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DIREITOS

DOS
ADVOGADOS
PARTE I
LEI 8906/94
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados
e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com
consideração e respeito recíprocos.
◦ Parágrafo único. As autoridades e os servidores públicos dos Poderes da
República, os serventuários da Justiça e os membros do Ministério Público
devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível
com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho,
preservando e resguardando, de ofício, a imagem, a reputação e a integridade do
advogado nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
Art. 7º São direitos do advogado:

I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território


nacional;
Art. 7º São direitos do advogado:
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho,
bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua
correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática,
desde que relativas ao exercício da advocacia;
(Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008)
OBSERVAR:
LEI 11.767/2008
LEI 11.767/2008
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática
de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária
competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que
trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada,
expedindo mandado de busca e apreensão, específico e
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante
da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização
dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a
clientes do advogado averiguado, bem como dos demais
instrumentos de trabalho que contenham informações sobre
clientes.
Provimento 127/2008
Veja-se que incumbe, a referido representante da OAB, as seguintes
providências:
I - verificar a presença dos requisitos legais extrínsecos concernentes à ordem
judicial para a quebra da inviolabilidade;
II - constatar se o mandado judicial contém ordem especifica e pormenorizada;
III - velar para que o mandado judicial seja cumprido nos estritos limites em que
foi deferido;

19/03/2024
Provimento 127/2008
IV - diligenciar para que não sejam alvos de busca e apreensão documentos,
arquivos. mídias e objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem
como os demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre
clientes. excetuando a hipótese de indiciamento formal de seu cliente como
coautor do mesmo fato criminoso objeto da investigação;

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Provimento 127/2008
V - acompanhar pessoalmente as diligências realizadas;
VI - comunicar à Seccional da OAB qualquer irregularidade verificada no
cumprimento do mandado;
VII - apresentar relatório circunstanciado. respeitado o sigilo devido. à
Seccional, para eventual adoção das providências que se fizerem necessárias.

19/03/2024
CONTINUANDO...
Art. 7º São direitos do advogado:
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e
reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se
acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos
civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;

O QUE NOS MOSTRA A CARTA MAGNA...


Art. 136, § 3º, IV, CF88
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de
defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 3º - Na vigência do estado de defesa:
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
Art. 7º São direitos do advogado:
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso
em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia,
para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e,
nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da
OAB;
Art. 7º São direitos do advogado:
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado,
senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades
condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão
domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
As prerrogativas do advogado relacionadas à prisão dizem
respeito somente à prisão provisória e não à prisão definitiva
para cumprimento de pena.
Para que haja a prerrogativa da presença
de representante da Ordem, é preciso:

1- que a prisão seja em flagrante delito;


◦ vale dizer, enquanto perdura o estado de flagrância (no
momento em que se pratica o crime ou logo após praticá-
lo).
Para que haja a prerrogativa da presença
de representante da Ordem, é preciso:
2 - que o motivo do crime seja ligado ao exercício da advocacia.
◦ Crimes que podem ser cometidos no exercício da advocacia:
desobediência, patrocínio infiel, subtração de autos, etc...
◦ Por motivos ligados à profissão que não o aparentam ser:
◦ lesões corporais, decorrentes do calor de uma (com o perdão do exemplo), que
tipicamente não teria motivação ligada ao exercício da profissão, passa a tê-lo,
ocasionalmente.
◦ Uso de documento falso, que pode ser praticado, em tese, por qualquer
pessoa, nas mais variadas situações.
SALA DE ESTADO MAIOR
Segundo o STF, sala de Estado Maior não se confunde com prisão
especial, na qual um detento fica separado dos presos comuns.
Ela é uma verdadeira sala, de unidade das Forças Armadas ou outras
instituições militares, desprovida de grades ou de portas trancadas
pela parte externa.
Na ausência de uma Sala de Estado Maior, o advogado pode
ser transferido para a prisão domiciliar.
Pelo Brasil existem Salas de Estado Maior que oferecem
menos comodidade que Celas Especiais, ficando assim a
critério individual a escolha do melhor ambiente prisional.
Não há constrangimento ilegal quando o juiz nega pedido de
prisão domiciliar ao advogado que está acomodado em
prisão cujas características são compatíveis com as
exigências do inciso V do artigo 7º, da Lei Federal 8.906/94,
decidiu a 4ª Turma do TRF da 1ª Região.
Art. 7º São direitos do advogado:
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos
cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
Art. 7º São direitos do advogado:
VI - ingressar livremente:
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias,
cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro,
e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de
expediente e independentemente da presença de seus
titulares;
Art. 7º São direitos do advogado:
VI - ingressar livremente:
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione
repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado
deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao
exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou
fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer
servidor ou empregado;

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