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Apresentação Oral sobre o livro O menino que ninguém amava, de Casey Watson

1. Dados Bibliográficos

Autor: Casey Watson

Título: O menino que ninguém amava

Editora: Editorial Presença

Coleção: Grandes Narrativas

Lugar e data de edição: agosto, de 2013

Nesta apresentação vou falar sobre a obra O menino que ninguém amava, de Casey
Watson.
Casey Watson é uma mãe de acolhimento especializada em casos extremamente
problemáticos. Ela e o marido, Mike, recebem crianças com passados traumáticos.
Enquanto estão ao seu cuidado, estas crianças são orientadas através de um programa
comportamental que posteriormente lhes permitirá voltar à sua família biológica ou
entrar no sistema de acolhimento convencional. Já conseguiu devolver a esperança a
muitas crianças.

Outros livros traduzidos em português: Gritos de Silêncio; Um grito de socorro.


Este livro pertence à coleção das Grandes Narrativas e foi editado pela Editorial
Presença, em agosto de 2013.

2. Dados sobre a obra

Género: Literatura biográfica

Tema principal: Este livro apresenta como tema a realidade de algumas famílias
desestruturadas e disfuncionais que necessitam de ajuda. Também aborda a temática do
acolhimento de crianças.

Personagem principal (caracterização): Justin - era um jovem rebelde, agressivo, incapaz


de estabelecer relações com as pessoas. Todas estas características tinham
antecedentes… ele sofria de maus tratos.

Personagens secundárias (caracterização): Janic (mãe de Justin) - toxicodependente,


agressiva, pouco se importava com os filhos; Alfie e Mike (irmãos de Justin), Casey e Mike
(pais de acolhimento) - eram muito carinhosos e pacientes. Riley e Kieron (filhos de Casey e
de Mike), John (orientador)
Resumo do assunto da obra: Esta história é verídica e revela o impacto do acolhimento
temporário de uma criança problemática em toda a família que a acolhe, e os sentimentos
que daí advêm.

Inicialmente, é descrita a situação em que Justin vivia: Vivia com a sua mãe e dois irmãos.
Quando Justin tinha 5 anos, a mãe deixou-o sozinho em casa e ele retirou os irmãos de casa,
pegou-lhe fogo e saiu apressado para se juntar a eles. Justin já se encontrava no sistema de
acolhimento desde os 5 anos e já tinha passado por 20 colocações falhadas, esta seria a sua
última oportunidade. Após ter pegado fogo à casa sugeriram colocá-lo num centro de
acolhimento e a mãe não mostrou qualquer tipo de resistência a isso, até ficou feliz. Os irmãos
mantiveram-se com ela. Justin fora considerado, zangado, agressivo, arruaceiro e incapaz de
fazer/manter amigos, por isso, foi acordado que era necessário colocá-lo num ambiente
familiar de modo a poder registar qualquer tipo de progresso. Em alguns casos, agrediu
fisicamente alguns dos seus pais de acolhimento.

Justin chegou a casa de Casey: durante a época natalícia, o seu quarto já se encontrava
cuidadosamente decorado para que satisfizesse os seus gostos. Neste momento, com 11 anos,
era a última hipótese dele. Justin ficou em casa dos Watson e a sua adaptação foi muito difícil.
Fez vários estragos e asneiras, por exemplo:

- Destruiu o quarto que Casey tinha preparado para ele com tanto amor e carinho

- Respondia mal e de forma grosseira quando não lhe faziam as vontades...

Mais tarde, Casey e mike descobrem que Justin se cortava. Justin conta toda a verdade a
Casey, incluindo os abusos de que foi alvo para a mãe ter a droga que queria.

O tempo vai passando cheio de avanços e recuos, Justin relata várias histórias e situações de
maus tratos por parte de namorados da mãe.

Durante este programa de acolhimento, Justin vai visitando a mãe, de vez em quando, mas as
visitas nunca correm bem e ele volta sempre para casa mais revoltado.

Em setembro o programa terminou e marcaram uma reunião para discutir o futuro de Justin.
Encontraram uma família perfeita para ele, porém Casey fica muito triste. Justin começa a
portar-se novamente mal para fingir que não está totalmente curado e voltar para a casa
de Casey. Justin foi ver a mãe e correu bem, adorou a irmã nova e deseja que a mãe trate bem
dela e acaba por chegar à conclusão que ela nunca deve ter gostado de rapazes devido aos
homens que teve na sua vida. Justin foi para a nova família, porém passado dois anos não se
adaptou. Agora com 17 anos continua a visitar a família biológica duas vezes por ano e
está muitas vezes com Casey e a sua família.
3. Avaliação Pessoal

Eu escolhi este livro por retratar a realidade de muitas famílias desestruturadas,


disfuncionais e que necessitam de ajuda. É um livro que demonstra os maus tratos de que
uma criança pode ser vítima, sem que ninguém se aperceba ou a ajude.

A autora, Casey, mãe de acolhimento temporário, por sua escolha, passa grande parte
do tempo entre suster a respiração, e respirar! É um longo processo em que esta família vai
ser testada ao limite (eu diria, mesmo, mais que o limite), em que a sua decisão vai ser
questionada e posta em causa, prevalecendo e vencendo, no entanto, a diferença desta
família face às restantes.
Haverá progressos, retrocessos, instabilidade, paz, muitas feridas para sarar e traumas
para superar.
Mostra-nos um pouco como funciona o sistema, no que respeita à intervenção com crianças
problemáticas e em risco. As causas e as consequências do risco.
E como pais biológicos (neste caso, mãe), podem ser tão cruéis, e pais de acolhimento
podem amar tanto, e sofrer tanto por uma criança que não lhes é nada.

É uma história verídica que revela o impacto do acolhimento temporário de uma criança
destas em toda a família que a acolhe, e os sentimentos que daí advêm.

Eu gostei muito desta obra porque alertou-me para esta realidade. A história, embora
triste, por vezes, ensina-nos muitas lições e é muito útil para a nossa vida. Aprendi que, por
vezes, os pais de acolhimento amam muito mais do que os pais biológicos. Todas as
crianças merecem amor e não podem ser maltratadas.

Recomendo a leitura deste livro a todos.

O próximo livro que vou ler é:

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