Você está na página 1de 98

CURSO DE FORMAÇÃO

BÁSICA PARA
CONSELHEIROS TUTELARES
DE AFONSO CUNHA
Ravanne Bastos
REFLEXÕES SOBRE A INFÂNCIA
Procedimentos Administrativos
• Horário de atendimento

O atendimento ao público será de segunda à sexta-feira das 08:30


ao 12:00hs e das 13:30 às 18:00hs. (verificar Lei Municipal)

No período compreendido entre as 18:00 e 08:30hs, os sábados,


domingos e feriados as atribuições do Conselho Tutelar serão
desempenhas em regime de plantão.

• Atendimento:

O Conselho Tutelar funcionará com 05 Conselheiros na sede do


Conselho, conforme Regimento Interno, sem prejuízo da realização
de diligências e outras atividades externas, que deverão ser
devidamente registradas e justificadas, para fins de controle pelos
órgãos de fiscalização.
Escala de Plantão:

No período das 18:00 às 08:30 hs, sábados, domingos e


feriados, um membroCURSO DE Tutelar
do Conselho FORMAÇÃOpermanecerá
em regime de plantão domiciliar, mediante escala de
BÁSICA Para
serviços divulgada semestralmente. PARA tanto, será
fornecido um telefone celular ao Conselheiro
CONSELHEIROS de plantão
TUTELARES
em cada Conselho Tutelar. O atendimento se dará
quando da ocorrência deDE AFONSO
ameaça CUNHA
ou violação de direitos
infanto-juvenis, nas hipóteses previstas no ECA, sem
prejuízo do acionamento dos serviços
Ravanne Bastos que julgar
necessários (que deverão funcionar em regime de
plantão ou sobreaviso), de acordo com as
especificidades de cada caso.
Reuniões:

 Do Colegiado:

As reuniões do colegiado serão realizadas fora do horário normal de expediente,


ao menos uma vez por semana, às quartas-feiras, sem prejuízo da
realização de tantas outras quantas se fizerem necessárias para atender das
demandas que surgirem. Nas reuniões do colegiado serão analisados os
casos atendidos individualmente pelos Conselheiros, assim como definidas,
por maioria de votos, as medidas a serem aplicadas e encaminhamentos a
serem efetuados, dentre outras intervenções que se entenda necessárias,
sobretudo junto ao Poder Público e/ou às entidades de atendimento.

As decisões serão tomadas por maioria de votos, devendo ser devidamente


fundamentadas, podendo para ser tanto ser solicitada a intervenção de
profissional ou equipe técnica do município. O acionamento do Conselheiro
de Plantão, em situações consideradas emergenciais, não dispensa a
necessidade de submeter o caso à análise do colegiado, assim como de
obter as informações técnicas à tomada de uma decisão correta e
responsável.
A necessidade de agir com rapidez não significa que se
deva agir com precipitação, especialmente sem o devido
embasamento técnico, pois isto pode causar à
criança/adolescente atendida prejuízos maiores do que o já
sofrido ou que se pretende evitar.
 De Presidentes/Coordenadores Administrativos:

Os Presidentes/Coordenadores Administrativos dos Conselhos Tutelares de


XXXXXX, se reunirão ordinariamente todas as primeiras terças-feiras de
cada mês e, quando necessário, em caráter extraordinário, também fora do
horário normal de expediente do Conselho Tutelar.

Estas reuniões são essenciais para assegurar a unidade de atuação entre todos
os colegiados, assim como para definir “estratégias” e “metas” de atuação
institucional para o Conselho Tutelar de XXXXXX como um todo,
especialmente no que diz respeito ao plano COLETIVO.

 Com a Assessoria Técnica:

A reunião entre o Conselho Tutelar e a Assessoria Técnica poderá acontecer


sempre que se fizer necessário, sendo conveniente sua presença quando da
realização das reuniões do colegiado.
Rotina Administrativa:
 Relatório Estatístico SIPIA:

Deverão ser extraídos trimestralmente os relatórios


do Sistema SIPIA-WEB e enviados ao CMDCA e aos
órgãos públicos encarregados da execução da política de
atendimento à criança e ao adolescente no município,
juntamente com informações adicionais que apontem a
necessidade de implementação/adequação de
programas e serviços especializados.
 Termo de entrega

Será preenchido em duas vias, quando uma criança/adolescente for


entregue aos pais ou responsável, que deverão assiná-lo. Uma cópia
do documento fica com o responsável e outra deverá ficar anexado
no arquivo do Conselho Tutelar.

 Notificação:

Deverá ser preenchida em duas vias: a original para o notificado e a


cópia devidamente assinada pelo notificado no arquivo do conselho.

 Ofícios de Requisição de 2ª Via de Certidão de Nascimento e 2ª


Via de Atestado de óbito:

Deverão ser preenchidos em 02 (duas) vias, sendo a 1ª Via para o


Cartório e a outra deverá permanecer no arquivo do Conselho.
 Representação Administrativa conforme art. 249, do
ECA:

Deverá ser preenchida em 02 (duas) vias, devendo a 1ª Via


ser protocolada no Ministério Público e a outra arquivada
no Conselho. Vale lembrar que o Conselho Tutelar tem
legitimidade para, em nome próprio, oferecer
representação em Juízo, quando da prática de toda e
qualquer infração administrativa contra crianças e
adolescentes (art. 194, do ECA).
 Requisição de serviços:

Deverá ser preenchida em 02 (duas) vias. A primeira via para o órgão requisitado,
a segunda via devidamente protocolada, será arquivada no Conselho.Antes da
expedição da requisição deve ser sempre tentado o diálogo com o órgão
requisitado e, caso persista a negativa de atendimento, deve ser efetuado o
registro dos motivos invocados para tanto, assim como identificados e
nominados os agentes contatados.

Importante lembrar que, enquanto os ENCAMINHAMENTOS podem ser efetuados


diretamente aos programas e serviços que integram a “rede de proteção à
criança e ao adolescente” local, as REQUISIÇÕES devem ser dirigidas ao
GESTOR (Secretário ou Chefe de Departamento Municipal) responsável pela
área respectiva.Vale também lembrar que o descumprimento imotivado de uma
REQUISIÇÃO regularmente expedida pelo Conselho Tutelar (enquanto
colegiado) importa, em tese, na prática da INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
tipificada no art. 249, do ECA, tendo o próprio Conselho Tutelar legitimidade
para instauração do procedimento judicial respectivo (art. 194, do ECA).
 Declaração de Comparecimento:

Deverá ser preenchida em 02 (duas) vias, que será fornecida ao


responsável como comprovante de comparecimento no Conselho
Tutelar.

 Registro SIPIA WEB:

É obrigatório o registro no SIPIA-WEB de todos os atendimentos no


Conselho Tutelar, sem prejuízo do preenchimento de prontuários
individuais e outros documentos a serem arquivados (em formato
“físico”) no Conselho Tutelar.
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO
DA REDE DE PROTEÇÃO À
INFÂNCIA E ADOSLECÊNCIA.
Portas de Entrada

ESCOLAS
UBS E UAPS
CRAS
SERVIÇOS DE SEGURANÇA
DELEGACIAS
DISQUE 100
CONSELHO TUTELAR
MINISTÉRIO PÚBLICO
Receber a notícia
• Conselho Tutelar é, via de regra, a porta de
entrada para o recebimento de notícias nas
hipóteses de violência perpetrada contra crianças
e adolescentes. O relato pode ser originário da
própria vítima ou de seus familiares, responsáveis
ou terceiros, de órgãos vinculados à assistência
social, saúde, educação, Disque 100, Poder
Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros, por intermédio de
ligações telefônicas ou qualquer outro meio de
comunicação.
• Todas as comunicações devem ser registradas em
prontuário próprio, viabilizando o regular
acompanhamento e, em sendo o caso, os
encaminhamentos pertinentes.
Analisar a notícia
• A notícia será analisada pelo Conselheiro
Tutelar, conforme as atribuições fixadas
no art. 136 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
Acompanha Ficha/Relatório Individual para
Encaminhamento Interinstitucional de Situação de
Violência?
• Ao analisar a notícia, verificar se foi preenchida
a Ficha Individual para Encaminhamento
Interinstitucional de Situação de Violência.
• Se sim, o próximo passo será verificar se o caso
narrado demanda urgência na atuação (“há
urgência?” – atividade 4).
• Se não, os Conselheiros Tutelares devem
avaliar se é necessário o levantamento de
dados e circunstâncias complementares. Nesta
hipótese, deverão “realizar visita domiciliar”
(atividade 13).
Há urgência?
• Se sim, efetivar “as ações emergenciais
pertinentes ao caso” (atividade 5). 4.2 Se
não, “realizar reunião colegiada” para
avaliação do caso (atividade 6).
Realizar as ações emergenciais
pertinentes ao caso
• O Conselho Tutelar deve adotar medidas
imediatas para proteção da criança e do
adolescente (arts. 93, 98, 101 e 129,
ECA).
• Na hipótese de crime praticado contra a
criança ou adolescente, caracterizada a
situação de flagrância, a autoridade
policial (polícia civil ou militar) deve ser
imediatamente acionada para adoção das
medidas de caráter penal ou infracional
em desfavor do agressor (lavratura do
auto de prisão ou apreensão em flagrante
ou termo circunstanciado de ocorrência).
• Não caracterizada a situação de flagrância, o Conselho Tutelar deve
acionar a autoridade policial (polícia civil) para adoção das medidas de
caráter penal ou infracional em desfavor do agressor. Havendo
necessidade, o Poder Judiciário e o Ministério Público deverão ser
comunicados para que o autor da violência seja afastado, por via judicial,
da moradia comum, conforme previsto no art. 130 do ECA.

• O acolhimento institucional emergencial pode ocorrer, em caráter


excepcional, como medida extraordinária para proteção de vítimas de
violência física ou sexual (se não for hipótese de afastamento do
agressor) e quando verificada a incapacidade temporária para o
exercício do poder familiar (por exemplo, prisão, surto psiquiátrico,
intoxicação aguda por álcool ou drogas, situação de rua). Além da
gravidade da situação fática, deve estar demonstrada a inexistência ou
inaptidão da família extensa para proteger a criança ou adolescente.
Impõe-se, ainda, a obrigatoriedade de comunicação imediata e
fundamentada para o Poder Judiciário e o Ministério Público (art. 136,
parágrafo único, ECA).
Realizar reunião colegiada
• Durante a reunião, serão escolhidas as medidas
a serem aplicadas (arts. 101, 129 e 136) em
consonância com as diretrizes do art. 100 do
ECA.
• Configurada qualquer das hipóteses
previstas no art. 98 do ECA, o Conselho Tutelar
adotará providências para que cesse a
ameaça ou violação de direitos, aplicando à
criança ou adolescente, dentre as medidas
previstas no art. 101, incisos I a VI, da lei em
referência, aquela que se mostrar mais
adequada. Também podem ser aplicadas aos
pais as medidas elencadas no art. 129 do ECA,
com atuação articulada da rede de proteção.
• Verificada a necessidade de aplicação de
medidas judiciais, notadamente nas
hipóteses previstas no art. 101, incisos VII
a IX, do ECA, o Conselho Tutelar acionará
o Poder Judiciário ou o Ministério Público.

• Se, ao aplicar as medidas protetivas, o


Conselho Tutelar verificar que o município
não oferece o serviço necessário, deve
comunicar formalmente a omissão ao
Conselho Municipal de Direitos da Criança
e do Adolescente (CMDCA) e ao
Ministério Público, destacando a
necessidade de implementação.
Encaminhar o caso para o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) ou equipe de referência da proteção
especial, Delegacia de Polícia e Ministério Público (MP)
• Encaminhar o caso para o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) ou equipe de referência da proteção especial,
Delegacia de Polícia e Ministério Público (MP);
• Os casos serão enviados aos orgãos de forma concomitante, acompanhados
da Ficha Individual para Encaminhamento Interinstitucional de Pessoa em
Situação de Violência.
• O CREAS (ou a equipe de referência da proteção especial onde não houver
CREAS) fará o atendimento da família e viabilizará os serviços necessários.
• A autoridade policial investigará a ocorrência de crime, contravenção penal
ou ato infracional contra a criança ou adolescente.
• O encaminhamento ao Ministério Público, fora das hipóteses legais, deverá
ser previamente pactuado (quanto à necessidade e natureza dos casos a
serem remetidos, tendo em vista a atuação integrada da rede de proteção).
7.1 Os casos serão enviados aos orgãos de forma concomitante,
acompanhados da Ficha Individual para Encaminhamento Interinstitucional
de Pessoa em Situação de Violência. 7.2 O CREAS (ou a equipe de
referência da proteção especial onde não houver CREAS) fará o
atendimento da família e viabilizará os serviços necessários. 7.3 A
autoridade policial investigará a ocorrência de crime, contravenção penal ou
ato infracional contra a criança ou adolescente. 7.4 O encaminhamento ao
Ministério Público, fora das hipóteses legais, deverá ser previamente
pactuado (quanto à necessidade e natureza dos casos a serem remetidos,
tendo em vista a atuação integrada da rede de proteção).
Receber a contrarreferência do
CREAS
• Excepcionadas as questões urgentes,
sugere-se o prazo de 30 (trinta) dias para
a apresentação, pelo CREAS, de relatório
sucinto com informações sobre os
atendimentos realizados e a evolução do
caso em relação à vítima e sua família
para a superação da situação de
violência.
A situação de violência foi
superada?
• Se não, deve ser “realizado estudo de
caso com a rede de proteção para
deliberação sobre a aplicação de novas
medidas” (atividade 10).

• Se sim, deve ser encaminhada a


“contrarreferência para o MP e realizado o
arquivamento” (atividade 11).
Realizar estudo de caso com a rede de
proteção para deliberar sobre a aplicação de
novas medidas

• O estudo de caso é realizado até a


cessação da situação de risco. Nesta
hipótese, participam todos os integrantes
da rede de proteção à criança e ao
adolescente.
Encaminhar contrarreferência para o MP (a
depender da pactuação prévia) e realizar
arquivamento
• O acompanhamento será encerrado, com
manutenção dos registros em arquivo
próprio.

Após situação superada

• Superada a situação de violência, deve


ser encerrado o acompanhamento, com
manutenção dos registros em arquivo
próprio.
Realizar visita domiciliar
• O(s) conselheiro(s) tutelar(es) visitará(ão)
o domicílio da criança ou adolescente
supostamente vítima de violência somente
em caso de necessidade, para obter
informações ou para dirimir dúvidas
eventualmente existentes.
Constatada situação de violência na
visita domiciliar?
• Se sim, avaliar se “há urgência” na
atuação (atividade 4).

• Se não, insistir na busca de novas


informações, devendo “verificar com
agentes de saúde, escola, CRAS,
vizinhos” e outras fontes circunstanciais
que possam revelar a situação de
violência (atividade 15).
Verificar com agentes de saúde, escola,
Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), vizinhos, etc
• Caso nenhuma ameaça ou violação de
direitos tenha sido observada na visita
domiciliar, deve-se verificar, por outras
fontes de informação, se há pertinência
dos fatos relatados na notícia recebida,
resguardando em toda a atuação do
Conselho Tutelar o sigilo dos fatos.
Constatada violência?
• Se sim, identificar se “há urgência” no
atendimento (atividade 4). 16.2 Se não,
“verificar situação de vulnerabilidade
social” (atividade 17).
Verificar situação de vulnerabilidade
social
• Afastada a hipótese de violência contra
criança ou adolescente, o Conselho
Tutelar deverá verificar se o caso
configura situação de vulnerabilidade2.

Há vulnerabilidade?

• Se sim, “encaminhar para o CRAS”


(atividade 20).
• Se não, o acompanhamento deve ser
encerrado (“arquivar” – atividade 19).
Arquivar

• O Conselho Tutelar, após averiguar que não


há situação de vulnerabilidade, encerrará o
acompanhamento, mantendo os registros
em arquivo próprio.

Encaminhar para o CRAS

• Constatada a situação de vulnerabilidade


social, a família deverá ser encaminhada ao
CRAS para atendimento.
Receber a contrarreferência do CRAS

• Excepcionadas as questões urgentes, sugere-se


o prazo de 30 (trinta) dias para a apresentação,
pelo CRAS, de relatório sucinto com informações
sobre os atendimentos realizados e a evolução do
caso em relação à família.

Realizar monitoramento

• O monitoramento pelo Conselho Tutelar deve


prosseguir até que o CRAS informe a cessação
da situação de vulnerabilidade.
Após situação superada

• Constatada a superação da situação de


vulnerabilidade, deve-se encerrar o
monitoramento, mantendo os registros em
arquivo próprio.
ASPECTOS GERAIS E
ESPECÍFICOS DAS ATRIBUIÇÕES
DO CONSELHEIRO TUTELAR DE
ACORDO COM ART. 98 e 136 DO
ECA

Ravanne Bastos
1ª. Atribuição - ATENDER CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
• Ouvir queixas e reclamações sobre situações que
ameacem ou violem os direitos de crianças e
adolescentes.
• Acompanhar a situação do atendimento às
crianças e adolescentes na sua área de atuação e
identificar possíveis ameaças ou violações de
direitos.
• Um direito é ameaçado quando uma pessoa corre
risco iminente de ser privada de bens (materiais
ou imateriais) ou interesses protegidos por lei.
• Um direito é violado quando essa privação (de
bens ou interesses) se concretiza.
1. Encaminhamento aos pais ou
responsável, mediante termo de
responsabilidade. CURSO DE FORMAÇÃO
BÁSICA PARA
• Retornar crianças ou adolescentes aos seus pais ou
CONSELHEIROS
responsável, acompanhados TUTELARES
do documento escrito, que
deverá conter as orientações do Conselho Tutelar para
DE AFONSO CUNHA
o seu atendimento adequado.
Ravanne Bastos
• Notificar pais ou responsável que deixam de cumprir os
deveres de assistir, criar e educar suas crianças e
adolescentes. Convocá-los à sede do Conselho Tutelar
para assinar e receber termo de responsabilidade com o
compromisso de doravante zelar pelo cumprimento de
seus deveres.
2. Orientação, apoio e acompanhamento
temporários.
• Complementar a ação dos pais ou
responsável com a ajuda temporária de
serviços de atenção a crianças e
adolescentes.

• Aplicar essa medida por solicitação dos


pais ou responsável e também a partir de
estudo de caso que evidencie suas
limitações para conduzir a educação e
orientação de suas crianças e
adolescentes.
3. Matrícula e freqüência obrigatórias em
estabelecimento oficial de ensino fundamental.
• Garantir matrícula e freqüência escolar de
criança e adolescente, diante da impossibilidade
ou incapacidade de pais ou responsável para
fazê-lo.
• Orientar a família ou entidade de atendimento
para acompanhar e zelar pelo caso.
• Orientar o dirigente de estabelecimento de
ensino fundamental para a cumprimento de sua
obrigação: acompanhar o caso e comunicar ao
Conselho Tutelar (ECA, Art. 56): maus-tratos
envolvendo seus alunos; reiteração de faltas
injustificadas; evasão escolar, esgotados os
recursos escolares; elevados índices de
repetência.
Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio
à família, à criança e ao adolescente.

· Requisitar os serviços sociais públicos ou


comunitários, diante das limitações ou falta
de recursos dos pais para cumprirem seus
deveres de assistir, criar e educar seus
filhos.

· Encaminhar a família, a criança ou o


adolescente ao(s) ser
5. Requisição de tratamento médico, psicológico
ou psiquiátrico em regime hospitalar ou
ambulatorial.
• Acionar o serviço público de saúde, para
garantia de atendimento à criança e ao
adolescente, particularmente diante das
situações que exigem tratamentos
especializados e quando as famílias não
estão sendo atendidas ou são atendidas
com descaso e menosprezo.

• Chamar a atenção dos responsáveis


pelos serviços de saúde para o direito de
prioridade absoluta das crianças e
adolescentes (CF, art. 227 e ECA, art. 4).
6. Inclusão em programas oficial ou comunitário de
auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e
toxicômanos.
· Proceder da mesma maneira que na
medida anterior.
7. Abrigo em entidade.
• Encaminhar criança ou adolescente para entidade de
atendimento que ofereça programa de abrigo (ECA, art.
92), sempre como medida provisória e preparadora de sua
reintegração em sua própria família ou, excepcionalmente,
em família substituta.
• Comunicar a medida imediatamente à autoridade
judiciária.
• Acompanhar o caso sistematicamente, para garantir e
promover a transitoriedade e provisoriedade do abrigo em
entidade, requisitando, para tanto, o apoio dos serviços
públicos de assistência social. A autoridade judiciária é
quem, com base nos argumentos apresentados pelo
Conselho, vai transferir ou não a guarda da criança ou
adolescente do pai, da mãe ou do responsável anterior
para o dirigente do programa de abrigo. Se o juiz não se
convence da necessidade da medida de abrigo em
entidade, a decisão do Conselho deixa de valer.
2ª Atribuição - ATENDER E ACONSELHAR OS
PAIS OU RESPONSÁVEL
• A família é a primeira instituição a ser
convocada para satisfazer as necessidades
básicas da criança e do adolescente.
• O Conselho Tutelar deve, prioritariamente,
buscar fortalecer o poder familiar: pai e/ou
mãe têm o dever e o direito de assistir, criar
e educar os filhos.
• Caso pais ou responsável, por ação,
omissão ou insuficiência de recursos, não
cumpram com os seus deveres, o Conselho
Tutelar deverá agir para garantir o interesse
das crianças e adolescentes.
Encaminhamento a programa oficial ou
comunitário de proteção à família.
• Encaminhar pais e, se necessário, filhos
(crianças e adolescentes) a programas que
cumprem a determinação constitucional
(CF, art. 203, inciso I) de proteção à família:

• cuidados com a gestante;


• atividades produtivas (emprego e geração
de renda);
• orientação sexual e planejamento familiar;
• prevenção e cuidados de doenças infantis;
• aprendizado de direitos.
Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

• Encaminhar para tratamento pais ou


responsável usuários de bebidas
alcoólicas ou de substâncias
entorpecentes que coloquem em risco os
direitos de suas crianças e adolescentes. ·

• Aplicar a medida após o consentimento do


seu destinatário, para não violar o seu
direito à intimidade e garantir a eficácia da
medida.
Encaminhamento e tratamento
psicológico ou psiquiátrico.

· Proceder da mesma maneira que na medida


anterior.

Encaminhamento a cursos ou programas


de orientação.

· Encaminhar pais ou responsável a cursos ou


programas que os habilitem a exercer uma
profissão e melhorar sua qualificação
profissional, em busca de melhores condições de
vida e de assistência às suas crianças e
adolescentes
Obrigações de matricular o filho ou pupilo
e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar.

· Aconselhar e orientar pais, responsável,


guardiões e dirigentes de entidades para a
obrigatoriedade de matricular e acompanhar
a vida escolar de suas crianças e
adolescentes.
Obrigação de encaminhar a criança e
adolescente a tratamento especializado
• Orientar pais ou responsável para seu
dever de assistência, que implica a
obrigação de encaminhar os filhos ou
pupilos a tratamento especializado,
quando necessário.

• Indicar o serviço especializado de


tratamento e ajudar os pais ou
responsável a ter acesso a ele.
Advertência.
• Advertir, sob a forma de admoestação
verbal e por escrito, pais ou responsável,
sempre que os direitos de seus filhos ou
pupilos, por ação ou omissão, forem
ameaçados ou violados
3ª Atribuição - PROMOVER A
EXECUÇÃO DE SUAS DECISÕES
• O Conselho Tutelar não é um órgão de
execução. Para cumprir suas decisões e
garantir a eficácia das medidas que aplica,
utiliza-se das várias entidades governamentais e
não governamentais que prestam serviços de
atendimento à criança e ao adolescente, às
famílias e à comunidade em geral.

• Quando o serviço público necessário inexiste ou


é prestado de forma irregular, o Conselho deve
comunicar o fato ao responsável pela política
pública correspondente ao Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente, para
que o serviço seja criado ou regularizado.
• Para promover a execução de suas decisões, o Conselho
pode, de acordo com o ECA, art. 136, III, fazer o
seguinte.

Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,


serviço social, previdência, trabalho e segurança.

• O Conselho requisitará a execução ou regularização de


serviço público, com fundamentação de sua necessidade,
por meio de correspondência oficial, recebendo o ciente
do órgão executor na segunda via da correspondência,
ou em livro de protocolo.

Representar junto à autoridade judiciária nos casos de


descumprimento injustificado de suas deliberações.

• Descumprir, sem justa causa, as deliberações do Conselho é


crime previsto no art. 236 do ECA.
4ª – Atribuição - ENCAMINHAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO NOTÍCIA
DE FATO QUE CONSTITUA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU
PENAL CONTRA OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

• Comunicar ao Promotor de Justiça da Infância e


da Juventude, através de correspondência
oficial protocolada, fatos que configurem crimes
(ECA, art. 228 a 244) ou infrações
administrativas (ECA, art. 245 a 258) contra
crianças ou adolescentes.

• Comunicar também todos os crimes que,


mesmo não tipificados no ECA, têm crianças e
adolescentes como vítimas, por exemplo:

1. quando pais e mães (tendo condições) deixam de


cumprir com a assistência aos filhos (abandono material)
ou de cuidar da educação dos filhos (abandono
intelectual);
2. crianças e adolescentes freqüentando
casa de jogo, residindo ou trabalhando
em casa de prostituição, mendigando ou
servindo a mendigo para excitar a
comiseração pública (abandono moral);

3. entrega de criança e adolescente a


pessoa inidônea;

4. descumprimento dos deveres do poder


familiar, tutela ou guarda, inclusive em
abrigo.
5ª Atribuição - ENCAMINHAR À AUTORIDADE
JUDICIÁRIA OS CASOS DE SUA COMPETÊNCIA
• Encaminhar à Justiça da Infância e da
Juventude os casos que envolvam questões
litigiosas, contraditórias, contenciosas, de
conflito de interesses; por exemplo:

1. destituição do poder familiar;


2. guarda;
3. tutela;
4. adoção.

• Encaminhar também os casos que envolvam as


situações enumeradas nos arts. 148 e 149 do
ECA.
6ª Atribuição TOMAR PROVIDÊNCIAS PARA QUE
SEJAM CUMPRIDAS AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
APLICADAS PELA JUSTIÇA A ADOLESCENTES
INFRATORES (ECA, ART. 101, INCISOS I A VI)

• Acionar pais, responsável, serviços públicos e


comunitários para atendimento a adolescente
autor de ato infracional, a partir de determinação
judicial e caracterização da medida protetória
aplicada ao caso.

• Encaminhar o adolescente para o cumprimento


da medida protetória aplicada, acompanhar e
controlar sua execução, mantendo informada a
autoridade judiciária.
7ª Atribuição EXPEDIR NOTIFICAÇÕES
• Levar ou dar notícia a alguém, por meio de
correspondência oficial, de fato ou de ato
passado ou futuro que gera conseqüências
jurídicas emanadas do ECA, da Constituição ou
de outras legislações, por exemplo:

1. notificar o diretor da escola de que o Conselho


determinou a matrícula da criança Fulano de Tal;
2. notificar os pais do aluno Fulano de Tal, para que
cumpram a medida aplicada, zelando pela freqüência do
filho à escola;
3. o não acatamento da notificação do Conselho poderá
gerar a abertura de procedimento para a apuração de
crime (ECA, art. 236) ou de infração administrativa
(ECA, art. 249).
8ª Atribuição REQUISITAR CERTIDÕES DE
NASCIMENTO E DE ÓBITO DE CRIANÇA OU DE
ADOLESCENTE, QUANDO NECESSÁRIO

• Uma coisa é o registro do nascimento ou do óbito no


cartório. Outra, distinta, é a certidão do registro – prova
documental do registro efetuado.
• O Conselho Tutelar somente tem competência para
requisitar certidões; não pode determinar registros
(competência da autoridade judicial).
• Verificando, por exemplo, que a criança ou o adolescente
não possui certidão de nascimento e sabendo o Cartório
onde ela foi registrada, o Conselho pode e deve requisitar
a certidão ao Cartório.
• No caso de inexistência de registro, deve o Conselho
comunicar ao Juiz para que este requisite o assento do
nascimento.
• A requisição de certidões ou atestados,
como as demais requisições de serviços
públicos, será feita através de
correspondência oficial, em impresso ou
formulário próprio, fornecendo ao executor
do serviço os dados necessários para a
expedição do documento desejado.

• O Cartório deverá, com absoluta


prioridade, cumprir a requisição do
Conselho com isenção de multas, custas
e emolumentos.
9ª Atribuição ASSESSORAR O PODER EXECUTIVO LOCAL NA
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PARA PLANOS E
PROGRAMAS DE ATENDIMENTO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE
• Na lei orçamentária (Municipal, Estadual ou Federal), o
Executivo deverá, obrigatoriamente, prever recursos
para o desenvolvimento da política de proteção integral
à criança e ao adolescente, representada por planos e
programas de atendimento.

• O Conselho Tutelar, como representante da comunidade


na Administração Municipal e como órgão encarregado
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos
da criança e do adolescente, deverá indicar, ao
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, as deficiências (não-oferta ou oferta
irregular) dos serviços públicos de atendimento à
população infanto-juvenil e às suas famílias, oferecendo
subsídios para seu aperfeiçoamento.
10ª Atribuição - REPRESENTAR, EM NOME DA PESSOA E DA
FAMÍLIA, CONTRA A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS PREVISTOS NO
ARTIGO 220, § 3º, INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

• Fazer representação perante a autoridade


judiciária ou ao Ministério Público, em nome de
pessoa(s) que se sentir(em) ofendida(s) em
seus direitos ou desrespeitada(s) em seus
valores éticos, morais e sociais pelo fato de a
programação de televisão ou de rádio não
respeitar o horário autorizado ou a 22
classificação indicativa do Ministério da Justiça
(adequação dos horários de exibição às faixas
etárias de crianças e adolescentes), para
aplicação de pena pela prática de infração
administrativa (ECA, art. 254).
11ª Atribuição REPRESENTAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO, PARA
EFEITO DE AÇÕES DE PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER
FAMILIAR
• Diante de situações graves de descumprimento por parte
dos pais do dever de assistir, criar e educar os filhos
menores e esgotadas todas as formas de atendimento e
orientação, deverá o Conselho encaminhar
representação ao Promotor de Justiça da Infância e da
Juventude, expondo a situação, mencionando a norma
de proteção violada, apresentando provas e pedindo as
providências cabíveis.

• O Promotor de Justiça proporá a ação de perda ou


suspensão do poder familiar (ECA, art. 201 III,
combinado com o art. 155) à autoridade judiciária
competente, que instalará o procedimento contraditório
para a apuração dos fatos (ECA, art. 24).
12ª Atribuição FISCALIZAR AS ENTIDADES DE
ATENDIMENTO
• Fiscalizar entidades de atendimento governamentais e
não-governamentais, em conjunto com o Poder Judiciário
e o Ministério Público, conforme dispõe o ECA, art. 95.

• No caso de constatação de alguma irregularidade ou


violação dos direitos de crianças e adolescentes
abrigados, semi-internados ou internados, o Conselho
deverá aplicar, sem necessidade de representar ao Juiz
ou ao Promotor de Justiça, a medida de advertência
prevista no art. 97 do ECA.

• Se a entidade ou seus dirigentes forem reincidentes, o


Conselho comunicará a situação ao Ministério Público ou
representará à autoridade judiciária competente para
aplicação das demais medidas previstas no art. 97 do
ECA.
COMPETÊNCIA DO CONSELHO TUTELAR
• O Conselho Tutelar foi criado para agir rápido e
de forma desburocratizada: diante de um caso
urgente, deve agir para resolvê-lo com absoluta
prioridade. Posteriormente, se necessário,
deverá encaminhar o caso (informações,
documentos e o trabalho de acompanhamento
e complementação do atendimento) ao
Conselho Tutelar competente.

• Os conflitos de competência entre Conselhos


Tutelares serão resolvidos pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, à luz das disposições da lei
municipal.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• O Conselho Tutelar poderá requisitar serviços públicos de
órgãos que não estão sediados no seu território
funcional, uma vez que a oferta de serviços públicos não
obedece, necessariamente, à delimitação territorial
definida para atuação do(s) Conselho(s).

• Na hipótese de o serviço público necessário for de


prestação municipal de outro município, o Conselho que
tendeu o caso deverá encaminhá-lo ao Conselho do
município onde existe o serviço desejado, que ficará
responsável pela requisição do serviço. Quando for um
serviço estadual regionalizado, federal ou particular, não
é necessário o envolvimento do Conselho local.
COMPETÊNCIA DETERMINADA PELO DOMICÍLIO DOS
PAIS OU RESPONSÁVEL
• Crianças e adolescentes que estão sob o poder
familiar dos pais, dos tutores, dos curadores ou
dos guardiões têm o mesmo domicílio deles,
que são considerados, por lei, seus
representantes legais.

• Diante disso, para atuação do Conselho Tutelar,


prevalece um princípio básico: os casos de
ameaça ou violação de direitos das crianças e
dos adolescentes serão atendidos pelo
Conselho Tutelar, com competência para atuar
no local onde os pais ou responsável tenham
seu domicílio (residência com intenção de
permanência).
Observações importantes
1. Se pai e mãe têm domicílio em locais diferentes,
atua o Conselho Tutelar de qualquer um dos
locais – aquele que for mais adequado ao
atendimento eficaz do caso.

2. Se apenas a mãe ou apenas o pai tiver a


guarda da criança ou adolescente, atua o
Conselho Tutelar do local onde tem domicílio
aquele que tem a guarda.

3. Essa regra de competência não se aplica aos


casos de prática de ato infracional, que será
regida pelo disposto no § 1º do art. 147 do ECA.
COMPETÊNCIA DETERMINADA PELO LOCAL ONDE SE
ENCONTRA A CRIANÇA OU O ADOLESCENTE
• Aplica-se essa regra de competência quando ocorre a
falta (falecidos, ausentes, quando desconhecidos) dos
pais ou responsável. Nessa hipótese, o caso deverá ser
atendido pelo Conselho Tutelar do local onde se
encontra a criança ou o adolescente com seus direitos
ameaçados ou violados.

Observações importantes

• 1. Atendendo ao caso, se os pais ou responsável são


localizados a posteriori, o Conselho que atendeu o caso
deve repassá-lo ao Conselho da jurisdição domiciliar.

• 2. Se os pais ou responsável estão momentaneamente


ausentes, mas têm domicílio certo, aplica-se a regra de
competência determinada pelo domicílio dos mesmos.
COMPETÊNCIA DETERMINADA PELO LOCAL DA
PRÁTICA DO ATO INFRACIONAL
• Quando o ato infracional for praticado por criança (até 12 anos
incompletos), a aplicação de medidas de proteção e a requisição de
serviços públicos necessários ao atendimento do caso serão da
competência do Conselho Tutelar do local onde o ato infracional foi
praticado.

• Quando o ato infracional for praticado por adolescentes (de 12 a 18


anos incompletos), a competência para aplicação de medidas de
proteção e medidas socioeducativas é da autoridade judiciária.

• No caso de aplicação de medidas de proteção, a autoridade


judiciária encaminhará o adolescente autor de ato infracional ao
Conselho Tutelar, que deverá providenciar a execução das medidas
(ECA, art. 136, inciso VI).

• A autoridade judiciária poderá encaminhar o caso ao Conselho


Tutelar do local onde se encontra a sede da entidade que abriga o
adolescente.
Observações importantes
1. Para garantir a harmonia e eficácia da aplicação
de medidas de proteção, o Conselho Tutelar,
diante da existência de vários atos infracionais
praticados por uma mesma criança, deve
anexá-los ao primeiro ato que estiver sendo
apreciado.

2. Se os vários atos infracionais estiverem sendo


apreciados por vários Conselhos Tutelares,
deve-se unificar o trabalho num deles; por
exemplo, o que tenha jurisdição sobre o
domicílio dos pais ou responsável ou o que
tenha jurisdição sobre o local onde se encontra
a sede da entidade que abrigar a criança.
COMPETÊNCIA DETERMINADA PELO LOCAL DA
EMISSÃO OU TRANSMISSÃO DE RÁDIO OU DE
TELEVISÃO
• O Conselho Tutelar tem a atribuição de
representar, em nome da pessoa e da
família, todas as vezes que se sentirem
prejudicadas ou quando forem ameaçadas
ou violados os direitos infanto-juvenis em
virtude de transmissão de rádio ou
televisão.

• A penalidade a ser aplicada à estação


emissora é da competência da autoridade
judiciária, a partir da representação do
Conselho.
• A competência do Conselho Tutelar deve
obedecer a duas condições:

1. se a emissão for local, o Conselho Tutelar do


município (quando existe um só) ou da região
onde houve a reclamação (quando existem
vários) deverá encaminhar a representação ao
Juiz da Comarca;

2. quando a emissão atinge mais de uma comarca,


o Conselho que recebe a reclamação deverá
encaminhar a representação ao juiz da Comarca
onde se situa a sede estadual da emissora ou a
rede de rádio ou televisão.
COMPETÊNCIA CONCORRENTE ENTRE O
CONSELHO TUTELAR E O MINISTÉRIO
PÚBLICO
• A competência concorrente caracteriza-se pela
possibilidade do Conselho Tutelar e do
Ministério Público apreciarem e deliberarem
sobre um mesmo caso, para aplicação das
medidas de proteção à criança ou ao
adolescente e aquelas pertinentes aos pais ou
responsável.

• Ministério Público e Conselho Tutelar, no que


couber, atuarão conjuntamente (aplicação de
medidas e requisição de serviços públicos) para
o mesmo fim: proteger os direitos da criança, do
adolescente e de suas famílias.
O CONSELHO TUTELAR
DO SÉCULO XXI
O Conselheiro Tutelar do
Século XXI deve ser:
 PROTAGONISTA da defesa/promoção de direitos infantojuvenis;
 PROATIVO - atuando de forma dinâmica na identificação dos principais
problemas que afligem a população infantojuvenil, dando ênfase às questões
coletivas, num viés preventivo;
 ITINERANTE - saindo à campo na busca de situações potencialmente
danosas para crianças/adolescentes, fiscalizando programas e serviços e se
envolvendo com a comunidade, sem precisar ser acionado para tanto;
 PROPOSITIVO - fornecendo dados aos Conselhos Deliberativos de
Políticas Públicas / gestores e propondo melhorias na estrutura de
atendimento à criança e ao adolescente local;
 RESOLUTIVO - tomando todas as providências necessárias para que a
situação de ameaça/violação de direitos (no plano individual ou coletivo) seja
de fato resolvida. Afinal, o que verdadeiramente importa é a obtenção da tão
sonhada “proteção integral”, que o Poder Público tem o dever legal e
constitucional de proporcionar com a mais “absoluta prioridade”.
Onde estamos?
e para onde vamos?
Para que o Conselho Tutelar possa verdadeiramente “fazer a
diferença” (para melhor) na vida das crianças/adolescentes do
município (e suas respectivas famílias), é preciso conhecer a
realidade local, as principais demandas e deficiências na
estrutura de atendimento do município, e estabelecer uma
“agenda institucional”, com “metas” a serem cumpridas por
todos os integrantes do colegiado ao longo de seus mandatos.
O efetivo cumprimento dessas metas - e seu impacto nas
condições de atendimento (e de vida) das crianças,
adolescentes e famílias do município deve ser periodicamente
reavaliado e, se for preciso, novas metas e ações devem ser
propostas.
IMPORTANTE: Ao término do mandato, o colegiado tem a
“missão” de “entregar” um município melhor do que
encontrou em matéria de proteção à infância e juventude.
O Conselho Tutelar
como órgão político
IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO
- Com as pessoas (diretamente com os profissionais que atuam na
“rede de proteção”, incluindo os membros do Conselho de Direitos,
assim como junto aos Sistemas de Justiça e de Segurança Pública
inclusive para entender questões de ordem técnica relativas ao
atendimento, assim como as dificuldades a ele inerentes);
- Com as instituições (a aproximação entre o C.T. e os órgãos que
integram a “rede de proteção” e os Sistemas de Justiça e de
Segurança Pública é estratégica sobretudo para o planejamento e
desenvolvimento de estratégias de atuação conjunta e para definir e
otimizar os papeis de cada um).
OBS: Lembrar sempre que o exercício do diálogo deve começar no
âmbito do próprio colegiado, no processo de definição de metas e
estratégias de ação institucionais
FOCO NA PREVENÇÃO E NAS QUESTÕES DE CUNHO
COLETIVO
- O C.T. não pode ficar apenas aguardando que os problemas
envolvendo crianças e adolescentes lhe sejam encaminhados após
surgirem, mas sim precisa definir (primeiramente dentro do
próprio colegiado) estratégias para apurar as causas determinantes
daqueles e seu subsequente enfrentamento, para o que deverá
contar com o apoio de outros órgãos e autoridades;

- Muitas dessas situações já foram “mapeadas” por outros órgãos


(além de pesquisas publicadas da internet, órgãos como o próprio
CMDCA e outros Conselhos Deliberativos de Políticas Públicas
podem dispor de dados sobre os principais problemas que as
crianças e adolescentes do município enfrentam), e dados
adicionais podem ser obtidos por meio do SIPIA, audiências
públicas e junto à própria gestão municipal, que na forma da C.F.
tem o dever de prestar informações de interesse coletivo.
Perspectivas de atuação na área da educação:
- Aproximação das escolas, dos profissionais da educação e da comunidade
escolar, com o levantamento de dados quanto aos principais problemas
enfrentados (violência, evasão escolar, excesso de faltas, participação dos
pais/responsáveis, condições dos estabelecimentos etc.), inclusive por meio
de audiências públicas e outras iniciativas destinadas a mobilizar a todos e
apurar suas causas e definir estratégias para sua superação;
- Esclarecimento sobre do papel do Conselho Tutelar e conscientização
sobre a necessidade da colaboração de todos para prevenção e superação dos
problemas existentes, com a realização de campanhas educativas,
divulgação de fluxos, designação de encarregados (tanto junto à escola
quanto na comunidade) de realizar a “busca ativa” de alunos evadidos etc.;
- Aproximação dos gestores e participação nas reuniões do Conselho
Municipal de Educação, com o fornecimento dos dados colhidos nas visitas
às escolas e à comunidade, com o envio de propostas concretas/factíveis
para superação dos problemas levantados.
Perspectivas de atuação na área da educação:

- Conscientização dos professores e demais profissionais que atuam na


educação acerca da necessidade de denunciar os casos em que há suspeita ou
confirmação (inclusive por meio da “revelação espontânea” a que se referem
a Lei nº 13.431/2017 e o Decreto nº 9.603/2018) de violência contra as
crianças/adolescentes;
- Busca, junto aos gestores e Conselhos de Educação e de Direitos da Criança
e do Adolescente, da formação continuada dos profissionais de educação no
que diz respeito à identificação dos sinais e sintomas de violência
envolvendo crianças e adolescentes, com a instituição de um “protocolo”
para atuação destes quando da “revelação espontânea da violência” e/ou da
suspeita/confirmação de violência envolvendo os alunos, com a
implementação de uma “ficha de notificação compulsória” ou equivalente;
- Auxílio/apoio institucional na implementação de outras iniciativas
destinadas à prevenção e superação de outros problemas na área da educação
que sejam apontados pelo Conselho de Educação e profissionais que atuam
na área.
Perspectivas de atuação na área da saúde:
- Aproximação dos equipamentos e profissionais da saúde, com o
levantamento de dados quanto às principais demandas (incluindo
drogadição e gravidez na adolescência) e deficiências enfrentadas na área,
buscando informações sobre o que deveria ser implementado (ou
adequado/ampliado) para fazer frente a essas situações;
- Esclarecimento sobre do papel do Conselho Tutelar e conscientização
sobre a necessidade da colaboração de todos (com ênfase para os agentes
comunitários de saúde) para prevenção e superação dos problemas
existentes, com a realização de campanhas educativas, divulgação de
fluxos, designação de encarregados de realizar a “busca ativa” de
crianças/adolescentes e pais/ responsáveis submetidos a algum tratamento
de saúde;
- Aproximação dos gestores e participação nas reuniões do Conselho
Municipal de Saúde, com o fornecimento dos dados colhidos nas visitas
aos equipamentos ou junto à comunidade (inclusive em audiências
públicas e/ou em eventual acompanhamento - por amostragem - de casos
individuais), com o envio de propostas concretas/factíveis para superação
dos problemas apurados.
Perspectivas de atuação na área da saúde:
- Conscientização dos médicos, enfermeiros e demais profissionais que
atuam na saúde acerca da necessidade de denunciar os casos em que há
suspeita ou confirmação (inclusive por meio da “revelação espontânea” a
que se referem a Lei nº 13.431/2017 e o Decreto nº 9.603/2018) de
violência contra as crianças/adolescentes;
- Busca, junto aos gestores e Conselhos de Saúde e de Direitos da
Criança e do Adolescente, da formação continuada dos profissionais de
saúde no que diz respeito à identificação dos sinais e sintomas de
violência envolvendo crianças e adolescentes, com a instituição de um
“protocolo” para atuação destes quando da “revelação espontânea da
violência” e/ou da suspeita/confirmação de violência, com a
implementação de uma “ficha de notificação compulsória” ou
equivalente;
- Auxílio/apoio institucional na implementação de outras iniciativas
destinadas à prevenção e superação de outros problemas na área da saúde
que sejam apontados pelo Conselho de Saúde e profissionais que atuam
na área.
Perspectivas de atuação na área da assistência social:
- Aproximação dos equipamentos e profissionais da assistência social,
com o levantamento de dados quanto às principais demandas e
deficiências enfrentadas na área, buscando informações sobre o que
deveria ser implementado (ou adequado/ampliado) para fazer frente a
essas situações;
- Esclarecimento sobre do papel do Conselho Tutelar e conscientização
sobre a necessidade da colaboração de todos para prevenção e superação
dos problemas existentes, com a realização de campanhas educativas,
divulgação de fluxos, designação de encarregados de realizar a “busca
ativa” de crianças/ adolescentes e pais/responsáveis submetidos a
“medidas” e/ou algum outro atendimento em matéria de assistência social
(cf. previsto, dentre outras, na Lei nº 13.257/2016);
- Aproximação dos gestores e participação nas reuniões do Conselho
Municipal de Assistência Social, com o fornecimento dos dados colhidos
nas visitas aos equipamentos ou junto à comunidade (inclusive em
audiências públicas e/ou em eventual acompanhamento - por amostragem
- de casos individuais), com o envio de propostas concretas/factíveis para
superação dos problemas apurados.
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação na área da assistência social:
- Conscientização dos assistentes sociais e demais profissionais que atuam na
assistência social acerca da necessidade de denunciar os casos em que há
suspeita ou confirmação (inclusive por meio da “revelação espontânea” a que
se referem a Lei nº 13.431/2017 e o Decreto nº 9.603/2018) de violência
contra as crianças/adolescentes;
- Busca, junto aos gestores e Conselhos de Assistência Social e de Direitos da
Criança e do Adolescente, da formação continuada dos profissionais de
serviço social no que diz respeito à identificação dos sinais e sintomas de
violência envolvendo crianças e adolescentes, com a instituição de um
“protocolo” para atuação destes quando da “revelação espontânea da
violência” e/ou da suspeita/confirmação de violência, com a implementação
de uma “ficha de notificação compulsória” ou equivalente;
- Auxílio/apoio institucional na implementação de outras iniciativas destinadas
à prevenção e superação de outros problemas na área da educação que sejam
apontados pelo Conselho de Assistência Social e profissionais que atuam na
área.
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto ao Sistema de Justiça
1 - Junto ao Ministério Público:
- Estabelecimento de uma relação de parceria, com a definição de uma
agenda interinstitucional voltada à identificação e superação dos problemas
estruturais do município em matéria de infância e juventude;
- Busca do apoio institucional do Ministério Público para as iniciativas do
Conselho Tutelar junto à rede de proteção (inclusive quando da realização
de audiências públicas), assim como por ocasião das reuniões do Conselho
de Direitos da Criança e do Adolescente e demais Conselhos Deliberativos
de Políticas Públicas;
- Definição de canais diretos de comunicação e de fluxos de atendimento
interinstitucionais, que confiram maior agilidade ao acionamento recíproco,
sempre que necessário (evitando, por outro lado, a banalização desse
acionamento), em especial nas hipóteses do art. 136, incisos IV e XI e par.
único, do ECA e art. 19, inciso IV, da Lei nº 13.431/2017.
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto ao Sistema de Justiça
2 - Junto à Defensoria Pública/Procuradoria do Município/OAB:
- Estabelecimento de uma relação de parceria, com a definição de uma
agenda interinstitucional voltada à identificação e superação dos problemas
estruturais do município em matéria de infância e juventude;
- Busca do apoio institucional da OAB e da Defensoria Pública para as
iniciativas do Conselho Tutelar junto à rede de proteção (inclusive quando da
realização de audiências públicas), assim como por ocasião das reuniões do
Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e demais Conselhos
Deliberativos de Políticas Públicas;
- Definição de canais diretos de comunicação e de fluxos de atendimento
interinstitucionais, que confiram maior agilidade ao acionamento recíproco,
sempre que necessário (evitando, por outro lado, a banalização desse
acionamento);
- Busca do suporte jurídico da Defensoria às entidades de atendimento, em
especial as que efetuam o acolhimento e atuam junto às famílias.
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto ao Sistema de Justiça
3 - Junto ao Poder Judiciário:
- Estabelecimento de uma relação de parceria/colaboração (tomando por base o
Provimento nº 36/2014 da Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ), com a
definição de canais diretos de comunicação e de fluxos de atendimento
interinstitucionais, que confiram maior agilidade ao acionamento recíproco,
sempre que necessário (evitando, por outro lado, a banalização desse
acionamento);
- Esclarecimento acerca do papel do Conselho Tutelar, de modo a evitar que seja
este acionado para realização de intervenções que exijam conhecimento técnico
(como elaboração de “laudos” ou estudos sociais) e/ou que sejam próprias de
outros órgãos, inclusive os próprios Oficiais de Justiça.
- Busca do apoio institucional do Poder Judiciário para as iniciativas do
Conselho Tutelar junto à rede de proteção (inclusive quando da realização de
audiências públicas), assim como por ocasião das reuniões do Conselho de
Direitos da Criança e do Adolescente e demais Conselhos Deliberativos de
Políticas Públicas;
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto ao Sistema de
Segurança Pública
1 - Junto à Polícia Civil:
- Estabelecimento de uma relação de parceria, com a definição de canais
diretos de comunicação e de fluxos de atendimento interinstitucionais, que
confiram maior agilidade ao acionamento recíproco, sempre que necessário
(evitando, por outro lado, a banalização desse acionamento);
- Esclarecimento acerca do papel do Conselho Tutelar, de modo a evitar que
seja este acionado para realização de intervenções que exijam investigação
policial, conhecimento técnico e/ou que sejam próprias de outros órgãos e
autoridades (como a comunicação da apreensão do adolescente aos pais ou
responsável, que é própria da autoridade policial - arts. 107, 174 e 231 ECA);
- Esclarecimento acerca da possibilidade de a autoridade policial acionar
diretamente a rede de proteção à criança e ao adolescente local (tal qual
previsto no art. 21, inciso IV, da Lei nº 13.431/2018), sempre que necessário,
sem a necessidade de intermediação do Conselho Tutelar;
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto ao Sistema de
Segurança Pública
2 - Junto à Polícia Militar e Guarda Municipal:
- Estabelecimento de uma relação de parceria, com a definição de canais
diretos de comunicação e de fluxos de atendimento interinstitucionais, que
confiram maior agilidade ao acionamento recíproco, sempre que necessário
(evitando, por outro lado, a banalização desse acionamento);
- Esclarecimento acerca do papel do Conselho Tutelar, de modo a evitar que
seja este acionado para realização de intervenções que exijam investigação
policial (incluindo a apuração de ato infracional atribuído a crianças),
conhecimento técnico e/ou que sejam próprias de outros órgãos e autoridades
(como a apreensão e guarda de armas, drogas e outros objetos apreendidos na
posse de crianças acusadas da prática de atos infracionais);
- Esclarecimento acerca da possibilidade de a Polícia/Guarda Municipal
acionar diretamente a rede de proteção à criança e ao adolescente local,
sempre que necessário, sem a necessidade de intermediação do C.T.;
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto à Câmara Municipal:
- Estabelecimento de uma relação de parceria, com o esclarecimento acerca do
papel do Conselho Tutelar e a busca de apoio institucional do Poder Legislativo
para as iniciativas do Conselho Tutelar junto à rede de proteção (inclusive
quando da realização de audiências públicas), assim como por ocasião das
reuniões do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e demais
Conselhos Deliberativos de Políticas Públicas;
- Busca de espaço para manifestação do Conselho Tutelar, na condição de
representante da comunidade (em especial do segmento infantojuvenil), por
ocasião de votações na Casa que digam respeito aos interesses de crianças e
adolescentes, inclusive as propostas de leis orçamentárias;
- Busca da criação de uma comissão de defesa dos direitos da criança e do
adolescente na Casa Legislativa, para acompanhar a atuação do Executivo e dos
órgãos públicos em geral em matéria de infância e juventude, zelar para que os
“Planos Decenais de Atendimento” aprovados pelo CMDCA tenham o devido
reflexo (com a “prioridade absoluta” devida) no orçamento público e que seu
processo de elaboração e revisão tenha o apoio do Poder Legislativo (valendo
neste sentido observar o contido no art. 8º, par. único, da Lei nº 12.594/2012).
O Conselho Tutelar
como órgão político
Perspectivas de atuação junto à comunidade:
- A aproximação e o diálogo permanente entre o Conselho Tutelar e a comunidade
são essenciais, constituindo-se numa consequência natural da própria forma de
investidura de seus membros (por meio de um processo de escolha popular).
- O Conselho Tutelar é, em sua essência, um representante da comunidade na
defesa/promoção dos direitos infantojuvenis, devendo fazer a “ponte” entre esta e o
Poder Público (assim como junto aos Conselhos Deliberativos de Políticas
Públicas), devendo a este(s) levar as reivindicações daquela, no legítimo exercício
da atribuição contida no art. 136, inciso IX, do ECA.
Para tanto, além da realização periódica de audiências públicas junto à comunidade
onde atua (nos mais diversos bairros atendidos), colhendo “in loco” dados sobre as
principais demandas e deficiências na estutura de atendimento, o C.T. deve manter
contato permanente com as lideranças comunitárias e acompanhar as iniciativas
locais em matéria de infância e juventude, buscando sua regularização e integração,
em caráter “oficial”, à rede de proteção à criança e ao adolescente local.
- O C.T. pode ainda promover ou colaborar com a conscientização e mobilização
da comunidade sobre temas sensíveis em matéria de infância e juventude, como o
combate à evasão escolar e o trabalho infantil, a violência contra crianças e
adolescentes etc.
Modelo anterior de atendimento
(que não pode ser reproduzido ou admitido pelo Conselho Tutelar)
Modelo atual de atendimento
(não hierarquizado, com divisão de tarefas e responsabilidades)
Justiça da
Infância e CR
Juventude EA
S/
CR
AS

cio nt e
itu e d
na o
l
st him a
In ol a m
Acrogr
P

Conse
Tute
l ho
lar
Apoio à Família
Orientação e
Programa de

Soc olítica
ioe
P
d u cat
iva
la o
sc E CA
PS
Ate
ndi

Medidas em Meio Aberto


me

sos
nto

s
gre
de
P

E
a is

aos
/Re

A
nto

EC
spo

me

do
nsá

B
ndi

8-1
v

Ate
eis

t.
ar
do
Pr

as
ot

id

ed
ão

M
ento
P re
ven anham
ção
c omp
A

POLÍTICA PÚBLICA
Cabe ao C.T. zelar por sua implementação e
contínuo aperfeiçoamento
Atribuições do Art.136 do ECA

Você também pode gostar