PROTEÇÃO TÉRMICA

Aureo Cesar
Outubro / 2013
A EMPRESA
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Jobe Luv fundada em 1973

- Fabricava EPI’s (luvas) em raspa
- Sempre primou pela qualidade

Investiu em novas áreas

- Riscos térmicos e vibrações
- Hidrojateamento e Balístico
PROTEÇÃO TÉRMICA
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Chamas Radiante

Calor Convectivo

Industrial Respingos Condutivo

Solda
Proteção Estrutural
Térmica
Bombeiros
Florestal
Cozinha
Específica Industrial

Eletricista (NR-10)
EXPOSIÇÃO AO CALOR
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Somente adaptação é insuficiente

Ambientes Abertos
– Construção de estradas, topo de prédios, minas a céu aberto
– Uso de chapéu, óculos escuros, roupas leves

Ambientes fechados (indústria)

– Siderurgia, fundição, tratamento térmico, vidraria, cerâmica,
cozinhas industriais, laboratórios, etc.
– Uso de EPI's específicos conforme atividade
Tempo de trabalho x descanso Vide NR 15

Situações específicas
– Eletricistas
– Combate a incêndio
– Uso de EPI's específicos conforme atividade
ELETRICISTA
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NR-10
 Requisitos mínimos de segurança

 Vestimenta adequada (flamabilidade)

 Observa / Acata normas internacionais

 Normas distintas para ESPECIFICAÇÃO e ENSAIOS

 Norma brasileira recém publicada NBR 16213 (ensaios)

 NFPA 70E (especificação)  (cálculos, requisitos, ensaios, etc)

ELETRICISTA
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CA’s
 Proteção contra agentes térmicos
(oriundos de arco voltaico)
 Duas séries de normas (ISO/IEC ou ASTM)
provavelmente mude com a publicação da NBR 16213
- NBR 16213 baseou-se na IEC 61482
- Incluiu requisitos da NFPA 70E (classe de riscos 1 a
4)
 Ambas definem o APTV da roupa
 Fogo repentino (opcional)
ARCO VOLTAICO
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O que é o arco voltaico?

- Corrente elétrica propagando-se através do ar ionizado

- Normalmente é causado por falha no contato entre os condutores

- Pode ocorrer em barramento exposto ou em painéis
- Libera energia radiante e convectiva (fluxo de calor), estilhaços que podem causar
queimaduras graves na pele, danos auditivos e lesões nos olhos do trabalhador

Qual nosso interesse?

- Muitos trabalhadores sofrem lesões ou até morrem enquanto trabalham em
equipamentos energizados;

- Muitos desses acidentes são causado por arco voltaico;

- Trabalhar em equipamentos energizados tem se tornado comum nas indústrias.

ARCO VOLTAICO
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Arco voltaico em barramento exposto

ARCO VOLTAICO
9

Arco voltaico em painel (cubic box)

ARCO VOLTAICO
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O que é ATPV ?
Arc Thermal Performance Value
Valor de performance térmica do arco voltaico

Resumindo
Quantas calorias por centímetro quadrado (cal/cm²) será gerado caso ocorra
um arco voltaico.

A pele humana suporta até 1,2 cal/cm² (ou 1,2 ATPV)

Curiosidade
1,0 cal/cm² equivale caloria provocada pela chama
de um isqueiro de cigarro por um segundo,
essa chama possui aproximadamente 600°C
ARCO VOLTAICO
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Lesões mais comuns (causadas pelo arco voltaico):

- Queimaduras - Danos ao sistema respiratório
- Penetração na pele por estilhaços - Lesões nos ouvidos
- Ferimentos nos olhos e no rosto

Temperaturas importantes (aproximadas)

Limiar da dor 48°C
Queimadura de segundo grau 55°C
Queimadura curável 80°C
Queimadura causando a morte celular 96°C
Ignição da vestimentas 400°C ~ 800 °C
Queima da vestimenta 800°C
Gotículas de metal fundentes do arco 1.000°C
Superfície do Sol 5.000°C
Termperatura do arco 20.000°C
ARCO VOLTAICO
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Gravidade
- Os danos da pele (queimaduras de 1,° 2° ou 3° grau) ocorrem conforme a
intensidade do calor gerado pelo arco eléctrico;

- O calor atingindo a pele do trabalhador dependente dos seguintes três factores:

1. Potência do arco eletrico

 (TENSÃO X CORRENTE DE CURTO CIRCUITO)

2. Distância do trabalhador ao arco

 (MAIS PRÓXIMO OU MAIS DISTANTE)

3. Tempo de exposição (duração) do arco

 (TEMPO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO)
QUEIMADURAS
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1° grau:
Não há danificação física
- Pele fica avermelhada
- Não aparece bolhas.

2° grau:
Queimadura superficial
- Ocorre bolhas na pele,
- Epiderme se regenera
- (profundidade de 100µ (0,1 mm).

3° grau:
Queimadura profunda
- Toda a pele é destruída, não acontece a regeneração.
- (profundidade de 1.000µ (1,0 mm).
ARCO VOLTAICO
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Classe de Risco
NFPA 70E  classifica as vestimentas (norma de especificação);
Normas IEC ou ASTM definem o ATPV que a vestimenta suporta;
Norma NBR 16213 define o ATPV da vestimenta e também a classifica em
categorias de 1 a 4 tal como na NFPA 70E

Resumindo
Pra saber qual vestimenta devemos usar baseamos na NFPA 70E

Após isso ensaiamos a vestimenta pelas normas ISO/IEC, ASTM ou NBR

para saber quanto ela protege, a aplicamos uma vestimenta com ATPV
superior ao encontrado;
ARCO VOLTAICO
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 Não é possível medi-lo

 Cálculos aritméticos para estimá-los
 Considerando:
Tensão, corrente de curto circuito, duração do arco e distância do operador

Baixa Tensão (Painéis) EMB = 1038,7 DB-1.4738 tA [ 0,0093F2 – 0,3453F + 5,9675 ]

Baixa Tensão (Ar livre) EMB = 5271 DB-1,9593 tA [ 0,0016F2 – 0,0076F + 0,8938 ]
Alta Tensão EMB = 793 * kA * kV * tA / DB2
Baixa tensão até 1.000 volts
Onde: Alta tensão acima de 1.000 volts

EMB  Energia máxima incidente (cal/cm2)

kV  Tensão (kV)
kA  Corrente de curto circuito (kA)
F  Corrente de curto circuito (kA)
tA  Duração (segundos)
DB  Distância (pol.)
ARCO VOLTAICO
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Classe de Risco
São 4 classes de risco para o arco voltaico,
conforme NFPA 70E (e NBR 16213)
Nível / Risco Performance mínima Camadas
Categoria ATPV (cal/cm²)
0 N/A 1

1 4 1

2 8 1 ou 2

3 25 2 ou 3

4 40 3 ou mais
ELETRICISTA
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Especificando a vestimenta
1. Verificar a necessidade do cliente
(Classe 1 a 4, ou, quantos ATPV?)

2. Definir qual o tecido

3. Definir a vestimenta (risco 2)

4. Detalhar a modelagem

5. Complementos (acessórios)

6. Vestimentas Risco 4
ELETRICISTA
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1. Classe ou ATPV

Após estudos seguindo a norma NFPA 70E normalmente os resultados

convergem para a seguinte situação:

 Vestimenta Risco 2 (mínimo 8,0 ATPV) para uso diário (baixa tensão)
 Vestimenta Risco 4 (mínimo 40 ATPV) para uso em subestações ou cabines
primárias (MT/AT)

Somente após cálculos feito por profissional competente é que pode ser
afirmado com precisão qual vestimenta é necessária
ELETRICISTA
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2. Tecidos
Normas não definem ou restringem tipo de tecido (ex. composição, gramatura)
Somente estabelece requisitos de ensaio:

 Flamabilidade,
Tecido não pode propagar chama;

 Fusão / Derretimento
Tecido não pode derreter ou gotejar

 Rompimento *
Não romper mais de ½ polegada quadrada em área ou 1 polegada linear em
comprimento

 Passagem *
Não permitir passagem acima de 1,2 cal/cm² na face mais interna da vestimenta

* O resultado ATPV é que determina passagem acima de 1,2 cal/cm²

ou rompimentos acimas dos valores permitidos
ELETRICISTA
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2. Tecidos

Existem basicamente dois grupos de tecidos

 Tecidos INERENTEMENTE antichama

Não há tratamento, a característica é da própria fibra
Normalmente possuem aramida na composição

 Tecidos com tratamento antichama (RETARDANTE),

Aplicação de produto ignifugante agrega propriedade antichama;
Normalmente possuem algodão na composição
Tratamento pode ser na fibra ou no tecido pronto (banho)
ELETRICISTA
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2. Tecidos  DIFERENÇAS

 Tecidos INERENTEMENTE antichama

Maior leveza
Maior resistência mecânica (vida útil/abrasão)
Maior estabilidade da cor (desbotamento)

 Tecidos com tratamento antichama (RETARDANTE),

Tecido similar ao tecido comum
Não há rejeição pelo usuário
Menor custo inicial
ELETRICISTA
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2. Tecidos  Disponíveis

Inicialmente vamos focar a vestimenta classe 2,

ao final abordaremos vestimenta Classe 4
ELETRICISTA
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3. Vestimentas Risco 2

Para uso diário podem ser

utilizadas as seguinte opções:

1. Calça e Camisa , ou
2. Calça e Camiseta, ou
3. Macacão

Calça, camisa e macacão:

Tecasafe 9,6 ATPV ou
Banox 17,0 ATPV

Camiseta:
Chamtex SSM 11,6 ATPV
ELETRICISTA
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4. Modelagens

Conjuntos podem ter as

seguintes opções:

1. Modelagem básica
(sem bolsos)

2. Modelo com bolsos

3. Modelo com bolsos e

faixas reflexivas
ELETRICISTA
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4. Modelagens

Macacões também podem

ter essas mesmas opções:

1. Modelagem básica
(sem bolsos)

2. Modelo com bolsos

3. Modelo com bolsos e

faixas reflexivas
ELETRICISTA
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4. Modelagens
É possível customização conforme modelagem específica do cliente
ELETRICISTA
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4. Modelagens
ELETRICISTA
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4. Modelagens

Capas 7/8

MTE não permite mais o uso de capa

Para proteção contra arcos elétricos

Vide comunicado XVII no site do MTE

ELETRICISTA
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5. Vestimentas Risco 4

Para atendimento ao risco 4

deve ser utilizado os seguintes EPI’s

1. Macacão multicamadas
(3 camadas Banox)
53,0 ATPV

2. Capuz multicamadas
com protetor facial acoplado
e capacete internamente
53,0 ATPV

Para atender ao risco 4 é exigida a proteção de no mínimo 40 ATPV

CUIDADOS
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 Acondicionamento

 Higienização
ACONDICIONAMENTO
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 Embalagens individuais, limpas e identificadas

 Ambientes limpos, arejado e abrigados da luz solar direta

 Separada das demais vestimentas / uniformes

 Distante de produtos inflamáveis / químicos

HIGIENIZAÇÃO
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Apresentamos a seguir algumas informações sobre a

higienização (lavagem) de vestimentas ignífugas (antichama).

Esse procedimento é aplicável a qualquer vestimenta

confeccionada com tecido antichama

Lavagem
– Lavar separadamente das demais vestimentas
– Lavagem com detergente neutro com pH entre 6 e 9
– Não utilizar alvejantes ou produtos a base de cloro na higienização
– Enxague adicional em cada processo da lavagem
Secagem
– Secagem preferencialmente natural a sombra em local arejado
– Secagem a quente não ultrapassar 60°C
CUIDADOS
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Manchas
– Esfregar o local da mancha com sabão/detergente neutro usando as mãos
ou escova de cerdas macias
– Novo enxágue duplo

Manchas persistentes
– Pode ser utilizado solvente cítrico não inflamável para remoção das
manchas persistentes
– Nunca usar solvente a base de petróleo (ex. varsol)
– Novo enxágue duplo

Integridade / contaminação
– Nunca utilizar vestimentas contaminadas, e/ou
– Nunca utilizar vestimentas com integridade física comprometida
– Verificação através de inspeção visual
Para eventuais reparos as vestimentas deverão ser
enviadas devidamente higienizadas para a Jobe Luv.
CONCLUSÃO
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Há Alguma Pergunta?

As informações contidas nessa apresentação representam o melhor de nosso

conhecimento sobre o assunto à época de sua edição, podendo a qualquer momento sofrer
modificações em função de novos conhecimentos adquiridos ou do surgimento de normas
especificas sobre o assunto.

O usuário exposto a qualquer tipo de risco ambiental deve utilizar o serviço de

profissionais especializados devidamente habilitados recorrendo inclusive a laboratórios
para investigar sua adequabilidade de uso.