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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

ARMAS PORTÁTEIS

ARMAS PORTÁTEIS
VOLUME ÚNICO

BMB

CFS

2012
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

ARMAS PORTÁTEIS

Apostila da disciplina Armas portáteis, da Especialidade


BMB, do Curso de Formação de Sargentos.

Elaborador: Daniel do Nascimento Ribeiro - 2S BMB

GUARATINGUETÁ, SP
2012
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados

Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida


a reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-se de
qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive
processos xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a
permissão, expressa e por escrito, da Escola de Especialistas de
Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................................01
1- REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA.........................................................................03
1.1 Procedimento de segurança..........................................................................04
2- PISTOLA TAURUS 9MM MODELO PT-92...........................................................05
2.1 Apresentação................................................................................................05
2.2 Nomenclatura da PT-92................................................................................08
2.3 Desmontagem e montagem..........................................................................09
2.4 Funcionamento.............................................................................................19
2.5 Sistemas de segurança..................................................................................27
3- PISTOLA IMBEL 9 MM MOD. M-973...................................................................31
3.1 Apresentação................................................................................................31
3.2 Características...............................................................................................31
3.3 Nomenclatura................................................................................................33
3.4 Desmontagem parcial e montagem..............................................................35
3.5 Funcionamento.............................................................................................43
3.6 Mecanismo de disparo..................................................................................45
3.7 Sistemas de segurança..................................................................................47
4- SUBMETRALHADORA TAURUS 9 mm Mod. MT-12AD...................................49
4.1 Apresentação................................................................................................49
4.2 Características...............................................................................................49
4.3 Nomenclatura................................................................................................51
4.4 Desmontagem parcial e montagem..............................................................53
4.5 Desmontagem...............................................................................................53
4.6 Montagem.....................................................................................................61
4.7 Manejo..........................................................................................................69
4.8 Funcionamento.............................................................................................70
4.9 Mecanismo de disparo..................................................................................72
4.10 Seguranças..................................................................................................77
5- FUZIL HK-33 Cal. 5,56 mm.....................................................................................79
5.1 Apresentação................................................................................................79
5.2 Características...............................................................................................81
5.3 Nomenclatura...............................................................................................83
5.4 Desmontagem e montagem..........................................................................85
5.5 Funcionamento.............................................................................................95
5.6 Segurança.....................................................................................................98
6- REVÓLVER TAURUS CAL. .38.............................................................................99
6.1 Apresentação................................................................................................99
6.2 Características...............................................................................................99
6.3 Nomenclatura..............................................................................................101
6.4 Desmontagem e montagem........................................................................102
6.5 Funcionamento...........................................................................................104
6.6 Exercícios...................................................................................................108
7- ESTANDE DE TIRO: UTILIZAÇÃO E SEGURANÇAS E MANUTENÇÃO....112
7.1 Generalidades.............................................................................................112
7.2 Construção principal...................................................................................112
7.3 Campos de tiro............................................................................................112
7.4 Procedimentos............................................................................................113
7.5 Alvos e confecção da pista.........................................................................114
7.6 Segurança....................................................................................................119
7.7 Fundamentos para um bom tiro..................................................................120
7.8 Fatores que interferem no tiro....................................................................123
7.9 Analises básicas dos erros..........................................................................123
7.10 Quadro de erros mais comuns com armas longas.....................................125
8 MANUTENÇÃO.......................................................................................................127
8.1 Limpeza normal..........................................................................................127
8.2 Limpeza após o tiro....................................................................................127
Referências...................................................................................................................129
Anexo A - Auto-Avaliação...........................................................................................130
Anexo B - Gabarito......................................................................................................133
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INTRODUÇÃO

Este módulo é de grande importância para nós militares, que constantemente


necessitamos utilizar o armamento portátil dentro da caserna, ou até mesmo fora dela, nos
serviços de rotina; por isso, é importante você prestar muita atenção durante o estudo e não ficar
com nenhuma dúvida do assunto em questão, porque disso pode depender sua vida ou de outrem.

O tema mais importante neste estudo, do qual você não poderá jamais se esquecer é o que
tange à segurança e a manutenção do armamento de porte e portátil, por isso nós iniciaremos
exatamente com esse assunto.

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1 REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA

Como já foi mencionado anteriormente, a segurança é a parte mais importante para nós.
Você pode até se esquecer de alguma informação dos outros textos que vêm a seguir, mas jamais
deste, porque sua vida ou de outra pessoa pode depender deste texto que você vai ler agora e um
pequeno descuido pode ser fatal.

Não queira nunca dar uma de "safo" e achar que sabe tudo, deixar o dia-a-dia cair na
rotina. Pense sempre que está fazendo pela primeira vez. Tome cuidado, pois o hábito do
cachimbo é que deixa a boca torta. Isso significa que você sempre deve ter consciência do que
está fazendo e não fazer automaticamente.

Com o armamento, você nunca poderá ficar desatento, por isso preste atenção nestas
regras básicas de segurança, que seguidas corretamente, diminuem muito a possibilidade de
ocorrer um incidente ou acidente. A segurança nunca é absoluta. Tomemos por exemplo o ditado
popular que é perfeitamente adequado a essa situação: "O diabo matou a mãe com o cano da
bota."

1.1 Procedimento de segurança

➢ Com o dedo fora da região interna do gatilho (guarda-mato), verifique se a arma esta
travada, caso não esteja, TRAVE a arma.
➢ Retire o carregador.
➢ destrave a arma.
➢ abra a arma e mantenha aberta.
➢ inspecione a câmara para certificar que está vazia.
➢ verifique também que o alojamento do carregador está vazio.
➢ estando a arma com a câmara vazia e sem o carregador, FECHE a arma e
➢ Aponte a arma para um local seguro para poder realizar o tiro em seco.

Observação: no caso da PT-92 para poder abrir a arma precisa destravar, o HK-33 pode ser
aberto estando travado.

Observação: o local seguro será aquele local que o projétil não irá ricochetear, acertar alguém ou
construções habitáveis. Exemplo para o alto ou para o chão.

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1.1.1 Regras de segurança

➢ Somente coloque o dedo no gatilho, se a arma já estiver apontada para o local o qual
você tem absoluta certeza de que deve apontar a arma, seja para atirar seja para pôr em
prática os procedimentos de segurança.
➢ Quando for passar uma arma para outra pessoa, sempre entregue aberta, sem o
carregador e a boca do cano voltado para si.
➢ Nunca se esqueça de retirar o carregador da arma antes de abri-la, durante o
procedimento de segurança (verificar se a arma está ou não carregada). A estatística
mostra que a maioria dos tiros acidentais, durante o procedimento de segurança,
acontecem exatamente porque o indivíduo desatento se esquece de retirar o carregador
antes de abrir a arma.
➢ Nunca aponte uma arma para alguém antes de estar pronto para atirar. Imagine que a
todo o momento um tiro está saindo do cano.
➢ considere toda arma carregada. Sempre verifique, você mesmo, se há ou não cartucho
na câmara.
➢ jamais engatilhe uma arma antes de estar pronto para atirar.
➢ não deixe nunca uma arma de fogo em lugar onde um desconhecido ou criança,
principalmente, possa apanhá-la.
➢ ao receber uma arma realize sempre o procedimento de segurança.
➢ ao entregar uma arma a outra pessoa, informe-a sempre do estado da arma.
➢ use somente munição adequada para sua arma, CUIDADO com munição recarregada,
quando você não sabe a procedência.
➢ jamais tente usar uma arma, a menos que compreenda todas as suas características de
segurança e saiba manejá-la.
➢ examine todos os dispositivos de segurança da arma antes de usá-la. Um dispositivo de
segurança defeituoso é um dispositivo de perigo.
➢ nunca desmonte uma arma, a menos que ela deva ser inspecionada ou limpa
➢ caso seja necessário inspecionar ou examinar uma arma, aponte-a para uma área
segura (para o chão ou para cima), para evitar que um disparo acidental ponha em
perigo vidas ou propriedades.

Observação: embora a desmontagem total da arma não apresente dificuldades acentuadas, é


conveniente não ultrapassar o nível de manutenção em que atua o operador, a fim de que se
evitem desgastes ou outros danos em certas peças, além do fato de algumas operações exigirem
ferramentas especiais.
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2 PISTOLA TAURUS 9MM MODELO PT-92 AF

2.1 Apresentação

A pistola TAURUS 9mm Mod. PT-92, PT-92AF, PT-92AFDO é uma arma de tiro semi-
automática, com trancamento realizado por um bloco oscilante na vertical e com o
destrancamento realizado pelo recuo do cano. Esse sistema reduz a velocidade do retrocesso da
massa recuante, com a consequente diminuição do recuo da arma durante o disparo.

Apesar do seu peso limitado (0,950 kg), a pistola TAURUS Mod. PT-92 foi projetada
para utilizar aços e ligas especiais e os mesmos cartuchos empregados pela submetralhadora
TAURUS 9mm Mod. MT-12 AD.

Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente energia cinética


do projétil proporcionam um alto poder de impacto até 220 metros.

Ressalte-se ainda que, adotando-se o sistema de dupla ação, pelo simples acionamento do
dedo no gatilho, possibilita-se uma maior rapidez de manuseio, mesmo com o cão desarmado.

Um carregador de tipo bifilar, com capacidade para 15 cartuchos, proporciona uma dupla
autonomia de fogo em relação aos carregadores comuns de mesmo comprimento.

Figura 01 - PT-92 AFD

Três modelos de Pistolas Taurus são usadas na FAB, a PT-92, PT-92 AF e a PT-92AFD,
a nível de funcionamento a PT-92 AFD tem algumas funções a mais como o desarmador do cão
e a trava do percussor. O retém do carregador mudou de posição, passou a ser mais próximo do
guarda mato.
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2.1.1 Características da PT-92 AF

2.1.1.1 Principais características técnicas

Figura 02

PESOS

Peso da pistola com carregador vazio................................................................................. 0,950 kg


Peso da pistola com carregador cheio................................................................................. 1,137 kg
Peso do carregador vazio.....................................................................................................0,094 kg
Peso do carregador cheio.................................................................................................... 0,282 kg

CANO

Calibre.................................................................................................................................9 x19mm
Número de raias............................................................................................................................ 06
Comprimento do cano.......................................................................................................... 125 mm
Sentido do raiamento....................................................................................... da esq. para a direita
Passo das raias...................................................................................................................... 250 mm
Pistola em geral

Comprimento....................................................................................................................... 217 mm
Sistema de Refrigeração.............................................................................................................. a ar
Altura máxima......................................................................................................................137 mm
Espessura máxima.................................................................................................................. 37 mm
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Classificação quanto ao tipo................................................................................................. de porte


Classificação quanto ao emprego...................................................................................... individual
Classificação quanto ao funcionamento................................................................. semi-automática
Classificação quanto ao principio funcionamento............................................ curto recuo do cano
Velocidade inicial............................................................................................................. 401 m/seg
Velocidade teórica de tiro..................................................................................................... 275 t/m
Alcance máximo................................................................................................................... 1800 m
Alcance de utilização................................................................................................................ 50 m
Alcance útil..............................................................................................................................220 m
Distância normal de utilização.................................................................................................. 25 m
Pressão do gatilho com 2.700g....................................................................................... não dispara
Pressão do gatilho com 3.500g.............................................................................................. dispara

Massa de mira

Tipo lâmina, integrada no ferrolho.


Alça de mira

Incrustada no ferrolho.

Sistema de disparo
1) Cão externo, com possibilidade de acionamento manual;
2) Disparo simples ou a dupla ação.

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2.2 Nomenclatura da PT-92

Figura 03

(01) cano (15) alavanca de desmontagem


(02) bloco de trancamento (16) retém da alavanca de desmontagem
(03) mergulhador do bloco de trancamento (17) mola do retém da alavanca de desmontagem
(04) pino mergulhador do bloco de trancamento (18) retém do ferrolho
(05) ferrolho (19) mola do retém do ferrolho
(06) mola recuperadora (20) gatilho
(07) guia da mola recuperadora (21) eixo do gatilho
pino guia da mola recuperadora (22) mola do gatilho
cabeça do guia da mola recuperadora (23) tirante do gatilho
(08) extrator (24) mola do tirante do gatilho
(09) pino do extrator (25) registro de segurança

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(10) mola do extrator (26) pino do registro de segurança


(11) bloco com entalhe de mira (27) mergulhador do registro de segurança
(12) percussor (28) mola do mergulhador do registro de segurança
(13) mola do percussor (29) ejetor
(14) armação (30) pino do ejetor (dois)
(31) bucha do cão (43) bucha do retém do carregador
(32) cão (44) pino do retém do carregador
(33) eixo do registro de segurança (45) buchas das placas do punho (quatro)
(34) guia da mola do cão (46) parafusos das placas do punho (quatro)
(35) mola do cão (47) placa do punho (esquerdo)
(36) apoio da mola do cão (48) placa do punho (direito)
(37) pino de apoio da mola do cão (49) corpo do carregador
(38) eixo da armadilha (50) transportador
(39) mola da armadilha (51) mola do carregador
(40) armadilha (52) chapa da mola do carregador
(41) retém do carregador (53) fundo do carregador
(42) mola do retém do carregador

2.3 Desmontagem e montagem

O Processo de desmontagem e montagem está dividido em três partes:

2.3.1 Níveis de desmontagem

2.3.1.1 Nível Orgânico

Neste processo de desmonta não é preciso o uso de nenhuma ferramenta.

2.3.1.2 Nível Base

É utilizado apenas ferramentas de uso comum, tais como toca pino, chave de fenda,
macete de borracha, etc. Neste processo não se desmonta peça que pode se danificar facilmente,
como por exemplo pino elástico.

2.3.1.3 Nível Parque

Podem ser utilizadas ferramentas especificas de cada equipamento.

Durante a desmontagem normalmente é retirado os pinos elásticos, e descartados para a


próxima montagem, por motivo de segurança.

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O pino elástico é um pino oco, que ao ser introduzido em um orifício se modela,


prendendo a peça. Quando é retirado, se o mesmo for montado não ficará com a mesma
aderência a peça, podendo causar assim algum acidente.

Observação: Mesmo que a desmontagem não ofereça dificuldades ou necessite de ferramentas.


As armas só devem ser desmontadas quando realmente for necessário, como por exemplo, para
ser feita manutenção.

A cada vez que o golpe para engatilhamento ou desengatilhamento é realizado, alguma


peça está sendo depreciada. Realize este procedimento apenas para fazer a verificação de
segurança da arma.

Para realizar a desmontagem, sempre faça o procedimento de segurança.

Retire o carregador.

Figura 04

Com o polegar da mão direita levante o retém do ferrolho e abra a arma deixando-a
aberta, verifique se existe algum cartucho na câmara e retire-o, se for o caso.

Estando a arma vazia e sem o carregador feche e realize o disparo em seco.

Figura 05

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Retire o conjunto do ferrolho, através do botão da alavanca de desmontagem, girando a


mesma para baixo.

Figura 06

Retire a haste guia com mola recuperadora

Figura 07

Empurre o mergulhador do bloco de trancamento e retire o cano com bloco de


trancamento.

Figura 08

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Retire o conjunto cano-bloco de trancamento do ferrolho

Figura 09

Retire o bloco de trancamento do cano

Figura 10 - Retirada do bloco de Trancamento do cano

Desmonte o carregador com o auxílio de um toca-pino


➢ Retire a placa-retém do fundo do carregador;
➢ A Mola do carregador e transportador, e
➢ O Transportador.

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Figura 11

Figura 12

gura 13

Figura 14
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Retire a alavanca de desmontagem.

Figura 15

Retire o retém do ferrolho.

Figura 16

Cuidado: Com a mola do retém do ferrolho, a mesma pode pular.

Retire as placas de punho com uma chave de fenda.


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Retire a parte superior da mola de seu alojamento no tirante do gatilho, puxe a mola do
gatilho para frente para que a mesma saia de uma cavidade do eixo do tirante do gatilho,
conforme aparece na figura 18. Ame o cão e trave para que ocorra melhor passagem para poder
retirar o tirante do gatilho. (PT-92 AFDO).

Figura 17

PT-92 AFDO Figura 18

Retire o gatilho, com um toca-pino

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Figura 19

Retire o percussor e extrator.

Figura 20 - RETIRADA DO PERCUSSOR E EXTRATOR

Figura 21

Cuidado: ao retirar o ferrolho da superfície de apoio, evitar que as molas do extrator e percussor
saltem.

A retirada do ejetor só é realizada somente para a troca do ejetor.

Retire o pino do registro de segurança, e logo em seguida o registro de segurança


propriamente dito

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Figura 22

Cuidado: evitar que a mola do mergulhador do registro de segurança salte.


Deixe o cão avançar empurrando a armadilha para frente e liberando o cão que ficará na
posição avançada.

Retire o eixo do registro de segurança da esquerda para a direita.

Para retirar o mergulhador e mola do registro de segurança bastará colocar a armação com
o punho voltado para baixo.

Retire a armadilha.

Com um toca-pino, desloque o eixo da armadilha da esquerda para a direita, de modo que
o toca-pino mantenha em seu lugar a mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal da mola da
armadilha, retire-a da armação. Com o dedo indicador, amparar a armadilha. Gire a parte anterior
da armação para baixo, e a armadilha cairá por ação da gravidade, sendo retirada da armação
com auxílio do dedo indicador.

Retire o pino elástico situado na parte externa do guardo mato, conforme mostra a foto,
para então poder retirar o retém do carregador .

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Figura 23

Retire o cão.

Com um toca-pino, retire o eixo do cão. Retire em seguida, pela parte superior da
armação, o guia da mola do cão.

Figura 24

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2.3.1.4 Montagem

A montagem será realizada no processo inverso da desmontagem.

2.4 Funcionamento

Municiar o carregador, segure o carregador e introduza os cartuchos um a um,


pressionando-os para baixo e para trás.

Figura 25

Alimentar introduzir a arma com o carregador municiado

Carregar puxe o ferrolho completamente a retaguarda segurando na parte serrilhada e


largando-o logo após.

Figura 26

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Cão armado e realizando o disparo de ação única

Figura 27

Estando, a pistola carregada, engatilhada e destravada, através do acionamento do gatilho,


o cão é liberado para percutir a espoleta. Após o deflagração do cartucho, o ferrolho,
impulsionado pela pressão dos gases, retrocederá para extrair e ejetar o estojo e carregar novo
cartucho. Novamente a pistola estará pronta para atirar. Após a deflagração do último cartucho, o
ferrolho ficará recuado e imobilizado pela ação do retém do ferrolho sobre este.

Para que o ferrolho volte a sua posição normal, pressione para baixo o retém do ferrolho
localizado no lado esquerdo.

Figura 28

Acionando-se o gatilho, este, através do tirante, faz girar a armadilha para frente,
liberando cão. O cão, que estava preso à armadilha, está agora livre e, empurrado pela guia da

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EEAR 21

mola do cão, avança, chocando-se violentamente sobre o percussor ocorrendo a deflagração do


cartucho.

Figura 29

Carregador - a mola do carregador impulsiona o transportador e os cartuchos para cima.


Deixando o cartucho na posição ideal para ser retirado do carregador pelo ferrolho (quando este
estiver no avanço), para ser levado até a câmara. Após o último disparo, o ferrolho se movimenta
para a retaguarda, ocorrendo, então, o alinhamento do entalhe do ferrolho com o retém do
ferrolho, sendo este impulsionado para cima, pela mola do carregador que pressionando o
transportador para cima, força-o a levantar o retém do ferrolho encaixando-o no entalhe,
deixando assim, o ferrolho preso a retaguarda.

Desengatilhamento - para desengatilhar a pistola, mantenha-a empunhada, sem o dedo


no gatilho, e destrave-a. Com o polegar e o indicador da outra mão, segure firmemente o cão. Em
seguida, acione o gatilho e deixe o cão avançar lentamente até o seu batente. Para iniciar os tiros,
basta acionar o gatilho, pois as pistolas TAURUS são dotadas de mecanismo de disparo de ação
dupla.

Figura 30

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EEAR 22

Para descarregar a pistola, retire o carregador; levantando o retém do ferrolho, puxe o


ferrolho até o seu batente, soltando a seguir; logo após solte o retém do ferrolho, deixando a arma
aberta; e estando a arma aberta e em condições normais de funcionamento a extração foi
concluída, logo após a abertura, assim que o estojo bateu no ejetor.

Atenção: desengatilhe e/ou descarregue sua arma com o CANO virado sempre para uma
direção segura.

O princípio de funcionamento desta arma é o curto recuo do cano.

Quanto ao funcionamento, é uma arma semi-automática, porque faz apenas


automaticamente todo ciclo de funcionamento, não concluindo o próximo disparo.

2.4.1 O recuo do ferrolho

2.4.1.1 Disparo

Acione a tecla do gatilho; este, através do tirante, faz girar a armadilha para frente; o cão
agora livre e empurrado pela guia da mola do cão, avança, chocando-se violentamente sobre o
percussor, que vencendo a resistência da mola do percussor fere a espoleta do cartucho.

2.4.1.2 Recuo do Grupo Cano-Ferrolho

Os gases resultantes da deflagração da carga propelente impulsionam o projétil para


frente e, atuando no interior do estojo, obrigam o ferrolho a recuar juntamente com o cano, em
virtude de este estar solidário ao ferrolho através do bloco de trancamento. O movimento de
recuo do cano é impedido pelo plano trabalhado da armação.

2.4.1.3 Destrancamento

Ao recuar cerca de 7 mm, o mergulhador do bloco de trancamento, alojado na parte


posterior do cano, bate no plano trabalhado da armação e, com sua extremidade anterior, age no
bloco de trancamento, obrigando-a a girar para baixo, livrando as asas que estavam alojadas no
ferrolho.

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EEAR 23

O tempo de movimento efetuado pelo grupo Cano-Ferrolho, quando rigidamente unidos,


é suficiente para permitir a saída do projétil e do gás pela boca da arma, antes mesmo do
desligamento do referido grupo. Isso possibilita um menor solavanco da arma durante a ação.

2.4.1.4 Abertura

O cano, retido pelo bloco de trancamento, que se encontra apoiado no plano trabalhado da
armação, interrompe seu movimento, e o ferrolho, continuando a recuar, opera a abertura da
câmara.

2.4.1.5 Extração

O extrator retira o estojo da câmara.

2.4.1.6 Ejeção

Continuando o ferrolho a recuar, o estojo choca-se com o ejetor, sendo projetado pela
janela de ejeção.

2.4.1.7 Recuo do cão

Desde o início do recuo do ferrolho, o cão é obrigado a girar para trás, e a guia da mola
do cão, sendo forçada par abaixo, comprime a mola do cão. Quando o ferrolho for a frente o cão
ficará retido pela armadilha.

2.4.1.8 Compressão de mola recuperadora

A mola recuperadora, fazendo ponto fixo em seu guia da mola recuperadora, é


comprimida durante o recuo do ferrolho.

Terminado o movimento de recuo do ferrolho, a ação da mola recuperadora faz retornar o


ferrolho à frente.

2.4.2 No avanço do ferrolho

2.4.2.1 Armação do cão

No início do avanço do ferrolho, o cão tende a acompanhar o movimento do ferrolho, mas


é retido pela armadilha, ficando preso pelo dente de engatilhamento.
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 24

2.4.2.2 Carregamento

Ao avançar, o ferrolho, encontrando em seu curso um cartucho, retira-o do carregador e


encaminha-o à câmara.

O cartucho, que se achava na posição inclinada, é guiado pela rampa de acesso e, ao


encontrar a parte superior da câmara, sofre um movimento que lhe permite introduzir a gola por
baixo da garra do extrator.

Por fim, o cartucho, forçado pelo ferrolho, é totalmente introduzido na câmara.

2.4.2.3 Fechamento

O ferrolho, ao avançar, retoma contato com a parte posterior do cano. Nesta fase do
funcionamento acontece, simultaneamente, o final do carregamento.

2.4.2.4 Trancamento

O ferrolho, continuando a avançar, força o cano para frente, que retorna à posição inicial,
ao mesmo tempo em que o bloco de trancamento (bloco oscilante na vertical), pela ação de um
plano inclinado existente na armação, é obrigado a girar para cima, recolocando as suas asas no
alojamento do ferrolho.

2.4.2.5 Engatilhamento

Durante o avanço do ferrolho por ação da mola recuperadora. O cão fica preso pelo dente
de disparo retido pela armadilha, permanecendo na posição de disparo (armando o cão); no final
do avanço quando a parte posterior superior do tirante entra em seu rebaixo existente no ferrolho,
a arma estará engatilhada, se o gatilho não estiver sendo pressionado.

Nota: o cão é dotado de dois dentes. O primeiro, denominado dente de segurança, trava o cão, no
caso deste ser largado antes de completamente armado, impedindo a percussão. O segundo é
chamado dente de disparo ou engatilhamento.

Acionando-se, sucessivamente, o gatilho, repetem-se todas as fases de funcionamento


acima mencionadas até o término dos cartuchos no carregador.

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EEAR 25

2.4.3 Mecanismo de disparo

2.4.3.1 Ação única

Para o tiro de ação única, a arma deve estar engatilhada, o que será efetuado
automaticamente durante o carregamento, ou, caso a arma já esteja carregada e com o cão à
frente, poderá ser recuado manualmente. Em ambos os casos, ao recuar o cão, este, devido ao seu
formato ovalado, faz movimentar automaticamente a armadilha, fazendo-a girar.

Figura 31

O cão, ao ser recuado, empurra o tirante do gatilho à frente, o qual faz girar o gatilho.

Com a arma engatilhada, ou seja, a parte posterior superior do tirante em seu rebaixo do
ferrolho (isso é possível somente com a arma trancada e se o gatilho não estiver pressionado),
premendo-se o gatilho, este, através do tirante do gatilho, age diretamente no ressalto da
armadilha, fazendo-a girar para frente em torno de seu eixo, libertando o cão que se encontrava
preso em seu dente de engatilhamento. O cão, agora livre, empurrado pela guia da mola do cão,
avança, chocando-se com o percussor (o lance inercial).

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EEAR 26

2.4.3.2 Dupla Ação

O sistema de dupla ação permite realizar o recuo do cão através do tirante do gatilho, que
este, é acionado pelo gatilho.

Figura 32

Com o cão avançado, acionando-se o gatilho, este faz com que o tirante do gatilho aja
diretamente no cão, fazendo-o recuar até o ponto em que o tirante do gatilho escape do cão, para
atuar no ressalto da armadilha, faz com que esta gire para frente, não prendendo o cão durante o
movimento de avanço no seu dente de segurança.

Caso fosse possível soltar o gatilho durante o movimento de avanço do cão, a armadilha
iria atuar no dente de segurança do cão, retendo o cão.

Tal sistema de dupla ação, permite também a imediata repetição da percussão do mesmo
cartucho, admitindo-se uma eventual falha de percussão.

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EEAR 27

Nota: durante o recuo do ferrolho, o tirante do gatilho é obrigado a abaixar-se, liberando a


armadilha para que ela volte a sua posição normal por ação da mola da armadilha. Por isso, ainda
que o atirador permaneça pressionando o gatilho, o disparo contínuo (rajada) fica impedido.

Uma vez cessada a ação sobre o gatilho, o tirante, levanta-se por ação de sua mola e sua
parte posterior superior entra novamente em seu rebaixo existente no ferrolho, permitindo sua
ação no ressalto da armadilha, deixando a arma engatilhada.

Observação: caso a arma esteja travada, o cão não poderá ser armado, pois o registro de
segurança restringe o movimento da armadilha, e o cão fica retido em seu dente de segurança.

2.5 Sistemas de segurança

2.5.1 Registro de segurança

Registro de segurança proporcionada a segurança ordinária.

Figura 33

O registro de segurança, ao ser acionado para cima, trava a armadilha, e


consequentemente o cão, e bloqueia também o conjunto ferrolho de ir a retaguarda, o mesmo
pode ser acionado com o cão armado ou desarmado.

Observação: Na PT-92 AFD no registro de segurança encontra-se também o desarmador do cão,


assim que acionado para baixo desarma o cão sem que ocorra o disparo.

2.5.2 Dispositivos de segurança

➢ dente de travamento do cão.


➢ trava do percussor.

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EEAR 28

O dente de travamento do cão age quando o cão é puxado acidentalmente, não


permitindo que o cão alcance o percussor, bloqueando o cão num estágio intermediário.
A trava do percussor impede o movimento do mesmo, caso o gatilho não esteja sendo
acionado, por exemplo uma queda da arma carregada em caso de queda.

Figura 34

Quando o gatilho é acionado, o mesmo atua no impulssor da trava do percussor, para este
levantar a trava do percussor para então liberar o percussor.

2.5.6 Aviso de carregador vazio

Disparado e ejetado o último estojo, o transportador do carregador levanta o retém do


ferrolho, bloqueando este último na sua posição de recuo máximo.
A arma permanece na posição "aberta", alertando o atirador do término dos cartuchos no
carregador. Para recarregar a arma, é suficiente extrair o carregador vazio, substituindo-o por
outro cheio e abaixar o retém do ferrolho ou puxar o ferrolho e soltá-lo.

2.5.7 Aviso de cartucho ou estojo na câmara.

Este aviso de cartucho na câmara deve ser visual ou pelo tato no extrator.

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EEAR 29

Figura 35

Quando um cartucho está alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente,


revelando uma marca vermelha. Assim é possível controlar, visualmente ou pelo tato, a
existência de cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho.

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EEAR 30

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EEAR 31

3 PISTOLA IMBEL 9 MM MOD. M-973

3.1 Apresentação

Esta pistola militar é derivada da famosa Pistola COLT .45” M1911A1, fabricada e
aperfeiçoada ao longo de muitos anos pela Colt a partir do projeto de Jonh A. Browning e
transformada para o calibre 9 mm pela IMBEL - Unidade de Itajubá.

A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre .45”, estudou e projetou sua
fabricação ou transformação para o calibre 9 mm Parabellum.

Figura 36

3.2 Características

3.2.1 Designação

Nome Comercial.....................................................................................….................Pistola 9 mm
Nomenclatura..........................................................................................…................Pistola M-973

3.2.2 Classificação

Quanto ao tipo.........................................................................................…........................De porte


Quanto ao emprego.................................................................................…......................Individual
Quanto à refrigeração..............................................................................…...............................A ar
Quanto ao princípio de func. ou princípio motor....................................…......Curto recuo do cano
Quanto ao funcionamento.......................................................................…...........Semi-automática
3.2.3 Alimentação

Carregador...............................................................................................….......Metálico, tipo cofre


Capacidade..............................................................................................…........08 (oito) cartuchos

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EEAR 32

3.2.4 Raiamento
Passo........................................................................................................….........................254 mm

3.2.5 Aparelho de pontaria

Alça de mira............................................................................................…..................Tipo entalhe


Massa de mira..........................................................................................…............Seção retangular
Comprimento da linha de mira................................................................….........................165 mm

3.2.6 Munição

Cartucho...................................................................................................Padrão 9 x 19 mm (Luger
parabellum)
3.2.7 Dados numéricos

Calibre.....................................................................................................….............................9 mm
Peso da arma c/ carregador vazio............................................................…...........................1100 g
Peso da arma c/ carregador cheio............................................................…...........................1208 g

3.2.8 Arma

Comprimento...........................................................................................….........................218 mm
Altura da massa de mira..........................................................................…...........................14 mm
Comprimento da linha de mira................................................................….........................165 mm
Espessura máxima...................................................................................…...........................34 mm
Altura máxima.........................................................................................….........................140 mm
Peso (sem carregador).............................................................................…...........................1010 g
Peso (com carregador vazio)...................................................................…...........................1100 g
Peso (com carregador completo).............................................................…...........................1208 g
Peso da massa recuante...........................................................................….............................532 g
Capacidade da arma................................................................................….............8 cartuchos + 1
3.2.9 Balística externa

Velocidade a 25 m da boca.....................................................................….........................349 m/s


Penetração em tabatinga a 50 m..............................................................…........................400 mm
Penetração em bloco de pinho a 50 m.....................................................…........................100 mm
Velocidade inicial....................................................................................….........................360 m/s
Velocidade prática de tiro (semi-auto)....................................................…........................16 t/min

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EEAR 33

Alcance útil.............................................................................................…..............................50 m

3.3 Nomenclatura

Figura 37

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EEAR 34

1 CANO
2 ELO DE PRISÃO DO CANO
3 EIXO DO ELO DE PRISÃO DO CANO
4 CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
5 FERROLHO
6 MASSA DE MIRA
7 BLOCO COM ENTALHE DE MIRA
8 MANGA GUIA DO CANO
9 DEDAL GUIA DA MOLA RECUPERADORA
10 MOLA RECUPERADORA
11 TUBO GUIA DA MOLA RECUPERADORA
12 EXTRATOR
13 PERCUSSOR
14 MOLA DO PERCUSSOR
15 PLACA RETÉM DO PERCUSSOR E DO EXTRATOR
16 CÃO
17 EIXO DO CÃO
18 ALAVANCA DE ARMAR O CÃO
19 EIXO DE ARTICULAÇÃO DA ALVANCA DE ARMAR O CÃO
20 ALAVANCA DE DISPARO
21 NOZ DE ARMAR
22 EIXO DA NOZ DE ARMAR
23 MOLA TRÍPLICE
24 DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DA TECLA
25 BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
26 CABEÇA APOIO DA ALAVANCA DE ARMAR
27 PINO RETÉM DA CABEÇA DE APOIO DA ALAVANCA DE ARMA
28 MOLA DO CÃO
29 PINO RETÉM DA MOLA DO CÃO
30 PINO RETÉM DO BLOCO ALOJAMENTO
31 ALÇA PARA O AFIADOR
32 PINO RETÉM DA PLACA PARA O FIADOR
33 GATILHO
34 REGISTRO DE SEGURANÇA
35 ARMAÇÃO
36 EJETOR
37 PINO RETÉM DA PLACA DO EJETOR
38 ALOJAMENTO DA MOLA PARA OS APOIOS
39 CABEÇA APOIO DA CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
40 MOLAS DE APOIOS
41 CABEÇA APOIO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA
42 PORCA DOS PARAFUSOS DAS PLACAS
43 RETÉM CARREGADOR
44 MOLA RETÉM DO CARREGADOR
45 FIXADOR DO RETÉM DO CARREGADOR
46 PLACA DIREITA DO PUNHO
47 PLACA ESQUERDA DO PUNHO
48 PARAFUSO DE FIXAÇÃO DA PLACA
CORPO DO CARREGADOR, SUPLEMENTO DO CARREGADOR.
C4R MOLA DO CARREGADOR, TRANSPORTADOR, FUNDO DO
CARREGADOR, RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
50 ESCOVA DE LIMPEZA
51 HASTE

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EEAR 35

Figura 38

3.4 Desmontagem parcial e montagem

3.4.1 Desmontagem

3.4.2 Procedimento de segurança

Pressione o retém do carregador para retirar o carregador.

Leve o ferrolho à retaguarda e olhe dentro da câmara. Certifique-se de que não há


nenhum cartucho.

Figura 39 - RETIRE O CARREGADOR PARA REALIZAR O PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA

3.4.3 Retirada da Mola Recuperadora

Pressione o dedal guia da mola com o polegar.

Figura 40
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EEAR 36

Gire a luva guia do cano para a direita da pistola.

Deixe o conjunto dedal guia e mola recuperadora vir à frente com cuidado.

Figura 41
Retire a manga guia do cano.

3.4.4 Retirada da Chaveta de Fixação do Cano

Puxe o ferrolho à retaguarda até que o menor entalhe do lado esquerdo do ferrolho
coincida com o ressalto situado na retaguarda do seu retém.

Pelo lado direito do ferrolho, pressione o eixo do seu retém e retire a chaveta pelo lado
esquerdo.

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EEAR 37

Figura 42

3.4.5 Retirada do Ferrolho e Seus Componentes

Empurre o Ferrolho para frente em suas guias e o remova. Com ele virão o cano, e tubo
guia.

Figura 43

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EEAR 38

Figura 44

Figura 45

Figura 46 - FERROLHO, DEDAL GUIA MANGA GUIA DO CANO, MOLA RECUPERADORA E TUBO GUIA DA MOLA
RECUPERADORA

3.4.5.1 Retirada do Percussor

Pressionando-o e, ao mesmo tempo, empurrando para baixo a placa retém do percussor e


extrator. Isso deve ser feito com auxílio de um toca-pino.

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EEAR 39

Retire o percussor e sua mola puxando-o pela cauda.

Figura 47

3.4.5.2 Retirada do extrator

Com auxílio de um pino, puxe o extrator pelo entalhe de passagem da placa-retém.

3.4.5.3 Desmontagem da Armação

3.4.5.3.1 Retirada das Placas do Punho

Com uma chave de fenda adequada, retire os parafusos e as placas.

3.4.5.3.2 Registro de Segurança do Cão

Recuar o cão; com o polegar da mão esquerda, forçar a extremidade do eixo do registro e,
com o polegar ou indicador da mão direita e ao mesmo tempo realizar, pequenos deslocamentos
laterais, até conseguir retirar o registro de segurança do cão.

3.4.5.3.3 Pino-Retém do Bloco (Alojamento da Mola do Cão)

Levar o cão para frente e forçar o pino-retém do bloco com um toca-pino. Retirar o pino;
deslocar levemente o bloco para baixo até que este saia de seu trilho por completo.

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EEAR 40

3.4.5.3.4 Dispositivo de Segurança do Gatilho

Ao retirar o dispositivo de segurança do cão, o dispositivo de segurança do gatilho fica


livre. Basta levar o cão para frente e retirar o dispositivo de segurança do gatilho.

3.4.5.3.5 Mola Tríplice

Retirar a mola pelo ramo lateral direito (mola do dispositivo de segurança do gatilho).

3.4.5.3.6 Cão e Alavanca de Armar

Retirar o eixo do cão, da direita para esquerda, depois o cão com a alavanca de armar.

3.4.5.3.7 Alavanca de Armar

Retirar seu eixo e depois a alavanca.

3.4.5.3.8 Noz de Armar e Alavanca de Disparo

Retirar o eixo comum à Alavanca de disparo e Noz de Armar, da direita para esquerda,
depois retirar a alavanca e a Noz.

3.4.5.3.9 Retém do Carregador e Gatilho

Comprimir o botão serrilhado do retém do carregador e, com uma pequena chave de


fenda, dar um giro de 90º, para a esquerda, no fixador do retém. O retém deverá ser retirado pela
direita, e o gatilho ficará livre, podendo ser, então, retirado pela parte posterior.

3.4.5.3.10 Desmontagem do Carregador

Com um toca-pino, comprima o retém do fundo do carregador e puxe o fundo do


carregador para fora do cofre. Retire o retém do fundo do carregador, a mola do transportador e o
transportador.

3.4.6 Montagem

3.4.6.1 Carregador

Coloque o transportador dentro do cofre, de maneira que a parte do transportador, que


entra em contato com o cartucho, entre primeiro.

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EEAR 41

Coloque a mola do carregador, observando que a extremidade da mola que termina em


curva entre primeiro no cofre, e a última dobra da mola, da outra extremidade, ficará do lado
quadrado (reto) do carregador para encaixar-se no dente do retém do fundo do carregador.

Por último é só encaixar o fundo do carregador: o lado quadrado do fundo do carregador


desliza do lado arredondado do cofre para o lado quadrado.

3.4.6.2 Gatilho e Retém do Carregador

Primeiro coloque o gatilho com a tecla para dentro e a cauda para trás. Coloque a mola
retém do carregador e o fixador do retém do carregador dentro do retém do carregador.
Comprimindo a mola do retém do carregador, gire para a esquerda o fixador do retém do
carregador com uma chave de fenda fina. Encaixe o conjunto do retém do carregador na
armação, pressione o botão serrilhado do retém do carregador e comprimindo a mola do retém do
carregador com uma chave de fenda fina, gire para a direita o fixador do retém do carregador, até
que este fique preso ao retém.

3.4.6.3 Noz de Armar e Alavanca de Disparo

Monte a noz de armar, colocando-a em cima da alavanca de disparo. Coloque o conjunto


dentro da armação e passe o eixo comum à noz e alavanca de disparo por dentro de seus
respectivos furos, da esquerda para a direita.

3.4.6.4 Mola Tríplice

Coloque a mola tríplice, verificando se o dente existente no ramo lateral esquerdo está em
cima da noz de armar e a parte inferior da mola encaixada no rasgo existente na armação.

Coloque o bloco alojamento da mola do cão deslizando-o em suas ranhuras, sem colocar
seu pino de fixação. Isso servirá somente para manter imobilizadas as peças já montadas.

3.4.6.5 Cão e Alavanca de Armar

Monte a alavanca de armar com o cão, depois coloque o cão em sua posição, deixando
livre o furo para a passagem de seu eixo.

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EEAR 42

Introduza o eixo do cão em seu orifício.


Observação: o eixo comum à alavanca de disparo, noz de armar e o eixo do cão têm que,
obrigatoriamente, ser colocados da esquerda para a direita, para que o registro de segurança do
cão possa prendê-los em seus respectivos lugares.

3.4.6.6 Dispositivo de Segurança do Gatilho

Colocar o cão totalmente à frente (observar se este não está preso em seu dente de
segurança); em seguida colocar o dispositivo de segurança do gatilho na sua respectiva posição.

O dispositivo de segurança do gatilho será fixado em sua posição pelo eixo do dispositivo
de segurança do cão.

3.4.6.7 Bloco (Alojamento da Mola do Cão)

Estando o bloco em sua posição, para manter imobilizadas as peças anteriormente


montadas, deslize o bloco em sua corregida fazendo coincidir o furo do bloco com os furos
existentes na armação, para passagem do pino-retém do bloco, que será colocado em seguida
(para isso, o cão deve estar totalmente à frente).

3.4.6.8 Registro de Segurança do Cão

Com o cão recuado (armado), colocar o dispositivo de segurança do cão, da esquerda para
a direita, observando a passagem de seu eixo pelo furo existente no dispositivo de segurança do
gatilho, simultaneamente.

Aperte o dispositivo de segurança do cão com o polegar da mão esquerda e, com a outra
mão, usando uma chave de fenda fina, comprima para dentro de seu alojamento o apoio do
dispositivo de segurança do cão até que este se encaixe perfeitamente em sua posição.

3.4.6.9 Placas do Punho

Coloque as placas do punho.

Os parafusos são atarraxados, aplicando-se um torque suficiente para fixar as placas de


punho.

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EEAR 43

3.5 Funcionamento

Figura 48

3.5.1 No recuo do ferrolho

3.5.1.1 Disparo

Estando a pistola armada e destravada, para disparar é necessário comprimir o dispositivo


de segurança da tecla, o que é feito naturalmente quando a arma é empunhada, e, ao mesmo
tempo, acionando-se a tecla do gatilho, a cauda deste força para trás o pé da alavanca de disparo,
e este, por sua vez, obriga a noz a girar, deixando livre o cão, pois o mesmo impulsionado pela
mola do cão, poderá chocar-se com o percussor e vencer a resistência da mola do percussor, para
então ferir a espoleta do cartucho.

3.5.1.2 Recuo do Grupo Cano- Ferrolho

Os gases resultantes da deflagração impulsionam o projétil para frente e, atuando no


interior do estojo, obrigam a culatra móvel a recuar juntamente com o cano.

3.5.1.3 Destrancamento

Durante o curto recuo, o cano tem a sua parte posterior forçada para baixo devido à ação
do elo de prisão do cano, que gira em torno do eixo da chaveta de fixação do cano. Os ressaltos
de engranzamento do cano abandonam seus alojamentos no ferrolho.

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3.5.1.4 Abertura

O cano, retido pelo elo de prisão e o ferrolho continuando a recuar, concluindo a abertura
da câmara.

3.5.1.5 Extração

O extrator retira o estojo da câmara.

3.5.1.6 Ejeção

Continuando a culatra móvel a recuar, o estojo, que vem sendo retirado da câmara pelo
extrator, choca-se com o ejetor, sendo projetado pela janela de ejeção.

3.5.1.7 Compressão da mola recuperadora e recuo do cão

Com a pressão da mola recuperadora, fazendo ponto fixo em seu tubo guia, é comprimida
no interior do dedal durante todo o recuo da culatra móvel, levando consigo o cão.

3.5.2 No avanço do ferrolho

3.5.2.1 Armação do Cão

A mola recuperadora, que foi comprimida durante o recuo do ferrolho, distende-se


impulsionando a culatra móvel para frente, o cão tende a acompanhar o movimento de avanço do
ferrolho, mas é retido pela noz de armar, ficando preso no dente de engatilhamento.

3.5.2.2 Carregamento

A culatra móvel encontrando em seu percurso um cartucho, que se achava em posição


inclinada no carregador, é guiado pela rampa de acesso e, encontrando a parte superior da
câmara, sofre um movimento de balança, sendo introduzido na câmara, e a gola do cartucho se
aloja de baixo da garra do extrator.

3.5.2.3 Fechamento

Avançando a culatra móvel, a sua parte posterior retoma o contato com a parte posterior
do cano.

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3.5.2.3 Trancamento

A culatra móvel, continuando a avançar, força o cano para frente. O elo de prisão do
cano, girando em torno do eixo da chaveta, levanta a parte posterior do cano, de maneira que os
ressaltos do engranzamento se alojam novamente formando o sistema cano culatra.

3.5.2.4 Engatilhamento

O cão, que tem a massa apoiada na culatra móvel, avança com esta, até que o segundo
dente do cão (dente de engatilhamento) fique preso no ressalto de apoio da noz de armar (cão
armado). Quando a alavanca de disparo entrar em seu rebaixo existente no ferrolho, a arma estará
engatilhada, isso só ocorre se o gatilho não estiver sendo pressionado.

Observação: quando o gatilho não estiver sendo pressionado o pé da noz de armar fica alojado
atrás do pé da alavanca de disparo.

Observação: após o último disparo o transportador, sofrendo ação da mola, força para cima o
dente da chaveta de fixação do cano, que se introduz no entalhe correspondente do ferrolho,
retendo-o e impedindo seu avanço, deixando a arma aberta. O atirador tem, deste modo, uma
indicação segura quanto ao término da munição.

Para recarregar a arma, basta retirar o carregador vazio, introduzir um outro cheio e forçar
para baixo o dente da chaveta, ou puxar para trás o ferrolho e soltar.

3.6 Mecanismo de disparo

Na M973 só temos a possibilidade de fazer o tiro em ação única, ou seja, não há


possibilidade de recuar o cão através do acionamento do gatilho.

Acionando-se o gatilho, a cauda deste, força para trás o pé da alavanca de disparo, a qual,
por sua vez, obriga a noz a girar, deixando livre o cão, que, avançando, choca-se com o percussor

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EEAR 46

Observação: tomando como base a empunhadura correta da arma, o cano sendo a parte anterior ,
o pé da alavanca de disparo fica na frente do pé da noz de arma. Deste modo a arma está
engatilhada.

Na parte posterior e interna do ferrolho existe um pequeno rebaixo para a cabeça da


alavanca de disparo se alojar. Quando a cabeça da alavanca está alojada no rebaixo, o seu pé está
atuando na noz de arma, quando se aciona a tecla do gatilho a barra deste atua no pé da alavanca
de disparo.

Recuando o ferrolho, a alavanca de disparo é forçada para baixo, pois a cabeça da


alavanca de disparo sai do rebaixo do ferrolho, deste modo o pé da alavanca de disparo não tem
mais ação sobre a noz de arma.

Se a barra da tecla do gatilho estiver forçando a alavanca de disparo, esta atuará no pé da


noz de arma que irá deslocá-la para trás, fazendo a parte superior da noz girar para frente.

Cessando a pressão sobre a tecla do gatilho, o ramo central da mola tríplice força a
alavanca de disparo para cima e para frente. A cabeça da alavanca aloja-se no respectivo rebaixo
do ferrolho, ficando a arma pronta para novo disparo. É por esse motivo que o atirador, após cada
tiro, deve abandonar a tecla e acioná-la em seguida se desejar novo disparo.

Vale ressaltar aqui as funções da mola tríplice, pois dela depende muito o perfeito
funcionamento da arma.

O ramo lateral esquerdo age diretamente na noz de armar, impulsionando-a, para cima,
sempre de encontro ao cão.

O ramo central age no pé da alavanca de disparo impulsionando-a, simultaneamente,


para cima e para frente devido ao formato angular do pé da alavanca; também tem a função de
mola do gatilho.

O ramo lateral direito age no dispositivo de segurança do gatilho, impulsionando-o para


o lado externo da empunhadura e abaixando a haste interna ( realizando um efeito gangorra),
para entrar em contato com a barra do gatilho e consequentemente travar o gatilho.

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EEAR 47

Durante a empunhadura para realizar o disparo o dispositivo de segurança do gatilho é


pressionado para dentro da mesma, levantando a haste interna do dispositivo de segurança do
gatilho para liberar o movimento do gatilho, que está impedido pelo contato da barra do gatilho e
a haste do dispositivo de segurança do gatilho.

3.7 Sistemas de segurança

É constituído de um registro e dois dispositivos.

3.7.1 Registro de segurança do cão

Este registro trava o cão na posição recuada e o ferrolho a frente.

O registro de segurança trava, diretamente, o movimento do cão, noz de armar e o


ferrolho à frente; travando todo movimento da arma.

Observação: este registro só poderá ser acionado com o cão à retaguarda.

3.7.2 Dispositivo de segurança do gatilho

Localizado na parte traseira da arma, este dispositivo tem como função de não permitir o
movimento do gatilho, sem que a arma esteja devidamente empunhada.

O dispositivo de segurança do gatilho trava, diretamente, e somente o movimento do


gatilho, através da barra do gatilho, quando a arma não estiver corretamente empunhada.

3.7.3 Dispositivo de segurança do dente do cão

O dente de segurança tem como função, não permitir o disparo, sem que o gatilho
permaneça pressionado.
Este dispositivo permite à noz de armar travar o cão pelo primeiro dente antes que o cão
consiga atingir o percussor.

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EEAR 48

3.7.4 Testes de seguranças

3.7.4.1 Teste do registro de Segurança do Cão

Com a pistola descarregada, arma-se o cão e levanta-se o dispositivo de segurança.


Empunha-se a arma e aciona-se gatilho três ou quatro vezes. Se o cão avançar, o dispositivo de
segurança deverá ser reparado.

3.7.4.2 Teste do dispositivo de segurança do gatilho

Com a pistola descarregada, arma-se o cão e, sem comprimir o dispositivo de segurança,


aciona-se o gatilho três ou quatro vezes, apontando-se a arma para baixo. Se o cão avançar ou
ceder ao seu próprio peso, o dispositivo deverá ser reparado.

3.7.4.3 Teste do cão semi-armado

Com a pistola descarregada, forçar o cão para trás até que a noz o retenha, pelo primeiro
dente; aciona-se o gatilho. Se o cão avançar, este ou a noz de armar devem ser substituídos ou
reparados.

3.7.4.4 Teste da alavanca de disparo

Com a pistola descarregada, arma-se o cão. Move-se a culatra móvel 1/4 da polegada para
trás e, mantendo-a nessa posição, aciona-se o gatilho. Solta-se a culatra móvel, conservando-se a
pressão sobre o gatilho. Se o cão avançar, a parte superior da alavanca de disparo está com
desgaste, e a alavanca deve ser substituída.

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EEAR 49

4 SUBMETRALHADORA TAURUS 9 mm Mod. MT-12AD

4.1 Apresentação

A metralhadora de mão TAURUS mod. 12AD calibre 9mm "Parabellum" é uma arma
automática que funciona pela ação dos gases diretamente sobre o ferrolho (utilização direta dos
gases), sem nenhum sistema de trancamento mecânico. Pode efetuar duas classes de tiro: o tiro
semi-automático (intermitente) ou o tiro automático (rajada). É uma arma que tem um sistema de
ferrolho telescópio, o qual recua após o tiro, esta característica permite maior estabilidade no tiro
automático e reduz o comprimento da arma. Face à sua baixa cadência de tiro, dá uma boa
concentração de impactos, não havendo desperdícios de munição. É alimentada por carregadores
metálicos, tipo cofre, com capacidade de 30 ou 40 cartuchos. Dispõe de uma coronha metálica
que pode ser dobrada sobre o lado direito da arma, para maior facilidade de transporte.

4.2 Características

4.2.1 Designação

Nomenclatura Metralhadora de mão TAURUS mod. MT12AD.

4.2.2 Classificação

Quanto ao tipo.........................................................................................…...........................portátil
Quanto ao emprego.................................................................................…......................individual
Quanto ao funcionamento ......................................................................….....................automático
Quanto ao princípio de funcionamento...................................................utilização direta dos gases
Espécie de tiro.........................................................................................…......................tiro direto

4.2.3 Alimentação

Carregamento..........................................................................................….....................Retrocarga
Carregadores Metálicos, tipo cofre, com capacidade de 30 ou 40 cartuchos.

4.2.4 Raiamento

Número de raias......................................................................................…........................06 (seis)


Sentido.....................................................................................................da esquerda para a direita.
Passo........................................................................................................….........................250 mm

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EEAR 50

4.2.5 Aparelho de pontaria

Alça de mira............................................................................................Tipo visor, basculante


graduada para 100 e 200 m, com proteção lateral. Regulável em direção.
Massa de mira..........................................................................................Tipo ponto, com proteção
total. Regulável em altura.

4.2.6 Dados numéricos

Calibre................................................................................................................9 mm "Parabellum"
Peso sem carregador.............................................................................................................3,222 kg
Peso com carregador de 30 cartuchos cheios.......................................................................3,800 kg
Peso com carregador de 40 cartuchos..................................................................................3,920 kg
Comprimento da arma com coronha aberta..........................................................................64,5 cm
Comprimento da arma com coronha rebatida........................................................................4l,8 cm
Velocidade teórica de tiro (automático)......................................................................500 a 550 tpm
Alcance de utilização..................................................................................até 200 m (MT-12AD) e
até 250 m (MT-12A)
Velocidade inicial..................................................................................................................381 m/s

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EEAR 51

4.3 Nomenclatura da MT-12 AD

Figura 49

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EEAR 52

(01) Conjunto Luva de Fixação do Cano (36) Retém da tampa da caixa da culatra
(02) Conjunto Ferrolho (37) Pino de presilha do retém da tampa da caixa da
culatra
(03) Cano (38) Desconector
(07) Pino elástico da alça de mira (39) Conjunto da armadilha

(08) Massa de mira (40) Conjunto da tampa da caixa da culatra


(09) Ejetor (41) Alavanca seletora
(10) Pino superior do ejetor (42) Conjunto do Gatilho
(11) Alça de mira (43) Eixo do armadilha
(12) Parafuso de Regulagem da Alça de mira (44) Pino limitador da armadilha
(13) Eixo da Janela de ejeção (45) Mergulhador da charneira da coronha articulada
(14) Mola do eixo da janela de ejeção (46) Conjunto da coronha articulada
(15) Mola da Alça de mira (47) Mola da alavanca seletora
(16) Anel de retenção (48) Pino do gatilho
(17) Retém da luva de fixação do cano (49) Pino de clicagem da alavanca seletora
(18) Subconjunto da janela de ejeção (50) Retém do ferrolho
(19) Arruela de trava da alavanca seletora (51) Conjunto do impulsor do dispositivo de segurança
do punho
(20) Eixo do retém da luva de fixação do cano (52) Pino limitador do gatilho
(21) Conjunto da caixa da culatra (53) Conjunto do dispositivo de segurança do punho
(22) Mola do retém da luva de fixação do cano (54) Punho anterior
(23) Mola do parafuso de regulagem da alça de mira (55) Transportador
(24) Mola do retém do carregador (56) Pino limitador do dispositivo de segurança
(25) Mola do retém da tampa da caixa da culatra (57) Conjunto do Tubo de fixação empunhadura
posterior
(26) Mola recuperadora (58) Mola do carregador
(27) Conjunto do impulsor da alavanca de disparo (59) Porca do punho anterior
(28) Eixo da charneira da coronha articulada (60) Punho posterior
(29) Retém do carregador (61) Corpo do carregador
(30) Tirante do punho anterior (62) Placa direita do punho anterior
(31) Eixo do tirante do punho anterior (63) Parafuso da placa do punho posterior
32) Pino inferior do ejetor (64) Placa esquerda do punho posterior
(33) Contrapino da clicagem da alavanca seletora (65) Fundo do carregador
(34) Mola do mergulhador da charneira da coronha (66) Retém do fundo do carregador
articulada
(35) Conjunto do suporte da alavanca seletora (67) Pino do retém do ferrolho

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EEAR 53

4.4 Desmontagem parcial e montagem

A desmontagem da Submetralhadora TAURUS 9 mm mod. MT-12AD deve ser realizada


segundo operações limitadas para cada um dos níveis de manutenção e de modo que um deles
não execute nenhuma operação privativa dos níveis de número de ordem mais elevado, ou seja, o
nível orgânico não deve nem pode realizar operação prevista para o nível base. Este não
executará qualquer das previstas para o nível parque, e, assim por diante.

Ao contrário, qualquer nível de manutenção pode fazer todas as operações dos níveis de
número de ordem inferior ao seu.

A desmontagem deve ser realizada somente em casos de necessidade e por pessoal


especializado e com ferramentas apropriadas.

As peças retiradas devem ser colocadas sempre em uma superfície plana e limpa e na
mesma ordem em que vão saindo, a fim de facilitar a montagem, a qual se efetuará na ordem
inversa.

4.4.1 Medidas preliminares

Para desmontagem da Submetralhadora TAURUS 9 mm mod. MT-12AD, devem ser


tomadas as seguintes medidas preliminares:
➢ retirar o carregador;
➢ desdobrar a bandoleira;
➢ fazer recuar o ferrolho examinando a câmara para ver se não há cartucho;
➢ levar o ferrolho à frente.

4.5 Desmontagem

4.5.1 Desmontagem em nível orgânico

Antes de listarmos os procedimentos para realizarmos a desmontagem em nível orgânico,


cabe ressaltar que, entre a MT-12 e a MT-12 AD não há qualquer diferença na desmontagem.
Deve ser procedida na seguinte ordem:

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EEAR 54

4.5.1.1 Tampa da caixa da culatra

Liberar a tampa da caixa da culatra, comprimindo seu retém e desatarraxá-la, retirando-a


com a mola recuperadora.

Figura 50

Figura 51

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 55

4.5.1.2 Luva de Fixação do Cano - Cano/Ferrolho

Desatarraxá-la, retirando o ferrolho do cano. Separar a luva de fixação do cano,


girando-a de 1/4 de volta, para qualquer dos lados e separar o ferrolho do cano, levantando a
parte posterior do cano, trazendo-o para a retaguarda.

Figura 52

Figura 53

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 56

4.5.1.3 Punho Posterior

Retirar a cavilha do tubo de fixação do punho posterior, comprimindo-se a mola do retém


e empurrando-a para o lado oposto. Retirar o tubo de fixação do punho posterior, forçando com
pequenos golpes, o punho para trás e para baixo, retirando-o.

Figura 54 MT-12AD
Nota: o tubo de fixação do punho posterior deve ser calcado sempre da esquerda para a direita da
arma e sua cavilha pelo lado oposto.

Figura 55 MT-12AD
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EEAR 57

4.5.1.4 Carregador

Com toca-pino, pressionar o retém do fundo do carregador, fazendo-o deslizar para fora
de seu encaixe. Retirar a mola do carregador e o transportador.

Figura 56

4.5.1.5 Extrator

Com um toca-pino, retirar o eixo do extrator.

Retirar o toca-pino, liberando o extrator, que sairá juntamente com sua mola.

4.5.1.6 Placas do Punho Posterior

Retirar parafusos e placas.

4.5.1.7 Punho Anterior

Com uma chave de fenda especial, desparafusar a porca do tirante do punho anterior,
retirar o fundo do punho e o punho. Com um toca-pino, retirar o eixo do tirante, que ficará livre.

4.5.1.8 Dispositivo de Segurança do Punho

Com um toca-pino, tirar o pino limitador do dispositivo de segurança do punho e o pino


limitador do gatilho-eixo do dispositivo de segurança.

Retirar o dispositivo de segurança do punho; separar o retém do ferrolho e o impulsor do


dispositivo de segurança do punho.

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EEAR 58

4.5.1.9 Gatilho- Alavanca de Disparo

Com um toca-pino, retirar o eixo do gatilho. Retirar o gatilho com alavanca de disparo.

4.5.1.10 Conjunto do Suporte e Alavanca Seletora

Com uma chave de desmontagem do punho anterior, abrir a arruela de travamento da


alavanca seletora e segurança, retirá-la pressionando-a para esquerda, e, com o toca-pino, bater
levemente da direita para esquerda no pino posicionador do suporte da alavanca seletora.

Figura 57

4.5.1.11 Armadilhas

Com um toca-pino, retirar o pino limitador e o eixo da armadilha. Retirar a armadilha.

4.5.1.12 Impulsor da Alavanca de Disparo

Com a chave especial, girar o impulsor de meia volta até que a aba do seu suporte saia de
seu encaixe no bloco central. Retirar o impulsor.

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EEAR 59

4.5.1.13 Coronha

Com chave de fenda, retirar o eixo da charneira da coronha, ficando livre a coronha e o
mergulhador da coronha com sua mola.

Figura 58

4.5.1.14 Chapa da Soleira

Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do eixo da chapa da soleira e
retirá-la.

Com um toca-pino, retirar o eixo da chapa da soleira, ficando livre a chapa da soleira com
seu mergulhador e sua mola.

4.5.1.15 Tampa da Caixa da Culatra

Com uma chave de fenda, abrir a arruela de travamento do suporte do zarelho posterior, e
retirá-lo, ficando livres, na tampa, o protetor do amortecedor, o amortecedor e o suporte-guia da
mola recuperadora.

4.5.1.16 Luva de Fixação do Cano

Com um alicate especial, abrir a arruela de pressão e retirá-la, ficando livre o zarelho
anterior.

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EEAR 60

4.5.1.17 Percussor

Com um toca-pino, retirar o pino do percussor. Introduzindo o toca-pino no alojamento


do extrator, forçar o percussor para frente, retirando-o.

Figura 59

4.5.1.18 Armadilha

Com um toca-pino, retirar da armadilha a alavanca, ficando livres do corpo da armadilha


a alavanca e a mola.

4.5.1.19 Retém da Luva de Fixação do Cano

Com um toca-pino, retirar o eixo do retém da luva de fixação do cano. com uma chave de
fenda, pressionar a mola do retém da luva de fixação do cano, retirando-o pela frente, juntamente
com o retém.

4.5.1.20 Retém do Carregador

Com um toca-pino, retirar o retém do carregador e o pino inferior do ejetor. Segurar o


retém do carregador e retirar o toca-pino, ficando livres o retém do carregador e sua mola.

4.5.1.21 Ejetor

Com um toca-pino, retirar o pino superior do ejetor. Retirar o ejetor pela janela de ejeção.

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EEAR 61

4.5.1.22 Retém da Tampa da Caixa da Culatra

Com um toca-pino, retirar o pino de pressão do retém da tampa da caixa da culatra.


Segurar o retém da tampa e retirar o toca-pino, ficando livres o retém e sua mola.

4.5.1.23 Massa de Mira

Com a chave da massa de mira, desatarraxar a chave de mira, retirando-a de seu suporte.

4.5.1.24 Alça de Mira

Com um toca-pino, retirar o pino de pressão do parafuso de regulagem da alça de mira.


Ficará livre a mola do parafuso de regulagem da alça de mira.

Com uma chave de fenda, desatarraxar o parafuso de regulagem da alça de mira,


retirando-o. A alça de mira e a sua mola ficarão livres.

4.5.1.25 Tampa da Janela de Ejeção

Retirar a arruela de travamento do eixo da dobradiça da tampa da janela de ejeção, com


alicate de bico curvo. Em seguida empurrar o eixo com um toca-o pino para frente e segurar a
mola com a outra mão.

Figura 60

4.6 Montagem

Como você já viu nas outras armas, a montagem da Metralhadora mod. MT-12 não foge à
regra. A montagem é feita exatamente na sequencia inversa da desmontagem.

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EEAR 62

4.6.1 Retém do Carregador

Colocar a mola do retém do carregador no seu alojamento existente do retém. Em


seguida, colocar este conjunto na caixa da culatra, de modo que sua ponta superior penetre no
rasgo existente no ejetor.

Obrigar a mola do retém, com uma chave de fenda, a se alojar no alojamento do retém do
carregador. Em seguida, coincidir, com auxílio de um toca-pino, o orifício inferior do ejetor e o
orifício do retém do carregador com o orifício da caixa da culatra.

Colocar o eixo do retém-pino inferior do ejetor.

4.6.2 Retém da Luva de Fixação do Cano

Colocar a mola do retém da luva de fixação do cano no seu alojamento no retém.

Colocar o retém com sua mola em sua posição e, com uma chave de fenda, comprimir a
mola do retém para que a sua extremidade se aloje em seu assento, na caixa da culatra.

Coincidir o orifício do retém com o orifício da caixa da culatra.

Colocar o eixo do retém.

4.6.3 Armadilha

Introduzir a mola da armadilha entre o corpo e a alavanca da armadilha.

Comprimir as duas peças até coincidir os orifícios e colocar o eixo da armadilha.

4.6.4 Percussor

Colocar o percussor passando uma broca pelo furo do pino do percussor.

4.6.5 Luva de Fixação do Cano

Colocar o zarelho anterior com a pega voltada para frente.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 63

Colocar a seguir a arruela de pressão na parte cônica, calcando-a de modo que possa
penetrar no rebaixo existente na luva, impedindo a saída do zarelho e deixando-o girar
livremente.

4.6.6 Tampa da Caixa da Culatra

Introduzir o suporte do zarelho posterior no orifício da tampa.

Montar o suporte - guia da mola recuperadora, o amortecedor e o protetor do


amortecedor. Fixar essas peças com a arruela de travamento, colocando-a no rebaixo existente no
suporte do zarelho.

4.6.7 Chapa da Soleira

Colocar em seu alojamento o mergulhador e a mola da chapa da soleira, observando a


posição correta da chapa da soleira.

Pressionar o tubo da coronha contra ela de modo a comprimir a mola, fazendo coincidir
os orifícios.

Colocar o eixo da chapa da soleira.

Montar a arruela de travamento no eixo da chapa da soleira.

4.6.8 Coronha

Colocar a mola do mergulhador no alojamento do suporte da coronha com a ponta do


mergulhador para fora.

Comprimir a coronha, fazendo coincidir os orifícios do suporte da coronha e da charneira.

Colocar o eixo da charneira da coronha. A coronha deve estar rebatida.

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EEAR 64

4.6.8.1 Montagem do mecanismo de disparo e dispositivo de segurança do punho

4.6.8.2 Impulsor da Alavanca de Disparo

Com uma ferramenta especial coloque o impulsor da alavanca de disparo no bloco central
da caixa da culatra, girando-o de meia volta até que a aba do seu suporte aloje no seu encaixe no
bloco central.

4.6.8.3 Armadilha

Com o dente da alavanca da armadilha para frente, colocar a armadilha de modo que o
furo do eixo da armadilha venha a coincidir com o orifício da caixa da culatra. Colocar o eixo da
armadilha no orifício. Em seguida, colocar o pino limitador da armadilha no orifício da caixa da
culatra de modo a passar no entalhe existente na parte posterior da armadilha, a fim de limitar o
seu curso.

Nota: para montar o corpo da armadilha, pode ser usado o eixo do tirante do punho dianteiro,
como falso eixo (eixo-guia).

4.6.8.4 Gatilho Alavanca de Disparo

Girar a alavanca de disparo para cima. Colocar o conjunto na caixa da culatra, de modo
que o furo superior do gatilho coincida com o orifício da caixa da culatra.

Colocar o eixo do gatilho.

Nota: para evitar que o gatilho gire, colocar um toca-pino, temporariamente, no orifício da caixa
da culatra de modo que detenha o gatilho agindo no orifício de limitação do curso do gatilho.

4.6.8.5 Dispositivo de Segurança do Punho

Segurar o conjunto do dispositivo de segurança do punho e encaixar a alavanca seletora


de tiro. Colocar o impulsor do dispositivo de segurança por baixo, passando-o pelo rasgo
existente no centro da alavanca seletora de tiro e encaixar no dente de travamento da armadilha.

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EEAR 65

4.6.8.6 Conjunto Suporte e Alavanca Seletora

Montar a alavanca seletora no suporte, comprimindo o mergulhador com uma chave de


fenda e girá-la à direita até encontrar um dos pontos de fixação no suporte, encaixando-o em
seguida na culatra.

Nota: com um toca-pino, forçar a alavanca do seletor de tiro à esquerda, antes de encaixar o
conjunto suporte e alavanca seletora.

4.6.8.7 Conjunto do dispositivo de Segurança do Punho

Montar o conjunto do dispositivo de segurança do punho na caixa da culatra


introduzindo, inicialmente, sua parte posterior. Retirar o toca-pino do orifício da caixa da culatra
e alinhar o furo do eixo do dispositivo de segurança com o referido orifício, colocando o pino
limitador do gatilho-eixo do dispositivo de segurança no orifício da caixa da culatra fazendo-o
passar também no rasgo limitador do dispositivo de segurança e no furo da alavanca seletora de
tiro.

Nota: montar o retém do ferrolho no seu encaixe no dispositivo com seu dente para frente.

Agindo na tecla do dispositivo de segurança, nivelar o encaixe do dente de travamento da


armadilha com a base da alavanca da armadilha. Introduzindo uma chave de fenda no orifício
junto ao alojamento do suporte do impulsor do dispositivo de segurança, soltar o impulsor do
dispositivo de segurança de punho, transferindo a extremidade do impulsor para a base da
alavanca da armadilha.

Figura 61

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 66

4.7 Manejo

Manejo é o conjunto de operações simples e necessárias ao emprego da arma no tiro.

4.7.1 Municiar o carregador

Segurar o carregador com uma das mãos. Colocar os cartuchos um a um, por cima da
boca do carregador, com o culote dirigido para a parte posterior do corpo do carregador.
Empurrar o cartucho para baixo das abas exercendo pressão.

Figura 62

4.7.2 Engatilhar

Segurar a arma com a mão direita pelo punho posterior, exercendo pressão na tecla do
dispositivo de segurança. Puxar a alavanca de manejo, com a mão esquerda, totalmente para trás,
engatilhando a arma.

4.7.3 Travar a arma

Girar a alavanca seletora na posição (S) segurança.

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EEAR 67

4.7.4 Alimentar

Inclinando a arma para a direita, introduzir o carregador cheio no seu alojamento, até que
o retém do carregador o prenda, produzindo um estalo característico.

Figura 63

4.7.5 Selecionar regime de tiro

Para o tiro intermitente, deve-se girar a alavanca seletora para a posição "intermitente"
(I).

Para o tiro contínuo, deve-se girar a alavanca seletora para a posição "rajada" (R).

4.7.6 Destravar a arma

Girar a alavanca seletora para a posição "intermitente" (I) ou "rajada" (R).

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EEAR 68

4.7.7 Disparar

Pressionar com firmeza a tecla do dispositivo de segurança do punho. Acionar a tecla do


gatilho.

Figura 64

4.7.8 Retirar o carregador

Inclinar a arma para a direita, e com o polegar da mão esquerda, apertar o retém do
carregador. Tirar o carregador de seu alojamento.

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EEAR 69

4.7.9 Alça de mira

A alça de mira, tipo visor, pode ocupar as posições 1 e 2. Essas duas posições se obtêm
com basculamento da alça de mira.

Figura 65

4.8 Funcionamento

4.8.1 Posição inicial

A arma está alimentada e foi efetuado um disparo.

Nota: no avanço ou no recuo do ferrolho, a tampa da janela deverá se abrir automaticamente.

4.8.2 Recuo do ferrolho

A pressão desenvolvida pela deflagração da carga de pólvora agindo em todos os


sentidos, força o projétil para frente e o ferrolho para trás.

Graças à massa do ferrolho, seu recuo se efetua após a saída do projétil do cano.

4.8.2.1 Extração

A pressão que empurra o estojo contra seu alojamento no ferrolho obriga-o a recuar. A
função do extrator consiste em manter o estojo no seu alojamento no ferrolho, a fim de evitar que
ele tombe no mecanismo antes da ejeção. O extrator servirá, também para extrair um cartucho ou
estojo que tenha provocado um incidente de tiro.
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 70

4.8.2.2 Ejeção

No momento em que o culote do cartucho, que se acha preso ao ferrolho, se encontra


aproximadamente na altura da parte posterior da janela de ejeção, o estojo entra em contato com
o ejetor "E", que o obriga a girar em torno da garra do extrator e o projeta para fora da arma.

Figura 66

4.8.2.3 Abertura

Continuando seu movimento para retaguarda, o ferrolho ultrapassa o carregador. Os


cartuchos do carregador, não estando mais seguros pelo ferrolho, se elevam pela ação da mola do
carregador no transportador até que o cartucho de cima seja limitado pelas abas do carregador,
dando-se então a apresentação desse cartucho.

4.8.3 Avanço do ferrolho

4.8.3.1 Engatilhamento

Após o fim do curso de recuo do ferrolho, a mola recuperadora o empurra para frente; ele
é retido no início de seu curso pela armadilha, se a alavanca seletora estiver na posição
"intermitente" (I) ou recomeça o ciclo, se a alavanca seletora estiver na posição "rajada" (R) e o
atirador permanecer pressionando o gatilho.

4.8.3.2 Desengatilhamento

A ação do dedo sobre o gatilho abaixa a parte posterior da armadilha liberando o ferrolho,
que sob a ação da mola recuperadora é lançado para frente.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 71

4.8.3.3 Carregamento

Após um percurso para frente de cerca de 35mm, a parte inferior do ferrolho "F" entra em
contato com o culote do primeiro cartucho do carregador e o empurra para frente.

Em seu movimento de avanço, a ogiva do projétil encontra a rampa de acesso "A"


existente no cano. Esta orienta o projétil para a câmara, desprendendo assim o cartucho do
carregador. O ferrolho continua empurrando o culote do cartucho, introduzindo-o completamente
na câmara, dando-se então o carregamento.

4.8.3.4 Fechamento

O ferrolho, ao avançar, retoma contato com a parte posterior do cano.

Nesta fase do funcionamento, acontece, simultaneamente, o final do carregamento e o


disparo.

Figura 67

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 72

4.8.3.5 Percussão

O ferrolho, terminando seu movimento para frente, obriga o extrator a levantar-se, indo o
culote do cartucho ocupar o alojamento existente no ferrolho. Ao mesmo tempo, o percussor "P",
que é saliente no alojamento do cartucho existente no ferrolho, percute a cápsula do cartucho,
provocando a deflagração da pólvora.

Figura 68

4.9 Mecanismo de disparo

Na figura abaixo estamos ilustrando a MT-12, como você pode perceber não existe o
desconector. O registro de segurança e o registro de tiro são botões independentes.

Figura 69

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 73

Figura 70 - MECANISMO DE DISPARO DA MT-12 AD

4.9.1 Alavanca seletora de tiro

No eixo da alavanca seletora de tiro existe duas cavidades onde se aloja a parte posterior
superior do dispositivo de segurança do punho (em forma de garfo), quando arma estiver sendo
empunhada corretamente. Desta forma a arma está efetivamente destravada.

Ao girar a alavanca seletora de tiro para a posição de rajada o desconector se movimenta


para trás, trazendo consigo a alavanca de disparo.

O desconector não se movimenta quando o seletor de tiro passar da posição de segurança


para intermitente.

4.9.1.1 Dispositivo de segurança do punho

Ao se pressionado, a parte traseira superior se aloja na cavidade do eixo da alavanca


seletora de tiro, para poder abaixar o retém do ferrolho e o batente liberar a alavanca da
armadilha.

4.9.1.2 Desconector

Ao selecionar o tiro intermitente o desconector permanece parado, não exercendo nenhum


movimento na alavanca de disparo. Após selecionar para tiro automático, em virtude da secção

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 74

existente no eixo da alavanca seletora de tiro, o mesmo desloca-se para trás trazendo consigo a
alavanca de disparo, que é impulsionado pelo conjunto do impulsor da alavanca disparo.
4.9.1.3 Alavanca de disparo

Descreve dois movimentos: um para cima, acompanhando o movimento do gatilho, e


outro de rotação, em torno de seu eixo no gatilho, forçado pelo deslizamento de sua nervura na
alavanca do seletor. No seu movimento para cima, a alavanca de disparo aciona a alavanca da
armadilha para cima, que obriga a armadilha a girar em torno de seu eixo ( realizando um efeito
gangorra), abaixando sua parte posterior, liberando o ferrolho, dando-se o desengatilhamento.

4.9.1.4 Conjunto da armadilha

É composto do corpo da armadilha, mola da armadilha e alavanca da armadinha. A


alavanca da armadilha só consegue girar em torno do seu eixo se o batente movimentar-se para
cima. Só então quando a alavanca de disparo impulsionar para cima a parte anterior da
armadilha a parte posterior irá descer, para então liberar o ferrolho.

4.9.1.5 Armadilha

Na figura “71” podemos ver que o ferrolho encontra-se preso na parte posterior da
armadilha.

Na figura “72” a armadilha encontra-se paralela ao ferrolho podendo o mesmo ir a frente


com a força da mola recuperadora.

Figura 71

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 75

Figura 72
4.9.1.6 Tiro intermitente

A alavanca seletora encontra-se na posição “intermitente”. Comprimindo-se a tecla do


dispositivo de segurança do punho e puxando-se a alavanca de manejo, o ferrolho vem à
retaguarda, abaixando a parte posterior da armadilha, comprimindo a mola do impulsor do
dispositivo de segurança do punho. O ferrolho, continuando seu movimento a retaguarda, deixa
de agir na parte posterior da armadilha, que se eleva por ação do impulsor do dispositivo de
segurança do punho. Soltando-se a alavanca de manejo, o ferrolho vai à frente, por ação da mola
recuperadora, ficando preso pela armadilha, assim que a sua rampa de engatilhamento entra em
contato com a rampa de engatilhamento da armadilha. A arma está engatilhada.

MT-12 AD
Figura 73

Ao pressionar o gatilho a parte mais elevada da alavanca de disparo, levanta a parte


anterior da alavanca da armadilha, para liberar o ferrolho.

No seu avanço, o ferrolho ultrapassa a armadilha, permitindo que esta gire por ação da
mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho, elevando a sua parte posterior.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 76

Liberando-se a tecla do gatilho, este volta à sua posição primitiva por ação do impulsor da
alavanca de disparo. A face superior da alavanca de disparo coloca-se novamente sob a parte
anterior da alavanca da armadilha.

4.9.1.7 Tiro automático

Estando a MT-12AD alimentada, engatilhada e selecionada na posição “rajada”, ao


pressionar o gatilho, a alavanca de disparo que está solidária a este, eleva a alavanca da
armadilha para liberar o ferrolho.

Enquanto não se liberar a pressão sobre a tecla do gatilho, o tiro continuará se realizando,
pois a armadilha continua paralela ao ferrolho, não prendendo o mesmo. Liberando-se, somente,
a tecla do gatilho, este volta à sua posição primitiva por ação da mola do impulsor da alavanca do
disparo, permitindo que a armadilha gire em torno de seu eixo, elevando sua parte posterior por
ação do impulsor do dispositivo de segurança do punho, retendo o ferrolho à retaguarda.

Notas: 1- caso se libere, simultaneamente, a tecla do gatilho e a do dispositivo de segurança do


punho, ambos voltam às suas posições primitivas por ação do impulsor da alavanca de disparo e
do impulsor do dispositivo de segurança do punho, respectivamente. A armadilha gira em torno
de seu eixo, elevando sua parte posterior. Nesta situação o batente do dispositivo de segurança do
punho não permite a rotação da alavanca da armadilha. Quando o ferrolho recua por ação dos
gases, age sobre a parte posterior do corpo da armadilha, que gira comprimindo sua mola, que
está montada entre as duas peças. Quando o ferrolho avança, fica preso pelo corpo da armadilha,
que se elevou por ação de sua mola.

2- Caso a tecla do dispositivo de segurança seja liberada, sem que se libere o gatilho, o
dispositivo de segurança não voltará à sua posição primitiva, pois o batente do dispositivo de
segurança fica retido pela cauda da alavanca da armadilha.

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EEAR 77

Figura 74
4.10 Seguranças

4.10.1 Alavanca seletora e registro de segurança

Estando a alavanca seletora na posição (S), ocorre o travamento de todo o mecanismo de


disparo, pois o eixo da alavanca seletora de tiro impede o movimento do dispositivo de segurança
do punho.

4.10.2 Dispositivo de segurança do punho

Com a alavanca na posição (I ou R), comprimindo-se a tecla do dispositivo de segurança


do punho gira em torno de seu eixo abaixando sua parte anterior, que obriga o retém do ferrolho
a deslizar para baixo em seu alojamento no bloco central da caixa da culatra. Consequentemente,
a parte posterior do dispositivo de segurança eleva-se. O ferrolho pode, então, deslocar-se
livremente, já que o retém do ferrolho está recolhido em seu alojamento no bloco central e o
batente do dispositivo de segurança permite a rotação da alavanca da armadilha quando esta for
comandada. Liberando-se a tecla, a mola do impulsor do dispositivo de segurança do punho
obrigará o dispositivo a voltar à sua posição primitiva.

Quando a tecla não estiver sendo pressionada, o ferrolho não poderá ser trazido à
retaguarda em virtude de seu retém do ferrolho estar aflorado no interior da caixa da culatra e a
alavanca da armadilha não poder girar em torno de seu eixo quando for comandada, porque o
batente do dispositivo de segurança não permite esse movimento.

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EEAR 78

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 79

5 FUZIL HK-33 Cal. 5,56 mm

5.1 Apresentação

Existe modelos com coronha fixa e outro com coronha retrátil. Em caso de necessidade, a
coronha fixa pode ser substituída pela retrátil.

É possível adaptar uma mira telescópica, sem necessidade de preparação, em qualquer


modelo do fuzil.

O Fuzil HK-33 também realiza tiro com granadas de bocal, com ou sem retentor de
projétil.

Para granadas de bocal sem retentor de projétil, é necessária a utilização de um cartucho


lança granada para lançamento de granada de bocal.

Para granadas de bocal com retentor de projétil, utiliza-se o cartucho comum 5,56 mm.
Não há necessidade de interromper o tiro para fazer o carregamento com o cartucho especial,
basta encaixar corretamente a granada na boca do cano e disparar.

Figura 75

O reforçador permite atirar com cartuchos de festim. Ele é aparafusado na boca do cano
em lugar do quebra-chama. A passagem dos gases pode ser ajustada, girando-se o pino regulador
com o fundo de um cartucho.

Para retirar os restos de pólvora, coloque o reforçador em querosene.

O fuzil automático HK-33, calibre 5,56 mm x 45 é uma arma de fogo, cuja construção
obedece aos princípios técnicos mais modernos. Ele permite, com a culatra fechada, dar tiro a
tiro e rajadas qualquer que seja a posição tomada pelo atirador. O fuzil HK-33 é uma arma

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 80

carregada no avanço da culatra móvel com roletes e cano fixo. Os cartuchos são introduzidos na
arma por carregadores de 20 ou de 40 cartuchos.

Figura 76

A alça de mira consta de três orifícios e de um entalhe aberto. O dispositivo de pontaria


pode ser ajustado para uma distância de 100, 200, 300 e 400 metros. A alça de mira é ajustável
tanto em altura como lateralmente.

A asa do registro de segurança encontra-se no lado esquerdo da empunhadura. Ela pode


ser ajustada em três posições:
➢ S- travado;
➢ E- tiro a tiro;
➢ F- rajada.

As letras S, E e F também se encontram no lado direito da empunhadura, permitindo


reconhecer, imediatamente, o estado em que se encontra a arma. Um traço marcado no pino do
registro de segurança indica a posição da asa.

5.1.1 Modo de usar a bandoleira

O comprimento correto da bandoleira pode ser ajustado pelo atirador com a peça de
aperto. O atirador controlará o comprimento correto, assumindo a posição de tiro com o fuzil.

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EEAR 81

Transporte o fuzil a tiracolo, sendo que a metade da bandoleira deve passar pelas costas e
a metade pelo peito.

Para transportar o fuzil normalmente, passe o gancho da bandoleira por dentro da


passadeira e encaixe a passadeira no gancho existente no guarda-mão.

Figura 77

Figura 78

5.2 Características

Dados técnicos
01- Calibre...............................................................................................…...............5,56 mm x 45
02- Comprimento do fuzil com a coronha fixa.......................................….........................920 mm
03- Comprimento do fuzil com a coronha retrátil...................................….........................750 mm
04- Comprimento da linha de mira.........................................................….........................480 mm
05- Comprimento do cano.......................................................................….........................390 mm
06- Peso do fuzil com a coronha fixa sem carregador............................…..........................3,350 g
07- Peso do carregador de metal leve vazio p/ 20 cartuchos...................….............................115 g
08- Peso do carregador de metal leve vazio p/ 40 cartuchos...................…............................160 g
09- Peso do cartucho completo...............................................................…..............................11 g
10- Velocidade inicial V0- aproximadamente.........................................….....................980 m/seg
11- Energia de disparo na boca do cano E0- aproximadamente..............…........................170 kgm
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12- Graduação da alça.............................................................................….100, 200, 300 e 400 m


Com mira telescópica aumenta para 600m
13- Sentido das raias .....................................................................................6 de passo constante à
direita
14- Cadência de tiro.....................................................................…......................750 t/min

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5.3 Nomenclatura

Figura 79

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Mola do detentor da cabeça


1 Cano com caixa de mecanismo 35 69 Mola do armador
da culatra
02 Quebra-chamas e lança-granadas 36 Detentor da cabeça da culatra 70 Êmbolo do armador
03 Mola retém 37 Eixo 71 Pino de fixação
Tampa do tubo guia do punho
04 38 Mola externa do amortecedor 72 Armador
de manejo
Pino da tampa do tubo guia do
05 39 Mola média do amortecedor 73 Eixo do gatilho
tubo de manejo
06 Mola da tampa 40 Mola interna do amortecedor 74 Cão
07 Mola de fixação da granada 41 Disco do bloco do amortecedor 75 Forquilha do cão
08 Olhal para a bandoleira 42 Conjunto do amortecedor 76 Mola do cão
09 Alavanca do punho de manejo 43 Batente do amortecedor 77 Pino rebite
Mola da alavanca do punho de
10 44 Chaveta 78 Alavanca do comutador de tiro
manejo
Eixo da alavanca do punho de
11 45 Cabeça da culatra 79 Eixo do cão
manejo
12 Suporte do punho de manejo 46 Rolete da culatra 80 Mola do ejetor
13 Massa de mira 47 Suporte dos roletes 81 Ejetor
14 Pino retém 48 Pino de fixação 82 Eixo do ejetor
15 Suporte da massa de mira 49 Extrator 83 Anel de fixação de eixo do ejetor
16 Base da alça 50 Mola do extrator 84 Coronha
17 Parafuso de regulagem da direção 51 Peça de trancamento 85 Placa do fundo
18 Mola da esfera 52 Mola do percussor 86 Pino de ligação
19 Esfera da alça 53 Percussor 87 Passador da bandoleira
20 Êmbolo do tambor 54 Haste da mola recuperadora 88 Guarda-mão
21 Mola do êmbolo do tambor 55 Mola recuperadora 89 Gancho
22 Corrediça da alça 56 Anel plástico da mola recuperadora 90 Pino de ligação
23 Tambor da alça 57 Batente da mola recuperadora 91 Caixa do carregador
24 Arruela 58 Pino rebite 92 Transportador
25 Arruela de segurança 59 Armação 93 Mola transportadora
26 Parafuso de fixação da corrediça 60 Registro de segurança 94 Chapa de segurança
27 Retém do carregador 61 Pino de ligação 95 Tampa do carregador
28 Mola de pressão 62 Caixa do mecanismo de disparo 96 Gancho da bandoleira
29 Peça de pressão 63 Bucha 97 Passadeira
30 Botão do retém do carregador 64 Mola do comutador de tiro 98 Bandoleira R 2
31 Pino de fixação 65 Comutador de tiro com rolete 99 Presilha
32 Alavanca do retém do carregador 66 Eixo do comutador de tiro 100 Gancho mola
33 Bucha 67 Gatilho
34 Suporte da culatra 68 Mola do gatilho
Tabela 01

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EEAR 85

5.4 Desmontagem e montagem

5.4.1 Grupos de montagem

Figura 80

01- Caixa do mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria.


02- Culatra
03- Empunhadura com mecanismo de disparo
04- Coronha
05- Guarda-mão
06- Carregador
07- Bandoleira
08- Quebra-chama

5.4.2 Descrição dos grupos de montagem

5.4.2.1 Caixa de mecanismos com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria

A caixa de mecanismo une o cano com o mecanismo carregador e o dispositivo de


pontaria, abrigando todos os demais grupos de montagem.

O cano é embutido sob pressão na peça de travamento e é fixado com um pino na caixa
do mecanismo com cano.

O quebra chama, aparafusado na boca do cano, serve ao mesmo tempo de guia para a
granada de fuzil.
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EEAR 86

O mecanismo carregador encontra-se em cima do cano, serve para carregar a arma e para
fixar a culatra na sua posição mais recuada.
O dispositivo de pontaria consiste na massa de mira e na alça de mira. A alça de mira
consiste em 3 orifícios e um entalhe aberto para o graduação de 100 metros, podendo ser
ajustada, tanto em altura como lateralmente. O ajuste do dispositivo de pontaria em altura é feito
girando o tambor da alça de mira no sentido horário para aumentar a graduação da alça de mira, e
assim, elevando o orifício da graduação da alça de mira.

O dispositivo de pontaria pode ser ajustado para uma distância de 100, 200, 300 e 400
metros,

Figura 81 -
CAIXA DE MECANISMO COM CANO, MECANISMO CARREGADOR E DISPOSITIVO DE PONTARIA

5.4.2.2 Culatra

É conduzida dentro da caixa de mecanismos e serve, juntamente com a mola


recuperadora, para admitir e percutir o cartucho, para extrair e ejetar o estojo depois de dado o
tiro, e para armar o cão.

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A culatra consiste nas seguintes peças:


➢ suporte da culatra com tubo da mola recuperadora e peça de trancamento;
➢ vareta com mola recuperadora;
➢ cabeça da culatra com roletes, extrator e mola do extrator;
➢ mola do percussor;
➢ percussor.

Figura 82

5.4.2.3 Empunhadura com Mecanismo de Disparo

A empunhadura é rebatível e pode ser desmontada da caixa de mecanismo de disparo. Ela


abriga o mecanismo de disparo com suas peças e o registro de segurança. A empunhadura está
unida ao alojamento do gatilho pelo pino do registro de segurança.

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Figura 83
EMPUNHADURA COM MECANISMO ALOJAMENTO DO GATILHO COM GATILHO E PEÇAS
DE DISPARO DO MECANISMO DE SEGURANÇA

5.4.2.4 Coronha

A coronha fixa fecha a caixa de mecanismo por trás. Ela está unida à caixa por intermédio
de um pino de fixação.

O suporte da bandoleira está fixado na coronha por meio de rebites tubulares, onde se
guardam os pinos de fixação enquanto se desmonta o fuzil.

Em caso de necessidade, a coronha fixa pode ser substituída pela coronha retrátil.

Os tubos de guia, montados dos dois lados, correm ao longo da caixa do mecanismo. Eles
são fixados com uma alavanca, tanto em estado estirado como encaixado.

A caixa de fixação apresenta uma alça para fixar a bandoleira.

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Figura 84

5.4.2.5 Guarda-mão

Peça desmontável, envolve o cano por baixo e está unida à arma por meio de um pino de
fixação. Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.

Figura 85

5.4.2.6 Carregador

Pode-se usar, à escolha, um carregador de 20 cartuchos ou um de 40 cartuchos.

O carregador consiste nas seguintes peças:


➢ caixa do carregador;
➢ tampa do carregador;
➢ transportador com mola e chapa de segurança.

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EEAR 90

Figura 86

5.4.2.7 Bandoleira

A bandoleira serve para transportar o fuzil, não impedindo que o atirador esteja sempre
pronto para atirar qualquer que seja a posição que assuma.

Figura 87

5.4.3 Desmontagem

Travar a arma e tirar o carregador. Descarregá-la, puxar o punho de manejo para


certificar-se de que a câmara está vazia, deixando saltar a culatra para frente. Desengatar a
bandoleira do suporte da massa de mira, tirar o pino de fixação e colocá-lo no rebite tubular na
coronha fixa. Tirar a coronha e a empunhadura. Puxar a culatra com a mola recuperadora por
meio do punho de manejo e tirá-la da caixa do mecanismo. Tirar o guarda-mão.

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EEAR 91

Figura 88

Figura 89

5.4.3.1 Desmontagem da Culatra

Tirar a mola recuperadora do seu tubo para trás, em ângulo ligeiramente oblíquo. Girar a
cabeça da culatra por 90° para o lado afastado do corpo, tirá-la da peça de trancamento da
culatra. Girar a peça de trancamento da culatra até que seu ressalto saia do suporte da culatra.
Tirar o percussor com a mola do suporte da culatra.

Figura 90
COMO SE DESMONTA A CULATRA

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EEAR 92

Figura 91
COMO SE TIRAM AS PEÇAS DA CULATRA

5.4.3.2 Desmontagem da Empunhadura com Mecanismo de Disparo

Ajustar a asa do registro verticalmente para cima e tirá-la. Tirar a caixa de mecanismo de
disparo. Uma desmontagem mais completa do mecanismo de disparo só é permitida ao pessoal
técnico em armamento.
O guarda-mão desmontável envolve o cano por baixo. Ele está unido à arma por meio de
um pino de fixação.

Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.

Para removê-lo, basta retirar o pino de fixação e levantar o guarda-mão pela extremidade
onde se localiza o pino de fixação.

5.4.3.3 Desmontagem do Carregador

Pode-se usar a escolha, um carregador de 20 cartuchos ou um de 40 cartuchos.

O carregador consiste nas seguintes peças:


➢ caixa do carregador;
➢ tampa do carregador;
➢ transportador com mola e chapa de segurança.

Para desmontar o carregador, deve-se pressionar o retém da tampa do carregador com um


toca pino e deslizar a tampa do carregador em seu trilho, tendo o cuidado de apoiar a chapa de
segurança, para evitar a descompressão violenta da mola do transportador.

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EEAR 93

5.4.4 Montagem

A culatra é montada na ordem inversa.

Aperte a cabeça da culatra com a face chanfrada por baixo do detentor da cabeça da
culatra, até que fique afastada do suporte da culatra por uns 05 milímetros, e gire-a para a
esquerda até que as faces de deslize da cabeça e do suporte da culatra fiquem num mesmo plano.
Coloque a mola recuperadora no seu tubo correspondente.

Monte o guarda-mão. Coloque a culatra montada, com a mola recuperadora, na caixa do


mecanismo. Monte ou fixe a empunhadura. Coloque a asa de registro de segurança na
empunhadura na posição "S".

Monte a coronha fixa ou retrátil na caixa do mecanismo e aperte o pino de fixação.


Enganche a bandoleira.

Monte o carregador, tendo o cuidado de verificar se a tampa do carregador está presa pelo
seu retém.

Para verificar se a arma está corretamente montada e funcionando, acione várias vezes o
punho de manejo, depois destrave a arma e pressione o gatilho e, por último trave a arma
novamente.

Figura 92

5.4.5 Uso e manejo do fuzil

Municiar o carregador é o ato de introduzir o cartucho no carregador.


Desmuniciar o carregador é o ato de retirar o cartucho do carregador.

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EEAR 94

Figura 93

Antes de manusear o fuzil certifique que o mesmo se encontra travado.

Figura 94 e 95
Alimentar, é introduzir o carregador, com cartuchos em seu alojamento.

Abrir, com o fuzil travado puxe o punho de manejo para trás, com a mão esquerda, e
encaixá-lo no rebaixo do tubo.
Carregar; após ter aberto a arma deixe o punho de manejo ir a frente com força da mola
recuperadora

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Figura 96

5.5 Funcionamento

Figura 97

Estando o fuzil HK-33 engatilhado, carregado e destravado, puxando-se o gatilho, o cão é


liberado e bate no percussor. O cartucho é percutido. Os gases da pólvora impelem o projétil para
frente.

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EEAR 96

Ao mesmo tempo, os gases exercem uma pressão sobre o estojo. As forças que assim
agem, sobre a base da cabeça da culatra, são transmitidas através dos roletes em parte à caixa de
mecanismo e em parte, por intermédio da peça de trancamento da culatra, ao suporte da culatra,
enquanto a configuração angular da peça de trancamento da culatra e da peça de travamento do
cano causa um movimento de recuo retardado da cabeça da culatra.

Figura 98

O trancamento faz com que a culatra realize a obstrução do cano, até que no projétil tenha
deixado a boca deste.
Após o destrancamento, quando os roletes entram completamente na cabeça da culatra,
através das faces de apoio da peça de travamento, fazendo a culatra recuar. Ao mesmo tempo, o
estojo é extraído e ejetado durante a abertura. O cão é recuado e a mola recuperadora
comprimida desde o início do movimento de recuo da culatra.

A mola recuperadora, que fez o amortecimento da culatra no recuo, distende-se fazendo a


culatra avançar, dando início à fase do avanço.

No avanço, o cão é armado, e a culatra retira o cartucho da mesa de alimentação para


introduzi-lo na câmara, fazendo o carregamento. O extrator encaixa-se na gola do cartucho
quando a cabeça da culatra termina seu movimento de avanço, fechando a arma. O suporte da
culatra continua avançando para realizar o trancamento e, consequentemente, o engatilhamento.
No trancamento, os roletes de trancamento da culatra são apertados sobre as faces de
apoio da peça do travamento do cano, por intermédio das faces oblíquas da peça de trancamento
da culatra. O fuzil está pronto para o tiro seguinte, quando selecionado em “intermitente”.

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Figura 99

Com fuzil selecionado em “intermitente”, no final do avanço do suporte da culatra, este


age na alavanca do comutador de tiro, para liberar o cão do comutador e deixá-lo preso pelo
armador, no dente de engatilhamento do cão.

Observação: se o cão estiver preso pelo comutador o fuzil não está pronto para o tiro, ou melhor
o fuzil não está engatilhado.

O HK-33 só encontra-se engatilhado quando o cão estiver preso pelo armador.

Figura 100

Com fuzil selecionado em “rajada”, o armador ficará fora de alcance do entalhe de


engatilhamento do cão. Enquanto o atirador não aliviar a pressão sobre o gatilho, o cão só é
retido pelo comutador de tiro e liberado no trancamento, através da alavanca do comutador.
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 98

Figura 101
Culatra a destrancada

5.6 Segurança

A asa do registro de segurança encontra-se no lado esquerdo da empunhadura, e as letras


"S", "E" e "F" encontram-se do lado direito e esquerdo da empunhadura.

O registro de segurança, quando colocado na posição "S", trava (diretamente), por


completo, o movimento do gatilho, que, consequentemente, trava todo mecanismo de disparo.

Quando selecionado na letra "E", dá ao gatilho um movimento maior, permitindo a arma


executar o tiro intermitente.

Na posição "F", o gatilho tem movimento livre, isto faz com que o gatilho não perca ação
sobre o armador, assim o cão fica livre, enquanto a tecla do gatilho estiver sendo pressionada.
Assim, o cão será comandado somente pelo comutador de tiro, permitindo à arma fazer tiro
automático.

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EEAR 99

6 REVÓLVER TAURUS CAL. .38

6.1 Apresentação

O revólver “Taurus”,do tipo desmontável com seis câmaras, gira em torno de um eixo
central, o que permite o disparo de seis tiros antes de novo carregamento. Quando o tambor está
fechado, o revólver está pronto para atirar. Pode ser disparado, quer em ação única, mediante o
engatilhamento prévio do cão, quer em ação dupla, por pressão no gatilho. Este fará recuar o cão,
e, ao mesmo tempo, completa o ciclo de funcionamento previsto para o disparo do projétil.

O recuo do cão, quer em única ou dupla ação, faz o tambor girar, alinhando uma das
câmaras com o cano. O consumo de tiro é limitado pela destreza do atirador em carregar o
tambor, e pela sua habilidade em apertar ou acionar o gatilho.

6.2 Características

6.2.1 Arma completa

Peso.........................................................................................................…........................0,800 kg
Comprimento total...................................................................................….........................235 mm

6.2.2 Partes diversas


6.2.2.1 Cano
Comprimento...........................................................................................…..........(4 pol) 101,6 mm
Diâmetro da alma....................................................................................…........................9,05 mm
Massa de mira acima do eixo da alma.....................................................…........................15,4 mm
Diâmetro das raias...................................................................................…..........................8,8 mm
Enraiamento (número de raias)...............................................................…....................................6

6.2.2.2 Raias

Largura....................................................................................................…........................2,55 mm
Profundidade...........................................................................................…......................0,125 mm
Passo (uma volta)....................................................................................….........................400 mm
Cheios, largura........................................................................................…........................2,35 mm

6.2.2.3 Tambor

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EEAR 100

Comprimento...........................................................................................…...........................40 mm
Diâmetro..................................................................................................…........................26,6 mm

6.2.2.4 Câmara

Número....................................................................................................….............................6 mm
Diâmetro (máximo e mínimo).................................................................…..................9,7 e 9,2mm

6.2.2.5 Gatilho

Pressão em ação dupla.............................................................................…........................6.400 gr


Pressão em ação única.............................................................................…...........2.100 a 2.500 gr

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EEAR 101

6.3 Nomenclatura

Figura 102

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 102

6.4 Desmontagem e montagem

Para efeito de estudos, o revólver Taurus Cal. 0.22” é similar ao revólver Taurus Cal.
0.38”. O funcionamento, nomenclatura das peças e manutenção prevista para um são as mesmas
para o outro.
Observação: durante a desmontagem verifique, as posições exatas das peças para que na hora da
montagem não haja enganos.

6.4.1 Desmontagem

Para desmontar o revólver, proceder da seguinte maneira:

Retirar o parafuso da coronha e as respectivas placas.

Retirar o parafuso da placa da caixa do mecanismo que se encontra próximo da


extremidade anterior do guarda-mato.

Empurrar para frente o botão serrilhado do ferrolho a fim de soltar o tambor.

Empurrar este para a esquerda e retirá-lo para frente com o conjunto do eixo do suporte.

Desparafusar a vareta do extrator, retirando-a; retirar o conjunto do eixo suporte do


tambor, a mola do extrator com anel, a haste central e sua mola, e, finalmente, o extrator.
Observar com cuidado a posição dessas peças para não haver engano na montagem.

Figura 103

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 103

Desatarraxar o parafuso do botão serrilhado do ferrolho para retirá-lo.

Retirar os três parafusos restantes da placa da caixa do mecanismo para removê-la.

Não forçar a retirada da placa do seu alojamento. Com o cabo de madeira de uma
ferramenta, bater ligeiramente na armação até que a placa se solte; depois, levantá-la do
alojamento;

Retirar o parafuso regulador da mola real do respectivo alojamento na extremidade da


armação;

Retirar a mola real e a respectiva haste do seu alojamento no regulador da mola real.

Retirar o impulsor do tambor.

Retirar o impulsor do gatilho e sua mola fazendo pressão para a direita, na extremidade
posterior do impulsor até que ele se liberte do seu pino.

Observação: manter o polegar sobre a extremidade posterior do impulsor do gatilho, enquanto o


retira do pino, a fim de não perder a mola. Puxar para trás o ferrolho até que ele livre a parte
posterior do cão. Em seguida, puxando o cão também para trás, levantá-lo do respectivo eixo.

Fazer pressão sobre o gatilho, para a direita, e retirá-lo do seu eixo.

Retirar o parafuso que se encontra na frente do guarda-mato, a mola e o mergulhador do


retém do tambor.

Levantar o retém do tambor do respectivo eixo e removê-lo.

Levar o ferrolho para sua posição mais à retaguarda e removê-lo, empurrando para a
direita a extremidade traseira.

Observação: as demais peças montadas na armação só devem ser desmontadas em casos


especiais.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 104

O revólver só pode ser desmontado por pessoas credenciadas e munidas de ferramentas


adequadas, para não avariar as peças e, especialmente, para não danificar as fendas dos
parafusos.

6.4.2 Montagem

A montagem do revólver “Taurus” é feita exatamente na sequencia inversa da


desmontagem.

6.5 Funcionamento

6.5.1 Durante o carregamento

Empurrar para frente o botão serrilhado do ferrolho. A extremidade do ferrolho faz


pressão contra a extremidade da haste central da vareta do extrator que, por sua vez, empurra a
presilha-retém localizada no cano. Esta operação, liberta o tambor, de modo que ele passa girar
sobre seu suporte e cair para a esquerda. O tambor pode, então, ser carregado. Esta operação
jamais deverá ser feita com pancadas, pois, estas poderão avariar o suporte. Enquanto o tambor
está aberto, o cão não poderá ser recuado, uma vez que a pressão da mola do ferrolho o mantém
para frente. Nessa posição, um ressalto, que se encontra na parte traseira do ferrolho, fica sob a
borda posterior do cão, trancando por completo seu movimento.

Quando o tambor girar para dentro da armação, a mola da haste central, que possui uma
pressão maior do que a mola do ferrolho, impele a ponta da haste central, encaixando-a na
armação, ficando o tambor em seu lugar. O alinhamento da câmara do tambor com o cano é
assegurado pelo retém do tambor, montado na armação logo abaixo do tambor. Um ressalto
existente no tambor, alinhando-o com o cano e impedindo qualquer movimento posterior.
Temos, nessa situação, a arma pronta para funcionar.

6.5.2 Durante o Tiro

Ao atirar em dupla ação, a pressão do dedo sobre o gatilho o faz girar, e sua borda
superior empurra a alavanca de armar, recuando o cão até que a ponta do gatilho entre em
contato com ele. Prosseguindo, continua a recuar o cão até que este fique próximo à posição de
engatilhamento, ocasião em que, escapando da ponta do gatilho, avançará violentamente para
percutir a cápsula, em virtude da pressão da mola real.

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EEAR 105

Puxado para trás o gatilho, o impulsor do gatilho recua também, até o ponto onde uma
saliência sobre o mesmo impulsor (o ressalto travador do cão) fica bastante atrás para impedir
que o ressalto de segurança do cão entre em contato com ele; isso permite ao cão avançar a
distância necessária para ferir o culote do cartucho.

Ao atirar em ação única, o cão é primeiro puxado pelo dedo polegar até ficar na posição
do engatilhamento pelo dente de engatilhamento. Nessa posição, um entalhe na ponta anterior da
parte inferior do cão prende-se à ponta do gatilho. Uma pressão sobre este desprende-o do
entalhe do cão, soltando-o, e permitindo avançar o necessário para ferir o cartucho.

Figura 104

O cão avançará esta distância em virtude de o impulsor do gatilho estar para trás, mantida
pela pressão exercida pelo gatilho. Quando atirar em ação única ou em ação dupla, o gatilho deve
ficar atrás enquanto o cão avança, e o ressalto da borda inferior do cão não entrará em contato
com a saliência sobre o impulsor do gatilho (ressalto travador do cão). Se o gatilho retornar à sua
posição normal, durante o tempo em que o cão avança, o ressalto existente sobre o impulsor
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 106

impedirá o cão de avançar a distância necessária, impedindo-o de ferir o cartucho igualmente.


Deve-se notar, que o tambor não pode abrir enquanto o cão permanecer engatilhado, porque o
ressalto da ponta posterior é mantido atrás pelo cão, impedindo a ação da abertura do tambor.
Ao fazer pressão no gatilho, este, por intermédio de seu impulsor, faz girar a cremalheira
a qual age diretamente na trava automática de segurança, fazendo-a abaixar, liberando assim o
cão para ir totalmente à frente, permitindo, deste modo, que haja a percussão. Mesmo que o
revólver esteja com o cão armado, a trava automática continuará impedindo o disparo casual.
Somente abaixando, se o gatilho for puxado para trás e mantido nessa posição enquanto o cão
avança. Não há possibilidade de um disparo, a não ser que o gatilho sofra pressão a ponto de
deslocar-se para trás.

Simultaneamente ao movimento do gatilho, ao recuar o cão, um ressalto sobre a borda


dianteira e superior do gatilho prende-se na ranhura do retém do tambor e o impele para baixo.
Isto retira o ressalto do retém do tambor de um encaixe, que este tem em sua periferia, e permite
assim que ele gire sob a ação do impulsor. Este, acionado por um eixo ligado ao gatilho, prende-
se à cremalheira existente no extrator, fazendo girar o tambor.
Uma vez que o gatilho continua seu movimento giratório, o retém do tambor solta-se do
gatilho, permitindo ao seu ressalto alojar-se próximo ao encaixe existente no tambor, alinhando a
câmara com o cano ou pondo o tambor em posição de tiro. Quando o cão recua, o impulsor e o
retém do tambor põem o tambor na posição de tiro. O retém do tambor impede que o tambor faça
um giro maior que um sexto de evolução de cada vez.

Quando se solta o gatilho, o impulsor do gatilho, sob pressão de uma mola, impele para
frente o gatilho. O ressalto existente sobre o impulsor do gatilho entra em contato com o ressalto
do cão, fazendo com que a ponta do percussor seja retraída; isto constitui uma segurança.
Quando o gatilho está na posição normal, uma pancada sobre o cão não pode fazê-lo ferir o
cartucho, em virtude não só da ação da trava automática acima descrita como também a do
ressalto existente no impulsor do gatilho que impedem o movimento do cão totalmente para
frente. Mais uma vez repetimos que o cartucho só pode ser ferido quando o gatilho é puxado para
trás e mantido nessa posição, enquanto o cão é impelido para frente pela mola real.

O revólver “Taurus” tem a mola real em espiral, montada em torno de uma haste, fazendo
batente em uma arruela e na outra extremidade fazendo batente sobre uma peça, denominada
regulador da mola real, cuja função o próprio nome indica. O regulador da mola real é regulável

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EEAR 107

pelo parafuso existente na armação, pelo seu simples acionamento, sem necessidade de
desmontar peça alguma do revólver.
Após o tiro, abre-se o tambor, e os estojos ou cápsulas vazias, são ejetados do tambor pela
pressão do dedo sobre a cabeça da vara do extrator, em cuja extremidade está a cremalheira. O
deslocamento do tambor para trás, quando a vareta é acionada, é impedido por um ressalto
existente do lado esquerdo da armação.

O impulsor do tambor da movimento ao tambor, através dos dentes do extrator.

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EEAR 108

6.6 Exercícios

1 - Qual peça do revólver Taurus .38” é diretamente responsável em deixar alinhado cano com
câmara, durante o giro do tambor?

a ( X ) impulsor do gatilho
b ( X ) impulsor do tambor
c ( X ) retém do tambor
d ( X ) cremalheira

2 - Com relação ao revólver Taurus .38”, qual das preposições abaixo está correta?

a ( X ) Durante o engatilhamento não é necessário haver o giro do gatilho.


b ( X ) Somente ocorre o engatilhamento no tiro de dupla ação.
c ( X ) Somente ocorre o engatilhamento no tiro de ação única.
d ( X ) O engatilhamento ocorre no tiro de ação única e dupla.

3 - Para abrir o tambor do revólver Taurus .38”, o ferrolho age:

a ( X ) no suporte do tambor que gira em torno de seu eixo.


b ( X ) na vareta do extrator que age na haste central.
c ( X ) no extrator que age na haste central.
d ( X ) na haste central que age na presilha.

4 - No revólver, o ressalto travador do cão tem como função

a ( X ) travar o cão na ação única.


b ( X ) travar o cão na ação dupla.
c ( X ) não permitir o disparo acidental
d ( X ) posicionar o percussor para o tiro.
5 - No revólver TAURUS, quando o tambor está fora de seu alojamento, o que pode ocorrer?

a ( X ) O cão fica armado.


b ( X ) A armadilha não prende o cão
c ( X ) O cão fica livre para ser armado
d ( X ) O ferrolho impede o cão de ser armado

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EEAR 109

6 - Para que ocorra a ejeção dos estojos dos cartuchos já deflagrados do revólver TAURUS .38
pol é necessário que o atirador após o tiro, abra o tambor e pressione com o dedo sobre

a ( X ) a presilha
b ( X ) a cremalheira
c ( X ) o retém tambor
d ( X ) a vareta do extrator

7 - é a peça do revólver TAURUS .38 pol (101,6 mm) responsável na realização do disparo em
dupla ação, sem ela é impossível o devido disparo.

a ( X ) O retém do tambor
b ( X ) A alavanca de armar B
c ( X ) O impulsor do tambor
d ( X ) O impulsor do gatilho

8 - No momento em que se arma o revólver TAURUS, o impulsor do tambor, para dar


movimento de rotação ao mesmo, força um dos dentes:

a ( X ) Do cão
b ( X ) Da vareta
c ( X ) Do gatilho
d ( X ) Do extrator

9 - No revólver TAURUS .38”, se a câmara do tambor NÃO estiver alinhada com o cano, no
momento do disparo, o defeito pode estar no:

a ( X ) Cão
b ( X ) Cano
c ( X ) Retém do tambor
d ( X ) Impulsor do gatilho

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EEAR 110

10 - Se o entalhe de engatilhamento do cão do revólver estiver quebrado, não se prenderá à ponta


do gatilho. Nesta situação, o revólver:

a ( X ) Não poderá atirar


b ( X ) Não atirará em dupla ação
c ( X ) Só atirará em ação única
d ( X ) Só atirará em ação dupla

11-No revólver TAURUS .38”, se a câmara do tambor NÃO estiver alinhada com o cano, no
momento do disparo o defeito pode estar na mola do

a ( X ) impulsor do gatilho.
b ( X ) retém do tambor.
c ( X ) ferrolho.
d ( X ) extrator.

12 - Quando se recua o cão do revólver TAURUS .38”, qual peça aciona o impulsor do tambor?

a ( X ) Gatilho.
b ( X ) Cremalheira.
c ( X ) Alavanca de armar
d ( X ) Impulsor do gatilho.

13 - Quando o cão do revólver fica preso pelo dente de disparo, o revólver

a ( X ) não atira.
b ( X ) só atira em dupla ação.
c ( X ) só atira em ação única.
d ( X ) está definitivamente travado.

14 - No revólver, o que podemos citar como características do tiro em dupla ação?

a ( X ) Armar o cão manualmente


b ( X ) Ação do gatilho na alavanca de armar
c ( X ) O cão ficar preso pelo dente de disparo
d ( X ) Ação inicial do gatilho diretamente no cão

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EEAR 111

15 - No revólver, ao se atirar em ação dupla temos...................agindo.................... .

a ( X ) o gatilho - na alavanca de armar


b ( X ) a alavanca de armar - no gatilho
c ( X ) a alavanca de armar - no impulsor do gatilho
d ( X ) o impulsor do gatilho - na alavanca de armar

16 - Ao se tratar de tiro de ação única do revólver TAURUS .38 pol (101,6 mm), dentro do
mecanismo de disparo há o contato entre duas peças, gatilho e.................................., contato este
fundamental para o disparo.

a ( X ) Cão
b ( X ) Cremalheira
c ( X ) Alavanca de armar
d ( X ) Impulsor do gatilho

17 - De quantas raias se constitui o revólver TAURUS .38” (101,6 mm)?

a(X)3
b(X)4
c(X)5
d(X)6

18-Que peça do revólver TAURUS .38” (101,6 mm) assegura o alinhamento da câmara do
tambor com o cano ?

a ( X ) Retém do tambor.
b ( X ) Alavanca de armar.
c ( X ) Impulsor do tambor.
d ( X ) Impulsor do tambor.

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EEAR 112

7 ESTANDE DE TIRO: UTILIZAÇÃO E SEGURANÇAS E MANUTENÇÃO

7.1 Generalidades

Compreende-se por estande de tiro áreas restritas da Organização Militar onde se


realizam Instruções ou competições de tiro real.

Os estandes de tiro deveriam dispõe de instalações apropriadas que, por motivos de


segurança e tem que ser situados em locais distantes das instalações administrativas da
Organização Militar.

7.1.1 Classificação

Na FAB são conhecidos dois tipos de estandes de tiro:


➢ estande para utilização terrestre;
➢ estande para utilização aeroterrestre.

Um estande para uso puramente terrestre, pode ser utilizados armas de porte e portáteis. A
utilização dos estandes de tiro deve ser regulamentada por uma NPA apropriada da OM. O
regulamento que rege o estande de tiro MMA 135-3

7.2 Construção principal

Consta de uma edificação, tipo abrigo, dividida em compartimentos iguais e abertos na


extremidade. Esses compartimentos são conhecidos por cabines, boxes ou postos de tiro, que são
numerados e, em cada divisão, deve existir uma banqueta para que se possam colocar as armas,
munição e acessórios.

Fazendo parte da construção principal do estande de tiro, deve existir um Depósito de


Material, que é uma dependência usada para guardar materiais como: suportes de alvos, folhas e
centros de alvos, molduras e alvos e de silhuetas, obreias, ferramentas, máquinas lança-pratos,
etc.

7.3 Campos de tiro

É uma área plana, retangular e normalmente gramada, a qual se inicia no seu sentido
longitudinal, logo à frente da edificação principal. No extremo oposto ao campo de tiro, existe

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EEAR 113

uma elevação conhecida por barreira de tiro ou para-balas, e que se destina a receber projéteis,
detendo o seu curso.

Na parte interna do campo devem existir, a distâncias regulamentares, os encaixes para os


suportes de alvos e outros tipos de encaixes para fixar tripés de metralhadoras, além de
trincheiras protetoras, etc. O campo de tiro com profundidade suficiente, permite também, a
execução do tiro por agrupamento, isto é, com fuzis ou metralhadoras. As armas de curto
alcance, normalmente, utilizadas em estandes, são revólveres, pistolas, carabinas, etc.

7.4 Procedimentos

Seguem, abaixo mencionados, alguns dos muitos cuidados que devem ser observados
para a realização dos exercícios de tiro.
➢ Permanência do oficial instrutor no estande, durante toda a instrução.
➢ Viatura à disposição do oficial instrutor.
➢ A equipe da SMB deverá providenciar armamento e munição, bem como organização
da pista para instrução.
➢ Ter em mãos uma relação ou relatório de tiro onde entre outros elementos será lançada
a munição consumida e assinada pelo Instrutor de tiro.
➢ Verificar, antes da instrução, se os instruendos conhecem o tipo de arma, bem como o
seu completo manejo.
➢ Verificar as armas quanto ao funcionamento e segurança.
➢ Fazer uma inspeção visual nos arredores, para ter certeza de que não há elementos
estranhos à instrução nas proximidades.
➢ Providenciar o hasteamento de uma "bandeira vermelha" em local bem visível, com a
finalidade de indicar que há "perigo de vida" na área, para pessoas não envolvidas com
a instrução de tiro.
➢ Colocar as armas na posição de tiro, deixando a munição em local separado.
➢ Providenciar para que sejam cobertos com obreias as perfurações porventura existentes
nos alvos.
➢ Após o término da instrução, conferir todo o armamento e demais materiais
envolvidos, recolher os estojos e retirar os alvos.
➢ Antes de deixar o estande de tiro, certificar-se de que todas as armas estão
descarregadas.
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EEAR 114

➢ Realizar um “cheque abandono” antes de sair da área do estande de tiro, qualquer lugar
que tenha armamento sob sua responsabilidade e a viatura que foi utilizadas para levar
os itens bélicos até o estande de tiro.

7.5 Alvos e confecção da pista

7.5.1 Tipos de alvos

Existem vários tipos de alvos, porém os padronizados na FAB são:


➢ alvo;
➢ P1 - é utilizado para carabina de pressão;
➢ P2 - para pistola e revólver a 25 ou 50 metros para precisão;
➢ P3 - utilizado para o TMB;
➢ P4 - utilizado como alvo inimigo do TMA;
➢ P5 - utilizado como alvo amigo no TMA;
➢ P6 - utilizado como alvo inimigo/refém.

Figura 105

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Figura 106

Figura 107

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Figura 108

Figura 109

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EEAR 117

7.5.2 Confecção de pista

Os alvos serão utilizados, observando-se a distância e o tipo de arma com que se pretende
fazer o tiro e o tipo de instrução.
➢ TMB de pistola a distância dos alvos serão de 15 metros.
➢ TMB fuzil HK a distância dos alvos serão de 50 metros.
➢ TMB de MT-12 a distância dos alvos serão de 50 metros.

Obsevação: o tipo de pista pode ser modificada de acordo com a finalidade da instrução. No
TMA N3 a pista é montada de acordo com a finalidade da instrução, podendo as distância dos
alvos ser diferentes das preconizadas na MCA 50-1.

No TMA a pista é montada de acordo com o nível de instrução e o armamento

TMA N1

Figura 110

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TMA N2

Figura 111

7.6 Segurança

Deverão ser seguidas sempre que você for utilizar uma arma de fogo, seja no estande ou
não.
➢ Jamais aponte uma arma para alguém, esteja ou não carregada.
➢ Jamais pergunte a alguém se uma arma está carregada. Verifique você mesmo.
➢ Use apenas a munição adequada para cada arma.
➢ Quando não estiver atirando, mantenha a pistola com a culatra aberta e sem o

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EEAR 119

carregador. Se a arma for um revólver, deixe-o descarregado e com o tambor aberto.


➢ Mantenha a arma perfeitamente limpa, isto é, sem graxa ou óleo no cano.
➢ Não deixe uma arma carregada ao alcance de alguém.
➢ Atire somente em alvos apropriados, nunca em objetos que possam causar ricochete.
➢ Quando for praticar “Tiro em Seco”, não esqueça de verificar se a arma está
descarregada.
➢ No “Box”, mantenha sempre o cano da arma apontado para o plano de tiro.
➢ Em caso de pane da arma, mantenha o cano apontado para linha de tiro e chame o
instrutor de tiro.
➢ Ao passar uma arma para alguém, execute a verificação de segurança, mantenha a
arma aberta e gire-a de forma a apontar o cano para si, no ato da entrega.
➢ Ao terminar a série de tiro deixe a arma no “Box” e recure até a linha amarela.
➢ Jamais inspecione uma arma pela boca do cano.
➢ todo briefing deverá ser realizado com munição de manejo.

Observação: no estande de tiro sempre deve haver pelo menos 1 instrutor de tiro habilitado com
EITIR ou CITIR, para coordenar as instruções de tiro no estande. A quantidade de instrutor de
tiro depende da quantidade de instruendo, de acordo com a MCA 50-1.

7.7 Fundamentos para um bom tiro

7.7.1 Empunhadura

7.7.1.1 Empunhadura para armas curtas

A posição da mão na arma é tratada com certo destaque, face à importância que a
empunhadura representa na obtenção de um bom disparo. Empunhadura é, portanto, a posição
correta da mão na arma, o que resulta em:
➢ perfeito alinhamento pulso-arma;
➢ firmeza no momento do disparo e, consequentemente, controle do recuo;
➢ maior facilidade na consecução do disparo seguinte;
➢ posicionamento correto do dedo indicador no gatilho;
➢ facilidade no enquadramento do aparelho de pontaria; e
➢ diminuição da fadiga.

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EEAR 120

A boa empunhadura deve ser feita com as duas mãos, sendo que a mão forte empunha a
arma, ficando esta envolvida pela mão fraca.
A empunhadura deve ser firme para minimizar os movimentos causados pelo recuo sem,
porém, causar tensão ou fadiga na musculatura dos braços e das mãos. Se o braço do lado da mão
forte estiver tremendo, é sinal que a pressão na arma está excessiva.

Não deve haver, na empunhadura, nenhuma pressão lateral, pois isto faria a arma girar no
momento do disparo. O dedo polegar da mão forte deve apenas encostar na placa do punho,
porém, sem que aí exerça a menor pressão. A pressão exercida na empunhadura deve ser a mais
uniforme possível.

Se a arma, quando apontada naturalmente para o alvo, não exigir nenhum esforço
excessivo do pulso, isto significa que a empunhadura está correta.

Quando utilizando a pistola, o atirador deve ter o cuidado para não deixar o polegar da
mão fraca atrás do ferrolho, a fim de evitar ferimentos. A pistola deve ser empunhada o mais alto
possível na mão, sem, contudo, ultrapassar o limitador da armação.

7.7.1.2 Empunhadura para armas longas

Na empunhadura das armas longas, a colocação correta da cabeça sobre a coronha


proporciona o estabelecimento de firme contato com a face do atirador (“stock weld”), o que
possibilita que recuem como um bloco, após o disparo, e permite a manutenção da pontaria. Esse
firme contato permite, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de mira.

A arma deve ser apoiada pelo “V” formado pelo polegar e demais dedos da mão fraca e
repousar sobre a palma da mão. Não deve haver contração muscular. O apoio é fornecido à altura
do guarda-mão. O pulso é mantido tão reto quanto possível. O apoio deve ser ósseo e não
muscular e, para tanto, é imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais
afastado estiver o cotovelo desta posição, maior é o esforço muscular.

A parte posterior da coronha (soleira) deve ser colocada no cavado do ombro, de tal
forma que a posição diminua o efeito do recuo e auxilie a firmar a arma.

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A mão forte segura a arma pelo punho ou delgado da arma, com firmeza, mas sem rigidez
excessiva, e exerce pressão para a retaguarda, a fim de manter a parte posterior da coronha no
“cavado” do ombro. O dedo indicador é colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o
lado da tecla, a armação ou o lado do punho.

A situação do cotovelo do lado da mão forte dá equilíbrio à posição de tiro. Quando


corretamente colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro que se adapta à parte posterior da
coronha. Sua colocação exata varia com as posições de tiro.

7.7.1.3 Visada

Ao apontar a arma, o atirador deve posicioná-la de tal maneira que o projétil, orientado
pelo cano no início da trajetória, atinja o alvo. É necessário que a alça, a massa de mira e o alvo
estejam alinhados (linha de visada) conforme as características do aparelho de pontaria de cada
arma.

A correta focalização do conjunto alça/massa e alvo é importante, pois o olho deve estar
focado sobre o topo da massa de mira que, por sua vez, deve estar centrada e alinhada com a alça
de mira, no momento do disparo. Enquanto comprime a tecla do gatilho, o atirador deve manter a
focalização sobre o conjunto alça/massa (linha de mira), com o alvo ligeiramente embaçado, e
assim permanece até o disparo.

Para o tiro de precisão, recomenda-se que, no fundamento visada, seja empregado o olho
diretor, ou seja, o olho de maior acuidade visual.

Ao realizar a visada, o atirador deve levar a arma (aparelho de pontaria) à altura do olho,
nunca o contrário, o que prejudicaria a postura

7.7.1.4 Respiração

Os movimentos ventilatórios (inspiração e expiração) têm importância relevante na


precisão do tiro devido à expansão e à contração do tórax, que podem transferir oscilação vertical
para a arma.

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Não há uma regra geral a ser seguida pelo atirador; alguns inspiram profundamente ao
levantarem a arma, enquanto outros mantém cheios os pulmões ao iniciar a pontaria e a ação
sobre o gatilho.
7.7.1.5 Acionamento do gatilho

O correto acionamento da tecla do gatilho é realizado pressionando-a diretamente para a


retaguarda, com aumento gradativo da pressão, até que seja liberado o mecanismo de disparo da
arma (desengatilhamento).

O dedo deve ter contato com o gatilho em qualquer ponto entre a ponta da falange distal e
a articulação desta com a falange medial. O guarda-mato ou o lado do punho não devem ser
tocados, para evitar a formação de uma tração lateral que, embora mínima, tende a alterar a
posição dos elementos de pontaria em relação ao ponto visado.

Figura 112

Qualquer desvio na massa de mira irá provocar um erro que, em última análise, será a
variação angular desse desvio na distância considerada. O erro resultante tende a aumentar
proporcionalmente à distância de tiro.

Nas armas curtas, a um desvio de massa de mira de 1 milímetro, corresponderá, num alvo
situado a 25 metros, a uma variação de 17 (dezessete) centímetros, isto significa, que um impacto
será deslocado, no alvo, da zona do 10 (dez) para a zona do 4 (quatro).

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7.8 Fatores que interferem no tiro

7.8.1 Não continuar a visada

Não manter o alinhamento da alça, massa e alvo durante do gatilho acarretará em um tiro
ineficiente. A manutenção da visada acarretará em tiros concentrados no alvo.

7.8.2 Gatilhada

É uma puxada brusca do gatilho e responsável por quase todos os insucessos do atirador.

Como você já sabe, uma puxada brusca no gatilho causa um desvio na linha de mira que,
se for apenas 01 milímetro, corresponderá a uma variação de 17 centímetros num alvo situado a
25 metros de distância.

7.8.3 Antecipação

É um fenômeno muscular e involuntário, que consiste na contração dos músculos do


punho e da mão para receber o recuo da arma; ocorre um pouco antes do disparo e faz com que o
atirador desvie o tiro.

7.8.4 Olhar o alvo

É a perda da linha de mira. Às vezes, o atirador não focaliza a massa de mira e nem o
alvo, mas, como não vê o alvo muito nítido, presume que está focalizando a massa; (na realidade,
o cristalino está acomodado para uma distância intermediária entre o alvo e a massa de mira).

7.8.5 Vacilação

É um erro que pode ser definido como falta de obstinação. O atirador permite que
pequenos erros, que poderiam ser corrigidos, prejudiquem o seu desempenho. Ele espera que saia
um “bom tiro”, porém não se esforça para consegui-lo.

7.8.6 Ansiedade

O atirador, após preparar o disparo, verifica que ele não ocorre no momento esperado. O
tempo passa, as condições ideais se deterioram, e afinal, surge o desejo de que o tiro aconteça de
qualquer maneira.

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EEAR 124

7.8.7 Perda de concentração

O atirador permite que outros pensamentos, que não se relacionam aos fundamentos do
tiro, penetrem na sua mente, e como consequência, não se esforçará para conseguir um disparo.

Além dos fatores acima, temos:


➢ linha de visada;
➢ linha de mira ( é o enquadramento do aparelho de pontaria)
➢ olho diretor;
➢ ponto de foco;
➢ imobilidade;
➢ posição.

7.9 Analises básicas dos erros

ANÁLISE CAUSA POSSÍVEL CORREÇÃO


1- Gatilhada, (observe se existem 1- Orientar o instruendo quanto à técnica de
marcas no chão). acionamento do gatilho.
2- A alça de mira pode estar solta. 2- Regular a alça de mira.
Não há
3- Impactos no alvo ao lado. 3- Identificar o alvo correspondente.
impactos no
4- O atirador está fechando os 4- Informar ao atirador que o medo
alvo
olhos (com medo). Não está impossibilita o mesmo de utilizar as técnicas
utilizando os fundamentos e fundamentos. (o aluno deve aceitar o
corretamente. barulho e o recuo da arma como normais).
1-Atirador nervoso, não 1- Tentar acalmá-lo, conversando sobre os
concentrado nos fundamentos. fundamentos.
Impactos
2-O atirador pode estar fechando 2- Orientar o atirador quanto aos
dispersos
os olhos no momento dos disparos. fundamentos, principalmente a visada e
acionamento do gatilho.
1- Uso incorreto do aparelho de 1- Orientar a utilização correta.
Impactos pontaria; 2- Orientar o posicionamento do dedo de
grupados 2- Posição do dedo no gatilho, maneira correta.
fora do local fora do local adequado; 3- Orientar quanto à empunhadura correta.
desejado 3- Empunhadura incorreta; 4- Orientar quanto à técnica de acionamento
4- Gatilhada. do gatilho.
Tabela 02

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 125

7.10 Quadro de erros mais comuns com armas longas

ANÁLISE CAUSA PROVÁVEL CORREÇÃO


Grande dispersão 1 – Erro na tomada da linha 1 – Orientar com relação ao
vertical de mira correto
2 – Respiração inadequada enquadramento alça/massa de
mira
2 – Orientar com relação ao
fundamento respiração

Grande dispersão 1 – Erro na tomada da linha 1 – Orientar com relação ao


horizontal de mira correto
enquadramento alça/massa de
mira
Pequena dispersão 1 – Erro na tomada da linha 1 – Orientar com relação ao
horizontal ou vertical de visada correto
enquadramento alça/massa/alvo
Tiro baixo à direita 1 – Falta de controle de Orientar com relação aos
gatilho respectivos fundamentos
2 – Cotovelo esquerdo não
estava sob a arma
Grande dispersão horizontal e Nervosismo excessivo Toda instrução do atirador deve
vertical ser revista
Tabela03

Resumindo: o atirador deve concentrar-se nos seguintes aspectos:


➢ manutenção do alinhamento das miras;
➢ imobilidade necessária;
➢ respiração;
➢ puxada do gatilho.

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8 MANUTENÇÃO

Antes de começarmos a fazer qualquer coisa com a arma, devemos verificar se esta se
encontra carregada ou não.

Para proceder à limpeza após o tiro, quando esta não está por demais suja, é suficiente
fazer a desmontagem parcial, retirando-se a culatra móvel e o cano. Lavar as peças com água
quente, ou querosene, com uma escova apropriada; em seguida enxugar com um pano limpo, se
não houver ar comprimido.

8.1 Limpeza normal

Para limpar as armas, quando elas tiverem sido manuseadas, mas, não tenham atirado
(serviços de guarda, patrulha, etc.), ou quando estiverem armazenadas, deve-se proceder da
seguinte maneira:
➢ aplicar um pano levemente umedecido em óleo lubrificante nas partes externas;
➢ remover o óleo com uma flanela seca ou pano de limpeza;
➢ aplicar um pedaço de pano umedecido em óleo na parte interna do cano e, a seguir,
enxugar com um pano seco;
➢ limpar todas as fendas externas com uma escova de cerda de naylon. Não aplicar
escova metálica a fim de não causar danos ao tratamento de superfície da arma.

8.2 Limpeza após o tiro

Dentro de 24 horas se impõe uma limpeza e lubrificação, para evitar que os sais de
polvora sequem na arma, dificultando a sua retirada.
Após o tiro, a arma deve ser desmontada a nível Base e em seguida, proceder-se da
seguinte maneira:
➢ aplicar no cano uma vareta de limpeza com um pano umedecido em um removedor de
sais de pólvora (ex. ALMON 904) ou, na falta deste tipo de produto, água quente com
sabão, repetindo-se a operação diversas vezes;
➢ ainda com o cano molhado, aplicar escova de bronze três ou quatro vezes e, a seguir,
aplica novamente o pano umedecido com a solução;
➢ secar o interior do cano usando um pano limpo e seco;
➢ após limpar e secar toda a arma, lubrifique-a com óleo preservativo grosso, sem
excessos.

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Observação: BT PMB 01 001 Produtos Químicos 04 é o Boletim técnico responsável pela


diretriz referente os produtos Químicos utilizados na FAB, nas manutenção de armas. Este
boletim está disponível na página do PAMB na intraer.

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REFERÊNCIAS

COMANDO DA AERONÁUTICA. MCA 50-1, manual de instrução de tiro com


armamento terrestre no âmbito do comando da aeronáutica.

COMANDO DA AERONÁUTICA. OT FAB 11W3-2-3: características, partes


principais, funcionamento, manutenção, incidente e acidentes de tiro e catalogo de peças. Rio de
Janeiro, 1973.

HECKLER E KOCH GMBH. Manual técnico do Fuzil Hk-33. Oberndorf-Neckar, 1987.

TAURUS S.A. Manual técnico da pistola Taurus 9 mm. São Leopoldo, 1983.

TAURUS S.A. Manual técnico da submetralhadora Taurus MT-12A cal. 9 mm. São
Leopoldo, 1984.

TAURUS S.A. Manual técnico da submetralhadora Taurus MT-12AD cal. 9 mm. São
Leopoldo, 1991.

BT PMB 01 001 Produtos Químicos 04 Rev 02.

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Anexo A - Auto-Avaliação

19 - Faça a desmontagem parcial de todas as armas estudadas. Em seguida monte-as,


cronometrando seu tempo.

20 - Classifique todas as armas estudadas quanto ao:

ano: F- fixo, M- móvel


funcionamento: SA- semi-automático, AU- automático princípio de funcionamento:
CR- curto recuo, TG- tomada de gases, UD- utilização direta dos gases.

ARMA CANO FUNCIONAMENTO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO


PT-92

M-973
MT-12
HK-33

21 - Enumerar a coluna da direita de acordo com a da esquerda colocando número 01 ou 02.

( X ) Possui dupla ação.


( X ) Possui dispositivo de segurança da tecla do gatilho.
01- PT-92 ( X ) Trava somente com o cão armado.
02- M-973 ( X ) Trava com o cão em qualquer posição.
( X ) Capacidade do carregador de 15 cartuchos.
( X ) Capacidade do carregador de 08 cartuchos.

22 - O trancamento e o engatilhamento são efetuados em que fase do funcionamento da Pistola


PT-92?

a ( X ) Recuo
b ( X ) Avanço
c ( X ) Trancamento no avanço e o engatilhamento no recuo.
d ( X ) Trancamento no recuo e o engatilhamento no avanço.

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23 - O dispositivo de segurança do cão da Pistola M-973, quando acionado, trava diretamente o


movimento de que peça(s)?

a ( X ) do mecanismo de disparo
b ( X ) somente do cão
c ( X ) cão e do ferrolho a retaguarda
d ( X ) cão e do ferrolho à frente

24 - Das fases do funcionamento abaixo, qual delas não pertence à submetralhadora MT-12?

a ( X ) Engatilhamento.
b ( X ) Desengatilhamento.
c ( X ) Fechamento.
d ( X ) Trancamento.

25- No fuzil HK-33, selecionado para tiro intermitente, o cão, em seu movimento de avanço, fica
retido primeiro pelo ______________________ e depois pelo _____________________.

26 - No tiro de ação única, com o revólver Taurus .38”, devidamente carregado e com o cão
armado, acionando-se o gatilho e em seguida aliviando a pressão sobre ele, antes de o cão atingir
seu curso de avanço máximo, podemos afirmar que não ocorrerá o disparo porque o
___________________________________

a ( X ) Percussor não atinge a espoleta do cartucho devido à trava automática de segurança


encontrar-se abaixada.

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b ( x ) Ressalto sobre a borda inferior do cão está em contato com o ressalto travador do
cão.
c ( x ) Impulsor do gatilho não age na cremalheira para levantar a trava automática de
segurança.
d ( X ) Impulsor do tambor não vai agir na cremalheira para girar o tambor.

27 - Durante a pontaria, devemos manter o foco no(a ):

a ( X ) alça de mira.
b ( X ) massa de mira.
c ( X ) alvo.
d ( X ) linha de mira.

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EEAR 133

Anexo B - Gabarito

1- C

2- C

3- D

4-C

5-D

6-D

7-B

8-D

9-C

10 - D

11 - B

12 - A

13 - C

14 - B

15 - A

16 - A

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17 - D

18 - A

19 - Seu tempo não pode ser superior a 20 minutos, caso isso ocorra, você deve treinar mais.

20 -
ARMA CANO FUNCIONAMENTO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
PT-92 M SA CR
M-973 M SA CR
MT-12 F AU UD
HK-33 F AU UD

21 - (01)
(02)
(02)
(01)
(01)
(02)

22 - B

23 - D

24 - D

25 - Comutador, armador

26 - B

27 - D

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