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ÍNDICE

1) REGRAS BÁSICAS PARA UMA OPERAÇÃO SEGURA ..................................................................... 3


2) CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ............................................................................................................ 4
3) TRANSPORTE E MONTAGEM ............................................................................................................... 4
4) DESCRIÇÃO DO CANHÃO....................................................................................................................... 4
4.1 A PEÇA.................................................................................................................................................... 6
4.2 O REPARO ............................................................................................................................................... 7
4.3 OS ACESSÓRIOS ...................................................................................................................................... 8
4.3.1 O furador ........................................................................................................................................... 8
4.3.2 O saca-trapos .................................................................................................................................... 9
4.3.3 A lanada húmida/soquete .................................................................................................................. 9
4.3.4 A lanada seca .................................................................................................................................. 10
4.3.5 O bota-fogo...................................................................................................................................... 10
4.3.6 A dedeira ......................................................................................................................................... 11
4.3.7 O balde ............................................................................................................................................ 11
4.3.8 A caixa de munições ........................................................................................................................ 12
5) ZONAS DE RISCO .................................................................................................................................... 13
6) A GUARNIÇÃO DO CANHÃO................................................................................................................ 14
6.1 COMPOSIÇÃO, POSICIONAMENTO E FUNÇÕES ........................................................................................ 14
6.2 FORMAÇÃO ........................................................................................................................................... 14
7) PREPARAÇÃO DAS CARGAS EXPLOSIVAS ..................................................................................... 15
8) PREPARAÇÃO DA PEÇA PARA DISPARO......................................................................................... 15
9) PROCEDIMENTO DE DISPARO ........................................................................................................... 16
9.1 LIMPAR O OUVIDO ................................................................................................................................ 16
9.2 SELAR O OUVIDO .................................................................................................................................. 17
9.3 SACAR TRAPOS ..................................................................................................................................... 17
9.4 LIMPAR A ALMA COM A LANADA HÚMIDA ............................................................................................ 19
9.5 LIMPAR A ALMA COM A LANADA SECA ................................................................................................. 19
9.6 MUNICIAR A PEÇA................................................................................................................................. 20
9.7 FURAR A CARGA ................................................................................................................................... 22
9.8 DISPARAR A PEÇA ................................................................................................................................. 23
10) PROCEDIMENTO DE FALHA DE DISPARO...................................................................................... 24
11) OPERAÇÕES DE LIMPEZA NO FINAL DO EXERCÍCIO DE DISPARO....................................... 26
12) INSPECÇÃO PERIÓDICA....................................................................................................................... 27
NOTA IMPORTANTE

A informação contida neste manual destina-se a ser usada com instrução apropriada,
complementada com outras informações e material, não devendo o manual ser considerado
como a única fonte de informação a ser consultada. O procedimento descrito neste manual
não é o único método para municiar e disparar um canhão. Este manual assume o bom
estado de funcionamento do canhão, cargas bem fabricadas, a disponibilidade e o bom
estado dos acessórios próprios e o cumprimento de procedimentos e regras de segurança.
Assume-se que os utilizadores têm um bom conhecimento prático de artilharia e que
receberam instrução adequada na utilização deste manual.
A actividade de disparo de um canhão é uma actividade perigosa, quer por execução
incorrecta, quer devido a numerosos fenómenos não previstos, podendo resultar em perda
de vidas ou de membros. É pois necessário que todos os intervenientes nesta actividade, se
mantenham atentos ao desenrolar da mesma e actuem de acordo com as regras e
procedimentos aqui descritos.

CLÁUSULA DE DESRESPONSABILIZAÇÃO
O conteúdo deste manual foi elaborado a partir de documentos similares (National Civil War
Artillery Association Drill Manual e Standard Living History Association Civil War Artillery
Association Drill Manual) entre outros e constitui no entender dos autores um conjunto de
boas práticas a serem seguidas por todos quanto se envolvam em exercícios de disparo
com esta réplica. No entanto, em caso algum os autores garantem ou assumem qualquer
responsabilidade legal pela exactidão, pela integridade ou pela utilidade de qualquer
informação, dispositivo, produto ou processo apresentado.

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1) Regras básicas para uma operação segura
a) Antes de participar em qualquer actividade de disparo, LEIA INTEGRALMENTE ESTE
MANUAL. Existe uma razão válida para cada regra e cada procedimento apresentado!
b) Abstenha-se de ingerir bebidas alcoólicas durante um período nunca inferior a 10 horas
antes da realização do evento. Qualquer artilheiro que apresente sintomas associados ao
consumo de álcool ou de outra droga deve ser imediatamente substituído.
c) Utilize sempre protectores auriculares.
d) Antes do evento, assegure-se que a peça é inspeccionada (ver Anexo A – Ficha de
inspecção).
e) Mantenha entre o público e a peça um perímetro de segurança devidamente demarcado
(ver secção 5, “Zonas de risco”); dentro do perímetro de segurança devem permanecer
apenas a guarnição dos artilheiros.
f) Nunca passe nem se coloque em frente à boca da peça durante qualquer das fases do
procedimento de disparo ou de falha de disparo. Uma vez removido o tampão da boca da
peça, deve-se assumir sempre que a peça está pronta a disparar, qualquer que seja a fase
da operação do canhão.
g) Não fume dentro do perímetro de segurança (ver secção 5, “Zonas de risco”). Aqui,
apenas o artilheiro responsável pelo manuseamento do bota-fogo poderá foguear. Este
elemento deverá manter vigilância permanente sobre o bota-fogo, mantendo-o sempre na
sua posse e afastado da caixa das cargas explosivas.
i) Para disparar a peça, proceda de acordo com o procedimento de disparo (ver secção 9
“Procedimento de disparo”); caso haja uma falha de tiro, proceda de acordo com o
procedimento de falha de disparo (ver secção 10 “Procedimento falha de disparo”).
j) Entre um disparo e a colocação da carga explosiva seguinte deve existir sempre um
intervalo mínimo de 3 minutos.
k) Respeite as instruções dadas relativas à quantidade, à qualidade e à forma de
acondicionamento da pólvora utilizada nas cargas explosivas (ver secção 7, “Preparação
das cargas explosivas”). Para se obter um troar realista da peça, basta utilizar a carga
explosiva proposta. ESTA PEÇA DE ARTILHARIA É UMA RÉPLICA E EM NENHUMA
CIRCUNSTÂNCIA DEVERÁ INTRODUZIR-SE BUCHAS OU CHUMAÇOS OU QUALQUER
OUTRO OBJECTO NA SUA ALMA SOB PENA DESTES PODEREM DANIFICAR A PEÇA
E/OU FUNCIONAREM COMO PROJÉCTEIS PONDO EM RISCO PESSOAS E BENS!
l) Treine-se com os restantes artilheiros que compõem a guarnição da sua peça. Em cada
sessão de tiro, a guarnição deve executar o procedimento de disparo duas vezes sem carga
antes de começar as operações de disparo com carga explosiva;
m) Caminhe. Não corra. Trabalhe sem precipitações a um ritmo compassado.
n) Use o senso comum. Esteja sempre atento ao desenrolar das operações. Se alguma
coisa é mal executada PARE, reflicta sobre o problema e AJA EM CONFORMIDADE para o
corrigir. A abordagem tipo paragem/acção dá mais oportunidades de evitar acidentes do que
a precipitação de uma acção fora da sequência.
o) Tenha presente que a segurança de todos, está sempre em primeiro lugar qualquer que
seja o objectivo da actividade em que participa!

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2) Características técnicas
Modelo: Réplica de canhão de carregar pela boca D. José I (1773)
Massa da peça: 62 kg
Massa do reparo: 102 kg
Diâmetro da alma: 45 mm
Comprimento da alma: 865 mm
Carga explosiva: 100 gramas de pólvora negra tipo 4F
Projéctil: não é permitido qualquer tipo de projéctil

3) Transporte e montagem
O canhão pode ser transportado montado ou em duas partes: peça e reparo (ver secção 4,
“Descrição do canhão”). Tratando de uma réplica da peça de artilharia original, não existem
pontos específicos para a elevação do canhão ou das suas partes. Para a sua elevação
recomenda-se a utilização de lingas com o comprimento e resistência adequada (ver secção
2, “Características técnicas”. Estas lingas devem ser utilizadas da seguinte forma:
a) Canhão ou reparo: as lingas devem ser aplicadas no eixo das rodas entre estas e o corpo
do reparo. A aplicação das lingas directamente sobre as rodas é desaconselhado, porque as
rodas não estão preparadas para suportar os esforços dai resultantes, podendo provocar a
sua fragilização/destruição.
b) Peça : a elevação deve ser feita utilizando os munhões da peça. Devido à sua fragilidade,
é desaconselhado a utilização dos “golfinhos” (ref. 4, Fig. 5) para este efeito.
Durante o transporte, o canhão ou os seus componentes devem-se manter devidamente
imobilizados através de amarras.

4) Descrição do canhão
O canhão é do tipo carregar pela boca (Fig. 1) sendo constituído pela peça (1) e pelo reparo
(2).

Fig. 1 - Canhão de carregar pela boca.

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A peça (Fig.2) é provida de dois munhões (1), que permitem uma pequena oscilação entre a
peça e o reparo e a transmissão da força de recuo da peça ao reparo aquando do disparo
do canhão.

Fig. 2 - Munhões da peça


A fixação dos munhões da peça ao reparo (Fig. 3) é feita por duas chumaceiras bipartidas (1
e 2). Estas chumaceiras de abertura expedita permitem a separação da peça e do reparo
para transporte.

Fig. 3- Chumaceira da peça/reparo


Após a montagem da peça sobre o reparo (Fig. 3), o montador deve imobilizar os munhões
da peça, através da colocação das capas das chumaceiras (1) providas para o efeito.
Colocadas as capas das chumaceiras, o montador deve assegurar a colocação das
travessas/pinos de segurança de forma a evitar que a peça se solte acidentalmente do
reparo (Fig. 4).

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Fig. 4 - Colocação das travessas/pinos de segurança (um/a em cada lado)

4.1 A peça
A peça do canhão é fabricada em ferro fundido e reforçada internamente com uma manga
de aço (Fig. 5). Para o manuseamento/transporte da peça esta deve ser apenas fixa/elevada
pela bola da culatra (3), pelos munhões (2) ou pelo próprio tubo (1). Os “golfinhos” (4)
existentes na peça, não devem ser utilizados para a elevação ou manuseamento da peça.

Fig. 5 - Peça do canhão

O cartucho da carga explosiva é introduzido na peça através da boca (Fig. 6), sendo a carga
deflagrada através de um rastilho colocado no ouvido (orifício) da peça (Fig. 7).

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Fig 6 - Boca da peça Fig 7 - Ouvido da peça

4.2 O reparo
O reparo do canhão (Fig. 8) é constituído por um corpo principal (1), prolongado pela
extensão (2) destinada a facilitar o manuseamento e apoiado sobre duas rodas (4). A
extensão (2) é imobilizada relativamente ao corpo (1) através de um pino (3). As duas caixas
(5) laterais à peça, destinam-se a guardar os apetrechos mais pequenos utilizados no
disparo do canhão. Na parte inferior do reparo, um conjunto de alças e um gancho permitem
o armazenamento das lanadas, do saca-trapos, do soquete, do bota fogo e do balde (6).
Em nenhuma circunstância se deverá fazer uso das caixas laterais (5) para transporte de
cargas explosivas e/ou rastilhos.
O reparo dispõe ainda de um mecanismo de regulação (Fig. 9), que na peça original se
destinava a ajustar a elevação do tiro.

Fig. 8 – Reparo do canhão

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Fig. 9 - Reparo (mecanismo de elevação)

4.3 Os acessórios

4.3.1 O furador
O furador tem como função, limpar o ouvido da peça de resíduos e furar o cartucho da carga
depois da sua colocação na alma da peça. É feito em cobre/latão, de forma a evitar dar
origem a faíscas que poderiam deflagrar a carga aquando da sua perfuração. O furador
deve ser munido de um batente que limite o curso do furador, quando este é introduzido no
ouvido da peça. Desta forma, garante-se que a acção de perfuração do cartucho da carga é
executado adequadamente.
Existem dois tipos de furadores associados à operação do canhão: o furador liso (Fig. 10)
utilizado no procedimento de disparo e o furador curvo (Fig. 11) utilizado na procedimento
de falha de disparo.

Fig. 10 - Furador liso Fig. 11 - Furador curvo

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4.3.2 O saca-trapos
O saca-trapos (Fig. 12) é constituído por uma haste em cuja extremidade é montado uma
peça metálica munida de dois ganchos enrolados em hélice (Fig.13). O saca-trapos destina-
se a retirar os restos do cartucho da carga explosiva e a raspar a alma para libertar os
resíduos sólidos acumulados no interior da peça após o disparo.

Fig. 12 – Saca-trapos Fig. 13 - Saca-trapos (extremidade)

4.3.3 A lanada húmida/soquete


A lanada húmida/soquete (Fig. 14) é um acessório com uma função dupla: a lanada húmida
destina-se a arrefecer, a limpar e a apagar eventuais resíduos incandescentes existentes na
alma da peça; o soquete destina-se a empurrar o cartucho da carga explosiva desde a boca
até à culatra da peça. Para que seja possível avaliar se a carga se encontra devidamente
posicionada, a haste do lado oposto ao soquete deve ser referenciada com duas marcas,
sendo uma delas correspondente à peça sem carga e a outra à peça com carga. Com este
processo simples, o municionamento da peça torna-se mais seguro já que reduz a
probabilidade de falha de disparo por erro de posicionamento da carga.
A lanada húmida (Fig. 15) é constituída por um revestimento absorvente (pele de ovelha ou
um feltro sintético com propriedades semelhantes) enrolado numa das extremidades da
haste do acessório e ajustado ao diâmetro da peça de forma a provocar o efeito de
aspiração aquando da sua remoção da alma da peça.
O soquete (Fig. 16) é constituído por um cilindro em madeira encaixado na outra
extremidade da haste do acessório. A extremidade do cilindro encaixada na haste deve ter a
forma cónica de forma a permitir abrir a mão do municiador, em caso de disparo acidental
da peça.

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Fig. 14 - Lanada húmida /soquete Fig. 15 - Lanada húmida Fig. 16 - Soquete

4.3.4 A lanada seca


A lanada seca (Fig. 17) é um acessório cuja função é retirar a humidade da alma da peça
após a utilização da lanada húmida. A constituição da lanada seca é semelhante à lanada
húmida.

Fig. 17 - Lanada seca Fig. 18 - Lanada seca (extremidade)

4.3.5 O bota-fogo
O bota-fogo (Fig. 19) é o acessório destinado a atear o rastilho à distância. É constituído por
uma haste em cuja extremidade existe um encabadouro metálico (Fig. 20) com uma argola
destinado a enrolar um pavio. Este pavio é previamente embebido em parafina de forma a
mantê-lo incandescente durante o decurso das operações de disparo.

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Fig. 19 - Bota-fogo Fig. 20 - Bota-fogo (extremidade)

4.3.6 A dedeira
A dedeira (Fig. 21) é um acessório em couro destinado a proteger o polegar do artilheiro
responsável pela selagem do ouvido da peça durante as operações de limpeza e
municionamento da peça.

Fig. 21 - Dedeira

4.3.7 O balde
Antes das operações de disparo, o balde (Fig. 19) é cheio de água e destina-se a ser
utilizado pelo artilheiro responsável pelo manuseamento da lanada húmida. Caso haja uma
falha de tiro, poderá ser utilizado para ensopar a carga explosiva antes de se proceder à sua
remoção.

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Fig. 19 - Balde

4.3.8 A caixa de munições


A caixa de munições (Fig. 20) destina-se a acondicionar as cargas explosivas após a sua
preparação. Dentro da caixa devem apenas ser colocadas exclusivamente as cargas
explosivas (uma por compartimento). A caixa deve estar sempre fechada e afastada da zona
de tiro, sendo apenas aberta para retirar as cargas explosivas.

Fig. 20 - Caixa de munições

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5) Zonas de risco
A carga explosiva quando deflagra, provoca um cone de fogo de aproximadamente 8 m a
partir da boca da peça (Fig. 21). Um disparo acidental com um objecto tal como o soquete, o
saca-trapos ou um pequeno pedaço de resíduo sólido, atirará fragmentos numa distância
imprevisível.
Durante o disparo, o rastilho queimado é projectado verticalmente num penacho de fogo
(Fig. 21). Por vezes cai fora da zona de risco.

Fig. 21 - “Cone” e “penacho” de fogo no disparo da peça

Por estas razões, é necessário estabelecer um perímetro de segurança (Fig. 22 ) entre os


espectadores e a peça. Em nenhuma circunstância é permitida a presença de pessoas em
frente à boca da peça.
Dentro do recinto de segurança, não é permitido fumar nem foguear.
A caixa de munições deve estar colocada na retaguarda da peça a 7.5 metros.
Dentro do perímetro de segurança só devem estar os elementos da guarnição.

Fig. 22 - Zona de risco/perímetro de segurança


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6) A guarnição do canhão

6.1 Composição, posicionamento e funções


A guarnição (Fig. 23) é constituída por 5 artilheiros aqui designados de Nº 1 a Nº 5 e
dispostos da seguinte forma:

Fig. 23 - Guarnição do canhão

As funções de cada artilheiro, serão descritas pormenorizadamente na secção 9


“Procedimento de disparo” e secção 10 “Procedimento de falha de disparo”.

6.2 Formação
Antes de se envolverem na actividade de disparo do canhão, todos os artilheiros da
guarnição devem tomar conhecimento do conteúdo deste manual e proceder a um treino de
simulação sem carga explosiva com a respectiva guarnição, até que todos se sintam
confiantes e executem as suas funções de forma segura e sem hesitações. Só após este
treino inicial, será recomendável proceder-se aos primeiros tiros e caso seja possível estes
deverão ser acompanhados por um instrutor que já tenha experiência prévia no disparo de
peças semelhantes.

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7) Preparação das cargas explosivas
As cargas explosivas devem ser preparadas previamente num local fresco e seco, longe de
qualquer fonte de calor (ou qualquer aparelho susceptível de gerar a deflagração da pólvora
tais como telemóveis). Recomenda-se que se tomem em consideração os seguintes pontos:
a) A pólvora a utilizar no fabrico das cargas explosivas deve ser pólvora negra do tipo 4F na
quantidade máxima de 100 gramas.
b) Nunca misture pólvoras de diferentes origens ou composição!
c) As cargas explosivas devem ser preparadas previamente utilizando sacas finas de
plástico com as extremidades enroladas. Estas extremidades devem ter um comprimento
enrolado de 50 milímetros sendo cortado o plástico em excesso. A saca é envolvida numa
camada tripla de folha dupla de alumínio (6 camadas no total) devendo assegurar-se que o
alumínio não perfura o saco. A saca de plástico evita a dispersão do pó da pólvora e o
alojamento dos grãos de pólvora entre as camadas de alumínio procurando-se assegurar
desta forma a queima completa de pólvora. As cargas devem ser marcadas com tinta
indelével na extremidade correspondente à ponta enrolada. EM NENHUMA
CIRCUNSTÂNCIA SE DEVERÁ DESPEJAR PÓLVORA DIRECTAMENTE NA ALMA DA
PEÇA!
d) Na preparação da carga explosiva, deve-se utilizar um calibre de forma a que a carga
seja fabricada com um diâmetro que permita a sua introdução na alma da peça sem
qualquer esforço significativo.
d) Após a preparação das cargas, estas devem ser imediatamente acondicionadas na caixa
das munições, mantendo a tampa da mesma fechada. A caixa de munições destina-se
exclusivamente ao transporte das cargas explosivas, recomendando-se que este decorra de
forma cuidada, sem choques.
e) Só devem ser preparadas as cargas estritamente necessárias para o evento. Após o
fabrico das cargas explosivas estas não devem ser desfeitas para reaproveitamento da
pólvora. A pólvora remanescente deverá manter-se acondicionada nos recipientes
fornecidos pelo fabricante já que estes estão preparados para um período de
armazenamento mais ou menos longo.
f) Os rastilhos devem ser preparados com um comprimento de 150 mm e acondicionados
numa caixa de material retardante ao fogo. EM NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA SE DEVERÁ
ARMAZENAR RASTILHOS E CARGAS EXPLOSIVAS NO MESMO RECIPIENTE!

8) Preparação da peça para disparo


Antes de se proceder ao disparo da peça, o artilheiro nº 5 deve garantir que estão reunidas
as condições necessárias para que o tiro se processe com um nível de segurança
adequado:
A peça de artilharia deve ser colocada numa posição de terreno estável e devidamente
imobilizada, de forma a evitar o seu deslizamento acidental (aconselha-se a utilização de
calços)
A peça deve ser inspeccionada à procura de sinais de falha estrutural ou rotura (ver Anexo
A “Ficha de inspecção”). Os acessórios da peça devem também ser inspeccionados,
procedendo-se à sua substituição/correcção em caso de necessidade.
O balde da peça deve ser cheio de água e colocado por baixo da boca da peça e os
restantes acessórios (lanadas, soquete, bota-fogo, etc.) colocados junto à peça.

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É necessário estabelecer um perímetro de segurança entre os espectadores e a peça (veja-
se secção 5, “Zonas de risco”). Em nenhuma circunstância é permitida a presença de
pessoas em frente à boca da peça.
Dentro do perímetro de segurança, não é permitido fumar e só devem estar os presentes os
elementos da guarnição.
A caixa de munições deve estar colocada na retaguarda da peça a 7.5 metros.
O tampão da peça deve ser retirado e guardado na caixa de acessórios.

9) Procedimento de disparo
NOTA IMPORTANTE:
Nunca passe nem se coloque em frente à boca da peça durante qualquer umas das fases
do procedimento de disparo ou de falha de disparo. Uma vez removido o tampão da boca da
peça, deve-se assumir que a peça possa disparar a qualquer momento.
Mesmo que a peça tenha acabado de disparar, é possível que uma parte substancial da
carga permaneça por deflagrar ou por se encontrar molhada ou porque ficou presa numa
bolsa do invólucro. É também possível, que no calor do exercício de combate, se confundam
fases ou não se tenha a percepção que a arma não disparou e se tente utilizar a lanada com
uma carga municiada ou se municie uma segunda carga. POR ESTAS RAZÕES, EM
TODOS OS PASSOS DO EXERCÍCIO DE FOGO DEVE-SE ASSUMIR QUE A PEÇA
POSSA DISPARAR A QUALQUER MOMENTO!

9.1 Limpar o ouvido


Como primeiro passo em cada sequência de disparo, o artilheiro nº 3 limpa o ouvido (Fig.
24). A limpeza é feita com uma escova de bronze de dimensão adequada ou em alternativa
com o furador liso. O ouvido deve ficar completamente livre de resíduos.

Fig. 24 - Limpar o ouvido

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9.2 Selar o ouvido
O ouvido é selado pelo artilheiro nº 3 (Fig. 25), fazendo pressão com o dedo durante as
operações de limpeza da alma e municionamento da carga explosiva. Isto significa que
nenhum ar deve escapar pelo ouvido desde o momento em que o saca trapos é introduzido
na alma da peça até à altura em que o soquete é retirado após a colocação da carga
explosiva. O artilheiro nº 3 utiliza uma dedeira ou luva de couro para proteger o polegar e
assegurar uma selagem eficaz.

Fig. 25 - Selar o ouvido

9.3 Sacar trapos


O artilheiro nº 2 munido de luvas de couro, coloca-se ao lado da peça com o seu corpo
posicionado tanto quanto possível atrás do plano da boca da peça e introduz duas vezes o
saca trapos na alma da peça (Fig. 26). Em cada uma destas operações o artilheiro nº 2 roda
o saca trapos duas voltas completas (Fig. 27) de forma a apanhar quaisquer resíduos do
cartucho da carga e/ou a libertar resíduos da pólvora (Fig. 28). O saca trapos deve ser
manuseado apenas com uma mão colocada na parte inferior da haste do saca trapos e com
o polegar orientado no sentido do disparo.

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Fig. 26 - Sacar trapos: introduzir

Fig. 27 - Sacar trapos: limpar

Fig. 28 - Sacar trapos: extrair

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9.4 Limpar a alma com a lanada húmida
O artilheiro nº 1 munido de luvas de couro, coloca-se ao lado da peça com o seu corpo
posicionado tanto quanto possível atrás do plano da boca da peça e introduz a lanada
húmida no balde (Fig. 29) de modo a humedece-la (mas não ao ponto de a ensopar), enfia-a
na alma da peça (Fig.30) até bater na culatra e roda-a duas voltas completas. A lanada é
retirada até meia distância, é rodada e novamente empurrada contra a culatra onde é
rodada mais duas voltas completas. A lanada deve ser manuseada apenas com uma mão
colocada na parte inferior da haste da lanada e com o polegar orientado no sentido do
disparo.
A lanada é retirada. Caso saia com a lanada quaisquer vestígios do cartucho da carga
explosiva ou de pólvora não queimada, o procedimento deve ser repetido novamente a partir
da secção 9.3 “Sacar trapos”.

Fig. 29 - Limpar a alma: humedecer lanada Fig. 30 - Limpar a alma: introduzir


húmida lanada húmida

9.5 Limpar a alma com a lanada seca


Após o artilheiro nº 1 limpar a alma da peça com a lanada húmida, o artilheiro nº 2 munido
de luvas de couro, coloca-se ao lado da peça com o seu corpo posicionado tanto quanto
possível atrás do plano da boca da peça e repete a mesma operação com a lanada seca
(Fig. 31 e 32). A lanada deve ser manuseada apenas com uma mão colocada na parte
inferior da haste da lanada e com o polegar orientado no sentido do disparo.
A lanada seca deve ser limpa e enxugada periodicamente com um pano seco (a finalidade
da lanada seca é retirar o excesso de humidade da alma da peça: a existência de água
pode levar à combustão incompleta da pólvora da carga seguinte, deixando resíduos
incandescentes perigosos).

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Fig. 31 - Limpar a alma: introduzir lanada Fig. 32 - Limpeza da alma: secar com
seca lanada seca

9.6 Municiar a peça


O soquete deve ser marcado previamente em dois sítios: uma das marcas indica o
comprimento da haste do soquete que deve ficar de fora da alma quando a carga se
encontrar devidamente acondicionada no fundo da alma e a outra indica que a extremidade
do soquete se encontre em contacto com a culatra (sem carga).
A caixa de munições deve estar colocada atrás da peça a uma distância não inferior a 7.5
metros. As cargas de pólvora devem ser previamente preparadas de acordo com as
indicações apresentadas na secção 7 “Preparação das cargas explosivas”. Cada carga deve
ser acondicionada dentro da caixa de forma a evitar que a carga se desfaça durante o
transporte devido ao manuseamento inadequado da caixa de munições.
A caixa de munições é aberta pelo artilheiro nº 5 (Fig. 33) apenas o tempo suficiente para
que este transfira a carga explosiva da caixa para uma bolsa de couro (a caixa não deve ser
aberta após o aviso da eminência de disparo, sendo necessário aguardar 10 segundos após
a arma ter sido disparada, de forma a evitar que quaisquer resíduos quentes expulsos pelo
ouvido caiam no interior da caixa).
O artilheiro nº 5 transporta a carga explosiva dentro da bolsa de couro até à arma. Utilizando
um cronómetro, o artilheiro nº 5 deve assegurar que nenhuma carga é colocada na arma
antes que tenham decorrido três minutos desde o último disparo (mesmo que o processo de
limpeza já tenha sido concluído).

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Fig. 33 - Municiar a peça: abrir caixa de cargas explosivas
O artilheiro nº 2 recebe a carga explosiva da bolsa de couro transportada pelo artilheiro nº 5
(Fig, 34), coloca-se ao lado da peça com o seu corpo posicionado tanto quanto possível
atrás do plano da boca da peça e introduz a carga na boca da alma da peça (Fig. 35),
garantindo que a extremidade enrolada fique virada para o exterior da peça (esta
extremidade está identificada na carga através de uma marca de tinta indelével - ver secção
7, “Preparação das cargas explosivas”).

Fig. 34 - Municiar a peça: entregar carga Fig. 35 - Municiar a peça: introduzir


explosiva carga explosiva

O artilheiro nº 1, coloca-se ao lado da peça com o seu corpo posicionado tanto quanto
possível atrás do plano da boca da peça (Fig. 36). Segurando o soquete com uma mão
apenas colocada na parte inferior da haste do soquete e com o polegar orientado no sentido
do disparo, o artilheiro nº 1 assenta a carga explosiva contra a culatra da peça com

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movimentos suaves e curtos. Em nenhuma circunstância deve a carga explosiva ser
pressionada com força.

Fig. 36 - Municiar a peça: assentar carga explosiva

Imediatamente após sentir que a carga explosiva atingiu a culatra, o artilheiro nº 1 afasta a
mão libertando o soquete. Decorridos 10 segundos e após garantir que a carga se encontra
bem posicionada (a partir da marca existente no soquete) o artilheiro nº 1 retira o soquete
manipulando-o tal como descrito anteriormente (uma mão apenas colocada na parte inferior
com o polegar orientado no sentido do disparo). Isto pode obrigar o artilheiro nº 1 a agarrar e
a libertar a haste do soquete várias vezes. O corpo deve ser colocado apenas o estritamente
necessário à frente do plano da boca de peça e em nenhuma circunstância em posição
frontal à mesma. O soquete deve ser sempre manipulado apenas com uma mão.

9.7 Furar a carga


Para assegurar a ignição da carga explosiva, o artilheiro nº 3 fura o revestimento da carga
explosiva (folha de alumínio e plástico) com o furador liso, introduzindo-o no ouvido da peça
(Fig. 37).

Fig. 37- Furar a carga

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O rastilho é colocado no ouvido pelo artilheiro nº 3 que deve garantir que a extremidade
inferior do mesmo fica em contacto com a carga explosiva (Fig. 38). O artilheiro nº 3, deverá
manter a cabeça afastada do ouvido da peça de forma a evitar quaisquer danos físicos (em
especial dos olhos) resultantes do disparo acidental da peça (ver secção 5. “Zonas de
risco”).

Fig. 38 - Colocar rastilho

9.8 Disparar a peça


O artilheiro nº 4 anuncia em voz alta “Peça pronta a disparar!” de forma a alertar os
restantes elementos da guarnição que a peça está municiada e pronta a disparar. Caso
hajam várias peças no local a voz deve identificar qual a peça a que se refere (por exemplo
“Peça nº 1 pronta a disparar!”)
A este aviso, o artilheiro nº 5 que se encontra junto à caixa de munições, fecha-a
imediatamente (caso a caixa não esteja fechada) e faz uma inspecção visual às imediações
da peça de modo a garantir que ninguém (fotógrafos, crianças, animais, etc.) se encontra
em perigo e ordena “Fogo à peça!”. Caso hajam várias peças no local a ordem deve
identificar qual a peça a que se refere (por exemplo “Fogo à peça nº 1!”)
O artilheiro nº 4 que se encontra colocado ao lado da peça mas fora da zona de recuo utiliza
o bota-fogo para provocar a ignição do rastilho dando origem ao disparo da peça (Fig. 39).
EM NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA DEVERÁ SER UTILIZADO OUTRO PROCESSO PARA
PROVOCAR A IGNIÇÃO DO RASTILHO!

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Fig. 39 - Disparo da peça
Após o tiro, o artilheiro nº 5 inicia o cronómetro para se assegurar que decorrem 3 minutos
antes de proceder à colocação de nova carga explosiva na alma da peça.

10) Procedimento de falha de disparo


NOTA IMPORTANTE:
Nunca passe nem se coloque em frente à boca da peça durante qualquer umas das fases
do procedimento de disparo ou de falha de disparo. Uma vez removido o tampão da boca da
peça, deve-se assumir que a peça possa disparar a qualquer momento.
Mesmo que a peça tenha acabado de disparar, é possível que uma parte substancial da
carga permaneça por deflagrar ou por se encontrar molhada ou porque ficou presa numa
bolsa do invólucro. É também possível, que no calor do exercício de combate, se confundam
fases ou não se tenha a percepção que a arma não disparou e se tente utilizar a lanada com
uma carga municiada ou se municie uma segunda carga. POR ESTAS RAZÕES, EM
TODOS OS PASSOS DO EXERCÍCIO DE FOGO DEVE-SE ASSUMIR QUE A PEÇA
POSSA DISPARAR A QUALQUER MOMENTO!

Se o rastilho arder mas a peça não disparar:


O artilheiro nº 5 avisa: “Não se aproximem, falha de tiro!” e dá início à cronometragem.
Aguarda-se 3 minutos.
Decorridos os 3 minutos, o artilheiro nº 3 coloca-se ao lado da peça de forma a evitar a
descarga da boca da peça caso esta dispare acidentalmente. Em nenhuma circunstância se
deve colocar à frente da boca da peça. Munido de luvas, o artilheiro nº 3 retira o rastilho
ardido e utiliza o furador curvo para limpar o ouvido (Fig. 40), mantendo a cabeça afastada
do ouvido da peça.
Quando o ouvido estiver limpo, o artilheiro nº 3 coloca novo rastilho (Fig. 41), repetindo-se a
etapa do processo de tiro “Disparar a peça” (Secção 9.8);

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Fig. 40 - Furar a carga Fig. 41 - Colocar rastilho
Se após 3 tentativas o disparo não tiver ocorrido, o artilheiro º 3 deve recorrer a um extintor
de CO2 munido de um difusor modificado (Fig. 42) para que não tenha necessidade de se
colocar directamente sobre o ouvido da peça. Uma descarga do extintor no ouvido da peça
arrefecerá o ouvido e a alma da peça assim como propulsionará a carga para fora da alma.
Isto extinguirá todas as fagulhas e literalmente congelará a carga explosiva. Uma vez
extraída a carga, esta é colocada no balde de água.

Fig. 42 - Extintor modificado

Se não existir um extintor, o artilheiro nº 3 inunda com água o ouvido e em seguida a alma
da peça, nunca se colocando à frente da boca da peça. Feita esta operação deve-se
aguardar 30 minutos. Após a execução deste procedimento a arma pode ser limpa e
colocada novamente em serviço.
Uma vez extraída a carga, esta é colocada no balde de água.

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11) Operações de limpeza no final do exercício de disparo
No final do exercício de disparo, o interior da alma da peça deve ser esquadrinhada, e
esfregada duas vezes utilizando o saca-trapos e a lanada húmida de acordo com os
métodos anteriormente descrito nas secções 9.3, “Sacar trapos” e 9.4, “Limpar a alma com a
lanada húmida”. Após estas operações a alma da peça deve ser inundada com água limpa
de modo a remover quaisquer resíduos remanescentes. Extraída a água, a alma da peça
deve ser seca com esfregões limpos (meias velhas). Antes de colocar o tampão na boca da
peça, utilizar uma esponja ou trapo levemente embebida em óleo para untar a alma, a boca
e o ouvido da peça.
As restantes zonas do canhão devem ser limpas com um trapo ligeiramente humedecido.
As zonas das peças metálicas não pintadas, em particular o parafuso de elevação e as
chumaceiras peça/reparo devem limpas e cuidadosamente cobertas com massa lubrificante.
Os acessórios devem ser limpos com um trapo ligeiramente humedecido. Recomenda-se
lavar as lanadas em água corrente antes de as deixar secar por completo.

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12) Inspecção periódica
Anualmente ou antes de um exercício de disparo, o canhão, os respectivos acessórios
devem ser sujeitos a uma inspecção detalhada de acordo com o documento do anexo A
“Ficha de Inspecção” por parte de um técnico competente. Este documento contém também
um conjunto de avaliações complementares a serem desenvolvidas no local do exercício.

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Anexo A

1. Ficha de inspecção

Área Avaliação Sim Não


Canhão A primeira impressão é favorável?

Peça A peça está limpa e isenta de oxidação ou corrosão?


Não existem sinais de danos externos ou deformações
(protuberâncias, fendas, etc.)?
O interior do furo está limpo e relativamente macio?
Não há sinais de danos (acumulações, picaduras
profundas, etc.)?
Não há sinais de dano na culatra da peça?
A camisa está imobilizada?
O ouvido está limpo?
Não há sinais de fendas ou efeitos de flexão em torno
dos munhões?

Reparo As rodas estão apertadas e isentas de caruncho ou


infestação de insectos?
O corpo do reparo está isento de caruncho ou infestação
de insectos?
Não há peças em falta, dobradas ou partidas?
As rodas movem-se livremente?
O mecanismo de elevação trabalha suavemente e de
forma adequada?
A peça roda livremente nos munhões?
As capas das chumaceiras montam ajustadas e estão
devidamente bloqueadas?
As tampas das caixas encaixam ajustadas?
A madeira encontra-se livre de rachadelas e fendas
pronunciadas?
O desgaste do cubo da roda/extremidade do eixo é
aceitável (esquerdo e direito)?
A união porca/freio na extremidade do eixo está em bom
estado (esquerda e direita)?

Acessórios Todos os acessórios necessários estão presentes?


As lanadas estão em boas condições e ajustam-se à
alma da peça?
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A cabeça do soquete está segura e livre de rachadelas?
Os ganchos do saca trapos estão afiados, não dobrados
e ajustam-se à alma da peça?
Os restantes acessórios estão em bom estado (balde,
dedeira, furadores, etc.) ?
Existe equipamento à mão para lidar com a falha de
disparo?

Caixa de A caixa de munições encontra-se em bom estado?


munições
A caixa está limpa e livre de quaisquer resíduos de
pólvora?

Local do O reparo está devidamente imobilizado?


exercício
O perímetro de segurança está demarcado?
As cargas estão preparadas de forma adequada e em
quantidade suficiente para o exercício?
Os rastilhos estão devidamente acondicionados em caixa
de material retardante ao fogo e armazenados em local
próprio?
A caixa de munições está à distância de segurança
adequada da(s) peça(s) e do público?
A guarnição tem o número de elementos necessários
para manter a segurança da caixa de munições?
Os participantes do exercício visualizam o público de
forma adequada?
Existe a possibilidade de deflagração de incêndios
resultantes do exercício?
Existem meios para combate a esse incêndio?
Há fogueiras nas proximidades?
Existe uma caixa de primeiros socorros e meios para
comunicação de uma emergência?
Está definido um procedimento de socorro em caso de
acidente?

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