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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO ____________________________________________________________ 1
Objetivos do Módulo ______________________________________________________ 2
SEÇÃO 1 – PRINCÍPIOS SUBJACENTES
Objetivos ______________________________________________________________ 3
Introdução ______________________________________________________________ 3
Magnetismo e Pólos Magnéticos ____________________________________________ 4
Produção de Energia Mecânica
Usando Campos Magnéticos ________________________________________________ 7
Eletromagnetismo e Campos
Eletromagnéticos ________________________________________________________ 8
Corrente Alternada Monofásica
e Trifásica ______________________________________________________________ 11
Indução ________________________________________________________________ 12
Revisão 1 ______________________________________________________________ 14
SEÇÃO 2 - COMPONENTES E FUNCIONAMENTO DO MOTOR ELÉTRICO
Objetivos ______________________________________________________________ 17
Introdução ______________________________________________________________ 17
Estator__________________________________________________________________ 19
Rotor __________________________________________________________________ 20
Mancais ________________________________________________________________ 22
Carcaças ________________________________________________________________ 22
Funcionamento do Motor __________________________________________________ 23
Motores de Indução Trifásicos ______________________________________________ 26
Revisão 2 ______________________________________________________________ 27
SEÇÃO 3 – COMENTÁRIOS SOBRE O FUNCIONAMENTO
Objetivos ______________________________________________________________ 31
Introdução ______________________________________________________________ 31
Alarmes ________________________________________________________________ 32
Sensores de Temperatura
da Resistivos (RTDs) ______________________________________________________ 32
Causas Comuns das Condições de Alarme ____________________________________ 34
Parada do Motor__________________________________________________________ 36
Velocidade de Operação____________________________________________________ 37
Potência ________________________________________________________________ 37
Proteção do Motor ________________________________________________________ 37
Revisão 3 ______________________________________________________________ 38
RESUMO __________________________________________________________________40
GLOSSÁRIO ______________________________________________________________43
RESPOSTAS________________________________________________________________46
APÊNDICE A – REVISÃO SOBRE ELETRICIDADE ______________________________47
NOTA IMPORTANTE
A tecnologia é usada pelos operadores de oleodutos para alcançar objetivos
especifícos de seu trabalho. O objetivo central do Programa de Treinamento de
Operadores de Centro de Controle é o de promover um entendimento da tecnologia
usada pelos operadores de oleodutos no seu dia a dia. Este programa de treinamento
cobre os aspectos tecnológicos relacionados diretamente com o trabalho dos
operadores, fornecendo informações de aplicação imediata.
FUNCIONAMENTO DO MOTOR
Componentes dos Sistemas de Dutos
Telephone +1 - 403-420-8489
Fax +1 - 403-420-8411
4. Quando estiver lendo uma seção ou módulo, dê uma folheada ou faça uma
breve olhada no mesmo antes de começar uma leitura detalhada. Leia a
introdução, a conclusão e as perguntas do final de cada seção. Depois, como
tarefa separada, estude todos os títulos, quadros, figuras e legendas. Depois
desta excelente técnica de previsualização, você estará familiarizado com
sua tarefa de leitura. A leitura prévia é então seguida de uma leitura detalha-
da. A leitura detalhada reforça o que já foi estudado e também põe a matéria
em destaque. Enquanto estiver fazendo a leitura detalhada, pare no final de
cada subseção e se pergunte "O que eu acabei de ler?"
5. Outra técnica de estudo útil é escrever suas próprias perguntas baseadas nos
seus apontamentos de estudo e/ou nos títulos e subtítulos do módulo.
6. Quando estiver na sala de aula fazendo apontamentos, por favor siga esta
técnica. Guarde a página da esquerda para suas observações pessoais, idéias
ou áreas que deseja esclarecer. Importante, grave as perguntas que o seu
instrutor fizer - provavelmente você as encontrará na prova final.
7. Faça revisão. Faça revisão. Faça revisão. Aproveitar oportunidades para
rever a matéria aumentará sua capacidade de lembrá-la.
8. Usando fichas de arquivo, você pode identificar rapidamente áreas que você
precisa revisar ou se concentrar antes da prova. Comece intencionalmente
fazendo fichas no final de cada seção de leitura. Quando se deparar com uma
palavra nova, escreva-a de um lado da ficha. No outro lado, escreva sua
definição. Isto se aplica a quase todos os módulos. Por exemplo, símbolos
químicos/o que ele significa; estação terminal/definição; uma sigla/seu
significado. Uma vez que você tenha compilado as fichas e estiver se
preparando para a prova, misture as fichas com a palavra termo voltada para
cima. Passe por cada ficha para ver se você sabe o que está no seu verso. Por
que gastar tempo desnecessário nos significados ou conceitos que você já
sabe? As fichas que você não souber identificam as áreas que você
precisa rever.
INTRODUÇÃO
As bombas são o mecanismo chave de controle no oleoduto. Ligando e
desligando as bombas conforme solicitado, os operadores do centro de controle
podem controlar o movimento dos líquidos ao longo do oleoduto, assegurando-
se de que o líquido será escoado de forma segura e à velocidade adequada.
Os operadores trabalham com as bombas de forma remota, emitindo comandos
de DAR PARTIDA NA UNIDADE ou PARADA a partir do centro de controle.
As bombas e motores de grande porte adotados em oleodutos, são
equipamentos caros e complexos que podem ser danificados se usados
incorretamente. Os operadores precisam ter uma boa compreensão do
funcionamento dos motores e das bombas para poderem efetuar o controle
destes equipamentos com segurança no transporte dos líquidos com segurança
no oleoduto, mantendo os cronogramas e minimizando os custos de
manutenção e substituição de peças.
Existem muitos tipos diferentes de bombas e de motores usados na indústria
petroleira. Alguns usam motores a diesel, enquanto outros usam turbinas para
acionar suas bombas. Na indústria de transporte de petróleo e derivados por
oleodutos são usados motores elétricos para acionar as bombas centrífugas em
quase todas as estações. As bombas com motor a diesel são usadas devido ao
fornecimento limitado de eletricidade disponível.
Figura 1
Unidade de Linha Tronco (Bomba e Motor)
OBJETIVOS DO MÓDULO
Este módulo apresenta informações sobre os seguintes objetivos.
• Descrição dos princípios e componentes fundamentais de um motor elétrico.
• Apresentação detalhada da teoria e a apresentação de um motor de
indução CA.
• Descrição dos motores de indução usados para alimentar as bombas das
linhas tronco.
PRÉ-REQUISITOS
Programa de Treinamento – INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO DOS LÍQUIDOS
SEÇÃO 1
PRINCÍPIOS BÁSICOS
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você será capaz de:
• Reconhecer a definição de magnetismo.
• Reconhecer o termo indução.
• Relacionar os princípios do magnetismo à produção de energia mecânica.
• Diferenciar um campo eletromagnético de um campo magnético natural.
• Diferenciar uma corrente monofásica de uma triférica.
INTRODUÇÃO
Os motores elétricos usam as forças de atração e repulsão que ocorrem entre
dois campos magnéticos para girar o eixo que está conectado à bomba. O eixo
giratório produz a energia mecânica que a bomba depois converte em altura
manométrica (diferencial de pressão). A altura manométrica criada pela bomba
move o líquido ao longo do oleoduto. Para compreender como os motores
funcionam, você deve estar familiarizado com os campos magnéticos e com o
que ocorre quanto eles interagem. A Seção 1 deste módulo explica os princípios
subjacentes ao magnetismo, incluindo:
• pólos magnéticos
• campos magnéticos
• eletromagnetismo, e
• campos eletromagnéticos.
Além disso, esta seção explica a corrente alternada e como ela pode ser
induzida em um condutor expondo-o a um campo magnético.
N S
S N Figura 2
S
N S
S
N
N
N S N S
N Unidades Magnéticas
N
S
N S
N S
S
dispersas randomicamente nos
S
N
N S
N
N
N S
S
N S
S N
N
N S
N S
N S
S
N
N
S
S
N
S
N
N S
N
S
N S N
N S S
N N
N S
N S
S S
PÓLOS MAGNÉTICOS
As extremidades, ou pólos, de uma unidade magnética são denominados pólos
magnéticos. Há duas reações previsíveis entre pólos magnéticos.
As unidades magnéticas não têm que se tocar para que uma força seja exercida
entre elas. Elas só precisam estar suficientemente próximas para que suas forças
magnéticas interajam, conforme mostra a Figura 3.
Figura 3
Atração e Repulsão dos Pólos Magnéticos
A S N N S Os pólos exercem forças de atração e
repulsão entre si, sem efetivamente estar em
contato. As forças de atração e repulsão se
estendem além da superfície de cada
partícula.
Força de Atração Força de Atração
B N S N S
N S S N
ÍMÃS
As forças de atração e repulsão entre as unidades magnéticas são muito
pequenas. Porém, as unidades magnéticas podem ser posicionadas de tal forma
que as forças entre elas podem se transformar em forças muito grandes.
Uma força magnética externa agindo sobre uma barra de ferro, por exemplo,
pode fazer com que todas as unidades magnéticas do ferro se alinhem na
mesma direção. Todos os pólos norte das unidades magnéticas apontando para
uma direção e todos os pólos sul das unidades magnéticas apontando para outra
direção.
Figura 4 N S N S N S N S N S N S
Unidades Magnéticas
Alinhadas de Ponta a Ponta N S N S N S N S N S N S
Quando as unidades magnéticas de uma barra de ferro estão alinhadas com seus
pólos apontando na mesma direção, a barra de ferro toda se comporta como
uma unidade magnética única ou ímã. O ímã possui um pólo sul e um pólo
norte. Os pólos opostos de dois ímãs se atraem e os pólos iguais de dois ímãs se
repelem.
As grandes forças de atração e repulsão entre dois ímãs são usadas pelo motor
elétrico para produzir energia mecânica.
CAMPO MAGNÉTICOS
Lembre-se de que os ímãs e as unidades
magnéticas não têm que estar em contato físico
para se repelir ou se atrair. As forças magnéticas S N
não estão limitadas ao ímã propriamente dito,
estendendo-se além da superfície do ímã. Os
ímãs só precisam estar suficientemente perto
para que as forças magnéticas interajam. O
campo magnético é então definido pelo volume
em torno de um ímã onde se manifesta a força
magnética.
Linha de Força Magnêtico
PRODUÇÃO DE ENERGIA
MECÂNICA USANDO
CAMPOS MAGNÉTICOS
Produzimos energia mecânica aproveitando as N
forças de atração e repulsão que ocorrem ente os
campos magnéticos. Por exemplo, a Figura 6
mostra uma barra magnética (Ímã A) com um
eixo passando pelo seu centro. Movendo o pólo
norte de um segundo ímã (Ímã B) em direção ao S
pólo norte do Ímã A cria-se uma força de
repulsão entre os dois ímãs. O pólo norte do Ímã
A se afasta do pólo norte do Ímã B, fazendo com
que o Ímã A, e o eixo sobre o qual ele está
colocado, girem. O movimento de rotação do
eixo é a energia mecânica produzida pela
interação das forças magnéticas.
Figura 5
Campos Magnéticos de uma Barra e
Ímãs em forma de Ferradura
Os ímãs de diferentes formas produzem
campos magnéticos com formas diferentes.
ELETROMAGNETISMO E CAMPOS
ELETROMAGNÉTICOS
O eletromagnetismo é a criação de um campo magnético
S por uma corrente elétrica passando através de um condutor
Ma
gn
Força de Atração
elétrico. Os campos magnéticos como os que ocorrem
eto
B
N permanente.
Figura 6
Produção de Energia Mecânica com Campos magnéticos
O Ímã A está montado sobre um eixo que gira livremente. Quando o pólo norte
do Ímã B é colocado próximo ao pólo norte do Ímã A, a força magnética de
repulsão entre os dois pólos norte afasta o pólo norte do Ímã A. O Ímã A gira. A
força de atração entre os pólos norte do Ímã B e o pólo sul do Ímã A faz com
que o Ímã A continue a girar, até que o pólo sul do Ímã A esteja mais perto do
pólo norte do Ímã B. A rotação do Ímã A é a energia mecânica produzida pela
interação das forças magnéticas entre os Ímãs A e B.
Figura 7
Campo eletromagnético Produzido pela Corrente
Passando Através de um Fio
A corrente passando através de um condutor, como um fio de cobre, gera um
campo eletromagnético em volta do fio. Não há pólos norte e sul verdadeiros,
pois o campo foi produzido por um ímã circular. Porém, se pudéssemos produzir
um intervalo no campo magnético, apareceriam os pólos norte e sul. Lembre-se
de que o termo fluxo de corrente se refere ao fluxo convencional de
eletricidade de um terminal positivo de uma pilha, através de um circuito
externo, até um terminal negativo. Isto é o oposto do fluxo de elétrons.
A Campo Magnético
Fio
Condutor
B
Direção da
Corrente
Elétrica
Figura 8
Inversão de um Campo magnético Provocada pela
Inversão do Fluxo de Corrente
Quando a corrente passa do ponto A para o ponto B, o campo magnético
`anda` no sentido horário em torno do fio. Porém, visto de B, quando a corrente
passa do ponto B para o ponto A, o campo eletromagnético `anda` no sentido
anti-horário em torno do fio.
S N
A ENROLAMENTOS
O termo enrolamento se refere a uma bobina
de fio através da qual uma corrente elétrica
pode fluir. Lembre-se de que o campo
eletromagnético envolve um fio que tem
corrente elétrica passando por ele. Quando um
fio é enrolado em uma forma por exemplo
circular em voltas apertadas e, um fluxo de
Direção do Campo corrente é estabelecido pelas espiras resultantes
Magnético do fio enrolado, o campo eletromagnético em
volta das espiras se combinam para formar um
campo eletromagnético único que é semelhante
em forma ao campo eletromagnético produzido
por um ímã em forma de barra.
S N
B Quando o fio está enrolado em volta de um
núcleo de ferro, o campo eletromagnético
produzido eqüivale muitas vezes à força de um
enrolamento sem um núcleo. Os enrolamentos
com núcleos de ferro produzem os campos
eletromagnéticos usados nos motores elétricos.
CORRENTE ALTERNADA
MONOFÁSICA E TRIFÁSICA
A corrente alternada é uma corrente elétrica que inverte a sua polaridade
regularmente através de um condutor. Em uma corrente alternada monofásica,
a corrente se desloca em um sentido, pára, e depois se desloca no sentido
oposto. Este comportamento da corrente alternada pode ser graficamente
representada através de uma curva como uma senóide, tendo no eixo do ‘x’ o
tempo e no eixo dos ‘y’ a intensidade da corrente. O ciclo de sentido da
corrente e sua voltagem são medidos em graus de eletricidade. Um ciclo
completo em que a corrente começa a se deslocar em um sentido, atinge um
pico de máximo positivo, e depois perde a velocidade, inverte seu sentido,
atinge o pico de máximo negativo e então novamente perde velocidade até
parar eqüivale a 360 graus elétricos (360∞). A Figura 10 mostra um gráfico do
fluxo de corrente elétrica de uma corrente alternada monofásica.
60° 120° 180° 240° 300° 360° 60° 120° 180° 240° 300° 360°
- Volts +
30° 90° 150° 210° 270° 330° 30° 90° 150° 210° 270° 330°
360° Um Ciclo
Figura 10
Corrente Alternada Monofásica
Este gráfico mostra o sentido e a voltagem de uma corrente alternada
monofásica ao longo do tempo. O eixo do x representa o tempo; o eixo do y
representa a intensidade e o sentido e a voltagem (positivo um sentido,
negativo sentido oposto) da corrente elétrica . A corrente se move em um
sentido, atinge o pico de voltagem, perde velocidade, inverte seu sentido, e
novamente atinge o pico de voltagem. A distância no gráfico entre um pico
em um sentido e um pico no sentido oposto é de 180 graus elétricos.
60° 120° 180° 240° 300° 360° 60° 120° 180° 240° 300° 360°
- Volts +
30° 90° 150° 210° 270° 330° 30° 90° 150° 210° 270° 330°
360˚
360°Um
OneCiclo
Cycle
Figura 11
Corrente Alternada Trifásica Este gráfico mostra a atração e a voltagem de uma
corrente alternada trifásica. O eixo do x representa o tempo e o eixo do y
representa o sentido e a voltagem. Em uma corrente trifásica cada fase está a
120 graus elétricos de distância das outras duas, portanto a corrente atinge os
picos de voltagem em cada direção três vezes a cada ciclo de 360∞.
INDUÇÃO
O termo indução se refere à produção de uma corrente elétrica em um fio
condutor que é deslocado através de um campo magnético. Quando um
condutor - um fio de cobre, por exemplo - é deslocado no campo magnético, o
campo magnético exerce uma força eletromotriz sobre os elétrons do fio. A
força eletromotriz (FEM), medida em volts, sempre age na direção
perpendicular às linhas magnéticas de força do campo magnético e ao
percurso definido pelo fio no seu deslocamento através destas linhas de força.
A FEM empurra os elétrons na direção perpendicular às linhas de força
magnética e ao percurso do fio em movimento, conforme mostra a Figura 12.
Corrente
N
Elétrica Induzida
Figura 12
Corrente Elétrica Induzida
O deslocamento de um fio de cobre através de um campo magnético causa
uma força eletromotriz que empurra os elétrons no fio na direção perpendicular
ao movimento do fio e as linhas de força do campo que fluem entre os pólos
norte e sul magnéticos. A corrente é denominada uma corrente induzida, pois
foi induzida por um campo magnético.
? REVISÃO 1
SEÇÃO 2
COMPONENTES E
FUNCIONAMENTO DO MOTOR
ELÉTRICO
OBJETIVOS
Após concluir esta, você será capaz de:
• Identificar e determinar o objetivo dos seguintes componentes de um motor
elétrico:
- estator
- carcaça do estator
- núcleo do estator
- enrolamentos do estator
- camisa dos mancais
- rotor
- núcleo do rotor
- enrolamentos do rotor
- anéis de fechamento do rotor
- eixo do rotor
- mancais, e
- carcaça.
• Reconhecer o funcionamento de um motor elétrico.
• Reconhecer o funcionamento de um motor da linha tronco com uma corrente
trifásica.
INTRODUÇÃO
A Seção 2 descreve detalhadamente os componentes de um motor elétrico e
como os campos magnéticos convertem a energia elétrica em energia mecânica.
Carcaça
Eixo
Mancal
Base de Ferro Fundido Chapa de Fechamento
Figura 13
Um Motor Elétrico de Indução
Um motor elétrico consiste em um rotor colocado dentro de um estator e
apoiado em mancais.
ESTATOR
Um estator é um grupo de enrolamentos cilíndricos que produz um campo
eletromagnético. O estator consiste em:
• carcaça do estator
• núcleo do estator
• enrolamentos do estator e
• camisa dos mancais.
Seção do Núcleo do Estator
Ranhuras do
Polo Estator
Núcleo do Estator
Base do Estator
Enrolamento
do Estator
Figura 14
Um Estator Típico
O estator é cilíndrico, permitindo que
um rotor seja colocado dentro dele.
CARCAÇA DO ESTATOR
A carcaça do estator é a maior fonte de potência mecânica de todo o motor. Ela
suporta o núcleo do estator, oferecendo apoio para o rotor e o eixo, e é o ponto
de união normal entre o motor e a sua base.
NÚCLEO DO ESTATOR
O núcleo do estator é formado de uma grande quantidade de finas laminações
de aço silício nas quais os enrolamentos do estator estão enrolados. Uma
laminação é uma fina chapa de aço. O núcleo do estator reforça o campo
magnético produzido pelos enrolamentos do estator.
ENROLAMENTOS DO ESTATOR
Os enrolamentos do estator são bobinas de fio isolado através das quais a
corrente pode passar. Os enrolamentos do estator criam os campos
eletromagnéticos giratórios aos quais o rotor responde. As bobinas estão ligadas
e formadas de modo a atender às dimensões específicas do estator e aos
respectivos pólos do estator.
ROTOR
Um rotor é um conjunto de enrolamentos que giram dentro do estator.
Um rotor consiste no seguinte:
• núcleo do rotor
• enrolamentos do rotor
• anéis de fechamento e
• eixo do rotor.
Diversos são os tipos de motores elétricos existentes e o mais utilizado na
indústria de transporte de petróleo e derivados por dutos são os chamados
motores de indução. Estes motores tem geralmente rotores do tipo gaiola de
esquilo dado que o enrolamento do rotor é constituído de barras de cobre ou
alumínio dispostas circularmente e fechadas por anéis do mesmo metal (anéis
de fechamento)onde as barras condutoras se engastam dando rigidez a estrutura,
resultando em uma geometria lembrando uma gaiola de esquilo.
Chapa Laminada
Figura 15
Um Rotor Típico
Esta Figura mostra um rotor típico e seus componentes Eixo
principais estão identificados: núcleo do rotor,
enrolamentos do rotor, anéis coletores, e eixo do rotor.
Ventinador
Eixo do Rotor
Mancal Mancal
NÚCLEO DO ROTOR
O núcleo do rotor reforça o campo eletromagnético gerado pelos enrolamentos
do rotor. O núcleo do rotor consiste em camadas (laminações) de chapas de aço
ajustadas ao eixo do rotor. As laminações possuem fendas de forma a permitir
que os enrolamentos do rotor se encaixem com segurança em volta do núcleo.
ENROLAMENTOS DO ROTOR
Os enrolamentos do rotor são barras sólidas, geralmente de cobre ou alumínio,
sendo curtocircuitadas pelos anéis de fechamento do rotor. Estas barras são
fundidas nas fendas dentro do núcleo do rotor formando assiur uma gaiola,
conforme mostra a Figura 15. Quando a corrente elétrica flui através dos
enrolamentos do rotor, é gerado um campo eletromagnético. O campo
eletromagnético interage com o campo eletromagnético gerado pelos
enrolamentos do estator para produzir energia mecânica.
ANÉIS DE FECHAMENTO
Os anéis de fechamento são anéis lisos, que atuam como terminais elétricos.
Estes estão localizados em cada extremidade dos condutores do rotor e são
feitos do mesmo material dos condutores do rotor aos quais estão conectados.
As barras do rotor estão ligadas aos anéis coletores para formar um circuito
elétrico fechado. A corrente elétrica que passa pelo circuito fechado gera o
campo eletromagnético do rotor.
EIXO DO ROTOR
O eixo do rotor está localizado no centro do rotor e se estende além do núcleo
do rotor para fora da carcaça do estator, onde fica apoiado por mancais nas
camisas dos mancais. O eixo está conectado à bomba, por exemplo, através de
um acoplamento.
MANCAIS
Um mancal é um dispositivo que fica em uma base de montagem fixa que
sustenta o eixo e permite que ele gire. Os mancais evitam que o eixo do motor
faça movimentos axiais (movimentos ao longo do eixo) ou radiais (movimentos
laterais ao eixo). O eixo gira sobre uma posição fixa.
CARCAÇAS
A carcaça é o envoltório que envolve o motor. A carcaça evita a ação do tempo
e a penetração de objetos estranhos, assegurando que nada vai atingir e
danificar as peças girantes do motor. A carcaça também abriga o sistema de
ventilação que resfria o motor durante o funcionamento. Existem três tipos
principais de carcaças:
• Protegido contra o tempo segundo a Norma NEMA II
• Ventilação Forçada a partir da Base, e
• Ventilação Forçada a partir da parte Superior
FUNCIONAMENTO DO MOTOR
Quando uma corrente elétrica passa por um fio no estator, ela produz um
campo eletromagnético. Da mesma forma há uma corrente elétrica passando
pelo rotor, produzindo um campo eletromagnético.
Os campos magnéticos produzidos pelo estator e pelo rotor possuem um pólo
norte e um pólo sul cada um. Os pólos norte de cada campo se repelem, da
mesma forma que os pólos sul de cada campo. Assim, o pólo norte do estator é
atraído pelo pólo sul do rotor e o pólo sul do estator é atraído pelo pólo norte
do rotor. A combinação dessas forças de atração e repulsão faz com que o rotor
gire, de forma que o pólo norte do campo magnético do rotor fique mais perto
do pólo sul do campo magnético do estator, e o pólo sul do campo magnético
do rotor se aproxime do pólo norte do campo magnético do estator. Este
movimento giratório é denominado primeira metade do ciclo da revolução de
um motor elétrico.
Quando o sentido da corrente elétrica que passa pelo estator é invertido, o
campo eletromagnético do estator é invertido, e os pólos norte e sul do campo
trocam de lugar. Assim que isso acontece, a força de atração entre o pólo norte
do rotor e o pólo sul do estator se transforma em uma força de repulsão, porque
o pólo sul do estator se transformou no pólo norte. O rotor gira novamente, de
modo que os pólos norte e sul do rotor e do estator se aproximem dos seus
opostos.
O rotor, então, concluiu uma revolução. A polaridade é invertida novamente no
motor e o rotor dá uma meia volta outra vez. Este processo de revolução do
rotor é a energia mecânica produzida pelo motor. O eixo fica preso a um
dispositivo, como uma bomba, que usa a energia do rotor para girar o rotor da
bomba. O rotor da bomba transfere a energia mecânica para o líquido que está
sendo bombeado na forma de velocidade (energia cinética) e altura
manométrica (energia potencial).
Sentido de Fluxo da Corrente Instantanea Sentido de Fluxo da Corrente Instantanea
Estator de 2 Polos Estator de 2 Polos
N S
Condutores do Rotor Condutores do Rotor
com Extremidades com Extremidades
Fonte S Conectadas Fonte N Conectadas
CA CA
N S
S N
Figura 16
Motor de Indução Monofásico, de Dois Pólos
Como a alimentação de CA faz com que os pólos do estator se alternem entre
as polaridades N e S, o rotor, uma vez acionado, continuará girando a uma
velocidade próxima à velocidade síncrona (3600 rpm a 60 Hz).
N S
Figura 17
Motor de Indução Monofásico, com quatro Pólos
Os pólos indicados no rotor pelo fluxo de eletricidade nos enrolamentos do
estator são atraídos para os pólos opostos do estator, fazendo com que o rotor
continue a girar no sentido horário. O movimento do rotor mantém a rotação
durante a inversão da polaridade.Como este motor tem quatro pólos, cada
inversão da direção da corrente no estator resulta em somente um quarto de
volta do rotor. A velocidade deste motor é a metade daquela do motor com
dois pólos, ou aproximadamente 1750 rpm a 60 Hz.
1 1 MOTORES DE INDUÇÃO
S
TRIFÁSICOS
2
3
Os motores da linha tronco são motores trifásicos.
N
Um motor trifásico é um motor elétrico que usa
S corrente alternada trifásica para girar o campo
3 magnético do estator.
2
N
Eles possuem três conjuntos de enrolamentos
1
eqüidistantes no estator.
A primeira fase da corrente trifásica entra no primeiro
conjunto de enrolamentos para criar um campo
eletromagnético. Isto faz com que o estator gire
2 1 conforme mostrado.
À medida que a voltagem cai na primeira fase,
2 acumula-se na segunda fase. Esta voltagem cria um
3
N
campo eletromagnético no segundo conjunto de
S
enrolamentos. O estator gira outros 60°.
S À medida que a voltagem na segunda fase cai, a
N
3 voltagem se acumula na terceira fase, criando um
2
campo eletromagnético no terceiro conjunto de
enrolamentos. O estator gira outros 60°. À medida que
1
a voltagem cai na terceira fase, a voltagem se acumula
novamente na primeira fase. A corrente alternada
inverte a polaridade do campo eletromagnético fazendo
com que o ciclo de giros continue.
3 1
3
N
S
N
S Figura 18
3
2
Um Estator de Corrente Trifásica
Há três conjuntos de enrolamentos em um estator de
corrente trifásica, eqüidistantes entre si. Os
1
enrolamentos da Figura foram simplificados para dar
uma idéia básica de como o estator funciona.
REVISÃO 2
?
1. O conjunto de enrolamentos estacionários no motor que
produz um campo eletromagnético girante é o ______ .
a) estator
b) rotor
c) camisa dos mancais
d) eixo
10. O componente que garante que nada fique preso nas peças
em movimento do motor é o ______ .
?
a) carcaça do estator
b) anel de fechamento
c) carcaça
d) eixo
SEÇÃO 3
COMENTÁRIOS SOBRE O
FUNCIONAMENTO
OBJETIVOS
Após concluir esta seção, você será capaz de:
• Reconhecer e estar pronto para monitorar a temperatura, as vibrações e a
corrente em um motor elétrico.
• Conhecer a velocidade de operação preferencial para os motores da linha
tronco.
• Identificar a potência nominal mais comum nos motores da linha tronco.
• Reconhecer as causas e os efeitos da sobrecarga do motor e da parada do
motor.
• Realizar as seqüências de partida, parada e partida de emergência na ordem
correta.
INTRODUÇÃO
Esta seção descreve as situações que surgem no uso diário dos motores da linha
tronco, assim como algumas especificações gerais, incluindo:
• alarmes
• causas comuns das condições de alarme
• dar a partida em um motor elétrico
• partidas de emergência
• parada de um motor elétrico
• velocidade de operação, e
• potência.
ALARMES
Existem diferentes sistemas de equipamentos destinados para monitoramento
das seguintes variáveis
• temperatura dos componentes do motor (mancal e enrolamentos)
- sensores de temperatura resistiva (RTDs) estão embutidos no motor
• vibrações do motor
- sensores externos
• Corrente do motor.
Um dispositivo externo, como o Multilin monitora todos os sistemas acima, e
outras variáveis mais.
Quando a temperatura, ou as vibrações ou a corrente excede o limite máximo,
um alarme é disparado e o motor pára automaticamente. Como medida de
segurança, o motor não pode ser imediatamente acionado de novo a partir do
centro de controle. Ao invés disso, um técnico de campo reinicializa o alarme
manualmente depois de ter certeza de que é seguro acionar novamente o motor.
Somente então o operador do centro de controle pode dar a partida novamente
no motor de forma remota.
Placa Eletrônica
Para Sinal
de Saída Poço do Termometro
4-20 mA
Eletroduto
Par Trançado
Blindado
Figura 19
Sensor de Temperatura Resistivo
Os RTDs protegem os motores das altas temperaturas que podem danificar
seriamente os enrolamentos e os mancais.
SENSORES DE VIBRAÇÕES
Os sensores de vibrações em cada caixa do mancal detectam o movimento axial
e radial excessivo no eixo. Se as vibrações excederem o limite máximo
operacional seguro permitido, um alarme é acionado e o motor pára
automaticamente. Um técnico de campo deve reinicializar o alarme
manualmente.
SENSORES DE CORRENTE
Os sensores de corrente reagem ao aumento ou diminuição da corrente
elétrica consumida pelo motor. Se a corrente consumida pelo motor ficar muito
alta (sobrecorrente), ou muito baixa (subcorrente), o motor pára
automaticamente. Um técnico de campo deve reinicializar o alarme
manualmente.
SOBRECARGA
Uma sobrecarga ocorre quando a bomba exige do motor a produção de um
conjugado moderadamente acima da sua capacidade. Um aumento na massa
específica dos líquidos que estão sendo bombeados, por exemplo, pode disparar
uma sobrecarga no motor. Um aumento na demanda do motor é sempre
acompanhado de uma redução na sua velocidade. A sobrecarga faz com que o
motor consuma uma quantidade maior de corrente elétrica, o que leva a
temperatura dos enrolamentos a um nível perigoso. Se for permitido que esta
condição persista, o material de isolamento elétrico do motor se rompe e
desenvolvem-se curtos-circuitos. Se a sobrecarga for suficientemente alta, o
isolamento se queima e os enrolamentos e o núcleo podem sofrer danos graves.
Os RTDs detectam o excesso de aquecimento. Os CLPs verificam os RTDs e,
se solicitado, desligam o motor com base nas leituras do RTD.
TRAVAMENTO DO MOTOR
Quando o eixo de um motor elétrico está completamente impedido de girar,
mesmo que o motor ainda esteja consumindo corrente elétrica e tentando girar
o eixo, o motor está travado. O travamento rapidamente gera uma grande
quantidade de calor no estator, e especialmente no rotor, devido à grande
quantidade de corrente elétrica absorvida quando o motor está travado. Danos
sérios acontecem rapidamente na forma de queima do isolamento elétrico e
derretimento do material dos enrolamentos e do núcleo. O travamento faz com
que os RTDs e os sensores de sobrecorrente desliguem o motor. O tempo
permitido para travamento antes da parada depende de se o motor estava quente
ou frio antes de travar. Os motores geralmente podem permanecer travados
entre 8 e 17 segundos antes de sofrer qualquer dano. Cada fabricante de motor
indica os tempos de travamento permitidos.
PARADA DO MOTOR
Quando é dado um comando de PARADA, o CLP simplesmente interrompe o
fluxo de corrente para o estator e o motor pára de girar. Porém, dependendo da
unidade e do serviço, o estado do outro equipamento muda quando o motor
pára. Por exemplo, a posição da PCV ( pressure control valve ou válvula de
controle de pressão) da estação pode mudar, as válvulas de bloqueio da sucção
ou de descarga da bomba podem se fechar.
Além disso, antes de parar o motor, você sempre deve considerar o efeito da
parada sobre os outros motores. Os motores que ficam funcionando vão
trabalhar mais e vão consumir mais corrente elétrica, para que as bombas a eles
acopladas possam produzir a carga exigida. O aumento em carga e corrente
consumida podem superaquecer os outros motores, fazendo com que eles
automaticamente parem.
Antes de parar um motor, assegure-se de que ele não tenha que ser
imediatamente acionado de novo. A cada vez que é dada a partida no motor, sua
vida útil é reduzida. Evite sempre dar a partida no motor desnecessariamente. É
melhor, se as condições do oleoduto permitirem, deixar o motor funcionando se
ele for usado novamente em breve.
VELOCIDADE DE OPERAÇÃO
A velocidade de operação preferencial para os motores da linha tronco é
próximo a 1800 rpm. A velocidade de operação para cada motor é determinada
no centro de controle.
POTÊNCIA
Os motores da linha tronco produzem entre 298 a 3730 KW (400 a 5000 hp).
Os tamanhos mais comuns de motores são de 1120 ou 1865 KW (1500 ou
2500 hp). A potência consumida por cada motor é indicada no centro de
controle que a monitora em tempo real. Estes motores são geralmente
alimentados em média tensão de 4160 v e a potência total dos mesmos define
a potência da estação na qual estão instalados.
PROTEÇÃO DO MOTOR
Os motores da linha tronco são protegidos de danos por superaquecimento
pelos dispositivos de proteção do motor. O módulo de revisão SISTEMAS DE
POTÊNCIA E PROTEÇÃO fornece informações que propiciam um melhor
entendimento destes dispositivos.
? REVISÃO 3
RESUMO
SEÇÃO 1 - PRINCÎPIOS BÂSICOS
• O magnetismo é a capacidade de atrair ou repelir metais ferrosos.
• Os metais ferrosos possuem unidades magnéticas dispersas randomicamente,
cada um com duas metades diferentes denominadas pólos sul e norte.
Quando as unidades magnéticas estão alinhadas com os pólos norte
apontando no mesmo sentido a peça inteira de metal age como uma única
unidade magnética.
• Os pólos magnéticos opostos se atraem. Os pólos magnéticos iguais se
repelem.
• Um campo magnético define um volume em volta de um ímã em que existe
força magnética.
• A corrente elétrica que passa por um condutor cria um campo
eletromagnético em torno do mesmo.
• Quando o sentido da corrente elétrica em um condutor é invertido, o campo
magnético em torno do condutor também se inverte. O pólo norte do campo
agora se transformou no pólo sul e vice-versa.
• Os enrolamentos são bobinas de fio através das quais a corrente elétrica pode
fluir. O campo eletromagnético em torno de um enrolamento tem a mesma
forma do campo magnético que circunda uma barra de ímã.
• A corrente alternada (CA) é uma corrente que inverte regularmente o sentido
do fluxo que passa por um condutor. A corrente alternada que passa pelo
condutor produz um campo eletromagnético que muda regularmente sua
polaridade.
• O termo indução se refere à produção de uma corrente elétrica passando um
condutor através de um campo magnético.
• A força eletromotriz que induz a corrente elétrica em um condutor que passa
por um campo magnético sempre age perpendicularmente às linhas da força
magnética pela qual passa o condutor, e perpendicularmente ao movimento
do condutor.
GLOSSÁRIO
ampére (amp) unidade de medida usada para determinar a
quantidade de corrente que flui em um circuito.
campo eletromagnético o campo magnético produzido por uma corrente
elétrica que passa através de um condutor de
eletricidade.
campo magnético é o volume em torno de um ímã onde existem
forças magnéticas.
carcaça é o invólucro que envolve o motor.
Controlador Lógico é um computador especial local capaz de implementar
Programável-CLP sequenciamentos, intertravamentos servindo
também de elemento de interface com os sensores
e equipamentos das instalações (bombas, válvulas
motorizadas, etc). Executam como intertravamento
básico a verificação da possibilidade de ligar uma
bomba através de um check da ausência de
alarmes antes de implementar o comando.
Controle Supervisório é um sistema complexo de hardware, software, meios
e Aquisição de Dados de comunicação, dispositivos, e instrumentos que
(SCADA) coleta eanalisa dados operacionais e envia
relatórios novamente ao centro de controle. Além
disso, o sistema SCADA realiza comandos
determinados pelo operador no centro de controle.
eletromagnetismo é a criação de um campo magnético por uma
corrente elétrica que passa através de um condutor
de eletricidade.
corrente alternada é a corrente elétrica que inverte o seu sentido de
fluxo regularmente através de um condutor.
corrente contínua uma corrente elétrica que flui em um único sentido.
corrente elétrica é o fluxo livre em um sentido através de um
condutor de eletricidade.
RESPOSTAS
REVISÃO 1 REVISÃO 2 REVISÃO 3
1. b 1. a 1. d
2. a 2. c 2. a
3. d 3. a 3. b
4. c 4. c 4. a
5. b 5. d 5. d
6. c 6. b 6. c
7. d 7. b 7. b
8. c 8. d 8. a
9. c 9. a
10. a 10. c
11. c
APÊNDICE A
INTRODUÇÃO
Os motores discutidos neste módulo usam eletricidade para produzir energia
mecânica. A maior parte da discussão na Seção 1 focaliza os campos
eletromagnéticos, e como os campos eletromagnéticos são gerados pela
eletricidade. Para compreender como eles são gerados, é necessário
compreender o que é a eletricidade e o que acontece em uma corrente elétrica.
Este Apêndice fornece os conceitos básicos a respeito da eletricidade e da
corrente elétrica, incluindo:
• elétrons
• orbitais
• camada de valência
• elétrons de valência
• íons
• elétrons livres
• corrente
• corrente contínua
• corrente alternada
• ampéres
• forças eletromotrizes
• volts
• resistência
• circuitos abertos e fechados, e
• curto-circuito.
Elétron –
Próton +
–
–
–
+
+ +
+ +
+
– –
–
Figura A-1
Um Átomo
Os elétrons orbitam o núcleo em camadas, ou orbitais. Cada orbital pode conter
apenas uma determinada quantidade de elétrons. O orbital mais próximo do
núcleo, por exemplo, contém no máximo dois elétrons. O segundo orbital pode
conter no máximo oito elétrons. Os orbitais que ficam mais distantes do núcleo
podem conter ainda mais elétrons. O orbital mais distante do núcleo é
denominado orbital de valência. Os elétrons que orbitam a camada de valência
são denominados elétrons de valência.
Cada elétron do átomo dá ao átomo uma carga negativa, cada próton possui
uma carga positiva, enquanto que o nêutron não possui carga. A quantidade e
a disposição das cargas positivas e negativas em cada átomo podem fazer com
que dois ou mais átomos se unam, ou se liguem, para formar moléculas.
Geralmente há a mesma quantidade de elétrons e prótons em cada átomo.
As cargas elétricas negativas dos elétrons e a cargas positivas dos prótons se
cancelam mutuamente. Às vezes, porém, uma força pode fazer com que a
quantidade de elétrons de um átomo se modifique, de modo que as cargas
positivas e negativas do átomo não se anulem mutuamente e ele não seja mais
eletricamente neutro. Um átomo que não está eletricamente neutro é
denominado um íon.
–
–
–
+
+ +
+ +
+
–
–
–
Elétron Livre
Figura A-2
Um Íon
Um elétron deixa o átomo, reduzindo a carga elétrica negativa total do átomo.
O átomo agora possui uma carga positiva líquida e é denominado íon positivo.
CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica é o fluxo de elétrons livres em um sentido através de um
condutor de eletricidade. Os elétrons livres se movem em sentidos aleatórios
pelo condutor. Porém, os elétrons podem ser forçados a se moverem em um
mesmo sentido pelo condutor, de forma bastante semelhante às partículas
líquidas que são forçadas pela bomba a se moverem no mesmo sentido no
oleoduto.
A corrente convencional flui do terminal positivo da bateria para o terminal
negativo por um circuito externo.
O fluxo de corrente elétrica (I) é medido em elétrons por segundo, ou ampéres.
Um ampére de corrente elétrica significa que 6 280 000 000 000 000 000
(6.28 × 1018), ou 1 uma carga elétrica de um coulomb passam por um
determinado ponto em um segundo.
FORÇA ELETROMOTRIZ
A força eletromotriz (FEM) é a força que faz com que os elétrons se movam
por um condutor. A FEM é medida em volts. (V). Independente de quantos
elétrons livres haja no condutor, eles não se moverão até que alguma força os
force a isso. Imagine os elétrons livres como o líquido que está em repouso no
oleoduto. A menos que uma força seja aplicada ao líquido, ele permanecerá em
repouso. A FEM pode ser entendida como a pressão elétrica que provoca o
fluxo de elétrons.
A FEM é usada para produzir um dos campos eletromagnéticos do motor
elétrico, em um processo denominado indução.
CORRENTE CONTÍNUA
A Corrente Contínua (CC) continua a fluir através de um circuito elétrico sem
mudar ou inverter seu sentido.
parar, então muda novamente de sentido e assim por diante. O movimento para
frente e para atrás da corrente alternada acontece rapidamente. A corrente
alternada usada no BRASIL apresenta 60 ciclos por segundo ou 120 inversões
de sentido por segundo. O movimento para frente e para trás da corrente
alternada é medido em ciclos por segundo, ou hertz (Hz). A corrente alternada
usada pelos motores da linha tronco é denominada corrente CA de 60 Hz.
RESISTÊNCIA
A Resistência (R) é a oposição ao fluxo de corrente, e é medida em ohms(Ω).
Substâncias diferentes têm quantidades diferentes de elétrons de valência. As
substâncias com poucos elétrons de valência, como o cobre, possuem muitos
elétrons livres que podem se mover na corrente elétrica. As substâncias que
possuem muitos elétrons de valência como o vidro, possuem poucos elétrons
livres que podem se mover na corrente elétrica. Uma substância que possui
poucos elétrons livres é muito resistente ao fluxo de corrente, e é denominada
isolante elétrico.
Um pesquisador alemão chamado George Ohm descobriu a seguinte relação
entre corrente, FEM, e resistência, conhecida como a Lei de Ohm:
Dado:
I = corrente (em ampéres)
E = FEM (em volts)
R = resistência (em Ohms)
Então,
I=E/R ou R=E/I
A resistência de um circuito elétrico produz calor. Quanto maior a resistência,
mais calor é produzido por uma corrente fixa. Se a resistência for muito alta, o
calor criado pela corrente pode destruir o condutor.
+ –
Figura A-3
Circuitos Abertos e Fechados
A A Figura A mostra um circuito aberto. Em um circuito
aberto o condutor não liga os terminais positivo e negativo
da bateria em um loop contínuo, de modo que a corrente
não pode passar pelo condutor. A Figura B mostra um
circuito fechado. Em um circuito fechado, o condutor
conecta os terminais positivo e negativo da bateria em
um loop contínuo, permitindo que o fluxo de corrente
passe entre os terminais positivo e negativo.
+ –
B CURTO-CIRCUITO
A corrente sempre segue o caminho de menor resistência
através do condutor. Isto significa que se o condutor
formar um circuito fechado antes de chegar a carga que a
corrente deveria alimentar, então a corrente fluirá somente
através do circuito fechado não alcançando a carga. O
circuito fechado neste caso é denominado curto-circuito.
Figura A-4
Um Curto-Circuito
Neste exemplo, a corrente deveria passar pela
lâmpada. Porém, o condutor elétrico forma um
circuito fechado antes de chegar à mesma. + –
A corrente sempre segue o caminho de menor
resistência, de modo que a corrente só passa do
terminal positivo da bateria para o Ponto S,
S
depois para o terminal negativo da bateria.
O circuito fechado pelo qual passa a corrente
neste exemplo é denominado um curto-circuito.