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Identificação da Obra

Título: Os Filhos da Droga (Título original: Wie Kinder Von Bahnhof


Zoo)
Autor: Christiane Vera Felscherinow
Tradução de: Maria Eugénia Ribeiro da Fonseca
Editora e nº de Edição: Círculo de Leitores
Género Literário: Texto Narrativo
Tema: História Verídica sobre a Droga
Tipo de linguagem: Calão e familiar.
Autor

Christiane Vera Felscherinov nasceu em Hamburgo a 20 de Maio de


1962, é alemã e uma viciada em heroína. Tornou-se célebre por
contribuir para o livro Wir Kinder vom Bahnhof Zoo (Filhos da Droga)
que descreve a luta contra a droga.

Durante o seu julgamento num tribunal de menores, os jornalistas Kai


Hermann e Horst Hieck ficaram fascinados com o seu depoimento
sobre o vício e pediram-lhe uma entrevista, que se estendeu por
meses, e deu origem ao famoso livro Wir Kinder vom Bahnhof Zoo.
Com o sucesso do livro, Christiane ficou mundialmente famosa e até
passou um tempo sem consumir droga, garantindo estar livre das
drogas. Mas em 1983, a polícia prendeu Christiane no apartamento
de um traficante em Berlim. Nesta época, concedeu uma entrevista a
uma revista alemã, onde confessou que nunca tinha deixado
realmente de consumir droga.

Aos 46 anos de idade voltou a tomar drogas pesadas.

O seu filho vive actualmente numa instituição de menores nas


redondezas de Berlim, e os avós deverão ajudar a decidir onde será a
sua futura morada.

O novo drama de Christiane começou no início de 2008, quando ela e


o namorado decidiram emigrar para a Holanda, levando a criança. Ao
ter conhecimento do plano, a polícia alemã tirou a criança à mãe.
Pouco tempo depois, ela raptou o próprio filho e fugiu para
Amesterdão. Na capital holandesa, Christiane voltou a consumir
heroína.
Após uma briga com o namorado, Christiane regressou no final de
Junho de 2008 à Alemanha e o seu filho foi-lhe retirado pela
segurança social.

Resumo da obra: Christiane era uma miúda de 6 anos quando se


mudou para uma grande cidade, Berlim. Adorava animais, chegou a
ter vários animais.
O seu pai era um homem violento e o seu grande amor era o seu
Porshe. Tinha vergonha da sua família, por isso, perante os amigos
ele era o Tio Ricardo.
Aquela cidade não era o que Christiane pensava, as crianças eram
ignoradas, não tinham sítios para brincar e em quase nenhuma loja
deixavam entrar miúdos, que não estivessem acompanhados por
adultos.
Christiane e a irmã, que era mais nova, trabalhavam num picadeiro,
onde andavam de cavalo.
Um dia, Christiane perdera um dos seus três ratos e quando o seu
pai reparou, começou a gritar e a bater-lhe. A mãe quis defendê-la,
pôs-se entre ela e o pai, o pai furioso bateu à mãe também.
Pouco tempo depois a mãe de Christiane começou a sair com um
amigo do pai, o Klaus. Momentos depois a mão mudou-se para um
apartamento com o Klaus, estava farta de levar pancada do seu
marido, pediu-lhe o divórcio.
As coisas com o Klaus não correram muito bem, ele como era muito
novo, queria diversão e miúdos longe. O pai arranjou namorada e
mudou muito, até convidou a Christiane para passar umas férias com
ele.
Kessi, uma amiga de Christiane, era dura e fria, Christiane achava-a
superior aos outros . Queria mesmo muito ser amiga dela. Queria ser
como Kessi, mal comportada e superior.
Conheceu Kessi e ela apresentou-lhe os seus amigos da Casa do
Centro. Lá fumavam e bebiam.
Aí tudo começou. Experimentou haxixe e outros tipos de droga, no
início, ainda leves, começou a sair à noite e a frequentar o Sound. Lá
encontravam-se miúdos a injectarem-se com heroína. Apaixonou-se
por um viciado, o Atze, que, como todos os outros, não querem saber
o que as pessoas sentem e não se interessam. Para a reconfortar
estava lá o Detlef, um rapaz muito sensível de 16 anos, com quem
começa a namorar.
Um dia Detlef chegou à beira de Christiane e ela reparou logo que
ele tinha consumido heroína. Christiane gritou-lhe mas ele não estava
em si. Não demorou muito até ela também consumir heroína.
Depois da heroína, veio a prostituição. O Detlef prostituía-se para
comprar droga para os dois. Mas eles cada vez necessitavam de mais,
por isso, Christiane também começou a prostituir-se.
Não tardou muito até que ambos sofressem o Turkey (o efeito de
falta de droga no corpo).
A mãe de Christiane descobriu, e pergunta-lhe se quer continuar
nessa vida, ela responde que não. A mãe propõe-lhe uma
desintoxicação. Christiane responde que só a irá fazer se o seu
namorado a acompanhar nesse tratamento. A mãe responde-lhe que
sim e vão à procura dele.
Christiane e Detlef iniciam o tratamento, que dura cerca de 4
semanas. Quando eles saem dirigem-se para a estação habitual onde
iam encontrar os fornecedores para comprar droga, pois pensavam
que ao injectarem-se uma vez de longe a longe não iriam tornar-se
viciados novamente. Christiane ficava horrorizada com a ideia de se
tornar dependente da heroína outra vez, verificando que quando o
namorado estava drogado e ela não, não tinham nada em comum. A
única coisa que os unia era a droga. Voltaram a prostituir-se para
conseguirem dinheiro para a droga, pois Christiane não soube
obedecer ao que a sua consciência lhe estava a dizer para fazer.
A mãe de Christiane mostra-lhe uma notícia, de várias publicadas,
que relatava a morte de Atze. Este era um amigo de vício de
Christiane. Christiane descobre, por uma carta deixada por Atze à
namorada, que este se suicidou.
Passado um ano da morte de Atze, morre mais um amigo de
Christiane, mas nem com isto ela deixa a droga.
Christiane foi levada para a esquadra ao ser apanhada por dois
polícias que encontram ao revistá-la a seringa, a colher e, mais tarde
a droga. Como tinha 14 anos, não podia ficar detida.
Com este incidente a mãe descobre que ela tinha voltado ao mundo
da droga, propondo-lhe outro tratamento, mas, desta vez, sem a
companhia do namorado. Este tratamento iria ser feito em casa dos
avós, no campo, isolada de tudo e de todos.
Algumas semanas mais tarde Christiane volta para casa e logo no
primeiro dia vai para a estação ao encontro de Detlef e pergunta-lhe
por Axel. Este havia morrido.
Ao descobrir que Detlef morava com um cliente, volta a injectar-se.
Mais tarde torna a ser presa.
Christiane teme pela vida quando consome droga muito impura e
desmaia. Decide chamar a mãe para que esta venha em seu socorro.
Christiane não queria morrer.
Em 1977, com quase 15 anos, Christiane tinha que tomar uma
decisão: ou tomava a injecção de ouro ou fazia um tratamento para
nunca mais tornar a esta vida.
A mãe não acredita nela, mas mesmo assim procura informação
sobre clínicas para ajudar a filha.
Christiane é admitida numa clínica para mais uma desintoxicação,
não a aproveitando mais uma vez. Duas semanas mais tarde, foge,
voltando pouco tempo depois.
O pai de Christiane queria tirá-la da clínica mas esta recusa-se pois
não queria morrer, o que iria acabar por acontecer caso ela saísse.
Mesmo assim o pai tira Christiane da clínica.
Christiane volta a consumir e descobre que o namorado estava em
Paris para se tratar. Mas este, tal como ela, logo que regressa torna-
se a injectar.
Tornou a ser internada várias vezes mas sem resultados.
Tenta suicídio duas vezes.
Christiane e Detlef começam a traficar.
Christiane é presa mais uma vez e a mãe decide mudar de cidade.

Caracterização da personagem com quem te identificas: Eu não me


identifico com nenhuma das personagens, mas gosto muito da mãe
de Christiane, pois ela é muito compreensiva, pacífica, e só quer o
melhor para a filha. Amável mesmo quando deveria ser rígida.

Breve comentário sobre a história que leste: Gostei bastante de ler


este livro, pois aborda um mundo que nem todos acompanham de
perto, o mundo da droga. Não gostei muito do fim do livro pois não se
sabe o que acontece concretamente com Christiane. O autor retrata
tudo ao pormenor usando uma linguagem pouco adequada para usar
num livro, apesar de ser a linguagem usada nas várias passagens da
vida do autor.

Gostarias de fazer alguma pergunta ao autor? Qual?


Sim. Porque é que depois de tudo o que viveu, de todos os amigos
que perdeu continua a consumir droga? Não acha que já chega?
Selecciona uma pequena passagem do livro de que gostas-te
particularmente e que gostarias de ler aos teus colegas.
“Em seguida escreveu uma carta de despedida, que também vinha
publicada no jornal: «quero pôr fim à vida, porque um drogado não
faz mais do que dar tristezas, preocupações, amarguras e desespero
aos parentes e amigos. Não só se destrói a si próprio como também
aos outros. Agradeço aos meus queridos pais e à avozinha.
Fisicamente, sou um zero à esquerda. Ser drogado é uma das
maiores porcarias. Mas quem arrasta à desgraça essa gente que vem
ao mundo cheia de juventude e de vitalidade? Esta carta deve ser um
aviso, uma chamada de atenção para todos aqueles que se
encontram na fase do poderei provar uma vez. Estúpidos, olhem para
mim. Adeus Simone, já te livraste de todas as tuas preocupações.»
Deitei-me na cama e reflecti. Este foi o teu primeiro namorado. Agora
está no caixão. Nem sequer conseguia chorar. Estava incapaz de
qualquer pensamento verdadeiro.”

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