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SISTEMAS

LINEARES
SISTEMAS LINEARES

 Sistemas lineares é um conjunto de equações lineares, com m equações


e n incógnitas.

 A solução de um sistema linear é um conjunto de valores que satisfaz ao


mesmo tempo todas as equações do sistema linear.

 Existem muitas maneiras de resolvermos sistemas lineares, Nós vamos


estudar:
 POR SUBSTITUIÇÃO
 REGRA DE CRAMER
 ESCALONAMENTO
EQUAÇÃO LINEAR

 Antes disso, porém, vamos entender o que é uma equação linear para depois estudarmos
e entendermos sistemas lineares.
 Uma equação linear é qualquer equação da forma:
a 1 x 1 + a 2 x 2 + a 3 x 3 + … + a nx n = b

Onde:
• , são as variáveis (incógnitas)
• a1, a2, a3, …, an são os respectivos coeficientes das variáveis;
• b é um termo independente.

Exemplo: 2x1 + 5x2 – x3 + 3x4 = -2

Caso b = 0, a equação é chamada de linear homogênea.


Solução de uma Equação Linear

 Os valores das variáveis que transformam uma equação linear em


identidade, isto é, que satisfazem à equação, constituem sua
solução. Esses valores são denominados raízes da equação
linear.
SISTEMA LINEAR

 Um sistema linear tem a seguinte forma:

 Em que as variáveis representadas por uma mesma letra possuem o


mesmo valor
SISTEMA LINEAR
Matriz associada a um sistema linear

 Podemos associar a um sistema linear algumas matrizes, onde os seus


coeficientes ocuparão linhas e colunas da matriz.
 Seja o sistema:

 Matriz incompleta: formada apenas pelos coeficientes do sistema.


 Exemplo:
Matriz associada a um sistema linear

 Matriz completa: formada pelos coeficientes do sistema mais os temos


independentes.
 Exemplo:
Equação matricial dos sistemas
lineares
 A equação matricial de um sistema linear é formada pelos coeficientes
das equações, pelas variáveis e pelos termos independentes após a
igualdade.

 A solução para o sistema que forma essa equação linear é encontrar


valores para as variáveis x e y.
Classificação de sistemas lineares

 Os sistemas lineares são classificados de acordo com o número de soluções


apresentados por ele.

 Diz-se que um sistema de equações lineares é compatível ou possível quando


admite solução, isto é, quanto tem raízes.

 Assim, os sistemas lineares podem ser classificados como:

• SPD – Sistema Possível e Determinado – possui uma única solução.


• SPI – Sistema Possível e Indeterminado – possui infinitas soluções.
• SI – Sistema Impossível – não possui solução.
Sistema Possível e Determinado

 Um sistema possível e determinado quando admite uma ÚNICA SOLUÇÃO.

 Exemplo:

x=  3 () + 4y = 25  + 4y = 25  54 – 9y + 8y = 50

-y = -4  y = 4 Então, x = 3

Portanto, o sistema é possível e determinado, pois tem como raízes unicamente 3 e 4.


Sistema Possível e Indeterminado

 Um sistema possível é indeterminado quando admite MAIS DE UMA SOLUÇÃO


(na verdade admite infinitas soluções).

 Exemplo:

x=  8() + 4y = 200  + 4y = 200


800 – 16y + 16y = 800

Portanto, o sistema é possível e indeterminado, pois admite infinitas soluções:

x 0 2 4 6 8 10 12 14 ...
y 25 24 23 22 21 20 19 18 ...
Sistema Impossível

 Um sistema possível é denominado impossível quando NÃO ADMITE SOLUÇÕES.

 Exemplo:

x=  3() + 9y = 15  + 9y =15  36 – 27y + 27y = 45


0=9

Portanto, o sistema é impossível, pois a expressão 3x + 9y não pode ser simultaneamente igual
a 12 e igual a 15 para mesmos valores de x e y.
Classificação de sistemas lineares

 O fluxograma ao
lado mostra como
as soluções dos
sistemas são
divididas:

Obs: sistemas homogêneos NUNCA serão SI, pois sempre admitirão pelo menos a solução
nula.
SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO

Quando num sistema de equações lineares os termos independentes são todos nulos
( = 0), o sistema é chamado de homogêneo.

Exemplo:

Todo sistema linear homogêneo tem pelo menos uma solução; essa solução,
denominada solução trivial, e, qualquer que seja o sistema, = 0, representando
as variáveis e i = 1, 2, 3, ..., m.
SISTEMAS EQUIVALENTES

 Diz-se que dois sistemas de equações lineares são equivalentes quando


admitem a mesma solução.

Exemplo:
Os sistemas

São equivalentes porque admitem a mesma solução: x =10 e y=2.


POR
SUBSTITUIÇÃO
POR SUBSTITUIÇÃO

 Uma das formas mais conhecidos e usadas para encontrar os


valores numéricos dessas incógnitas é o método da substituição.

 Por esse método, encontramos o valor algébrico de uma das


incógnitas para, em seguida, substituirmos esse valor na outra
equação.

 Utilizado para resolver sistemas com duas equações e


duas incógnitas
POR SUBSTITUIÇÃO

 Passo 1: Escolher uma incógnita e calcular seu valor algébrico.


 Passo 2: Substituir o valor algébrico da incógnita
na outra equação.
 Passo 3: Calcular o valor numérico de uma das incógnitas.
 Passo 4: Substituir o valor da incógnita escolhida em qualquer
uma das duas equações e encontrar o valor numérico da outra
incógnita
POR SUBSTITUIÇÃO

 Observe, por exemplo, o sistema abaixo. Nele, optamos por encontrar o


valor algébrico da incógnita y na primeira equação.
POR SUBSTITUIÇÃO

 Passo 2:

 Passo 3:
POR SUBSTITUIÇÃO

 Passo 4:

 A solução dos sistemas geralmente é representada por um par


ordenado ou pela notação de conjuntos com a mesma ordem dos
pares ordenados: S = {x,y}. No caso do exemplo acima: S = {15,
10}.
Exercício..

 Encontre a solução do sistema a seguir:


Exercício..

 Encontre a solução do sistema a seguir:

 A solução desse sistema é S = {5, 2}.


REGRA DE CRAMER
REGRA DE CRAMER

 É um método desenvolvido para encontrar as soluções de sistemas lineares


com a utilização do cálculo do determinante de matrizes
 Só poderá ser utilizada na resolução de sistemas que o número de equações e
o número de incógnitas forem iguais. Ele tem os seguintes passo:

A regra de Cramer determina que:

D, Dx, Dy e Dz são determinantes de matrizes formadas com o sistema.


REGRA DE CRAMER

D → é o determinante da matriz formada pelos coeficientes das incógnitas –


Determinante Principal;
Dx → é o determinante da matriz formada pelos coeficientes substituindo a
coluna dos coeficientes de x pelos termos independentes que estão depois da
igualdade;
Dy → é o determinante da matriz formada pelos coeficientes substituindo a
coluna dos coeficientes de y pelos termos independentes que estão depois da
igualdade;
Dz → é o determinante da matriz formada pelos coeficientes substituindo a
coluna dos coeficientes de z pelos termos independentes que estão depois da
igualdade.
REGRA DE CRAMER

1. Para calcular o determinante principal, formamos uma matriz com os


coeficientes das variáveis;
REGRA DE CRAMER

2. Para calcular os
determinantes secundários,
substituímos as colunas das
variáveis pela coluna do
termo independente;
REGRA DE CRAMER

3. Obtemos as soluções para o sistema:


REGRA DE CRAMER - Como saber se um sistema
linear tem solução?

Para sabermos se um sistema possui solução, basta calcularmos o determinante


da matriz associada ao sistema, assim:
 SPD (Sistema Possível e Determinado): se o determinante for diferente de
zero (D ≠ 0);
 SPI (Sistema Possível e Indeterminado): se o determinante D e todos os
determinantes secundários forem iguais a zero (D = 0 e todos );
 SI (Sistema Impossível): se o determinante principal for igual a zero e pelo
menos um determinante secundário for diferente de zero (D = 0 e pelo menos
um );
EXEMPLO

 Considere o sistema:

 Para calcular os determinante utilizamos a Regra de Sarrus .


 Então, o Determinante Principal é:

 D = (3.3.(-2))+(2.1.2)+((-1).1.2) – (2.1.(-2)) – (3.1.2) – ((-2).3.2) =


EXEMPLO

 Os determinantes secundários são:


EXEMPLO
EXEMPLO
EXERCÍCIOS

1. Em um lote de xícaras de porcelana, a razão entre o número de xícaras


com defeitos e o número de xícaras perfeitas, nesta ordem, é 2/3. Se o
número total de xícaras do lote é 320, então, qual a diferença entre o
número de xícaras perfeitas e o número de xícaras com defeitos?

2. Resolva o seguinte sistema linear pela Regra de Cramer:


EXERCÍCIO

3. O sistema abaixo:

a) é impossível;
b) é possível e determinado;
c) é possível e indeterminado;
d) admite apenas a solução (1; 2; 3);
e) admite a solução (2; 0; 0)
EXERCÍCIOS

1. Em um lote de xícaras de porcelana, a razão entre o número de xícaras


com defeitos e o número de xícaras perfeitas, nesta ordem, é 2/3. Se o
número total de xícaras do lote é 320, então, qual a diferença entre o
número de xícaras perfeitas e o número de xícaras com defeitos?

x + y = 320
x/y = 2/3  x = 2y/3

x + y = 320    5y = 960  y = 192


X + 192 = 320  x = 320 – 192  x = 128

Perfeitas – com defeitos = 192 – 128 = 64


EXERCÍCIO

2.

A solução desse sistema é V = {(1,2,3)}

3. C
ESCALONAMENTO
ESCALONAMENTO

 Escalonar um sistema é uma forma de resolvê-lo transformando o


sistema em outro equivalente que possua uma resolução mais fácil.

 Este tipo de escalonamento é chamado de forma escalonada ou


de redução à forma escada, pois quando vamos escalonando um
sistema, uma “escada” vai se formando, ou seja, de equação para
equação, no sentido de cima para baixo, há um aumento dos
coeficientes nulos da esquerda para a direita..

 Portanto, uma matriz é denominada de forma escalonada ou forma


escada quando o número de zeros no lado esquerdo do primeiro
elemento não nulo da linha, aumenta a cada linha.
ESCALONAMENTO
ESCALONAMENTO

 Os passos possíveis para escalonar um sistema são:


1. Somar ou subtrair uma equação pela outra;
2. Multiplicar uma das equações inteira por um número real diferente de zero;
3. Trocar duas equações de posições entre si;
4. Multiplicar um das equações por um nº real e somá-la ou subtraí-la a outra;
5. Dividir uma equação inteira por um número real diferente de zero.

 Seguindo esses passos podemos escalonar um sistema e encontrar os valores para as


variáveis que resolvem o sistema.
 O sistema cuja matriz do sistema está na forma escalonada é denominado de sistema
escalonado. A solução deste sistema pode ser obtido facilmente pela técnica de substituição,
resolvendo de baixo para acima.
ESCALONAMENTO

OBSERVAÇÕES:
- os passos indicados anteriormente não precisam ser executados necessariamente
nessa ordem, nem executar todos os passos. É apenas um norte a ser seguido.
Mas você deverá seguir sua intuição!

- Se, ao escalonarmos um sistema, chegarmos a alguma equação do tipo , esta


equação deverá ser eliminada do sistema.

- Se, ao escalonarmos um sistema, chegarmos a alguma equação do tipo , com


c≠0, o sistema será impossível, pois não há valor que multiplicado por zero
resulte em um número diferente de zero.
ESCALONAMENTO

- Todo de escalonamento é efetuado em etapas, escolhendo as linhas de cima


para baixo. Na primeira etapa, escolhe a linha 1, na segunda etapa escolhe a
linha 2 e assim por diante. A linha escolhida em cada etapa é denominada de
linha pivô (chave).

- Após escolher a linha de pivô, um elemento especial desta linha


denominado de elemento de pivô será escolhido. Quando a linha de pivô
for a primeira linha, inicialmente o primeiro elemento será considerado
elemento de pivô. Quando a linha de pivô for outras linhas, o elemento
de uma coluna a direita do pivô anterior (da linha imediatamente
acima) é denominado de elemento de pivô.
ESCALONAMENTO

 Exemplo: Considere o sistema abaixo:

 Para fazermos o escalonamento devemos transformar o sistema acima em uma


matriz. Assim, pegamos os valores dos coeficientes e do termo independente após a
igualdade.
ESCALONAMENTO

 Com a matriz montada, o primeiro passo é fazer uma operação (adição, subtração, multiplicação ou
divisão) que anula pelo menos um elemento da matriz, ou seja, os elementos abaixo do pivô.

 Ao analisar a matriz, percebe-se que se subtrairmos a linha 2 com a linha 1, anulamos um elemento.
O resultado dessa subtração é colocado na linha 2, como mostra L’2 do lado direito da matriz abaixo:

Pivô 

Zerar 
Zerar 
 Próximo passo, anulamos mais um elemento subtraindo a linha 3 pelo dobro da linha 1, colocando o
resultado na linha 3. Veja:
ESCALONAMENTO

PIVÔ

 Agora, se somarmos a linha 2 com a linha 3, anulamos mais um elemento.


ESCALONAMENTO

Neste passo já temos a forma escalonada, aqui já é possível encontrar os valores das
variáveis x, y e z. Fazendo a substituição nas equações do sistema, pois já sabemos
que a variável z é igual a 1.

Assim, x = 3, y = 2 e z = 1.
Exercício

 Usando escalonamento, resolva os seguintes sistemas de equações lineares:


Exercício

 Usando escalonamento, resolva os seguintes sistemas de equações lineares:

SOLUÇÃO: ( x, y, z) = (1, 2, -3)

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