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Botânica A - Zootecnia

2° Semestre de 2017
 Métodos, avaliações, cronograma, bibliografia: vide plano de ensino;
 Slides e atividades complementares: Moodle;
 Aulas práticas e teóricas, tradicionais e invertidas;
 Uma das avaliações: trabalho em grupos
 Onde encontrar a professora? Sala 3258A, Laboratório de Taxonomia
ou Laboratório de Genética (prédio 16);

 INTRODUÇÃO:
 O que a Botânica estuda?
 Noções da organização das classificações e nomes científicos
 Principais partes da planta (morfologia externa)
BOTÂNICA
A ciência que estuda as plantas.
(anatomia, morfologia, fisiologia, classificação,
ecologia... das plantas)
O que é planta?
Na linguagem popular, qualquer organismo verde (fotossintetizante).
Formalmente, todos os organismos que pertencem ao reino Plantae
BOTÂNICA

A ciência que estuda as plantas...


(fungos e algas também!)
Há quatro grupos principais de plantas
(3 grados+ 1 clado):
- “briófitas” – plantas sem tecido condutor
- “pteridófitas” - plantas com tecido condutor, sem
sementes
- “gimnospermas” - plantas com sementes, sem frutos
- ANGIOSPERMAS – plantas com sementes e frutos
Grupos de plantas em número de espécies:
- “briófitas” - 16.400 spp.
- “pteridófitas” – 12.015 spp.
- “gimnospermas” – 846 spp.
- ANGIOSPERMAS – 257.000 spp.
A Botânica é uma área da ciência
bastante ampla
A Botânica apresenta várias áreas e
subáreas, sendo as principais:
- Taxonomia vegetal e sistemática vegetal
- Anatomia e morfologia vegetal
- Fisiologia vegetal
- Ecologia vegetal
Nessa disciplina:

Estudo da anatomia (morfologia interna) e


morfologia externa dos vegetais, com ênfase na
estrutura de gramíneas e leguminosas.
 Estudo da taxonomia de gramíneas e
leguminosas.
Como reconhecer uma planta entre as mais de 300
mil espécies já descritas no mundo?
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
 As espécies são agregadas em grupos (táxons),
os quais são organizados em uma hierarquia, de
acordo com o nível de abrangência.
 Os agrupamentos formados obedecem uma sequência
hierárquica;
 Cada NÍVEL é dito uma CATEGORIA TAXONÔMICA

+
Reino/Domínio...
Filo (ou divisão)
Classe
Ordem
Família
Tribo
Gênero
Espécie

-
Outras categorias podem ser
adicionadas entre as categorias
principais, adicionando-se os
prefixos “sub” (abaixo de) ou
“super” (sobre, acima de):
Subfamília, Superordem, etc.

A base de qualquer sistema de


classificação é a espécie, mas há
algumas categorias infraespecíficas:
subespécie, variedade, cultivar,
raça...
Exemplo de classificação

Reino: Plantae
Divisão: Angiospermae (=Magnoliophyta)
Classe: Equisetopsida
Subclasse: Magnoliideae
Superordem: Lilianae
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Tribo: Poeae
Gênero: Briza
Espécie: Briza maxima L.
- Nomes científicos: para que servem, como usar?
- Por que os nomes populares não bastam?
- Dicas de nomenclatura científica:
- Nomes científicos de gênero e espécie devem
sempre estar destacados no texto (itálico ou
sublinhado);
- O nome do gênero é grafado com a primeira letra
maiúscula e o epíteto específico com a primeira
letra minúscula;
- Não são usados acentos nos nomes científicos
- O nome científico de plantas deve ser escrito
incluindo o autor.
Magnoliophyta

=Angiospermae
Angiospermae
Filo com cerca de 257.000 espécies.
Principais grupos de
Angiospermas

Superordem Magnolianae (Clado Magnoliídeo)

Superordem Lilianae (Monocotiledôneas) Ex. Poaceae

Eudicotiledôneas, Ex.: Fabaceae


Superordem Rosanae
 Para classificar e identificar espécies, gêneros,
famílias e táxons de outras hierarquias, utilizam-se
vários tipos de caracteres, mas os mais utilizados são
caracteres FLORAIS ou outros caracteres
reprodutivos.
Logo, compreender a ESTRUTURA DE UMA
FLOR é essencial.
carpelo

estame

pétala
Noções sobre morfologia floral

FLOR
Estrutura reprodutiva caracterizada pela
presença de megasporofilos (carpelos) e/ou
microsporofilos especializados (estames).
Partes de uma flor típica
Partes de uma flor de lírio (Lilium henryi)
Partes de uma flor de Rosa (Rosa sp.)
Quando não há
distinção morfológica
clara entre pétalas e
sépalas, chamamos as
peças dos verticilos
protetores de de
tépalas.
(e as flores são ditas
homoclamídeas)

Zephyranthes robusta (Herb. Ex Sweet) Baker


Flores com os
verticilos protetores
distintos entre si
(corola e cálice), as
flores são ditas
diclamídeas
Quanto ao número de peças do perianto:

Aperiantada (aclamídea, nua): Sem pétala


nem sépala.
Monoperiantada (monoclamídea,
haploclamídea): ausência de um verticilo de
proteção.
Diperiantada (diclamídea, diploclamídea):
apresenta cálice e corola.

Pimenta-do-reino
(flor aclamídea)
Espinafre (Tetragonia expansa)
(Flor monoclamídea)
Flor com carpelos e estames: bissexuada
Flor com carpelos ou estames: unissexuada

Flores unissexuadas masculinas Flores unissexuadas femininas

Begonia sp. Manhiot esculenta


Grau de soldadura dos verticilos:
Corola: gamopétala x dialipétala
Cálice: gamossépalo x dialissépalo

GAMO: junto, aderido


DIALI: livre, não aderido
Ipomoea cairica (corda-de-viola, uma convolvulácea): gamopétala
Grau de soldadura dos verticilos:
Carpelos: gamocarpelar x dialicarpelar
Cada carpelo pode constituir lóculo
do ovário, ou vários carpelos podem
ser aderidos sem septos, formando
um lóculo único.
Estames também podem apresentar-se fusionados

Estames em feixes: poliadelfos;


Estames unidos pelas anteras:
sinânteros;
Unidos pelos filetes:
coniventes;
Partindo das pétalas:
epipétalos;

*Estames não funcionais:


estaminódios
Pode haver, também, fusão de outros
verticilos, formando estruturas
especiais.
Ex.: andróforo: tubo formado por vários
estames aderidos.
Verticilos adicionais de brácteas podem
aparecer na flor. Ex.: calículo ou
epicálice
Posição relativa do gineceu:

Ovário súpero (flor hipógina)


Ovário ínfero (flor epígina)
Ovário semi-ínfero (flor perígina)
Ovário semi-ínfero
Tibouchina candolleana
(uma melastomatácea)
Ovário ínfero

Eugenia involucrata (cereja-do-mato, uma mirtácea)


Quanto à disposição das peças florais:
Flores cíclicas: verticilos
em círculos concêntricos
Flores acíclicas
(espiraladas): verticilos em
espiral. Ex.: Magnólia
Magnólia (flor com verticilos espiralados)
Simetria da corola
Assimétrica
Bilateralmente simétrica
Radialmente simétrica
Corola zigomorfa Corola actinomorfa

Simetria bilateral Simetria radial


Monocotiledônea Dicotiledônea
Tipos de prefloração (disposição das pétalas no botão)
Noções sobre morfologia foliar

FOLHA
√ Órgão vegetativo;
√ Expansão laminar do caule;
√ Órgão clorofilado;
√ Funções: Fotossíntese e trocas gasosas.
FOLHA
As folhas se originam de primórdios foliares localizados
nas extremidades dos caules e dos ramos. Seu crescimento é
limitado, parando de crescer depois de algum tempo, com
exceção para as folhas das samambaias que, muitas vezes,
têm crescimento indeterminado.
Ostíolo

Células-guarda

Epiderme Estômatos
Células-guarda Cloroplasto

LIMBO OU LÂMINA FOLIAR


Folhas incompletas

Folha sem pecíolo: séssil Folha sem pecíolo e com


bainha extensa: invaginante

Ex.: serralha (asteácea) Ex.: gramíneas


Folhas simples X Folhas compostas

Todas as folhas têm uma camada, junto ao caule, por


onde caem. Esta camada é chamada de zona de abscisão.
São chamadas de folhas simples aquelas que possuem o
limbo inteiro e de compostas aquelas que têm o limbo dividido
em partes menores, denominadas de folíolos.
As folhas compostas, para serem assim consideradas,
devem possuir apenas uma camada de abscisão.
foliólulo
raque

pulvínulo

pulvino
ráquila paripinada

imparipinada
folíolos

Folhas compostas pinada (esquerda) e bipinada (direita) e suas partes.

[FOLHAS PINATICOMPOSTAS]
Folhas compostas

PINATICOMPOSTA DIGITADA
imparipinada/imparipenada
FOLHAS COMPOSTAS  BICOMPOSTAS ou
RECOMPOSTAS

BIPINADAS
Folhas alternas
Folhas verticiladas

mandioca
Folhas opostas dísticas

Folhas opostas cruzadas


Brácteas

Folhas modificadas

Catáfilos
Pseudocaule formado pelo
conjunto de bainhas foliares

Musa velutina
Variação adaptativa
gavinhas foliares ascídias folha coletora
filódio

folha suculenta folha acicular espinho planta áfila

supervoluta revoluta
conduplicada convoluta involuta plicada circinada
Nepenthes athenboroughii
espinhos

estípula

gavinha
Tipos de folha, quanto à borda – alguns exemplos

Inteira repanda crenada denteada serreada erosa crespa sinuada


serreada denteada
Crenada

Folha-da-fortuna
Formas do limbo – alguns exemplos
Tipos básicos de venação

Venação reticulada Venação paralela


(folha reticulinérvia) (folha paralelinérvia)
Folha invaginante: folha incompleta em que o pecíolo está ausente e a bainha é
bastante desenvolvida, envolvendo o caule. Ex.: folha do milho.

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