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DOS
ADVOGADOS
PARTE II
LEI 8906/94
Art. 7º São direitos do advogado:
VI - ingressar livremente:
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe
ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva
comparecer, desde que munido de poderes especiais;
Art. 7º São direitos do advogado:
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer
locais indicados no inciso anterior, independentemente de
licença;
Art. 7º São direitos do advogado:
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e
gabinetes de trabalho, independentemente de horário
previamente marcado ou outra condição, observando-se a
ordem de chegada;
Art. 7º São direitos do advogado:
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou
processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator,
em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze
minutos, salvo se prazo maior for concedido;
(Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7)
Art. 7º São direitos do advogado:
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal
judicial ou administrativo, órgão de deliberação coletiva da
administração pública ou comissão parlamentar de inquérito,
mediante intervenção pontual e sumária, para esclarecer
equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, a
documentos ou a afirmações que influam na decisão;
(Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
Art. 7º São direitos do advogado:
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante
qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a
inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
Art. 7º São direitos do advogado:
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O artigo 35 e 36 do Código de Ética e
Disciplina da OAB assim determina:
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome
conhecimento no exercício da profissão.
◦ Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido
conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do
Brasil.
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Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de
reserva que lhe seja feita pelo cliente.
◦ § 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre
advogado e cliente.
◦ § 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro,
se submete às regras de sigilo profissional.
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Art. 7º São direitos do advogado:
IV - recurso extraordinário;
V - embargos de divergência;
VI - ação rescisória, mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e
outras ações de competência originária.
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
Art. 7º São direitos do advogado:
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em
flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de
crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste
artigo.
Art. 7º São direitos do advogado:
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Art. 7º São direitos do advogado:
§ 6º-F. É garantido o direito de acompanhamento por representante da
OAB e pelo profissional investigado durante a análise dos
documentos e dos dispositivos de armazenamento de informação
pertencentes a advogado, apreendidos ou interceptados, em todos os
atos, para assegurar o cumprimento do disposto no inciso II
do caput deste artigo. (Promulgação partes vetadas).
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
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Art. 7º São direitos do advogado:
§ 6º-G. A autoridade responsável informará, com antecedência
mínima de 24 (vinte e quatro) horas, à seccional da OAB a data, o
horário e o local em que serão analisados os documentos e os
equipamentos apreendidos, garantido o direito de acompanhamento,
em todos os atos, pelo representante da OAB e pelo profissional
investigado para assegurar o disposto no § 6º-C deste artigo.
(Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
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Art. 7º São direitos do advogado:
§ 6º-H. Em casos de urgência devidamente fundamentada pelo juiz, a
análise dos documentos e dos equipamentos apreendidos poderá
acontecer em prazo inferior a 24 (vinte e quatro) horas, garantido o
direito de acompanhamento, em todos os atos, pelo representante da
OAB e pelo profissional investigado para assegurar o disposto no §
6º-C deste artigo. (Promulgação partes vetadas)
(Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
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Art. 7º São direitos do advogado:
§ 6º-I. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra
quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará
em processo disciplinar, que poderá culminar com a aplicação do
disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei, sem prejuízo das
penas previstas no
art. 154 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal). (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
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Art. 7o-A. São direitos da advogada:
I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de
raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local
adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante
comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado
previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
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Promovido pelo Conselho Regional de Prerrogativas,
de ofício/liminarmente, ou requerimento do Advogado.
Ocorrendo a votação em sua maioria pela concessão do
Desagravo Público, será designado a data, hora e o local,
cientificado as partes envolvidas da sessão solene de
Desagravo Público.
No dia designado para sessão de Desagravo Público, que é
público:
◦ poderá ser realizado no local dos fatos,
◦ será lido a nota de desagravo, pelo Presidente do Conselho
Regional de Prerrogativas, onde será nominado o Advogado
ofendido, a Autoridade violadora, o fato ocorrido, e o
pronunciamento de repúdio a violação das prerrogativas
profissionais
◦ após será encaminhada a Nota de Desagravo para Presidência e
Corregedoria do Tribunal de Justiça, e CNJ, isto, quando se tratar
de Magistrados e Servidores Públicos.
OAB realiza desagravo público a advogada
grávida desrespeitada por juiz no DF
Advogada teve indeferido pedido de adiamento
de audiência marcada na semana do parto. Juiz
ainda sugeriu que gestante deveria renunciar ao
mandato.
O Conselho Federal da OAB e a OAB/DF realizaram desagravo
público nesta segunda-feira, 7, em favor da advogada Alessandra
Pereira dos Santos.
Grávida de 8 meses, ela viu um pedido de adiamento de audiência
marcada para a semana do parto ser indeferido pelo juízo da 2ª vara
Cível da Ceilândia/DF. S. Exa. ainda sugeriu que a gestante deveria
renunciar ao mandato.
"Sinto-me abraçada pela advocacia neste ato. As mulheres sofrem
muito no exercício profissional, lidando com situações machistas e
insensíveis. Que este desagravo sirva de exemplo para que todos
respeitem as mulheres, advogadas ou não, que lutam para trabalhar
e criar seus filhos."
NOTA DE DESAGRAVO
A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, por meio da Seccional do Distrito
Federal, vem a público para desagravar a advogada ALESSANDRA PEREIRA DOS
SANTOS, OAB/DF 23.251 que, em despacho da lavra do Juiz Substituto Eduardo da
Rocha Lee, em atuação junto à Segunda Vara Cível da Ceilândia, foi ofendida no
exercício de sua profissão, ao indeferir seu requerimento de remarcação de audiência
marcada par 29/3/2016, em razão do agendamento de seu parto-cesárea no dia
11/3/2016.
No referido despacho o Magistrado alegou que “...a licença maternidade não é
dotada de surpresa, uma vez que já no início da gestação sabe-se o futuro
afastamento, devendo a patrona da parte requerida providenciar, antecipadamente,
sua substituição ou renunciar aos autos.
Assim agindo, o juiz violou diretamente as prerrogativas não apenas da
desagravada, mas de tantas advogadas em situação análoga (de gravidez e parto
iminente), que se veem coagidas a abandonar suas causas e seus clientes face à
intransigência injustificada de determinados julgadores.
No caso em apreço, o Juiz Eduardo Lee ao “determinar” que a advogada fosse
substituída ou renunciasse à causa violou não apenas o direito de a causídica
patrocinar a causa que escolheu como também cerceou o direito de sua cliente de
se ver defendida pela profissional que escolheu e com quem mantém estreita
relação de confiança.
Afrontou, assim, não apenas a indispensabilidade do advogado na administração da
Justiça como preceitua o artigo 2º., parágrafo 2º. Do Estatuto da Advocacia e da OAB,
como também o direito de o advogado “exercer com liberdade, a profissão em todo
território nacional”(artigo 7º., inciso I, da Lei 8.906/94), na medida em que tenta
impedir que a Dra. Alessandra atue livremente no feitos para o qual foi nomeada.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal entende, em uma
perspectiva ainda mais ampla, que a decisão ora repudiada ofendeu preceitos maiores,
inclusive direitos e garantias constitucionalmente previstos.
Além de atentar contra a dignidade da advocacia, ofendeu o Princípio da Prioridade
Absoluta previsto no artigo 227 da Constituição Federal, que determina ser dever do
Estado, da Sociedade e de todos nós, zelar pela saúde e vida de crianças e
adolescentes, nascidos ou ainda no ventre de suas mães.
A defesa do bem estar e do pleno desenvolvimento da criança que está no ventre
da desagravada, bem assim como de qualquer nascituro que esteja nas entranhas
de quaisquer advogadas, deve ser prioritária.
Assim, a Seccional do Distrito Federal da OAB, convencida da existência de
ofensa no exercício profissional da Dra. Alessandra Pereira dos Santos, vem
DESAGRAVAR a profissional, na forma do que estabelecem os artigos 7º.,
inciso XVII da Lei 8.906/94 e os artigos 18 e 19 do Regulamento Geral da
OAB, repudiando firmemente a conduta do magistrado e reafirmando seu
compromisso na defesa intransigente contra toda e qualquer mácula à
dignidade das profissionais da advocacia.
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Advogada Valéria dos Santos
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