Você está na página 1de 40

Arte

Conceitos e funções
Suprarrealidade

A arte é a representação do real


transformado pelo olhar, pela
subjetividade do artista.
Isto não é uma maçã - Magrite
Isaías Zuza do Nascimento Júnior
Arte rupestre – Desenho encontrado em parede de caverna
Vladimir Kush
Guernica – Pablo Picasso - Cubismo
Estilo individual e
estilo de época
"Virgem de Vladimir" - Andrey Rublev - Medieval
A Virgem e o Menino – Botticelli - Renascimento
Virgem sovando o Menino Jesus - Max Ernst - Moderna
As várias formas da arte

e as suas funções
Quincas Borba / Literatura → Arte da Palavra
Vênus de Milo – Alexandros de Antióquia → Arte do Volume
Poema concreto “Giro” - Marcelo Moura → Arte da Palavra
Peça Cine-Teatro Limite → Arte da Representação
Fachada do Palácio de Dos Águas – Valência → Arte do Volume
Fotografia → Arte da Luz
Cinema → Arte da Representação
De "Sim City BuildIt": Game para smartphone é o mais jogado em toda história da famosa série
Jogos Eletrônicos → Arte da Interação
Charge → Arte de Gabinete
Grafite → Arte de Rua
Vem Andar Comigo - Jota Quest

Basta olhar no fundo dos meus olhos


Pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance
De alguns instantes

Sinceramente ainda acredito


Em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra viver
É muito mais do que sonhamos

Será que é difícil entender


Porque eu ainda insisto em nós
Será que é difícil entender
Vem andar comigo…

Vem, vem meu amor


As flores estão no caminho
Vem meu amor
Vem andar comigo
http://www.youtube.com/watch?v=qZwxvzB_id4

Música → Arte do Som


As Respigadeiras - Jean-François Millet → Arte da Cor
Mafalda - Tirinha/HQ → Arte da Sequência
A arte Literária

Conceitos, funções, linguagem


Funções da Arte

Função Pragmática ou Utilitária: a arte não está atrelada à qualidade estética, mas
à sua eficiência. Seus critérios de avaliação são externos ao seu conteúdo e à sua

forma, prevalecendo sua finalidade não artística.

Função Formal: sua função formal sustenta-se em sua apresentação estética, à


maneira com que agrega e organiza os elementos e conceitos que a compõem.

Naturalista: a função naturalista da arte avalia sua integridade, ou seja, seu


conteúdo e sua mensagem são mais importantes que a forma em que é
apresentada.
Cívica e transformadora, Catártica, Didática, Formadora ou Educativa etc.
Texto não literário

A cana de açúcar

Originária da Ásia, a cana de açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores


portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora
de cana de açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos
de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu,
propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor
nacional de cana de açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio
de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado
e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção
de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A
imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está
ligada ao uso do álcool como combustível.

"A cana de açúcar" (Vesentini, J.W. Brasil, sociedade e espaço.)


Texto Literário

O Açúcar – Ferreira Gullar

O branco açúcar que adoçará meu café Este açúcar era cana e veio dos
nesta manhã de Ipanema não foi canaviais extensos que não nascem
produzido por mim nem surgiu dentro por acaso no regaço do vale.
do açucareiro por milagre.
Em lugares distantes, onde não há
Vejo-o puro e afável ao paladar como hospital nem escola, homens que
beijo de moça, água na pele, flor que se não sabem ler e morrem de fome
dissolve na boca. Mas este açúcar não aos 27 anos plantaram e colheram
foi feito por mim. a cana que viraria açúcar.

Este açúcar veio da mercearia da Em usinas escuras, homens de vida


esquina e tampouco o fez o Oliveira, amarga e dura produziram este
dono da mercearia. açúcar branco e puro com que
Este açúcar veio de uma usina de adoço meu café esta manhã em
açúcar em Pernambuco ou no Estado Ipanema.
do Rio e tampouco o fez o dono da
usina.
Textos: mesmo tema, diferentes tipos

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um


homem.

Manuel Bandeira
Os Gêneros Literários

Linguagem, estrutura
Gênero lírico
A pequena morte

Eduardo Galeano

“Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao
mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e
suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de
estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na
França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e
perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena
morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos
nasce.”
Gênero épico-narrativo
Infância

Carlos Drummond de Andrade

Meu pai montava a cavalo, ia para o Minha mãe ficava sentada cosendo
campo. Olhando para mim:
Minha mãe ficava sentada cosendo. — Psiu... Não acorde o menino.
Meu irmão pequeno dormia. Para o berço onde pousou um
Eu sozinho menino entre mangueiras mosquito.
lia a história de Robinson Crusoé, E dava um suspiro... que fundo!
comprida história que não acaba
mais. Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
No meio-dia branco de luz uma voz
que aprendeu E eu não sabia que minha história
a ninar nos longes da senzala - e era mais bonita que a de
nunca se esqueceu Robinson Crusoé.
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Gênero satírico
Fogo Cruzado

O Rappa
Fogo Cruzado
Eu tô no fogo cruzado Que arranham o céu
Vivendo em fogo cruzado Mas não percebem o
E eu me sinto encurralado de novo firmamento
No Gueto o medo abala quem Que se banham à beira-mar
ainda Mas não se limpam por
Corre atrás dentro
Do fascínio que traz o medo da
Escuridão Que se orgulham do Cristo
Que é a vida De braços abertos, mas não
abrem
Mas a favela não é mãe As mãos
De toda dúvida letal Prá novos ventos
Talvez seja de maneira
Mais direta e radical Tô no fogo cruzado
O sol que assola Vivendo em fogo cruzado
Esses jardins suspensos
Da má distribuição
Gênero Dramático
O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna
(trecho)

(...) Já no Julgamento (...)

ENCOURADO MANUEL
O que me diverte nisso tudo é ver Pois pode parar.
esse amarelo tremendo de medo.
Coragem, João Grilo, uma pessoa JOÃO GRILO ( parando e respirando)
como você tremendo? Que alívio, já estava ficando
cansado, O que é isso?
JOÃO GRILO
Não sou eu, é meu corpo, mas a MANUEL
cabeça está trabalhando. É besteira do demônio. Esse sujeito é
meio espírita e tem mania de fazer
MANUEL mágica.
Está mesmo, João?
JOÃO GRILO
JOÃO GRILO Logo vi que isso só podia ser
Está, Nosso Senhor, e se a confusão desse catimbozeiro.
tremedeira parasse eu era capaz de
me defender.

Você também pode gostar