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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO________________________________________________________________________ 1
Objetivo do Módulo__________________________________________________________________ 1
SEÇÃO 5 - VAZAMENTOS
Objetivos __________________________________________________________________________47
Introdução _________________________________________________________________________47
Dimensão dos Vazamentos ____________________________________________________________48
Gradientes Hidráulicos em Resposta a Vazamentos _________________________________________49
Modificação da Pressão e do Fluxo à Montante ____________________________________________50
Modificação da Pressão e do Fluxo à Jusante______________________________________________50
Localização dos Vazamentos ___________________________________________________________50
Efeitos dos Vazamentos Sobre o Desempenho da Bomba ____________________________________51
O Efeito dos Vazamentos Sobre a Velocidade, a Pressão e o Empacotamento da Linha _____________52
O Efeito dos Pontos de Controle e dos Set Points sobre os Vazamentos _________________________53
O Efeito do Rastreamento Periódico do Sistema Sobre a Detecção de Vazamentos ________________54
Revisão 5 __________________________________________________________________________59
RESUMO __________________________________________________________________________72
RESPOSTAS __________________________________________________________________________76
NOTA IMPORTANTE
A tecnologia é usada pelos operadores de oleodutos para alcançar objetivos
especificos de seu trabalho. O objetivo central do Programa de treinamento de
Operadores de Centro de Controle é o de promover um entendimento da
tecnologia usada pelos operadores de oleodutos no seu dia a dia. Este programa
de treinamento cobre os aspectos tecnológicos relacionados diretamente com o
trabalho dos operadores, fornecendo informações de aplicação imediata.
As informações constantes nos módulos de treinamento são basicamente
teóricas. Uma base de informações teóricas é o correto entendimento de alguns
conceitos principais, facilita a compreenção da tecnologia e sua aplicação no
contexto de um sistema de oleodutos. Foi feito o máximo esforço na
apresentação de somente princípios científicos puros. Entretanto em alguns
casos algumas relações empíricas foram necessárias de modo a aproximar
ao máximo os resultados puramente científicos das observações práticas. A
prioridade mais importante no desenvolvimento dos materiais do
programa de treinamento de operadores foi o seu máximo aproveitamento
pelos operadores em suas tarefas diárias.
1. Tente manter cada período de estudo curto, porém concentrado (de dez a
quarenta e cinco minutos). Se você determinar seu tempo de estudo de
forma a estudar ao longo dos cinco dias da semana um período total de duas
horas por dia, divida seus períodos de estudo em blocos com dois a cinco
minutos de intervalo. Lembre-se de que geralmente uma semana de estudo
individual substitui 10 horas de presença na sala de aula. Por exemplo, se
você tiver um bloco de estudo individual de três semanas, ele contará como
30 horas de estudo, para se manter atualizado com a maioria dos programas
de aprendizagem.
4. Quando estiver lendo uma seção ou módulo, dê uma folheada ou faça uma
breve olhada no mesmo antes de começar uma leitura detalhada. Leia a
introdução, a conclusão e as perguntas do final de cada seção. Depois, como
tarefa separada, estude todos os títulos, quadros, figuras e legendas. Depois
desta excelente técnica de previsualização, você estará familiarizado com sua
tarefa de leitura. A leitura prévia é então seguida de uma leitura detalhada.
A leitura detalhada reforça o que já foi estudado e também põe a matéria em
destaque. Enquanto estiver fazendo a leitura detalhada, pare no final de cada
subseção e se pergunte "O que eu acabei de ler?"
5. Outra técnica de estudo útil é escrever suas próprias perguntas baseadas nos
seus apontamentos de estudo e/ou nos títulos e subtítulos do módulo.
6. Quando estiver na sala de aula fazendo apontamentos, por favor siga esta
técnica. Guarde a página da esquerda para suas observações pessoais, idéias
ou áreas que deseja esclarecer. Importante, grave as perguntas que o seu
instrutor fizer - provavelmente você as encontrará na prova final.
8. Usando fichas de arquivo, você pode identificar rapidamente áreas que você
precisa revisar ou se concentrar antes da prova. Comece intencionalmente
fazendo fichas no final de cada seção de leitura. Quando se deparar com
uma palavra nova, escreva-a de um lado da ficha. No outro lado, escreva sua
definição. Isto se aplica a quase todos os módulos. Por exemplo, símbolos
químicos/o que ele significa; estação terminal/definição; uma sigla/seu
significado. Uma vez que você tenha compilado as fichas e estiver se
preparando para a prova, misture as fichas com a palavra termo voltada para
cima. Passe por cada ficha para ver se você sabe o que está no seu verso.
Por que gastar tempo desnecessário nos significados ou conceitos que você
já sabe? As fichas que você não souber identificam as áreas que você
precisa rever.
INTRODUÇÃO
Incidentes são variações na energia total do oleoduto que podem ameaçar ou não a
integridade do sistema do oleoduto. Eles incluem o fechamento de uma válvula, a
separação de coluna/gaseificação, o refluxo, e vazamentos. Erros de instrumento
também são classificados como incidentes, pois eles podem levar o operador a
acreditar na existência de um vazamento, ou de outro incidente crítico.
O operador deve ser capaz de reconhecer e depois analisar uma situação usando a
análise de tendências e as técnicas discutidas neste módulo. Depois, o operador
deve decidir sobre qual a ação apropriada e implementá-la, controlá-la e avaliá-la.
O processo de análise de incidentes é o Modelo de Tomada-de-Decisão, que é
apresentado no módulo SOLUÇÃO AVANÇADA DE PROBLEMAS.
OBJETIVOS DO MÓDULO
O objetivo deste módulo é apresentar um processo para análise e resposta corretas
de incidentes que causam distúrbios ao equilíbrio do oleoduto, tais como:
• fechamento de válvulas
• separação de coluna/gaseificação
• refluxo
• vazamentos
• erros do instrumento
PRÉ-REQUISITOS
Todos os módulos contidos nestas seções:
INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO DOS FLUIDOS,
COMPONENTES DOS SISTEMAS DE DUTOS,
SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA,
SISTEMAS DE CONTROLE DE OLEODUTOS,
ANÁLISE AVANÇADA DO COMPORTAMENTO DOS FLUIDOS,
PROGRAMAÇÃO,
TÉCNICAS DE OPERAÇÃO BÁSICAS.
SEÇÃO 1
ANÁLISE DE EVENTOS
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você deverá saber:
• Definir um evento.
• Explicar a importância de analisar corretamente os eventos do oleoduto.
• Descrever o uso do lado direito do Modelo de Tomada-de-Decisão.
INTRODUÇÃO
Esta seção apresenta uma revisão do Modelo de Tomada-de-Decisão já apresentado
nos módulos VISÃO GLOBAL DO OLEODUTO E RESOLUÇÃO AVANÇADA DE
PROBLEMAS. Ela focaliza, porém, o lado direito do modelo (três etapas e decisões,
as quais estão relacionadas com a detecção de rupturas e parada do oleoduto), liga-
o a uma lista de alarmes de ruptura e apresenta uma forma sistemática de analisar
as condições existentes no oleoduto através da leitura das informações da estação
enviadas pelo sistema SCADA.
EVENTO: DEFINIÇÃO
Um evento é qualquer incidente do oleoduto que afete a energia total do oleoduto e
ameace a integridade do mesmo. Isto inclui:
• fechamento de uma válvulas
• separação de coluna/gaseificação
• refluxo
• vazamentos, e
• erros do instrumentos.
Alarme 3 ou Mais
de Ruptura? SIM SIM
Alarmes?
NÃO
NÃO
Interpretação de uma Situação
• conhece a causa
• problema potencial
• oportunidade potencial
SIM
Decisão da Solução
• definir efeito desejado A Causa do
Requer Problema foi
• gerar ações alternativas NÃ O SIM
Parada? Determinada em
• escolher a melhor alternativa
10 min?
Implementação da Solução
• antecipar os problemas potenciais
NÃ O
• ensaiar os passos SIM
• implementar
Avaliação da Solução de
Acordo com:
• efeito desejado
• estabilidade
Figura 1
O Modelo de Tomada-de-Decisão
RECONHECIMENTO DA SITUAÇÃO
A primeira etapa do Modelo de Tomada-de-Decisão é o reconhecimento das modi-
ficações que excederam o Grau de Tolerância que o operador determinou para o
parâmetro (veja a ANÁLISE DE GRAFICOS DE TENDÊNCIA). A magnitude e o intervalo
de tempo dessas modificações devem ser conhecidas, de modo que a tendência que
tenha sido identificada possa ser analisada usando o Modelo de Tomada-de-
Decisão. O operador pergunta:
• Qual parâmetro ou quais parâmetros sofreram modificações?
• Que conseqüências estas modificações trarão para o oleoduto?
• A modificação aumentará, diminuirá, ou permanecerá consistente?
• A modificação pode ser caracterizada como um incidente?
ALARMES DE VAZAMENTO
Uma vez que a situação tenha sido reconhecida por uma modificação em um
parâmetro observado, o operador deve determinar se a modificação será ou não
considerada um incidente e se ela se apresenta como um alarme de vazamento,
conforme esboçado na Lista de Alarmes de Vazamento a seguir (Figura 2).
Uma ruptura na linha pode não exibir todos os sintomas citados acima. Porém, qualquer
uma das condições acima pode, por si só, indicar uma ruptura na linha. Uma parada da
linha é obrigatória quando o operador percebe que alguma das condições acima está
presente e a causa desta condição não pode ser confirmada positivamente como uma Figura 2
atividade operacional da linha dentro do prazo de 10 minutos. A Lista de Alarmes de
Vazamento
Uma parada imediata do oleoduto é também obrigatória quando o operador percebe que Na presença de 1 ou 2
alarmes de vazamento, o
quaisquer três (3) dos oito (8) indicadores acima estão presente. operador procede à etapa
de resolução do problema, a
À montante e à jusante se referem apenas às estações imediatamente à montante e à qual tem um limite de 10
jusante do local onde está ocorrendo o vazamento. As estações mais distantes do local minutos para que a
do vazamento não apresentam necessariamente estes sintomas. Portanto, a possibilidade resolução aconteça. Na
presença de 3 ou mais
de um vazamento não deve ser eliminada porque as estações mais distantes não estão alarmes de vazamento, o
exibindo nenhum dos sintomas acima. operador pára imediata-
mente o oleoduto.
Nota: Esta lista de alarmes de vazamento é específica para um sistema de oleoduto baseado na
pressão. Cada organização precisará modificar esta lista para melhor adaptá-la às condições
específicas dos seus oleodutos.
Figura 3
Esboço de uma Possível Solução
A perda da linha é a pressão de saída da estação menos a pressão de sucção
na estação imediatamente à jusante. A pressão diferencial da bomba é a
pressão da carcaça menos a pressão de sucção na mesma estação. Os pontos
de pressão são a sucção, a carcaça e a saída na estação. Inválida indica que a
informação vista no sistema SCADA é inválida, os cálculos baseados em dados
inválidos não estarão de acordo com os outros dados. Sem modificações indica
que os dados não mudaram.
Não é possível discutir aqui todas as situações que um operador encontrará, ou para o
operador decorar todos os vários procedimentos para as diferentes situações que possam
surgir. Por isso, apresentamos um processo analítico, o qual o operador poderá aplicar a
todo e qualquer problema. O objetivo, portanto, é aplicar o Processo de Resolução-de-
Problemas à exigência da regra dos 10 minutos. Este é essencialmente o mesmo processo
encontrado no módulo RESOLUÇÃO AVANÇADA DE PROBLEMAS, acrescido do componente do
limite de tempo para alcançar uma conclusão. O operador observará que o processo
analítico tem etapas que são seguidas sempre, de forma consistente. O que varia são as
conclusões às quais o operador vai chegar em cada etapa do processo.
A ETAPA DE RESOLUÇÃO-DE-PROBLEMAS
PARA A ANÁLISE DE EVENTOS
Nas situações em que a causa é desconhecida ou onde o resultado desejado não é claro, é
necessário determinar a causa da situação ou o resultado desejado antes que a ação mais
apropriada possa ser determinada. Isto é resolução de problemas. Para evitar uma parada
do oleoduto, a resolução de problemas deve ser concluída dentro de um período de
10 minutos.
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O processo de Resolução-de-Problemas começa com a definição do problema com base nas
informações da etapa Interpretação da Situação do Modelo de Tomada-de-Decisão. A
definição do problema esclarece a situação que se está tentando resolver ou o resultado final
que se deseja alcançar. Observe que nem todo problema com o qual o operador se depara
tem conseqüências negativas. Por exemplo, em uma avaliação da seleção da bomba, o
problema é maximizar a eficiência da bomba selecionada. O problema é definido pela neces-
sidade de atender aos requisitos de bombeamento, para minimizar o custo da energia,
construir um perfil de pressão preventivo, mantendo as condições de estado estável.
Uma vez que a causa básica tenha sido verificada, a etapa seguinte é voltar para a etapa de
DECISÃO POR UMA SOLUÇÃO para gerar soluções alternativas e selecionar a melhor delas.
DISTINGUINDO EVENTOS
REVISÃO 1 ?
1. Um evento é qualquer incidente do oleoduto que afeta
a______no oleoduto e ameça a integridade do oleoduto.
a) pressão
b) energia total
c) fluxo
d) óleo
SEÇÃO 2
FECHAMENTO DA VÁLVULA
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você deverá saber:
• Descrever os efeitos do fechamento da válvula sobre a velocidade e a pressão
quando não há curso alternativo para o fluxo.
• Descrever os efeitos do fechamento da válvula sobre a velocidade e a pressão
quando há um curso alternativo para o fluxo.
• Descrever os efeitos do fechamento da válvula sobre o desempenho da bomba e o
gradiente hidráulico.
INTRODUÇÃO
A Seção 2 sobre o Fechamento da Válvula descreve os efeitos dos fechamentos da
válvula sobre a velocidade e a pressão (com e sem um curso alternativo para o
fluxo) e sobre o desempenho da bomba e o gradiente hidráulico. Os fechamentos
da válvula sem um curso alternativo para o fluxo são incidentes mais sérios, os
quais podem interromper o escoamento no oleoduto, permitir que as pressões se
elevem rapidamente, e pôr em risco o oleoduto e seus equipamentos. O fechamento
da válvula deve ser reconhecido e tratado rápida e efetivamente. O fechamento da
válvula com um curso alternativo para o fluxo dá ao operador opções além da
parada imediata, porém pode ainda ser classificado como um incidente crítico.
Figura 5a
Tela da Linha
A Figura 5a mostra os efeitos
do fechamento da válvula.
Às 00:09:13 a coluna LNPK
indica que o escoamento foi
completamente bloqueado
em GC. (A Figura 13f
confirma o fechamento
completo da válvula).
Observe que as bombas
foram parando em GC à
medida que os dispositivos
controladores da pressão
detectaram uma condição
de sobrepressão e emitiram
as respostas apropriadas. A
última bomba em GC (GC6)
está começando a parar
nesta tela. Observe o fluxo 0
indicado em GC, o qual é
uma outra confirmação de
que houve um bloqueio
completo no fluxo.
Figura 5b
Tela do Perfil
A Figura 5b mostra a
condição hidráulica do
oleoduto às 00:11:04, dois
minutos depois que a
válvula se fechou. Observe
a rápida redução da vazão
e da carga estática
hidráulica, à jusante de
onde ocorreu o fechamento
da válvula. As pressões à
montante estão subindo, à
medida que cada uma das
estações à montante reage
em termos hidráulicos, ao
fechamento da válvula. Elas
reagem iniciando um
formato de proteção
quanto à pressão que pára
as bombas quando o limite
de pressão pré-definido é
violado. A vazão à
montante está diminuindo à
medida que as bombas são
removidas sistematicamente
do funcionamento.
Figura 5c
Tela da Válvula
mostrando os Efeitos do
Fechamento da Válvula
A Figura 5c mostra que a
válvula (GC_v1) foi comple-
tamente fechada às
00:09:35. Isto confirma o
horário esperado para o
fechamento da válvula da
linha tronco.
A pressão sofrerá redução à montante da válvula, da mesma forma que no caso anterior, e as
bombas terão o mesmo aumento da pressão. Quando o problema é identificado, o operador pode
redefinir a rota de escoamento, contornando a válvula fechada.
A linha de bypass pode ser aberta por uma válvula controladora de pressão que parou na posição
fechada. Isto permite que a bomba seja mantida na linha. Em caso de fechamento da válvula na
estação terminal, a rota do fluxo deve ser redefinida através de linhas diferentes, desviando da
válvula fechada. Isto permite que as operações da linha continuem enquanto a válvula estiver fora
de funcionamento.
Figura 6
Esquema de uma estação mostrando um desvio em uma PCV e um desvio
em uma estação.
Observe o estado da válvula na Unidade Controladora de Pressão (PCV). A tela
indica escoamento ocorrendo através de P2.4, P2.5 e P2.6. Este é um padrão de
escoamento normal quando a PCV está funcionando. Se o bypass da PCV estivesse
funcionando, estas válvulas seriam fechadas e P2.7 estaria aberta. Observe que a
estação não estaria sob o controle do set point se a PCV estivesse funcionando. Na
parte inferior do esquema, entre os dois “scraper traps”, existem duas válvulas. Uma
válvula no desvio da estação e a outra (à jusante)é a válvula de retenção da
estação. A estação teria recursos de desvio automático se a PCV tivesse que se
fechar, na medida em que a válvula bypass da estação está na posição aberta.
Uma válvula controladora de pressão que quebra na posição fechada causa uma
elevação na pressão da estação, à medida que o fluxo é reduzido na estação. Se
existir o bypass da válvula controladora de pressão, o fluxo pode ser desviado, mas
não estará mais sujeito ao controle do set point do operador. Se a estação não tiver
um desvio do fluxo para a válvula controladora de pressão, o fluxo ficará
bloqueado pela válvula controladora fechada e apresentará as mesmas caracterís-
ticas que se houvesse um fechamento na válvula da linha tronco. O fluxo será
bloqueado a menos que a válvula de bypass da estação esteja normalmente na
posição aberta. Se a válvula de bypass da estação estiver normalmente aberta, um
fluxo reduzido pode ser mantido. Isto exigirá que todas as bombas da estação
afetada sejam removidas do serviço e que o oleoduto fique sujeito às mesmas
condições que a estação que sofreu o desvio. (veja EXECUÇÃO DE TAREFAS NÃO-
ROTINEIRAS). Devido ao aumento da perda de carga e à pressão de saída constante,
há uma redução na vazão. A redução na vazão afetará o oleoduto à medida que as
estações forem se ajustando à nova vazão, mais baixa. Talvez não seja possível
restabelecer a vazão original devido às considerações sobre a pressão operacional
máxima aceitável. Se uma nova vazão estável tiver que ser estabelecida para a
linha, o operador precisará determinar a vazão que pode ser mantida e depois
ajustar as pressões para estabelecê-la.
No que tange a estações com válvula de bypass que fica normalmente fechada e o
desvio da válvula controladora da pressão também fechado, será necessária uma
parada imediata da linha. Isto se dá devido ao fluxo do oleoduto não ter um curso
alternativo e estar provocando uma condição semelhante ao fechamento da válvula
da linha tronco.
EXEMPLO 1
FECHAMENTO DA VÁLVULA DA LINHA TRONCO
Figura 8a
Tela da linha de um oleoduto em estado
estável tirada às 00:01:59. O oleoduto tem
uma vazão de 5200 m3/h, capacidade com
o enchimento de linha atual.
Figura 8b
Perfil hidráulico do mesmo oleoduto
às 00:01:06.
Figura 8C
Tela de válvula às 00:06:46 mostrando a
localização das válvulas da linha tronco no
oleoduto. A válvula GC_v1 está se fechando.
Figura 8d
Tela da linha às 00:09:13 mostrando
os efeitos do fechamento da válvula.
A coluna LNPK indica que o fluxo foi
completamente bloqueado na
Estação GC (-504). Observe as 4
bombas na Estação GC, as quais
estão parando (STPNG). Quando os
dispositivos controladores da pressão
detectaram a condição de sobre-
pressão, eles automaticamente
pararam as bombas. O fluxo 0
indicado na Estação GC é mais uma
confirmação do bloqueio completo
do fluxo.
Figura 8e
Tela da válvula às 00:09:35,
confirmando o fechamento
completo da válvula na Estação GC.
Figura 8f
Perfil hidráulico às 00:11:04, dois
minutos depois que a válvula se
fechou. Observe a rápida redução
na vazão e na altura manométrica
hidráulica à jusante do fechamento
da válvula. As pressões à montante
estão subindo à medida que cada
uma das estações à montante leu
hidraulicamente o fechamento da
válvula. Os dispositivos controladores
da pressão param as bombas
quando o limite de pressão pré-
determinado é violado. A vazão à
montante está diminuindo à medida
que as bombas são sistematica-
mente removidas do serviço.
REVISÃO 2 ?
1. Quando uma válvula da linha tronco se fecha, a pressão à
montante ______ e a pressão à jusante ______.
a) diminuirá, diminuirá
b diminuirá, aumentará
c) aumentará, diminuirá
d) não sofrerá nenhum efeito, diminuirá
SEÇÃO 3
SEPARAÇÃO DE
COLUNA/GASEIFICAÇÃO
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você deverá saber:
• Explicar a teoria hidráulica associada à separação de coluna.
• Identificara as condições que levam à separação de coluna.
• Identificar os pontos em um determinado oleoduto onde podem ocorrer separações.
• Explicar as condições sob as quais a separação de coluna tem maior probabilidade de
ocorrer.
• Descrever os efeitos da separação de coluna sobre o desempenho da bomba e sobre o
gradiente hidráulico.
• Descrever os efeitos da separação de coluna sobre a velocidade, a pressão e a massa
específica.
• Explicar de que forma as diferenças na elevação afetam a estação à jusante do ponto
onde ocorreu a separação de coluna.
INTRODUÇÃO
A separação de coluna/gaseificação ocorre quando a pressão no oleoduto (head estático)
cai abaixo da pressão de vapor do líquido.
Nossa discussão focalizará os sistemas de linha cheia que requerem que a coluna
permaneça intacta para a realização da operação. Esta seção discutirá as razões
pelas quais se deve evitar a separação de coluna, os eventos que levam à separação
de coluna, gaseificação devido à separação, e os efeitos sobre o equipamento, tais
como bombas, válvulas, e tubulação da linha tronco. A discussão terá como foco
principal as considerações sobre o fluxo, os requisitos de pressão e os efeitos
hidráulicos da separação de coluna. A conclusão desta seção discutirá os métodos e
procedimentos para a reintegração da coluna e os efeitos desta reintegração.
Uma razão pela qual se deve evitar a separação de coluna é que quando a coluna é
reintegrada, uma enorme quantidade de energia é liberada. Grandes ondas
transitórias serão geradas e irão à montante e à jusante através do oleoduto. Estas
ondas transitórias, em casos graves, poderiam ser suficientemente grandes para
danificar a integridade do duto.
Deve ser observado que, quando o trecho vaporizado volta ao estado líquido, as
moléculas de gás de fato implodem dentro do oleoduto. Esta implosão é uma força
destrutiva e causa “pitting”, ou cavitação da parede interna do duto. Depois de várias
ocorrências, a implosão, reduzirá a tensão de escoamento do tubo. Outra razão pela
qual se deve evitar a separação de coluna é devido à precisão das
ferramentas de análise de vazamentos do operador é muito reduzida durante a
gaseificação do fluido e pelo desequilíbrio subseqüente do fluxo.
O desequilíbrio no fluxo não precisa ser grande. Se o fluxo que sobe a inclinação
for de 3500 m3/h, e o fluxo que desce for de 3600 m3/h, então há um desequilíbrio
no fluxo de 100 m3/h. Isto é menos de três por cento do fluxo total. Se for
permitido que continue por uma hora, porém haverá a formação de um bolsão de
gás de aproximadamente 100 m3 no oleoduto.
RESTABELECIMENTO DA COLUNA
Para reintegrar a coluna, o operador deve reverter o desequilíbrio no fluxo. Isto é,
ele deve aumentar o fluxo à montante ou diminuir o fluxo à jusante, ou ambos, de
modo que o fluxo à montante seja 100 m3/h superior ao fluxo à jusante. O
operador deve também definir um limite de tempo para a reintegração da coluna
que deve estar de acordo com os padrões operacionais. Se o operador reverter o
desequilíbrio de modo que o fluxo à montante seja 100 m3/h superior ao fluxo à
jusante, levará uma hora para que a coluna seja restabelecida. Se levar mais do que
isso, pode haver outro problema no oleoduto, possivelmente um vazamento.
O método escolhido para reintegrar a coluna deve refletir o tempo estimado para
obter a reintegração, o fator de risco com um possível vazamento, e a política da
empresa de acordo com a qual o operador deve proceder. A meta principal é obter
100% de líquido no oleoduto com o menor impacto possível sobre todo o oleoduto.
Independentemente do método adotado, um desequilíbrio temporário no fluxo será
necessário para que a vazão à montante do ponto de separação de coluna seja
maior do que a vazão à jusante.
VARIAÇÕES NA ELEVAÇÃO
A elevação da estação à jusante desempenha um papel importante na determinação
da ocorrência ou não da separação de coluna. Se a estação estiver em um ponto de
baixa elevação, e houver um pequeno morro entre ela e a estação à montante,
então há maior probabilidade de ocorrência de separação de coluna. A presença de
um morro baixo imediatamente antes da estação à jusante também deixará a linha
suscetível à separação de coluna porque o gradiente hidráulico é o mais baixo do
lado da sucção da bomba à jusante. Se a estação estiver em um ponto de grande
elevação, então o gradiente hidráulico têm maior probabilidade de passar sobre o
morro entre as duas estações sem causar a separação de coluna.
RECONHECIMENTO DA SEPARAÇÃO
DE COLUNA
A ferramenta perfeita para reconhecer se as pressões dentro do oleoduto estão
iguais ou se aproximam da pressão de vapor do fluido contido na linha, é o trans-
missor de pressão localizado nos pontos intermediários que têm probabilidade de
apresentar separação de coluna. Esta informação deveria estar disponível pronta-
mente para o operador.
SEPARAÇÃO DE COLUNA E
GRADIENTES HIDRÁULICOS
Uma representação gráfica da separação de coluna mostra o gradiente hidráulico
(calculado em pés de altura manométrica) caindo para estar de acordo com o perfil
de elevação. Uma vez que isso tenha ocorrido, o gradiente da estação de bombea-
mento à montante faz uma descarga em direção ao ponto onde ocorreu a gaseifi-
cação e permanecerá constante.
EXEMPLO 2
SEPARAÇÃO DE COLUNA
Figura 9a
Tela da linha do oleoduto em estado estável, tirada às 00:15:08.
Figura 9b
O perfil hidráulico do mesmo
oleoduto, às 00:15:38. A troca de
batelada na Estação GF e o início do
empacotamento no oleoduto,
conforme descrito na Figura 11,
começando a ocorrer.
Figura 9c
Tela da linha do mesmo oleoduto 10 minutos
depois, às 00:25:36.
Figura 9d
Perfil hidráulico às 00:26:19. (as Figuras 12c e
12d mostram o resultado da redução da
pressão de manutenção da coluna no
ponto de sangria às 00:20, cinco minutos
depois da troca de batelada.) A pressão de
manutenção da coluna reduzida causou a
separação de coluna em um ponto aproxi-
madamente 3 milhas à montante da
Estação GG. Observe que a linha do
gradiente hidráulico cruza a linha do perfil
da elevação, indicando a separação de
coluna. A redução da pressão de
manutenção corrigiu o problema imediato
do empacotamento, mas levou à condição
de drenagem que resultou na separação de
coluna. Neste oleoduto em especial, faz-se
necessária uma operação de linha cheia.
Portanto, a coluna deve ser restabelecida
elevando a pressão no ponto de maior
elevação acima da pressão de vapor.
Figura 9e
As modificações são mostradas durante um período de 10 minutos entre 00:16 e 00:26.
Figura 9f
Tela da linha às 00:28:25. A coluna
agora foi restabelecida.
Figura 9g
Perfil hidráulico às 00:28:45. Observe a
vazão uniforme em todo o oleoduto. A
pressão no ponto de maior elevação
precisará ser supervisionada para garantir
que a pressão permaneça acima da
pressão de vapor. A coluna foi restabele-
cida aumentando a pressão de
manutenção da coluna na Estação GG. Se
a pressão no ponto de maior elevação
continuar a diminuir, serão necessários
outros ajustes na pressão de manutenção
da coluna.
? REVISÃO 3
1. A separação de coluna ocorre quando a pressão no
oleoduto cai abaixo _______.
a) da pressão de vapor do líquido
b) da pressão operacional máxima aceitável
c) do NPSH da bomba
d) de 100 kpa
SEÇÃO 4
INTRODUÇÃO
As válvulas de retenção são usadas no sistema do oleoduto para manter o fluxo no
sentido à jusante. As válvulas de isolamento são fechadas quando a linha é parada
para isolar os diferentes trechos da linha e conter quaisquer problemas que possam
ocorrer em trechos específicos da linha.
Uma válvula de retenção em funcionamento evita que o fluxo recircule através da bomba.
Quando a bomba não está operando a válvula de retenção fica aberta e o fluxo passa através da
válvula. Uma válvula de retenção com defeito permite que o fluxo recircule da descarga da
bomba para a sucção da mesma.
Quando as bombas estão operando em série, uma falha na válvula de retenção de uma das bombas resulta
em recirculação, a qual reduz o rendimento da carga estática da estação. Com a recirculação de uma das
bombas, a vazão através da bomba é aumentada. Isto desloca o ponto operacional para a direita na curva
head x vazão e a carga estática diminui.
Também é possível que toda a estação esteja sofrendo recirculação quando a válvula de retenção entre a
sucção e a saída da estação quebra na posição aberta. Isto aumenta o fluxo através de todas as bombas da
estação e resulta em uma carga estática de saída reduzida na linha tronco. Apesar da vazão aumentar através
da estação, a energia é investida na recirculação do fluxo através da estação ao invés de manter o fluxo na
linha tronco. A recirculação na estação reduz a vazão na linha tronco, devido à pressão de saída reduzida da
estação. Uma verificação nas curvas das bombas que estão em funcionamento confirmará o desempenho da
bomba.
Bombas
Válvula Válvula
de de
Sucção Descarga
Válvula
de
Retensão
NF Válvula de
Controle de
Pressão
Figura 11
Esquema da Estação
com falha da válvula de
Válvula de Válvula de retenção. A estação
Entrada da Saída da opera com fluxo máximo
Estação Estação quando a válvula de
OLEODUTO DESCARGA PARA retenção da linha
tronco falha.
Válvula de A PRÓXIMA ESTAÇÃO
Bypass da Estação
REFLUXO E VAZAMENTOS
Em condições operacionais de estado estável, a diferença entre a assinatura
hidráulica de um vazamento e as modificações observadas devido à reciclagem da
bomba ou da estação de bombeamento deveriam ser prontamente perceptíveis.
Diferentemente da resposta a um vazamento, o fluxo diminui no ponto à montante.
EXEMPLO 3
REFLUXO
Figura 12a
Perfil hidráulico do mesmo estado do oleoduto.
Figura 12b
Tela da linha operando a 400 m3/h, em um
estado estável.
Figura 12c
Tela de informações da bomba da estação
GD, operando em estado estável;
mostrando a bomba 2 em
funcionamento.
Figura 12d
ALARME DE VAZAMENTO: Tela da linha às
09:42. Observe a queda na pressão da
carcaça e
na vazão.
Figura 12e
Perfil hidráulico às 10:12 (30 segundos
depois) indicando uma ligeira redução do
fluxo perto da estação GD.
Figura 12 f
Tela de informações
sobre a bomba de GD,
às 11:52. Observe a
vazão que passa pela
bomba. 8016 m3/h, em
comparação com a
vazão da estação de
4004 m3/h. A carga
estatica da bomba foi
reduzida substancial-
mente (-82 psi),
enquanto a potência
aumentou (+641 hp).
Estas modificações
indicam que a válvula
de retenção da bomba
está na posição aberta,
seguindo o refluxo do
lado da descarga da
bomba para o lado da
sucção da mesma.
Figura 12g
Tela da linha às 13:13, continua a
situação do monitor, são procurados
outros alarmes de vazamento.
Figura 12h
Perfil hidráulico às 14:05. Apesar dos gradi-
entes terem diminuído ligeiramente de GC
para GE, esta redução não indica que
uma grande quantidade de energia
tenha sido liberada do sistema, como
ocorreria no caso de um vazamento.
Devido ao aumento do fluxo que passa
através da bomba 2 em GD, o aumento
na potência observado e à redução na
pressão da carcaça, a decisão tomada é
ver a outra bomba em GD que esteja
apresentando o mesmo desempenho. A
bomba 3 é trazida para a linha e a
bomba 2 é retirada do serviço.
Figura 12I
Tela de informações
sobre a bomba às
20:00 mostrando a
bomba 2 fora e a
bomba 3 operando
Observe que o fluxo
através da bomba
3 agora está de
acordo com o fluxo
da linha tronco a
4109 m3/h. A carga
estática que está
sendo produzida pela
bomba aumentou
até o valor esperado
de aproximadamente
300 psi.
Figura 12j
Tela da linha às 21:11. O fluxo e a
pressão da carcaça voltaram aos
valores normais esperados. A tendência
da linha ao empacotamento foi
revertida. Isto prova que a válvula de
retenção da bomba 2 na estação GD
quebrou na posição aberta.
? REVISÃO 4
1. Quando a válvula de retenção da bomba na linha de bypass,
entre a sucção e a saída da bomba, permanecer na posição
aberta, com a bomba em funcionamento,______.
a) o fluxo através da bomba aumentará
b) a carga estática da bomba diminuirá
c) a pressão da estação diminuirá
d) todos os itens acima
SEÇÃO 5
VAZAMENTOS
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você deverá saber:
• Descrever os efeitos de um vazamento sobre o desempenho da bomba.
• Descrever os gradientes hidráulicos que se apresentam como resposta
aos vazamentos.
• Descrever os efeitos de um vazamento sobre a velocidade, a pressão
e a massa específica.
• Descrever todas as etapas da Lista de Alarmes de Vazamento.
INTRODUÇÃO
O vazamento em um oleoduto é considerado o pior cenário possível para qualquer
tipo de operação no oleoduto. Um vazamento pode ter repercussões imensuráveis
sobre as finanças, integridade, e possivelmente a continuação da existência de uma
empresa transportadora de derivados de petróleo. O impacto ambiental de um
vazamento de oleoduto também pode ser grave, provocando uma atitude de
desconfiança da população que pode levar anos para ser revertida.
80
1" - de Abertura
60
40
20
12" - de Abertura
0
0 50 100
Figura 13
O efeito da Dimensão do Vazamento sobre a Pressão e o Tempo de Fluxo em
Estado Estável em uma Linha de 34 polegadas.
O efeito do vazamento sobre a pressão da linha depende da dimensão da abertura no
duto. Uma abertura de 1/3 do diâmetro do duto é capaz de descarregar todo o fluxo
do duto.
Figura 14 Q1 Q1 = Q 2
O Efeito de um Vazamento
sobre o Gradiente Hidráulico
A inclinação do gradiente à
montante aumenta depois do Q2
vazamento e a inclinação à jusante
diminui. O fluxo do vazamento é A B
constituído de um aumento no fluxo
à montante e uma redução do
fluxo à jusante.
Q1 Q 1 = Q2 + Q L
Q2
A B
QL
MODIFICAÇÃO DA PRESSÃO E
DO FLUXO À JUSANTE
A vazão à jusante diminui à medida que a pressão através do trecho à jusante da
linha diminui. A pressão no local do vazamento cai e a pressão de sucção na
estação à jusante inicialmente não sofre nenhuma modificação. À medida que a
redução do surto de pressão é transmitida para a estação de bombeamento à
jusante, a vazão diminui. A redução na vazão à jusante pode ser muito pequena se
a variação da elevação fornecer a carga estática necessária para manter o fluxo.
A Pressão Máxima de Saída da Base, o Set Point da Pressão de Saída e o Set Point
da Sucção são todas ferramentas operacionais que permitem controlar a pressão na
linha dentro dos limites operacionais. Os set points limitam o efeito do surto de
pressão e das ondas transitórias sobre os trechos da linha à montante e à jusante.
Se ocorrer uma ruptura da linha entre duas estações, um surto de pressão baixa será
transmitido à montante para a estação de bombeamento seguinte. Haverá um
aumento imediato na vazão à medida que a pressão de saída diminuir. Este
aumento na vazão da estação é um evento pequeno quando a estação à montante
estiver sob controle da sucção. O sistema de controle reduz a vazão para manter a
pressão de sucção. Isto faz a vazão retornar ao normal e estabelece um novo estado
estável. A estação continuará a bombear o produto em direção à ruptura à vazão
original, mas com uma pressão de saída reduzida.
Os eventos de longa duração, que duram mais que um rastreamento, tais como o
fechamento da válvula da linha tronco ou uma sangria parcial, terão um efeito de
longo prazo sobre o oleoduto. A variação na pressão será observada como contínua
durante um período de tempo longo e pode ser observada por rastreamentos de
longa duração. O fluxo à jusante de um vazamento será reduzido e este efeito se
deslocará linha abaixo, afetando todas as estações à jusante do ponto de sangria.
EXEMPLO 4
APLICANDO O MODELO DE TOMADA-DE-DECISÃO À ANÁLISE DE VAZAMENTOS
Figura 15a
Condição de Estado Estável
Reconhecimento e Interpretação
Figura 15b
Enquanto o oleoduto está em uma condição
de estado estável, as pressões de saída e
sucção e a vazão da estação GD caem
rapidamente.
Priorização
Este é um evento de grande magnitude
devido à natureza grande e repentina destas
modificações.
Reconhecimento e Interpretação
Figura 15c
Outro rastreamento da tela da linha mostra as
pressões e a vazão em GC ainda
aumentando rapidamente. A bomba 6 de
GC está parando.
Priorização
A velocidade à qual estas modificações ocorreram foi um fato, o qual também
implica em uma prioridade alta.
Reconhecimento e Interpretação
O perfil hidráulico do oleoduto mostra
grandes modificações na energia do
sistema perto da estação GC. O gradiente
à montante da estação GC foi reduzido
para estar de acordo com o perfil de
elevação. A carga estática produzida na
estação GC foi reduzida a quase zero. O
gradiente à jusante da estação GC
continua a tendência descendente. A vazão
parece ter aumentado através da estação
GB. A vazão parece estar diminuindo à
jusante de GC.
Figura 15d
A tela da linha neste momento confirma o aumento no fluxo na estação GB. A pressão de saída diminuiu na
estação GB. A vazão e a pressão diferencial da bomba na estação GC caiu a quase zero.
Figura 15e
Resolução do Problema
O problema é uma redução drástica da pressão e do fluxo na estação GC.
Implementação
O procedimento para a implementação de uma solução é explicado detalhadamente
no módulo Execução de Tarefas Não-Rotineiras.
Figura 15f
Perto do Final da Parada de Emergência.
Supervisão e Avaliação
O oleoduto deveria ser supervisionado através dos monitores quanto a quaisquer
modificações adicionais. As pressões estáticas deveriam ser definidas como mais
baixas na área afetada do que se houvesse um vazamento. Quando o oleoduto tiver
parado e as válvulas de isolamento tiverem sido fechadas, o operador deverá então
consultar os Procedimentos de Notificação de Emergência da empresa para que a
equipe de administração e de manutenção de emergência dêem a resposta apro-
priada. O operador pode então ser responsável pela coleta dos dados históricos.
REVISÃO 5 ?
1. Qual das sentenças abaixo descreve melhor uma ruptura em uma
linha de grande porte?
a) A pressão à montante do vazamento pode cair, mas nem sempre.
b) As pressões à montante e à jusante do vazamento sempre vão diminuir.
c) A pressão diferencial da bomba e a pressão à montante diminuem e a pressão
diferencial da bomba à jusante aumenta.
d) A pressão à montante do vazamento pode não diminuir se a curva da bomba for
plana, mas as pressões à jusante sempre caem.
SEÇÃO 6
ERRO DE INSTRUMENTO
OBJETIVOS
Depois de estudar esta seção, você deverá saber:
• Descrever a freqüência estatística de erro em instrumentos.
• Descrever como as perdas, a vazão, a pressão diferencial da bomba e a variação do ponto de
pressão do oleoduto podem ser usadas para identificar positivamente um erro de instrumento.
INTRODUÇÃO
Os erros de instrumento são considerados incidentes (eventos não-rotineiros do oleoduto, os quais
afetam a energia total do oleoduto e põem o mesmo em risco), pois podem levar o operador a
pensar que haja um vazamento ou indicar que não houve modificações quando de fato esteja
ocorrendo um vazamento. Apesar dos erros nos instrumentos ocorrerem raramente, o operador deve
estar alerta para esta possibilidade e ser capaz de distinguir um erro de instrumento de outros
problemas do oleoduto.
O operador do centro de controle não está preocupado em saber o por que dos instrumentos
falharem. Ao invés disso, sua preocupação é verificar a precisão do instrumento sem comprometer
a segurança do oleoduto. este ponto deve ser enfatizado. Quando o operador tenta determinar por
que o instrumento falhou, isto significa que partiu do princípio (possivelmente incorreto) de que
houve erro na instrumentação. A leitura incorreta, porém, pode indicar um problema real, possivel-
mente até uma ruptura.
Esta seção descreve quando e onde ocorre erro do instrumento, e detalha considerações usadas no
processo para determinar se o valor incorreto é um erro do instrumento ou uma variação real da
energia no oleoduto. (Informações mais específicas sobre a calibragem dos instrumentos, índices de
falha, hierarquia dos instrumentos e redundância são encontradas no módulo SISTEMAS DE
CONTROLE E INSTRUMENTAÇÃO.)
Uma falha total resulta em uma ausência de leitura. Ou, o instrumento dá uma
leitura que não está relacionada com a condição real no oleoduto ou no equipa-
mento. Por exemplo, uma leitura da pressão que for igual a zero ou em na escala
mais alta de leitura do instrumento, quando a condição atual do oleoduto é normal,
indica uma falha no instrumento. O indicador da posição da válvula que mostra a
válvula como estando aberta quando ela está de fato fechada é outro exemplo
deste tipo de erro do instrumento.
O outro tipo de erro é uma perda na calibragem que ocorre gradativamente durante
um período de tempo. Este é o tipo mais comum de erro nos instrumentos. Os
instrumentos são calibrados regularmente para garantir que eles estejam operando
com a precisão desejada. O período de calibragem varia para cada tipo de instru-
mento e com a freqüência com que o mesmo fica descalibrado. Por exemplo, os
tacômetros de turbina da transferência de custódia são calibrados a cada 2
semanas, os medidores de deslocamento positivo para transferência de custódia
são calibrados a cada 3 meses. A instrumentação de temperatura, vibração e isola-
mento é calibrada anualmente, o amperímetro é calibrado a cada 3 anos.
QUANDO ACONTECE
A falha total dos instrumentos raramente ocorre. Os instrumentos são projetados
para ter um desempenho confiável. Os instrumentos robustos são usados para
minimizar a manutenção e os reparos. Devido à ocorrência de falhas nos instru-
mentos ser rara, a primeira conclusão do operador deve ser que os dados
mostrados no SCADA estão corretos. Contudo, os instrumentos podem falhar e o
fazem de fato.
ONDE ACONTECE
Um erro do instrumento pode ocorrer em qualquer um dos dispositivos de trans-
missão de dados do centro de controle. Os instrumentos que fornecem as infor-
mações que são usadas com mais freqüência pelo operador são as leituras da
pressão (isto é as pressões de sucção, da carcaça e de saída), os medidores de
vazão e os amperímetros. As falhas destes instrumentos, portanto, têm um impacto
maior sobre o oleoduto do que a falha de quaisquer outros instrumentos tais como
os sensores de temperatura, os densímetros e os viscosímetros.
RECONHECIMENTO DA SITUAÇÃO
No caso de falha em um instrumento, os pontos dos dados no SCADA podem:
• mostrar uma valor muito alto
• mostrar uma valor muito baixo
• parecer congelados, ou seja, sem modificação
• não mostrar nenhuma leitura
• não mostrar as modificações esperadas
• responder lentamente à modificação
Um valor fora da escala apareceria muito grande (ou muito pequeno) e congelado
(sem apresentar modificações durante um intervalo longo de tempo. Um valor fora
da escala ocorre quando o instrumento excede a sua faixa de operação. A tela
mostra um valor muito alto que permanece constante. Pensando que a leitura fora
da escala é um erro do instrumento, o operador pode chegar a uma conclusão
incorreta. Da mesma forma, quando a pressão está abaixo da faixa de operação do
instrumento, o operador pode acreditar que a leitura baixa seja um erro do instru-
mento. Quando o instrumento é operado fora da faixa para a qual está calibrado, ele
fornece leituras incorretas dos dados.
ALARME DE VAZAMENTO
Há um grande probabilidade de haver um erro do instrumento quando se apresentam três alarmes ou
mais de ruptura. Se isto ocorrer, será necessário fazer uma parada imediata do oleoduto.
Figura 16
O efeito de um erro no instrumento de pressão que mede as modificações na perda de carga da
linha, na vazão, na pressão diferencial da bomba e no ponto de pressão.
PERDAS DA LINHA
Quando um instrumento de medição da pressão falha, os cálculos baseados nos dados por esse instru-
mento estarão incorretos. Calcule as perdas do oleoduto desde à montante até o local e desde o local até
a próxima estação à jusante e compare os valores calculados com os valores esperados. As perdas do
oleoduto mostradas pelo sistema SCADA estão correlacionadas com as perdas do oleoduto que foram
calculadas?
VAZÃO
Com um erro do instrumento, as vazões nas estações imediatamente à montante e à
jusante não sofrerão modificação. A leitura da vazão no local afetado não é válida.
O valor da vazão parece estar correto para as perdas atuais do oleoduto? Por exemplo,
se o medidor de vazão estiver acusando uma leitura de 2000 m3/h, mas outro instru-
mento e cálculo das perdas da linha indicarem uma vazão de 1500 m3/h, então será
necessário fazer uma investigação mais aprofundada.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Quaisquer informações sobre o grau de estabilidade, tais como o desempenho da
bomba e sua eficiência e a pressão produzida (carga estática alcançada) a uma vazão
específica, podem ser usadas para cruzamento de dados a fim de verificar os dados ou
confirmar o erro.
Para determinar qual ação seguir, o operador deve se fazer as seguintes perguntas:
• Qual é a importância deste instrumento específico em relação à quantidade total de
informações fornecidas pelo sistema SCADA? (Criando uma compreensão clara da
importância que o instrumento tem no auxílio ao operador para determinar a melhor
alternativa de ação a ser seguida nessa situação.)
• Quantos instrumentos o sistema SCADA usa para fornecer os dados ao operador?
• Quantos instrumentos com defeito comprometerão a segurança da operação?
• Até que ponto os dados incorretos afetam todas as informações que são coletadas?
FALHA NO DENSÍMETRO
Quando um instrumento falha, o fluxo de informação para o operador do centro de
controle fica interrompido. Além disso, outros instrumentos podem precisar daquele
instrumento específico que falhou para realizar seus próprios cálculos. Isto aumentará
a magnitude da situação. Para determinar a magnitude do defeito de um densímetro no
local, em locais intermediários e nos pontos de sangria, várias perguntas devem ser
feitas:
• Há alguma outra instrumentação dependendo do densímetro para realizar seus
próprios cálculos? (ex.: detecção de vazamento, equilíbrio do volume, rastreamento
de bateladas, computador do fluxo). Se muitos instrumentos dependerem do
densímetro, a situação trará mais dificuldades operacionais e portanto haverá uma
necessidade maior de se chegar a uma resolução.
• Isto leva ao grupo de perguntas a seguir:
• Estes outros instrumentos afetarão a segurança do oleoduto operando com confiabili-
dade?
• Muitas sangrias serão afetadas por este erro. Alguma sangria já foi afetada?
• Existe a possibilidade de contaminação das bateladas?
• Existe a possibilidade de uma grande contaminação no tanque?
Para continuar operando o oleoduto tendo em vista o defeito no densímetro, o valor
do instrumento pode ter que ser forçado a minimizar o impacto sobre o resto do
oleoduto. Um fator de perda de rendimento deveria ser considerado, bem como o
custo do reparo imediato do instrumento.
EXEMPLO 5
ERRO DE INSTRUMENTO
Figura 17a
Tela da linha - Oleoduto em
condição de estado estável.
Figura 17b
Perfil hidráulico - estado estável.
Figura 17c
Esquema da estação de
bombeamento GD.
Figura 17d
Tela do estado da bomba na estação GD
Figura 17e
Tela da linha às 22:02. ALARME DE
VAZAMENTO - A pressão de saída na
estação GD cai a zero. Devido ao espaça-
mento da estação ser de aproximada-
mente um minuto em GE, ao local à
jusante. Um aumento nas pressões de saída
e da carcaça no local à montante
também seria esperado neste mesmo
período.
Figura 17f
O Perfil Hidráulico às 23:18
(1 min. 16 seg depois) indica uma
condição de estado estável. As
modificações esperadas, devido à
grande perda de energia que a
leitura da pressão de saída na
estação GD indica, não estão
ocorrendo. Investigue a fonte do
problema.
Figura 17g
Tela do Estado da Bomba na estação
GD - Cada um dos outros pontos de
dados (vazões, carga estática
produzida) não estão correlacionados
com a perda de 460 psi de pressão
de saída nesse local. Continue acom-
panhando através dos monitores.
Figura 17h
Perfil Hidráulico - ainda em estado
estável.
Figura 17i
Tela da linha - ainda em estado
estável. O transmissor de saída da
estação GD parece apresentar erro,
porque não há resposta hidráulica
para a pressão de saída de zero psi
desta estação em ponto algum, à
montante ou à jusante. Informe a
equipe responsável pela parte
elétrica na estação GD.
REVISÃO 6 ?
1. Dois tipos de erros em instrumentos que fornecem informações
ao sistema SCADA são______.
a) ausência de leitura de dados e leitura não relacionada à condição real do
oleoduto.
b) perda da calibragem e perda da precisão.
c) ausência de leitura e perda da precisão.
d) falha total e perda da calibragem.
RESUMO
SEÇÃO 1 - ANÁLISE DE EVENTOS
• Um evento é qualquer incidente do oleoduto que afeta a energia total do mesmo e
ameaça a integridade do oleoduto.
• Uma vez que a situação tenha sido definida como um evento, o operador deve
determinar se ela se apresenta ou não como um alarme de vazamento.
SEÇÃO 5 - VAZAMENTOS
• Um vazamento em um oleoduto é considerado o pior cenário possível para
qualquer tipo de operação de oleoduto.
• Há dois tipos de erros dos instrumentos que podem ocorrer, uma falha total ou
uma perda da calibragem
• Uma vez que o erro do instrumento tenha sido verificado, o operador deve fazer
com que o instrumento seja reparado e continuar a operar o oleoduto se o
problema não for de grande magnitude e o estado estável puder ser mantido, ou
parar o oleoduto.
RESPOSTAS
REVISÃO 1 REVISÃO 2 REVISÃO 3 REVISÃO 4
1. b 1. c 1. a 1. d
2. c 2. d 2. b 2. a
3. d 3. b 3. a 3. a
4. a 4. d 4. a
5. d
REVISÃO 5 REVISÃO 6
1. b 1. d
2. d 2. e
3. c 3. b
4. a 4. d
5. a