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NR - 20

SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO COM
INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

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2013
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OBJETIVOS DA NORMA

20.1 - Esta Norma Regulamentadora estabelece


requisitos mínimos para a gestão da Segurança e
Saúde no trabalho contra fatores de risco de
acidentes provenientes das atividades de extração,
produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

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OBJETIVOS DA NORMA
20.2 - Esta NR se aplica às atividades de

ATIVIDADES DE EXTRAÇÃO, PRODUÇÃO, ARMAZENAGEM,


TRANSFERÊNCIA, MANUSEIO E MANIPULAÇÃO DE:
• Inflamáveis (gases e líquidos).
• Líquidos Combustíveis.
Exceção:
•Plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade
de exploração, produção de petróleo e gás (OFF SHORE).
•Edificações unifamiliares.

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OBJETIVOS DA NORMA
20.2 - INSTALAÇÃO

GLOSSÁRIO - Instalação = Unidade de extração, produção,


armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis (líquidos e gases) e líquidos combustíveis, em caráter
permanente ou transitório, incluindo todos os equipamentos,
máquinas, estruturas, tubulações, tanques, edificações,
depósitos, terminais e outros necessários para o seu
funcionamento.

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20.3 - Definições: DOS LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS:
Anterior (Portaria 3.214/78):
16.7 - Para efeito desta Norma Regulamentadora (NR) considera-se
combustível liquido todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou
superior a 70 º C (Setenta graus centígrados) e inferior a 93.3 º C.

20.2.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido "líquido


inflamável" como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70ºC
(setenta graus centígrados) e pressão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2
absoluta a 37,7ºC (trinta e sete graus e sete décimos de graus
centígrados).

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20.3 - Definições: DOS LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS:
Atual (Portaria SIT n.° 308/2012):
•20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor
≤ 60º C.

•20.3.2 Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20º C e a uma


pressão padrão de 101,3 kPa.

•20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor


> 60º C e ≤ 93º C.

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Considerações :
Quando um corpo combustível é aquecido, ele atinge
diferentes estágios da temperatura, os quais são
conhecidos por:

• Ponto de fulgor;
• Ponto de Combustão (inflamação);
• Ponto de ignição.

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DEFINIÇÕES :
Ponto de Fulgor
. O ponto de fulgor é a menor temperatura, na qual, uma substância
libera vapores, em quantidades suficientes para que a mistura de vapor
e ar propague uma chama logo acima de sua superfície, a partir do
contato com uma fonte de ignição.
Por exemplo: Ponto de Fulgor
considerando-se que, em um determinado local, a temperatura
ambiente seja de 25 °C e que esteja ocorrendo o vazamento de uma
substância cujo ponto de fulgor seja de 15 °C, isto significa que,
nessas condições, essa substância estará liberando vapores
inflamáveis, bastando, apenas, uma fonte de ignição para que haja a
ocorrência de um incêndio ou de uma explosão.

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DEFINIÇÕES :

Ponto de Combustão
É a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o
oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam,
e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa
temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes
para manter o fogo ou a transformação em cadeia.

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DEFINIÇÕES :
Ponto de Ignição
É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em
combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de
qualquer fonte de calor.
Exemplo de fontes de ignição:
chamas-vivas; superfícies quentes; automóveis, os
caminhões e outros veículos automotores; cigarros acesos;
interruptores de força e luz; lâmpadas, reatores; motores
elétricos; faíscas, produzidas por atrito; eletricidade estática.

Assim sendo, na presença de produtos inflamáveis, é de


fundamental importância o controle das referidas FONTES DE
IGNIÇÃO

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EXEMPLOS DE PONTO DE FULGOR (REVAP):
Principais pontos e temperaturas de alguns
combustíveis ou inflamáveis

Combustíveis Temperatura de
Ponto de Fulgor
Inflamáveis Ignição

Etanol 16,6° C 363,0°C


Gasolina <- 43,0° C 257,0°C
Querosene aviação > 60,0º C 210,0°C
Diesel > 62,0°C 210,0°C

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Existem duas formas de determinar o ponto de fulgor de um
combustível liquido:

1) Aparelhos de Pensky-Martens (vaso fechado)

De acordo com a Associação Brasileira de Normas técnicas


(ABNT) é constituída de:
•Vaso padrão
•Tampa com agitador, porta termômetro e mergulhador de
chama
•Aquecedor com banho de ar e cúpula
•Termômetro

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2) Aparelhos de Cleveland (vaso aberto)

De acordo com a Associação Brasileira de Normas


técnicas (ABNT) é constituída de:

• Vaso de latão, com cabo para o combustível;


• Chapa de aço recoberta por uma camada de
amianto, onde se ajusta o vaso;
• Fonte de calor;
• Termômetro;
• Tudo para a chama escorvadora.

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Aparelho Pensky-Martens Aparelho Cleveland

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20.4 Classificação das Instalações
Classe I
a) Quanto à atividade:
a.1 - postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até 5.000 m³.
Classe II
a) Quanto à atividade:
a.1 - engarrafadoras de gases inflamáveis;
a.2 - atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³.
Classe III
a) Quanto à atividade:
a.1 - refinarias;
a.2 - unidades de processamento de gás natural;
a.3 - instalações petroquímicas;
a.4 - usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 600 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/oua atividade tem prioridade sobre a capacidade de armazenamento
combustíveis: acima de 50.000 m³.

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20.4 Classificação das Instalações

Nota:

A atividade tem prioridade sobre a

capacidade de armazenamento

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Exemplos de instalações
Classe II
Classe I

Classe III

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20.5 - Projeto da Instalação

Projetadas considerando os aspectos de segurança, saúde e meio


ambiente que impactem sobre a integridade física dos
trabalhadores previstos nas Normas Regulamentadoras, normas
técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas
internacionais, convenções e acordos coletivos, bem como nas
demais regulamentações pertinentes em vigor .

PROJETOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES devem ser atualizados com a


utilização de metodologias de análise de riscos para a identificação da
necessidade de adoção de medidas de proteção complementares

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20.6 - Segurança na Construção e Montagem

A construção e montagem devem observar as especificações


previstas no projeto, bem como nas Normas Regulamentadoras e
nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas
normas internacionais

•Inspeções e testes realizados na fase de construção e montagem


e no comissionamento documentados

•Equipamentos e instalações identificados e sinalizados

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20.7 - Segurança Operacional

Elaborar, documentar, implementar, divulgar e manter


atualizados PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS em
conformidade com as especificações do projeto das
instalações classes I, II e III e
com as recomendações das análises de riscos

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20.8 - Manutenção e Inspeção das Instalações

PLANO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO devidamente


documentado
a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos;
b) tipos de intervenção;
c) procedimentos de inspeção e manutenção;
d) cronograma anual;
e) identificação dos responsáveis;
f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção;
g) procedimentos específicos de segurança e saúde;
h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

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20.9 - Inspeções e Segurança
•Instalações classes I, II e III: periodicamente INSPECIONADAS
com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho
•Elaborado, em articulação com a CIPA, CRONOGRAMA DE
INSPEÇÕES em segurança e saúde no ambiente de trabalho
• INSPEÇÕES documentadas e as respectivas recomendações
implementadas, com estabelecimento de prazos e de
responsáveis pela sua execução

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20.10 - Análise de Riscos

Metodologia: função dos propósitos da análise e das características


e complexidade da instalação (APR);

• Coordenadas por profissional habilitado ;

• Elaboradas por equipe multidisciplinar, com no mínimo um


trabalhador com experiência na instalação/parte objeto da análise ;

• Em acordo com o PPRA

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20.11 - Capacitação dos Trabalhadores - Critérios

Trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III e NÃO adentram na


área ou local de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem receber informações
sobre os perigos, riscos e sobre procedimentos para situações de emergências.

Trabalhadores que adentram na área e mantém contato direto com o processo ou


processamento
•Cursos:
Integração - 4h
Básico - 8h
Intermediário - 16h
Avançado I - 24h
Avançado II - 32h
Específico - 16h

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20.11 - Capacitação dos Trabalhadores - Critérios

Curso de Integração: Carga Horária 4 horas

Conteúdo Programático:

 Inflamáveis: características, propriedades , perigos e riscos;


 Controles coletivos e individuais para trabalhos com inflamáveis;
 Fontes de Ignição e seu controle;
 Procedimentos básicos em situação de emergência com
inflamáveis.

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20.11 - Capacitação dos Trabalhadores - Critérios
Curso Intermediário: Carga Horária 16 horas
I) Conteúdo programático teórico:
• Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos;
• Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis;
• Fontes de ignição e seu controle;
• Proteção contra incêndio com inflamáveis;
• Procedimentos em situações de emergência com inflamáveis;
• Estudo da Norma Regulamentadora n.º 20;
• Análise Preliminar de Perigos/Riscos: conceitos e exercícios práticos;
• Permissão para Trabalho com Inflamáveis.
II) Conteúdo programático prático:
•Conhecimentos e utilização dos sistemas de segurança contra incêndio com
inflamáveis.

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INCÊNDIO EM REFINARIA - VENEZUELA (08/2012)

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Argélia: Incêndio Refinaria de gás(2004)

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Argélia: Incêndio Refinaria de gás

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Argélia: Incêndio Refinaria de gás

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– TETRAEDRO DO FOGO

- O fogo precisa de três elementos


essenciais: -Calor, combustível e
comburente que combinados produzem
uma reação em cadeia

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INFLAMÁVEIS - RISCOS
• Queimam com facilidade;
• Podem produzir atmosferas explosivas em locais com deficiência de
ventilação;
• Um derrame de líquido inflamável pode gerar um incêndio que irá se
movimentar, acompanhando o desnível existente no piso;
• Incêndios em líquidos normalmente são mais difíceis de serem combatidos

do que em materiais sólidos, visto que é necessário extinguir o fogo toda


superfície atingida.
• A projeção violenta do agente extintor sobre um líquido inflamado pode
provocar respingos ou seu transbordamento, cuja conseqüência poderá
ser a propagação do incêndio;
• Em caso de gases, quando não é possível cortar o suprimento, o
vazamento seguirá gerando maiores volumes de mistura inflamável, que
fatalmente encontrará uma fonte de ignição em suas proximidades,
provocando uma explosão

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INFLAMÁVEIS - CONTROLES

• Ventilação adequada no ambiente;

• Isolando adequadamente processos ou operações


auxiliares consideradas perigosas (ambientes externos
ou compartimentados);

• Evitando fontes de ignição nas proximidades (centelhas

produzidas por aparelhos ou instalações elétricas;


cigarro; faíscas; descargas eletrostáticas; superfícies
quentes, raios, etc)

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIO -
CONTROLE

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TRABALHOS COM SOLDA E LIXADEIRA

Controlar fontes de ignição


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Controles - SINALIZAÇÕES

Placas de Advertência
Cones de vento (birutas)
Alarmes de Sensor
Sinalizadores Luminosos

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Isolamento de área
PERIGO
Telas;
Cones; INFLAMÁVEL
Cordas

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É PROIBIDO
 Portar celular na Área Industrial;

 Fumar em toda Área Industrial, em veículos,salas de controle

,etc...;

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DISPOSIÇÕES FINAIS (ITEM 20.20)
• O empregador deve interromper e corrigir as
atividades em situação de risco grave e iminente;

• Os trabalhadores, com base em sua capacitação e


experiência, devem interromper suas tarefas,
exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua
segurança e saúde ou de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior
hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

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PROCEDIMENTO EM SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIA

EM CASOS DE EMERGÊNCIA NA REFINARIA, PROCEDER DA


SEGUINTE MANEIRA:

1- COMUNICAR A OCORRÊNCIA PELO RAMAL 8800 OU PELO


RÁDIO TRANSMISSOR FAIXA 1;

2- CASO TENHA QUE ABANDONAR O LOCAL DE TRABALHO,


SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PLANO DE ABANDONO DA
REFINARIA

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SIRENES

Início
4 Silvos
intermitentes
PROCEDIMENTO Paralisar os trabalhos

Término:
30 seg. Contínuo

NP 1
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EMERGÊNCIA

OPERACIONAL MÉDICA

8800
QUAL O RAMAL
A CONTATAR ??

NP 1
2013
Em caso de dúvida “PARE” e
consulte seu supervisor

NP 1
2013
BIBLIOGRAFIA
• CARLA MARTINS PAES - SRTE/RJ – MTE;

• SHAMÁ, RICARDO – DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO

DA NOVA NR-20

• NR -20 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM


INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS, PORTARIA SIT Nº.
308 DE 29/02/2012

NP 1
2013
SEGURANÇA É
RESPONSABILIDADE DE
TODOS

OBRIGADO
NP 1
2013

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