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ANIMAIS PEÇONHENTOS:

CELENTERISMO

Thomas Eduard Stockmeier, Ph. D.


ƒMédico do Trabalho
ƒMédico do Tráfego
CURRICULUM DO AUTOR
ƒ MÉDICO DO TRABALHO – TÍTULO ESPECIALISTA ANAMT/AMB
ƒ MÉDICO DO TRÁFEGO – TÍTULO ESPECIALISTA ABRAMET/AMB
ƒ MÉDICO CLÍNICO – TÍTULO ESPECIALISTA SBCM/AMB
ƒ MÉDICO HOMEOPATA – TÍTULO ESPECIALISTA AMHB/AMB
ƒ Ph. D. - Medicina Ocupacional - AWU
ƒ Especialista Medicina do Trabalho – USF
ƒ Especialista Saúde Ocupacional – EBM
ƒ Especialista Ergonomia – UFRJ
ƒ Especialista Higiene Ocupacional – UFBA
ƒ Especialista Auditoria Ambiental – UFRJ
ƒ Especialista Homeopatia – IMH
ƒ Ph. D. _ Fito-Homeopatia – UTI
ƒ Master – Aromaterapia – UTI
ƒ Ph. D. – Business Administration – Amstead
ƒ Capacitação Médico DETRAN – ABRAMET/FCMMG
ƒ Perito Trabalhista - FCMMG
Acidentes por Celenterados
1. Introdução
ƒ O filo Coelenterata é composto por animais
simples, de estrutura radial, apresentando
tentáculos que se inserem em volta da
cavidade oral.
ƒ Esses tentáculos capturam presas e
apresentam células portadoras de um
minúsculo corpo oval chamado nematocisto,
capaz de injetar veneno por um
microaguilhão que dispara quando a célula é
tocada (fig. 71).
Acidentes por Celenterados
1. Introdução 2
ƒ Compreende 3 classes:
ƒ a) Classe Anthozoa: anêmonas e corais. As
anêmonas lembram flores aquáticas.
ƒ b) Classe Hydrozoa: são as hidras (pólipos
fixos) e colônias de pólipos de diferenciação
maior (caravelas ou Physalias).
ƒ c) Classe Scyphozoa: medusas, formas
livres, popularmente conhecidas como
águas-vivas.
Acidentes por Celenterados
ƒ Acidentes com anêmonas e corais são pouco
freqüentes e de pouca gravidade: o contato é
rápido e existem poucos nematocistos.
ƒ Corais podem produzir cortes e introduzir
fragmentos calcários.
ƒ O gênero Anemona é o mais comum no Brasil.
ƒ Corais são pólipos concentradores de cálcio e
formam grandes recifes (gênero Orbicella e
Oculina, os populares corais brancos)
Acidentes por Celenterados 2
ƒ Os acidentes mais importantes ocorrem
devido às classes Hydrozoa (caravelas) e
Scyphozoa (águas-vivas).
ƒ As caravelas apresentam um balão
flutuador de coloração azul-purpúrica, de
onde partem inúmeros tentáculos.
ƒ A caravela do Oceano Atlântico é a
Physalia physalis que atinge 30 cm de
comprimento do corpo e pode ter
tentáculos de 30 metros (fig. 72).
Acidentes por Celenterados 3
ƒ A freqüência dos acidentes é maior
no verão, quando podem atingir a
praia em grande número, provocando
centenas de acidentes.
ƒ A caravela (Physalia) é sem dúvida a
responsável pelo maior número e
pela maior gravidade dos acidentes
desse gênero no Brasil.
Acidentes por Celenterados 4
ƒ As medusas também provocam acidentes.
ƒ As mais perigosas, capazes de matar um
homem em minutos, são as do gênero
Chironex (box jellyfish), encontradas na
Austrália.
ƒ No Brasil, os acidentes mais graves são
causados pela Chiropsalmus
quadrumanus, da mesma família da
Chironex e pela Carybdea alata, menos
perigosa.
Acidentes por Celenterados 5
ƒ Existem ainda as espécies Tamoya
haplonema e a Cyanea sp.
ƒ As medusas preferem águas de
fundo arenoso e estuários de rios,
recolhendo-se em águas profundas
nas horas mais quentes do dia.
CARAVELA
Acidentes por Celenterados
2. Ações do veneno
ƒ O veneno de celenterados é uma mistura de vários
polipeptídeos que tem ações tóxicas e enzimáticas na
pele humana podendo provocar inflamação extensa e
até necrose.
ƒ Outra ação importante é a neurotoxicidade que
provoca efeitos sistêmicos, desorganiza a atividade
condutora cardíaca levando a arritmias sérias, altera o
tônus vascular e pode levar à insuficiência respiratória
por congestão pulmonar.
ƒ Atividade hemolítica foi descrita para o veneno de
Physalia.
Acidentes por Celenterados
3. Quadro clínico
ƒ 3.1. Manifestações locais
ƒ São as mesmas para todos os celenterados,
ocorrendo ardência e dor intensa no local, que podem
durar de 30 minutos a 24 horas.
ƒ Placas e pápulas urticariformes lineares aparecem
precocemente, podendo dar lugar a bolhas e necrose
importante em cerca de 24 horas.
ƒ Neste ponto as lesões urticariformes dos acidentes
leves regridem, deixando lesões eritematosas
lineares, que podem persistir no local por meses.
Acidentes por Celenterados
3. Quadro clínico
ƒ 3.2. Manifestações sistêmicas
ƒ Nos casos mais graves há relatos de
cefaléia, mal-estar, náuseas, vômitos,
espasmos musculares, febre,
arritmias cardíacas.
ƒ A gravidade depende da extensão da
área comprometida.
Acidentes por Celenterados
4. Diagnóstico
ƒ O diagnóstico é clínico.
ƒ O padrão linear edematoso é muito
sugestivo, se acompanhado de dor
aguda e intensa.
ƒ O acidente deve ser diferenciado
da fitofotomelanose.
Acidentes por Celenterados
Acidentes por Celenterados
5. Tratamento

ƒ a) Fase 1 - repouso do segmento


afetado.
Acidentes por Celenterados
5. Tratamento
ƒ b) Fase 2 - retirada de tentáculos aderidos: a
descarga de nematocistos é contínua e a
manipulação errônea aumenta o grau de
envenenamento.
ƒ Não usar água doce para lavar o local (descarrega
nematocistos por osmose) ou esfregar panos
secos (rompe os nematocistos).
ƒ Os tentáculos devem ser retirados suavemente
levantando-os com a mão enluvada, pinça ou
bordo de faca.
ƒ O local deve ser lavado com água do mar.
Acidentes por Celenterados
5. Tratamento
ƒ c) Fase 3 - inativação do veneno:
o uso de ácido acético a 5%
(vinagre comum), aplicado no
local, por no mínimo 30 minutos
inativa o veneno local.
Acidentes por Celenterados
5. Tratamento
ƒ d) Fase 4 - retirada de
nematocistos remanescentes:
deve-se aplicar uma pasta de
bicarbonato de sódio, talco e
água do mar no local, esperar
secar e retirar com o bordo de
uma faca.
Acidentes por Celenterados
5. Tratamento
ƒ e) Fase 5 - bolsa de gelo ou
compressas de água do mar fria
por 5 a 10 minutos e corticóides
tópicos duas vezes ao dia aliviam
os sintomas locais.
ƒ A dor deve ser tratada com
analgésicos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ƒ Manual de diagnóstico e tratamento de
acidentes por animais peçonhentos. – FUNASA
2001.
ƒ Prevenção de Acidentes com animais
Peçonhentos – FUNDACENTRO 2001.
ƒ Instituto Butantan. Animais Peçonhentos:
Serpentes. Série Didática 2000
ƒ Centro de Informações Toxicológicas de
Curitiba. Prevenção de Acidentes com Animais
Peçonhentos. Curitiba, PR, 1997
FIM DA APRESENTAÇÃO
ANIMAIS PEÇONHENTOS:
CELENTERISMO

Thomas Eduard Stockmeier, Ph. D.


Médico do Trabalho / Médico do Tráfego
drthomas@ig.com.br
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Fone 031 9154-7767 / 027 9253-2031

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