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Sísifo

de Miguel Torga
Sobre o autor:
• Nascimento;

• Falecimento;

• Prémio Camões;

• Verdadeiro nome.
Origem do seu pseudónimo

“Miguel” “Torga”

Miguel de
Miguel Cervantes “… eu sou quem sou. Torga é uma planta
Unamuno transmontana, urze campestre, cor de vinho, com
raízes muito agarradas e duras, metidas entre rochas.
Assim como eu sou duro e tenho raízes em rochas
duras, rígidas.”
Motivos pelos quais
escolhi este autor
● O autor ser transmontano;

● O homem é um ser único e digno de


admiração.
Sísifo
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Porque escolhi
este poema?
O mito de Sísifo

• História da mitologia grega que


descreve a punição do rei Sísifo;

• Castigo;

• O mito de Sísifo é uma alegoria


para a vida humana.
Sísifo
Recomeça… A
Se puderes, B Rima cruzada
Sem angústia e sem pressa. A Rima cruzada
E os passos que deres, B
Nesse caminho duro C
Rima emparelhada
Do futuro, C
Dá-os em liberdade. D
Enquanto não alcances E
Rima interpolada
Não descanses. E
De nenhum fruto queiras só metade. D

E, nunca saciado,
F
Vai colhendo
G
Ilusões sucessivas no pomar.
H
Sempre a sonhar
H
E vendo,
G
Acordado,
F
O logro da aventura.
I
És homem, não te esqueças! • Estrutura externa
J
Só é tua a loucura • Número de versos
I • Métrica
Onde, com lucidez, te reconheças
J
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Tema
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro, 1ª parte
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado, 2ª parte
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças
Conselho sábio Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
De forma autónoma é possível
Nesse caminho duro
alcançarmos os nossos objetivos, Do futuro,
existindo, apenas, em nós, Dá-os em liberdade.
perseverança, exigência…
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar Ao longo do caminho existirão armadilhas
E vendo,
Acordado,
Sabedoria e hombridade O logro da aventura.
És homem, não te esqueças! O sonho é aquilo que fez
a humanidade avançar
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças A humanidade não é apenas
consciência, é também livre arbítrio
Recursos expressivos
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
Aliteração
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado, Metáfora


Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
Antítese E vendo,
Acordado,
O logro da aventura. Paradoxo
Apóstrofe És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças Paradoxo
FIM!
Valéria Lucas
Nº24 12ºQ
Profª Manuela Ferreira

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