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Olá Margarida.

Optei por um olhar mais atento sobre a tua tabela matriz uma vez que se trata de uma
Biblioteca de uma Escola Secundária e da qual já tenho algum conhecimento prévio.

A circunstancialidade com que trabalhas os quatro itens abordados releva para menor relevo o
facto de não teres explanado uma reflexão sobre os restantes itens.

Uma leitura atenta do teu trabalho foi-me favorável ao desenvolvimento de algumas reflexões
/ comentários que passo a explanar:

1. A dinâmica implementada pela RBE nas nossas bibliotecas não tem sido acompanhada pelas
políticas educativas em geral e, muito mais, pelas nossas práticas educativas. Penso que, por
isso, muitos docentes olham com estranheza as transformações que se têm operado nas
dinâmicas das BE´s. Não vejo com bons olhos uma comunidade escolar com estruturas a
funcionar em velocidades diferentes;
2. Decorrente do ponto anterior, e talvez para o validar, recordo o facto de estarmos a construir
recursos que não são rentabilizados no contexto ensino e aprendizagem porque, por um lado
os professores não estão preparados (não necessariamente por sua culpa) e por outro, as
políticas educativas não facilitam a sua integração nas dinâmicas de trabalho;
3. Partilho uma preocupação que me tem ocorrido relativamente às dinâmicas de trabalho das
BE´s. Penso que teremos de caminhar para dinâmicas que harmonizem e diferenciem a
realidade dos vários ciclos de ensino. São, de facto contextos bastantes distintos que
mereceriam um referencial de trabalho e de avaliação difreenciado.
4. Tenho o privilégio de trabalhar numa escola que reconhece centralidade da BE em todo o
processo educativo. É que a BE só pode ser um projecto de Escola, assumida por todas as suas
estruturas de gestão e orientação educativa. Receio que algumas resistências que se têm
verificado na tua escola possam estar a penhorar o futuro da BE;
5. No dia-a-dia somos obrigados a fazer muita ginástica para fazer face ao trabalho e aos desafios
que nos são colocados. O facto é que, felizmente (!), nunca estamos preparadas para as
solicitações a que somos chamadas. Saúdo, como tu, a importância das plataformas de partilha
entre professores bibliotecários que temos vindo a construir;

Agradeço a oportunidade que me deste para sair da “minha biblioteca” e reflectir de forma
mais distante sobre o contexto e problemáticas das Bibliotecas Escolares.

Helena

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