O documento discute os quatro momentos essenciais na produção de materiais de ensino: análise, desenvolvimento, implementação e avaliação. Estes momentos devem ocorrer de forma cíclica e sistemática levando em conta as necessidades dos alunos, os objetivos de aprendizagem e as teorias de aquisição de segunda língua. O conteúdo e as atividades propostas devem progredir da mais fácil para a mais difícil e estratégias de motivação devem ser empregadas.
Descrição original:
Resenha de leitura do texto LEFFA, V. J. Como produzir materiais para o ensino de línguas. In: ________ (org.).
Produção de materiais de ensino: teoria e prática. 2. ed. Pelotas: EDUCAT, 2008,
Título original
RESENHA - LEFFA, J. v. Como Produzir Materiais Para o Ensino de Linguas
O documento discute os quatro momentos essenciais na produção de materiais de ensino: análise, desenvolvimento, implementação e avaliação. Estes momentos devem ocorrer de forma cíclica e sistemática levando em conta as necessidades dos alunos, os objetivos de aprendizagem e as teorias de aquisição de segunda língua. O conteúdo e as atividades propostas devem progredir da mais fácil para a mais difícil e estratégias de motivação devem ser empregadas.
O documento discute os quatro momentos essenciais na produção de materiais de ensino: análise, desenvolvimento, implementação e avaliação. Estes momentos devem ocorrer de forma cíclica e sistemática levando em conta as necessidades dos alunos, os objetivos de aprendizagem e as teorias de aquisição de segunda língua. O conteúdo e as atividades propostas devem progredir da mais fácil para a mais difícil e estratégias de motivação devem ser empregadas.
DEPARTAMENTO DE MTODOS E TCNICAS DE ENSINO ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LNGUA FRANCESA Prof. Ms. Ederson Lima de Souza RESENHA DE LEITURA Leandro Guimares Ferreira LEFFA, V. J. Como produzir materiais para o ensino de lnguas. In: ________ (org.). Produo de materiais de ensino: teoria e prtica. 2. ed. Pelotas: EDUCAT, 2008, p. 15-41 Disponvel em: http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/prod_mat.pdf Acessado em: 25/09/2014. Produzir materiais de ensino um conjunto sequencial de atividades que podem ser desenvolvidas de inmeras maneiras exigindo, porm, a presena de quatro momentos: anlise; desenvolvimento; implementao e avaliao que devem desenvolver-se de maneira cclica, possibilitando assim uma nova anlise a partir da avaliao, e da anlise uma nova avaliao sucessivamente. Esse conjunto sequencial de atividades ao qual chama-se produo de materiais de ensino " tambm um processo sistemtico e de complexidade variada". (p. 15). A Anlise consiste, em primeiro plano, na verificao das necessidades dos alunos atentando para sua individualidade, "seus anseios e expectativas, preferncia por um ou outro estilo de aprendizagem." (p. 16). Isso permite utilizar os conhecimentos subjacentes do aluno no material como trator para a aprendizagem. ver ZPD (VYGOTSKY) e hiptese do i+1 (KRASHEN) O material produzido deve permitir ao aprendiz desenvolver suas competncias lingusticas e comunicativas e, a partir destas, adquirir as demais ainda no apreendidas. O material deve oferecer o insumo necessrio para que o aprendiz, progressivamente, seja capaz de agir linguisticamente nos variados contextos em LS que possam vir a ser exigidos dele posteriormente. O Desenvolvimento depende da definio dos objetivos selecionados a partir da anlise. Eles podem ser gerais ou especficos e distinguem-se pela contiguidade e observabilidade dos comportamentos: os objetivos gerais pretendem-se ao longo de uma unidade ou curso, por exemplo, e representado por verbos de comportamento inobservvel, tais como saber, compreender, interpretar, aplicar, analisar, integrar, julgar, aceitar, apreciar, criar, etc. (p. 18); os especficos, portanto, pretendem-se em uma aula ou atividade e so expressos por verbos de ao, tais como identificar, definir, nomear, relacionar, destacar, afirmar, distinguir, escrever, recitar, selecionar, combinar, localizar, usar, responder, detectar, etc. (p. 18). O objetivo da aprendizagem possui trs componentes imprescindveis: as condies de desempenho, o comportamento que o aluno deve demonstrar e o critrio de execuo da tarefa. Isto , o objetivo est em razo do aprendiz, no do material. O objetivo do material se d na trade dos domnivos cognitivo, afetivo e psicomotor que correspondem, respectivamente, ao conhecimento, s atitutes e s habilidades. Definidos os objetivos necessria a escolha da maneira pela qual se dar sua realizao. Essa escolha intrnseca teoria ou hiptese de aquisio de segunda lngua do professor ver A complexidade da aquisio de segunda lngua
(OLIVEIRA E PAIVA) . Essa relao intrnseca se traduz em uma abordagem:
estrutural; nocional/funcional; situacional; baseada em competncias; baseada em tarefa ou baseada em contedo. Todas defendem pressupostos de aquisio que as separam, podendo, entretando, aparecerem juntas no mesmo material sem prejudicar a aprendizagem. A escolha do contedo deve se dar tendo em vista o(s) objetivo(s) e a(s) abordagem(s) selecionado(s). O contedo serve, pois, de insumo para a aquisio da lngua e para se chegar ao(s) objetivo(s). Os pressupostos de aquisio de segunda lngua do professor/autor refletem, em cadeia, na abordagem, no contedo e nas atividades que sero propostas para atingir a oralidade e a escrita em L2, no tangente compreenso e expresso e sobretudo produo contextualizada. Os recursos para a produo do material so inmeros, desde o papel (clssico) ao digital (moderno). O uso ou no das novas tecnologias no processo de produo do material de ensino fica a critrio do professor/autor e de suas limitaes para tanto. Segundo Leffa (2008), durante a seleo das atividades, deve-se se atender ao ordenamento das atividades, isto , preconizar a suscitao des atividades que vo, progressivamente, do considerado mais fcil para o mais difcil ideia refutada pela teoria dos sistemas complexos, ver BORGES e OLIVEIRA e PAIVA . Assim como definem Gardner e Lamber (1972), entendemos a motivao como processo interior que pode ou no ser estimulado exteriormente. Logo, na produo do material de ensino, o professor/autor deve ater-se a estratgias para a sustentao da motivao, so elas de ateno, de relevncia, de confiana e de satisfao. Essas estratgias correspondem as medidas que precisam ser tomadas para estimular e assegurar a motivao do aprendiz. A Implementao o feedback, portanto, ela gradua-se segundo o indivduo que utilizar o material elaborado. Se o material for utilizado pelo professor/autor, este mobilizar os recursos necessrio para por em prtica as atividades que props. Em se tratando, porm, de uma material destinada a outro professor, o professor/autor deve explicitar de que maneira foi concebida a realizao da atividade, para que os objetivos possam ser atingidos. Em terceiro lugar, se o material for concebido para aprendizes autnomos, isto , que trabalhararo a aquisio da lngua alvo sem a presena de um professor, faz-se necessria a adoo de atividades que permitam a conferncia da validade das resposta dadas, dos enunciados produzidos e da compreenso adquirida. A Avaliao varia em graus de formalidade segundo o pblico ao qual se dirige o material e a relao do professor/autor com esse pblico e material. Em uma situao em que o professor produz um material de ensino que usar com seus aprendizes, seja em uma turma ou em vrias sucessivamente, a avaliao pode ser mais informal e verificada no dia a dia, frente a resposta dos aprendizes s atividades. Em uma situao em que o material ser usado conjuntamente por diversos professores com turmas que no esto ao acesso do professor/autor h processos de verificao como questionrios e protocolos que, atualmente, tm sido vistos como procedimentos pouco eficazes de aferio, uma vez que os aprendizes podem se preocupar em responder o que acreditam que agradar ao professor ao invz de expressarem sua opinio verdadeira. Concluindo, a produo de material de ensino precisa ignorar as abordagens tradicionais e modernas que centram o a aprendizagem no professor ou no aprendiz. No contexto do material de ensino, a aprendizagem deve focalizar-se na tarefa.