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MTR .

50
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO

II- DESENVOLVIMENTO

1. Histórico
2. Apresentação
3. Características
4. Nomenclatura
5. Desmontagem e Montagem de 1º Escalão

III-CONCLUSÃO
Armamento Munição e Tiro

Metralhadora .50 M2

1. HISTÓRICO

a. Com o incremento dos balões de observação nos campos de batalha da 1ª Guerra


Mundial, o Exército Francês, ante a necessidade de eliminá-los, criou uma nova
metralhadora com o calibre 11 mm, a Rotckiss Balloon Gun.

b. Impressionado com o desempenho da nova arma, o Gen Pershing, Cmt da Força


Expedicionária Norte Americana, instalou uma comitiva, junto ao Governo dos EUA, para o
aperfeiçoamento de uma arma semelhante, porém com calibre maior, que permitisse seu
emprego, também contra viaturas blindadas e posições fortificadas.

c. Ao invés de se conceber uma arma inteiramente nova, foram entregues 08 (oito) Mtr
Browwing .30 a Samuel Colt para que as adaptasse às novas especificações. Com a
efetiva colaboração de Oliver Winchester no aperfeiçoamento da munição e de John
Browwing, além de algumas modificações, foi reproduzida em escala maior a Mtr
BROWWING .30 e o protótipo ficou pronto para os principais testes em setembro de 1918.

d. Esta arma foi a precursora da Mtr .50 de nossos dias que, apesar de ter passado algum
tempo sem aperfeiçoamento, é largamente empregada no Exército Brasileiro.
2. APRESENTAÇÃO

a. A metralhadora .50 M2 é uma arma automática, de origem americana.


Sua missão principal é a defesa contra aviões, dos comboios e estacionamentos.

b. Decorre daí serem dotadas de reparos terrestres para o tiro terrestre e


o tiro antiaéreo e outros reparos do tipo pedestal para emprego nos diversos tipos
de viaturas. É, ainda, utilizada como armamento de aeronaves.

c. Pode ser alimentada pela direita ou pela esquerda, mediante prévia


disposição de algumas peças apropriadas. Apresenta, ainda, a vantagem de poder
ser empregada também contra viaturas blindadas ou posições sumariamente
organizadas, utilizando munição perfurante.

d. Número de estoque do Exército: tem a finalidade de facilitar a


estocagem e a catalogação dos artigos de suprimento. Seu NEE é 1005 1061 100.

e. Indicativo militar: Mtr .50 M2.

f. Nomenclatura: METRALHADORA .50 M2.


Fig 1
3. CARACTERÍSTICAS

a. Aspectos classificatórios

1) Tipo: a Mtr .50 M2, devido ao seu grande peso e volume, exige que seja
transportada por mais de um homem, seja montada ou dividida em fardos, sendo,
em conseqüência, classificada como NÃO PORTÁTIL.

2) Emprego: esta arma é utilizada em proveito de um grupo de homens ou fração


de tropa (sua guarnição é composta de 01 Cmt e 03 serventes de peça), sendo,
assim, classificada como COLETIVA.

3) Princípio motor: para funcionar, a Mtr .50 M2 utiliza a força de expansão dos
gases, que agem por ação direta (UTILIZAÇÃO DIRETA DOS GASES).

4) Funcionamento: a Mtr .50 é classificada como AUTOMÁTICA, podendo,


entretanto, realizar o tiro intermitente.

5) Carregamento: RETROCARGA.

6) Raiamento: as raias da arma são em número de 08 (OITO), desenvolvendo-se da


esquerda para direita (À DIREITA), pelo que é classificada como de alma RAIADA.

7) Calibre: seu calibre é 12.7 mm ou 0.50 polegada.


b. Dados numéricos

1) Peso: a Mtr .50 M2 pesa 69 Kg, assim distribuídos aproximadamente:


-Metralhadora 38 Kg - Cano 12 Kg - Reparo 19 Kg

2) Velocidade teórica de tiro: sem levar em conta o tempo gasto com as operações
de alimentação, manejo e pontaria, esta arma pode executar 400 a 600 tiros por
minuto.

3) Velocidade prática de tiro: normalmente, em 01 (um) minuto, esta arma pode


executar 75 tiros.

4) Alcance máximo: o maior alcance que se pode obter com esta arma é de
aproximadamente 6.900 metros.

5) Alcance de utilização: o alcance que permite a utilização da Mtr .50 M2 na


plenitude de suas características é de 900 metros.
c. Munição

A munição é classificada como munição para armas portáteis e é fornecida


sob a forma de cartucho completo. O cartucho consiste no projétil, estojo de
cartucho, pólvora de propulsão e cápsula. Utiliza, principalmente, os seguintes
tipos de munição:

1) Car .50 M1 ponta do projétil na cor natural do metal.


2) Car .50 Pf M1 ponta do projétil pintada de preto.
3) Car .50 Tr M1 ponta do projétil pintada de vermelho
4) Car .50 Tr M2 ponta do projétil pintada de laranja
5) Car .50 Pf Inc M1 ponta do projétil pintada de alumínio.
6) Car .50 Pf Inc Tr M1 ponta do projétil pintada de vermelho e alumínio.
7) Car .50 Ma cartucho e projétil cromados, cartucho
perfurado.
Origem: Brasil
(1) Projétil API-T 612 gr Perfurante Incendiário Traçante (M20)
(2) Projétil Traçante 584 gr (M33)
(3) Projétil API 658 gr Perfurante Incendiário (M8)
(4) Projétil FMC 698 gr (Ball M2)
(5) Projétil AP 702 gr Perfurante (M2)
(6) Projétil Traçante 658 gr (M1)
(7) Projétil API-HC 722 gr Perfurante Incendiário - núcleo de metal duro
(8) Projétil AP-HC 760 gr Perfurante com núcleo de metal duro
(9) Projétil Traçante 630 gr (M17)
(10) Projétil Incendiário 630 gr (M1)
(11) Projétil FMC 655 gr (Ball M33)
.50 (Metralhadora)

Cartucho Comum M2 Comum M33 Traçante M1 Traçante M33

Peso (g) 117 112 114,5 112

Comprimento (mm) 138,4 138,4 138,4 138,4

Perfurante
Cartucho Traçante M1 Perfurante M2 Incendiário M1
Incendiário M8

Peso (g) 112,7 117 115,7 113

Comprimento (mm) 138,4 138,4 138,4 138,4


Perfurante Traçante Perfurante Perfurante Incendiário
Cartucho
Incendiário M20 Núcleo Metal Núcleo de Metal Duro
Duro

Peso (g) 114 123 123

Comprimen
138,4 138,4 138,4
to (mm)
Cartucho Traçante Fumígeno M48 A1

Peso (g) 114

115
Comprimento (mm)

Origem: Brasil
Projétil Traçante Fumígeno 828 gr (M48 A1)
Car .50 M1 5.45 máximo

5.45 máximo

Car .50 Ft
d. Alimentação

Utiliza carregador tipo fita de elos metálicos, com capacidade indeterminada e o sentido
de alimentação é horizontal, da esquerda para a direita ou vice-versa.

e. Acessórios

1) Acessórios de manutenção: permitem a execução da manutenção de 1º e 2º escalões


da Mtr .50 M2, são eles: (Fig 3)

- bolsa de lona (A);


- almotolia (B);
- alicate de 6" com corte lateral e mordentes separados;
- chave combinada MG ou M2;
- chave de fenda, cabo isolado, de 3" de lâmina e 3/16" de ponta;
- porta-pano para alojamento do percussor (G);
- escova de limpeza de latão para alojamento do percussor (H);
- 05 seções da vareta de limpeza M7 (K, L, M, N, O);
- escova de limpeza de latão para o cano (I);
- escova de limpeza para câmara (J);
- haste de limpeza para alojamento do percussor (P); e
- toca-pinos de 3,2 e 2,0 mm (Q, R).
2) Acessórios de transporte: a Mtr .50 M2 normalmente é transportada em viaturas e
quando desembarcada, é transportada pela guarnição sem o auxílio de
acessórios. Neste caso, os serventes da peça seguram no cano e pernas traseiras
do reparo .50 M3 terrestre.

3) Acessórios de tiro: permitem a perfeita execução do tiro com a Mtr .50 M2: (Fig 3)

- calibrador de tempo (C);


- calibrador de folga (D);
- máquina de articular elos M2;
- máquina de articular e desarticular elos M7;
- cofre de munição M17, para 120 cartuchos .50;
- coletor M1 de elos metálicos;
- refletor de cano .50;
- reforçador para o tiro de festim;
- removedor Cal .50 de estojo rompido (E);
- saco coletor e elos metálicos; e
- alavanca de manejo (F).
4) Acessórios especiais: como acessórios especiais encontramos:

- caixa M5 para acessórios (caixa de aço, medindo 7" x 7" x 16"), onde estão os
acessórios, as peças sobressalentes e 40 tiros na fita de elos metálicos;
- capa para o cano sobressalente M13 (jogo);
envelope de lona M1, para sobressalentes; e
envelope M14 para sobressalentes
Fig 3
4. NOMENCLATURA

a. Para estudo da nomenclatura, dividiremos a metralhadora .50 M2 em duas grandes


partes:

- Metralhadora propriamente dita;


- Reparo .50 M3 terrestre (tripé).

b. Metralhadora .50 M2

1) A fim de facilitar o entendimento, analisaremos a Mtr .50 M2 sob dois aspectos:

a) Externamente:

- caixa da culatra;
- camisa de refrigeração;
- cano; e
- bloco de fechamento.

b) Internamente:

- ferrolho;
- caixeta; e
- armação.
2) Caixa da culatra: é uma peça de aço, onde se acha montado o mecanismo da
arma. Divide-se em seis partes:

- bloco dianteiro;
- tampa da caixa da culatra;
- placa de cobertura;
- placa lateral direita;
- placa lateral esquerda; e
- placa inferior.

a) BLOCO DIANTEIRO: parte da arma por onde é feito o carregamento. É constituído


de: (Fig 6)

- massa de mira com proteção (A);


- mesa de carregamento (B);
- batente dianteiro do cartucho (C);
- retém da fita;
- guia da fita;
- batente traseiro do cartucho com lingüeta-guia do cartucho (D); e
- janela de alimentação (quando a tampa da caixa de culatra estiver fechada).
b) TAMPA DA CAIXA DA CULATRA: parte da arma que serve para fechar a caixa da
culatra e auxiliar a alimentação. Nela encontramos:
- trinco(A);
- rampa abaixadora(B);
- mola abaixadora;
- alavanca do impulsor (C)(talão, corpo, ponta e mergulhador com mola (D)); e
- impulsor (cursor (E), lingüeta (F), braço (G), eixo (H) e mola (I)).O impulsor tem por
missão arrastar a fita de munição para o interior da mesa de carregamento.
c) PLACA DE COBERTURA

- alça de mira, compreendendo: base e lâmina graduada, contendo esta última uma
escala de 200 a 2.600 jardas, numerada a cada 100 jardas.
- suporte da luneta telescópica com dedal serrilhado;
- corretor de vento com botão serrilhado e escala;
- alavanca do gatilho intermediário com eixo;
- retém do ferrolho; e
- guia da alavanca de armar.

d) PLACA LATERAL DIREITA (Fig 6)

- alavanca de manejo auxiliar;


- cursor da alavanca de manejo auxiliar;
- suporte do cursor da alavanca de manejo auxiliar (F);
- pino da alavanca de manejo;
- fenda do pino da alavanca de manejo;
- orifício para compressão da mola retém da armação (G);
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo; e
- orifício para ressalto da cabeça da haste-guia da mola recuperadora (H).
e) PLACA LATERAL ESQUERDA (Fig 6)

(1) Externamente:

- alavanca de manejo;
- fenda da alavanca de manejo (I);
- orifícios retangulares para o gatilho antiaéreo (J); e
- chaveta do eixo da alavanca do gatilho intermediário (K).

(2) Internamente:

- ressalto de elevação do transportador-ejetor (L); e


- ressalto de rotação do transportador-ejetor (M).
f) PLACA INFERIOR (Fig 6)

- janela de ejeção; e
- ressalto da tranca com rampa e plataforma (N).

3) Camisa de refrigeração: consiste em um pequeno tubo oco de ferro com perfurações, o


qual envolve a parte do cano, próxima a câmara, a fim de arrefecê-la durante o tiro. A
camisa de refrigeração é solidária a caixa da culatra (O).

4) Cano: peça que recebe o cartucho para ser percutido, resistindo às pressões dos gases,
imprimindo movimento de rotação ao projétil e orientando-o na direção do alvo. É
reforçado para resistir ao aquecimento e possui um pequeno movimento horizontal
(avanço-recuo) solidário ao mecanismo da culatra. É composto de:

- boca;
- alma (raiada);
- câmara de carregamento;
- entalhes para a mola retém do cano;
- rosca; e
- alça de transporte.
5) Bloco de fechamento: é a parte da caixa da culatra contra a qual se chocam, no recuo,
o ferrolho e a armação (amortecedor). Nele encontramos:

- pára-choque com 22 discos amortecedores (de fibra);


- gatilho com tecla dupla (E);
- retém do ferrolho com tecla (A);
- luva (sobre o pará-choque), com gancho
retém do retém do ferrolho (D);
- punho duplo;- retém do bloco de fechamento (C); e- trinco do retém do bloco de
fechamento (B).
6) Ferrolho: é provavelmente a peça mais importante da arma. Prende o cartucho na câmara, no
momento do disparo; retira o estojo vazio e o ejeta; extrai um cartucho novo da fita e coloca-o na
câmara; provoca o movimento da fita, alimentando a arma. É constituído por uma série de peças
que nele são montadas, além de orifícios, ranhuras e nervuras, são elas:

- extrator (A);
- orifício de passagem da ponta do percussor;
- transportador - ejetor (B);
- desvio (C);
- ranhuras-guia do talão da alavanca do impulsor (D);
- alojamento do desvio;
- gatilho intermediário (com entalhes) (E);
- retém do gatilho intermediário (com entalhes) (F);
- batente da mola do percussor (com lâmina e pino) (G);
- percussor (com ponta e extensão) (H);
- mola recuperadora (I);
- haste guia da mola recuperadora (J);
- ressalto de trancamento;
- alojamento da tranca;
- talão (com olhal para a alavanca de manejo e pino);
- alojamento do transportador - ejetor;
- nervuras-guia do ferrolho;
- olhal para o eixo da alavanca de armar;
- alojamento da alavanca de armar;
- alojamento percussor;
- alojamento da mola recuperadora;
- ranhuras-guia do gatilho intermediário;
- alojamento do retém do gatilho intermediário; e
- alavanca de armar (K) e eixo da alavanca de armar (L).
7) Caixeta: é a peça onde se atarraxa o cano, fazendo a ligação deste com o mecanismo
da culatra. É composto das seguintes partes:

- mola retém do cano (A);


- rosca para o cano (B);
- tranca com pino (C);
- cauda de ligação (D);
- alojamentos dos abaixadores da tranca (E);
- ranhuras-guia do ferrolho; e
- montagem da tranca.
8) Armação: é mantida na caixa da culatra pela mola retém da armação e liga-se à caixeta
por intermédio do acelerador que se prende à cauda de ligação, ao fim do recuo. Nela
observamos:

- acelerador com eixo e garras (A);


- amortecedor de recuo (com pistão, discos, amortecedores e mola) (B);
- mola retém da armação e seu alojamento (C);
- mola retém do amortecedor de recuo;
- abaixador da tranca (D);
- ressalto guia da armação; e
- fenda do ressalto do amortecedor de recuo.

Fig 10 Fig 11
c. Reparo .50 M3 terrestre

1) Usado para o tiro da Mtr .50 M2, quando fora de viaturas. Divide-se, basicamente, em:
- Tripé; e
- Mecanismo de elevação e direção.

2) Tripé: é constituído por:

- suporte-pião;
- corpo do tripé;
- perna dianteira com extensão;
- perna direita com extensão;
- perna esquerda com extensão; e
- travessa de pontaria.

a) Suporte-pião: é a peça que serve para fixar a Mtr ao reparo, compreendendo o garfo e
o espigão, cavilha com porca e contra-pino.

b) Corpo do tripé : é a parte superior do reparo. Nele encontramos:

- alojamento do suporte-pião;
- trava do suporte-pião;
- encaixe das pernas traseiras com parafusos de fixação;
- encaixe da perna dianteira com discos entalhados; e
- dispositivo de fixação da perna dianteira.
c) Pernas: todas as três pernas do reparo possuem uma extensão que permite
colocá-las em posições mais altas. Compõe-se de:

- sapata e garra;
- trava da extensão; e
- retém da extensão.

d) Travessa de pontaria: é a união que existe entre as duas pernas traseiras,


graduadas de 0 a 400 milésimos para cada lado, onde trabalha o mecanismo de
elevação e direção.
3) Mecanismo de elevação e direção: é ligado à caixa da culatra por meio de uma cavilha e
assentado na travessa de pontaria. Destina-se a apoiar a arma no reparo e apontá-la.
Possui as seguintes partes:

- suporte do mecanismo de elevação e direção com trava do suporte;


- garfo;
- parafuso de elevação;
- indicador de elevação; e
- volante de elevação.

a) Garfo: possui uma cavilha e corrente para fixar o mecanismo da elevação e direção à
caixa da culatra. Possui, também, um micrômetro de direção que permite deslocar 20
milésimos para cada lado, de milésimo em milésimo.

b) Volante de elevação: peça que aciona o parafuso de elevação, permitindo baixar 100
milésimos e elevar 250 milésimos.
5. DESMONTAGEM E MONTAGEM DE 1° ESCALÃO

a. A desmontagem de 1º Escalão da Mtr .50 M2 é precedida de 4 (quatro) Medidas


Preliminares. Considerando a arma sem fita de munição, são elas:

1) Prender o retém do ferrolho

Visa facilitar a execução dos golpes de segurança

2) Executar 2 golpes de segurança

Visam evitar acidentes com munição, por descuido deixada na câmara, e são executados
puxando-se o sistema à retaguarda, agindo na alavanca de manejo e na alavanca de
manejo auxiliar. Para esta medida coloca-se os pés no reparo.

3) Abrir a tampa da caixa da culatra

4) Inspecionar a câmara
b. A desmontagem de 1º escalão é executada pela guarnição da Mtr .50 M2, visando a
manutenção de 1º escalão ou seja, limpeza e lubrificação, e se compõe de 07 (sete)
operações:

1) Retirada do cano

Puxar a alavanca auxiliar de manejo cerca de 10 mm para trás, até que a orelha da mola
retém do cano apareça por um orifício situado à direita da caixa da culatra. Em sentido
anti-horário desatarraxar o cano e retirá-lo.
2) Retirada do bloco de fechamento

Identificar, antes, o retém do bloco de fechamento e o trinco do retém do bloco de


fechamento. Verificar se a tecla do retém do ferrolho está solta. Puxar para trás o trinco
do retém do bloco de fechamento e para cima o retém do bloco de fechamento,
levantando-o com ambas as mãos.

3) Retirada da mola recuperadora

Com o polegar, forçar a haste-guia da mola para a esquerda e puxá-la para trás.
4) Retirada da alavanca de manejo e seu pino

Para isso, trazer a alavanca de manejo e seu pino até os cortes em forma de meia lua,
existentes nas fendas, puxando-os para fora da arma.

Fig 15
5) Retirada do ferrolho

Apoiar com uma das mãos a parte posterior do ferrolho e empurrá-lo para trás até que
saia da caixa da culatra.

6) Retirada do sistema caixeta-armação

Inicialmente, forçar para dentro, com um toca pino, a mola retém da armação, no lado
direito da caixa da culatra. Simultaneamente, empurrar para trás o sistema caixeta-
armação, retirando-o do interior da caixa da culatra.

Fig 16
7) Desfazer o sistema caixeta-armação

Empurrar o acelerador para a frente. Esta ação provocará a separação da caixeta e da


armação.

Fig 17
c. Terminada a desmontagem de 1º escalão, as peças deverão estar dispostas, da
esquerda para direita, na seguinte ordem:

- cano;
- bloco de fechamento;
- mola recuperadora e haste guia da mola recuperadora;
- alavanca de manejo e pino;
- ferrolho;
- caixeta; e
- armação
d. A montagem de 1° escalão é a operação inversa da desmontagem, sendo mais
delicada e mais difícil, começando pelo ponto em que terminou a desmontagem.

1) Refazer o sistema caixeta-armação

a) Com a mão esquerda, segurar a caixeta com a cauda de ligação para trás e a mola
retém do cano para a direita. Com a mão direita, segurar a armação (indicador por baixo do
acelerador) de modo que os abaixadores da tranca fiquem para frente e para cima.
Aproximamos a caixeta da armação tendo o cuidado de:
- colocar os ABAIXADORES DA TRANCA em correspondência com seus alojamentos;

- girar o ACELERADOR para cima; e

- colocar o "dente" da CAUDA DE LIGAÇÃO por cima do "dente" do PISTÃO DO


AMORTECEDOR.

b) Tomando esses três cuidados, basta empurrar a armação contra a caixeta até que o
acelerador complete o giro para trás e suas garras se prendam na cauda de ligação.
2) Colocação do ferrolho na caixeta-armação

Colocar o ferrolho em suas corrediças, na caixeta, tendo o cuidado de:

- verificar se a ALAVANCA DE ARMAR está para a frente;

- deitar o TRANSPORTADOR EJETOR para a frente; e

- não levar o FERROLHO completamente à frente, para que este não esbarre no ACELERADOR.

Fig 19
3) Colocação do conjunto caixeta-armação-ferrolho na caixa da culatra

Com o polegar esquerdo, comprimir para cima o retém do ferrolho a fim de dar passagem
ao mesmo; empurrar o conjunto para dentro da caixa da culatra sem tocar no amortecedor, isto
é, empurrar a armação pela parte posterior, circunvizinha ao amortecedor até ouvir o estalido
característico indicando que a mola retém da armação se prendeu à parede direita da caixa da
culatra.

ATENÇÃO!
A alavanca de armar deve ser deitada para frente, a fim de evitar o emperramento do
ferrolho no interior da caixa da culatra. É um incidente difícil de ser sanado, requerendo, via
de regra, intervenção de órgão especializado.

4) Colocação da alavanca de manejo e seu pino

Colocar a alavanca de manejo em seu alojamento no ferrolho e deslocar o mesmo até


fazer a coincidência deste alojamento com os entalhes em "meia lua" existentes nas fendas
desta alavanca. Colocar, então, o pino da alavanca de manejo, empurrando-o juntamente com a
alavanca de manejo bem ao fundo, a fim de prendê-los corretamente. Em seguida, levar o
ferrolho completamente à frente.
5) Colocação da mola recuperadora

Colocar a mola recuperadora em seu alojamento, no ferrolho, encaixando o pino da


cabeça da haste-guia da mola recuperadora na parede direita da caixa da culatra.

6) Colocação do bloco de fechamento

Segurar o bloco de fechamento pelos punhos, e com a tecla do gatilho para cima,
introduzi-lo em suas corrediças. Puxar para trás o trinco do retém do bloco de fechamento e
para cima o retém do bloco de fechamento, introduzindo o bloco completamente.

7) Colocação do cano

Atarraxar o cano completamente e retroceder dois ou três cliques.


e. A montagem de 1º Escalão completa-se ao serem executadas as Medidas
Complementares, em número de 03 (três):

1) Fechar a tampa da caixa da culatra

Basta baixar a tampa da caixa da culatra, forçando-a ao encontro da caixa da culatra,


até que esta fique presa.

2) Engatilhar a arma

Puxar o sistema caixeta-armação-ferrolho à retaguarda (agindo na alavanca de manejo e


alavanca de manejo auxiliar) e soltá-lo para que volte à posição avançada (a tecla do retém do
ferrolho deverá estar presa).

3) Desengatilhar a arma

Basta agir na tecla do gatilho.


ASSUNTO 02:

FUNCIONAMENTO E
FUNCIONAMENTO E
REGULAGENS
REGULAGENS
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO

II- DESENVOLVIMENTO
a. Posição inicial
b. Ciclo de funcionamento
c. Recuo do sistema (07 operações)
d. Limite do Recuo
e. Avanço do sistema (11 operações)
f. Segurança
g. Regulagem de folga
h. Ajustagem do tempo ou percussão

III-CONCLUSÃO
6. FUNCIONAMENTO

a. Posição inicial

O estudo do funcionamento da Mtr .50 M2 começa por uma posição inicial definida por 3 (três)
aspectos fundamentais:

- arma trancada;
- um cartucho na câmara; e
- dá-se a percussão.

Fig 20 - Foi feito o primeiro disparo


b. Ciclo de funcionamento

1) A chama produzida, pela deflagração da cápsula é transmitida à pólvora da carga de


projeção. A queima progressiva da pólvora da origem à formação de gases cuja força de
expansão age em todos os sentidos. Esta força impele o projétil através do cano, enquanto
tenta, também, jogar o estojo para fora da câmara. Entretanto, esta ação é impedida, uma vez
que o ferrolho se acha trancado à caixeta.

2) Quando o projétil ultrapassa a boca do cano, o impulso de retrocesso leva o sistema


cano-caixeta-ferrolho a recuar, dando início, assim, ao ciclo de funcionamento que começa
pelo recuo do sistema.

c. Recuo do Sistema

O recuo do sistema cano-caixeta-ferrolho, que é produzido pelo impulso do retrocesso,


tem um curso inicial bem pequeno que é chamado de curto recuo do cano. Com este recuo, a
caixeta une-se à armação, comprimindo a mola do amortecedor, na armação. Ao iniciar este
recuo, inicia-se, também, a compressão da mola recuperadora. Durante o sistema realizam-se
as 7 (sete) operações a seguir:
1) Destrancamento

Peças que interessam:


- tranca;
- ressalto da tranca;
- abaixadores da tranca e seus alojamentos; e
- alojamento da tranca (no ferrolho).

Durante o recuo do sistema, a tranca vai saindo de cima do seu ressalto, enquanto,
simultaneamente, os abaixadores da tranca vão penetrando em seus alojamentos, forçando
o pino da tranca para baixo. Ao fim do curto recuo do cano, a tranca sai completamente de
seu alojamento no ferrolho.

Fig 21 - Ação dos gases sobre o culote do estojo


Fig 22 - A tranca é forçada para baixo pelos abaixadores da tranca (destrancamento)

Fig 23 - O ferrolho é auxiliado a recuar pelo acelerador e comprime as mola


recuperadora
2) Abertura

Peças que interessam:


- acelerador;
- talão do ferrolho;
- câmara; e
- caixeta.

Completando o destrancamento, o ferrolho passa a recuar sozinho por ação dos gases
e pelo impulso do acelerador, agindo no seu talão, o qual girava para trás deslizando na face
posterior externa da caixeta. Este afastamento da parte anterior do ferrolho, da parte posterior
da câmara, caracteriza a abertura.
3) Extração (2ª fase)

Peças que interessam:


- extrator; e
- câmara.

Recuando o ferrolho, o extrator retira o estojo da câmara.


4) Alimentação (1ª fase)

Peças que interessam:


- talão da alavanca do impulsor; e
- ranhura-guia do talão (no ferrolho).

O talão da alavanca do impulsor, obrigado pela ranhura-guia, desloca-se da esquerda


para a direita enquanto o cursor desloca-se da direita para a esquerda em busca de outro
cartucho.

Fig 24 - O talão da alavanca do impulsor desliza na ranhura do ferrolho, dando ao


cursor um movimento da esquerda para a direita, ou vice-versa
5) Transporte

Peças que interessam:


- transportador-ejetor; e
- ressalto de rotação.

O transportador-ejetor retira da fita o segundo cartucho e o transporta para trás.


Neste movimento, ele passa por cima do ressalto de rotação.

Fig 25 - O transportador-ejetor retira um cartucho da fita


6) Extração (1ª fase)

Peças que interessam:


- rampa abaixadora;
- transportador-ejetor; e
- extrator.

Durante o recuo do ferrolho, o transportador-ejetor, que transporta o segundo


cartucho, sofre ação da rampa abaixadora, estando entre esta e o ressalto. Ao final do
recuo, o transportador-ejetor, tendo ultrapassado o ressalto de rotação e sendo forçado
pela rampa abaixadora, introduz o culote do cartucho no extrator.

Fig 26 - Extração (1° fase)


7) Engatilhamento (1ª fase)

Peças que interessam:


- alavanca de armar
- guia da alavanca de armar;
- alavanca do gatilho intermediário;
- gatilho intermediário com mola;
- percussor com extensão; e
- batente da mola do percussor.

Quando o ferrolho recua, a parte superior da alavanca de armar entra em seu guia e
gira em torno de seu eixo, deitando-se para frente. Enquanto isso, a parte superior do
gatilho sai debaixo de sua alavanca, sendo levantado por sua mola. Quando a alavanca de
armar gira para frente, sua parte inferior arrasta o percussor para trás, comprimindo sua
mola de encontro ao batente da mola do percussor. Com este movimento, o dente da
extensão do percussor se engraza no dente do gatilho intermediário.

Fig 27 - Movimento da alavanca de armar e do percussor


d. Limite do Recuo

O recuo do sistema é limitado pelo encontro do ferrolho com o bloco de


fechamento. O choque produzido por este é amortecido pelos 22 discos de fibra no pará-
choque. Ao final do recuo do ferrolho, a mola recuperadora encontra-se totalmente
comprimida.
e. Avanço do Sistema

O ferrolho é impulsionado para frente pela distensão da mola recuperadora. Isso


obriga o acelerador a girar para frente soltando-se da cauda de ligação. Em conseqüência,
distende-se a mola do amortecedor, impulsionando o cano-caixeta para frente. Durante o
avanço do sistema realizam-se 11 (onze) operações, a seguir discriminadas:

1) Engatilhamento (2ª fase)

Peças que interessam:


- alavanca de armar;
- guia da alavanca de armar;
- alavanca do gatilho intermediário;
- gatilho intermediário com mola e dente;
- percussor com extensão; e
- batente da mola do percussor.

Durante o avanço do ferrolho, a parte superior da alavanca de armar novamente entra


no guia, sendo obrigada a girar para trás. Desse modo, ela abandonará a extensão do
percussor que ficará presa pelo gatilho intermediário.
2) Ejeção

Peças que interessam:


- transportador-ejetor;
- rampa abaixadora; e
- ressalto de rotação.

Logo no início do avanço, o transportador-ejetor que está sendo forçado pela rampa
abaixadora, passa por baixo do ressalto de rotação. Nesse momento, o estojo que está no
extrator é empurrado pelo novo cartucho, terminando por sair para fora da arma.

Fig 28 - Forçado pela rampa abaixadora, o transportador-ejetor coloca o cartucho no


extrator

Fig 29 - O estojo que se encontra no extrator é forçado para baixo


3) Apresentação

- Peças que interessam:


- transportador-ejetor;
- ressalto de rotação; e
- extrator.

O transportador-ejetor, no início do avanço, deslocando-se sob a parte inferior do


ressalto de rotação, faz com que o cartucho deslize no interior do extrator, colocando-o em
condições de ser introduzido.

Fig 30 - O cartucho permanece alinhado com a câmara graças ao ressalto de rotação


4) Alimentação (2ª fase)

Peças que interessam:


- talão da alavanca do impulsor;
- ranhura-guia (ferrolho);
- cursor; e
- retém da fita.

O talão da alavanca do impulsor, ainda obrigado pela ranhura-guia, desloca-se da


direita para a esquerda. O cursor desloca-se da esquerda para a direita, arrastando
consigo o quarto cartucho da fita de munição.
ATENÇÃO
Situação dos cartuchos, neste momento:
1º: já percutido, estando seu estojo ejetado;
2º: apresentado, em condições de ser introduzido;
3º: na mesa de carregamento, esperando para ser transportado no recuo seguinte; e
4º: preso ao cursor na mesa de carregamento.

Fig 31 - Posição do 4° cartucho


5) Introdução

A apresentação parcial do cartucho na câmara caracteriza a introdução.


6) Trancamento

- Durante o avanço do ferrolho, seu talão bate no acelerador, desfazendo o


sistema cano-caixeta-armação e provocando o avanço do cano-caixeta. Com a
separação, os abaixadores da tranca saem de seus alojamentos, permitindo que a
tranca suba no seu ressalto e se introduza no seu alojamento no ferrolho. A partir
desta ação, está refeito o sistema cano-caixeta-ferrolho.

Fig 32 - A tranca sobe seu ressalto, engrazando-se no ferrolho (trancamento)


7) Carregamento

A concretização da introdução, caracteriza o carregamento.


8) Fechamento

Ao se processar o carregamento, a face anterior do ferrolho entra em contato com


a câmara, caracterizando o fechamento. O transportador-ejetor sobe o ressalto de
elevação para empolgar um novo cartucho e sofre a ação da mola abaixadora.

Fig 33 - O ferrolho introduz o cartucho na câmara e o transportador-ejetor


abandona o cartucho subindo pelo ressalto de elevação

Fig 34 - O transportador-ejetor empolga um novo cartucho na fita


9) Desengatilhamento

Ao ser pressionada a tecla do gatilho, esta faz com que a ponta da alavanca do
gatilho intermediário, agindo no talão do gatilho intermediário, abaixe-o,
liberando o dente da extensão do percussor.

Fig 35- A tecla do gatilho pressiona a alavanca do gatilho intermediário


que atua no talão do gatilho intermediário, liberando assim, o percussor
10) Disparo

Ao ser liberado o dente da extensão do percussor, a mola do percussor, se


descomprime, levando-o à frente, o que caracteriza o disparo.
11) Percussão

Indo à frente, o percussor fere a cápsula do cartucho, caracterizando a


percussão.
f. Segurança

Esta arma não possui dispositivo de segurança. É conveniente, entretanto


quando não estiver atirando, retirar a fita de munição, abrir a tampa da caixa da
culatra e prender o ferrolho à retaguarda (liberar a tecla do retém do ferrolho).
8. CALIBRAGEM DE 1º ESCALÃO

a. Regulagem da folga

1) É executada pela guarnição da arma.

2) Folga da arma é a distância entre o culote de um cartucho introduzido na


câmara e a parte anterior do ferrolho. A regulagem da folga é OBRIGATÓRIA antes do
primeiro tiro, com o objetivo de evitar incidentes de tiro provocados por folga
excessiva ou insuficiente.
a) folga excessiva - provocará incidentes na extração, sendo possível a ruptura
do estojo. Ficando o corpo do estojo na câmara, a introdução de um novo cartucho é
impedida.
b) folga insuficiente - ocasionará o mal funcionamento da arma. A tranca não
entrará completamente em seu alojamento no ferrolho, ficando o trancamento
incompleto. Isto poderá danificar o ferrolho, a tranca, a caixeta ou o ressalto da tranca.
Incidentes na extração, também, podem ser causados pela folga insuficiente, visto que
o destrancamento e a extração ocorrem imediatamente após o disparo.
3) Para a regulagem são usados os seguintes calibradores:

a) calibrador nacional - este calibrador é uma lâmina de aço, gravadas as


inscrições 5,13 numa das pontas e 5,23 na outra, esta com uma marca em vermelho.

b) calibrador americano - é uma lâmina com as inscrições "NO GO .206" numa das
pontas e "GO .202" na outra.
4) Regulagem:

a) engatilhar a arma e levar o ferrolho à frente;


b) atarraxar o cano completamente;
c) desatarraxar o cano, clique a clique, tentando introduzir, no extrator, o lado do
calibrador "GO", sem forçar e sem folga;
d) tentar introduzir, no extrator, o lado "NO GO" do calibrador. A folga estará
regulada quando o calibrador, nesta posição, não penetrar no extrator.

Fig 38 - Regulagem da folga


b. Ajustagem do tempo ou percussão

1) Ajustagem do tempo (nomenclatura americana) ou ajustagem da percussão


(nomenclatura brasileira) é a operação que regula a distância entre a caixeta e a mesa
de carregamento, utilizando os seguintes calibradores:

a) calibrador de percussão (nacional) - numeração DOO 96, tipo lâmina com as


pontas em forma de meia-lua e com os diâmetros 0.508 e 2.946, esta com marca
vermelha.

b) calibrador de tempo (americano) - composto de duas lâminas de aço em


espessuras diferentes e com as inscrições "NO FIRE .116" numa e "FIRE .020" na
outra. Este calibrador é usado nas Mtr .50 M2 de fabricação mais recente, que
apresentam, no interior da parte posterior da caixa da culatra, um dispositivo (porca)
para permitir a regulagem.
2) Ajustagem:

a) regular a folga;
b) abrir a tampa da caixa da culatra;
c) engatilhar a arma e levar o ferrolho à frente;
d) retirar o bloco de fechamento e desatarraxar o parafuso de ajustagem completamente, até que
não faça mais cliques;
e) colocar o bloco de fechamento;
f) introduzir o calibrador pelo lado "FIRE" entre a caixeta e a mesa de carregamento;
g) pressionar a tecla do gatilho;
h) caso o mesmo não desengatilhe, retirar o calibrador;
i) retirar o bloco de fechamento e atarraxar o parafuso de ajustagem de um clique. Retornar à
operação "e)”;
j) caso desengatilhe, retirar o calibrador e engatilhar a arma;
k) retirar o bloco de fechamento e atarraxar de um clique, tendo o cuidado de iniciar uma
contagem;
l) colocar o bloco de fechamento;
m) introduzir o calibrador pelo lado "NO FIRE" entre a caixeta e a mesa de carregamento;
n) pressionar a tecla do gatilho;
o) caso não desengatilhe, retornar à operação "k)"; ou
q) caso desengatilhe, ou o parafuso esteja totalmente atarraxado, retornar a metade dos cliques
contados. O tempo ou percussão está ajustado.
3) Para as armas sem a porca de ajustagem, pode-se fazer a ajustagem com o
mesmo calibrador, mas de maneira mais rústica, realizando as seguintes operações :

a) regular a folga;
b) engatilhar a arma;
c) retrair ligeiramente o ferrolho;
d) colocar a lâmina "NO FIRE .116" entre a mesa de carregamento e a caixeta; e
e) tentar a percussão; se a folga estiver bem regulada não deverá ocorrer a
percussão e o tempo estará ajustado; havendo a percussão, a arma deverá ser recolhida
para que o desgaste das peças seja verificado e o problema sanado.

Fig 40 - Localização da porca de ajustagem


c. Regulagem prática de folga

1) Quando não se dispõe do calibrador, pode-se fazer a ajustagem da seguinte


maneira:

a) atarraxar o cano até que sua parte posterior entre em contato com o ferrolho, sem
forçá-lo à retaguarda;
b) desatarraxar o cano, clique a clique; e
c) após cada clique, levar o ferrolho ligeiramente à retaguarda, verificando se o
conjunto cano-caixeta recua solidário a ele. Se isto acontecer, a folga estará regulada.
ASSUNTO 02:

MANEJO E
MANEJO E INCIDENTES
INCIDENTES
DE TIRO
DE TIRO
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO

II- DESENVOLVIMENTO
a. Op de manejo
b. Incidente de tiro
1. Definição
2. Ação Imediata
3. Análise do problema
c. Conservação do material

III-CONCLUSÃO
09. MANEJO

a. Antes de se executar as operações de manejo, deve-se, com o auxílio de uma


das máquinas de carregar M2 ou M7, organizar a fita, tendo o cuidado de utilizar,
sempre, um elo a mais que o número de cartuchos.

b. Operações de manejo

1) abrir a tampa da caixa da culatra;


2) colocar a fita sobre a mesa de carregamento de modo que o transportador-
ejetor empolgue o primeiro cartucho;
3) fechar a tampa da caixa da culatra;
4) selecionar o regime de tiro;
a) Tiro intermitente - o retém do ferrolho deve estar na posição superior. Para
cada disparo, pressionar o retém do ferrolho junto com o gatilho;
b) Tiro automático - pressionar o retém do ferrolho para baixo e prendê-lo,
girando a luva com o gancho-retém no pára-choque do bloco de fechamento;
5) carregar a metralhadora puxando a alavanca de manejo para à retaguarda, o
que levará o ferrolho para trás. Em seguida, liberar a alavanca;
ATENÇÃO

Se a metralhadora estiver preparada para o tiro semi-automático o ferrolho


permanecerá na posição recuada. Neste caso, levar a alavanca de manejo para a frente,
depois de soltar o ferrolho com o retém. Se a metralhadora estiver preparada para o
tiro automático a alavanca de manejo irá para a frente com o ferrolho, quando for
liberada.

6) selecionar a alça; e

7) disparar a arma, pressionando a tecla do gatilho.


10. INCIDENTE DE TIRO

a. Incidente de tiro é uma ação imprópria ou incompleta de alguma peça ou


munição, resultando numa cessação de fogo, devendo o atirador recolocar a arma em
condições de reiniciar o tiro. Existem duas maneiras de se sanar um incidente de tiro:

- pela ação imediata (solução prática); e


- pela análise do problema (verificação e posterior solução do problema).

b. Ação Imediata

1) 1ª AÇÃO IMEDIATA: trazer o ferrolho à retaguarda, soltá-lo e tentar o tiro;


2) 2ª AÇÃO IMEDIATA: se continuar o incidente, o atirador deve:

a) trazer o ferrolho à retaguarda;


b) abrir a tampa da caixa da culatra;
c) retirar a fita de elos metálicos;
d) verificar se há algum estojo na câmara ou no ferrolho;
e) levar o ferrolho à frente;
f) colocar a fita;
g) fechar a tampa; e
h) carregar e reiniciar o tiro.
ATENÇÃO

Se o cano estiver quente, após ter realizado mais de 150 tiros, haverá a
possibilidade de o cartucho ser deflagrado por calor. Nesse caso, devem ser tomadas,
imediatamente, as seguintes medidas:

- deixar o cano apontado para o alvo;

- realizar a 1ª AÇÃO IMEDIATA em menos de 10 segundos;

- se a 1ª AÇÃO IMEDIATA não der resultado e houver suspeita de cartucho na câmara, A


TAMPA NÃO PODERÁ SER ABERTA; e

- se for impossível, durante a 1ª AÇÃO IMEDIATA levar o ferrolho para trás, deve-se
esperar, no mínimo, 05 (cinco, minutos, antes de executar qualquer operação.
3) Se a metralhadora continuar não atirando, o atirador passará a analisar o
problema tentando solucioná-lo.

c. Análise do problema

1) Ao analisar o incidente, o atirador procura, inicialmente, descobrir qual é o


tipo, dentre os seguintes:

a) Negas

CAUSAS CORREÇÕES

1. incompleto avanço do 1.verificar a montagem da


ferrolho; tranca.
2. ponta do percussor gasta, 2.substituir ou desempenar.
quebrada ou empenada;
3. corpo estranho no interior 3.remover o corpo
do ferrolho; estranho.
4. alavanca do gatilho 4.substituir.
intermediário quebrada;
5. munição velha ou 5.substituir.
defeituosa;
6. mola do percussor fraca; 6.substituir.
b) Falha na alimentação

CAUSAS CORREÇÕES

1. retém da fita quebrado; 1. substituir.


2.molas do retém da fita 2. substituir.
quebradas;
c) Não engatilhamento

CAUSAS CORREÇÕES

1.dente do gatilho 1. substituir.


intermediário ou extensão do
percussor gasto ou quebrado;
2.alavanca de armar com 2. substituir.
desgaste;
d) Carregamento incompleto

CAUSAS CORREÇÕES

1. corpo estranho na câmara; 1.remover o corpo


estranho.
2. munição amassada; 2.substituir.

2) A substituição de peças é uma ação de manutenção de 2º escalão, exceção


feita à alavanca do gatilho intermediário que é de 3º escalão.
11. CONSERVAÇÃO DO MATERIAL

a.A limpeza e lubrificação da metralhadora, do reparo, das partes sobressalentes


e acessórios são de vital importância. A experiência tem mostrado que a maioria das
metralhadoras torna-se inútil mais pela falta de manutenção e conservação adequadas
do que pelo emprego.

b. Limpeza antes do tiro

1) limpar a Mtr e fazer uma revisão nas partes para constatar o bom estado da
arma;

2) os canos ficarão limpos e secos e o seu calibre deve ser previsto para a
realização do tiro. Para esta limpeza, devem ser empregadas varetas de limpeza que
possuam o mesmo calibre do cano. A estopa ou pano a serem empregados devem
estar limpos e secos, e devem ter tamanhos compatíveis com o diâmetro do cano;

3) cuidados especiais deverão ser tomados na limpeza da câmara, pois, quando


suja, ocasiona graves incidentes de tiro. As câmaras não serão lubrificadas antes do
tiro; e

4) as demais partes, uma vez limpas, deverão ser lubrificadas com leve camada
de óleo leve para armamento.
c. Limpeza durante o tiro

1) Limpar do cano com estopa ou pano secos.

2) Limpar e lubrificar das partes móveis de arma, visando eliminar excessos de


resíduos de pólvora.
d. Limpeza e cuidados após o tiro

Tão cedo quanto possível, porém no mesmo dia do tiro, os canos e as partes onde
se faz sentir a ação dos resíduos de pólvora devem ser limpos, a fim de impedir a ação
nociva nas partes do armamento. A limpeza deste armamento será realizada durante 3
(três) dias consecutivos após a realização do tiro, observando-se as seguintes normas:

1) desmontar a arma até o ponto permitido ao seu escalão;

2) preparar a solução carbonada (proporção de 4 litros d'água para 250 ou 500


gramas de carbonato de sódio) ou a solução saponada (proporção de 16 litros d'água
para 500 gramas de sabão);

3) a água utilizada será de preferência quente, pois facilita a secagem e a


evaporação. Sendo impraticável a sua utilização, empregue a água fria;

4) para a limpeza do cano, use uma vareta de limpeza adequada, à qual será
adaptado um pedaço de pano, estopa ou uma escova de pêlo. Introduza a vareta no
sentido da câmara para a boca do cano (sempre que possível). Após ter introduzido a
vareta no cano, só inverta o sentido quando a estopa ou o pedaço de pano ou a escova
de pêlo, ultrapassar a boca do cano;
5) após o interior do cano estar bem esfregado com a solução e a câmara bem
limpa por uma escova de limpeza, repetir as operações com água pura e limpa;

6) secar as peças, convenientemente, e lubrificá-las com óleo médio para


armamento;

7) as demais partes da metralhadora devem ser limpas com uma das soluções
indicadas, esfregando-se aquelas atingidas por resíduos de pólvora, até que estes não
sejam notados nos mecanismos;

8) Passar as peças já limpas em água quente, secá-las e lubrificá-las; e

9) se após a limpeza de três dias consecutivos, ainda forem notados resíduos de


pólvora, repetir as operações de limpeza até que a metralhadora fique completamente
limpa.
d. Conservação das metralhadoras em uso

Estando as metralhadoras limpas e lubrificadas, devem ser observados os


seguintes cuidados e providências, para conservá-las em bom estado:

1) diariamente, devem ser efetuados um exame e uma verificação do estado de


limpeza e condições gerais da arma;

2 ) sempre que houver instrução com a Mtr, deverá ser previsto tempo para que
se realize a limpeza e lubrificação da mesma;

3) as superfícies metálicas e todas as partes móveis devem ser mantidas


cobertas por uma camada de óleo leve para armamento, para assegurar um bom
funcionamento da arma e evitar a ação da ferrugem. Para aplicar o óleo leve para
armamento, esfregue um pano seco, o qual, após ser embebido em óleo, é esfregado
nas superfícies metálicas. O óleo pode ser colocado também por meio de almotolias;
e

4) o óleo em excesso é nocivo, pois favorece o acúmulo de sujeiras que


prejudicarão o funcionamento da arma.
e. Cuidados especiais

1) sempre que aparecerem vestígios de ferrugem, esfregar o local afetado com


uma bucha de pano embebida em querosene, ou utilize uma escova de latão para
combater os vestígios. Lubrificar as partes manutenidas com óleo leve para
armamento e fazer inspeções periódicas do material;

2) uma vez por semana, pelo menos, as partes móveis devem ser desmontadas,
limpas e lubrificadas novamente. As cabeças dos parafusos e orifícios serão limpos
com uma pequena escova ou uma tala de madeira;

3) a poeira e as sujeiras existentes nas superfícies metálicas deverão ser


retiradas esfregando-se um pano seco e depois passando-se óleo lubrificante. O óleo
deverá ser mantido permanentemente sobre as superfícies a proteger;

4) nas regiões em que a umidade e a temperatura são elevadas durante a


estação chuvosa, o armamento deve ser examinado diariamente e mantido bem
lubrificado;

5) os conjuntos principais das armas devem ser desmontados com freqüência


e, se for necessário, desmontadas as suas partes componentes para secagem e
lubrificação: e

6) nas regiões arenosas, o vento joga areia sobre as superfícies cobertas de


óleo. A areia provoca incidentes de tiro e rápido desgaste do armamento. Em tais
condições, o armamento deve ser limpo diariamente e todas as partes que ficam
expostas serão mantidas secas. Os conjuntos componentes deverão ser
desmontados para maior facilidade da limpeza. Pequena porção de óleo pode ser
passada nas partes não expostas e que possam sofrer a ação da areia.
“Não existem grandes homens, mas grandes desafios
que homens comuns se propõem a enfrentar.”

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