Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Quando o sol de
manhanzinha
Laureava de oiro os céus
Ó sol, rei da natureza! Repara senhora lua
Baixai soubre mim a fonte! Neste encanto que me
enleia!
Reparai bem na beleza
Não tenho a beleza tua
Desta papoula do monte!” Mas vê, também não sou
E o sol, achando-lhe graça fria!”
Respondia-lhe ladino: E se a chuva miudinha
Em ti a luz que esvoaça Caía, branda, dos céus
Bom dia, sol pequenino!” Ela agitava a touquinha
Por isso a Dona Papoula Ciciando “Adeus!, Adeus!
Era tola, tola, tola!... Chuva que matais a sede
A toda a planta singela…
E quando a lua à noitinha
Atentai, senhora, vede:
Prateava a terra e os céus
Onde existe flor mais bela?”
Ela agitava a touquinha
Murmurando: “Adeus!, E a chuva num doce afago
Adeus! Respondia assim: “Ó flor
Eu sou água e não apago
O fogo da tua cor!”
Por isso a Dona Papoula Disse-lhe o vento:”Lá
Era tola, tola, tola!... vou!”
E, numa forte rajada
Um dia, em que o vento
vinha Num instante lhe
Soprando à doida nos céus arrancou
Ela agitou a touquinha A sua touquinha
encarnada!
Exclamando: “Adeus!,
Adeus! E assim morreu a papoula
Onde é que vai, senhor Por ser tola, tola, tola!...
vento,
Nessa carreira inaudita? FIM
Baixe até mim um
momento!
Veja como sou bonita!”
Histórias transcritas e desenhadas em 1953 por
Clementina Pires
e formatado para Powerpoint em 2010 por Álvaro