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Escola de 1º Grau Municipal Sagrado Coração de Jesus

Aluno (a):__________________________________________________6º ano


Projeto: “Eu também aprendo em casa”.
Língua Portuguesa

Bom dia!

Boa tarde!

Para esse segundo momento, vamos refletir um pouco sobre os Termos essenciais
da oração e os dígrafos. É importante, estarmos sempre em sintonia com os conteúdos que
estudamos durante nossas vidas.

Vamos de encontro aos referidos...

Termos essenciais da oração: sujeito e predicado

Sujeito e predicado são os termos essenciais da oração. Enquanto o sujeito é aquele ou


aquilo de que(m) se fala, o predicado é a informação dada sobre o sujeito.

Uma forma fácil de detectar esses termos nas orações é perguntando quem? e/ou o que?

Vejamos o primeiro exemplo na oração:

Os estudantes organizaram um evento.

Quem organizou o evento? Os estudantes, logo esse é o sujeito da oração.


O que foi feito? Organizaram um evento, logo esse é o predicado da oração.

Exemplo 2:

O horário foi modificado.

O que? “Algo” foi modificado. Essa é informação dada sobre algo, logo, esse é o predicado
da oração.
O que foi modificado? O horário. É do discurso de que se fala logo esse é o sujeito da
oração.

O sujeito pode aparecer em diferentes partes na oração.

A ordem do sujeito na oração nem sempre é a mesma, podendo ocorrer de três maneiras:

Tipos Explicação Exemplos


Forma direta Quando o sujeito vem antes do
predicado.
Os livros transformam os homens em
Tipos Explicação Exemplos

seres pensantes.

Quando o sujeito vem depois do Transformaram os homens em seres


Ordem inversa
predicado. pensantes, os livros .

Meio do Quando o sujeito aparece no Transformaram, os livros, os homens em


predicado meio do predicado. seres pensantes.

Núcleo do Sujeito

O sujeito das orações pode ser formado por mais do que uma palavra. Nesses casos, o núcleo
é a palavra principal, a que tem mais significado para o sujeito. Lembre-se que o verbo deve
concordar com o sujeito em gênero, número e grau. É preciso que haja uma concordância de
termos, para uma compreensão precisa de vai ouvir ou ler.

Vejamos os exemplos:

O horário foi modificado.

No exemplo acima, o núcleo do sujeito “o horário” é “ horário”.

Os formandos e os convidados organizaram a festa.

Nesse exemplo, o núcleo do sujeito “Os formandos e os convidados” é “formandos” e “


convidados”.

Tipos de Sujeito e Predicado

Os sujeitos podem ser:

Determinado - quando é identificado na oração.

Indeterminado - quando não é identificado na oração.

Inexistente - orações com verbos impessoais.

Os sujeitos determinados, por sua vez, dividem-se em: simples, composto e oculto.

1. Sujeito simples: tem apenas um núcleo.

Exemplo: O ônibus quebrou logo que deu partida.

2. Sujeito composto: tem mais do que um núcleo.


Exemplo: Os dias e as noites passam rapidamente.

3. Sujeito oculto: quando é identificado pela desinência verbal.

Exemplo: Andamos à pé a tarde toda.

4. Sujeito indeterminado. Exemplo: Opinam sobre tudo.

5. Sujeito inexistente. Exemplo: Amanheceu.

Dígrafos

O que são?

Podemos compreendê-los por união de duas letras que representam um só fonema. Eles
podem ocorrer de dois tipos: consonantais ou vocálicos.

A palavra dígrafo vem do grego (di = dois e grafo = escrever) e ocorre quando duas letras
são utilizadas para representar um único fonema. Na Língua Portuguesa, há um número
relevante de dígrafos e, por isso, eles são agrupados em dois tipos: os dígrafos consonantais,
formados por 11 e os dígrafos vocálicos, formados por 10.

Dígrafos consonantais

ch – machado, China, chuva.

lh – ilha, milho, alho.

nh – ninho, sonho, galinha.

rr – arroz, carro, irreal.

ss – pássaro, assado, assim.

sc – descendente, nascer, crescer.

sç – cresça, nasço, desço.

xc – exceção, excelente, exceto.

xs – exsuar, exsudar.

gu – águia, preguiça, Guido.

qu – aquele, quilo, queijo.

Observações:
1) As letras gu e qu são consideradas como dígrafos somente quando seguidas das vogais 'e'
ou 'i', representando os fonemas /g/ e /k/, como em gueixa, quilo. Nesse caso, a letra 'u' não
representa nenhum fonema.

2) Na divisão silábica, alguns dígrafos consonantais separam-se e outros não, a saber:

*São separados na divisão silábica:

rr – car-ro

ss – pás-sa-ro

sc – as-cen-são

sç – nas-ço

xc – ex-ce-ção

xs – ex-su-dar

*Não são separados na divisão silábica:

ch – chu-va

lh – i-lha

nh – ni-nho

gu – guei-xa

qu - qui-lo

Dígrafos vocálicos

Os dígrafos vocálicos são aqueles cujas vogais são sucedidas das consoantes 'n' ou 'm',
representando fonemas vocálicos nasalizados, ou seja, as correntes de ar que saem dos
pulmões passam pelo nariz e pela boca. Observe alguns exemplos abaixo:

am – campo, amparo.

an – sangue, antena.

em – sempre, tempero.

en – tento, entra.

im – limpo, pimpão.

in – tingir, tinto.

om – rombo, ombro
on – tonta, ontem.

um – umbigo, nenhum.

un – sunga, Dunga.

Atividades

1-"Escreveram muito nesse período?" Nesta oração o sujeito é:


a) oculto
b) simples
c) indeterminado
d) composto

2- "Precisa-se de operários para a obra." Nesta oração o tipo de sujeito é:


a) composto
b) indeterminado
c) simples
d) oculto

3- "Os livros escolares devem ser tratados com respeito." Nesta oração o tipo de sujeito é:
a) composto
b) indeterminado
c) simples
d) oculto

4- Meu amigo José estuda à noite. Nesta oração o tipo de sujeito é:


a) indeterminado
b) composto
c) simples
d) oculto

5-O sujeito de uma oração é determinado quando:


a) O seu núcleo é um substantivo, palavra substantivada, pronome ou oração substantiva.
b) O seu núcleo é sempre um substantivo
c) O seu núcleo é sempre uma oração substantiva ou um substantivo
d) O seu núcleo é sempre um pronome pessoal ou um substantivo.

Leia...
O Lavador de Pedra
A gente morava no patrimônio de Pedra Lisa. Pedra Lisa era um arruado de 13 casas
e o rio por detrás. Pelo arruado passavam comitivas de boiadeiros e muitos andarilhos. Meu avô
botou uma Venda no arruado. Vendia toucinho, freios, arroz, rapadura e tais. Os mantimentos
que os boiadeiros compravam de passagem. Atrás da Venda estava o rio. E uma pedra que
aflorava no meio do rio. Meu avô, de tardezinha, ia lavar a pedra onde as garças pousavam e
cacaravam. Na pedra não crescia nem musgo. Porque o cuspe das garças tem um ácido que
mata no nascedouro qualquer espécie de planta. Meu avô ganhou o desnome de Lavador de
Pedra. Porque toda tarde ele ia lavar aquela pedra.
A Venda ficou no tempo abandonada. Que nem uma cama ficasse abandonada. É que os
boiadeiros agora faziam atalhos por outras estradas. A Venda por isso ficou no abandono de
morrer. Pelo arruado só passavam agora os andarilhos. E os andarilhos paravam sempre para
uma prosa com o meu avô. E para dividir a vianda que a mãe mandava para ele. Agora o avô
morava na porta da Venda, debaixo de um pé de jatobá. Dali ele via os meninos rodando arcos
de barril ao modo que bicicleta. Via os meninos em cavalo-de-pau correndo ao modo que
montados em ema. Via os meninos que jogavam bola de meia ao modo que de couro. E corriam
velozes pelo arruado ao modo que tivessem comido canela de cachorro. Tudo isso mais os
passarinhos e os andarilhos era a paisagem do meu avô. Chegou que ele disse uma vez: Os
andarilhos, as crianças e os passarinhos têm o dom de ser poesia. Dom de ser poesia é muito
bom!
Manoel de Barros. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003.

“A gente morava no patrimônio de Pedra Lisa”.


6- Na oração extraída do texto, temos:

a) sujeito oculto
b) sujeito indeterminado
c) sujeito simples
d) sujeito composto

Leia o poema a seguir, de Florbela Espanca e em seguida, veja o que está sendo solicitado.

FANATISMO

Minh’alma de sonhar-te anda perdida,

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és sequer razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:

“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,


Que tu és como Deus: princípio e Fim!”...

7- Compreendo o contexto dos dígrafos, faça um circulo nos dígrafos consonantais e sublinhe
os vocálicos.

Leia o texto musicado de Almir Sater e veja orientações do professor para a questão 8.

Tocando em Frente

Almir Sater

Ando devagar, porque já tive pressa


Levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe?
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
Ou nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs,


O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso à chuva para florir.

Penso que cumprir a vida seja simplesmente


Compreender a marcha e ir tocando em frente,
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
Estrada eu sou.

Todo mundo ama um dia todo mundo chora,


Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
De ser feliz.

Ando devagar, porque já tive pressa


E levo esse sorriso, porque já chorei demais,
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
de ser feliz.

8- Como você classifica os dígrafos destacados no texto?


Leia o texto que segue:

TEMPESTADE

(Henriqueta Lisboa)
- Menino, vem para dentro,
olha a chuva lá na serra,
olha como vem o vento!

- Ah! Como a chuva é bonita


e como o vento é valente!

- Não sejas doido, menino,


esse vento te carrega,
essa chuva te derrete!

- Eu não sou feito de açúcar


para derreter na chuva.
Eu tenho força nas pernas
para lutar contra o vento!

E enquanto o vento soprava


e enquanto a chuva caía,
que nem um pinto molhado,
teimoso como ele só:

- Gosto de chuva com vento,


gosto  de vento com chuva!

O que vamos compreender por poema?


Poema é um arranjo de palavras que contêm significado. Por meio dela são expressos os pensamentos e
sentimentos do escritor, podendo ser feliz ou triste, complexo ou simples

9-Circule todas as palavras do poema que contém dígrafos.

Análise do poema.

 10. 1- Quem você imagina que chama o menino para dentro?


Sua mãe.

10.2- O menino demonstrava não ter medo de chuva. Por que?


Porque ele achava a chuva bonita.

10.3- Quando diziam a ele “... Essa chuva te derrete! O que ele respondia?
Dizia que não era feito de açúcar.

10.4- Quando diziam: “Esse vento te carrega ...”, o que o menino respondia?
Respondia que sabia se defender do vento.
10.5- Cada linha de um poema chama-se verso. Quantos versos tem o poema que você leu?
O poema tem 18 versos.

10.6- Aos grupos de versos de um poema, chamam-se estrofes. Quantas estrofes há no poema
Tempestade?
No poema “Tempestade” há seis estrofes.

10.7- Pela primeira estrofe do poema percebemos que a chuva ainda não começará.
Transcreva os versos em que aparece essa afirmativa:
“... olha a chuva lá na serra/ olha como vem o vento!”

10.8- Apesar de achar que o vento é valente, o menino sabe se defender dele. Como ele se
defende?
O menino sabe se defender do vento porque tem força nas pernas para lutar contra ele.

Boa revisão e bom fim de semana!

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