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Manual de

Procedimentos Operacionais Padrão

RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Material de Referência – DREM 2015


Polícia Militar do Estado de São Paulo
Corpo de Bombeiros

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão de


Resgate e Emergências Médicas

Comissão Coordenadora de Resgate e Emergências Médicas


Revisão - 2014
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO DE

RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS – EDIÇÃO 2014

Coronel PM Erik Hoelz Colla – Comandante do Corpo de Bombeiros


Coronel PM Roberto Rensi Cunha – Subcomandante do Corpo de Bombeiros

GRUPO DE TRABALHO RESPONSÁVEL PELA REVISÃO

COMISSÃO COORDENADORA DE RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Presidente:

Tenente Coronel PM Antônio Valdir Gonçalves Filho

Membros:
Capitão PM Humberto Cesar Leão
Capitão PM Renato Marcel Carbonari
Capitão PM Marcelo Alves dos Santos
Capitão PM Diógenes Martins Munhoz
1º Tenente PM Adriana Leandro de Araújo
1º Tenente PM Ana Lúcia Razuk
1º Tenente PM Michele Cesar
1º Tenente PM Lucimara Godoy Vilas Boas
1º Tenente Med PM Daniela Paoli de Almeida
2º Sargento PM Fabio da Silva Sendin

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE


GRUPO DE RESGATE E ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Dr. Jorge Michel Ribera – Diretor


Dr. Ricardo Galesso Cardoso - Gerente de Treinamento
Enfª Gisele Carneiro Rossi – Gerente de Enfermagem

SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Dr. Agnaldo Píspico - Médico


PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO DE

RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS – EDIÇÃO 2014

APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que apresentamos o Manual de Procedimentos


Operacionais de Resgate e Emergências Médicas, edição 2014, fruto de mais de um
ano de trabalho da Comissão Técnica de Resgate, composta por Oficiais e Praças do
Corpo de Bombeiros, Médicos e Enfermeiros do Grupo de Resgate e Atenção às
Urgências e Emergências da Secretaria Estadual da Saúde (GRAU).
Esta edição atualizou os diversos procedimentos referentes ao Suporte Básico
de Vida, contando com a valiosa participação da Sociedade de Cardiologia do Estado
de São Paulo (SOCESP) e seguindo as mais recentes diretrizes publicadas pela
American Heart Association.
Também foram atualizados procedimentos referentes a acidentes traumáticos,
conforme últimas recomendações da doutrina do Pré Hospital Trauma Life Suport
(PHTLS).
Considerando que o Manual de Resgate e Emergências Médicas tem sido
utilizado frequentemente como parâmetro para a análise de casos concretos do
atendimento operacional, foi encaminhado todo o conteúdo deste manual para a
apreciação do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Conselho Regional de
Enfermagem (COREN), dando maior respaldo legal às ações operacionais dos
integrantes do Corpo de Bombeiros.
Prestes a completar 24 anos de sua implantação, o Sistema de Resgate a
Acidentados do Estado de São Paulo continua se destacando principalmente pelo alto
grau de capacitação de seus profissionais. A atualização profissional constante é
caminho obrigatório para que a comunidade paulista continue recebendo serviços de
excelência.

São Paulo, 10 de março de 2014.

Erik Hoelz Colla


Coronel PM - Comandante do Corpo de Bombeiros
ÍNDICE GERAL DOS POP DE RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

GRUPO 01 – EMPREGO DAS UNIDADES DO SERVIÇO DE RESGATE

01-01 EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE BÁSICO ...................................................................... 08


01-02 EMPREGO E SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO E TRANSPORTE IMEDIATO ............. 09
01-03 PARTICIPAÇÃO DE PROFISSIONAIS ESTRANHOS AO SISTEMA ........................................... 11
01-04 SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO AÉREO ..................................................................... 12
01-05 ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO DE RESGATE ............................................................. 13
01-06 ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS ........................ 17
01-07 RESTRIÇÃO DE VÍTIMAS ............................................................................................................... 18

GRUPO 02 - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS

02-01 VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA VIATURA ........................................... 20


02-02 DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA ....................................................................................... 21
02-03 CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA ..................................................................................... 22
02-04 SEGURANÇA NO LOCAL DA OCORRÊNCIA ................................................................................ 24
02-05 PRIORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS .................................................... 25
02-06 TRIAGEM DE VÍTIMAS ................................................................................................................... 26
02-07 CONSTATAÇÃO DE SINAIS EVIDENTES DE MORTE EM LOCAL DE OCORRÊNCIA ............. 29
02-08 TRANSPORTE DE VÍTIMAS ........................................................................................................... 30
02-09 CHEGADA AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR ......................................................... 31
02-10 TÉRMINO DO ATENDIMENTO ....................................................................................................... 32

GRUPO 03 - BIOSSEGURANÇA

03-01 CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA ............................................................................................. 38


03-02 DESCONTAMINAÇÃO DA VIATURA E DOS EQUIPAMENTOS ................................................... 39
03-03 CONDUTA EM CASOS DE CONTAMINAÇÃO DO SOCORRISTA ............................................... 41
GRUPO 04 - AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS

04-01 AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS EM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS ........................................................... 42


04-02 AVALIAÇÃO DE VÍTIMA DE TRAUMA ........................................................................................... 46
04-03 EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS ............................................................................................................... 52
04-04 UTILIZAÇÃO DO OXÍMETRO DE PULSO ...................................................................................... 53

GRUPO 05 - DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS E RESSUSCITAÇÃO


CARDIOPULMONAR

05-01 DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM VÍTIMA COM IDADE ACIMA DE 1 ANO ..................... 54
05-02 DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM VÍTIMA COM IDADE ABAIXO DE 1 ANO
(OBJETO SÓLIDO) .................................................................................................................................... 56
05-03 DESOBSTRUÇÃO EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO OU SEMILÍQUIDO ................................. 58
05-04 CONDUTA EM PARADA RESPIRATÓRIA COM PULSO .............................................................. 59
05-05 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM CASOS DE TRAUMA ............................................ 60
05-06 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM CASOS CLÍNICOS ................................................ 63
05-07 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR COM DESFIBRILADOR EXTERNO
AUTOMÁTICO ............................................................................................................................................ 67
05-08 QUANDO NÃO INICIAR OU INTERROMPER A RCP .................................................................... 70
05-09 OXIGENOTERAPIA ......................................................................................................................... 71

GRUPO 06 – CONDUTA EM FERIMENTOS E ESTADO DE CHOQUE

06-01 CONTROLE DE HEMORRAGIAS ................................................................................................... 72


06-02 CONDUTA EM ESTADO DE CHOQUE .......................................................................................... 74
06-03 FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES ............................................................................................. 75
06-04 FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE ............................................................................................... 76
06-05 FERIMENTOS NOS OLHOS ............................................................................................................ 77
06-06 FERIMENTOS NO NARIZ ................................................................................................................ 78
06-07 FERIMENTOS NO PESCOÇO ......................................................................................................... 79
06-08 AMPUTAÇÃO, AVULSÃO E ESMAGAMENTO ............................................................................... 80
06-09 FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX ................................................................................... 82
06-10 EVISCERAÇÃO ................................................................................................................................ 83
GRUPO 07 - CONDUTA EM TRAUMA

07-01 TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO ............................................................................................. 84


07-02 IMOBILIZAÇÃO DE MEMBROS ...................................................................................................... 85
07-03 TRAUMA CRANIANO ...................................................................................................................... 87
07-04 TRAUMA DE COLUNA .................................................................................................................... 88
07-05 TRAUMA TORÁCICO ...................................................................................................................... 89
07-06 TRAUMA ABDOMINAL .................................................................................................................... 90
07-07 TRAUMA EM GESTANTE ............................................................................................................... 91
07-08 IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL ...................................................................................... 92
07-09 RETIRADA DE CAPACETE ............................................................................................................. 94
07-10 APLICAÇÃO COM COLETE IMOBILIZADOR DORSAL ................................................................. 96
07-11 TRANSFERÊNCIA PARA PRANCHA LONGA ................................................................................ 99
07-12 TÉCNICA DE RETIRADA RÁPIDA ................................................................................................ 102

GRUPO 08 – CONDUTA EM ACIDENTES ESPECÍFICOS

08-01 INTOXICAÇÃO POR ENVENAMENTO OU DROGAS E REAÇÃO ANAFILÁTICA ...................... 103


08-02 LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO ............................................................................................. 104
08-03 EXAUSTÃO PELO CALOR OU INTERMAÇÃO ............................................................................ 105
08-04 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................................................ 106
08-05 QUEIMADURAS E ELETROCUSSÃO .......................................................................................... 107
08-06 AFOGAMENTOS ........................................................................................................................... 110

GRUPO 09 – CONDUTA EM EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

09-01 ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA ............................................................................. 113


09-02 CRISES CONVULSIVAS ............................................................................................................... 114
09-03 DIFICULDADE RESPIRATÓRIA ................................................................................................... 115
09-04 DOR TORÁCICA SÚBITA (SUSPEITA DE INFARTO OU ANGINA) ............................................ 117
09-05 DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO ........................................................................................ 119
09-06 PARTO DE EMERGÊNCIA ............................................................................................................ 121

ABREVIATURAS ...................................................................................................................................... 125

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................. 126


Número: RES-01-01

EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE Revisão: 03


BÁSICO
Página: 8

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Observar que, em todos os casos onde a equipe de SBV está presente e não há
ninguém da equipe de SAV, o SBV é responsável pela assistência à vítima em nível
básico.
2. Sendo necessário, a equipe de SBV terá a orientação do Médico Regulador da Central
de Operações, solicitará apoio do SAV ou solicitará autorização para transporte
imediato.
3. O SBV determinará:
3.1. a natureza da emergência;
3.2. a necessidade de triagem de vítimas;
3.3. os níveis de cuidados necessários para cada vítima.

ATENÇÃO
Aguardar determinação da Central de Operações sobre o destino das vítimas. No caso
de isolamento completo, ou seja, impossibilidade total de comunicação com a Central
de Operações (rádio e telefone), tanto a unidade de suporte básico quanto a de
avançado, devem conduzir a vítima ao hospital da região mais adequado ao caso,
pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS).

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-02
ACIONAMENTO DO SUPORTE AVANÇADO
Revisão: 03
E TRANSPORTE IMEDIATO
Página: 9

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ACIONAMENTO DAS UNIDADES DE SUPORTE AVANÇADO:


1. Observar que a equipe de SAV deve controlar as ações de saúde no local, que
compreendem:
1.1. assistência pré-hospitalar avançada às vítimas;
1.2. solicitação de apoio de outras unidades;
1.3. montagem do posto médico avançado (PMA); e
1.4. triagem de vítimas;
1.5. determinação da unidade hospitalar de destino, quando não houver orientação do
Médico Regulador na Central de Operações.
2. Solicitar apoio de SAV imediatamente quando identificado um dos casos abaixo:
2.1. parada respiratória, obstrução total de vias aéreas ou insuficiência respiratória
aguda (afogamento, crise de asma, edema agudo do pulmão entre outras);
2.2. parada cardiorrespiratória;
2.3. vítima em estado de choque (inclusive choque anafilático);
2.4. politraumatizados graves, cuja estabilização e/ou transporte é demorado;
2.5. politraumatizados presos nas ferragens ou local onde o acesso à vítima é difícil e
demorado (soterramento, desabamento, afogamento);
2.6. quando o número de vítimas excederem sua capacidade de atendimento;
2.7. suspeita de infarto agudo do miocárdio;
2.8. vítimas com membros presos em ferragens, máquinas ou escombros;
2.9. amputação traumática de membros próxima ao tronco;
2.10. vítimas com objetos transfixados em regiões do corpo;
2.11. tentativa de suicídio;
2.12. ferimentos penetrantes na cabeça, tronco e abdômen;
2.13. vítima inconsciente ou resultado da Classificação na Escala de Glasgow inferior
ou igual a 12;
2.14. queda de altura superior a 7 metros;
2.15. grandes hemorragias; e
2.16. preventivamente em ocorrências com grande potencial de risco às guarnições.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-02
ACIONAMENTO DO SUPORTE AVANÇADO
Revisão: 03
E TRANSPORTE IMEDIATO
Página: 10

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

TRANSPORTE IMEDIATO:
1. Ao chegar no local da ocorrência, adotar os procedimentos iniciais de socorro
conforme POP específicos de estacionamento, segurança e avaliação da vítima.
2. Identificando uma das situações abaixo, acione o Centro de Operações e aguarde
definição de envio do S.A.V. para o local ou determinação de transporte imediato para
o hospital adequado;
2.1. obstrução respiratória que não pode ser revertida pelas manobras de SBV;
2.2. parada cardiorrespiratória;
2.3. evidência de estado de choque ou trauma crânio-encefálico;
2.4. dificuldade respiratória grave ou provocada por trauma no tórax ou face;
2.5. ferimentos penetrantes por objetos, arma branca ou de fogo, em cavidades;
2.6. queimadura da face ou parto complicado;
2.7. envenenamento ou acidentes com animais peçonhentos;
2.8. sinais de lesões internas geradas por trauma violento;
2.9. intoxicação exógena ou exposição a produtos tóxicos, corrosivos ou radioativos;
3. Poderá ainda haver a determinação para encontro com o SAV durante o transporte ao
Hospital indicado.
4. Nos casos de risco para a guarnição ou para a vítima (perturbação da ordem ou grave
ameaça), sair do local imediatamente, comunicando o Centro de Operações,
estacionar em local seguro para continuidade dos procedimentos até que seja definido
o hospital de destino ou determinado o encontro com o SAV antes da chegada ao
serviço de emergência hospitalar.

ATENÇÃO
O SAV pode ser acionado nos casos não listados por decisão do Médico Regulador.
No caso de isolamento completo, ou seja, impossibilidade total de comunicação com
a Central de Operações (rádio e telefone), tanto a unidade de suporte básico quanto a
de avançado, devem conduzir a vítima ao hospital da região mais adequado ao caso,
pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-03
PARTICIPAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Revisão: 03
ESTRANHOS AO SISTEMA
Página: 11

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

PARTICIPAÇÃO DE MÉDICO OU ENFERMEIRO NÃO PERTENCENTE AO SISTEMA:


1. Considerar como “intervenção de saúde solicitada” a intervenção de médico ou
enfermeiro não pertencente ao Sistema Resgate.
2. Comunicar a Central de Operações a presença de um médico ou enfermeiro no local.
3. Acatar suas orientações referentes à assistência e imobilização da vítima, desde que
não contrariem os procedimentos operacionais padrão.
4. Anotar o nome completo, número de inscrição no CRM ou COREN e telefone do
profissional, mediante apresentação do documento profissional.
5. Fazer constar no relatório os procedimentos adotados pelo profissional.
6. Comunicar o Médico Regulador quando houver situação de conflito para resolução.
7. Solicitar ao profissional um relato por escrito dos procedimentos adotados, conforme
lei de exercício profissional.

ORDEM CONTRÁRIA DE AUTORIDADE NÃO PERTENCENTE AO SISTEMA:


1. Esclarecer à autoridade (não médica), que der ordens que contrariem os POP, sobre a
impossibilidade de cumpri-las por tratar-se de violação à Norma Interna do Serviço de
Resgate.
2. Comunicar e solicitar orientação do Médico Regulador e do Oficial de Operações na
Central de Operações quando houver persistência na ordem incorreta.
3. Comunicar por escrito o fato e providências ao respectivo comandante.

ATENÇÃO
Isolar o local de ocorrência é essencial para evitar a intervenção de terceiros não
autorizados.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-04

SOLICITAÇÃO DE SUPORTE Revisão: 03

AVANÇADO AÉREO Página: 12

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Seguir as mesmas orientações do acionamento de SAV terrestre, devendo ser


solicitado especialmente quando:
1.1. não houver SAV terrestre próximo da ocorrência;
1.2. o deslocamento da viatura terrestre até o local da ocorrência estiver dificultado por
grandes congestionamentos, inundações, falta de via trafegável, grandes ribanceiras;
1.3. há grande distância entre o local da ocorrência e o hospital.
2. Observar os seguintes requisitos básicos para acionamento da aeronave:
2.1. luz do dia (nascer ao pôr-do-sol);
2.2. presença de viatura de bombeiro no local da ocorrência ou pessoal técnico
capacitado para avaliar a necessidade de apoio aéreo.
3. Manter contato com a aeronave via rádio para saber onde o helicóptero irá pousar,
seguindo orientação do piloto.
4. Isolar o local do pouso para evitar a aproximação de pessoas, carros e animais.
5. Manter a viatura em local aberto e com os sinais luminosos acesos, visando facilitar a
visualização pelo piloto.
6. Aproximar-se da aeronave pela frente, com autorização da tripulação.

ATENÇÃO
A aeronave somente poderá apoiar em missão de resgate se a decolagem e o pouso
estiverem compreendidos entre o horário do nascer ao pôr-do-sol e as condições
meteorológicas permitirem.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-05
ASPECTOS LEGAIS DO
Revisão: 03
ATENDIMENTO DE RESGATE
Página: 13

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Adotar medidas iniciais que garantam primeiramente a segurança do local e da


guarnição:
1.1. nos crimes dolosos como homicídio ou lesões corporais provocadas por agressões, o
socorrista deverá preocupar-se simultaneamente com o atendimento da vítima e a
segurança da equipe e, em seguida, tomar as devidas providências policiais cabíveis.
Se a vítima (em atendimento) for autora do crime, deverá ser detida e apresentada ao
policiamento ostensivo para as demais providências.
2. Solicitar apoio do policiamento sempre que a situação exigir, visando a segurança do
local, do socorrista ou da vítima.
3. Alterar o mínimo possível o local da ocorrência durante o atendimento, preservando ao
máximo as condições das edificações, dos objetos e dos veículos encontrados:
3.1. todo acidente pode gerar um local de crime, razão pela qual é dever de todo policial
militar preservá-lo para a devida apuração, pela autoridade policial competente para
adoção das providências decorrentes. Para efeito de exame do local de crime, não
deverá ser alterado o estado das coisas, a não ser que seja absolutamente necessário;
3.2. dentre as causas que justificam a alteração do local estão;
3.2.1. necessidade de socorro imediato às vítimas;
3.2.2. risco à vida para a(s) vítima(s);
3.2.3. risco à vida para os socorristas;
3.2.4. risco à vida para outras pessoas ou risco de novos acidentes;
3.2.5. impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s);
3.2.6. impossibilidade de outra forma de salvamento.
4. Adotar as seguintes atitudes em situações especiais como:
4.1. crimes de abuso sexual: devem ser tomadas as medidas necessárias para evitar
constrangimento à vítima, respeitando sua intimidade e seu estado emocional;
4.2. violência contra crianças: o socorrista deverá priorizar o atendimento à vítima, e se
houver identificação do responsável pela violência, tomar as medidas policiais cabíveis,
evitando envolvimento emocional que essas situações acarretam;

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
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Número: RES-01-05
ASPECTOS LEGAIS DO
Revisão: 03
ATENDIMENTO DE RESGATE
Página: 14

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

4.3. de qualquer maneira, em casos como esses, o socorrista deve evitar que o
sentimento natural de justiça ou revolta prejudiquem o atendimento às vítimas,
mesmo nos casos em que elas sejam também os próprios criminosos.
5. Vistoriar o local da ocorrência após o atendimento à(s) vítima(s), procurando afastar as
situações de risco:
5.1. em acidentes de trânsito com vítima(s), que geralmente são crimes culposos, o
socorrista deve atuar de maneira que haja o mínimo de prejuízo para o local.
Nestes casos, cabe ao Corpo de Bombeiros o atendimento à(s) vítima(s) e a
segurança do local, antes de passá-la para o policiamento ostensivo.
6. Deixar o local em segurança após o atendimento da ocorrência e quando o local
estiver em perfeitas condições de segurança, o policial militar de maior graduação
presente do Corpo de Bombeiros é responsável por passar a ocorrência para o
policiamento no local.
7. Fazer croqui do local de crime alterado.
8. Observar que o socorrista tem o dever legal de socorrer vítima de acidentes e
emergências clínicas, especialmente se ferida ou em grave e iminente perigo
(artigo 135 do Código Penal) devendo adotar os seguintes procedimentos:
8.1. quando a vítima não apresentar redução da capacidade mental, como nos casos de
confusão mental, e, de forma expressa e indiscutível se recusar a ser socorrida, o
socorrista deverá verificar se há lesões e se estas podem resultar em agravo à
saúde, sequelas ou morte;
8.2. após verificar e certificar-se de que não há lesões, o socorrista poderá liberar a vitima
do atendimento e/ou transporte ao hospital, devendo constar, em SIOPM/SDO, a
recusa da parte interessada em ser socorrida e sua consequente liberação;
8.3. após verificar e certificar-se de que, embora havendo lesões, estas não resultem em
agravo à saúde, sequelas ou morte da vítima, o socorrista deverá;
8.3.1. enfatizar a importância da ida ao hospital para recebimento de atendimento
médico;
8.3.2. esclarecer os eventuais resultados das lesões e a possibilidade de seu agravamento;

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Número: RES-01-05
ASPECTOS LEGAIS DO
Revisão: 03
ATENDIMENTO DE RESGATE
Página: 15

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

8.3.3. se, ainda assim, a vítima mantiver-se inflexível na sua decisão de não ser
transportada ao hospital para receber o devido atendimento médico, deve-se:
8.3.3.1. arrolar pelo menos duas testemunhas;
8.3.3.2. informá-la de que sua recusa será registrada em BO/PM-TC (Boletim de
Ocorrência Policial Militar – Termo Circunstanciado), visando resguardar de
ulterior responsabilidade da guarnição e da Instituição;
8.3.3.3. Comunicar o fato ao Oficial de Operações e Oficial de Área;
8.3.3.4. acionar a guarnição de policiamento ostensivo com responsabilidade sobre o
local da ocorrência para registro do fato em BO/PM-TC, constando as
informações da vítima, sua recusa, possíveis lesões e complicações, a
insistência no atendimento, bem como os dados das testemunhas arroladas;
8.3.3.5. constar no SIOPM/SDO a recusa do atendimento e/ou transporte ao hospital,
o número do BO/PM-TC e os dados da respectiva guarnição que atendeu a
ocorrência.
8.4. após verificar e certificar-se de que há lesões que poderão resultar em agravo à
saúde, sequelas ou morte da vítima ou que há probabilidade de essas
circunstâncias ocorrerem em razão de que a lesão (sinal) ou o relato da vítima
(sintomas) nem sempre revelam a gravidade do trauma ou a Extensão da
lesão, o que pode, porém, ser avaliado em função do tipo de acidente, o
socorrista deverá:
8.4.1. providenciar o atendimento e/ou transporte ao hospital mais adequado, indicado
pelo Centro de Operações;
8.4.2. arrolar pelo menos duas testemunhas;
8.4.3. informar a vítima de que o fato será registrado na Delegacia de Polícia, para fins
de lavratura de Boletim de Ocorrência, e/ou em BO/PM-TC, visando resguardo
de ulterior responsabilidade da guarnição e da Instituição;
8.4.4. comunicar o fato ao Oficial de Operações e Oficial de Área;
8.4.5. acionar a guarnição de policiamento ostensivo com responsabilidade sobre o
local da ocorrência:

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Número: RES-01-05
ASPECTOS LEGAIS DO
Revisão: 03
ATENDIMENTO DE RESGATE
Página: 16

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

8.4.5.1. registro do fato em BO/PM-TC, constando as informações da vítima, sua


recusa, possíveis lesões e complicações, a insistência no atendimento, bem
como os dados das testemunhas arroladas;
8.4.5.2. solicitar aos policiais militares da guarnição que apresentem a ocorrência no
Distrito Policial para as providências daquela Instituição.
8.4.6. constar no SIOPM/SDO a recusa do atendimento e/ou transporte ao hospital, a
necessidade de pronto socorro, o número do BO/PM-TC e os dados da
respectiva guarnição que atendeu a ocorrência.
9. A recusa de atendimento por parte da vítima, na situação prevista no subitem “8.4.”
não desobriga o socorrista de atendê-la e transportá-la ao hospital.

ATENÇÃO
Arrolar pelo menos 2 (duas) testemunhas, preferencialmente que não sejam parentes
da vítima ou pertencentes à guarnição.
Não é necessária presença da vítima que recusou atendimento e/ou transporte ao
hospital nem das testemunhas para a confecção do Boletim de Ocorrência, podendo
ser convidadas a comparecer à Delegacia, se desejarem.
É dever de todo policial militar conhecer a legislação penal vigente, bem como as
normas processuais e administrativas referente ao exercício profissional.
Lembrar que o excesso no exercício das funções legais é punível criminalmente.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


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Número: RES-01-06
ATENDIMENTO
ÀS VÍTIMAS PORTADORAS DE Revisão: 03
NECESSIDADES ESPECIAIS
Página: 17

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. ADOTAR AS SEGUINTES POSTURAS COM VÍTIMAS ESPECIAIS:


1.1. identificar-se à vítima, explicando os procedimentos que serão realizados.
1.2. ser paciente e explicar à vítima todo procedimento que será feito;
1.3. repetir a informação quantas vezes for necessário;
1.4. usar palavras simples e de fácil entendimento;
1.5. transmitir segurança.

2. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:


2.1. falar olhando diretamente para seus olhos para que ela possa ler seus lábios;
2.2. utilizar a escrita, se necessário;
2.3. caso haja alguém por perto que conheça a linguagem de sinais (libras), solicitar o
seu auxílio para comunicação com a vítima.

3. VÍTIMA CEGA:
3.1. manter contato físico constante.

4. VÍTIMA COM CONFUSÃO MENTAL:


4.1. dar tempo para que a vítima responda suas perguntas.

5. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA MENTAL:


5.1. determinar a capacidade de compreensão da vítima.

6. VÍTIMA IDOSA:
6.1. respeitar suas limitações, angústias, medos e pudor.

7. CRIANÇA DOENTE OU MACHUCADA:


7.1. Permitir que os pais acompanhem a criança;
7.2. Trazer objetos que façam com que a criança se sinta mais segura;
7.3. Ser honesto com a criança.

ATENÇÃO
Sempre que possível, solicitar um familiar durante o atendimento e transporte.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-01-07

RESTRIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 18

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1.IDENTIFICAR AS CAUSAS DE AGITAÇÃO DA VITIMA:


1.1. distúrbio de comportamento que acarretem risco para si ou para a equipe;
1.2. agressividade resultante de hipóxia.

2.MÉTODO DE RESTRIÇÃO PARA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES


2.1. orientar a vítima, familiares e/ou responsáveis sobre os procedimentos a
serem executados.
2.2. proteger os punhos e tornozelos acolchoando-os com compressas de gaze
algodoada ou outro Material similar.
2.3. colocar o membro em posição confortável e anatômica.
2.4. utilizar bandagem triangular ou atadura em forma de 8 (oito).
2.5. introduzir um dedo entre a bandagem e o membro para verificar a existência
de garroteamento.
2.6. fixar as bandagens nos vãos da prancha longa.
2.7. observar, após a restrição, a formação de edemas, cianose, dor ou
formigamentos.
2.8. registrar no anexo do SIOPM/SDO: os motivos determinantes da restrição,
os membros restringidos, tipo de procedimento efetuado e hora do fato.

3.MÉTODO DE RESTRIÇÃO PARA OMBRO


3.1. orientar a vítima, familiares e/ou responsáveis sobre os procedimentos a
serem executados.
3.2. utilizar lençol descartável ou outro material similar.
3.3. colocar o lençol dobrado, sob os ombros da vítima passando as
extremidades do lençol pelas axilas e sobre os ombros (tipo mochila).
3.4. não efetuar restrição envolvendo o tórax da vítima.
3.5. centrar e torcer as extremidades do lençol, e fixá-las no vão da extremidade
superior da prancha longa.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
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Número: RES-01-07

RESTRIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 19

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

3.6. Registrar no anexo do SIOPM/SDO os motivos determinantes da restrição,


tipo de procedimento efetuado e hora do fato.

ATENÇÃO
Utilizar somente a força necessária para conter a vítima agressiva, sem
excessos.
Orientar a vítima e familiares antes de tomar a decisão de efetuar a restrição
mecânica de movimentos.
Evite ofensas verbais à vítima e atitudes que possam causar
constrangimentos, tais como: chave de braço, segurar pelo pescoço
(“gravata”), apoiar joelhos sobre o tórax da vítima, utilização de algemas,
cordas ou material similar.
O uso de ataduras de crepe, quando mal utilizada, pode acarretar lesões na
área restringida. Acolchoar bem a área a ser utilizada para restrição e
certificar-se que o procedimento está sendo eficaz.
O uso de “camisa de força” não é permitido por legislação especial.
Precaver contra mordidas, agressões e secreções por parte da vítima.

Solicitar SAV para os casos em que sejam necessárias medidas médicas para
a contenção de vítimas.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
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Número: RES-02-01

VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E Revisão: 03


EQUIPAMENTOS DA VIATURA
Página: 20

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

CABE AO COMANDANTE DA GUARNIÇÃO E AUXILIAR:


1. Inspecionar e testar com atenção todos os materiais e equipamentos, conforme relação
padrão, e o sistema de oxigenoterapia e aspiração da viatura.
2. Executar passo a passo todas as verificações, procurando atender aos seguintes
princípios:
2.1. melhor e mais eficiente atendimento possível às vítimas;
2.2. asseio e prevenção de contaminação da equipe e infecção das vítimas;
2.3. a segurança da equipe, das vítimas e de outras pessoas; e
2.4. assegurar qualidade do atendimento às vítimas.

COMPETE AO MOTORISTA:
1. Efetuar manutenção de primeiro escalão, conforme POP de MANUTENÇÃO DE
VIATURAS.
2. Verificar, durante o deslocamento de checagem:
2.1. ruídos anormais;
2.2. eventuais peças soltas em geral;
2.3. freios; e
2.4. funcionamento dos rádios fixo e portátil existentes na viatura.

ATENÇÃO
Ao assumir o serviço, todos os integrantes da Unidade de Resgate devem verificar
com atenção os equipamentos da viatura.
O comandante da guarnição é o responsável pela rigorosa verificação das condições
dos materiais e equipamentos que serão empregados durante o serviço operacional.
A limpeza e descontaminação interna da viatura e dos equipamentos serão feitas
conforme os POP RES de Biossegurança (Grupo 03 deste manual).

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Número: RES-02-02

DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA Revisão: 03

Página: 21

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. O motorista deverá observar a legislação de trânsito vigente e as orientações emanadas


no curso de condução de viaturas em emergência, mantendo os cuidados durante o
deslocamento.
2. Revisar, mentalmente, todos os procedimentos iniciais comuns a todas as ocorrências e
os materiais necessários para a realização dos mesmos.
3. Preparar-se especificamente para a natureza da ocorrência em questão, (exemplo: em
caso de parto de urgência, relembrar todo o procedimento e ao descer da viatura e levar
consigo o kit parto).
4. Revisar as funções de cada membro da equipe, que devem estar bem definidas, isto
é, quem acessa diretamente à vítima, quem verifica os riscos no local do
acidente e quem sinaliza o local e transmite as informações para a Central de
Operações.
5. Utilizar adequadamente o EPI para atendimento às vítimas, calçando luvas, óculos,
máscara de proteção e avental descartável.
6. Utilizar EPI adequado à natureza da ocorrência (exemplo: em caso de choque elétrico,
utilizar luva para alta tensão e croque com isolamento).

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Número: RES-02-03

CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA Revisão: 03

Página: 22

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Informar a Central de Operações sobre a chegada no local.


2. Posicionar corretamente a viatura, de modo a:
2.1. proteger a equipe de trabalho, atendendo o POP de "ESTACIONAMENTO DE
VIATURA";
2.2. sinalizar o local, conforme POP de "SINALIZAÇÃO DE LOCAL DE
OCORRÊNCIA";
2.3. manter todas as luzes e dispositivos luminosos de alerta da viatura ligados;
2.4. garantir uma rápida saída do local para o transporte;
2.5. obstruir o mínimo possível o fluxo do trânsito, sem comprometer a segurança;
2.6. isolar o local para evitar aproximação de terceiros.
3. Garantir acesso rápido à vítima.
4. Fazer uma verificação inicial rápida do local, observando:
4.1. presença de algum perigo iminente, afastando-o ou minimizando-o;
4.2. número de vítimas;
4.3. natureza da ocorrência, especialmente a cinemática do trauma para correlacionar
com possíveis lesões;
4.4. necessidade de apoio ou outros serviços de emergências.
5. Fazer um relato prévio a Central de Operações.
6. Adotar a seguinte postura no contato com a vítima:
6.1. apresentar-se de forma adequada;
6.2. identificar-se como socorrista
6.3. controlar o vocabulário e hábitos;
6.4. inspirar confiança;
6.5. resguardar a intimidade da vítima;
6.6. evitar comentários desnecessários sobre a gravidade das lesões;
6.7. coibir qualquer forma de discriminação ou segregação no atendimento de uma
vítima.
7. Efetuar Análise Primária e Secundária na vítima.
8. Considerar, em qualquer momento da avaliação da vítima, se há necessidade de SAV
no local e solicitar à Central de Operações.
9. Estabilizar a vítima, procedendo às condutas específicas.

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Número: RES-02-03

CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA Revisão: 03

Página: 23

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

10. Transmitir os seguintes dados para a Central de Operações;


10.1. sexo e idade aproximada;
10.2. resultado da avaliação da vítima, fornecendo a frequência cardíaca e
respiratória, medição da pressão arterial e classificação na Escala de Coma de
Glasgow; e
10.3. o tipo de mecanismo de trauma e as lesões apresentadas.
11. Solicitar à Central de Operações qual PS ou hospital de referência deverá ser
encaminhada a vítima.

ATENÇÃO

Em casos de múltiplas vítimas, pedir o apoio necessário e aplicar o POP de Triagem


de Vítimas ou o POP de Priorização de Atendimento de Múltiplas Vítimas, conforme a
necessidade (suficiência ou não dos recursos de atendimento).

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Número: RES-02-04

SEGURANÇA NO LOCAL DA Revisão: 03


OCORRÊNCIA
Página: 24

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Sinalizar e isolar adequadamente o local do atendimento.


2. Verificar se todos os componentes da equipe estão de EPI.
3. Solicitar apoio ao policiamento de área, quando necessário.
4. Solicitar apoio aos demais órgãos, quando necessário.
5. Liberar a via trafegável o mais rápido possível e com segurança.
6. Não entrar com a guarnição em locais com grande risco de colapso estrutural, risco de
explosão, contaminação por produtos perigosos, ou retirar a guarnição se surgirem
riscos correlatos.

ATENÇÃO
Nos casos em que a guarnição for ameaçada por criminosos ou populares no local da
ocorrência, deverá ser aplicado o POP de Transporte Imediato.

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Número: RES-02-05

PRIORIZAÇÃO NO ATENDIMENTO DE Revisão: 03


MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Página: 25

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Priorizar o atendimento das vítimas, após análise da segurança de cena e da equipe de


atendimento, realizando a avaliação de cada vítima, quando o número de vítimas não
superar os recursos de equipe e viaturas disponíveis no local (região).
2. Atender e estabilizar inicialmente às vítimas que tenham comprometimento das vias
aéreas (A), priorizando seu transporte.
3. Atender e estabilizar como segunda prioridade as vítimas com comprometimento da
respiração (B), assim como o seu transporte.
4. Atender e estabilizar como terceira prioridade às vítimas com comprometimento
circulatório (C), assim como seu transporte.
5. Atender e estabilizar como quarta prioridade às vítimas com comprometimento
neurológico (D), assim como seu transporte.

ATENÇÃO
Quando o número de vítimas superar a capacidade das equipes de emergência no
local, deverá ser empregado o POP de Triagem de Vítimas.

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Número: RES-02-06

TRIAGEM DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 26

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Efetuar a triagem de vítimas pelo método START sempre que o número de vítimas
superar a capacidade de atendimento das equipes e viaturas da região.
2. Informar a situação à Central de Operações, solicitando o apoio necessário.
3. Identificar e classificar as vítimas, verificando:
3.1. CAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO (CONSEGUEM CAMINHAR?):
3.1.1. em caso positivo, classificá-las na cor VERDE e encaminhá-las até a área
de concentração previamente determinada pelo Comandante de Operações
no Local, conforme previsto na doutrina do SICOE;
3.1.2. em caso negativo, avaliar respiração das vítimas;
3.2. PRESENÇA DE RESPIRAÇÃO:
3.2.1. se ausente:
 liberar vias aéreas e observar retorno espontâneo da respiração;
 voltou a respirar, classificar na cor VERMELHA;
 não voltou a respirar, classificar na cor PRETA;
3.2.2. se presente:
 acima de 30 mrm. (rápida - freqüência respiratória superior a 30 mrm)
classificá-la na cor VERMELHA;
 abaixo de 30 mrm (normal - freqüência respiratória inferior a 30 mrm) avaliar
perfusão capilar ou pulso radial;
3.3. CONDIÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR OU DO PULSO RADIAL:
 se maior que 2 segundos, classificar na cor VERMELHA;
 se menor que 2 segundos, avaliar o nível de consciência;
 se o pulso radial estiver ausente, classificar na cor VERMELHA; e
 se o pulso radial estiver presente, avaliar o nível de consciência;
3.4. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
3.4.1. vítima não obedece ordens simples classificar na cor VERMELHA;
3.4.2. vítima obedece ordens simples classificar na cor AMARELA.

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Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-02-06

TRIAGEM DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 27

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

4. PRIORIDADE DE ATENDIMENTO:
 VERMELHA - prioridade máxima
 AMARELA - prioridade secundária
 PRETA - morte (vítimas em parada cardiorrespiratória) quando houver recursos
disponíveis
 VERDE – última prioridade

ATENÇÃO
Somente aplicar o método START quando houver múltiplas vítimas e quando o
número de vítimas for superior à capacidade de atendimento das equipes e viaturas
da região.
As vítimas classificadas na cor PRETA somente serão reavaliadas quando a
capacidade de atendimento for compatível com o número de vítimas.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-02-06

TRIAGEM DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 28

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

FLUXOGRAMA DO MÉTODO START

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Número: RES-02-07

CONSTATAÇÃO DE SINAIS EVIDENTES DE Revisão: 03


MORTE EM LOCAL DE OCORRÊNCIA
Página: 29

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Considerar como morte evidente e não embarcar a vítima quando houver uma das
seguintes situações, comunicando a Central de Operações:
1.1. rigidez cadavérica;
1.2. livor mortis ou manchas de hipóstases associados a um histórico e outros
sinais de morte tardia;
1.2. estado de putrefação ou de decomposição (sinal tardio de morte);
1.3 decapitação;
1.4. esmagamento completo de cabeça ou tórax;
1.5. carbonização extensa (cabeça e/ou tronco) ou calcinação;
1.6. espostejamento (esquartejamento);
1.7. seccionamento do tronco.
2. Nestes casos adotar os seguintes procedimentos:
2.1. Cobrir e proteger o cadáver com lençol descartável ou manta aluminizada, sem
alterar a posição da vítima.
2.2. Solicitar serviços competentes para providências legais.
2.3. Preservar o local até chegada do policiamento local.
2.4. Preservar as informações das vítimas, fornecendo-as somente a autoridades;
2.5. Preservar a imagem da vítima tentando evitar fotos e filmagens pela imprensa.
3. Na ausência dos sinais evidentes de morte, iniciar RCP e informar a Central de
Operações, que poderá encaminhar SAV ao local ou transporte imediato, salvo se for
constatada a morte por médico no local.

ATENÇÃO
Jamais abandone o corpo no local sem que tenha chegado uma viatura policial para
preservação.

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Número: RES-02-08

TRANSPORTE DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 30

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Estabilizar a vítima antes de iniciar o transporte.


2. Fixar a vítima à prancha longa com no mínimo três tirantes de fixação.
3. Fixar a cabeça da vítima para impedir movimentação lateral.
4. Prender a prancha longa à maca de rodas e fixá-la na viatura.
5. Estar preparado para a ocorrência de vômitos durante o transporte.
6. Prevenir hipotermia.
7. Transportar com velocidade moderada e com segurança, escolhendo o melhor
trajeto até o hospital de destino.
8. Manter observação contínua da vítima, incluindo sinais vitais e nível de consciência e
a qualquer alteração no quadro, comunicar a Central de Operações.
9. Informar a Central de Operações ao chegar ao serviço de emergência hospitalar.

10. Movimentar a maca de rodas sempre abaixada (recolhida na altura mínima permitida
pelo equipamento) visando garantir a segurança da vítima (prevenção de quedas),
somente a articulando para elevá-la durante o embarque e desembarque na viatura
ou para transferência da vítima entre macas.

ATENÇÃO
Durante o transporte, o Comandante e o Auxiliar da Guarnição deverão permanecer
no compartimento de vítimas da viatura, fazendo o monitoramento das mesmas e
realizando os procedimentos necessários.
Cuidado para não agravar o estado da vítima durante o transporte.
A vítima deverá ser transportada para hospital orientado pela Central de Operações de
referência do sistema.
O transporte de acompanhante poderá ser feito no compartimento dianteiro ou no
compartimento traseiro da viatura, desde que se seja utilizado o cinto de segurança.
A transferência de pacientes entre serviços de saúde, através de unidades de SBV,
não é indicada e só poderá ser realizada em casos excepcionais desde que autorizada
pelo Centro de Operações.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
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Número: RES-02-09

CHEGADA AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA Revisão: 03


HOSPITALAR
Página: 31

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Fornecer ao médico responsável pela equipe do serviço de emergência hospitalar,


informações pertinentes à ocorrência e ao atendimento prestado que possam contribuir
na continuidade do tratamento desta vítima:
1.1. natureza da ocorrência;
1.2. dados do local da ocorrência, como cinemática do trauma e óbitos no local;
1.3. resultados da análise primária e secundária;
1.4. procedimentos efetuados e respostas decorrentes;
1.5. tempo aproximado decorrido desde o início da emergência até a chegada ao
hospital chamado;
1.6. intercorrências durante o transporte.
2. Anotar para fins de registro de ocorrência o nome e registro profissional do médico
responsável pelo atendimento no hospital.
3. Se necessário, utilizar o envelope para pertences:
3.1. os materiais e objetos de pequeno porte, a exemplo de anéis, correntes, pulseiras,
relógio, carteira, frente de rádio, etc., deverão ser relacionados em formulário
próprio.
3.2. tais materiais deverão ser acondicionados no interior do envelope para pertences,
que será conferido e recebido pelo policial responsável pela apresentação da
ocorrência no Distrito Policial, ou ainda, conferido e recebido pelo funcionário do
hospital que tenha esta incumbência.
3.3. depois de conferir e relacionar todos os objetos, o envelope será lacrado e o recibo
deverá ser rubricado pelo recebedor com a sua identificação.
3.4. o recibo de pertences de vítima deverá ser arquivado em pasta própria na unidade
do Corpo de Bombeiros responsável pelo atendimento.

ATENÇÃO
Qualquer problema que ocorrer durante um atendimento que envolva pertences das
vítimas, deverá ser comunicado de imediato aos escalões superiores.

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 32

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Realizar a limpeza e descontaminação dos materiais e equipamentos da viatura,


conforme os POP de Biossegurança.
2. Informar à Central de Operações a saída da viatura do serviço de emergência e a
chegada no Posto de Bombeiros.
3. Chegando no Posto de Bombeiros repor o material utilizado na ocorrência.
4. Preencher o relatório com os dados obtidos no local da ocorrência, durante o
transporte e no hospital (SIOPM - SDO de Vítima – Anexo).
5. Em caso de acidente com material biológico informar a Central de Operações e
encaminhar o componente da guarnição envolvido ao Serviço de Saúde de referência.
Avaliar e comentar o atendimento com os membros de sua equipe ou prontidão se for
o caso.

ATENÇÃO
Evitar o contato com equipamentos ou materiais contaminados durante a limpeza e
descontaminação da viatura.
Comunicar por escrito qualquer problema durante o atendimento.

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 33

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Modelo do Formulário de Registro de Dados da Ocorrência - SIOPM - Parte 1/5

1. Preencher dados gerais da ocorrência no formulário do SIOPM e a identificação


da(s) vítima(s) e dados do atendimento no campo denominado SDO de vítima:

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 34

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Modelo do Formulário de Registro de Dados da Ocorrência - SIOPM - Parte 2/5

2. Assinalar no SDO de vítima os problemas ou lesões encontradas e as causas


possíveis ou determinadas do acidente ou mal súbito:

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 35

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Modelo do Formulário de Registro de Dados da Ocorrência - SIOPM - Parte 3/5

3. Na sequência deverá ser assinalado no SDO a (s) parte (s) do corpo da vítima em
que foram encontradas as lesões:

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 36

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Modelo do Formulário de Registro de Dados da Ocorrência - SIOPM - Parte 4/5

4. Deverão ainda ser assinalados os procedimentos de atendimento pré hospitalar, bem


como as ações de salvamento executadas na ocorrência:

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Número: RES-02-10

TÉRMINO DO ATENDIMENTO Revisão: 03

Página: 37

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Modelo do Formulário de Registro de Dados da Ocorrência - SIOPM - Parte 5/5

5. Por fim deverão ser registrados dados clínicos gerais da vítima:

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Número: RES-03-01

CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA Revisão: 03

Página: 38

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

SEGURANÇA DO SOCORRISTA
1. Lavar as mãos antes e depois de qualquer contato com a vítima, utilizando técnica de
lavagem de mãos;
2. Utilizar sempre equipamentos de proteção individual:

2.1. luvas de procedimento ou estéreis quando indicado;

2.2. máscara descartável, óculos de proteção e avental descartável.

2.3. evitar contato com fluidos corpóreos (sangue, urina, fezes, vômito, saliva).

SEGURANÇA DA VÍTIMA
1. Lavar as mãos antes e depois de qualquer contato com a vítima;
2. Trocar as luvas de procedimentos antes de examinar outra vítima;
3. Descontaminar todo material antes de utilizar na próxima vítima;
4. Utilizar preferencialmente material estéril para curativo (compressas ou plásticos
estéreis) em casos de feridas abertas.

ATENÇÃO

A vacinação preventiva contra doenças infecto-contagiosas e pré-requisito básico


para que um bombeiro atue no Serviço de Resgate.
É responsabilidade de todos os socorristas minimizar a possibilidade de infecção
cruzada entre as vítimas.

No local da ocorrência recolher todo o material utilizado para o atendimento à vítima.

Considerar toda vítima como provável fonte de transmissão de doença infecto-


contagiosa.

Trocar o uniforme sempre que necessário.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


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Número: RES-03-02

DESCONTAMINAÇÃO DA VIATURA Revisão: 03


E DOS EQUIPAMENTOS
Página: 39

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

DESCONTAMINAÇÃO DA VIATURA:
1. Manter na viatura os materiais necessários para a limpeza e desinfecção conforme
relação padrão.
2. Utilizar EPI, especialmente, calçar luvas de borracha antes de iniciar o procedimento.
3. Remover todos os materiais permanentes, inclusive maca e cilindro portátil de
oxigênio, utilizados de dentro da viatura para limpeza no hospital ou, caso não seja
possível, em área apropriada do quartel (área para limpeza de viatura UR ou USA).
Desprezar gazes, ataduras úmidas e contaminadas com sangue e/ou outros líquidos
em saco plástico branco, descartando-o nos coletores de resíduos hospitalares.
4. Desprezar as secreções do frasco de aspiração no expurgo do hospital;
5. Procurar com cuidado os resíduos e materiais pérfuro-cortantes (agulhas, bisturis etc.)
e desprezar em recipiente apropriado (caixa de material pérfuro-cortante);
6. Aplicar por 10 minutos a solução de hipoclorito de sódio a 1% sobre sangue e outros
fluidos corpóreos (vômito, urina) e após retirar com papel toalha.
7. Limpar todas as superfícies com água e sabão, removendo com água limpa.
8. Realizar descontaminação com hipoclorito de sódio a 0,5% ou álcool a 70% para
descontaminação final.

DESCONTAMINAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS:


1. Descontaminar prancha longa, colete imobilizador, maca e colchonete da maca.
2. Passar hipoclorito de sódio 1% nos locais onde existir sangue e secreções, deixar por
dez minutos;
3. Lavar o material com água e sabão;
4. Deixar o material secar;
5. Recolocar todo o material na viatura.
6. Descontaminar o reanimador manual, deixando o equipamento imerso por 30 minutos
em balde escuro e com tampa, contendo solução de hipoclorito de sódio a 0,5% (para
cada litro de água coloque um litro de hipoclorito de sódio 1%);
7. Após os 30 minutos de imersão, lavar o material com sabão e água corrente;

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DESCONTAMINAÇÃO DA VIATURA Revisão: 03


E DOS EQUIPAMENTOS
Página: 40

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

8. Deixar o material secar à sombra; e


9. Recolocar o equipamento embalado no compartimento específico da viatura.

ATENÇÃO
Manter a ventilação do compartimento da viatura o maior tempo possível.
Não passar álcool nas superfícies de acrílico.
Não utilizar hipoclorito em superfícies metálicas.
Semanalmente deve-se realizar uma limpeza e descontaminação mais ampla (limpeza
terminal), isto é, retirar todo o material da viatura e realizar a limpeza do teto, paredes,
armários (interior e exterior), chão, enfim de todas as superfícies.
Não descartar material contaminado em lixo comum, e sim em sacolas próprias que
deverão ser descartadas junto com insumos dos serviços de saúde.
Tomar especial cuidado com resíduos pérfuro-cortantes que deverão ser descartados
em recipiente próprio e destinados juntamente com insumos dos serviços de saúde.
Em caso de vítimas com doenças infecto-contagiosas (exemplo: tuberculose e
meningite), deve-se realizar imediatamente após o atendimento, a limpeza terminal.

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CONDUTA EM CASOS DE Revisão: 03


CONTAMINAÇÃO DO SOCORRISTA
Página: 41

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

CUIDADOS LOCAIS IMEDIATOS:


1. Lavar prontamente a lesão com água corrente e sabão;
2. Aplicar solução anti-séptica nas áreas afetadas, exceto nos olhos e orifícios naturais;
3. Aplicar curativos para a proteção de ferimentos abertos.

CONDUTA NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA ONDE A VÍTIMA FOI ENTREGUE:


1. Contatar por telefone o COBOM ou Oficial de Área, de forma a resguardar o sigilo
deste tipo de informação preservando o Bombeiro acidentado, e comunicar a
necessidade de permanecer momentaneamente no Hospital para uma avaliação
inicial do acidente;
2. Obter avaliação médica ou de enfermagem (infectologista) logo depois da entrega
do paciente comunicando o tipo de acidente e via de contaminação;
3. Se indicado ou encaminhado pelo Serviço de Emergência Hospitalar obter auxílio
no Hospital de Referência para infectologia da região;
4. Cumprir as orientações deste Serviço de Emergência quanto à necessidade de
investigação clínica do acidente ou a adoção de profilaxia correspondente ao tipo
de contaminação.

NOTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA E DE SAÚDE:


1. Comunicar, por via hierárquica, a ocorrência e as medidas iniciais de atendimento
recebido no Serviço de Emergência Hospitalar;
2. O Comandante de Posto de Bombeiros deverá investigar e registrar o ocorrido,
encaminhando estes dados ao Comando da OPM.
3. Apresentar o Bombeiro imediatamente à sua Unidade Integrada de Saúde para a
adoção de medidas administrativas de saúde e tratamentos complementares.
4. A Organização Policial Militar (a que o socorrista pertence) deverá comunicar o caso
aos escalões superiores, visando gerar Procedimento Técnico de Apuração de
Conduta Operacional, além de discussão do caso em reunião da Comissão Técnica
de Resgate e Emergências Médicas do CB, visando melhorar procedimentos e
equipamentos de proteção.

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CONDUTA EM CASOS DE Revisão: 03


CONTAMINAÇÃO DO SOCORRISTA
Página: 42

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ATENÇÃO
Não usar soluções cáusticas, como hipoclorito de sódio.
Prevenir a contaminação secundária ao atender o socorrista exposto.

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Número: RES-04-01
AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS EM
Revisão: 03
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Página: 43

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1.1. SEGURANÇA DO LOCAL E AVALIAÇÃO DA RESPONSIVIDADE DA VÍTIMA:


1.1.1. verificar se o local encontra-se seguro, eliminando os riscos existentes ou
tomando as medidas de proteção contra os riscos que não podem ser
imediatamente eliminados;
1.1.2. utilizar EPI adequado à situação;

1.1.3. chame a vítima estimulando-a com toque nos seus ombros (senhor ou senhora,
você está me ouvindo? você está bem?) ou se possível chame-a pelo nome.

1.2. (C.A.B.) CIRCULAÇÃO / VIAS AÉREAS / RESPIRAÇÃO:


1.2.1. se a vítima estiver inconsciente, deve-se checar IMEDIATAMENTE a
respiração e o pulso carotídeo (no adulto) ou (braquial) na criança.
1.2.2. se não houver respiração normal ou somente gasping e o pulso estiver ausente,
deve-se iniciar a RCP (conforme POP 05-06 ou 05-07), priorizando as
compressões torácicas ( Método C.A.B.) até a chegada do DEA, comunicando
esta situação para a Central de Operações e solicitando SAV;
1.2.3. se a vítima está inconsciente, não respira, mas tem pulso, aplique o POP
RES 05-04 (Parada respiratória com pulso); Observe os movimentos do tórax, a
vítima deve estar respirando de forma normal como se estivesse dormindo. Nos
casos de respiração agônica (Gasping) tratar como parada cardiorrespiratória.
1.2.4. se a vítima está inconsciente e respira, mantenha as vias aéreas pérveas
através da manobra adequada:
1.2.4.1. inspecionar visualmente a cavidade oral e em caso de objeto estranho e
visível, retirá-lo, sem realizar busca cega;
1.2.4.2. fazer aspiração caso haja secreções (vômito, sangue, fluídos corpóreos ou
líquidos) nas vias aéreas;
1.2.4.3. somente retirar próteses dentárias se as mesmas estiverem soltas ou
quebradas no interior da boca.

1.2.4.5. Aplicar a cânula orofaríngea nas condições recomendadas.

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AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS EM
Revisão: 03
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Página: 44

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1.2.5. Se a vítima estiver consciente, avalie e trate quaisquer comprometimentos nas


sequencia A,B,C e D e avalie sua queixa principal.

1.3. Avalie o status neurológico, aplicando a Escala de Coma de Glasgow conforme


anexo deste POP e acione a qualquer momento SAV se necessário ou decida
pelo Transporte Imediato.

2. ANÁLISE SECUNDÁRIA:

2.1. inicie a verificação dos sinais vitais (FC, FR e PA);


2.1.3. reavalie frequentemente o status neurológico, aplicando a Escala de Coma de
Glasgow conforme anexo deste POP e acione a qualquer momento SAV se
necessário ou decida pelo Transporte Imediato.
2.2. avaliar a queixa da vítima e adotar os respectivos POP RES para as emergências
clínicas suspeitas.
2.3. mantenha a vítima em posição confortável e esteja preparado para o agravamento
do quadro da vítima.
2.7. avalie as pupilas da vítima, observando:
 Reatividade: reativa ou não reativa.
 Tamanho: midríase (pupila dilatada) ou miose (pupila contraída).
 Simetria: isocóricas (pupilas simétricas), anisocóricas (pupilas assimétricas) e
desvio conjugado.
2.8. avaliar déficit motor nos membros superiores e inferiores de forma simétrica e a
presença de paralisia facial (desvio da comissura labial), aplique a Escala de
Cincinatti conforme anexo deste POP;
2.9. Aplique o AMPLA na avaliação subjetiva da vítima por meio da coleta de dados
com a própria vítima, familiares e testemunhas, que possam ajudar no
atendimento.

ATENÇÃO:

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AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS EM
Revisão: 03
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Página: 45

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Execute o exame físico detalhado em todas as vítimas inconscientes ou com


dificuldade de comunicação.
Sempre suspeite de uma lesão raquimedular em uma vítima encontrada inconsciente,
logo avalie a necessidade de aplicar todos os procedimentos padronizados para a
vítima de trauma.
Checar constantemente AMPLA (Alergia, Medicamentos, Passado Médico / Prenhez,
Líquidos ou Alimentos Ingeridos e Ambiente) no transcorrer da avaliação.

Observe durante o atendimento os sinais e sintomas acima e os relacione com os


sinais e sintomas de acidente vascular encefálico.

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AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS EM
Revisão: 03
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Página: 46

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

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EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 47

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ANÁLISE PRIMÁRIA:
1. Empregar como método o DR ABCDE como conceito de avaliação: (D - danger, R -
responsiveness, A - airway, B – breathing, C – circulation, D – disability e E –
exposition):
 (D) Segurança de cena e dos socorristas.
 (R) ESTÁ ALERTA ou PARECE INCONSCIENTE – testar a inconsciência.
 (A) Estabilizar a coluna cervical manualmente e certificar-se da permeabilidade
das vias aéreas nas vítimas de trauma.
 (B) Verificar respiração.
 (C) Verificar circulação.
 (D) Disfunção neurológica.
 (E) Exposição e ambiente.
Obs.: Não havendo respiração normal ou somente gasping e ausência de pulso central,
deverão ser iniciadas as manobras de ressuscitação conforme POP específico.

(D) SEGURANÇA DE CENA E DOS SOCORRISTAS:


1. Verificar se o local encontra-se seguro, eliminando possíveis riscos;
2. Utilizar EPI adequado;
3. Verifique a cinemática do trauma e acione S.A.V. se necessário.
4. Verificar o número de vítimas e, se necessário, solicitar apoio e realizar triagem.

(R) RESPONSIVIDADE:
1. Estabilizar manualmente a cabeça da vítima e chamá-la por pelo menos três vezes (Sr
ou Srª, você está me ouvindo? Sr ou Srª, você está bem? Ou chame-a pelo nome, se
souber), sem movimentá-la;
(A) VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO CERVICAL:

1. se a vítima estiver inconsciente:


1.1. Manter a estabilização manual da cabeça da vítima para evitar movimentação até a
colocação do colar cervical e do imobilizador lateral de cabeça.
1.2.Fazer abertura das vias aéreas através da manobra de elevação da mandíbula;

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EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 48

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1.3. inspecionar visualmente a cavidade oral e em caso de objeto estranho, retirá-lo


(somente retirar próteses dentárias se as mesmas estiverem soltas ou quebradas
no interior da boca);
1.4. fazer aspiração, caso haja secreções (vômito, sangue, fluídos corpóreos ou
líquidos);
1.5. Colocar cânula orofaríngea em vítimas que não apresentem reflexo de vômito;
2. se a vítima estiver consciente:
2.1. apoiar manualmente a cabeça da vítima para evitar movimentação até a colocação
do colar cervical e do imobilizador lateral de cabeça e apresentando-se para a
vítima como socorrista, questionar sobre o ocorrido e avaliar a queixa principal;
2.2. verificar se as vias aéreas estão pérvias, analisando a presença de secreções ou
vômitos, dificuldade respiratória ocasionada por trauma visível no pescoço,
edema de vias aéreas por inalação de substâncias tóxicas ou gases aquecidos,
lesões orais e ruídos indicativos de obstrução parcial de vias aéreas.
3. Nos casos de obstrução de vias aéreas, grandes sangramentos da cavidade oral e
vômitos persistentes, acionar S.A.V.

(B) VERIFICAR VENTILAÇÃO/RESPIRAÇÃO:


1. Verifique se há respiração pelo tempo inferior a 10 segundos:
2. Se presente:
2.1. instale oxímetro de pulso e avalie a saturação de oxigênio no sangue.
Administre oxigênio conforme POP específico;
2.2. se ausente, adotar POP RES 04-04 (Parada Respiratória) e acione o SAV.
3. Nos casos de dificuldade ou parada respiratória, acionar S.A.V.

(C) VERIFICAR CIRCULAÇÃO:


1. se a vítima estiver inconsciente e respira normalmente, nem apresenta gasping:
1.1. palpar pulso carotídeo nas vítimas com idade acima de 1 ano pelo tempo inferior a
10 segundos;

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Número: RES-04-03

EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 49

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1.1.1. nos casos de vítimas com idade abaixo de 1 ano, utilizar a artéria braquial. Na
ausência de pulso central, realizar manobras de ressuscitação.
1.2. não sendo possível constatar o pulso central em até 10 segundos, considerar como
pulso ausente para fins de manobras de reanimação.
2. se a vítima estiver consciente:
2.1. Checar pulso radial. Se ausente a P.A. Sistólica pode estar menor que 80mHg,
portanto, suspeitar de choque hemorrágico;
2.2. Checar perfusão capilar periférica. Se maior que 2 segundos ou ausente suspeitar
de choque hemorrágico;
2.3. Checar presença de palidez cutânea ou sudorese fria;
2.4. A ausência de pulso radial, taquicardia, agitação e confusão mental, taquipnéia,
palidez cutânea e sudorese são sinais sugestivos de choque e deve acionar o SAV.
3. Verifique a presença de hemorragias que impliquem em necessidade de controle
imediato e providencie as técnicas correspondentes, conforme POP RES 05-01.

(D) DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA: fazer uma avaliação preliminar da parte neurológica,


avaliando o diâmetro pupilar e o nível de consciência (aplique a escala de Glasgow);

(E) EXPOSIÇÃO E AMBIENTE: exponha com todo o cuidado possível, regiões do corpo da
vítima em busca de lesões, avaliando rapidamente a região cervical, aplicando o colar
cervical, procurando por lesões graves e prevenindo a hipotermia.

ATENÇÃO:
Em caso de respiração agônica (GASPING), tratar como parada cardiorrespiratória.
Em quaisquer das etapas da Análise Primária, avalie se as condições da vítima se
enquadram no POP de Acionamento de SAV ou de Transporte Imediato, adotando-se,
nestes casos, as providências respectivas.
No trauma, a hipotermia pode interferir no processo de coagulação e agravar as
condições da vítima impedindo o controle de hemorragias, portanto deve-se evitar
que a vítima permaneça tempo demasiado descoberta e exposta ao frio.

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Número: RES-04-03

EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 50

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Assim que houver oportunidade, cubra-a com manta aluminizada ou outro recurso
disponível e/ou a remova para local protegido e aquecido.

ANÁLISE SECUNDÁRIA:

ANÁLISE OBJETIVA

1. VERIFICAR OS SINAIS VITAIS: (frequência respiratória /cardíaca e pressão arterial);


1.1. Analise se os valores encontrados estão dentro dos valores normais para a
respectiva faixa etária.
1.2. Avaliação Respiratória: continuar verificando a oximetria e alterações respiratórias.
Freqüência respiratória maior que 30 IRPM sugere hipoxemia ou choque. Oximetria
menor que 94 % sugere hipoxemia.
1.3. Avaliação Circulatória: verificar alterações. Freqüência cardíaca maior que 120
bpm;

1.4. Pessão arterial: Se PA sistólica for menor que 80 mm/Hg sugerem estado de
choque.

1.5. Na impossibilidade de auscultar os batimentos cardíacos com o estetoscópio, a


pressão arterial sistólica poderá ser aferida através da palpação do pulso radial.

2. REAVALIAÇÃO NEUROLÓGICA CONSTANTE:


2.1. Refazer a Escala de Coma de Glasgow; Se pontuação obtida estiver igual ou
abaixo de 12, solicite apoio de SAV ou autorização para Transporte Imediato.
2.2. Avalie novamente as pupilas da vítima, observando:
2.2.1. Reatividade: reativa ou não reativa.
2.2.2. Tamanho: midríase (pupila dilatada) ou miose (pupila contraída).
2.2.3. Simetria: isocóricas (pupilas simétricas), anisocóricas (pupilas assimétricas) e
desvio conjugado.

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Número: RES-04-03

EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 51

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

3. EXPOSIÇÃO DETALHADA: Exponha os locais afetados da vítima para realizar


exame físico complementar e procure por lesões que não tenham sido detectadas
anteriormente;
4. EXAME FÍSICO
A partir da queixa principal da vítima, proceder ao exame físico e numa segunda
etapa é feito um exame da cabeça aos pés, através de inspeção visual e palpação,
buscando por ferimentos abertos e fechados, dor a palpação, deformidades, edemas,
inchaços, pulso distal e resposta neurológica.
5. ANÁLISE SUBJETIVA
5.1. Checar constantemente AMPLA (Alergia, Medicamentos, Passado Médico
/ Prenhez, Líquidos Ingeridos e Ambiente) no transcorrer da avaliação.
5.2. Colher dados com a vítima, familiares ou testemunhas para ajudar no
atendimento.
ATENÇÃO
A Análise Primária deve ser completada no menor intervalo de tempo possível.
Toda vítima encontrada inconsciente deve ser tratada como portadora de lesão de
coluna, exceto se houver informações testemunhais contrárias.
Nas vítimas de trauma, manter a coluna cervical estável, em posição neutra
manualmente ou por colar cervical e imobilizador lateral de cabeça. Não mover a
vítima da posição em que se encontra antes de imobilizá-la, exceto quando:
1. estiver num local de risco iminente (fazer retirada rápida);
2. sua posição estiver obstruindo as vias aéreas;
3. sua posição impedir procedimentos essenciais da Análise Primária;
4. se for absolutamente necessário para garantir acesso a vítima mais grave.

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Número: RES-04-03

EXPOSIÇÃO DE VÍTIMAS Revisão: 03

Página: 52

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será


efetuado.
2. Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para
identificar sinais de lesões ou de emergências clínicas.
3. Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia.
4. Cobrir a vítima com cobertor térmico ou lençóis descartáveis.
5. Garantir privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as partes íntimas
de seu corpo.
6. Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que
isso não implique em prejuízo para o atendimento com consequente risco a vida.
7. Evitar danos desnecessários ao remover vestes e/ou calçados:
7.1. quando necessário cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba,
evitando meios de fortuna que possam contaminar ou agravar ferimentos.
8. Após relacionar os pertences da vítima e entregá-los ao profissional indicado pelo
hospital para o recebimento, guardar uma via do recibo de pertences com a
qualificação do recebedor para posterior arquivamento na unidade.

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Número: RES-04-04

UTILIZAÇÃO OXÍMETRO DE PULSO Revisão: 03

Página: 53

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Utilize o oxímetro de pulso nas vítimas durante a análise primária, assim que constatar
a presença de respiração;
2. Proceder com a limpeza breve da polpa do dedo indicador ou lóbulo da orelha (se tiver
sensor adequado) com uma gaze seca ou umedecida com soro fisiológico e secar;
3. Sendo possível, retirar o esmalte da unha;
4. Posicionar o sensor conforme especificação do fabricante;
5. Ligar o aparelho e aguardar a leitura (FC - freqüência cardíaca e SpO2 - saturação de
oxigênio) e comunicar os dados obtidos;
6. Deverá ministrar oxigênio (fluxo de 10 L/min) nos casos em que a saturação de
oxigênio for desconhecida ou inferior a 94%.

ATENÇÃO:
Poderá haver alteração de leitura do sensor nos casos em que a vítima estiver com
esmalte escuro nas unhas;
A indicação do sensor no lóbulo da orelha é somente se houver o equipamento
disponível;
Nos casos de lesões músculo esqueléticas num membro, o sensor deverá ser
colocado em outro membro não lesionado; e
Nos casos de excesso de luminosidade e outras alterações ambientais podem ocorrer
alterações da leitura de valores, devendo tais situações serem relatadas ao médico.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


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Número: RES-05-02
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM
VÍTIMA COM IDADE ABAIXO DE 01 ANO Revisão: 03

(OBJETOS SÓLIDOS) Página: 54

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

OBSTRUÇÃO PARCIAL DAS VIAS AÉREAS


1. Observar se a vítima pode respirar tossir, falar ou chorar;
PERGUNTE (Você está engasgado (a)?
1.1. em caso positivo:
1.1.1. orientar para continuar tossindo e não interferir;
1.1.2. deixar que a vítima encontre uma posição de conforto ou mantê-la em decúbito
elevado (semi-sentado)
1.2. em caso negativo, tratar a vítima como obstrução total.
2. Observar se o corpo estranho foi eliminado pela tosse, caso não tenha sido
eliminado pela tosse e persista a obstrução parcial:
2.1. observar a saturação de oxigênio e ministrar oxigênio e transportar a vítima em
posição confortável ao hospital;
2.2. manter observação constante da vítima, incluindo sinais vitais, fique atento e
esteja pronto para tratar uma eventual obstrução total.

OBSTRUÇÃO TOTAL DAS VIAS AÉREAS (CONSCIENTE)


1. Observar se a vítima pode respirar, tossir, falar ou chorar, e em caso negativo,
informar a Central de Operações e solicitar SAV;
2. Realizar repetidas compressões abdominais (Manobra de Heimlich), até a
desobstrução das vias aéreas ou a vítima tornar-se inconsciente.
3. Observar que nos casos de vítimas obesas ou gestantes, a compressão deverá ser
realizada no mesmo local indicado para a RCP (mãos sobrepostas no centro do tórax
entre os mamilos ou metade inferior do esterno).

VÍTIMA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL


1. Posicionar a vítima em DDH.
2. Fazer abertura das vias aéreas com a manobra mais adequada conforme POP RES
04-01 (se for caso clinico) e 04-02 (se for trauma);
2.1. tentar visualizar o objeto e em caso positivo removê-lo;

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


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Número: RES-05-02
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM
VÍTIMA COM IDADE ABAIXO DE 01 ANO Revisão: 03

(OBJETOS SÓLIDOS) Página: 55

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

2.2. Caso a vitima continue com obstrução total, inicie as compressões torácicas
imediatamente (sem a necessidade de checar pulso)
2.3. Execute série de 30 compressões torácicas;
2.4. inspecione a cavidade oral em busca do corpo estranho;
2.5. verifique se a vítima voltou a respirar e se ausente ainda;
2.6. repetir ciclos de 30 compressões torácicas por 2 tentativas de ventilações de
resgate até a desobstrução .
2.4. Em caso de desobstrução e/ou retorno da respiração espontânea, seguir as
orientações de cuidados pós-parada do POP RES 05-06 (RCP em casos
clínicos).

ATENÇÃO:
Somente remova corpos estranhos visíveis e não execute busca às cegas na cavidade
oral.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-02
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM
VÍTIMA COM IDADE ABAIXO DE 01 ANO Revisão: 03

(OBJETOS SÓLIDOS) Página: 56

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

OBSTRUÇÃO PARCIAL DE VIAS AÉREAS:


1. Na obstrução parcial o bebê estará consciente, poderá chorar, tossir e possuirá
movimentos respiratórios eficazes, devendo ser realizados os seguintes
procedimentos:
1.1. Não interfira e observe sinais de obstrução total;
1.2. Ministre oxigênio e esteja atento aos sinais de piora do quadro;

OBSTRUÇÃO TOTAL DE VIAS AÉREAS:


2. Na obstrução total os sinais apresentados serão choro fraco, ausência de
movimentos respiratórios ou tosse ou movimentos respiratórios ou tosse ineficazes,
devendo ser realizados os seguintes procedimentos:
2.1. bebê consciente:
2.1.1. posicionar o bebê em decúbito ventral sobre o antebraço do socorrista apoiado
em sua coxa, inclinado o corpo do bebê de forma que sua cabeça fique
ligeiramente abaixo da linha de seu tórax.
2.1.2. efetuar até 5 (cinco) tapas de expulsão nas costas do bebê (entre as
escápulas);
2.1.3. Se não houver sucesso nestas manobras, deverá posicionar o bebê em
decúbito dorsal no outro braço (também inclinado com a cabeça abaixo da
linha do tórax) e realizar até 5 (cinco) compressões torácicas;
2.1.4. repetir a sequencia de tapas e compressões no esterno enquanto a vítima
estiver consciente;
2.2. bebê tornou-se inconsciente ou foi encontrado inconsciente:
2.2.1. peça apoio do SAV e inicie a RCP começando pelas compressões torácicas
(sem necessidade de checar o pulso) e após 30 (trinta) compressões, abra as vias
aéreas e cheque se há presença de corpo estranho (não faça busca cega); e
2.2.2. faça 2 (duas) ventilações e continue nesta sequencia com os ciclos de 30
compressões e 2 tentativas de ventilações até que o objeto seja expelido.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-02
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM
VÍTIMA COM IDADE ABAIXO DE 01 ANO Revisão: 03

(OBJETOS SÓLIDOS) Página: 57

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ATENÇÃO:

A Manobra de Heimlich é contra indicada em bebês por não produzir o efeito de


desobstrução desejado;
Nos casos de obstrução das vias aéreas por líquido, as manobras de desobstrução
por tapas nas costas são contra indicadas, sendo indicada a aspiração mecânica e a
lateralização da vítima. Caso ocorra PCR, aplicar o POP RES 05-06 (RCP em caso
clínico).
Cuidado com a intensidade dos tapas de expulsão nas costas, pois poderá causar
lesões internas.
Cada tapa nas costas e cada compressão torácica na manobra de desobstrução
devem ser consideradas como tentativas isoladas, portanto saindo o corpo estranho
ou surgindo sinais de sucesso (desobstrução) estas manobras serão imediatamente
interrompidas.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-03

DESOBSTRUÇÃO EM CASO Revisão: 03


MATERIAL LÍQUIDO OU SEMILÍQUIDO
Página: 58

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

VÍTIMAS DE TRAUMA:
1. Liberar as vias aéreas com manobra adequada para trauma.
2. Utilizar o aspirador de secreções com o cateter mais adequado ao material a ser
aspirado.
3. Retirar o cateter aspirando em movimentos circulares:
3.1. em vítimas conscientes, não gastar mais que 15 segundos para cada sucção;
3.2. em vítimas inconscientes, não gastar mais que 5 segundos para cada sucção.
4. Observar que:
4.1. na presença de vômitos, lateralizar a vítima ou a prancha longa para evitar a
bronco aspiração, mantendo-a nesta posição durante o transporte.

VÍTIMAS DE CASOS CLÍNICOS SEM SUSPEITA DE LESÃO CERVICAL:


1. Liberar vias aéreas com a manobra mais adequada;
2. Utilizar o aspirador de secreções com a vítima na posição de recuperação (decúbito
lateral).
3. Na ocorrência de vômitos, transportar a vítima corretamente imobilizada com a
LATERALIZAÇÃO DA PRANCHA LONGA.

ATENÇÃO
Em vítimas de trauma, transportar em prancha longa, fixada com tirantes e, se houver
ocorrência de vômitos, girar a prancha lateralmente.
Cuidado com aspiração de secreção intempestiva em crianças, pois pode provocar
espasmo de laringe.
Em todos os procedimentos de aspiração, o socorrista deve utilizar óculos e máscara.
vítimas com traqueostomia, atentar para aspiração na estoma, sem introdução
demasiada da sonda.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-04

CONDUTA EM PARADA RESPIRATÓRIA Revisão: 03


COM PULSO
Página: 59

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Constatar ausência de respiração (movimentos respiratórios ineficazes ou


ausentes).
2. Checar pulso central (carotídeo ou braquial) e, se presente, liberar vias aéreas,
colocar cânula orofaríngea e efetuar 02 (duas) ventilações, preferencialmente com
máscara de bolso (socorrista isolado) ou ventilador manual (2 socorristas);
3. Não havendo expansão torácica reposicione a cabeça na tentativa de melhorar a
abertura das vias aéreas;
4. Melhore a vedação da máscara contra a face sem que ocorra pressão excessiva,
pois pode prejudicar a permeabilidade das vias aéreas;
5. Efetuar 01 (uma) ventilação a cada:
 5 a 6 segundos (10 a 12 ventilações/minuto): vítimas com idade acima de 08
anos;
 3 a 5 segundos (12 a 20 ventilações/minuto): vítimas com idade entre 28 dias
e 08 anos;
 1 a 1,5 segundos (40 a 60 ventilações/minuto): vítimas com idade abaixo de
28 dias.
6. Checar pulso central a cada 02 minutos, sem interromper as ventilações:
7.1. Pulso presente: se a respiração é ausente ou ineficaz, mantenha as
ventilações;
7.2. Pulso ausente: inicie POP RES 05-05 (RCP em trauma) ou POP RES 05-06
(RCP em caso clínico).

ATENÇÂO:
Verificar se há obstrução respiratória e se presente, adotar POP RES 05-01, 05-02 ou
05-03 conforme o caso.
Se houver dificuldade na ventilação por presença de secreções líquidas, utilize o
aspirador de secreções com sonda adequada para a idade.
Ofereça oxigênio com alto fluxo (10 L/min) para todas as vítimas com saturação
desconhecida ou inferior a 94%.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-05

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM Revisão: 03


CASOS DE TRAUMA
Página: 60

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Constatada a existência de parada cardiorrespiratória, informar a Central de


Operações e solicitar apoio de SAV;
2. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida, com a proteção manual
da coluna cervical;
3. Iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) conforme a tabela de RCP deste
POP;
4. Somente instalar o DEA quando ficar evidenciado que a causa da parada foi
clínica, precedendo o trauma e não decorrente do trauma, sendo que, nos demais
casos de trauma, não deverá ser instalado o DEA, exceto por orientação de
médico do sistema;
5. Constatando tratar-se de parada cardiopulmonar de causa clínica adotar o POP
RES 05-06 (RCP em casos clínicos);
6. Retornando a circulação espontânea (presença de pulso carotídeo) sem sinais de
respiração, deverá ser adotado o POP RES 05-04 (parada respiratória);
7. Transporte da vítima:
7.1. com SAV no local: a critério do médico no local;
7.2. com SAV em deslocamento: manter manobras RCP sem embarque da
vítima, exceto nos seguintes casos:
7.2.1. se o local oferecer risco à guarnição;
7.2.2. se for caso de transporte imediato, proceder conforme POP RES 01-02.
7.3. sem SAV disponível:
7.3.1. nos casos de PCR por hipoxemia como Trauma, Afogamento / Asfixia,
Crianças (com causa respiratória) e Overdose (intoxicações), situações
“T.A.C.O.”, deve se aplicar pelo menos 4 minutos de RCP ( 2 sequencias de
5 ciclos de 30 x 2) de RCP, sem embarque da vítima.
7.3.2. se não houver retorno da circulação espontânea, a vítima deverá ser
transportada sem interrupção da RCP;
8. Não interromper a RCP, exceto por determinação de médico do sistema ou se o
local do acidente passar a oferecer risco para a guarnição e para a vítima; e

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-05

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM Revisão: 03


CASOS DE TRAUMA
Página: 61

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

9. Não será iniciada a RCP nos casos em que forem constatados sinais evidentes de
morte conforme POP RES 02-07.
10. Cuidados após retorno à circulação espontânea (presença de pulso carotídeo):
10.1. checar se a vitima respira de forma normal (movimentos e freqüência
respiratórios adequados). Não confundir com Gasping (respiração
agônica);
10.2. manter as vias aéreas pérveas, utilizando a cânula orofaríngea, aspirando
se necessário, e mantendo imobilização da coluna cervical;
10.3. se a saturação de oxigênio estiver abaixo de 94% com sinais de
insuficiência respiratória, deverá ser realizada assistência ventilatória com
ventilador manual enriquecido com oxigênio, de preferência por 2
socorristas (4 mãos);
10.4. manter somente a oxigenoterapia, de preferência, por máscara facial com
reservatório para vítimas com saturação desconhecida ou com saturação
menor ou igual 94%. Monitore a vítima com oxímetro, com meta de 96 %
de saturação;
11. Prevenir a hipotermia.

ATENÇÃO
Para uma RCP eficiente, executar compressões fortes e rápidas na metade inferior
do esterno, na frequência mínima de 100 compressões por minuto e na
profundidade mínima de 5 cm para adultos e crianças e 4 cm para bebês.
O tempo de compressão e relaxamento do tórax deverá ser igual, permitindo que
o tórax retorne à posição normal para ocorrer o enchimento cardíaco.
Após 2 minutos de RCP (ou ciclos correspondentes), o socorrista que estiver
efetuando as compressões, deverá ser substituído obrigatoriamente, minimizando
as interrupções.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-05

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM Revisão: 03


CASOS DE TRAUMA
Página: 62

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Evitar ventilações excessivas observando elevação visível do tórax a cada


compressão, oferecendo oxigênio assim que possível, através do ressuscitador
manual.
Não utilizar dispositivo de imobilização cervical (colar cervical durante o
procedimento de ventilação), pois interfere na liberação das VAS e ventilação
adequada. Mantenha a estabilização manual da cabeça o tempo todo. Considere o
uso do colar cervical depois da estabilização da vítima.
Transportar da vítima minimizando as interrupções das compressões torácicas.
Em casos de gestantes nas quais o útero estiver acima da cicatriz umbilical,
empurrar manualmente o útero para o lado esquerdo com o objetivo de melhorar
o retorno venoso durante todas as manobras de RCP.
TABELA DE RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

Faixa Etária / Ação ADULTO CRIANÇA BEBE NEONATO


(mais de 8 anos (entre 1 e 8 anos (entre 28 d.e 1 ano) (menos de 28 dias)
ou com sinais de ou até a
puberdade) puberdade)

Trauma: Elevação da Mandíbula Trauma: Elevação da Mandíbula


Abertura de Vias
aéreas
Checagem de Pulso Palpar pulso carotídeo em tempo Palpar pulso braquial em tempo inferior
inferior a 10 segundos. a 10 segundos
3x1
Relação 30 x 2 30 x 2 01 ou 02
30 X 2
Compressão x 01 Socorrista 01 Socorrista Socorristas
01 ou 02
Ventilação Socorristas
15 x 2 15 x 2 PCR decorrente de
02 Socorristas 02 Socorristas problemas
cardíacos: 15 x 2
No mínimo 1⁄3
do diâmetro da
No mínimo 1⁄3 do diâmetro da região
Profundidade da No mínimo região antero
antero posterior do tórax
Compressão 5 cm posterior do
. (cerca de 4 cm)
tórax
(cerca de 5 cm)

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-05

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM Revisão: 03


CASOS DE TRAUMA
Página: 63

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Utilizar um ou os
Manter os
dois braços.
braços
Manter os
estendidos,
braços
num ângulo de
estendidos, num 01 socorrista: utilizar a técnica dos 2
90º com o
ângulo de 90º dedos
corpo da
Posição dos Braços com o corpo da
vítima, (não
e Mãos flexionar
vítima, (não
flexionar 02 socorristas: utilizar a técnica dos
cotovelos)
cotovelos) dedos polegares
Apoiar a base
Apoiar a base
das mãos
das mãos
(região tenar e
(região tenar e
hipotenar)
hipotenar)

metade inferior metade inferior


Logo abaixo da linha que une os dois
Posição no Tórax do esterno, do esterno,
mamilos
sobre o esterno sobre o esterno

Frequência (ritmo) No mínimo, 100 compressões por minuto

Retorno da parede Permitir retorno total entre as compressões


torácica Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos

RCP com via aérea Compressões torácicas ininterruptas (sem necessidade de interrupção para
ventilação). No mínimo, 100/min
avançada (chegada 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min)
do SAV) Cerca de 1 segundo por ventilação.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:64

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Constatada a existência de parada cardiorrespiratória, informar a Central de


Operações e solicitar apoio de SAV;
2. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida;
3. Iniciar a reanimação cardiopulmonar (CAB) conforme a tabela de RCP deste
POP;
4. Instalar o DEA o mais rápido possível, sem interrupções das compressões
torácicas durante a aplicação das pás adesivas, conforme POP RES 05-07;
5. Retornando a circulação espontânea (presença de pulso carotídeo), as
compressões torácicas deverão ser interrompidas.
6. Transporte da vítima:
6.1. com SAV no local: a critério do médico no local;
6.2. com SAV em deslocamento: manter manobras RCP sem embarque da
vítima, exceto nos seguintes casos:
6.2.1. local de risco para a guarnição;
6.2.2. caso de transporte imediato, após autorização da Central de Operação.
6.3. sem SAV disponível e com DEA: as manobras de RCP deverão ser
mantidas, sem embarque da vítima, com utilização do DEA, e após 5
(cinco) análises consecutivas de choque indicado ou não, a vítima deverá
ser embarcada e transportada sem interrupção da RCP, mantendo as pás
na vítima, desconectando-as do DEA.
6.4. sem SAV disponível e sem DEA:
7. Não interromper a RCP, exceto por determinação de médico do sistema ou se
o local do acidente passar a oferecer risco para a guarnição e para a vítima;
8. Não será iniciada a RCP nos casos em que forem constatados sinais evidentes
de morte, conforme POP RES 05-08.
9. Cuidados após retorno à circulação espontânea (presença de pulso central):
9.1. checar se a vitima respira de forma normal (frequência e movimentos
respiratórios adequados). Não confundir com Gasping (respiração agônica);
9.1.1. faça a liberação das vias aéreas, utilize a cânula orofaríngea e realize
aspiração se necessário;

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:65

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

9.2. se não houver movimentos respiratórios normais, deverá ser realizada


ventilação com ventilador manual enriquecido com oxigênio, de preferência
por 2 socorristas (4 mãos);
9.3. manter a oxigenoterapia para vitimas com saturação desconhecida ou
saturação menor ou igual 94%. Monitore com oxímetro com meta de 96 %
de saturação, para ambas as situações;
9.4. vítimas que não aceitam a cânula orofaríngea ou que estejam conscientes,
deverão ser transportadas em decúbito lateral (posição de recuperação);
10. Não inicie ou não interrompa a RCP nos casos previstos no POP RES 05-08.

ATENÇÃO
Manter a fonte de oxigênio distante das pás adesivas durante o choque.

TABELA DE RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:66

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Faixa Etária / Ação ADULTO CRIANÇA BEBE NEONATO


(mais de 8 anos (entre 1 e 8 anos (entre 28 d.e 1 ano) (menos de 28 dias)
ou com sinais de ou até a
puberdade) puberdade)

Clínico: inclinação da cabeça e Clínico: inclinação da cabeça e elevação


Abertura de Vias
elevação do queixo do queixo
aéreas
Checagem de Pulso Palpar pulso carotídeo em tempo Palpar pulso braquial em tempo inferior
inferior a 10 segundos. a 10 segundos
3x1
Relação 30 x 2 30 x 2 01 ou 02
30 X 2
Compressão x 01 Socorrista 01 Socorrista Socorristas
01 ou 02
Ventilação Socorristas
15 x 2 15 x 2 PCR decorrente de
02 Socorristas 02 Socorristas problemas
cardíacos: 15 x 2
No mínimo 1⁄3
do diâmetro da
No mínimo 1⁄3 do diâmetro da região
Profundidade da No mínimo região antero
antero posterior do tórax
Compressão 5 cm posterior do
. (cerca de 4 cm)
tórax
(cerca de 5 cm)
Utilizar um ou os
Manter os
dois braços.
braços
Manter os
estendidos,
braços
num ângulo de
estendidos, num 01 socorrista: utilizar a técnica dos 2
90º com o
ângulo de 90º dedos
corpo da
Posição dos Braços com o corpo da
vítima, (não
e Mãos flexionar
vítima, (não
flexionar 02 socorristas: utilizar a técnica dos
cotovelos)
cotovelos) dedos polegares
Apoiar a base
Apoiar a base
das mãos
das mãos
(região tenar e
(região tenar e
hipotenar)
hipotenar)

metade inferior metade inferior


Logo abaixo da linha que une os dois
Posição no Tórax do esterno, do esterno,
mamilos
sobre o esterno sobre o esterno

Frequência (ritmo) No mínimo, 100 compressões por minuto

Retorno da parede Permitir retorno total entre as compressões


torácica Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos

RCP com via aérea Compressões torácicas ininterruptas (sem necessidade de interrupção para
ventilação). No mínimo, 100/min
avançada (chegada 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min)
do SAV) Cerca de 1 segundo por ventilação.

EMPREGO DO DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA):

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:67

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. O DEA será solicitado pelo socorrista que constatar a parada cardiorrespiratória,


devendo iniciar as manobras de RCP “C.A.B.”, ou seja, priorizando a circulação, as
vias aéreas e a respiração, nesta sequência, até a instalação do DEA.
2. O DEA deverá ser posicionado ao lado da cabeça da vítima, devendo na sequência
ser ligado.
3. Posicionar os eletrodos (pás adesivas) sobre o tórax exposto, na posição indicada,
conectando o cabo ao DEA ou conforme instruções do modelo em uso.
4. A RCP somente será interrompida quando o DEA emitir o comando sonoro “Afaste-
se”.
5. Durante a análise do DEA ninguém poderá tocar a vítima.
6. Caso o DEA alerte “choque indicado”:
7.1. o socorrista operador do DEA certifica-se que todos estão afastados e verbaliza:
“Afastem-se, Choque!” e aciona o botão específico.
7.2. após a aplicação do choque, verbaliza: “Choque aplicado!”. Inicie imediatamente
as manobras de RCP pelo socorrista mais descansado, seguindo orientação do
DEA.
7.3. as manobras de RCP deverão seguir o protocolo de comando sonoro do DEA,
trocando o socorrista que realiza as compressões torácicas durante as pausas
para análise, ou seja, a cada 2 minutos.
7. Caso o DEA alerte “choque não indicado”:
8.1. inicie imediatamente as manobras de RCP pelo socorrista mais descansado,
seguindo orientação do DEA.
8.2. as manobras de RCP deverão seguir o protocolo de comando sonoro do DEA,
trocando-se a função de compressão torácica durante as pausas para análise, ou
seja, a cada 2 minutos.
8.3. após a segunda análise do DEA com choque não indicado, o socorrista deve
checar o pulso carotídeo, por até 10 segundos.
8.4. na ausência do pulso reiniciar RCP seguindo o protocolo de comando sonoro do
DEA, trocando-se a função de compressão torácica durante as pausas para
análise, ou seja, a cada 2 minutos.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:68

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

8. Se não houver SAV disponível, as manobras de RCP deverão ser mantidas, sem
embarque da vítima, e após 5 análises consecutivas de “choque indicado” ou “não
indicado”, a vítima deverá ser embarcada e transportada sem interrupção da RCP,
mantendo os eletrodos na vítima, desconectando-as do DEA.
9. A RCP deve ser interrompida quando houver retorno da circulação espontânea
(pulso central), ou conforme POP RES 05-08.

ATENÇÃO
Recomenda-se utilizar o DEA com eletrodos infantis em vítimas com idade até 8
anos ou sem sinais de puberdade, porém, na ausência das pás adesivas infantis,
utilizar as de adulto, na posição anterior e posterior (anteroposterior).
Em vítimas molhadas, secar apenas a região torácica.
Não utilize o DEA em locais molhados (poças d´água, por exemplo);
Os eletrodos devem ser aplicados no tórax sem excesso de pelos (poderá ser
necessário raspagem no local para melhor aderência);
Em vítimas portadoras de marcapasso ou desfibrilador implantável, os eletrodos
deverão ser aplicados afastados cerca de 8 cm do dispositivo. Se durante a análise,
o DEA detectar interferência destes dispositivos implantados através do comando
“movimento detectado”, trocar a posição dos eletrodos para a posição antero
posterior (considere o uso de um novo eletrodo);
Todo medicamento transdérmico (adesivo) deve ser retirado da superfície torácica e
a região deve ser limpa (com compressa seca) antes da colocação das pás;
Os adornos que estiverem no local ou entre as pás adesivas devem ser removidos;
Assegure que os eletrodos estejam bem conectados evitando faíscas;
Evitar fluxo de oxigênio próximo ao tórax e a utilização do DEA em locais com
atmosfera explosiva;
O DEA poderá ser utilizado em vítimas que se encontrem sobre superfícies
condutoras (aeronave, maca, escadas, plataformas, embarcações e etc.), tendo em
vista que a corrente de fuga resultante do choque é de apenas 10 miliampéres;
A utilização do DEA em gestante não difere das demais vítimas;

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-07
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
COM DESFIBRILADOR EXTERNO Revisão: 03
AUTOMÁTICO
Página:69

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Caso ocorra PCR durante o transporte, pare a viatura em local seguro e instale o
DEA, iniciando o presente POP.
Desconecte os eletrodos do aparelho nos casos em que a vítima apresentar sinais
vitais e houver a necessidade de movimenta-la a fim de evitar comandos
indesejados de “choque recomendado”, conforme instruções dos fabricantes.
Informar à equipe médica (SAV ou do Hospital) sobre a utilização do DEA e a
quantidade de choques aplicados nas vítimas.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-08

QUANDO NÃO INICIAR OU INTERROMPER Revisão: 03


A RCP
Página: 070/01

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

SITUAÇÕES EM QUE O SOCORRISTA NÃO INICIARÁ A RCP:


1. Nos casos de morte evidente conforme POP RES 02-07:
1.1. rigidez cadavérica;
1.2. livor mortis ou manchas de hipóstases associados a outros sinais tardios de
morte;
1.2. estado de putrefação ou de decomposição (sinal tardio de morte);
1.3 decapitação;
1.4. esmagamento completo de cabeça ou tórax;
1.5. carbonização extensa (cabeça e/ou tronco) ou calcinação;
1.6. espostejamento (esquartejamento);
1.7. seccionamento do tronco.
2. Morte constatada por médico no local;

APÓS INICIADA A RCP, O SOCORRISTA IRÁ INTERROMPÊ-LA CASO:


1. Ocorra o retorno da circulação espontânea da vítima (pulso central);
2. Seja determinada a interrupção da RCP por médico identificado no local;
3. Haja risco grave e iminente para os socorristas manterem a RCP no local.
4. Haja fadiga extrema dos socorristas sem opção de apoio ou transporte imediato.

ATENÇÃO:
Quando não for iniciada ou for interrompida definitivamente a RCP, o caso será
registrado no relatório de ocorrência, inclusive com o nome e CRM do médico.
Estar atento à necessidade legal de preservação de local de crime por viatura policial.
No caso de vitima classificada como inviável no POP de triagem de múltiplas vítimas
(classificação na cor preta), apesar da RCP não ser iniciada no momento de sua
classificação, caso a capacidade de atendimento torne-se compatível com a demanda
de vítimas, deverá ser iniciada a RCP, exceto se já foi constatada na avaliação inicial a
existência de sinais evidentes de morte.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-05-09

OXIGENOTERAPIA Revisão: 03

Página: 71

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a responsividade da vítima, estabilizar a coluna cervical manualmente em


caso de trauma e verificar permeabilidade das vias aéreas, conforme POP de
avaliação de vítimas.
2. Ministrar, como primeira escolha, oxigênio por máscara com reservatório ao fluxo de
10 L/min, caso a saturação de oxigênio seja inferior a 94% ou desconhecida.
2.1. nos casos de vítimas abaixo de 08 anos, ministrar oxigênio por máscara infantil
com fluxo de 10 L/min, deixando a máscara afastada cerca de 5 cm da face, para
evitar agitação da criança;
2.2. se for possível e seguro, permitir que os pais segurem a máscara infantil;
2.3. nos casos clínicos, permitir que a vítima assuma a posição mais confortável;
2.4. nos casos de trauma, manter a vítima em decúbito dorsal com a coluna cervical
imobilizada e com a liberação das vias aéreas;
3. Ministrar oxigênio por cateter nasal (fluxo de 3 L/min), quando a máscara não for
tolerada, mas não utilizar cateter nasal em vítimas com idade abaixo de 8 anos;
4. Estar atento para a necessidade de realizar ventilações de resgate com ressuscitador
manual em casos de parada respiratória.
5. Conforme o tipo de equipamento a ser empregado, é indicado o fluxo de oxigênio do
quadro abaixo:

Idade Abaixo de 28 dias Entre 28 dias e 8 anos Acima de 8 anos


Máscara 10 L/min 10 L/min 10 L/min
Reanimador 3 L/min 5 L/min 10 L/min
Cateter Nasal - 3 L/min

ATENÇÃO
NÃO ministrar oxigênio umidificado.
A oxigenação não substitui a ventilação.
Atentar para o risco de acidentes com o oxigênio (flash ou explosão) quando em
contato ou proximidade com produtos inflamáveis, graxa, resíduos oleosos entre
outros.

Não mantenha frasco de umificador vazio acoplado aos sistemas de oxigênio, pois
reduz a pressão da oferta de o2 e serve de local para colonização de bactérias.

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Número: RES-06-01

CONTROLE DE HEMORRAGIAS Revisão: 03

Página: 72

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

HEMORRAGIAS EXTERNAS
1. Expor o ferimento.
2. Fazer compressão direta e firme sobre o ferimento até parar o sangramento.
3. Fixar a compressa sobre o ferimento com uma atadura ou bandagem triangular.
4. Caso o sangramento persista utilizar o torniquete como último recurso.
5. O torniquete não deverá ser afrouxado até que a vítima esteja sob cuidados
médicos, sendo necessário anotar o horário em que o mesmo foi feito e transmitir
esta informação à equipe médica.
6. Prevenir estado de choque conforme POP RES 06-02.
7. Ministrar oxigênio se necessário e conforme POP RES 05-09.
8. Transmitir informações para a Central de Operações e aguardar orientações.

HEMORRAGIAS INTERNAS
1. Identificar a suspeita de hemorragia interna, de acordo com o mecanismo de
trauma e avaliação da vítima.
2. Prevenir estado de choque conforme POP RES 06-02.
3. Ministrar oxigênio se necessário e conforme POP RES 05-09.
4. Afrouxar a vestes da vítima.
5. Expor a vítima e prevenir hipotermia.
6. Informar a Central de Operações e aguardar orientação sobre o envio do SAV ao
local ou autorização para transporte imediato.

ATENÇÃO
Nunca remover a compressa de gaze após aplicá-la sobre o ferimento, sendo que
se necessário, colocar outras por cima se o sangramento não parar.
Nos ferimentos perfurantes do crânio não realizar compressão forte.
Não elevar os membros inferiores devido ao risco de agravar lesões
musculoesqueléticas existentes ou lesões vasculares.
Não obstruir a saída de sangue através dos orifícios naturais.

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Número: RES-06-01

CONTROLE DE HEMORRAGIAS Revisão: 03

Página: 73

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Não perder tempo com imobilizações elaboradas.


Estar atento para roupas grossas de inverno e pisos porosos como areia, terra ou
grama onde grande quantidade de sangue pode ser absorvida.
Em caso de desastres com múltiplas vítimas, realizar o torniquete se não houver
materiais em quantidade apropriada, configurando estado de necessidade em que
a vida da vítima é a prioridade, ressaltando que em ambientes de risco, não é
possível a elaboração de procedimentos que demandam tempo demasiado.

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Número: RES-06-02

CONDUTA EM ESTADO DE CHOQUE Revisão: 03

Página: 74

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Ao identificar que a vítima possui sinais e sintomas de estado de choque, informar a


Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte imediato;
2. Manter a permeabilidade das vias aéreas e alinhamento da coluna cervical;
3. Checar respiração e circulação, iniciando as manobras de reanimação se for
necessário;
4. Controlar hemorragias POP RES 06-01;
5. Ministrar oxigênio por máscara conforme POP RES 05-09.
6. Checar estado neurológico conforme POP RES 04-01 e 04-02.
7. Expor a vítima e prevenir hipotermia.
8. Manter a vítima em DDH (sem NUNCA elevar os membros inferiores da vítima)
9. Solicitar transporte imediato caso não haja SAV em apoio.
10. Monitorar os sinais vitais durante o transporte.

ATENÇÃO
O socorrista deve estar preparado para a ocorrência de vômitos.
Não ministrar medicamentos, alimentos ou líquidos para a vítima.

Não elevar os membros inferiores devido ao risco de agravar lesões


musculoesqueléticas ou lesões vasculares existentes, bem como não elevar a
parte inferior da prancha longa, pois pode facilitar a regurgitação e a bronco-
aspiração.

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Número: RES-06-03

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES Revisão: 03

Página: 75

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a cinemática do trauma.


2. Realizar avaliação da vítima, priorizando condições que ameaçam a vida.
3. Ministrar oxigênio se necessário e conforme POP RES 05-09.
4. Prevenir o estado de choque e em caso havendo sinais do mesmo, solicitar SAV ou
autorização para transporte imediato conforme POP RES 01-02.

5. Localizar e expor a área do ferimento, pois pode sugerir que houve lesão interna de
órgãos, com ou sem hemorragia.
5.1. limpar a área do ferimento, retirando somente corpos estranhos não aderidos à
pele utilizando gaze seca (exemplo: pedaços de roupa ou grama);
5.2. não lavar o ferimento;
5.3. no caso de objetos penetrantes ou transfixados, efetuar curativo de
estabilização, protegendo a lesão da movimentação do objeto, com auxílio de
gaze, atadura ou bandagem.
6. Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento.
7. Fazer curativo compressivo na presença de sangramento.
8. Cobrir o ferimento com compressa de gaze seca, fixando-a com esparadrapo, fita
crepe, atadura ou bandagem triangular.

ATENÇÃO
Vestimentas de frio podem esconder ferimentos importantes ou objetos
penetrantes ou transfixados.
Não retirar objeto penetrante, exceto quando este se encontrar na região da
bochecha comprometendo as vias aéreas.

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Número: RES-06-04

FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE Revisão: 03

Página: 76

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a cinemática do trauma e realizar a avaliação da vítima.


2. Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada na
posição neutra.
3. Adotar cuidados especiais para:
3.1. não retirar objetos encravados ou transfixantes, exceto, aqueles na bochecha
que comprometam a permeabilidade das vias aéreas;
3.2. nos ferimentos com fratura de mandíbula utilizar a cânula orofaríngea nas
vítimas inconscientes para manter as vias aéreas permeáveis (exceto se houver
reflexo de vômito ou convulsões).
3.3. evitar pressão excessiva nos curativos de crânio
4. Aplicar curativo oclusivo em ferimentos penetrantes de crânio.
5. Utilizar compressa de gaze para o curativo e fixá-la com bandagem triangular ou
atadura de crepe.
6. Estabilizar o objeto encravado com auxílio de compressa de gaze, atadura de crepe
e bandagem triangular.
7. Atentar para os sinais de traumatismo craniano.
8. Não ocluir a saída de sangue ou líquor dos orifícios.

ATENÇÃO
Ferimentos da face com fratura associada na região da cabeça, muitas vezes
necessitam de manobras de SAV para a manutenção das vias aéreas.
Não efetuar curativo compressivo nos ferimentos penetrantes de crânio.

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Número: RES-06-05

FERIMENTOS NOS OLHOS Revisão: 03

Página: 77

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

9. Verificar a cinemática do trauma e efetuar a avaliação da vítima.


10. Retirar somente corpos estranhos grosseiros superficiais e soltos com gaze seca na
superfície externa das pálpebras.
11. 2.1. não retirar nenhum corpo estranho do globo ocular.
12. Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que somente um olho tenha
sido lesionado, para limitar os movimentos.
13. 3.1. não fazer pressão sobre o globo ocular;
14. 3.2. não tentar recolocar o globo ocular protuso no lugar;
15. 3.3. umedecer a gaze em soro fisiológico e proceder com o curativo.
16. Aplicar soro fisiológico por pelo menos 10 minutos no caso de queimadura química
(no local ou mesmo durante o transporte), seja por substância alcalina ou ácida.
17. A aplicação do soro fisiológico deve ser feita do centro para o canto externo do
olho;

ATENÇÃO
No caso de queimaduras químicas obter o nome do produto e se possível levar o
recipiente ou informações do rótulo para o hospital.

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Número: RES-06-06

FERIMENTOS NO NARIZ Revisão: 03

Página: 78

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

FERIMENTOS TRAUMÁTICOS
1. Verificar a cinemática do trauma e efetuar a avaliação da vítima;
2. Manter as vias aéreas permeáveis;
3. Observar se há saída de sangue e/ou líquor e não obstruir a sua saída; proteger o
local com gaze.

HEMORRAGIA NASAL NÃO TRAUMÁTICA (EPISTAXE)


1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Manter a vítima calma e sentada e a cabeça em posição neutra.
3. Manter a vítima em decúbito lateral, caso a vítima esteja inconsciente.
4. Estando a vítima consciente, orientá-la para que respire pela boca, não forçando a
passagem de ar pelas narinas e também para não engolir o sangue.
5. Pinçar com os dedos indicador e polegar, as narinas na sua parte cartilaginosa
durante 5 minutos, transportando a vítima na posição sentada:
5.1. se persistir o sangramento, exercer novamente a pressão com os dedos;
5.2. pode ser usada compressa fria sobre a narina que está sangrando.
6. Caso o sangramento persista, não tentar impedir a saída do sangue, manter a
vítima em posição de recuperação.

ATENÇÃO
Orientar a vítima para NÃO assoar o nariz sob risco de agravar a lesão.
Se usar gelo, envolver com pano para não provocar queimadura.

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Número: RES-06-07

FERIMENTOS NO PESCOÇO Revisão: 03

Página: 79

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a cinemática do trauma e efetuar a avaliação da vítima;


2. Manter as vias aéreas permeáveis:
2.2. havendo dificuldade respiratória, adotar POP RES 09-03;
3. Manter a coluna alinhada na posição neutra, mesmo se não for possível utilizar o
colar cervical.
4. Ministrar oxigênio se necessário.
5. Verificar se o ferimento produziu abertura no pescoço (tipo traqueotomia), e em caso
positivo:
5.1. não ocluir este ferimento;
5.2. deixar a vítima respirar por esta via;
5.3. não permitir acúmulo de secreções;
6. Imobilizar o objeto penetrante ou transfixado para evitar movimentação do mesmo e
não tentar removê-lo.
7. Havendo obstrução total de vias aéreas pelo objeto, informar Central de Operações
e solicitar SAV ou autorização para transporte imediato.
8. Adotar os seguintes cuidados nos ferimentos que comprometam vasos sanguíneos:
8.1.fazer uma compressão manual direta sobre o vaso e mantê-la até chegar ao
hospital;
8.2.nunca pressionar os dois lados ao mesmo tempo.

9. Transportar a vítima na posição mais confortável, considerando o lado da lesão e


se existe dificuldade respiratória, sendo que no caso de regurgitação a guarnição
deverá lateralizar a prancha longa ou a vítima com a cabeça e pescoço
estabilizada.
ATENÇÃO
Estar atento aos sinais de lesão na laringe e traquéia por traumatismo fechado.
Estar atento para alteração de voz, dos ruídos respiratórios, aumento de
hematomas, enfisema subcutâneo e desvio de traquéia que podem comprometer a
permeabilidade das vias aéreas. Nestes casos, acionar SAV.

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Número: RES-06-09

FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX Revisão: 03

Página: 80

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

AMPUTAÇÃO OU AVULSÃO:
1. Verificar a cinemática do trauma e efetuar a avaliação da vítima.
2. Conter hemorragia empregando as técnicas do POP RES 06-01.
3. O torniquete poderá será efetuado como último recurso para contenção da
hemorragia.
4. Prevenir o estado de choque conforme POP RES 06-02.
5. Localizar o segmento amputado.
6. Envolver o segmento amputado em plástico protetor esterilizado.
7. Conduzir o segmento amputado juntamente com a vítima.
8. Colocar o segmento amputado, envolvido em plástico esterilizado, em um recipiente
com gelo, se possível.

ESMAGAMENTO:
1. Nos casos de esmagamento em que a vítima ou a parte do corpo afetada estão
liberadas:
1.1. estancar a hemorragia na região esmagada (curativo compressivo) ou curativo
oclusivo para proteção se não houver hemorragia;
1.2. imobilizar os membros afetados com a utilização de talas.
2. Nos casos de esmagamento em que a vítima ou a parte do corpo afetada estão
retidas (máquinas, ferragens veiculares, escombros etc.) o socorrista deverá:
2.1. acionar SAV, se disponível, para o local e aguardar orientação médica para a
remoção;
2.2. não havendo SAV disponível, solicitar autorização para transporte imediato e
realizá-lo, assim que a vítima for liberada e forem tomadas as medidas de
contenção de hemorragias e de oclusão do ferimento.

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Número: RES-06-09

FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX Revisão: 03

Página: 81

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ATENÇÃO
Considerar a possibilidade da ocorrência de estado de choque nas grandes
amputações e/ou avulsões.
Vítima retidas em ferragens, máquinas, escombros (membros ou partes do corpo),
poderão desenvolver a síndrome compartimental ou do esmagamento, devido aos
danos causados no tecido muscular, podendo evoluir para um quadro de
insuficiência renal aguda, portanto é muito importante a participação do SAV
durante o processo de liberação da vítima, onde procedimentos avançados
poderão ser empregados para minimizar os efeitos desta síndrome.
Não colocar o segmento amputado em contato direto com gelo, água, soro
fisiológico ou outra substância.
Caso haja grande perda de sangue ou sinal de choque, não perder muito tempo em
procurar o membro amputado ou providenciando gelo. Priorizar o transporte da
vítima, sendo que o membro quando for localizado por outras equipes deverá ser
conduzido imediatamente ao hospital de referência onde a vítima se encontra.

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Número: RES-06-09

FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX Revisão: 03

Página: 82

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a cinemática do trauma e efetuar a avaliação da vítima.


2. Fornecer informações preliminares à Central de Operações.
3. Controlar sangramentos externos conforme POP RES 06-01.
4. Prevenir o estado de choque conforme POP RES 06-02.
5. Verificar se o ferimento é soprante e neste caso:
5.1. pedir para a vítima que estiver consciente expulsar todo o ar dos pulmões;
5.2. se inconsciente, observar o movimento de expiração e aplicar no ferimento o
curativo que funcione como válvula, consistindo em curativo oclusivo de
formato quadrado, utilizando o plástico protetor de evisceração, vedando
suas bordas, deixando uma abertura lateral no tamanho suficiente para
funcionar como uma válvula unidirecional.
6. Verificar se há objeto penetrante:
6.1. se o objeto não estiver fixo , transportar a vítima de decúbito dorsal
horizontal;
6.2. se o objeto estiver fixo, não retirá-lo e estabilizá-lo.
7. Transportar a vítima em decúbito dorsal horizontal, exceto se houver objeto
penetrante na região dorsal; neste caso a vítima deverá ser transportada em
decúbito lateral (com pulmão não afetado para cima), mantendo a imobilização
manual da coluna ou com auxílio de outros dispositivos acessórios.
8. Informar a Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte
imediato.
9. Transportar monitorando sinais vitais.

ATENÇÃO
Estar atento para alteração da voz, dos ruídos respiratórios, aumento de
hematomas, enfisema de subcutâneo e desvio de traquéia que podem
comprometer a permeabilidade das vias aéreas.

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Número: RES-06-10

EVISCERAÇÃO Revisão: 03

Página: 83

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar a cinemática do trauma e realizar a avaliação da vítima.


2. Cobrir as vísceras expostas com curativo oclusivo, utilizando plástico esterilizado
ou, na ausência utilizar compressas de gaze algodoadas estéreis levemente
umedecidas.
3. Na ocorrência de vômitos, lateralizar o corpo da vítima e aspirar secreções se
necessário;
4. Prevenir estado de choque conforme POP RES 06-02;
5. Ministrar oxigênio se necessário e conforme POP RES 06-09.

ATENÇÃO
Não recolocar as vísceras no interior do abdômen.
Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra substância.
Não utilizar compressas de gaze pequenas para curativo abdominal evitando que
caia na cavidade.
Abrir o soro fisiológico para umedecer a compressa apenas no momento da
utilização.
Ficar atento para a possibilidade de contaminação pelo contato com as fezes
decorrentes da evisceração.

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Número: RES-07-01

TRAUMA Revisão: 03
MUSCULOESQUELÉTICO
Página: 84

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Tratar, primeiramente, as lesões que ameaçam a vida, detectadas na análise primária.


2. Expor o local do ferimento e remover adornos como relógio, pulseiras e anéis.
3. Cobrir ferimentos com gaze estéril seca, atadura de crepe ou bandagem triangular.
4. Não tentar reintroduzir um osso exposto.
5. Avaliar o pulso distal, perfusão capilar, cor, temperatura, sensibilidade e mobilidade.
6. Imobilizar o membro com o mínimo de movimentação possível, em posição mais
próxima da anatômica, conforme POP RES 07-02.
7. Avaliar pulso distal e perfusão capilar distal após a imobilização; caso fiquem
prejudicadas, refazer a imobilização.

ATENÇÃO
Na dúvida, se há ou não fratura, sempre imobilizar.
Não se distrair das prioridades por causa de uma fratura que cause uma
deformidade impressionante.

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Número: RES-07-02

IMOBILIZAÇÕES DE MEMBROS Revisão: 03

Página: 85

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

CLAVÍCULA, ESCÁPULA E OMBRO


1. Imobilizar o membro proporcionando sustentação para o braço.
2. Utilizar bandagem triangular e confeccionar uma tipóia:
2.1. se o membro estiver afastado do corpo, colocar um apoio entre o braço e o
corpo para manter o membro na posição encontrada.

LUXAÇÃO DE OMBRO
3. Utilizar bandagem triangular e confeccionar uma tipóia:
3.1. se o membro estiver afastado do corpo, colocar um apoio entre o braço e o
corpo para manter o membro na posição encontrada.
4. Envolver a articulação do ombro e do cotovelo:

ÚMERO
5. Para fratura proximal (próximo ao ombro), utilizar 2 bandagens triangulares,
imobilizando o membro fletido; e
6. Para fratura medial ou distal, utilizar preferencialmente tala rígida e imobilizar
atingindo articulação acima e abaixo, fixando com ataduras ou bandagens.

RÁDIO E ULNA
7. Envolver a articulação do cotovelo e do punho:
7.1. Utilizar a tala rígida ou moldável para imobilização de fraturas;

MÃO E DEDOS
8. Imobilizar a mão com os dedos semi-fletidos, deixando-os apoiados sobre um
rolo de atadura de crepe ou chumaço de gaze.
9. Utilizar tala rígida ou moldável.
10. Para os dedos, proceder da mesma forma; caso seja apenas um dedo
e o comprometimento é da falange distal, utilizar duas espátulas de madeira.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


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Número: RES-07-02

IMOBILIZAÇÕES DE MEMBROS Revisão: 03

Página: 86

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

PÉLVE
11. Imobilizar com auxílio da tala rígida e bandagem triangular;
12. Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e impedindo a flexão do quadril;
13. O espaço entre os membros inferiores poderá ser completado com talas
moldáveis para estabilizar o conjunto da imobilização;
14. Poderá ser utilizado o colete imobilizador dorsal na posição invertida como
alternativa de imobilização da pelve; e
15. Transportar a vítima em prancha longa.

LUXAÇÃO DE ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL


16. Fazer imobilização de forma a sustentar o membro na posição encontrada, utilizar
tala moldável e cobertores enrolados.
17. Utilizar a prancha longa.

FÊMUR
18. Utilizar a tala rígida ou moldável e imobilizar de forma a impedir movimentação
do quadril e do joelho.

JOELHO
19. Utilizar tala rígida ou moldável e imobilizar envolvendo o fêmur, a tíbia e a fíbula.

TÍBIA E FÍBULA
20. Utilizar tala rígida ou moldável e imobilizar envolvendo a articulação do
joelho e tornozelo.

PÉS
21. Utilizar tala moldável.
ATENÇÃO
Nunca realinhar um membro fraturado, optando-se pela imobilização na posição
encontrada, exceto se o posicionamento inviabilizar o transporte da vítima.

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Número: RES-07-02

IMOBILIZAÇÕES DE MEMBROS Revisão: 03

Página: 87

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Na evidência de alteração de perfusão e ausência de pulso distal à fratura,


informar à Central de Operações e que enviará SAV ou autorizará o transporte
imediato. Estar atento para a possibilidade de choque nas vítimas com fratura de
pelve e/ou fêmur pela grande quantidade de sangue no foco da fratura.
Sempre utilizar como regra básica: imobilizar os ossos acima e abaixo na fratura
de articulações; imobilizar as articulações acima e abaixo na fratura de ossos
longos.

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Número: RES-07-03

TRAUMA CRANIANO Revisão: 03

Página: 88

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas e, manter a coluna cervical alinhada em


posição neutra com aplicação do colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou
manualmente.
2. Aplicar cânula orofaríngea nas vítimas inconscientes.
3. Aspirar secreções da cavidade oral.
4. Ministrar oxigênio conforme POP 05-09.
5. Proteger os ferimentos com gaze, fixando com bandagem triangular ou atadura de
crepe, conforme POP 06-04.
6. Verificar se há saída de sangue ou liquor dos ouvidos e nariz e não obstruir; proteger
com gaze.
7. Transportar a vítima imobilizada em prancha longa em DDH.

ATENÇÃO
Considerar toda vítima portadora de trauma craniano como portadora de trauma de
coluna cervical associado.
Durante a avaliação, evitar manobras que possam agravar possível lesão cervical.
Na dúvida, o socorrista deve considerar que a vítima apresenta o quadro mais grave.
Estar preparado para a ocorrência de vômitos, fixando bem a vítima na prancha para o
caso de giro lateral.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-04

TRAUMA DE COLUNA Revisão: 03

Página: 89

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada em


posição neutra com a aplicação do colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou
manualmente.
2. Ministrar oxigênio conforme POP 05-09.
3. Monitorar sinais vitais e nível de consciência.
4. Avaliar a estabilidade do local, da vítima e da cena:
4.1. em vítimas que estejam sentadas em situação estável, antes de movimentá-las,
aplicar o colete imobilizador;
4.2. em vítimas que estejam em situações instáveis, aplicar o POP RES 07-12 (Técnica
de retirada rápida);
4.3. em vítimas que estejam em pé, utilizar a técnica de abordagem do POP 07-11.

ATENÇÃO
Considerar que toda vítima de trauma poderá ser portadora de lesão de coluna. Estar
preparado para a ocorrência de vômitos, fixando bem a vítima na prancha para o caso
de giro lateral.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-05

TRAUMA TORÁCICO Revisão: 03

Página: 90

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada


em posição neutra, aplicar o colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou
manualmente.
1.1. nas vítimas inconscientes aplicar a cânula orofaríngea.
2. Ministrar oxigênio conforme POP RES 05-09:
2.1. se houver dificuldade respiratória informar a Central de Operações e
aguardar o envio de SAV ou autorização para transporte imediato.
3. Controlar hemorragias e ocluir ferimentos se necessário conforme POP RES 06-
01 e POP RES 06-03 a POP RES 06-10;
3.1. nos ferimentos penetrantes soprantes de tórax aplicar o cura tivo de
três pontas de acordo com o POP RES 06-09.
3.2. em casos de tórax instável ou fratura de costela, apoiar o membro superior
sobre a lesão e fixá-lo ao tronco com bandagem triangular.
4. Monitorar sinais vitais regularmente.
5. Transportar a vítima em DDH.
6. Estar atento aos sinais e sintomas de choque e insuficiência respiratória.

ATENÇÃO
Lembrar que a vítima com trauma torácico geralmente tem agitação psicomotora
devido à dor e Hipóxia decorrente do trauma.

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Número: RES-07-06

TRAUMA ABDOMINAL Revisão: 03

Página: 91

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada em


posição neutra, aplicar o colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou
manualmente.
2. Na ocorrência de vômitos, girar a vítima lateralmente em monobloco e aspirar os
resíduos.
3. Ministrar oxigênio conforme POP RES 05-09.
4. Controlar hemorragias e cobrir ferimentos conforme POP RES 06-01 e POP RES 06-
03).
5. Estabilizar objetos encravados, fixando-os com gaze, atadura ou bandagem;
5.1. em casos de evisceração adotar POP RES 06-10.
6. Tratar o choque conforme POP RES 06-02.
7. Monitorar sinais vitais durante o transporte.

ATENÇÃO
Avaliar com cuidado um traumatismo abdominal, pois como o abdome é uma
grande cavidade, pode não ocorrer distensão mesmo após uma grande
hemorragia.
Suspeitar de trauma abdominal onde a vítima apresenta choque de causa
desconhecida.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
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Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-07

TRAUMA EM GESTANTE Revisão: 03

Página: 92

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada


em posição neutra, aplicar o colar cervical e imobilizador lateral de cabeça ou
manualmente.
2. Ministrar oxigênio conforme POP RES 05-09.
3. Prevenir hipotensão arterial, mantendo a gestante imobilizada na prancha
longa em decúbito dorsal com lateralização manual do útero para o lado
esquerdo ou inclinação da prancha longa para o lado esquerdo (em torno de
30°).
4. Fazer a análise secundária, tratando as lesões encontradas de acordo com os
respectivos procedimentos operacionais.

ATENÇÃO
Na vigência de qualquer alteração (contrações uterinas prematuras,
sangramento vaginal, perda de líquido amniótico) informar a Central de
Operações.
Observar se há contrações uterinas sugerindo trabalho de parto prematuro.
Observar se há sangramento vaginal, descolamento prematuro de placenta,
ruptura uterina ou saída de líquido amniótico (ruptura da bolsa amniótica).
Em algumas situações o estado geral da mãe ainda é bom, porém, o feto pode
estar em choque (o útero funciona como uma “almofada”, protegendo a mãe
de lesões penetrantes no abdome ou mesmo traumas fechados, mas quem
sofre é o feto).

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-08

IMOBILIZAÇÃO DE COLUNA CERVICAL Revisão: 03

Página: 93

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ESCOLHA DO COLAR CERVICAL


1. Escolher o colar cervical de tamanho apropriado, da seguinte forma:
1.1. com o pescoço da vítima em posição neutra, usando os dedos, meça da base do
pescoço (músculo trapézio) até a base da mandíbula da vítima;
1.2. o colar cervical apropriado deverá ter a medida encontrada no plástico rígido na
sua lateral.
APLICAÇÃO DO COLAR EM VÍTIMA SENTADA
1. Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima.
2. Examinar pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical.
3. Socorrista 1:
3.1. faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração
para cima;
3.2. na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, posicionando a
cabeça na posição neutra (sem necessidade de elevação da mandíbula);
3.3. na vítima consciente, realizar o apoio lateral de cabeça.
4. Socorrista 2:
4.1. escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;
4.2. coloca o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o
tórax da vítima até que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte
anterior);
4.3. passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar
com a parte anterior;
4.4. ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o
colar e o pescoço da vítima.
5. Socorrista 1:
5.1. mantém a imobilização lateral da cabeça.

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Número: RES-07-08

IMOBILIZAÇÃO DE COLUNA CERVICAL Revisão: 03

Página: 94

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

APLICAÇÃO DO COLAR EM VÍTIMA DEITADA


1. Retirar qualquer vestimenta e outros adornos da área do pescoço da vítima.
2. Examinar e medir o pescoço da vítima antes de aplicar o colar cervical.
3. Socorrista 1:
3.1. faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração
para cima;
3.2. na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de
elevação da mandíbula;
3.3. na vítima consciente, realizar manualmente o apoio lateral de cabeça.
4. Socorrista 2:
4.1. escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;
4.2. passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima;
4.3. coloca a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de forma
que seja apoiado firmemente;
4.4. ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o
colar e o pescoço da vítima.
5. Socorrista 1:
5.1. mantém a imobilização lateral da cabeça até que se coloque um recurso material
para tal (cobertor, imobilizador lateral).

ATENÇÃO

Lembrar que mesmo com o colar cervical, a vítima pode movimentar a cabeça. A
região cervical somente estará com imobilização completa com o uso do
imobilizador lateral de cabeça.
O colar cervical deverá ter o tamanho adequado de forma a proporcionar
alinhamento e imobilização antero-posterior da coluna cervical.
Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o colar cervical, mesmo que o estado
da vítima não seja grave.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-08

IMOBILIZAÇÃO DE COLUNA CERVICAL Revisão: 03

Página: 95

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

COMPLICAÇÕES QUE PODERIAM SER GERADAS NO USO INDISCRIMINADO DO


COLAR CERVICAL:
 O colar cervical não mantem a liberação de vias aéreas;
 O colar cervical limita em pelo menos 25%, a abertura da boca;
 Um colar cervical extremamente justo pode complicar ainda mais um TCE, pelo
excesso de pressão criada ao comprimir veias e artérias;;
 O desconforto de um colar cervical rígido, pode gerar dor localizada, e dependendo
do tempo de permanência, gerar úlceras ( mesmo caso da prancha longa);
 A vítima pode através de movimentos provocados pelo desconforto ou fobia do
equipamento, agravar uma possível lesão cervical.

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Número: RES-07-09

RETIRADA DE CAPACETE Revisão: 03

Página: 96

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Socorrista 1:
1.1. faz uma leve tração no pescoço da vítima, utilizando as mãos, uma de cada
lado do capacete.
2. Socorrista 2:
2.1. solta ou corta o tirante do capacete, enquanto o Socorrista 1 mantém a
tração;
2.2. coloca o polegar e o indicador de uma das mãos segurando a mandíbula e
com a outra na parte posterior do pescoço, na altura da região occipital,
fixando a coluna cervical.
3. Reposicionar a vítima, se necessário, da seguinte maneira:
3.1. Socorrista 1: mantém a coluna cervical estabilizada;
3.2. Socorristas 2 e 3: efetuam a manobra de rolamento em monobloco.
4. Socorrista 1:
4.1. remove o capacete da cabeça da vítima, atentando para os seguintes itens:
4.1.1. capacete oval: é necessário alarga-lo com as próprias mãos, mantendo-o
dessa forma durante todo o processo de retirada, para que ele não
traumatize as orelhas da vítima e seja mais fácil a retirada.
4.1.2. capacete que cobre toda a face da vítima: remova primeiro o visor e erga a
parte da frente do capacete ao tirá-lo, para que não traumatize o nariz.
5. Socorrista 2:
5.1. mantém a coluna cervical estável, enquanto o Socorrista 1 remove o
capacete;
6. Socorrista 1: depois de retirar o capacete, assume posição para realizar a
manobra de elevação da mandíbula (vítima inconsciente), considerando que a
vítima esteja deitada.
7. Socorrista 2:
7.1. após a realização da análise primária, fazer a imobilização da coluna
cervical com colar cervical conforme POP 07-08.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-09

RETIRADA DE CAPACETE Revisão: 03

Página: 97

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ATENÇÃO
A retirada do capacete deve ser feita o mais precocemente possível.
Permite-se a retirada do capacete com a vítima em outra posição que não em
decúbito dorsal se ela estiver presa em algum lugar impedindo o rolamento.
Não retirar o capacete se houver objeto transfixando o mesmo ou se a vítima
queixar-se de dor em coluna cervical. Neste caso transportá-la com o capacete
fixo a prancha.

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Número: RES-07-10

APLICAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR Revisão: 03


DORSAL
Página: 98

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar se a vítima está sentada e se o A B C D estão estáveis.


2. Socorrista 1: realiza estabilização da coluna cervical, liberando as vias aéreas.
3. Socorrista 2: realiza a colocação do colar cervical e prepara o colete imobilizador.
4. Socorrista 3: estabiliza o tronco da vítima colocando as duas mãos espalmadas no
tórax da vítima, uma na parte posterior e outra na anterior.
5. Socorristas 1 e 3: em movimento monobloco, posicionam o corpo da vítima à frente
para permitir a colocação do colete imobilizador.
6. Socorrista 2: passa a mão nas costas da vítima até a região lombar para procurar
ferimentos, fragmentos de vidro, pedaços de lataria ou possível armamento, em
seguida, coloca o colete imobilizador entre a vítima e o encosto, centralizando-o.
7. Socorristas 2 e 3:
7.1. ajustam as abas laterais sob as axilas;
7.2. passam os tirantes do colete, na seguinte ordem:
7.2.1. tirante abdominal (do meio);
7.2.2. tirante pélvico (inferior);
7.2.3. tirante torácico (superior), sem ajustá-lo demasiadamente;
7.2.4. tirantes dos membros inferiores, dão a volta na coxa da vítima (próximo a virilha)
e são fixados sem ajustá-los demasiadamente;
7.2.5. em seguida, se necessário, coloca a almofada entre a cabeça e o colete
corrigindo a distância existente entre eles;
7.2.6. fixa a cabeça com os tirantes do queixo e da testa.
7.3. coloque duas talas flexíveis para ocupar o espaço anatômico entre os membros
inferiores, fixando-as com bandagens;
7.4. restringir os punhos da vítima com bandagem triangular, antes de removê-la;
7.5. revisar os tirantes;
7.6. ajustar o tirante torácico.
8. Efetuar a movimentação da vítima com cautela

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Número: RES-07-10

APLICAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR Revisão: 03


DORSAL
Página: 99

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

PASSAGEM DO COLETE IMOBILIZADOR PARA A PRANCHA LONGA


1. Colocar o colete imobilizador.
2. Preparar a prancha longa, com no mínimo 03 tirantes, sendo que nesse caso, um na
altura da axila, outro das cristas ilíacas e outro dos joelhos. Sempre procure melhorar
a qualidade da imobilização na prancha longa com tirantes adicionais;
3. Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa sobre o estribo ou banco do carro,
enquanto a outra extremidade é apoiada pelo Socorrista 3.
4. Socorristas 1 e 2: efetuam o giro da vítima, posicionando a vítima com suas costas
voltadas para a prancha longa.
5. Socorrista 2: estabiliza a vítima, enquanto o socorrista 1 posiciona-se do lado oposto à
prancha longa, do lado de fora do veículo.
6. Socorristas 1 e 2:
6.1. seguram o colete imobilizador, respectivamente, na alça lateral ou vão superior e
deitam a vítima sobre a prancha longa;
6.2. durante a passagem para a prancha, com a outra mão posicionada sob os
joelhos da vítima, elevam simultaneamente os membros inferiores;
6.3. ajustam a vítima na prancha longa.
7. Soltar os tirantes dos membros inferiores do colete imobilizador e estender as pernas
da vítima suavemente sobre a prancha longa.
8. Após a vítima estar posicionada na prancha longa, afrouxar os tirantes do colete para
reavaliar a vítima.
9. Socorrista 3: mantém a imobilização da coluna cervical até reajuste dos tirantes da
cabeça ou colocação do imobilizador lateral de cabeça.
10. Fixar a vítima à prancha longa com os tirantes.
ATENÇÃO
Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se evitar que fiquem com as pontas
soltas pois podem enroscar e dificultar a movimentação da vítima.
Uma vez colocado o colete não deve ser retirado, somente aliviar os tirantes quando a
vítima estiver na prancha.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-10

APLICAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR Revisão: 03


DORSAL
Página: 100

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Antes de realizar o giro da vítima, verificar se os tirantes do colete imobilizador estão


ajustados.
Em algumas situações não é possível fazer o giro de forma a deixar as costas da
vítima para fora; nesses casos, o giro pode ser feito ao contrário, tomando-se o
cuidado de inverter a prancha longa.
O colete imobilizador não é feito para carregar a vítima sentada e sim para apoiar e
imobilizar a sua coluna, por isso, após imobilizá-la fazer o giro e deita-la sobre a
prancha longa.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-11

TRANSFERÊNCIA PARA PRANCHA LONGA Revisão: 03

Página: 101

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ROLAMENTO EM MONOBLOCO COM TRÊS SOCORRISTAS


1. Socorrista 1: segura a cabeça da vítima.
2. Socorrista 2: posiciona-se na lateral da vítima, na altura do tronco, colocando uma das
mãos no ombro e a outra mão na coxa da vítima.
3. Socorrista 3: posiciona-se na mesma lateral que o Socorrista 2, na altura dos membros
inferiores da vítima; coloca uma das mãos na cintura da vítima e outra na perna da
vítima.
4. Socorrista 1: após certificar-se que todos estão na posição correta, faz a contagem
combinada pela equipe em voz alta e todos ao mesmo tempo, efetuam o rolamento
em monobloco da vítima.
5. Socorrista 2: retira a mão da coxa da vítima e traz a prancha para próximo da vítima e
em seguida retorna a mão para a mesma posição.
6. Socorrista 1: comanda o rolamento em monobloco da vítima para colocá-la sobre a
prancha longa.
7. Socorrista 1: mantém a estabilização da coluna cervical, durante todo o procedimento.
8. Socorristas 2 e 3: ajustam se necessário, a posição da vítima na prancha, em
movimentos longitudinais, apoiando a região dos quadris e ombros.
9. Socorrista 1: realiza imobilização lateral da cabeça.
10. Socorristas 2 e 3: prendem os tirantes nas altura do tórax, das cristas ilíacas e acima
dos joelhos.
LEVANTAMENTO EM MONOBLOCO COM QUATRO SOCORRISTAS
1. Socorrista 1: posiciona-se acima da cabeça da vítima e de frente para o corpo e
segura a cabeça dela.
2. Socorrista 2: em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado
da vítima e segura-a pelos ombros.
3. Socorrista 3: em pé, posiciona-se sobre a vítima colocando uma perna de cada lado
da vítima na altura das coxas e segura a vítima pela região pélvica.
4. Socorrista 4: posiciona-se de frente para o Socorrista 1 e segura os membros
inferiores da vítima na altura dos tornozelos.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-11

TRANSFERÊNCIA PARA PRANCHA LONGA Revisão: 03

Página: 102

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

5. Socorrista 1: após certificar-se que todos os socorristas estão na posição correta, faz a
contagem conhecida pela equipe em voz alta e todos, ao mesmo tempo, levantam a
vítima em monobloco. Ao segundo comando do Socorrista 1 deslocam-se lateralmente
para colocar a vítima sobre a prancha longa.
6. Socorrista 1: realiza imobilização lateral da cabeça.
7. Socorristas 2 e 3: prendem os tirantes na altura do tórax, das cristas ilíacas e acima
dos joelhos.

TÉCNICA DE IMOBILIZAÇÃO DA VÍTIMA TRAUMATIZADA EM PÉ


1. Socorrista 1: aborda a vítima pela frente e estabiliza a coluna cervical explicando o
procedimento que será efetuado;
2. Socorrista 2: aborda a vítima por trás e assume a estabilização da coluna cervical;
3. Socorrista 1: aplica o colar cervical;
4. Socorrista 3: ao término da aplicação do colar cervical, posiciona a prancha atrás da
vítima apoiando-a no tornozelo, no glúteo e nas escápulas;
5. Socorristas 1 e 3:
5.1. posicionam-se lateralmente à prancha longa, de frente para a vítima; introduzem
seu antebraço sob as axilas da vítima apoiando e segurando a prancha pelo vão
imediatamente superior ao ombro da vítima;
5.2. com as mãos que ficaram livres, seguram a vítima pelo braço;
5.3. mantém-se com um pé paralelo à parte inferior da prancha longa e o outro pé a
um passo atrás;
5.4. sob contagem de um dos socorristas, deslocam-se lentamente dois passos à
frente, flexionando no segundo passo o joelho mais próximo à prancha longa,
segurando-a até que esta apóie no solo;
6. Socorrista 2: mantém a estabilização da coluna cervical durante a descida da prancha
longa;
7. Socorristas 1, 2 e 3: ajustam se necessário, a vítima à prancha longa.
8. Conforme a necessidade está técnica poderá ser adaptada para 2 socorristas.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-07-11

TRANSFERÊNCIA PARA PRANCHA LONGA Revisão: 03

Página: 103

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ROLAMENTO EM MONOBLOCO COM VÍTIMA EM DECÚBITO VENTRAL


1. Socorrista 1: posiciona-se de joelhos acima da cabeça da vítima, estabilizando sua
coluna cervical, segurando-a pela mandíbula.
2. Socorrista 2: examina o membro superior do lado ao qual será efetuado o rolamento e
o posiciona ao longo do corpo ou acima da cabeça da vítima, realizando a menor
movimentação possível.
3. Socorrista 3: posiciona a prancha longa ao lado da vítima mantendo a distância
adequada para o rolamento.
4. Socorrista 2: posiciona-se de joelhos na altura do tórax da vítima segurando-a pelo
ombro e coxa opostos.
5. Socorrista 3: posiciona-se de joelhos na altura da perna da vítima, segurando-a pela
região pélvica e na altura da panturrilha.
6. Socorristas 1, 2 e 3: sob comando de um dos socorristas, efetuam o rolamento em
monobloco até que esteja posicionada lateralmente (90 graus);
7. Socorristas 2 e 3: ajustam sua posição e completam a manobra de rolamento
posicionando a vítima em decúbito dorsal sobre a prancha.
8. Socorrista 3: reposiciona o membro superior da vítima ao longo do corpo, se
necessário.

ATENÇÃO
Deverá ser empregada a técnica mais adequada ao estado da vítima.
Ao realizar o rolamento em monobloco, deve-se tomar cuidado de escolher o lado
correto para efetuar o giro, deixando o lado com traumas ou fraturas livre para cima.
A vítima deve estar sempre bem fixa à prancha para evitar acidentes e também, se
houver necessidade, movimenta-la rapidamente sem perder a imobilização da coluna.
Cuidado com a imobilização torácica para não restringir o movimento respiratório.

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Número: RES-07-12

TÉCNICA DE RETIRADA RÁPIDA Revisão: 03

Página: 104

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

TÉCNICA DE RETIRADA RÁPIDA COM TRÊS SOCORRISTA


1. Empregar este procedimento quando houver risco à vida da vítima que exija o
transporte imediato.
2. Garantir que a vítima não esteja presa nos pedais, ferragens ou outro obstáculo.
3. Socorrista 1: Realiza a estabilização manual da coluna cervical, liberando as vias
aéreas;
4. Socorrista 2:
4.1. realiza rápida avaliação (análise primária) e aplica o colar cervical;
4.2. estabiliza a coluna, apoiando a região occipital com a mão e as costas com o
antebraço, enquanto com o outro braço passado sob a axila, segura a mandíbula
com a mão;
5. Socorrista 1: Sai da cabeça e se posiciona ao lado da vítima. Segura o quadril e
membros inferiores da vítima.
6. Socorrista 1 e 2: Em movimento monobloco, efetuam o giro, posicionando a vítima
com suas costas voltadas para a prancha longa.
7. Socorrista 3: Posiciona a prancha longa apoiando-a sobre o estribo ou banco do
carro e segura a outra extremidade.
8. Socorrista 1 e 2: Posicionam a vítima e a deitam a vítima sobre a prancha longa.
9. Socorristas 1, 2 e 3 : Ajustam a vítima na prancha longa e conduzem a vítima até um
local seguro.
ATENÇÃO
A retirada rápida só é admissível em caso de risco de morte iminente para a vítima,
sejam em casos de parada cardiorrespiratória ou de risco externo grave como
incêndio, explosão, colapso do pavimento, queda de estrutura sobre o veículo ente
outros.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-01
INTOXICAÇÕES POR ENVENENAMENTO
Revisão: 03
OU DROGAS E REAÇÃO ANAFILÁTICA
Página: 105

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Avaliar a segurança do local e utilizar EPI apropriados.


2. Remover a vítima de situações de risco.
3. Avaliar a vítima e manter as vias aéreas permeáveis.
3.1. nas vítimas inconscientes utilizar a cânula orofaríngea.
4. Ministrar oxigênio conforme POP RES 05-09.
5. Afrouxar as vestes; caso estejam contaminadas, retirá-las.
5.1. tratar as queimaduras por substância química.
6. Informar à Central de Operações os dados da vítima e aguardar SAV ou autorização
para transporte imediato conforme POP RES 01-02.
7. Transportar a vítima na posição de recuperação.
8. Desde que seguro e bem embalado, conduzir:
8.1. restos ou embalagens de substâncias;
8.2. recipientes e aplicadores de drogas;
8.3. amostra de vômito.
9. Monitorar sinais vitais e nível de consciência durante o transporte.
10. Avaliar a situação com Produtos Perigosos para aplicação dos Protocolos de
Descontaminação.

ATENÇÃO
Nos casos de reação anafilática grave é essencial a intervenção do SAV.
Nunca induzir ao vômito vítimas de envenenamento ou vítimas inconscientes.
Proteger a si próprio e a equipe de Resgate de possível contaminação.
Não administrar nada via oral.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-02

LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO Revisão: 03

Página: 106

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Realizar a avaliação da vítima.


2. Manter a permeabilidade das vias aéreas.
3. Ministrar oxigênio por máscara se necessário e conforme POP RES 05-09.
4. Remover a vítima para um local mais aquecido (viatura com janelas fechadas e ar
condicionado no aquecimento, se disponível, ou desligado).
5. Remover roupas molhadas e envolver a vítima com cobertores, aquecendo inclusive a
cabeça, exceto a face.
6. Prevenir estado de choque conforme POP RES 06-02.
7. Transportar a vítima.
8. Iniciar ventilação artificial se a vítima apresentar parada respiratória ou bradipnéia.
9. Tratar as lesões teciduais locais, adotando os seguintes procedimentos:

9.1. manusear a área afetada com cuidado para evitar lesão adicional;

9.2. proteger as áreas afetadas com compressas secas esterilizadas;

9.3. não perfurar bolhas, esfregar ou aplicar calor diretamente sobre a área afetada;

9.5. se a área afetada envolve mãos ou pés, separar os dedos com pequenos rolos de
gaze seca antes de enfaixá-los.
10. Informar a Central de Operações e havendo sinais de estado de choque ou outros
sinais e sintomas que justifiquem aguardar o envio de SAV ou autorização para
transporte imediato conforme POP RES 01-02.

ATENÇÃO
Ter cautela na movimentação de vítimas com hipotermia, pois a movimentação brusca
pode ocasionar fibrilação ventricular (parada cardíaca).

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-02

LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO Revisão: 03

Página: 107

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Outras técnicas de reaquecimento não são recomendadas no atendimento pré-


hospitalar devido à síndrome de reaquecimento que podem levar à fibrilação
ventricular.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-03

EXAUSTÃO PELO CALOR OU INTERMAÇÃO Revisão: 03

Página: 108

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Remover a vítima para um ambiente mais fresco e arejado;


2. Manter as vias aéreas permeáveis;
3. Ministrar oxigênio por máscara se necessário e conforme POP específico;
4. Prevenir estado de choque conforme POP específico, porém não cobrir a vítima;
5. Afrouxar as roupas da vítima.
6. Aplicar compressas frias e úmidas na cabeça, pescoço, axilas, laterais do tórax;
7. Informar a Central de Operações e havendo sinais de estado de choque ou
classificação na Escala de Glasgow igual ou inferior a 12, solicitar SAV;
8. Havendo evidência de estado de choque, solicitar autorização para transporte
imediato.

ATENÇÃO
Ter cautela para não provocar hipotermia.
Não perder tempo procurando água fria ou gelada, se for o caso utilizar frascos
de soro, transportar a vítima o mais rápido possível.
Não utilizar compressas com álcool.
Não fornecer nada para a vítima ingerir.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-04

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Revisão: 03

Página: 109

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la locomover-se;


2. Remover anéis, pulseiras, braceletes, e outros adornos;
3. Lavar o local da picada com água e sabão;
4. Proteger o local da lesão fazendo curativo com gaze seca;
5. Transportar a vítima com os cuidados previstos no POP específico;
6. Ministrar oxigênio se necessário e conforme POP específico;
7. Procurar identificar o animal, desde que feito com segurança e que não
comprometa ou retarde o transporte da vítima;
8. Transporte o animal com segurança também ao hospital, em recipiente adequado;
9. Informar a Central de Operações e aguardar autorização para transporte imediato.

ATENÇÃO
Transporte a vítima diretamente a um serviço especializado em soroterapia
(exemplo: Instituto Butantan).
É recomendado que a busca e captura de animal peçonhento seja feita por outra
guarnição, já que a prioridade da unidade de suporte básico é o atendimento e
transporte da vítima ao hospital adequado.
Se não conseguir identificar o animal, tratar como se fosse venenoso.
Nunca garrotear ou fazer torniquete.
Não perfurar em volta da picada, nem espremer ou sugar a ferida.
Estar atento aos sinais e sintomas de choque.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-05

QUEIMADURAS E ELETROCUSSÃO Revisão: 03

Página: 110

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

CONDUTAS GERAIS PARA VÍTIMAS DE QUEIMADURAS


1. Interromper o contato da vítima com o agente lesivo (térmico, químico ou elétrico);
2. Identificar o tipo de acidente, tipo de queimadura (térmica, química ou elétrica),
através de indícios ou testemunhas;
3. Informar imediatamente a Central de Operações quando identificar vítimas com
queimaduras em face, vias aéreas ou eletrocutadas e aguardar envio de SAV ou
autorização para transporte imediato;
4. Transportar observando os cuidados previstos no POP específico.

CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE VÍTIMAS DE QUEIMADURAS TÉRMICAS


1. Se o acidente envolver eletrocussão, redobrar os cuidados com a segurança,
tentar desligar a fonte de energia (se seguro) ou solicitar o seu desligamento;
2. Nos casos de eletrocussão poderá haver complicações cardiorrespiratórias e
neurológicas, estar preparado para iniciar as manobras de ressuscitação;
3. Se a vítima estiver com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva um cobertor
em seu corpo a partir do pescoço em direção aos pés;
4. Interromper a propagação de calor para tecidos mais profundos, resfriando a
vítima com soro fisiológico ou água limpa à temperatura ambiente;
5. Retirar as vestes com delicadeza, sem arrancá-las, cortando-as com tesoura. Não
arrancar o tecido se estiver aderido à queimadura, apenas resfriá-lo com soro
fisiológico ou água limpa à temperatura ambiente, deixando-o no local;
6. Retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios ou jóias antes que o membro
edemacie e a retirada fique impossibilitada e comprometa a circulação;
7. Avaliar as regiões do corpo acometidas, a profundidade da lesão (1º, 2º, 3º e 4º
grau). e a extensão da lesão através da porcentagem da área corpórea atingida
(regra dos nove).
8. Caso haja acometimento da face (queimadura de pele, cabelos ou pelos do nariz
e das pálpebras ou fuligem na região orofaríngea) ou possibilidade de que a

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Número: RES-08-05

QUEIMADURAS E ELETROCUSSÃO Revisão: 03

Página: 111

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

vítima tenha inalado fumaça ou gases, dar especial atenção às vias aéreas e
respiração. Cobrir os olhos da vítima com gaze umedecida em soro ou água
limpa.
9. Proteger as áreas queimadas com compressa ou plástico estéril, ou ainda, para
área queimada inferior a 10%, utilizar compressas de gaze umedecidas ou manta
de hidrogel.
10. Se a área afetada envolver mãos ou pés, separar os dedos com pequenos rolos
de gaze umedecida em soro fisiológico antes de cobri-los;
11. Prevenir hipotermia envolvendo a vítima com plástico estéril e por cima deste
colocar a manta aluminizada;
12. Em caso de queimadura por choque elétrico, observar atentamente a qualidade
do pulso, pois nessas situações podem ocorrer arritmias cardíacas;
13. Informar a Central Reguladora, esclarecendo pontos de entrada e saída do
choque elétrico;
14. Tratar as áreas queimadas conforme orientações para atendimento de vítimas
de queimaduras;
15. Tratar as lesões traumáticas conforme POP específicos.

CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE VÍTIMAS DE QUEIMADURAS QUÍMICAS


1. Antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja em contato com o agente
agressor (no ambiente, nas vestes, ou na pele), proteger-se de sua exposição
(luvas, óculos e vestimenta de proteção). Se possível, identificar o agente
agressor.
2. Retirar as vestes da vítima que estiverem impregnadas pelo produto e lavar a pele
com água corrente, abundantemente por pelo menos 10 minutos.
3. Se o produto for seco (na forma granulado ou pó), retirá-lo manualmente sem
friccionar (com pano seco ou escova). Em seguida lavar o local com água corrente
abundante.

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Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-05

QUEIMADURAS E ELETROCUSSÃO Revisão: 03

Página: 112

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

ATENÇÃO
Nas queimaduras acometendo os olhos proceder segundo o POP RES 06-05.
Nos produtos secos, não utilizar água antes de retirá-lo, pois poderão dissolvê-los
aumentando a área de contato com o agente.
Não furar bolhas e nem passar qualquer produto não orientado (pasta de dente,
gelo, pomada etc.).
Qualquer vítima com lesões por queimadura pode estar associada a outros tipos de
traumas, portanto, especial atenção deve ser dada à análise primária.

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Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-06

AFOGAMENTOS Revisão: 03

Página: 113

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Realizar abordagem conforme técnica apropriada, mantendo a liberação das vias


aéreas e alinhamento da coluna cervical.
2. Retirar a vítima da água e posicioná-la em DDH.
3. Realizar a análise primária:

3.1. se ocorrer PCR iniciar a RCP e informar à Central de Operações, solicitando


SAV ou autorização para transporte imediato.
4. Ministrar oxigênio conforme POP específico.
5. Prevenir hipotermia, retirando as vestes e secando a vítima.
6. Transportar ao hospital e informar ao médico:

6.1. temperatura aproximada da água.

6.2. tempo provável de submersão.

6.3. se a vítima já foi encontrada em PCR, ou se ocorreu parada durante o socorro.


7. Observar sinais, sintomas de cada grau de afogamento e conduta conforme tabela
deste POP.

ATENÇÃO
Nos casos de submersão por grande período de tempo, estar atendo aos sinais
evidentes ou tardios de morte conforme POP RES-02-07.
Tomar cuidado com a região cervical ao manusear vítimas de afogamento, pois
uma das principais causas de lesão cervical são os acidentes em meio líquido
(mergulho com choques em obstáculos etc.), acidentes esportivos e em água rasa.
Sempre levar a vítima afogada ao hospital, pois os efeitos hidrosalinos podem
ocorrer tardiamente após dias do fato.
Estar atento para a ocorrência de vômito e, neste caso, posicionar a vítima em
decúbito lateral.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-06

AFOGAMENTOS Revisão: 03

Página: 114

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

QUADRO COMPARATIVO DOS GRAUS DE AFOGAMENTO


GRAU SINAIS E SINTOMAS PROCEDIMENTO
Aspirou pouca quantidade de água;
Tosse, ausculta pulmonar normal, com sibilos ou roncos; Avaliar a vítima;
Vítima consciente, podendo estar agitada ou sonolenta; Fazer a vítima repousar;
Sentem frio; Tranqüilizar;
1
Freqüência cardíaca e respiratória aumentadas; Aquecer; e
Estresse do afogamento pela descarga adrenérgica; Conduzir ao hospital caso
Não apresentam secreções nas vias aéreas; necessário.
Podem ainda estar cianóticas devido ao frio

Tosse e pequena quantidade de secreção; Avaliar a vítima;


Vítimas lúcidas, agitadas ou desorientadas; Ministrar oxigênio;
2 Cianose nos lábios e dedos; Aquecer a vítima;
Aumento das freqüências cardíacas e respiratórias; Dar apoio psicológico.
Alterações leves a moderadas na ausculta pulmonar. Encaminhar ao Hospital;

Apresenta pulso radial distal;


Sinais de insuficiência respiratória aguda;
Dificuldade respiratória e cianose de mucosas e Avaliar a vítima;
extremidades; Ministrar oxigênio;
3 Grandes alterações na ausculta pulmonar ( edema pulmonar); Aquecer a vítima;
Grande quantidade de secreção nas vias aéreas; Encaminhar ao Hospital
Pode ocorrer regurgitação (vômito); adequado.
Agitação psicomotora ou torpor;
Taquicardia sem hipotensão arterial.
Nível de consciência pode variar de agitação ao coma;
Não apresenta pulso radial palpável; Avaliar a vítima;
Sinais de insuficiência respiratória aguda ; Ministrar oxigênio;
4 Cianose de mucosas e extremidades; Aquecer a vítima;
Ausculta pulmonar com alterações devido ao edema Encaminhar ao Hospital
pulmonar; adequado.
Presença de secreção nas vias aéreas superiores;

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-08-06

AFOGAMENTOS Revisão: 03

Página: 115

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS
Agitação psicomotora ou torpor e regurgitação (vômitos);
Taquicardia com hipotensão arterial ou choque;
Grande possibilidade de evolução para Parada Respiratória

Avaliar a vítima;

Parada respiratória com pulso; Efetuar ventilação artificial;

Quadro de coma leve a profundo; Aquecer a vítima e ministrar


5 oxigênio (estado de choque);
Cianose intensa;
Grande quantidade de secreção nas vias aéreas. Encaminhar ao Hospital
adequado.

Avaliar a vítima;
Efetuar RCP;
Em se obtendo sucesso na RCP,
6 Parada Cardiorrespiratória aquecer a vítima e ministrar
oxigênio (estado de choque);
Encaminhar ao Hospital
adequado.

ELABORADO E REVISADO POR: Revisado em 02 de janeiro de 2014.


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-01

ALTERAÇÕES DO NIVEL DE CONSCIÊNCIA Revisão: 03

Página: 116

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas.


2. Ministrar oxigênio se a saturação de oxigênio for inferior a 94% ou desconhecida.
3. Avalie a necessidade de assistência ventilatória.
4. Afrouxar as vestes e manter a vítima na posição de recuperação (decúbito lateral,
com um dos membros inferiores fletido, o outro estendido e o braço correspondente
ao lado que a vítima estiver deitada) deverão servir como apoio para sua cabeça.
5. Prevenir hipotermia.
6. Transmitir informações para a Central de Operações e aguardar envio de SAV ou
autorização para transporte imediato.
7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência durante o transporte.

ATENÇÃO
A alteração do nível de consciência de causa clínica pode ser decorrente de várias
doenças, as mais comuns incluem: Diabetes, hipoglicemia, hipotensão e
hipertensão arterial, AVE (AVC) e crises convulsivas.
O socorrista deve sempre prestar atenção ao hálito e à presença de picadas de
agulhas e não ministrar nenhuma substância via oral.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-02

CRISES CONVULSIVAS Revisão: 03

Página: 117

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

CONDUTA NA FASE AGUDA


1. Proteger a vítima de qualquer perigo, afastando objetos perigosos de sua
proximidade.
2. Proteger a cabeça da vítima de impactos contra o piso ou objetos.
3. Lateralizar imediatamente a vítima a fim de impedir a aspiração de secreções;
4. Não conter os espasmos musculares, apenas limitar a movimentação dos membros
se necessário para evitar lesões.
5. Afrouxar as vestes.
CONDUTA NA FASE PÓS CRISE CONVULSIVA
1. Assegurar que as vias aéreas estejam permeáveis, inclusive retirando próteses.
2. Ministrar oxigênio por máscara (POP 05-09).
3. Verificar os sinais vitais.
4. Tratar os eventuais ferimentos.
5. Prevenir hipotermia.
6. Manter a vítima na posição de recuperação nos casos clínicos e em DDH
imobilizada na prancha longa nos casos de trauma.
7. Transportar a vítima, mantendo-a sob observação constante dos sinais vitais e
nível de consciência.

ATENÇÃO
Na presença de trauma associado, tratar como tal.
Se a crise durar mais que 5 minutos, transportar mantendo os cuidados anteriores.
Se a crise persistir durante o transporte e houver diminuição da freqüência
respiratória (bradipnéia) ou parada respiratória, iniciar ventilação artificial com
máscara e reanimador manual, conforme POP 06-01 e POP 06-05.
Não realizar manobras intempestivas durante a crise como forçar a abertura da boca
ou tentar introduzir objetos na boca (exemplo: cânula orofaríngea).

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-03

DIFICULDADE RESPIRATÓRIA Revisão: 03

Página: 118

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Sinais de DIFICULDADE RESPIRATÓRIA:


1.1. taquipnéia: vítima com freqüência respiratória maior que 30 IRPM ( incursões
respiratórias por minuto);
1.2. confusão ou agitação mental;
1.3. ortopnéia (melhora a respiração na posição sentado ou decúbito dorsal elevado,
o paciente piora na posição deitado);
1.4. cianose;
1.5. presença de ruídos respiratórios anormais audíveis;
1.6. sudorese;
1.7. tiragem intercostal e supra esternal com utilização da musculatura acessória;
1.8. batimentos da asa do nariz;
1.9. estridor laringeo e cornagem.
2. Conduta:
2.1. manter a permeabilidade das vias aéreas.
2.2. monitorar os sinais vitais e nível de consciência constantemente;
2.3. iniciar ventilação artificial se a vítima apresentar parada respiratória ou
bradipnéia, conforme POP 04-04.
2.4. consultar os POP do Grupo 04 em situações de obstrução de vias aéreas.
2.5. vítimas conscientes deverão ser mantidas em posição de conforto,
preferencialmente em decúbito elevado (semi sentada) ou sentada;
2.6. oferecer oxigênio por máscara com reservatório, utilizando alto fluxo com 10
L/min para proporcionar uma FiO2 (fração inspirada de oxigênio) próxima a
100%;
2.7. solicitar SAV para o local ou, na indisponibilidade, realizar transporte imediato.

ATENÇÂO
Ficar atento para a piora do quadro (vítima inconsciente, respirações ineficazes ou
parada respiratória), neste caso aplique protocolo de Parada Respiratória com
pulso.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-03

DIFICULDADE RESPIRATÓRIA Revisão: 03

Página: 119

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Oferecer oxigênio com alto fluxo (10 L/min) para todas as vítimas com saturação
desconhecida ou inferior a 94%.
Em vítimas portadoras de DPOC reduzir o fluxo de oxigênio para 2 L/min através de
cateter nasal e, se não houver melhora, avaliar a necessidade da ventilação
assistida, conforme POP parada respiratória com pulso.
Lembrar que a vítima com dificuldade respiratória poderá apresentar quadro de
agitação psicomotora decorrente da patologia e o uso do oxigênio alivia a crise.
O socorrista deve estar preparado para lateralizar o corpo de vítima na ocorrência
de vômitos.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-04

DOR TORÁCICA SÚBITA Revisão: 03


(SUSPEITA DE INFARTO OU ANGINA)
Página: 120

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Verificar os seguintes itens:


1.1. dor em opressão no tórax, de forte intensidade, que pode se estender para o
ombro, braço esquerdo, pescoço, mandíbula, região epigástrica (estômago) e
dorso que não melhora com o repouso;
1.2. sudorese;
1.3. náuseas e vômitos;
1.4. ansiedade, agitação;
1.5. palidez cutânea;
1.6. pulso arrítmico;
1.7. antecedente de doença cardíaca e/ou uso de medicamentos para o coração.
2. Valorizar os sintomas da vítima.
3. Manter as vias aéreas permeáveis.
4. Ministrar oxigênio se a saturação de oxigênio for inferior a 94%.
5. Afrouxar as vestes e manter a vítima em repouso absoluto na posição mais
confortável à vítima, geralmente semi-sentada.
6. Tentar acalmar a vítima.
7. Informar à Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte
imediato.
8. Transportar e monitorar pressão arterial, freqüência cardíaca e respiratória, nível
de consciência durante o transporte.
ATENÇÃO
Não esperar a presença de todos os sinais e sintomas.
Estar preparado para parada cardiorrespiratória.
Toda vítima adulta com dor torácica deve ser considerada como portadora de
doença cardíaca grave.
Mantenha o DEA pronto para ser utilizado, mas só instale se a vítima apresentar
PCR.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-04

DOR TORÁCICA SÚBITA Revisão: 03


(SUSPEITA DE INFARTO OU ANGINA)
Página: 121

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Estar atento às vítimas que apresentam sintomas de má digestão (náuseas,


vômitos) acompanhados apenas de palidez intensa e sudorese fria, sem dor
torácica, pois pode ser um quadro de infarto do miocárdio.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências SES
Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-05

DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO Revisão: 03

Página: 122

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Chegar ao local da ocorrência de forma discreta, com sirenes desligadas, sem criar
tumulto, estacionando de forma estratégica.
2. Estudar inicialmente o local, verificando os riscos potenciais para a equipe de
Resgate e para a vítima, neutralizando ou minimizando-os.
3. Isolar o local, impedindo o fluxo de pessoas e veículos e evitando a aproximação de
curiosos, imprensa e bombeiros não envolvidos diretamente na ocorrência.
4. Verificar a necessidade de apoio material e/ou pessoal e comunicar o Centro de
Operações, acionando o policiamento de área e órgãos de trânsito, se necessário.
5. Designar uma equipe de abordagem técnica com dois bombeiros para o início da
abordagem com a vítima:
5.1 estes dois bombeiros devem se aproximar cautelosamente da vítima, visando
sua segurança e evitando assustá-la. Os demais permanecem à distância pré
determinada sem interferir no diálogo.
5.2. a verbalização deverá ser efetuada por apenas um destes, a fim de unificar e
facilitar as comunicações , estabelecendo assim um vínculo de confiança;
5.3. o segundo servirá para apoio, segurança do primeiro e coleta de informações
que deverão ser anotadas para facilitar o trabalho das equipes envolvidas no
evento.
6. Realizar estrategicamente o contato primário, visando estabilizar o
comportamento, adquirir empatia e fazer com que a vítima desista da idéia.
7. Iniciar a verbalização dizendo seu primeiro nome sem posto ou graduação,
esclarecendo que está lá para ouvi-la, transmitindo tranqüilidade e segurança,
conquistando sua confiança;
8. Conversar de forma pausada, firme, clara e em tom de voz adequado à situação,
facilitando assim a formação de vinculo de empatia;
9. É mais importante ouvir e entender do que falar; seja educado, respeitoso e
honesto, não interrompa a vítima enquanto ela fala;
10. Procure descobrir qual o principal motivo de sua atitude.

ELABORADO E REVISADO POR: REVISADO EM: 02 de janeiro de 2014


Corpo de Bombeiros da PMESP,
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Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, COREN e CRM.
Número: RES-09-05

DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO Revisão: 03

Página: 123

SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

11. Mantenha observação constante e não a deixe sozinha até o término do


atendimento;
12. Ocorrendo a desistência da ideia do suicídio por parte da vítima, valorize a atitude
que a mesma adotou e em nenhuma hipótese a recrimine pela mobilização que
causou.
13. Após a desistência da ideia de suicídio, continuar tratando a vítima com respeito e
consideração, conduzindo-a para o hospital adequado.
14. O bombeiro que realizou a abordagem deverá ir, juntamente com a vítima, dentro
da Unidade de Resgate.
15. Nunca deixar a vítima sozinha em local de risco ou com objetos que ela possa
utilizar para se ferir (facas, tesoura, arma de fogo etc).

ATENÇÃO
Se a ocorrência envolver:
- Arma de fogo: isolar e permanecer na área fria, deixando a negociação e ação
tática a cargo da equipe de policiamento;
- Arma branca: abordar a vítima mantendo distância de segurança;
Não atenda as exigências do suicida e nunca traga familiares ou outras pessoas
com vínculo afetivo para a sua presença.
A ação tática deverá ser executada como método de exceção, ou seja, apenas
quando a abordagem técnica estiver totalmente exaurida e não houver mais a
possibilidade de reatar o diálogo com a vítima.
Nos locais de alto risco, como por exemplo em torres de alta tensão, os
socorristas não devem acessar o local enquanto não houver garantia de
segurança (desligamento e aterramento).

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SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

1. Efetuar avaliação primária e secundária da parturiente.


2. Identificar os sinais de parto iminente:
2.1. presença de contrações uterinas de forte intensidade e frequentes (05
contrações ou mais no período de 10 minutos, com duração superior a 40
segundos cada contração);
2.2. visualização da cabeça do RN no canal de parto (coroamento);
2.3. sensação intensa de evacuação.
3. Informar a parturiente ou familiar que se trata de parto iminente e solicitar
autorização para assisti-la no próprio local.
4. Manter um familiar junto da parturiente durante todo o atendimento.
5. Deitar a parturiente sobre lençóis limpos.
6. Solicitar à parturiente ou familiar que remova as roupas que possam impedir o
nascimento, sem expor a parturiente.
7. Posicionar a parturiente com as pernas fletidas e elevar a bacia com um coxim
(lençol dobrado).
8. Fazer assepsia da região genital e coxas da parturiente, com soro fisiológico.
9. Retirar as luvas, abrir o conjunto para parto de emergência, calçar novas luvas
estéreis.
10. Orientar a parturiente para respirar fundo e fazer força durante as contrações,
como se estivesse evacuando, deixando-a descansar no período de relaxamento
(intervalo das contrações).
11. Durante a expulsão, amparar com uma das mãos a cabeça do RN, evitando que
ela saia com violência e com a polpa dos dedos indicador e médio da outra mão
apoiar a região posterior da vagina (proteger o períneo).
12. Observar o cordão umbilical e caso esteja envolvendo o pescoço do RN (circular
de cordão), afrouxá-lo, removendo-o no sentido da nuca para a face.
13. No caso da circular de cordão estar impedindo o nascimento do RN e não puder
ser afrouxado, posicionar os “clamps” e seccioná-lo.

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SEQUÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

14. Com os dedos indicador e médio, das duas mãos, em forma de "V", pegar a
cabeça pela mandíbula e região da base do crânio, tomando o cuidado de não
pressionar o pescoço do RN.
15. Forçar a cabeça suavemente para baixo liberando o ombro superior e depois para
cima liberando o outro ombro.
16. Segurar firmemente o RN, evitando que ele caia da seguinte forma:
16.1. com uma das mãos, apóie a cabeça;
16.2. a outra mão escorrega pelo dorso e segura as pernas do RN, mantendo-o no
mesmo nível da mãe.
17. Limpar a face e a cabeça com gaze estéril e aspirar as vias aéreas utilizando a
pêra; não retirar o vérnix do corpo do bebê.
18. Estimular o RN passando os dedos suavemente nas costas ou nas solas dos pés.
19. Colocar os “clamps” no cordão umbilical. O primeiro a mais ou menos 15 cm do
abdome do RN e o segundo a mais ou menos 4 cm do primeiro “clamp”.
20. Cortar o cordão entre os dois clamps, com bisturi estéril.
21. Realizar avaliação do RN com especial atenção à circulação e respiração e
envolvê-lo em lençóis limpos e manta térmica, mantendo-o aquecido e
apresentando-o à mãe.
22. Manter observação constante do padrão respiratório do RN.
23. Havendo a saída espontânea da placenta até o RN estar pronto para transporte,
acondicionar e levar junto com a gestante. Nunca tentar puxá-la.
24. Após a saída da placenta, verificar se saiu inteira e acondicioná-la em saco
plástico.
25. Remover os lençóis sujos, colocar um absorvente higiênico.
26. Massagear o abdome da parturiente, verificando se o útero se mantém contraído.
27. Verificar novamente os sinais vitais (da mãe e reavaliação do RN).
28. Manter a mãe em repouso.
29. Transportar para o hospital a mãe, o RN e a placenta:
29.1. identificar a mãe e o RN com pulseira de identificação;

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29.2. durante o transporte, observar constantemente os sinais vitais da mãe e do


RN;
29.3. o RN deverá ser transportado pelo Bombeiro.
30. Informar a Central de Operações e solicitar SAV ou autorização para transporte
imediato, caso:
30.1. a mãe seja hipertensa ou cardiopata;
30.2. a gravidez seja risco;
30.3. a mãe tenha idade acima de 40 anos ou inferior a 17 anos;
30.4. a apresentação do feto não seja cefálica (pélvica, membros);
30.5. a mãe apresente hemorragia vaginal;
30.6. haja prolapso de cordão ou de membro;
30.7. o líquido amniótico esteja esverdeado ou marrom e fétido.
31. Se for determinado o transporte imediato, fazê-lo na posição ginecológica,
posicionando a parturiente com a cabeça voltada para trás da viatura, realizando a
lateralização manual do útero para o lado esquerdo, administrando oxigênio e
protegendo o membro ou cordão em prolapso com compressas de gaze estéril, se
for o caso.

NO CASO DE NÃO SER PARTO IMINENTE


1. Reconhecer se as dores sentidas pela parturiente são contrações ou apenas dores
na região lombar ou na região de baixo ventre.
2. Controlar freqüência, duração e intensidade das contrações (5 contrações em um
intervalo de 10 minutos com duração superior a 40 segundos cada contração).
3. Questionar a parturiente sobre número de gestações anteriores, partos e quais
tipos.
4. Questionar sobre tempo de gestação, anormalidades durante a gestação,
sangramentos e sensação de movimentação do feto.
5. Transportar a gestante para o hospital em decúbito lateral esquerdo ou em decúbito
dorsal com deslocamento manual do útero para o lado esquerdo.
6. Permitir o transporte de acompanhante conforme POP 02-08.

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7. Levar se possível, o cartão com informações sobre o pré-natal.


ATENÇÃO
Não permitir que a parturiente com sinais de parto iminente vá ao banheiro.
Não impedir, retardar ou acelerar o processo de nascimento.
Se houver grande sangramento vaginal pós-parto, prevenir o choque.
Não retardar o transporte se a placenta não tiver saído.
Na gestante multípara (vários partos anteriores) o processo de expulsão é mais
rápido.
Nunca puxar o cordão umbilical para tentar ajudar a saída da placenta.
Tomar cuidado de fechar as janelas e portas, evitando que o ambiente esfrie.
No caso de parto múltiplo, colocar os clamps no cordão umbilical do primeiro RN
antes do nascimento do segundo, e assim sucessivamente.

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ABREVIATURAS

 AVC...............................................................................Acidente Vascular Cerebral


 AVE ............................................................................Acidente Vascular Encefálico
 bpm .......................................................................................Batimentos por Minuto
 cm......................................................................................................... Centímetros
 CRM ..................................................................... Conselho Regional de Medicina
 DDH .............................................................................. Decúbito Dorsal Horizontal
 DEA ..................................................................... Desfibrilador Externo Automático
 DL ...................................................................................................Decúbito Lateral
 EPI ..................................................................Equipamento de Proteção Individual
 HT ..................................................................................Hand Talk = Rádio de Mão
 KED ……………………..…...……Kendrick Extrication Device (Colete Imobilizador)
 Kgf/cm2 …………...........................…Quilograma Força por Centímetro Quadrado
 L/min ............................................................................................ Litros por minuto
 min ........................................................................................................... minuto (s)
 mm Hg .................................................................................Milímetros de Mercúrio
 mrm ............................................................. Movimentos Respiratórios por Minuto
 PC ..............................................................................................Posto de Comando
 PCR ................................................................................Parada Cardiorrespiratória
 PMA ...................................................................................Posto Médico Avançado
 POP .................................................................. Procedimento Operacional Padrão
 SIOPM/SDO .............................................................Relatório Aviso do Corpo
Bombeiros
 RCP .........................................................................Ressuscitação Cardiopulmonar
 RN ..........................................................Recém – nascido (idade inferior a 28 dias)
 SAV ............................................................................... Suporte Avançado de Vida
 SBV .................................................................................... Suporte Básico de Vida
 SICOE ...................................Sistema de Comando e Operações em Emergências
 START .............................................................Simple Triage and Rapid Treatment
 SUS ………………………..…………………………………..Sistema Único de Saúde
 TCE ......................................................................Traumatismo Crânio – Encefálico
 UR ......................................................................................... Unidade de Resgate
 URSA .................................................Unidade de Resgate e Salvamento Aquático
 USA .............................................................................. Unidade Suporte Avançado
GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Este glossário tem por objetivo esclarecer o significado de termos técnicos
comumente utilizados no serviço de resgate e emergências médicas, seja no local
da ocorrência, nas comunicações ou no momento da transferência da vítima para
o hospital.

Amputação: secção total, retirada de uma estrutura do corpo, como mão, dedo,
pé e outros, permanecendo no local uma deformidade que em alguns casos, pode
ser compensada por prótese.
Anafilática: reação aguda do organismo a uma substância estranha. Reação
alérgica intensa após a injeção, ingestão, inalação ou contato com uma
substância.
Anamnese: histórico dos aspectos subjetivos da doença, desde os sintomas
iniciais até o momento do atendimento.
Aneurisma: dilatação das paredes de artéria ou veia, de forma variável e que
contém sangue.
Anterior: que está adiante, na frente.
Anisocoria: desigualdade entre a dilatação das pupilas de uma vítima.
Apêndice xifóide: ponta ou apêndice alongado e cartilaginoso localizado ao final
do osso esterno.
Assepsia: conjunto das medidas adotadas para evitar à chegada de germes a
local que não os contenha.
Assimetria: desigual, ausência de simetria.
Auscultar: aplicar o ouvido a (tórax, membro, abdome) para conhecer os ruídos
que se produzem dentro do organismo.
Avulsão: extração traumática de parte de um órgão ou membro por
arrancamento.
Biossegurança: conjunto de medidas para evitar contaminação e transmissão
agentes infectantes como vírus, bactérias etc.
Bradicardia: lentidão dos batimentos cardíacos; abaixo de 60 por minuto.
Cânula: instrumento médico usado para abrir caminho ou manter aberta uma
cavidade corpórea.
Cânula orofaríngea: instrumento tubular que adentra a boca da vítima e mantêm
as vias aéras superiores permeáveis.
Calcinação: carbonização ou aquecimento que decompõe.
Cateter: instrumento tubular médico que é introduzido no corpo com o objetivo de
retirar líquidos ou introduzir oxigênio, soros etc.
Cefálica: que se refere à cabeça.
Cianose: coloração azulada da pele e membranas mucosas.
Clônico: espasmo ou contração com alternância, rigidez e relaxamento.
Choque anafilático: reação alérgica violenta a medicamentos, alimentos e
produtos em geral.
Choque cardiogênico: é a deficiência de bombeamento cardíaco e o distúrbio
primordial provocada por choques traumáticos.
Choque neurogênico: dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma lesão
medular geralmente provocada por traumatismo que afeta a coluna vertebral.
Choque séptico: condição na qual a pressão arterial cai a níveis potencialmente
letais como conseqüência de sepsis causadas por peritonites pré – operatórias,
pneumonias, pleuris, infecções de partes moles etc.
Coma: estado de inconsciência duradouro com perda total ou parcial da
sensibilidade e da mobilidade e com preservação da respiração e circulação.
Comissura: linha de junção do lábio superior com o lábio inferior.
Contusão: lesão produzida pela pressão ou pela batida de um corpo rombo (sem
ponta) com ou sem dilaceração da pele.
Crepitação Óssea: ruído produzido pelo atrito de dois fragmentos de um osso.
Decapitação: corte ou degolação que provoca solução de continuidade entre a
cabeça e o resto do corpo.
Decúbito: posição deitada, podendo ser ventral, lateral ou dorsal.
Deglutição: passagem do alimento da boca para o esôfago, engolir.
Desfibrilação: reversão do quadro de fibrilação ventricular através de choque no
miocárdio para retorno dos batimentos cardíacos.
Diastólica: referente a diástole que é o relaxamento do coração ou das artérias
no momento da chegada do sangue.
Disfagia: dificuldade na deglutição.
Dispnéia: respiração difícil.
Distal: ponto em que uma estrutura ou um órgão fica afastado de seu centro ou
de sua origem. Ou afastado em relação a linha mediana que divide o corpo em
metade direita e metade esquerda.
Distensão: lesão de fibras musculares por movimento brusco, abaulamento.
Diurese: eliminação de urina.
Dorsal: relativo ou pertencente ao dorso, costas.
Descontaminação de Artigos: Para este trabalho, será considerada a definição
de PERKINS, que define como descontaminação "processo ou método onde um
objeto ou material, como instrumento cirúrgico, torna-se livre de agentes
contaminantes, resultando em segurança ao manuseio, dispensando a
necessidade de medidas de proteção individual".
Edema: inchaço. Acúmulo anormal de líquido em espaço intersticial extracelular
ou intracelular.
Embolia: obstrução brusca de um vaso sangüíneo ou linfático por um corpo
estranho trazido pela circulação (coágulo, gordura, ar,...)
Enfisema: presença de ar no tecido.
Equimose: mancha de natureza hemorrágica na pele, mucosa ou membrana.
Esfíncter: músculo anular que fecha um orifício natural.
Exógena: originado ou produzido no exterior do organismo, que pode causar
efeitos interiores, além dos externos.
Fletido: dobrado.
Fibrilação ventricular: ritmo cardíaco caótico e desorganizado que provoca
parada cardíaca.
Hematêmese: vômito sanguinolento;
Hematoma: aglomeração ou tumor formado por sangue extravasado. Há um
inchaço de coloração arroxeada.
Hematose: troca gasosa do sangue que ocorre na pequena circulação do
coração com os pulmões, tornando o sangue como sendo arterial.
Hematúria: presença de sangue na urina;
Hemodinâmico: relativo às condições mecânicas da circulação do sangue.
Hemolítica: ação de venenos destrutivos para o sangue, liberando hemoglobina.
Ex: veneno da serpente cascavel;
Hemotórax: derrame de sangue na cavidade da pleura pulmonar.
Hipertensão: aumento da pressão arterial.
Hipertermia: elevação da temperatura do corpo acima do valor normal.
Hiperventilação: aceleração do ritmo respiratório.
Hipovolemia: baixo volume de sangue no corpo.
Hipoglicemia: taxa de glicose no sangue abaixo do normal.
Hipóstase: depósito ou sedimento de sangue nas regiões anatômicas em declive.
Manchas hipostáticas são sinais tardios de morte.
Hipotenar: saliência da parte interna da mão, na direção do dedo mínimo.
Hipotensão: diminuição, abaixo do normal da pressão nos vasos.
Hipotermia: temperatura abaixo do normal.
Hipóxia: baixo teor de oxigênio.
Infarto ou enfarte: obstrução de uma artéria coronária do coração. Interrupção de
área vascular, cessando a circulação e levando a necrose.
Ingurgitamento: aumento do volume e de consistência de um órgão provocado
por acúmulo de sangue.
Intoxicação: doença provocada pela ação de venenos sobre o organismo.
Isocoria: igualdade entre o tamanho das pupilas de uma vítima.
Laceração: resultado da ação de rasgar.
Letargia: falta de ação
Líquor: líquido cefalorraquiano existente no sistema nervoso central.
Luxação: deslocamento de duas superfícies articulares que perderam o
posicionamento e relações que normalmente mantêm entre si. Desalinhamento
das extremidades de dois ou mais ossos.
Midríase: dilatação da pupila.
Miose: contração da pupila.
Nosocômio: hospital.
Osteoporose: rarefação anormal do osso, geralmente em idosos.,
Orifício natural: abertura natural.
Palpação: forma de exame físico do doente, que consiste em aplicar os dedos ou
de ambas as mãos, com pressão leve em região do corpo para detectar alguma
anormalidade.
Paramentar: vestir-se com os equipamentos de proteção individual para
biossegurança, como luvas, máscara, óculos, avental etc.
Perfusão capilar: preenchimento dos vasos sanguíneos nas extremidades.
Permeável: que deixa passar.
Pneumotórax: introdução acidental ou espontânea de ar ou gases na cavidade
pleural.
Pneumotórax hipertensivo: situação grave, na qual há grande quantidade de ar
que provoca deslocamento, além do pulmão, do coração impedindo que a
circulação continue de forma normal, podendo levar a parada cardíaca.
Posterior: que vem ou está depois, situado atrás.
Precaução padrão: medidas de proteção que tem como objetivo e evitar a
exposição dos profissionais de saúde à microorganismos transmitidos pelo
sangue, hemoderivados e outros fluidos corpóreos através da via parental,
contato com mucosas ou pele não íntegra.
Pressórica: relativo à pressão arterial.
Priapismo: ereção do pênis prolongada, geralmente dolorosa, nascida sem
desejo sexual e não levando a ejaculação alguma.
Proteolítico: ação de determinados venenos que causam destruição proteínas
corpóreas, como músculo, pele e vasos. Ex: veneno da serpente jararaca.
Proximal: que se localiza perto do centro do corpo representado por uma linha
mediana que divide o corpo em metade esquerda e metade direita.
Reanimação: restituir a vida.
Regurgitação: vômito de alimentos parcialmente ingeridos.
Respiração agônica: (Gasping) esforços pulmonares reflexos e ineficazes que
podem ocorrer no momento de uma parada cardíaca.
Simetria: correspondência, em grandeza, forma e posição relativa, de partes
situadas em lados opostos de uma linha mediana, ou, ainda que se acham
distribuídas em volta de um centro ou eixo.
Sinal: manifestação objetiva de uma doença. Pode ser percebido pelo socorrista
pelos seus sentidos.
Sintoma: qualquer fenômeno ou mudança provocada no organismo que pode ser
descritos pela vítima.
Sistólica: relativo a sístole, contração do coração e das artérias para impulsionar
o sangue.
Tamponamento cardíaco: pressão aguda do coração por um derrame de
sangue no pericárdio (membrana que envolve o coração).
Taquicardia: aceleração dos batimentos cardíacos. Adultos- moderada: 80 -100;
intensa: >100 batimentos por minuto.
Tenar: saliência formada em cada mão, na parte interna, pelos músculos logo
abaixo do polegar.
Tipóia: lenço ou tira de pano que se prende ao pescoço para imobilizar e
descansar o braço ou mão doente.
Tônico: que dá tensão, tônus.
Tórax instável: múltiplas fraturas de arcos costais promovendo uma respiração
paradoxal, ou seja, diminuição do volume torácico na inspiração.
Torpor: ausência de respostas a estímulos.
Traqueostomia: traqueotomia (= incisão praticada na traquéia) seguida de
introdução de uma cânula no interior da traquéia, com o fim de estabelecer uma
comunicação com o meio exterior.
Trombose: formação de um coágulo sanguíneo em um vaso.
Tumoração: presença de tumor que é definido como um aumento de volume
desenvolvido numa parte qualquer do corpo.
Víscera: designação comum a qualquer órgão interno, incluído no crânio, tórax,
abdome ou pelve, especialmente os do abdome.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO GLOSSÁRIO


AURÉLIO B.H.F. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2006. 4ª edição, Editora
Nova Fronteira.
GARNIER, M e DELAMARE,V.. Dicionário de termos técnicos de Medicina.1994,
20ª edição. Editora E. Andrei.
PACIORNIK,R.. Dicionário Médico. 1975, 2ª edição. Editora Guanabara.
American Heart Association, SBV para provedores de saúde, 2010, 4ª edição.
Editora ACINDES.
Atendimento Pré Hospitalar ao Traumatizado PHTLS – Pré Hospital Trauma Life
Suport, 2012, 7ª edição, Colégio Americano de Cirurgiões, Editora Elsevier.
Elaboração:

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências – Secretaria de Estado da Saúde.

Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

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