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Matosinhos cria escola de


segunda oportunidade
30.04.2008, Bárbara Wong

Não é concorrente ao programa do Governo das Novas


Oportunidades, mas é uma outra forma de chegar ao
mesmo público, àqueles jovens que não concluíram a
sua formação académica e também não têm também
formação profissional. Chama-se Escola de Segunda
Oportunidade e vai começar a funcionar no início do
próximo ano lectivo, em Matosinhos.
Hoje, a autarquia matosinhense, a Direcção Regional de
Educação do Norte (DREN) e a Associação para a
Escola de 2.ª Oportunidade (AF2O) vão assinar um
protocolo para a constituição desta nova oferta
educativa, existente noutros países europeus e que fará
parte da Rede Europeia de 2nd Chance Schools.
O objectivo, explica Guilherme Pin-
to, autarca de Matosinhos, é "a qualificação dos
recursos humanos, o combate ao desemprego e a
melhoria das condições de vida desses jovens". O
programa destina-se a indivíduos entre os 16 e os 25
anos que foram excluídos das ofertas formativas
disponíveis. "É uma segunda oportunidade para se
qualificarem", define.
Em comunicado de imprensa, a autarquia lembra os
números "alarmantes" de abandono escolar e informa
que, em Matosinhos a taxa de saída antecipada da
escola, sem o 9.º ano, ronda os 18 por cento; 37 por
cento saem sem completar o secundário.
A nova escola pretende dar uma resposta
"sócio-educativa inovado-
ra", uma alternativa à experiência escolar "mal
sucedida" que os jovens tiveram, diz Luís Mesquita,
presidente da AF2O. "É um trabalho de educação não
formal", ou seja, não funciona com currículos
preestabelecidos, mas com planos individuais,
adequados a cada um dos 40 alunos que vai frequentar
o estabelecimento. Os estudantes poderão fazer
workshops, em contexto de trabalho, nas áreas de
cozinha, informática, multimédia, artes e apoio ao lar.
No final do ano lectivo - o objectivo é ter os alunos
apenas um ano na escola - a experiência termina. O
projecto vai funcionar nas instalações de uma antiga
escola, em Telheiro, e Mesquita espera que o número de
estudantes aumente nos próximos anos. A DREN será
responsável pelos recursos humanos da escola.
A rede europeia foi criada em 1998, na altura, a Câmara
Municipal do Seixal teve uma experiência-piloto de uma
escola de segunda oportunidade, financiada pela
Comissão Europeia.

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http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20080430&page=13&c=A

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