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FIGURAS DE

LINGUAGEM
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem, figuras de estilo ou
figuras de retórica são estratégias que o
orador pode aplicar ao texto para conseguir
um determinado efeito na interpretação do
ouvinte.
Podem relacionar-se com aspectos
semânticos, fonológicos ou sintáticos das
palavras afetadas.
A anáfora é o processo de repetição ou
retomada de uma palavra/referente.
• Observe o exemplo abaixo:
• “Até quando você vai levando porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?”
• (Gabriel, o Pensador)
• Nesse exemplo, percebe-se que o “Até quando” repete-se no início
de todos os versos, dando ênfase à marcação temporal, fazendo
com que o ouvinte identifique, com mais expressividade, as
reivindicações propostas na música.
Anáfora como figura de linguagem: repetição

• “Acorda, Maria, é dia


de matar formiga
de matar cascavel
de matar estrangeiro
de matar irmão
de matar impulso
de se matar.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Anáfora x Catáfora
• Observe os exemplos, para identificar a diferença:
• Anáfora:
• Banana, chocolate, farinha, ovo e leite: esses foram os ingredientes
que utilizei no bolo.
• Catáfora:
• Os ingredientes que utilizei no bolo foram estes: banana, chocolate,
farinha, ovo e leite.
Anáfora x Catáfora
• A anáfora trabalha com a retomada de elementos apresentados
anteriormente na frase ou no texto, a catáfora faz o processo de referenciar-
se elementos que serão apresentados posteriormente.

No primeiro exemplo, os ingredientes são nomeados e depois retomados pelo


pronome “esses”. No segundo caso, os ingredientes só são nomeados ao final
da frase, sendo indicados pelo pronome “estes”.
Anacoluto

• O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.


• Exemplos:
• Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é:
Parece que eu estou ficando zonzo.)
• Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da
frase é: O que a Magali mais gosta de fazer é comer.)
Assíndeto

• O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do


polissíndeto.
• Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os
rios.
Apóstrofe
• consiste no chamamento ou interpretação a uma pessoa ou coisa que pode ser real
ou imaginário, pode estar presente ou ausente, usada para dar ênfase. Um tipo de
vocativo, geralmente é um termo virgulado.
• Exemplo de apóstrofe:
• Oh! Deus, Perdoe este pobre coitado
• Que de joelhos rezou um bocado
• […]
• Oh! Deus será que o senhor se zangou
• …o Sol se arretirou
• […]
• Senhor, Eu pedi para o sol se esconder um tiquinho…”
O que é a comparação?

• Em primeiro lugar, trata-se de um recurso de expressão no qual ocorre


exatamente o que o nome propõe: a comparação entre um termo e
outro.
• Em segundo lugar, a comparação é fácil de ser identificado, tendo em
vista que sempre é marcada com um termo comparativo. Alguns
desses termos comparativos são: como, assim, tal qual, quanto, parece,
com, tal como, dentre vários outros.
Exemplos de comparação
• “Minha vida é como um mar de rosas”;
• “Você é tal como um filho para mim”;
• “O Ricardo está vestido assim como o Mateus”;
• “Não duvide de si mesmo: você é tão bom quanto eles”;
• “A Sara parece com a Maria”;
EXEMPLOS:
• Ele fez isso e eu: “Você está louco?”
• Chove muito e não podemos sair de casa agora.
• Iremos à festa sábado.
• Casa de ferreiro, espeto de pau.
• Lúcio andava hesitante, braços cruzados.
Entre as palavras destacadas, há um elemento omitido que
foi subentendido pelo contexto:
um verbo, o sujeito da oração ou uma preposição.

• Ele fez isso e eu [perguntei]: “Você está louco?”


• Chove muito e [nós] não podemos sair de casa agora.
• Iremos à festa [no] sábado.
• [Em] casa de ferreiro, [o] espeto [é] de pau.
• Lúcio andava hesitante, [com os] braços cruzados.
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou)
a comer sanduíches entre as refeições...".
Elipse X zeugma
• Não se deve confundir elipse e zeugma, duas figuras de linguagem caracterizadas
pela omissão de termos linguísticos, mas com detalhes diferentes.
• No caso da elipse, o termo omitido não aparece em nenhum momento no
enunciado, mas fica subentendido pelo contexto.
• Quando ocorre zeugma, o termo omitido já apareceu antes no enunciado e,
para evitar a repetição, omite-se tal elemento, criando uma equivalência
semântica.
• Eu gosto de vôlei. A Renata, de futebol.
• Note que o verbo “gostar” foi omitido, mas já havia sido citado anteriormente.
Quando há zeugma, os sinais de pontuação (neste caso, a vírgula) marcam a
omissão do termo,
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos:
"(você é) um descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!".
Litote
• O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-
se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
• Exemplos:
Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe.
(Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)
ECOS REPETIÇÃO DE PALAVRAS
• Que vês? Que vês quando me vês? Quando a mentira acabar.
Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma crescente como foi trazida pela cegonha
(decolou; fizemos uma escala; trocaram uma pena; finalmente ela me deixou aqui).
A charge acima é um exemplo de hipérbato, porque a ordem direta do nosso hino é
"Das margens plácidas do Ipiranga, ouviram um brado retumbante de um povo heroico" ou
"Ouviram um brado retumbante de um povo heroico das margens plácidas do Ipiranga".

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