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ALICE VIEIRA
Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Facul-
dade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração
no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jor-
nalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo,
actualmente editados na Caminho, cerca de três dezenas de títulos. Recebeu em
1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa,
Minha Irmã Rosa, em 1983, com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste
Gulbenkian de Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Recentemente foi indicada
pela Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People) como candidata portuguesa ao Prémio Hans
Christian Andersen.Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da Literatura para crianças e jovens, atribuído a
um autor vivo pelo conjunto da sua obra. Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo
ganho grande projecção nacional e internacional. Várias das suas obras foram editadas no estrangeiro.
Paulina ao Piano *
Se Perguntarem por Mim Digam Que Voei *
Trisavó de Pistola à Cinta e Outras Histórias *
Um Fio de Fumo nos Confins do Mar *
Úrsula a Maior *
Histórias Tradicionais Portuguesas *
Lote Doze, 2º Frente *
Macau da Lenda á História *
Os Olhos de Ana Marta *
Chocolate à Chuva *
Corre, Corre Cabacinha *
Este Rei Que Eu Escolhi *
Flor de Mel *
Graças e Desgraças de El-Rei Tadinho *
A Espada do Rei Afonso *
A Machadinha e a Menina Tonta- Histórias Tradicionais Portuguesas *
Águas de Verão *
Às Dez a Porta Fecha *
O meu Primeiro Dom Quixote *
Duas Histórias de Natal *
O Casamento de minha Mãe *
Viagem à Roda de meu Nome *
Vinte Cinco a Sete Vozes *
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Alexandre Parafita
ALEXANDRE PARAFITA
Alexandre Parafita é natural de Sabrosa. Tem o Doutoramento em Cultura Portuguesa e o
Mestrado em Ciências da Comunicação. A sua formação académica passou pela ex-Escola
do Magistério Primário de Vila Real, pela Escola Superior de Jornalismo do Porto, pela Univer-
sidade de Coimbra, pela Universidade da Beira Interior (UBI) e pela Universidade de Trás-os-
Montes e Alto Douro (UTAD). Com vasta experiência no jornalismo (foi jornalista de carreira
durante quase 20 anos), na docência, na investigação e no ensaísmo, integra os quadros da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde é responsável pelo Sector de Comunicação
Institucional. Nesta Universidade é também vice-presidente do Observatório da Literatura Infanto-Juvenil (OBLIJ). É igualmente
investigador do Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa, nas áreas da mitologia e da literatura oral
tradicional, tendo vindo a realizar estudos e pesquisas que lhe permitiram resgatar mais de um milhar de textos inéditos em risco
de se perderem na memória oral. Actualmente, faz parte da equipa de investigação incumbida de realizar o “Arquivo e Catálogo
do Corpus Lendário Português”, no âmbito da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Como escritor, a sua obra consta do
Plano Nacional de Leitura, integra manuais escolares de vários níveis de ensino e é bibliografia obrigatória em cursos de licencia-
tura e mestrado em escolas superiores e universidades.
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ÁLVARO MAGALHÃES
ÁLVARO MAGALHÃES
Álvaro Magalhães (AM) nasceu no Porto (1951), cidade onde vive actualmente. História
com muitas Letras é o título do seu primeiro livro para crianças, obra publicada em 1982,
que, mais tarde, juntamente com Uma Flauta chamada Ternura (1983), intregra O Circo das
Palavras Voadoras (2001), volume em que a palavra, aprendida na sua essência (tal como,
aliás, a música), inaugura a viagem entre o real e o imaginário.
A escrita de AM constitui um universo literário diversificado e pessoalíssimo, composto por
mais de três dezenas de volumes, repartidos pela poesia (para leitores infanto-juvenis e para
adultos), pelo conto, pelo texto dramático e pelas narrativas juvenis – como as que integram
a conhecida série de mistério e indagação Triângulo Jota , com considerações próximas do
registo existencialista. A vida, a morte ou a vivência do tempo – como encontramos, por exemplo, em muitos dos memoráveis
poemas de O Reino Perdido (1986) – impregnam os seus textos (sendo nestes tratados de modo sugestivo e motivando o leitor
a procurar, também ele, o encontro reflexivo com aquilo que o próprio autor designa como os «claros mistérios da
existência». )
A Rosas do Egipto *
O Assassino Leitor *
A Bela Horrível *
A História de uma Alma *
A Ilha do Chifre de Ouro *
O Olhar do Dragão *
A Rapariga dos Anúncios *
O Rapaz da Bicicleta *
O Rei Lagarto *
O Vampiro do dente de ouro *
Contos da Mata dos Medos *
Corre, Michael ! Corre! *
Histórias Pequenas de Bichos Pequenos *
Os Três Presentes *
Pelos teus Lindos Olhos *
Sete Dias e Sete Noites *
Hipopótimos, uma História de Amor *
O Menino Chamado Menino *
O Reino Perdido *
Ao Serviço de Sua Majestade *
As três Pedras do Diabo *
História Natural do Futebol *
Três Histórias de Amor *
Uma Flauta Chamada Ternura *
O Senhor dos Pássaros *
O Limpa – Palavras e outros Poemas *
A Menina Curiosa *
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António Gedeão
ANTÓNIO GEDEÃO
Poeta, professor e historiador da ciência portuguesa. António Gedeão, pseudónimo
de Rómulo de Carvalho, concluiu, no Porto, o curso de Ciências Físico-Químicas,
exercendo depois a actividade de docente. Teve um papel importante na divulga-
ção de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando
obras no campo da história das ciências e das instituições, como A Actividade
Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX. Publicou
ainda outros estudos, como História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de
Lisboa (1959), O Sentido Científico em Bocage (1965) e Relações entre Portugal
e a Rússia no Século XVIII (1979).
Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo. A esta viriam juntar-se outras obras, como Teatro do
Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Poema para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e ainda Poemas Póstumos (1983)
e Novos Poemas Póstumos (1990). Na sua poesia, reunida também em Poesias Completas (1964), as fontes de inspiração são
heterogéneas e equilibradas de modo original pelo homem que, com um rigor científico, nos comunica o sofrimento alheio, ou a
constatação da solidão humana, muitas vezes com surpreendente ironia. Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados para
músicas de intervenção.
Em 1963 publicou a peça de teatro RTX 78/24 (1963) e dez anos depois a sua primeira obra de ficção, A Poltrona e Outras
Novelas (1973). Na data do seu nonagésimo aniversário, António Gedeão foi alvo de uma homenagem nacional, tendo sido con-
decorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada.
Movimento Perpétuo
Declaração de Amor
Máquina de Fogo
Linhas de Força
A Poltrona e outras Novelas
História Breve da Lua
Poema para Galileu
Poesias Completas
Teatro do Mundo
6 poemas de António Gedeão
Máquina de Fogo
Presença doTtio- Avô
Declaração de amor
Moinhos sem Velas
Paisagem do outro lado
Gota de Água
Poemas Póstumos *
Novos Poemas Póstumos *
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Ana Saldanha
ANA SALDANHA
Ana Saldanha nasceu no Porto, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Modernas.
Doutorou-se na Universidade de Glasgow com uma tese sobre Rudyard Kipling e a
sua obra infantil. Ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada com o seu romance
Círculo Imperfeito e tem-se também dedicado à tradução, mas é sobretudo conhecida
como uma das melhores escritoras portuguesas para jovens. Esta escritora reinventa,
com humor e sensibilidade, temáticas e quotidianos plenos de actualidade, tendo como
cenário o espaço urbano, recria mundos interiores, enigmáticos, e desenha minuciosamente enredos coloridos por personagens
que testemunham determinados traços de certos tipos sociais. Trata-se de uma ficção que se detém na construção de figuras
próximas do real, (muitas vezes, adolescentes em idade escolar), que a autora faz questão de dotar com uma forte componente
humana, demorando-se no desenho da sua intimidade, dos seus conflitos pessoais e das suas angústias. As novelas e/ou romances
juvenis e os contos assinados por Ana Saldanha envolvem o leitor, que, sem dificuldade, uma vez ou outra, acaba por se rever nas
histórias lidas.
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António torrado
ANTÓNIO TORRADO
António Torrado é poeta, dramaturgo, contista, novelista, professor e formador de professores,
contador de histórias, jornalista, editor, director e produtor na televisão... e a lista não
tem fim.
Nasceu em Lisboa em 1939, começou a publicar aos 18 anos e não parou mais. A sua pro-
dução já ultrapassa a centena de títulos em temas que vão da ficção e poesia aos temas
pedagógicos. Pela sua obra ganhou numerosos prémios.
Formou-se em Filosofia na Universidade de Coimbra, foi professor do ensino secundário mas
foi afastado do ensino por motivos políticos.
Desempenhou cargos na direcção da Sociedade Portuguesa de Autores e participou na criação
de uma escola ensino infantil e primário.
É membro da Associação Internacional de Críticos Literários.
Na televisão foi editor, produtor, argumentista e Director do Gabinete de Projectos e Guionismo da RTP.
É, desde 1989, membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.
É Coordenador do Curso Anual de Expressão Poética e Narrativa no Centro de Arte Infantil da Fundação Calouste
Gulbenkian. É o professor responsável pela disciplina de Escrita Dramatúrgica na Escola Superior de Teatro e Cinema.
É dramaturgo residente na Companhia de Teatro Comuna em Lisboa.
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Baptista Bastos
BAPTISTA BASTOS
Armando Baptista Bastos nasceu em Lisboa em Fevereiro de 1934 e tem sido um dos
grandes escritores da cidade que o viu nascer. Jornalista profissional, iniciou a sua acti-
vidade no jornal “ o Século”, tendo passado depois por muitos órgãos de comunicação
social, com especial destaque para o “ diário popular”, onde trabalhou durante vinte e
três anos.
Traduzido em numerosos países, obteve alguns prémios literários portugueses, nomea-
damente o prémio do Pen clube de 1987 (atribuído a “Colina de Cristal”, que também
recebeu o prémio Cidade de Lisboa), o prémio da Crítica (atribuído em 2003 ao romance
no “Interior da tua Ausência”), o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa
de Escritores e o Prémio Clube Literário do Porto, que, pelo conjunto da sua obra, lhe foi
outorgado já em 2006.
No seu livro “Cão Velho entre Flores” Baptista-Bastos declara:“O meu ofício é o de escrever histórias. Quero dizer: sou um vendedor
de esperanças e um mercador de omissões”.
Assume com frontalidade tudo o que afirma, explicando, indo bem fundo às questões, sem achincalhar, mesmo quando aponta,
com uma certa dureza, aquilo que ele considera de erros em alguém.
Usa, portanto, de um discurso frontal, honesto.
no Ensaio:
O Cinema na Polémica do Tempo / 1959
O Filme e o Realismo, 1962
na Ficção:
O Secreto Adeus
O Passo da Serpente
Cão Velho entre Flores
Viagem de um Pai e um Filho pelas Ruas da Amargura
Elegia para um Caixão Vazio
A Colina de Cristal
Um Homem Parado no Inverno
O Cavalo a Tinta -da - China
No Interior da tua Ausência
As Bicicletas em Setembro
no Jornalismo:
As Palavras dos Outros
Cidade Diária
Capitão de Médio Curso
O Homem em Ponto
O nome das ruas ( em colaboração com António Borges Coelho)
José Saramago: aproximação a um retrato
Fado falado
Lisboa contada pelos dedos
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David Mourão Ferreira
DAVID MOURÃO FERREIRA
David Mourão Ferreira nasceu em Lisboa em 1927 e morreu, também em Lisboa, em
1996. Foi poeta, dramaturgo, ficcionista, ensaísta, crítico literário e tradutor. Formado em
Filologia Românica, foi director do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calous-
te Gulbenkian, director da revista Colóquio Letras e professor da Faculdade de Letras de
Lisboa. Colaborou em muitas outras revistas e a partir de 1957 exerceu funções docen-
tes na Faculdade de Letras como assistente, tendo desenvolvido um excepcional trabalho
de organização e regência da recém-criada cadeira de Teoria da Literatura, leccionou
também Literatura Portuguesa e Francesa, tendo-lhe sido concedido, nos últimos anos de
vida, o estatuto de Professor Catedrático Convidado. O seu magistério marcou sucessi-
vas gerações de estudantes, muitos dos quais se contam hoje entre as mais prestigiadas
figuras da Universidade Portuguesa e do ensaísmo literário. O nome de David Mourão
Ferreira ficaria também ligado ao de Amália Rodrigues que interpretou cerca de duas dezenas dos seus poemas.
Poesia:
Rumos
A Secreta Viagem,
Os Quatro Cantos do Tempo
Infinito Pessoal
A Arte de Amar
Lira de Bolso
Cancioneiro de Natal
Matura Idade
Sonetos do Cativo
As Lições do Fogo
Entre a Sombra e o Corpo
Ode à Música
Obra Poética
À Guitarra e à Viola
Antologia Poética
Os Ramos Os Remos
O Corpo Iluminado
As Pedras Contadas
Obra Poética
A Arte de Amar (antologia)
Música de Cama (antologia)
Conto e Novela:
Gaivotas em Terra
Os Amantes
Os Amantes e Outros Contos
As Quatro Estações
Duas Histórias de Lisboa
Maria da Luz e Outras Esfinges
Romance:
Um Amor Feliz
Teatro:
Contrabando
O Irmão
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Eça de Queirós
EÇA DE QUEIRÓS
(1845 - 1900 )
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Fernando Pessoa
FERNANDO PESSOA
Nasceu a 13 de Junho de 1888 e viveu em Lisboa até aos oito anos. Com esta idade,
foi viver para Durban, na África do Sul, onde terminou os seus estudos. No tempo em
que viveu neste país, passou um ano de férias (entre 1901 e 1902), em Portugal, tendo
residido em Lisboa e viajado para Tavira, para contactar com a família paterna, ( o pai
morreu, quando ele tinha cinco anos!...) e para a Ilha Terceira, onde vivia a família ma-
terna. Já nesse tempo redigiu, sozinho, vários jornais, assinados com diferentes nomes.
De regresso definitivo a Lisboa, quando tinha dezassete anos, continuou a escrever
histórias assinadas com diferentes heterónimos. Frequentou, por um período breve
(1906-1907), o Curso Superior de Letras. Após uma tentativa falhada de montar uma
tipografia e editora, «Empresa Íbis — Tipográfica e Editora», dedicou-se, a partir de
1908, e a tempo parcial, à tradução de correspondência estrangeira de várias casas
comerciais, sendo o restante tempo dedicado à escrita e ao estudo de filosofia ,ciências
humanas e políticas, teosofia e literatura moderna.
Em 1920 iniciou uma relação sentimental com Ophélia Queiroz (interrompida nesse mesmo ano e retomada, para rápida e defi-
nitivamente terminar, em 1929) testemunhada pelas Cartas de Amor de Pessoa. Em 1925, ocorreria a morte da mãe. Fernando
Pessoa viria a morrer uma década depois, a 30 de Novembro de 1935 no Hospital de S. Luís dos Franceses.
Levou sempre uma vida relativamente discreta, movimentando-se num círculo restrito de amigos que frequentavam as tertúlias
intelectuais dos cafés da capital, envolveu-se nas discussões literárias e até políticas da época.
Enquanto Fernando Pessoa (ortónimo) segue os modelos da poesia tradicional portuguesa, em textos de grande suavidade rítmica
e musical. Poeta introvertido e meditativo, anti-sentimental, reflecte inquietações e estranhezas que questionam a realidade e a
sua existência no mundo.
Fernando Pessoa foi uma figura cimeira da literatura portuguesa e da poesia europeia do século XX. O apagamento da sua vida
pessoal não impediu o exercício activo da crítica e da polémica em vida, nem a sua grande influência na literatura portuguesa do
século XX.
Existe presentemente, em Lisboa, a Casa Fernando Pessoa, instalada na última morada do autor.
Poesias inéditas *
Mensagem *
O Banqueiro Anarquista *
O Livro do Desassosego
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ILSE LoSA
ILSE LOSA
Ilse Lieblich Losa nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, uma cidade
perto de Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos.
Frequentou o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em
Hanover. Após a morte do pai, partiu para Londres, onde tomou conta de
crianças durante um ano. De regresso à Alemanha e devido à sua ascen-
dência judaica, foi perseguida pela Gestapo e teve de abandonar o seu país.
Chegou a Portugal em 1934, radicando-se no Porto, cidade que se torna o
seu refúgio e que a vê crescer como escritora. Casa com o arquitecto Armé-
nio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.
Ilse Losa nunca se cansou de escrever «a valorização da dimensão humana, dos afectos (às pessoas, aos animais e às coisas),
o elogio da vida, sem esconder a sua face mais austera e dura, mas valorizando os pequenas nadas que a tornam mais suave e
mágica».
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João Aguiar
JOÃO AGUIAR
João Aguiar nasceu em 1943 em Lisboa.
É licenciado em Jornalismo e profissionalmente tem trabalhado na rádio, na televisão e na
imprensa.
Pode considerar-se um escritor tardio já que terá publicado o seu primeiro romance aos qua-
renta anos.Terá sido talvez este tempo de maturação que lhe conferiu uma proximidade com
o leitor muito particular, expressa na forma do seu discurso. Um discurso intimista, de certa
forma associado ao registo diarístico de alguns dos seus romances, onde se reflectem as per-
plexidades do quotidiano, de tempos presentes e passados, e como pano de fundo as grandes
questões da nossa identidade que é tratada ao nível individual e ao nível nacional.
Uma obra feita de muitas histórias cujo final apetece descobrir.
O Acampamento Fantasma *
A Cauda do Diabo *
A Estrela de Doze Pontas *
A Fórmula Secreta *
O Jogo Misterioso *
O Ladrão Invisível *
O Mistério do Faraó *
O Mistério dos Graffiti *
O Navegador Solitário *
A Parede Rachada *
A Poça das Feiticeiras *
A Torre Maldita *
O Xarope do Marquês *
Fogo de Verão *
Luzes no Pinhal *
Os Poderes do Raio *
Um Crime na Ópera *
Um Estranho Antepassado *
Um Estranho Natal *
Um Mistério em Sintra *
Um Sábado Inesquecível *
Um segredo na Cave *
Uma Páscoa de Aventuras *
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José Fanha
JOSÉ FANHA
Nasceu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1951. Licenciado em Arquitectura é hoje pro-
fessor do ensino secundário, na escola EB23 da Venda do Pinheiro. Dedica-se a inúmeras
actividades: poeta, declamador, autor de letras para canções e de histórias para crianças,
autor de textos ( guionista) para televisão, para rádio e para teatro e, também pintor,
nos tempos livres.
Foi animador e fundador na área do teatro, participou em concursos de televisão, cola-
borou em programas de rádio e tem trabalhado em adaptações de textos teatrais ou
televisivos .
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José Jorge Letria
JOSÉ JORGE LETRIA
Jornalista, poeta, dramaturgo, ficcionista e autor de uma vasta obra para crianças e jovens, José
Jorge Letria nasceu em Cascais, em l951, tendo desempenhado, entre l994 e 2002, as funções de
vereador da Cultura no município local. Estudou Direito, História e História de Arte na Universida-
de de Lisboa, tendo realizado , posteriormente a pós-graduação em Jornalismo Internacional, o
Mestrado sobre “Estudos da Paz e da Guerra nas Relações Internacionais”, …
Foi, desde l970 e até Dezembro de 2003, redactor e editor de vários jornais , professor de jor-
nalismo, autor de programas de rádio e de televisão, destacando-se, a esse nível, a sua partici-
pação, durante vários anos, na equipa de criadores da “Rua Sésamo”, em Portugal. Foi também
correspondente de jornais estrangeiros, autor dos textos do programa “Pastéis de Belém”, na TSF,
e autor do ensaio “O Terrorismo e os Media-o Tempo de Antena do Terror”. É, desde Março de 2003, vice-presidente da Direcção
e da Administração da Casa da Imprensa. É, desde meados de 2003, vereador sem pelouros da Câmara de Cascais.
Foi um dos poucos civis que se encontravam ao corrente do levantamento militar de 25 de Abril de l974. Sobre a sua experiência
na madrugada do 25 de Abril publicou, em l999, o livro “Uma Noite Fez-se Abril”.
Tem livros traduzidos em várias línguas e está representado em numerosas antologias em Portugal e no estrangeiro.
A sua obra literária foi distinguida, até à data, com dois Grandes Prémios da APE ( conto e teatro),e com muitos outros nacionais
e estrangeiros
É, desde Setembro de 2003, vice-presidente e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores, com os pelouros das Relações
Internacionais, Recursos Humanos, Acção Cultural e Comunicação e Imagem. Foi e é um homem notável,no âmbito da literatura
infantil e juvenil, escreveu poesia, ficção, teatro, ensaios, biografias e alguns livros de carácter divulgativo ou didáctico.
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José Vaz
JOSÉ VAZ
José Fernando Oliveira Vaz nasceu em Avintes, em 1940. Entrou no mundo laboral
com onze anos apenas, como aprendiz de torneiro; passou por várias profissões,
acabando por ser trabalhador da CUFP/UNICER até atingir a aposentação. Liber-
to das obrigações profissionais, completou os seus estudos com uma licenciatura
em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi dirigente de
associações operárias católicas e de associações sindicais, bem como fundador e
presidente da Associação de Escritores de Gaia. Pertenceu a grupos de teatro amador, tendo escrito e encenado vários textos
dramáticos para crianças. Colaborou em diversos jornais regionais. É fundador e presidente da Assembleia-geral da Ilha Mágica –
Associação Projecto para a Infância e Juventude e fundador e presidente da Audientis – Centro de Documentação e Investigação
em História Local. Há vinte e cinco anos que escreve para crianças e jovens, sendo já numerosos os títulos publicados; em 1987, o
catálogo The White Ravens da International Children’s and Youth Library, de Munique, incluiu o seu livro Para Sonhar com Borbole-
tas Azuis na selecção internacional de Literatura Infantil; em 1989, obteve o 1º Prémio de Literatura Infantil – Cidade de Montijo,
com a obra O Nó da Corda Amarela.
Tirando partido das suas vivências e do olhar atento ao mundo que o rodeia, introduz nos seus livros o mistério que nos prende, o
maravilhoso que alimenta o nosso imaginário, o cómico que diverte, a sensibilidade que cativa, a metáfora que surpreende. Sabe
comunicar com os jovens leitores, jogando com um discurso muito próximo da criança, sem cair no infantilismo ou na cedência a
jogos formais estereotipados.
A Ilha Mágica *
Alzira, a Santa Suplente *
Hoje é Natal *
Jacklavais Ataca ás Sextas-feiras *
Para Sonhar com Borboletas Azuis: Histórias Poéticas para Crianças *
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Luísa Ducla Soares
LUISA DUCLA SOARES
Luísa Ducla Soares (Maria Luísa Bliebernicht Ducla Soares Sottomayor Cardia) nas-
ceu em Lisboa a 20 de Julho de 1939. É licenciada em Filologia Germânica.
Iniciou a sua actividade profissional como tradutora, consultora literária e jornalista,
tendo sido directora da revista de divulgação cultural Vida.
Foi Adjunta do Gabinete do Ministro da Educação, de 1976 a 1978.
Trabalha desde 1979 na Biblioteca Nacional onde é assessora principal e responsá-
vel pela Área de Informação Bibliográfica.
Colaboradora de diversos jornais e revistas, estreou-se com um livro de poemas,
Contrato, em 1970.
Dedicada especialmente à literatura para crianças e jovens, publicou mais de meia
centena de obras neste domínio.
Escreveu 26 guiões televisivos que constituem a série sobre língua portuguesa Alhos e Bugalhos.
Realizou o Site da Internet da Presidência da República para crianças e jovens (http://www.presidenciarepublica.pt/pt/main.
html).
Tem escrito poemas para canções, tendo sido editado em 1999 um CD com letras exclusivamente de sua autoria musicadas por
Susana Ralha. Intitula-se 25 por ser constituído por 25 canções e se integrar na comemoração dos 25 anos da Revolução de 25
de Abril.
Recusou, por motivos políticos, o Grande Prémio de Literatura Infantil que o SNI pretendeu atribuir-lhe pelo livro História da Pa-
poila em 1973. Recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian para o melhor livro do biénio 1984-5 por 6 Histórias de Encantar e foi
galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra em 1996.
O Corvo e a Raposa *
6 Histórias de encantar *
O Disco Voador *
O Dragão *
O Meio Galo *
A Menina Branca, o Rapaz Preto *
O Menino e a Nuvem *
O Rapaz e o Robô *
O Ratinho Marinheiro *
Adaptação Livre de As Viagens de Gulliver *
Crime no Expresso do Tempo *
Destrava Línguas *
Diário de Sofia *
Diários de Sofia e Companhia (aos 15 anos) *
Há sempre uma Estrela de Natal *
Lengalengas *
Poemas da Mentira e da Verdade *
Teodora e o Segredo da Esfinge *
Três Histórias de Futuro *
História das Cinco Vogais *
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Manuel Alegre
MANUEL ALEGRE
QUASE UM AUTO-RETRATO
Por Manuel Alegre
Aos vinte e poucos anos escrevi: “meu poema rimou com a minha vida”. Era ainda muito
cedo, não sei sequer se é verdade, embora muitas coisas me tivessem já acontecido: amores,
partidas, guerra, revoltas, “prisões baixas”. O que mais tarde me levaria a dizer: “biografia a
mais”. Muito antes, lá pelos vinte, tinha lido uma frase de André Gide que me impressionou.
Dizia ele:“ a análise psicológica deixou de me interessar desde o dia em que cheguei à
conclusão de que cada um é o que imagina que é.” Até que ponto sou o que me imaginei
ser? Se soubesse pintar ( mas não sei ) faria o meu auto-retrato a olhar para ontem, ou para dentro, ou para outro lado. Distraído-
concentrado, presente-ausente, um não sei quê.
Acusam-me de altivez e narcisismo. É sobretudo reserva, timidez e uma incapacidade física de praticar uma certa forma portu-
guesa de hipocrisia e compadrio. Ou talvez um tique que herdei de família: levantar a cabeça, olhar a direito.
Tenho desde pequeno a obsessão da morte. Não o medo, mas a consciência aguda e permanente, sentida e vivida com todo o
meu ser, de que tudo é transitório e efémero e não há outra eternidade senão a do momento que passa.Talvez por isso seja um
homem de paixões. Mas não vivi nunca póstumo, nem me construí literariamente. Sei que nenhum verso vence a morte. E não
acredito sequer na literatura.
Na poesia, sim. (...)
Quando faço aquilo de que gosto, faço-o intensamente. A pesca, por exemplo. Ou a viagem. Ou a partilha: um bom jantar em famí-
lia com alguns amigos, uma reunião conspirativa, a camaradagem na nunca perdida ilusão de que a revolução ainda é necessária
e possível. Diria que é outra forma de escrita. Intensa, densa, tensa. Como o amor. E talvez a morte.
Herdei de minha mãe uma certa energia, o gosto da intervenção. De meu pai, o desprendimento, uma irresistível e por vezes
perigosa tendência para o desinteresse. Inclusivamente pelos bens materiais. Não é por acaso que só me prendo realmente ao
que poderia chamar as minhas armas: espingardas propriamente ditas, “gostei muito de caçar”, canas de pesca, carretos, canetas,
livros ( alguns livros ), discos. Os grandes espaços: o deserto, o Atlântico, o Alentejo. E sítios. Certas cidades. Outrora agora: Coimbra,
Paris, Roma, Veneza, Lisboa. Certos lugares: o Largo do Botaréu, em Águeda, o rio, a ria ( de Aveiro ), Barra, Costa Nova. Mais re-
centemente: Foz do Arelho, Barragem de Santa Clara. Certos recantos: a minha casa de Águeda, o solar, já perdido, da minha avó,
em S. Pedro do Sul, as casas da minha tia e meus primos na Anadia, a casa de Sophia, a minha casa em Lisboa. A minha mulher,
os meus filhos, a minha irmã, os meus amigos. Uma grande saudade dos que morreram, principalmente de meu pai, a quem, por
pudor e reserva (somos parecidos), nunca cheguei a dizer em vida o que gostaria de lhe dizer aqui.
O Canto e as Armas *
História Alegre de Portugal *
A Terceira Rosa *
As Naus de Verde Pinho-Viagem de Bartolomeu Dias Contada à minha Filha Joana *
Praça da Canção *
Uma Carga de Cavalaria *
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MAnuel António Pina
MANUEL ANTÓNIO PINA
Nascido no Sabugal, Beira Alta, em 1943, Manuel António Pina licenciou-se
em Direito na Universidade de Coimbra. Entre 1971 e 2001 foi jornalista
do Jornal de Notícias, onde exerceu os cargos de editor e chefe de redacção.
Colaborou com diversos outros meios de comunicação, sendo actualmente
colunista da revista Visão.
Tem uma vasta obra literária que engloba poesia, ensaio, literatura infantil,
ficção e peças de teatro, tendo já sido traduzido para diversas línguas. Co-
nhecido pelo seu tom reflexivo, filosófico e irónico, o autor é considerado uma das mais eminentes figuras da literatura portuguesa
contemporânea. Recebeu vários prémios, tanto nacionais como internacionais, nomeadamente o Prémio da Crítica pela Secção
Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários, em 2002, atribuído à globalidade da sua obra poética.
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MARIA ALBERTA MENÉRES
MARIA ALBERTA MENÉRES
Nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930. É licenciada em Ciências Histórico-
Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido
professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário nas disciplinas de
Língua Portuguesa e História entre 1965 e 1973.
Colaborou com Câmaras Municipais e escolas em todo o país, dirigindo
encontros entre alunos, entre professores e entre professores e alunos simul-
taneamente, subordinados aos temas «O Ensino e a Poesia», «Criatividade
no Ensino» e «Leituras e Escritas».
Pertenceu à Comissão de Classificação de Espectáculos Cinematográficos (Ministério da Comunicação Social), de 1974 a 1976.
Foi Assessora do Senhor Provedor de Justiça como responsável pela linha «Recados das Crianças», de 1993 a 1998.
Tem actividade como autora, tradutora e produtora de inúmeros programas televisivos para crianças e jovens, tendo sido directora
de programas Infantis e Juvenis da Radiotelevisão Portuguesa
Tem sido membro de vários júris, entre os quais: o do «Prémio de Poesia Casais Monteiro», em 1974; o do «Prémio de Literatura
Infantil da Comissão Nacional do Ambiente», em 1979, 1980 e 1981; o dos «Prémios de Literatura Infantil» da Fundação Ca-
louste Gulbenkian, em 1981; o do Encontro Internacional de Cinema para a Infância e Juventude (Cerinter), em Gijon, Espanha,
em 1978.
Está representada em várias antologias literárias, portuguesas e estrangeiras
Foi co-organizadora (com E. M. de Melo e Castro) da Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, nas suas 3 edições; e, depois,
numa 4ª edição intitulada Antologia da Poesia Portuguesa 1940-1977 (Moraes Editores)
É autora da versão para português actual do texto integral da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto (Edições Afrodite), de que
se editaram volumes especiais, com textos inéditos de Roberta Catz, além de outros ensaistas e escritores portugueses, integrados
no Ciclo Comemorativo dos Descobrimentos Portugueses.
É autora das letras, em seis anos consecutivos, das canções da campanha «O Pirilampo Mágico», em cooperação com a Antena 1.
É ainda autora de várias letras de canções para discos de autores musicais portugueses.
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MATILDE ROSA ARAÚJO
MATILDE ROSA ARAÚJO
Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 1921. Licenciou-se em Filologia Românica na
Faculdade de Letras da capital e cedo começou a leccionar, percorrendo várias escolas de
norte a sul do país. Colaborou, com frequência, em jornais e revistas, escrevendo artigos de
temática diversa, da pedagogia à cidadania, marcados por uma linguagem substantivamente
humana. Em 1957 publica o seu primeiro livro para crianças – O Livro da Tila – que nos
oferece um olhar pleno de ternura sobre o mundo infantil; nas obras que se seguem encon-
tramos uma grande comunhão com as crianças pobres e desfavorecidas, a quem dá a mão
na procura de um mundo mais justo. Com uma sensibilidade extrema, ora recorrendo ao
discurso lírico, ora explorando a narrativa, a autora oferece-nos quadros de grande delicade-
za, onde a infância é celebrada como Futuro e se constitui espaço de Verdade. Sem qualquer
tipo de cedência, os seus livros primam pela qualidade literária; os prémios recebidos, com
especial relevo para os da Fundação Calouste Gulbenkian (pelo conjunto da sua obra, em 1980, e pelo livro As Fadas Verdes, em
1996), provam o reconhecimento público de uma escritora que marcou a segunda metade do século XX e que ainda mantém
uma actividade criativa assinalável.
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Miguel Torga
MIGUEL TORGA
(1907- 1995)
Bichos *
Contos da Montanha *
Novos Contos da Montanha *
Diários *
O Senhor Ventura *
O Porto *
Portugal *
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Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andresen
Nascida no Porto em 1919 e desaparecida em 2004, esta autora fez estudos universitários
na área da Filologia Clássica que não chegou a concluir. Iniciou a sua actividade poética nas
páginas dos Cadernos de Poesia e colaborou com outras revistas literárias, como Távola Re-
donda e Árvore. O seu percurso foi marcado por uma intensa actividade cívica e política, que
culminou com a sua acção como deputada da Assembleia Constituinte, após a Revolução de
1974. A sua obra, marcadamente original, não ignora esta dimensão que se encontra retrata-
da em muitos textos de denúncia social e política e de resistência na luta contra o fascismo.
As referências clássicas que caracterizam as suas composições poéticas e as suas narrativas
articulam-se de forma ágil e inovadora com uma dimensão profundamente humanista,sem
esquecer a realidade e o contexto em que vive. Avessa a entrevistas e a mediatismos, Sophia de Mello Breyner ficou conhecida
pela sua verticalidade ideológica e poética.
As obras que dedicou ao público infantil e juvenil influenciaram, de forma visível, a produção literária posterior e marcaram vá-
rias gerações de leitores, tornando-se referência obrigatória nos programas escolares de diferentes níveis de ensino. Combinando
fantasia e intervenção social, maravilhoso e recriação histórica, com um lirismo muito particular que resulta de uma contemplação
atenta e delicada da natureza na qual os sentidos se revelam especialmente apurados, Sophia de Mello Breyner Andresen tornou-
-se uma das autoras de referência do panorama literário português.
Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa a 14 de Abril de Isabel Alçada nasceu em Lisboa a 29 de Maio de 1950, sendo a
1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupa- mais velha de três irmãs. A casa da família era muito frequenta-
vam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós, uma tia viú- da pelas tias e pelas primas mas apesar de pertencer a um gru-
va, notável contadora de histórias. Ali eram recebidas também po maioritariamente feminino, quem representava a autoridade
com frequência os muitos tios e primos, que se instalavam máxima era o pai, homem de pulso firme, alegre, optimista, cria-
para passar temporadas quando vinham do Porto, da Régua, tivo. As histórias e os jogos que inventava, bem como os passeios
de Moncorvo, trazendo consigo outras posturas, outras histó- e visitas a museus que organizava, representavam um desafio e
rias, uma linguagem diferente com outras expressões, outras um estímulo permanente para as filhas e afinal para todos os
sonoridades. A infância e juventude decorreram portanto num que os acompanhavam.
ambiente alegre, caloroso, rico de experiências humanas. A infância e juventude decorreram num ambiente alegre, caloro-
Foi aluna do Colégio Sagrado Coração de Maria, onde concluiu so, feliz, rico de vivências.
o ensino secundário. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Frequentou o Liceu Francês Charles Lepierre, onde concluiu o
Letras da Universidade de Lisboa. O casamento, aos 21 anos, Ensino Secundário. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Le-
obrigou-a a uma opção: ainda estudante, começou a traba- tras de Lisboa. Casou ainda estudante, na véspera de fazer 18
lhar no Cambridge School e depois no Gabinete de Estudos anos. Concluído o curso, ingressou nos quadros do Ministério da
dos Serviços de Apoio à Juventude (FAOJ). Educação, tendo participado activamente na Reforma do Ensino
Iniciou a actividade docente como professora de História de Secundário em 1975/76. No ano seguinte optou por seguir car-
Portugal do 2.º ciclo no ano lectivo de 1969/1970, em Mo- reira como professora de Português e História.
çambique. Fez o mestrado em Ciências da Educação nos Estados Unidos da
O contacto próximo com crianças africanas, indianas, chine- América, Universidade de Boston. Actualmente faz parte do qua-
sas e portuguesas foi tão motivante que, de regresso a Lisboa, dro de professores da Escola Superior de Educação de Lisboa.
decidiu enveredar definitivamente pela carreira docente. Visi- Estreou-se como escritora de livros infanto-juvenis em parceria
tou escolas em vários países da Europa e nos Estados Unidos com Ana Maria Magalhães em 1982.
da América, participou em seminários do Conselho da Europa
em Portugal e no Estrangeiro.
Em 1994 aceitou o convite da Expo’98 para dirigir o Jornal
do Gil. Em 1997 foi destacada para o gabinete do Ministro
da Educação.
A par desta intensa actividade no domínio da educação, es-
treou-se como escritora de livros infanto-juvenis em parceria
com Isabel Alçada em 1982.
Os seus livros, que marcaram uma viragem na história da literatura infantil portuguesa, reflectem a longa e rica experiência educa-
tiva, são eco de uma infância e juventude particularmente felizes e traduzem o seu enorme talento para comunicar com os mais
novos.