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1.1 - CORREIAS 1. INTRODUCAO As correias, juntamente com as polias séo um dos meios mais antigos de transmisséo de movimento. E um elemento flexivel, normalmente utilizado para transmisséo de poténcia entre dois eixos paralelos distantes. Elas séo fabricadas em varias formas ¢ com diversos materiais. Os tipos mais comuns esto apresentados na figura 1.1 As comreias so largamente utilizadas nas induistrias de maquinas operatrizes (M.Opt) automotiva, so encontradas em diversos equipamentos, desde pequenos aparelhos eletrénicos até equipamentos industriais de grande porte. aii UeVE MEO exTRA.weDIA ®) coxeia plana ) coxseia trapezoidal ou em “V” ©) comeias sncronizedas ou Gentadas coneia duple D coneie hex 7D comeie ranhiwedar Figura 1.1 —Tipos de corseies. DEMIUFRT TERA Slemenos & Mispines Pref Fiiode Mao 7 grande sucesso na utilizagdo das correias ¢ devido, principalmente, as seguintes razdes: a boa economia proporcionada por esta transmissfo, sua grande versatilidade e a seguranga Razdes econémicas = padronizagao, + facilidade de montagem e manutensao (a disposigo € simples e 0 acoplamento ¢ 0 desacoplamento sao de facil execugo), + auséncia de lubrificantes e + durabilidade, quando adequadamente projetadas e instaladas Razées de seguranca + reduzem significativamente choques e vibrapdes devido a sua flenibilidade ¢ a0 material que proporciona uma melhor absorpéo de choques e amortecimento, evitando a sua propagarao, + limitam sobrecargas pela ago do deslizamento (podem funcionar como “fusivel mecénico”) + funcionamento silencioso, Razoes de versatilidade + permitem grandes varia;des de velocidade (i recomendado < 6) + possibilitam rotardes nos mesmo sentido (correia aberta) ou em sentidos opostos (correia fechada) — Figura 1.6 + facilidade de variaro de velocidade ~ continuo (figura 1.2.2) - descontinuo (polias escalonadas - figura 1.2.b) oO Figua 1.2 —Transmissées vasiéveis continua - com corzeia em “V" (a) ¢(8) ¢ escalonada (cone de ppolias) com corseia plana (0) DEMIUFRT TERA Slemenos & Mispines Pref Fiiode Mao 2 2. CARACTERISTICAS, APLICACOES E MATERIAIS DE FABRICACAO 2.1. Caracteristicas As principais caracteristicas das transmissdes por correias so: - éuma transmisséo essencialmente por atrito ¢ este é resultante de uma compressfo inicial entre a correia ¢ a polia, através de uma carga inicial quando estacionaria - é adequada para grandes distancias entre eixos 2.2, Aplicagées As aplica;Ses so as mais diversas, Alguns exemplos so apresentados abaixo Variadores escalonados de velocidade - Transmissbes por correia com rela;ao de multiplicapo variavel em degraus. Diametros das polias devem ser feitos de tal maneira que 0 comprimento necessério da correia seja suficiente para todos os degraus (Figura 120) Figura 1.5 —Transmissio por correia com vasiago contimaa (CVT) na relagio de multiplicagio através do deslocemento da corseia sobre a polia em movimento DEMIUFRT TERA Slemenos & Mispines Pref Fiiode Mao Variadores continuos — 40 normelmente utilizados para relagao de transmisséo (j) entre 0,8 ¢ 1,2, com graduagao através do deslocamento axial dos discos cOnicos, onde os diametros titeis (dy) das polias acionadora e acionada variam opostamente, de tal forma que se conserva a tensdo sem a variagfo da distancia entre os eixos (Figura 1.5), 2.3. Composi¢iio Basica e Materiais de Fabricagéo As correias mais antigas eram fabricadas em couro. Atualmente este material esta em desuso e se utilizado o ¢ apenas para correias planas A composigo das correias modemas ¢ de material compésito. E uma mistura de polimeros (borracha) com fibras vegetais (algodao ou cénhamo) ou materiais metdlicos (acames ou cabos de azo) A composigo minima das correias trapezoidais e planas esta mostrada na figura 1.6 (a) 20) Elemento Tensor Flsmana 2 comprmindo © ‘wbrortagao = =" Element eistonte& Corpo de contend tra Sits, que gvariea ironsmstortega Elemento lslante ‘Compowto espera que trantim os arson aden ao coe ca cole ~ ‘ota ager on omponeries, Sens Seer eaeete ove — = n22200'(2-4) 2e ke [2 -32.(D-d)? distancia entre centros => — |e is onde [k=4-L-2-2-(D+d)| L= comprimento da correia => DEMIUFRT TERA Slemenos & Mispines Pref Fiiode Mao @ D= didmetro maior (correias em “V") d= diémetro menor y4-c-(D-ay +1(D8, +d@,) n= rotagdes das polias motora (1) e movida (2) Definigao: Relagfo de transmiss’o >| 7taréo da_motora rotapiio da movida 7, 2. 44 ou mult 4:1 ou 14 [se ny >n, =pmultiplicagio <1 Bx Ex t=3=1/4 ou redugtio 3:1 ou 1-3 se n, 1 5. ANALISE DAS CARGAS E DETERMINACAO DAS CARGAS As correias estéo submetidas basicamente a dois tipos de tenses. tenso devido ao tracionamento e tenséo devido a flexdo da correia em tomo da polia. A figura 1.10 mostra a configuraro da forca normal (N) resultante do tracionamento inicial, que origina a forza de atrito (uN) necesséria a transmissdo, tanto para correias planas (Gigura 1.108) como para trapezoidais (figura 1.10b). @ Figura 1.10 ~Forga de atito entre a correia ¢ a polia (a) plana e (b) trapezoidal Algumas andlises e defini;Ses, baseadas na figura 1.11, sero agora feitas DEMIUFRT TERA Slemenos & Mispines Pref Fiiode Mao

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