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8º ANO
SEMANA 8
Olá, estudante!
Nesta semana vamos estudar na Aula Paraná de Língua Portuguesa os conteúdos indicados no
quadro abaixo. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo desses conteúdos.
Relembrando que teremos 4 aulas e vamos tratar sobre:
AULA: 36 Gêneros literários Poema, Cordel e Lenda
AULA: 37 Termos da Oração: Sujeito e Predicado
AULA: 38 Elementos coesivos
AULA: 39 Tempos e modos verbais; Concordância nominal e verbal
Aula 36
Nesta aula vamos tratar de três gêneros literários: o poema, o cordel e a lenda. Comecemos
reforçando a diferença entre poema e poesia, pois isso sempre confunde as pessoas.
A palavra poema deriva do verbo grego poein, que significa “fazer, criar, compor”.
Poema é o gênero textual, um tipo de texto organizado em versos e estrofes.
Já a poesia (que pode estar contida ou não no poema, bem como em diversos outros
textos – contos, romances, cartas, imagens etc.) é dotada de lirismo e beleza, com
associações harmoniosas de palavras, ritmos e imagens.
As características gerais do poema são:
Seu conteúdo é disposto em estrofes e versos, que podem ou não conter rima.
Um poema pode ter somente uma ou várias estrofes, que podem ser: simples, quando
os versos possuem a mesma medida; compostas, quando os versos possuem medidas
distintas; e livres, quando não há qualquer rigor métrico.
A poesia é um texto onde o autor expressa diretamente sentimentos e visões pessoais.
A voz que se manifesta na poesia, ou seja, o sujeito poético e fictício criado pelo escritor
é chamado de Eu-lírico.
Leia este exemplo, o poema Motivo, de Cecília Meireles:
Eu canto porque o instante existe Se desmorono ou se edifico,
e a minha vida está completa. se permaneço ou me desfaço,
Não sou alegre nem sou triste: — não sei, não sei. Não sei se fico
sou poeta. ou passo.
Esse poema tem 16 versos, distribuídos em 4 estrofes. Ele possui rimas, as quais são alternadas
ou cruzadas (ABAB). Observe ainda, pela leitura, como nele há ritmo, musicalidade, uso da
linguagem figurada e manifestação de sentimentos pelo eu-lírico.
Agora leia este trecho de poesia, de autoria de Patativa do Assaré:
O poeta da roça
(...) Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão. (...)
Nesse caso, estamos tratando de um tipo bem específico de poesia, o Cordel! A literatura de
cordel é:
E agora, você vai ler uma lenda! Atente para suas características (elementos da linguagem,
forma de composição), pois depois vamos conferir isso!
Irapuru: o canto que encanta
Waldemar de Andrade e Silva
Certo jovem, não muito belo, era admirado e desejado por todas as moças de sua tribo
por tocar flauta maravilhosamente bem.
Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada. Entre as moças, a bela Mainá
conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia, Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no sem vida, à sombra de uma
árvore, mordido por uma cobra venenosa. Sepultaram-no no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias horas a chorar sua grande perda. A alma de
Catuboré, sentindo o sofrimento de sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu
infortúnio. Não podendo encontrar paz, pediu ajuda ao Deus Tupã.
Este, então, transformou a alma do jovem no pássaro irapuru, que, mesmo com escassa
beleza, possui um canto maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de
Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje contagia com seu amor os outros pássaros e todos os
seres da natureza.
Você percebeu que essa lenda procura explicar, de forma fantasiosa, o surgimento de um
pássaro? Pois bem, as lendas têm como características serem narrativas fantasiosas/ fictícias;
fazerem parte da tradição oral; abordarem fatos reais/históricos e irreais e apresentarem
explicações plausíveis para acontecimentos misteriosos.
E para fixar o que aprendemos nesta aula, não esqueça de fazer as atividades da lista de
exercícios!
Aula 37
1) Câmara aprova plano de R$ 3 bilhões para socorro à cultura durante a pandemia. (Gazeta
do Povo, 26/05/2020)
De quem está se falando? Da Câmara (do RJ).
O que está sendo dito sobre ele? Que aprova plano de R$ 3 bilhões para socorro à
cultura durante a pandemia.
Com essa análise, concluímos que:
A Câmara é o SUJEITO da oração
O que se diz sobre a Câmara é o PREDICADO
Em síntese: Sujeito é o termo com o qual o verbo concorda; é sobre quem se fala. Predicado é
o que se diz sobre o sujeito, é o termo da oração em que está o verbo.
Porém não é sempre tão simples identificar o sujeito. Quanto à classificação, ele pode ser:
a) SUJEITO SIMPLES: é aquele que possui apenas um núcleo, ou seja, quando o verbo se
refere a uma só palavra. (Miguel viajou. / Nós aprendemos a música.)
b) SUJEITO COMPOSTO: é aquele que possui mais de um núcleo. (Pai e filho estudam
juntos em casa. / Aprendem mais os otimistas e os esforçados.)
c) SUJEITO OCULTO: é aquele que não está explícito na oração, mas pode ser determinado
pela flexão número-pessoa do verbo, ou por sua presença em alguma oração
antecedente. (Gosto de viajar todos os anos. [eu] / Caímos de bicicleta. [nós])
d) SUJEITO INDETERMINADO: é aquele no qual não é possível identificar um referente
explícito na oração (ou no contexto do enunciado) para a flexão verbal. (Anunciaram a
chegada do prefeito. / Não se fala da chegada do prefeito no jornal local.)
e) SUJEITO INEXISTENTE (Oração sem sujeito): é quando a informação veiculada pelo
predicado não se refere a sujeito algum. (Choveu muito no inverno passado. /
Eram duas horas da manhã.)
Quanto ao predicado, pode ser nominal, verbal ou verbo-nominal. Veja as diferenças entre eles
no quadro a seguir:
Essa foi uma revisão geral dos termos da oração sujeito e predicado. Ainda há muito o que
explorar sobre esse conteúdo. Fartemos isso futuramente. Por enquanto, faça os exercícios
referentes a esta aula, está bem?
Aula 38
Leia o trecho de uma reportagem abaixo e atente para os elementos em destaque:
O confinamento preventivo em casa, para
não se infectar e não ajudar a propagar o
novo coronavírus, criou um ponto de
inflexão na trajetória do ensino no Brasil.
Em 18 de março, o Ministério da Educação
publicou a Portaria nº 343, que autoriza
“em caráter excepcional” a substituição
de aulas presenciais por aulas do modelo
educação a distância (EAD) que utilizem
tecnologia de informação e comunicação
remota em cursos que estavam em
andamento.
“A EAD se encaixa perfeitamente como solução para a realidade atual. Devido a sua
flexibilidade, aos diversos meios de transmissão de conteúdo (vídeos, textos, aplicativos,
jogos), aos canais de comunicação existentes, além de beneficiar os diferentes tipos de
aprendizagens”, avalia Fábia Kátia Moreira, consultora de EAD e tecnologia internacional,
atuando na área há mais de 25 anos.
Para ela, “diante da pandemia da covid-19, mesmo as instituições mais tradicionais e
resistentes à EAD estão lançando mão dessa modalidade, senão para oferecer novas
possibilidades de aprendizagem aos estudantes, ao menos para garantir o cumprimento dos
duzentos dias letivos exigidos em lei.”
“Nesse momento que estamos vivendo, realmente a modalidade está se mostrando uma
ótima alternativa, pois possibilita que mesmo estando cada um na sua casa, as pessoas
deem continuidade aos estudos, podendo interagir com docentes e colegas de sala”,
acrescenta Marcos Lemos, vice-presidente acadêmico da Kroton, que conta com mais de
1.400 polos de ensino de escolas e faculdades pertencentes ao grupo de ensino privado
(Anhanguera, Pitágoras, Unime, Uniderp, Unopar, Fama e Unic).
Segundo ele, apesar de ainda haver “claramente distinção entre ensino presencial e a
distância no Brasil”, a continuidade do calendário acadêmico deste ano só será possível
“graças ao modelo acadêmico e à utilização de recursos de tecnologia e de conteúdos a
partir do ambiente virtual de aprendizagem, que já faz parte do dia a dia desses
estudantes”.
Nos dois casos acima, há a retomada de referentes (Fábia Kátia Moreira e Marcos Lemos) por
pronomes pessoais correspondentes (ela, ele). Essas substituições ocorreram para retomar
componentes textuais sem repeti-los, visando à amarração das ideias no texto, de forma
harmônica.
Esse é um dos casos relacionados à coesão textual. A coesão permite a eficiência na transmissão
da mensagem ao interlocutor e, por consequência, o entendimento.
Para ser melhor empregada, a coesão necessita de recursos, como palavras e expressões que
têm como objetivo estabelecer a interligação entre os segmentos do texto. Esses recursos são
chamados de elementos de coesão.
São muitos os elementos coesivos! Vejamos alguns exemplos:
Preposições: a, de, para, com
Conjunções: que, enquanto, embora, mas, porém, todavia
Pronomes: ele, ela, sua, este, aquele, o qual
Advérbios e locuções adverbiais: aqui, lá, logo, antes, dessa maneira, aos poucos
São muitos os termos responsáveis pela coesão sequencial. Observe alguns deles nesse quadro:
O conhecimento de todos os elementos de coesão se dá por um processo longo. Por isso, não
se preocupe se não assimilou ainda todos eles. Na continuidade das aulas e em todas as
produções textuais, você será levado(a) a refletir sobre eles e utilizá-los. Faça os exercícios
propostos e sigamos em frente!
Aula 39
Olá, estudante! Leia esta primeira estrofe do famoso poema “José”, de Carlos Drummond de
Andrade:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Perceba que, para além do questionamento recorrente que o eu-lírico faz ao José, há uma
diferença linguística evidente, marcante nessa estrofe. Descobriu qual é?
Na primeira parte da estrofe (versos 2 a 5), os verbos estão todos no passado (pretérito perfeito)
e na segunda (versos 8 a 11) estão no presente, ambos do Modo Indicativo. Isso significa que na
primeira parte há a indicação de que os bons momentos anteriormente vivenciados acabaram;
na segunda parte há uma caracterização do José (o que faz, o que pensa, o que sente).
MODO INDICATIVO: O verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá, uma
certeza, trabalhando com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com
a certeza comprovada da realização daquela ação.
MODO SUBJUNTIVO: Ao contrário do indicativo, é o modo que expressa a dúvida, a
incerteza, trabalhando com remotas possibilidades de concretização da ação verbal.
MODO IMPERATIVO: Apresenta-se na forma afirmativa e na forma negativa. Com ele
nos dirigimos diretamente a alguém, em segunda pessoa, expressando o que queremos
que esta(s) pessoa(s) faça(m). Pode indicar uma ordem, um pedido, um conselho etc.,
dependendo da entonação e do contexto em que é aplicado.
E, por fim, o TEMPO VERBAL, que informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que
já aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São essencialmente
três tempos: Presente, Passado (ou Pretérito) e Futuro.
PRESENTE SIMPLES (estudo) – expressa algo que acontece no momento da fala.
PRETÉRITO PERFEITO (estudei) – expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento
anterior à fala.
PRETÉRITO IMPERFEITO (estudava) – expressa uma ação contínua, ocorrida em um
intervalo de tempo anterior à fala.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (estudara) – contrasta um acontecimento no passado
ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da fala.
FUTURO DO PRESENTE (estudarei) – expressa algo que possivelmente acontecerá em
um momento posterior ao da fala.
FUTURO DO PRETÉRITO (estudaria) – expressa uma ação que era esperada no passado,
porém que não aconteceu.
Outra revisão (ainda que breve!) que vamos fazer nesta aula é sobre a Concordância Nominal e
Verbal.
Veja: na elaboração da frase, as palavras relacionam-se umas com as outras. Ao se relacionarem,
obedecem a alguns princípios. Um deles é o da concordância.
Concordância nominal é a concordância em gênero (flexão em masculino e feminino) e
número (flexão em singular e plural) entre os diversos nomes da oração, ocorrendo
principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo.
Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical
e o verbo.
São muitos os casos de concordância nominal e verbal, os quais serão vistos durante toda a sua
trajetória escolar! No recorte desta aula, você vai ser exposto – no momento da realização das
atividades - a algumas regras de concordância verbal e, por meio da reflexão, facilmente vai
identificar a ocorrência dessas regras em algumas frases. Bom trabalho!
Escola/Colégio:
Estudante:
LISTA DE EXERCÍCIOS
Aula 36:
1. Sobre o gênero literário poema, marque a alternativa incorreta:
a) Seu conteúdo é disposto em estrofes e versos, que podem ou não conter rima.
b) As estrofes de um poema podem ser: simples, quando os versos possuem a mesma
medida; composta, quando os versos possuem medidas distintas; e livres, quando não há
qualquer rigor métrico.
c) A poesia é sempre um texto autobiográfico, já que o autor é a personagem que fala de
seus sentimentos.
d) A voz que se manifesta na poesia, ou seja, o sujeito poético e fictício criado pelo escritor é
chamado de eu-lírico.
Aula 37:
1. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
a) Sujeito Simples ( ) Faz dois meses que não chove.
b) Sujeito Composto ( ) Venderam todas as máscaras.
c) Sujeito Oculto ( ) Volto assim que escurecer.
d) Sujeito Indeterminado ( ) O amor é o mais belo dos sentimentos.
e) Sujeito Inexistente ( ) A tristeza e a alegria andam de mãos dadas.
2) Relacione o elemento coesivo presente na frase (2ª coluna) com a relação por ele
estabelecida (1ª coluna):
d) Explicação ( ) Assista às aulas na TV, depois poderá jogar com seus irmãos.
e) Oposição ( ) As vidas devem ser protegidas. Isto é essencial num
f) Continuação momento de pandemia.
g) Conclusão ( ) Tenho tarefas de História, Geografia, Matemática, Ciências.
Em síntese, de todas as disciplinas!
( ) É preciso estudar muito, ao contrário não aprendemos todos
os conteúdos.
Aula 39:
1) Identifique o Modo Verbal (Indicativo, Subjuntivo ou Imperativo) que os verbos de cada
sentença indicam: