela, fica mais assíduo,
gosta quando ele faz
sem saber ler, presta bastante
você conta as “Gosta, fica “Ela gosta, ela perguntas,
ela pega o atenção, depois ele
historinhas? animado.” gosta muito.” como foi que
livro e vê a pergunta porque
Qual a reação ele fez isso,
imagem e aconteceu isso, porque
dele? quer saber de
começa a aconteceu aquilo, eu
tudo.”
falar, como se vou respondendo e ele
tivesse fica bem atento.”
lendo.”
“Pra
incentivar ela “Eu acho, que
a querer ler, ele pode se
“As
porque interessar “Eu acho assim que
historinhas
5. Quais os quando eu mais pra contar historinhas para
elas
benefícios da não sabia ler aprender a os filhos da gente, faz
“Não sei estimulam a
contação de eu era assim, ler, pra ler as com que eles aprendam
dizer.” imaginação, a
histórias para a eu ficava histórias, ele mais, sabe? Faz com
leitura. Elas
aprendizagem do vendo as tem muita que eles fiquem mais
conhecem
seu filho? historinhas e vontade de atenciosos, prestem
mais o mundo
eu queria aprender a bastante atenção.”
da leitura.”
tentar ler.”
aprender a
ler.”
“Sim, é
porque a
criança vai
“Sim, é
perceber que
porque ele
ela só vai
“Sim, porque ver as
6. Você acredita conseguir “Acredito sim que
ela vendo eu palavras, ele
que a contação contar a contribui para o
“Contribui, ler, ela talvez vai querer
de história historinha se processo de leitura
faz com que queira ler saber o que tá
contribui para o ela souber ler, porque tem algumas
ele queira ler também, escrito ali, ele
processo da se ela pegar coisas que ele tipo já
sozinho.” queira vai querer
leitura? De que um livro, sabe quase ler e isso é
aprender a aprender a ler
forma? porque é ótimo.”
ler.” pra ele
também
mesmo ler a
através do
história.”
livro que ela
vai aprender a
ler.”
7. Na sua “Sim, porque “Eu acho que
opinião, as fica na sim, porque “Bom, eu acho assim,
crianças que cabeça dela a ele ver as que as crianças que
possuem historinha e palavras ele ouvem bastante
“Sim, com
familiaridade “Sim.” ela vem a vai querer ler, histórias assim elas
certeza.”
com a contação querer ler querer tendem a desenvolver
de história mais, por aprender, ele mais o pensamento, a
tendem a causa da vai querer imaginação.”
desenvolver-se historinha ou saber o que tá
71
é preciso ajudar a criança a descobrir o que eles lhe podem oferecer. Cada livro pode
trazer uma ideia nova, ajudar a fazer uma descoberta importante e ampliar o horizonte
da criança. Aos poucos ela ganha intimidade com o objeto -livro. Uma coisa é certa:
as histórias que os pais contam e os livros que pais e filhos vêem juntos formam a
base do interesse a ler e a gostar dos livros (SANDRONE; MACHADO, 1998, p. 16).
Na segunda (02) questão que faz a seguinte indagação aos responsáveis: “Quais
histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?” Em sua maioria, os
responsáveis afirmam contar a histórias d’Os Três Porquinhos, e somente um responsável, a
R2, pontua os aspectos dos valores das histórias que ela conta para a filha, frisando o respeito.
Autores como Lisboa (2010) e Mateus et al (2014) informam que, além de encantar,
de incentivar o imaginário e o gosto pela leitura, as histórias conseguem transmitir diferentes
valores que resultaram na formação da personalidade da criança, pois as histórias representam
indicadores efetivos para situações desafiadoras, assim como fortalecem vínculos sociais,
educativos e afetivos.
Na terceira (03) questão, trouxemos o seguinte questionamento: “Como você
costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente?”. Três dos responsáveis
pelas crianças afirmaram utilizar-se do livro durante a contação, enquanto dois responsáveis,
mais especificamente a R1 e a R3, alegam contar histórias de forma oral, sem o auxílio do livro.
Esse método de contar histórias oralmente é bastante antigo. Segundo Abramovich
(1997), geralmente, o primeiro contato da criança com um texto é feito oralmente. Por vezes,
através da voz da mãe, do pai ou responsáveis, ao contarem historinhas, como os contos de
fadas, fábulas, trechos da Bíblia, histórias inventadas ou de suas vivências pessoais e infantis.
O uso (ou contato) do livro também é um recurso fundamental nesse processo de iniciação da
criança a contação de história.
A quarta (04) questão levantada aos responsáveis foi se eles achavam que os seus
filhos(as) gostavam quando eles contavam as historinhas e qual a reação deles. Para esse
questionamento, obtivemos respostas bastante positivas, pois, segundo os responsáveis, todas
as crianças gostam do momento da contação em casa.
Relacionado à indagação “qual a reação deles”, obtivemos as seguintes respostas
dos responsáveis: R1 afirma que o filho(a) “fica animado”; a R2 relata que a criança “[...] tenta
ler do jeito dela, sem saber ler, ela pega o livro e vê a imagem e começa a falar, como se tivesse
lendo”; R3 dispara que a criança “gosta muito”, já a R4 disse que, após a contação, o filho “[...]
pede pra contar outra, ele faz perguntas, como foi que ele fez isso, quer saber de tudo” e, por
fim, a R5 salienta que o filho “[...] fica mais assíduo, presta bastante atenção, depois ele
pergunta porque aconteceu isso, porque aconteceu aquilo, eu vou respondendo e ele fica bem
atento”.
Perante essas afirmativas dos responsáveis, é válido destacar que todas as crianças
gostam de ouvir as historinhas, se mostram interessadas ao prestarem bastante atenção no
73
acredita que a contação de histórias contribui para o processo de leitura porque “[...] tem
algumas coisas que ele tipo, já sabe quase ler, e isso é ótimo”.
Vejamos: todos os pais ou responsáveis afirmam a importância da contação de
histórias para o processo de desenvolvimento e envolvimento com a leitura, pois a contação de
histórias é um instrumento muito importante no estímulo à leitura, ao desenvolvimento da
linguagem e pode ser visto como um passaporte para a escrita.
Navas, Pinto e Delissa (2009) reforçam essa ideia da importância da implementação
da leitura, ao afirmarem que essa prática, especificamente, influencia o desempenho da
linguagem oral e da escrita, enriquece o vocabulário, aumenta o nível de informação e
conhecimentos gerais, além de desenvolver o senso crítico, despertar a curiosidade, a
sensibilidade e o raciocínio. Dessa forma, os autores destacam que a leitura pode estimular o
desenvolvimento de várias habilidades na criança como a melhora na maneira de falar, de se
expressar e de ver o mundo.
Na sétima (07) questão, perguntamos aos pais se, em suas opiniões, as crianças que
possuem familiaridade com a contação de história tendem a desenvolver-se melhor na
aprendizagem da leitura e novamente ambos os responsáveis afirmaram que sim, destacando
em suas falas que as crianças que ouvem bastante histórias tendem a desenvolvessem melhor,
tanto no processo da leitura como no desenvolvimento da imaginação.
Segundo a R2 e a R4, as crianças que possuem familiaridade com a contação de
histórias, tendem a querer saber ler, para poderem lerem sozinhas ou para lerem pra alguém.
R4 afirma ainda que essa familiaridade com a contação de história, com o livro, é importante
porque a criança vai ver as palavras e “[...] vai querer ler, querer aprender, ele vai querer saber
o que tá escrito ali, eu acho que ele vai se interessar mais do que ele não visse”.
De fato, como podemos observar antes, as crianças que possuem esse hábito de
ouvir histórias no âmbito familiar e no âmbito escolar, tendem a se desenvolverem com mais
facilidade no contexto escolar, nas atividades escolares, em sociedade, na descoberta e
vivências de valores e na formação de suas personalidades e subjetividades.
A última questão direcionada aos pais ou responsáveis pelas crianças do Infantil V
foi se eles sabiam se na escola existe ou existia algum projeto voltado para a contação de
história. Referente a esse questionamento somente uma responsável afirmou acreditar que
existia. Os outros responsáveis afirmam não saber da existência de nenhum projeto ou ações da
instituição escolar frente a algum projeto voltado para a contação de história.
Em relação a esse questionamento, podemos observar que ocorre, de certa forma,
uma falha da instituição escolar em relação a não trabalhar diretamente com os pais essa questão
75
5 CONCLUSÃO
Essa pesquisa teve como intuito apresentarmos discussões acerca da relação família
e escola, abrangendo os cenários e contextos da realização da leitura por meio da contação de
história com crianças da educação infantil. Os dados da pesquisa foram colhidos através de
entrevistas semiestruturadas que se referiam à relação família e escola e sobre a aprendizagem
da leitura por meio da contação de histórias. Os sujeitos foram duas professoras que trabalham
no Infantil V em uma escola pública do município de Amontada-CE e cinco pais ou
responsáveis pelas crianças dessa mesma turma.
A relação família e escola envolve questões que levantam muitos debates, o que é
necessário, já que é um assunto bastante atual na nossa sociedade e que se faz cada dia mais
indispensável pelos benefícios educacionais que essa relação propicia no desenvolvimento das
aprendizagens das crianças, em especial na Educação Infantil.
Ao caminhar com o objetivo de compreender como a união entre a família e a escola
pode contribuir com o aprendizado da leitura, especificamente por meio da contação de história,
podemos observar que os participantes dessa pesquisa reconhecem a relevância da contação de
histórias no cotidiano familiar e escolar das crianças, por essa prática permitir trabalhar
inúmeros aspectos na vida escolar da criança como é o caso da interação, socialização e por
despertar desde cedo o amor pela leitura e curiosidade pelos livros.
Com base nas discussões apresentadas na análise, compreendeu-se que é
reconhecido pelas pedagogas em questão a importância dessa união entre a família/escola.
Ambas, destacam, que a aproximação entre essas duas instituições de ensino enriquece o seu
trabalho como educador, pois o apoio e incentivo das famílias a impulsionam a querer melhorar
em sua profissão, aprimora a efetividade dos pais ao ambiente escolar, por serem inseridos
nesse processo de aprendizagem dos filhos e, consequentemente, enriquece o desenvolvimento
da própria criança, pois ela se depara com o incentivo, tanto no espaço escolar, como no âmbito
familiar.
Entendemos que a participação do professor da Educação Infantil é a peça
fundamental nesse processo de aproximação entre a família e a escola, tendo como maior
compromisso buscar formas de conseguir aproximar a família da realidade escolar dos seus
filhos. Diante disso, com os resultados obtidos nas entrevistas semiestruturadas, por meio das
respostas obtidas pelas professoras, observou-se que as mesmas buscam por meio de suas aulas,
práticas e planejamentos esse contato direto com os pais ou responsáveis como uma possível
solução para fortalecer essa relação de parceria com as famílias.
77
para as crianças da Educação Infantil e como essa aproximação poderia ocorrer por meio da
contação de histórias.
Diante de tudo o que foi posto até aqui, fica evidente que essa temática é de suma
relevância para investigação educacional, principalmente para quem ainda não compreendeu a
importância dessa relação família/escola e que busca aprofundar-se nesse tema, tendo em vista
que ainda há muitas incertezas sobre a necessidade dessa aproximação, mas que se faz
necessário analisar os contextos e discussões acerca dessa realidade educacional e familiar.
Dessa forma, enquanto futura pedagoga e atuante nesse campo de trabalho, vejo a
necessidade em encontrar possíveis respostas para tal problemática, além de tentar promover
um olhar crítico-reflexivo na sociedade e nos atuantes da área da educação que ainda necessita
compreender os percalços dessa relação entre a família e a escola e qual o papel de ambas no
desenvolvimento das aprendizagens das crianças na Educação Infantil.
79
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2007.
85
CARACTERIZAÇÃO
Professor (a) entrevistado (a): _________________________________________
Formação acadêmica: _______________________________________________
Tempo que atua como docente na educação infantil: _______________________
3. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se sim,
qual?
6. Na sua opinião, os alunos que possuem familiares mais participativos tendem a adquirir
melhor resultado na aprendizagem?
1.Você tem o hábito de contar história para os seus alunos? Com que frequência isso ocorre?
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
3. Você como educador, acredita que a contação de história contribui para o processo da
leitura? De que forma?
7. De que forma os pais podem contribuir para essa aprendizagem da leitura por meio da
contação de histórias?
8. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história tendem a
desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
CARACTERIZAÇÃO
Parentesco do familiar responsável do aluno: ________________________
Escolaridade do familiar ou responsável:____________________________
1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas aulas
remotas?
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se sim,
qual?
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa interação
entre a família e a escola?
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola para
a melhoria da aprendizagem da criança?
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
3. Como você costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente? Comente.
4. O seu filho gosta quando você conta as historinhas? Qual a reação dele?
6. Você acredita que a contação de história contribui para o processo da leitura? De que forma?
7. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história tendem a
desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
8. Você sabe se na escola existe algum projeto voltado para a contação de história? Comente.
89
Itapipoca-Ceará, ____/____/____
____________________________________________________
Assinatura do(a) participante
____________________________________________________
Assinatura da aluna (autora da pesquisa)
90
Por meio deste instrumento, solicitamos ao gestor da (escola escolhida) a autorização para
divulgação do nome da instituição em possíveis publicações decorrentes da pesquisa “a relação
família e escola: cenários e contextos da realização da leitura por meio da contação de história
de crianças da educação infantil”, realizada pela acadêmica Antonia Eduarda Gonçalves,
orientada pelo Profa. Priscila Azevedo. A coleta de dados será realizada com professoras do
Infantil V, por intermédio de um questionário. A presente atividade é requisito para a conclusão
do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI),
campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE), e caso concorde, solicitamos que assine
esta solicitação, concordando com a exposição do nome da instituição em possíveis publicações
decorrentes da investigação.
__________________________________________________________________
Diretor (a)
(Assinatura e carimbo da escola)
______________________________________________________________
3. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. A escola em si não, o Município sim, que é o Brincando em família, mas é algo que é voltado
para todas as escolas, não é algo exclusivo da creche. De certa forma, é algo que tem tido
resultado, porque por mais que seja pouco o retorno que a gente recebe a gente ver a presença
dos pais, teve uma atividade que era pra fazer a letrinha do nome, ali naqueles vídeos quando
eu recebi tinha a mãezinha falando, pegando na mão da criança, tem também a pescaria que é
uma atividade realizada com pregador e umas tampinhas de garrafa, aí nessa atividade também
a gente ver a presença do pai, da mãe, a partir de atividades propostas por esse projeto.
4. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. Eu acredito que é algo que traz muito benefício sim, apesar da escola não ter um projeto
específico, o município em si tem esse projeto e é algo que é de fundamental importância pra
nós professoras, porque nós nesse momento de aulas remotas, estamos dependendo mais do que
nunca da participação dos pais, porque são os pais que estão ensinando de certa forma né,
porque a gente não vai mandar uma mensagem no grupo pra uma criança de cinco anos, e ela
vai ler a mensagem e fazer a atividade, quem está fazendo isso é os pais, então é algo que, a
gente como professor e coordenação deveria ter mais esse apreço, esse cuidado em está
entrando em contato com a família. Eu acho até muito importante esse teu trabalho, é muito
interessante porque abre a mente da gente pra buscar essa aproximação, coisa que até o
momento eu não percebi e eu falho enquanto professora iniciante de não estar buscando tanto
essa aproximação que é tão fundamental principalmente nesse momento de aulas remotas, mas
o que a gente propõe os pais que sempre fazem as atividades, é notório que eles gostam de fazer,
eles gostam que a gente responda “Gael você foi nota dez” ai a mãezinha vai lá e responde,
pede pra criança gravar um áudio, isso é muito interessante. E isso enriquece o trabalho da
gente, enriquece a nossa formação enquanto professora, é um estimulo também para nós
professores. Outros benefícios são a preocupação com a criança, o cuidado, a sensibilização
dos pais em está fazendo as atividades, é a motivação das próprias crianças, tem que ter o pai
ali do lado, a mãe pedindo, insistindo.
5. De que forma os professores podem estimular as famílias na participação da
aprendizagem dos alunos, principalmente nas aulas remotas?
R. Eu acredito que os professores, eu enquanto professora, poderia está cobrando um pouco
mais, insistindo um pouco mais, eu acho que principalmente nesse final de semestre a gente
deixa muito a desejar, tanto o casaco por parte dos pais, das crianças, e da gente mesmo
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enquanto professor. Está sendo um momento difícil pra todo mundo e aí vai acabando o
semestre e a gente acaba que se acomodando de certa forma e falta mais da minha parte buscar
mais essa aproximação, esse estímulo de ter um contato com os pais de uma forma mais efetiva,
de uma forma mais relevante. Eu acho assim que eu enquanto professora buscar-se fazer vídeos
mais interativos, buscar esse contato diretamente com o pai no privado, está falando com cada
um, tentando essa aproximação, talvez fazendo até uma visita uma vez por mês por ai, iria
chamar a atenção do pai, eles iriam notar que a gente está se esforçando um pouco mais, só que
eu sozinha também não posso fazer isso pela escola, é necessário a mobilização de um todo da
escola, da coordenadora, e como eu novata, acabei de me formar e tem gente lá que tem mais
de 20 anos ensinando, aí eu não me vejo, pelo menos agora nesse semestre dando palpite,
dizendo que a gente poderia fazer assim, fazer assado, até porque mudou essa gestão também,
pode ser que eu não esteja vendo essa mobilização porque elas também estão chegando agora.
Aí tem essa carência desse contato a mais com os pais, eu enquanto novata, por enquanto ainda
não me vejo é opinando tanto assim, mas eu espero que daqui pra frente, em agosto, próximo
semestre as coisas possam melhorar e como eu vou está mais firmada de certa forma eu posso
está dando minha opinião, demostrando algum palpitem em relação a essa aproximação com a
família, dando uma iniciativa.
6.Na sua opinião, os alunos que possuem familiares mais participativos tendem a adquirir
melhor resultado na aprendizagem?
R. Com Certeza, nos estágios, quando eu participava dos estágios a gente percebe quando
aquela criança ela é motivada de dentro de casa a vim pra escola. Tem aquela criança que ela é
tímida, tem aquela criança que é mais acanhada, mas tem aqueles que a gente ver o esforço, que
a gente sabe que quando chegar em casa ela vai mostrar pro pai a atividade. Aquelas mãezinhas
que chegava pra buscar a criança, isso nos estágios, a gente via aquele cuidado, tem pais que
perguntam se a criança está indo bem, se ela está aprendendo a ler, se ela se comportou. Isso a
gente ver quando os pais chegam perguntando isso, a gente nota na criança, que a criança tem
aquele cuidado em ser especial pro pai, então eu acredito que sim, os pais eles têm fundamental
importância na aprendizagem da criança. Na minha sala, a minha turma tem 20 alunos, e tem
alunos do interior do Missi por exemplo, os pais que não tem acesso ao celular, mas que as
crianças fazem as atividades, os pais não estão no grupo mais vão à escola pegar as atividades
com a diretora, no grupo que eu estou tem uma criança que estão a mãe e a avó, uma é a
responsável pela criança e a outra cuida, essa criança sempre manda as atividades, manda foto
com o livro, e é uma coisa que ela faz super rápido, eu consigo ver que a criança é motivada a
fazer assim, e isso é muito bom, não são todas, de vinte, seis ou sete crianças dão retorno todos
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os dias, menos da metade, mais a gente ver que essas sete elas tem um diferencial do pai, claro
que as outras que não mandam tem a questão do pai não está em casa, do pai está trabalhado e
não tem quem faça, são diversas realidades a gente sabe. Eu já fui deixar apostilhas na casa de
alguns alunos, só que como o único contato que a gente tem é pelo WhatsApp a criança que
não está no grupo eu pergunto a diretora como está a situação, ela me diz se o responsável
pegou o livro e tem os que ela não sabe dizer porque não tem contato.
1. Você tem o hábito de contar história para os seus alunos? Com que frequência isso
ocorre?
R. O projeto brincando em família tem essa sequência de contação de história, no caso é todas
as sextas feiras, eu conto uma sexta sim, uma sexta não, porque tem a professora piloto que é a
que mais trabalha isso e eu que sou a volante, quando ela não passa ou mesmo quando eu
percebo que ela não vai passar eu não peço autorização também, eu vejo a necessidade de estar
passando essas histórias, porque a gente recebe o documento dizendo as dicas que é pra gente
fazer e eu vou e faço. E no documento também tem a dica da história.
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. Nesse último mês, teve a história por exemplo, o passeio de Mariana, nessa história ela fala
sobre um lindo passeio, um lugar encantador, que a convite do avô a Mariana ela vive uma
experiencia de conhecer o mundo da fantasia, como se fosse um passeio mágico. Teve a história
do sumiço da nota sol, a lenda do milho que foi a outra professora que passou, e o casamento
matuto da bicharada, que é a que eu vou passar agora, na minha aula de sexta feira, que eu dou
aula na terça, na quarta e na sexta. Eu vou passar essa história que vai falar desse mês Juninho,
festa de arraia, essas coisas. Eu já trabalhei a história do Pinóquio também, já trabalhei os três
porquinhos, esses clássicos da literatura infantil. Abordam o cuidado com o outro, as emoções,
a sensibilidade, o respeito, por exemplo do Pinóquio, não contar mentiras, respeitar os mais
velhos. Eu acredito que é basicamente isso, o respeito, a humildade, valores como nos três
porquinhos, valorizar o que você tem, não ter preguiça, ser esforçado, dedicado, ouvir os
conselhos de quem é mais experiente, o cuidado consigo e com o próximo como já falei, a
solidariedade. Teve uma vez no mês de março eu acho, a gente trabalhou sobre a gentileza, a
gente contou uma historinha sobre a gentileza e pedimos para as crianças fazerem um mural da
gentileza, com ações, um mural com fotos, recortes e ações que remetessem a gentileza, por
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exemplo, ajudar um idoso a atravessar a rua, e aí eles colaram, fizeram esse mural, e aí gente
trabalha o valor da solidariedade com essas histórias também.
3. Você como educador, acredita que a contação de história contribui para o processo da
leitura? De que forma?
R. Sim, com certeza a contação de história contribui para o processo de leitura, quando a gente
está contando uma história, claro que da forma presencial, nos estágios porque até o momento
eu ainda não contei nenhuma história para essas crianças no modo presencial, mas quando a
gente entra em contato com a criança, quando a gente está contando uma história a gente ver
que as crianças tem essa necessidade de aprender. Quando eu estou contando uma história pra
criança, ela fica com a curiosidade em saber de onde eu estou tirando essa história, de onde é
que eu estou lendo, e nós como mediadores dessas crianças, dessas aprendizagens, nós temos
que favorecer, fornecer o contato dessas crianças com os livros, eu estou contando mais posso
deixar a criança pegar, deixar a criança conhecer o livro pra ela ir se familiarizando com a
leitura, é o meu papel enquanto professora fazer essa mediação da criança, com a leitura, da
criança com o livro.
4. Quais os benefícios da contação de histórias para a aprendizagem das crianças?
R. Eu acredito que seja desenvolver o imaginário da criança, as emoções, o brincar, o escrever,
e principalmente o ler. A criança acaba fazendo questionamentos, ela acaba tendo
conhecimentos de outro mundo, é uma história que eu estou contando é outra visão, é uma
experiência nova que a criança está tendo, a gente ver que a criança presta atenção, a gente
tendo um jeito de falar que forneça essa curiosidade, a entonação, o jeito que a gente vai contar,
a animação, a caracterização, tudo isso implica, não é só chegar e ler também pra criança, a
gente tem que fazer justamente a contação, eu posso me caracterizar, se tiver alguma fala de
algum animal, o personagem, o leão por exemplo, eu engrossar a minha voz, tem toda aquela
entonação e a gente percebe que a criança ela fica encantada com isso, e isso desenvolve ao
meu ver, diversas aprendizagens, as emoções, a sensibilidade, o contato com o livro, gera toda
uma curiosidade e uma necessidade de aprender.
5. Você costuma utilizar de alguma estratégia ou ações para aproximar a família da
aprendizagem da leitura dos seus filhos?
( ) Empréstimo de livros ( ) Encontros
( ) Projeto - Qual o nome:
R. No Projeto brincando em família no comecinho do semestre agente fez essa proposta do pai
contar uma história pra criança e gravar, infelizmente a gente não obteve retorno, mas teve sim
essa proposta, foi justamente através desse projeto brincando em família, eu não obtive retorno.
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Na minha timidez de professora iniciante eu não tive a coragem mesmo de cobrar de perguntar
e eu também não tive um apoio que me mandasse, que me motivasse a buscar respostas do
porque não obtive respostas.
6. A família é estimulada a trabalhar a contação de história com os filhos/alunos? De que
forma?
R. A gente faz a nossa contação, a nossa parte de estar gravando os vídeos e tal, mas dizer que
a família é estimulada a fazer a contação, pelo menos na minha escola não, eu ainda presenciei
isso. Infelizmente, é uma carência da minha escola não trabalhar isso da família, não buscar
essa participação da família na aprendizagem da criança como um todo, não só assim responder
uma mensagem no grupo, mas de forma integral, porque a gente está dependendo dos pais nesse
momento.
7. De que forma os pais podem contribuir para essa aprendizagem da leitura por meio da
contação de histórias?
R. O pai ele pode estar apresentando livros a criança, até mesmo contando a história, eu
acredito que criar uma rotina, um hábito. O que a criança faz, ela é o espelho do seu responsável,
dos seus pais, se ela percebe que aquele pai, aquela mãe, ela não ler, ela só fica no celular, a
criança também só vai ficar no celular porque ela não percebe esse hábito dentro de casa e na
escola, consequentemente ela não vai ter tanta coragem de ler, tanto esse incentivo, essa busca
pela leitura, mas se o pai, a família cria uma rotina, cria um momento todos os dias, algo mesmo
rotineiro que vire hábito a criança, eu acredito que ela vai se tornar um excelente leitor, porque
ela vai ter esse incentivo e além desse incentivo é algo que já virou hábito. A gente sabe que a
realidade não é fácil, um pai é pra ele trabalhar, chegar super cansado e ele ainda ir contar uma
história pra uma criança, é complicado, a gente sabe que é complicado, mas eu acho que seria
uma opção, mas a gente sabe que a realidade ela não é esse mar de rosas, essa facilidade toda.
Eu penso também assim, como é que um pai que não tem acesso aos livros ele vai está contando
uma história para a criança, e eu acho que é aí que entra a participação da escola, em ter essa
iniciativa de estarem doando, de estarem emprestando livros para essas famílias. Outro
problema, e os pais que são analfabetos como é que faz, tem toda uma questão, uma
problemática que nos enquanto professoras, você enquanto formanda, a gente não pode resolver
tudo de uma vez, mas existem as iniciativas que servem para melhorar alguma coisa.
8. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história
tendem a desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
R. Com Certeza, uma criança que ela, como eu falei da rotina, seria ideal, seria ótimo, se as
famílias pudessem criar essa rotina pra que virasse um hábito pra criança, mas como a gente
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também já falou, a realidade é bem diferente, mais assim, se as crianças elas tivessem essa
familiaridade com a contação de história, com certeza elas desenvolveriam melhor a
aprendizagem delas na leitura, porque elas iriam ter, além de ter tido a curiosidade, elas já iriam
ter tido a apresentação ao livro, propriamente dito, elas já teria tido o contato, já estaria
familiarizada, não ia ser uma novidade tão grande como é da primeira vez que elas escutam
uma história, se tivesse esse hábito essa rotina com certeza as crianças desenvolveriam ainda
mais rápido a leitura.
9. Quais recursos, estratégias ou matérias são utilizados no momento da contação de
história na educação infantil?
( ) Livro ( ) Fantoches ( ) Dedoches
( ) Objetos variados ( ) Desenhos ( ) Música
( ) Outros – Quais:
R. Tem a minha caracterização, eu o meu avental, a minha tiara, para chamar a atenção da
criança. Eu uso o livro, imprimo de certa forma, porque o acesso mínimo aos livros a gente tem
que imprimir, porque na escola não tem biblioteca. Eu uso o livro, as plaquinhas pra ir contando
a histórias, músicas, gravuras, pego a imagem imprimo e colo no quadro e vai contando,
bonequinhos de EVA também, essas coisas.
10. Quais as dificuldades em trabalhar a contação de história em sala de aula, para que se
desenvolva a aprendizagem da leitura por meio desse método?
R. A principal dificuldade, principalmente nesse momento que eu me encontro é de justamente
não está perto da criança, está mostrando, é, fazendo com que elas tenham acesso ao livro,
fazendo com que elas vejam de perto as gravuras dos livros, as imagens, todo aquele encanto
do livro, o folhear das páginas e isso é uma grande dificuldade que a gente enfrenta, essas aulas
remotas tem nos ensinado muitas coisas, mas também tem nos limitado muito. Eu gravar um
vídeo contando uma história, fazendo a entonação, me caracterizando, usando músicas, nunca
vai ser a mesma coisa de estar ali presente com aquela criança, olhando pra elas, bem pertinho
delas, elas pegando no livro, folheando as páginas, fingindo que estão lendo, nunca vai ser a
mesma coisa, a gente se adapta, mas é uma coisa que nos limita muito.
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1.Você tem o hábito de contar história para os seus alunos? Com que frequência isso
ocorre?
R. Sim, pelo menos duas vezes por semana. A contação de história se faz necessário para
socializar, educar, vivenciar, alfabetizar, entre outros.
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. Nessa fase da Educação infantil eles gostam de histórias de animais e eu conto histórias que
abordam valores como de bom comportamento, empatia, amizade, bondade, entre outros.
3. Você como educador, acredita que a contação de história contribui para o processo da
leitura? De que forma?
R. Sim, a partir do momento que a criança se encanta com a contação de histórias, ela se
interessa pela leitura mesmo que ela ainda não saiba ler convencionalmente. A criança desde
muito pequena pode fazer leitura de imagem, reconto, e com a participação do adulto ela
desenvolve amor pelo que está escrito.
4. Quais os benefícios da contação de histórias para a aprendizagem das crianças?
R. A contação de histórias permite trabalhar inúmeros aspectos na vida escolar da criança como
é o caso da interação, socialização, aprimoramento dos laços da amizade, desperta desde cedo
o amor pela leitura e curiosidade pelos livros.
5. Você costuma utilizar de alguma estratégia ou ações para aproximar a família da
aprendizagem da leitura dos seus filhos?
( ) Empréstimo de livros ( ) Encontros
( ) Projeto - Qual o nome:
R. Existe um projeto, conto e reconto na educação infantil. Esse projeto é desenvolvido mais
ou menos assim, quando era aula presencial a gente contava a história, ou dramatizando ou
utilizando alguns recursos, ou com as crianças participando como personagens mesmo e ao
chegar em casa eles fazerem o reconto, o reconto daquela história para os pais, e os pais serem
os escribas, escrever no papel como foi que as crianças contarem e mandarem pra gente, e da
mesma forma na aula remota a gente tenta usar essa estratégia, embora seja mais complicado,
porque a gente não tem mais a presença com eles pra está contando, então é mais simplificado
aí, a gente manda um vídeozinho da história e pede pra eles recontarem pros pais ou então
recontarem em vídeo pra gente ouvir.
6. A família é estimulada a trabalhar a contação de história com os filhos/alunos? De que
forma?
100
R. Nesse período de aula remota, ficou complicado essa interação com as famílias, nos
professores fazemos essa atividade através de vídeos porque muitas mães não gostam de contar
histórias para os filhos.
7. De que forma os pais podem contribuir para essa aprendizagem da leitura por meio da
contação de histórias?
R. Os pais precisam mostrar interesse pelas histórias para que as crianças sintam esse
encantamento pelos livros. Em primeiro lugar, precisamos ter livros infantis em casa, a presença
de livros deixa as crianças mais interessadas, e esse contato com eles é o início desse encanto.
8. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história
tendem a desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
R. Com certeza, a contação de histórias estimula e desperta a curiosidade pelo mundo letrado.
9. Quais recursos, estratégias ou matérias são utilizados no momento da contação de
história na educação infantil?
( ) Livro ( ) Fantoches ( ) Dedoches
( ) Objetos variados ( ) Desenhos ( ) Música
( ) Outros – Quais:
R. Eu uso o livro, fantoches, dedoches, desenhos, música e objetos variados.
10.Quais as dificuldades em trabalhar a contação de história em sala de aula, para que se
desenvolva a aprendizagem da leitura por meio desse método?
R. Não existe dificuldade, a criança é conquistada pela forma usada para essa contação, e a
partir daí ela se concentra, participa, curte cada momento e ainda pede pra repetir a história. O
momento da contação é um momento mágico, é com esse recurso que a criança se transporta
para o cenário da história, se emociona, interage, reconta, se identifica com os personagens,
interpreta o que ouviu e muito mais.
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1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas
aulas remotas?
R. Eu mesma
2. A criança apresenta muitas dificuldades em realizar as atividades escolares? Como você
o ajuda a melhorar essas dificuldades?
R. Não muita, ele não me dá trabalho para realizar as tarefas, e quando ele tem, eu costumo
pegar na mão dele para ajudar.
3. Você se considera participativo em relação ao seu relacionamento com a escola? Cite
exemplos.
R. Sim, antes da pandemia eu ia a escola, para as reuniões e para as festinhas. Agora o meu
contato é pelo WhatsApp.
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. Não, acho que não. Sinceramente eu não sei.
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. Sim. Não sei quais os benefícios.
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola
para a melhoria da aprendizagem da criança?
R. Não tenho nenhuma sugestão.
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
( )Todos os dias ( ) Duas vezes na Semana ( )Uma vez na semana
( uma vez no mês ( ) As vezes ( ) Quase nunca ( ) Nunca
R. Sim, Todos os dias quando ele vai dormir.
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. As dos livrinhos, como a dos três porquinhos.
3. Como você costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente?
Comente.
R. Às vezes do livro, as vezes oralmente.
4. O seu filho gosta quando você conta as historinhas? Qual a reação dele?
R. Gosta, fica animado.
5. Quais os benefícios da contação de histórias para a aprendizagem do seu filho?
R. Não sei dizer
6. Você acredita que a contação de história contribui para o processo da leitura? De que
forma?
R. Contribui, faz com que ele queira ler sozinho
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1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas
aulas remotas?
R. Sou eu
2. A criança apresenta muitas dificuldades em realizar as atividades escolares? Como você
o ajuda a melhorar essas dificuldades?
R. Muito, muito não, mas dá um pouquinho de trabalho, porque é eu que ensino ela, tem horas
que ela não quer, tem horas que ela inventa história, diz que não quer, que tá cansada, deve ser
porque é eu, eu já tentei colocar uma amiga minha que é professora, ela só ensinou um mês,
depois disso a minha filha não quis mais ela, de jeito nenhum. Eu tento ter paciência, insisto
que ela tem que fazer, prometo coisas a ela, depois eu te dou isso, depois eu te dou isso, aí ela
faz. A dificuldade dela é no alfabeto e nos números, por que ela não sabe ler ainda.
3. Você se considera participativo em relação ao seu relacionamento com a escola? Cite
exemplos.
R. Sim, vou a todas as reuniões, antes da pandemia tinha as reuniões no começo do semestre,
que tinha que assinar, agora é tudo pelo celular.
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. Nessa Escola não, na outra que ela estudava tinha, ela só tá na escola a um (01) ano, eu tive
que tirar ela da antiga escola. Ai nessa escola eu não vi nenhum projeto não. Era bom se tivesse
um projeto, na outra escola tinha um projeto que era brincando com os pais, toda sexta feira
tinha esse projeto, era bom se também tivesse nessa escola, para tipo incentivar os pais a
gravarem um vídeo e mandar para a professora fazendo uma brincadeira ou uma tarefinha com
os filhos, seria bem legal.
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. Sim. Seria interessante porque o aluno aprenderia mais em casa, já que não está indo pra
escola, principalmente nesse momento de pandemia.
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola
para a melhoria da aprendizagem da criança?
R. Quem sabe um projeto, que promova uma interação entre a família e a escola
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
( )Todos os dias ( ) Duas vezes na Semana ( )Uma vez na semana
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1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas
aulas remotas?
R. Eu ajudo, sempre acompanho.
2. A criança apresenta muitas dificuldades em realizar as atividades escolares? Como você
o ajuda a melhorar essas dificuldades?
R. Não, ela é super ativa. Geralmente ela não tem tantas dificuldades, quando tem a gente
mostra como é que faz e ela vai fazendo. Ela ainda não sabe ler, mas conhece as letras do
alfabeto, e as letras do nome dela.
3. Você se considera participativo em relação ao seu relacionamento com a escola? Cite
exemplos.
R. Sim, eu visitava a creche todos os dias, ia deixar e ia buscar ela, sempre falava com a
professora, porque a minha preocupação era porque ela não interagia com as outras crianças. A
professora dizia pra mim não se preocupar que como tempo ela ia interagir mais. Essas aulas
remotas prejudicam muito as crianças, eu acho, porque por mais que você faça não é o mesmo
que a sala de aula.
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. Deve ter, esse ano e ano passado foi muito difícil, aqui acolá tinham umas festinhas, aí os
pais interagiam. Ela por sinal até participou uma vez, fez uma dança.
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. Com Certeza, porque você fica conhecendo como o seu filho está, você fica apar da situação,
você fica sabendo o que está acontecendo com a criança, se ela está tendo um bom
desenvolvimento, como é o tratamento dela. É muito bom, tanto pra criança como para os
professores
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola
para a melhoria da aprendizagem da criança?
R. Acredito que se os pais fossem mais participativos, eles incentivam mais os filhos, eles iam
ajudar mais, ficar sabendo o que a criança precisa para melhorar.
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
( )Todos os dias ( ) Duas vezes na Semana ( )Uma vez na semana
( uma vez no mês ( ) As vezes ( ) Quase nunca ( ) Nunca
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R. Costumo contar as historinhas que ela escutava na escola. Uma vez por semana, as vezes ela
me pedir pra ensinar ela a ler, mas é dois segundos, e ela já sai e vai brincar
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. As que ela gosta de ouvir, como os três porquinhos. Essas histórias infantis. Ela adora ouvir
a dos três porquinhos. Mas ela criar umas histórias da cabeça dela, eu acho tão engraçado, a
história dos três porquinhos ela cria totalmente diferente ao contar a história, aí ela pergunta, e
aí vovó você gostou? Gostei minha filha.
3. Como você costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente?
Comente.
R. Conto mais oralmente, as coisas da vida, as minhas dificuldades.
4. O seu filho gosta quando você conta as historinhas? Qual a reação dele?
R. Ela gosta, ela gosta muito.
5. Quais os benefícios da contação de histórias para a aprendizagem do seu filho?
R. As historinhas elas estimulam a imaginação, a leitura. Elas conhecem mais o mundo da
leitura.
6. Você acredita que a contação de história contribui para o processo da leitura? De que
forma?
R. Sim, é porque a criança vai perceber que ela só vai conseguir contar a historinha se ela souber
ler, se ela pegar um livro, porque é também através do livro que ela vai aprender a ler.
7. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história
tendem a desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
R. Sim, com certeza.
8. Você sabe se na escola existe algum projeto voltado para a contação de história?
Comente.
R. Tem sim, as professoras sempre leiam uma historinha antes de começar a aula, ela gosta,
agora ela assiste pelo celular, vendo o que a tia passou, depois tem a tarefa.
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1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas
aulas remotas?
R. Eu ou o Irmão dele, mas é mais o irmão dele.
2. A criança apresenta muitas dificuldades em realizar as atividades escolares? Como você
o ajuda a melhorar essas dificuldades?
R. Não, Ele sempre faz, a gente diz como é pra fazer, qual a letra que é pra fazer e ele faz, se
ele não sabe fazer a letra a gente faz pra ele copiar, porque ele não sabe ler.
3. Você se considera participativo em relação ao seu relacionamento com a escola? Cite
exemplos.
R. Sim, eu sempre ia deixá-lo, buscar, as reuniões eu ia também.
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. Eu acho que não.
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. É
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola
para a melhoria da aprendizagem da criança?
R. Não, pra mim assim tá bom. Ele aprende, não é como se ele tivesse na escola, mas ele
aprende.
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
( )Todos os dias ( ) Duas vezes na Semana ( )Uma vez na semana
( uma vez no mês ( ) As vezes ( ) Quase nunca ( ) Nunca
R. As vezes sim, à noite.
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. As historinhas infantis, a dos três porquinhos a do Pinóquio.
3. Como você costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente?
Comente.
R. Do livro
4. O seu filho gosta quando você conta as historinhas? Qual a reação dele?
R. Ele gosta, ele pede pra contar outra, ele faz perguntas, como foi que ele fez isso, quer saber
de tudo.
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1. Quem geralmente ajuda a criança nas atividades escolares, principalmente agora nas
aulas remotas?
R. Sou eu mesma que ajudo ele nas aulas e nas atividades
2. A criança apresenta muitas dificuldades em realizar as atividades escolares? Como você
o ajuda a melhorar essas dificuldades?
R. Bom, ele tem algumas dificuldades, só que aí eu explico bem melhor e aí ele vai entendendo.
3. Você se considera participativo em relação ao seu relacionamento com a escola? Cite
exemplos.
R. Sim, sim, eu me sinto muito participativa, em relação a tudo.
4. Na escola existe algum projeto, alguma ação, que vise a aproximação da família? Se
sim, qual?
R. Pra falar a verdade não, nunca vi não.
5. Para você, a participação da família na escola é importante? Cite os benefícios dessa
interação entre a família e a escola?
R. Na verdade, a interação com a escola, e com os alunos e principalmente com os pais dos
alunos é muito importante né, principalmente para aqueles que tem mais dificuldades.
6. Quais as sugestões que você tem para melhorar o relacionamento da família e da escola
para a melhoria da aprendizagem da criança?
R. Bom a minha sugestão assim, para a escola, para que haja uma aprendizagem das crianças
eram eles chamarem os pais, e as crianças e promoverem momentos de interação, como contar
historinhas, e essas coisas que as crianças gostam.
1.Você tem o hábito de contar história para o seu filho? Com que frequência isso ocorre?
( )Todos os dias ( ) Duas vezes na Semana ( )Uma vez na semana
( uma vez no mês ( ) As vezes ( ) Quase nunca ( ) Nunca
R. Geralmente isso acontece em três dias, quatro dias da semana, não todos os dias, ele pede
quase todos os dias, mas eu não tenho muito tempo, eu tiro três, quatro dias da semana. É que
ele pede muito pra mim contar historinhas pra ele.
2. Quais histórias você costuma contar? Quais valores elas geralmente abordam?
R. Costumo contar pra ele mais essas fábulas. Quando eu começo a contar ele gosta muito, ele
fica mais atento.
3. Como você costuma contar as histórias, por meio do uso do livro ou oralmente?
Comente.
R. Normalmente é por meio do livro, livros que tem historinhas.
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4. O seu filho gosta quando você conta as historinhas? Qual a reação dele?
R. Ele gosta muito quando eu conto histórias pra ele, ele fica mais assíduo, presta bastante
atenção, depois ele pergunta porque aconteceu isso, porque aconteceu aquilo, eu vou
respondendo e ele fica bem atento.
5. Quais os benefícios da contação de histórias para a aprendizagem do seu filho?
R. Eu acho assim, que contar historinhas para os filhos da gente, faz com que eles aprendam
mais, sabe? Faz com que eles fiquem mais atenciosos, prestem bastante atenção.
6. Você acredita que a contação de história contribui para o processo da leitura? De que
forma?
R. Acredito sim que contribui para o processo de leitura porque, tem algumas coisas que ele
tipo, já sabe quase ler, e isso é ótimo.
7. Na sua opinião, as crianças que possuem familiaridade com a contação de história
tendem a desenvolver-se melhor na aprendizagem da leitura?
R. Bom, eu acho assim, que as crianças que ouvem bastante histórias assim elas tendem a
desenvolver mais o pensamento, a imaginação.
8. Você sabe se na escola existe algum projeto voltado para a contação de história?
Comente.
R. Bom, que eu saiba não tem nenhum projeto voltado para contar histórias não, nunca ouvi
falar, mais bem que deveria ter.