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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
NORMAS PARA
ELABORAÇÃO DE
PROJETOS, DISSERTAÇÕES,
TESES E OUTROS
TEXTOS ACADÊMICOS
Texto-base aprovado na
reunião do Colegiado do
Programa, do dia 1 de
dezembro de 1997.
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3ª e
2000
Normas para elaboração de projetos, dissertações, teses e outros textos acadêmicos
(Normas Complementares n° 5, aprovadas em 1/12/1997, do Regulamento do Programa de
Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade)
Corpo docente:
Celso João Ferretti • João dos Reis Silva Júnior • José Geraldo Silveira Bueno • José Leon
Crochik • Kazumi Munakata • Luiz Carlos Barreira • Maria das Mercês Ferreira Sampaio •
Maria Helena Bittencourt Granjo • Maria Machado Malta Campos • Marta Maria Chagas de
Carvalho • Mirian Jorge Warde • Nereide Saviani • Nora Krawczyk • Odair Sass • Sergio Hadad
NORMAS PARA
Coordenação: ELABORAÇÃO DE
A estrutura de projetos de dissertação e teses
Celso João Ferretti e Odair Sass PROJETOS, DISSERTAÇÕES,
Normas para elaboração de textos
Kazumi Munakata TESES E OUTROS
Texto final e editoração eletrônica:
Kazumi Munakata
TEXTOS ACADÊMICOS
Terceira edição corrigida e ampliada
1. Estrutura básica
A estrutura básica proposta para a elaboração de projeto de pesquisa deve
contemplar os seguintes itens: a) Resumo; b) Introdução e Justificativa; c) Definição do
tema e do problema; d) Objetivos; e) Hipóteses; f) Procedimentos da pesquisa; g) Pro-
cedimentos da análise; h) Cronograma de execução; i) Referências bibliográficas; j)
Anexos (se for o caso).
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configuram a questão/problema, a contribuição para a teoria ou para a prática que o referem. Portanto, aqui devem ser indicados os textos a ser lidos e os principais concei-
tema envolve. tos a ser utilizados, sempre em conformidade com os objetivos, isto é, deve estar claro
c) Definição do tema e do problema: no caso do tema, apresentar o assunto na forma o porquê da escolha destes textos e conceitos;
específica em que ele será tratado; no caso do problema, formulá-lo através de uma f4) a dimensão empírica da pesquisa exige definições muito claras seja
pergunta central que pode ser a expressão de um conjunto articulado de outras pergun- para avaliar a sua exeqüibilidade, seja para dimensionar tempo, recursos etc., necessári-
tas. os à realização do projeto. Nesse sentido, se o projeto demandar levantamento e estudo
d) Objetivos: à luz do que foi apresentado nos itens anteriores, descrever os de documentos, impressos, filmes etc., é necessário saber se tais fontes existem, se
objetivos, gerais e específicos, de forma clara e operacionalizada. estão disponíveis, se podem ser consultados etc. Caso envolva entrevistas, questionári-
e) Hipóteses: a formulação de hipóteses, na forma de hipótese científica (causal os, escalas ou provas padronizadas, por exemplo, é necessário explicitar quais as carac-
ou correlacional) ou de hipóteses estatísticas a ser testadas, depende da área de estudo terísticas ou modelo do(s) instrumento(s), número de sujeitos da amostra, o perfil dos
ou da configuração particular da pesquisa. Em pesquisas de caráter exploratório, em entrevistados (sexo, idade, faixa etária, condição profissional, nível de escolaridade ou
que o campo de investigação não está claramente configurado, ou na circunstância em outras características consideradas importantes para o estudo), os critérios de escolha
que primeiro é necessário levantar dados, informações, documentos etc., a formulação que serão adotados; enfim, são necessários o plano de amostragem e o(s) modelo(s)
de hipóteses pode ser uma etapa posterior. Há também aqueles casos em que o pesqui- do(s) instrumento(s) a ser utilizado(s). Em suma, há necessidade de definição clara dos
sador deliberadamente, seja em decorrência do referencial teórico adotado, por resis- instrumentos e das técnicas de que se fará uso, justificando-os e, quando possível, especi-
tência ou desconhecimento, não considera crucial a explicitação de hipóteses. Isso não ficando seus elementos constitutivos. Vale ainda insistir quanto à especificação dos
significa a ida a campo sem intencionalidade ou orientação teórica, mas expressa a procedimentos de pesquisa acerca do seguinte aspecto: é necessário descrever o mais
decisão deliberada de postergar, para fins de pesquisa, a formulação de hipóteses espe- detalhadamente possível e em seqüência as etapas da pesquisa. Se for pesquisa qualita-
cíficas. tiva, dizer como pretende coligir e dispor o material a ser analisado; se for pesquisa
f) Procedimentos da pesquisa: para a definição dos procedimentos da pesquisa, quantitativa, incluir também as medidas e os testes estatísticos a ser adotados.
deve-se partir, pelo menos, dos seguintes pressupostos: g) Procedimentos da análise: indicar as formas e as técnicas pelas quais os dados
f1) entende-se que toda pesquisa comporta a dimensão teórica, seja ela ou as informações serão analisados, tomando por base as escolhas teóricas e
científica ou filosófica; em ambos os casos, a pesquisa exige procedimentos e métodos metodológicas, bem como as características da pesquisa que se pretende desenvolver.
específicos da ciência ou da reflexão filosófica; A distribuição aqui estabelecida entre procedimentos de natureza quantitativa
f2) a pesquisa científica implica estudo empírico que, por seu turno, e qualitativa tem forte apelo didático, uma vez que massas de dados estatísticos com-
supõe o uso de informação disponível e/ou sua produção, bem como o estabelecimen- portam e devem comportar, para o bom entendimento, interpretações baseadas em
to de relações entre a empiria e a teoria; entendida a empiria de forma ampla e a teoria
induções e deduções que implicam descrições, análises, sínteses, inferências e
como expressão concreta do real;
interpolações.
f3) a investigação científica implica a escolha e a utilização justificada,
Da mesma maneira, o estudo de um caso singular ou de um pequeno conjunto
teórica e prática, de conceitos, instrumentos de análise e revisão bibliográfica, seja do
de informações das qualidades do objeto de estudo pode extrair bom aproveitamento
ponto de vista metodológico, seja da perspectiva do conteúdo a que o tema e o problema se
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das técnicas quantitativas, que possibilitam a agregação e a racionalização de tais infor- tas, reiterações de situações ou atos etc.
mações. As observações assistemáticas implicam, por seu turno, uma análise que, em
Os procedimentos quantitativos privilegiam a elaboração de quadros e tabelas primeiro lugar, destaca aspectos emergentes da situação e o contexto desta situação
estatísticos que permitam agrupar e diferenciar os dados disponíveis em consonância tendo em vista a definição de categorias.
com o problema e as hipóteses formuladas no projeto de pesquisa. A análise de conteúdo é constituída por um conjunto de procedimentos sistemá-
Dados dessa natureza podem ser tratados em diversos níveis de complexidade. ticos que podem ser aplicados à análise de documentos, de questões abertas de um
Assim, para efeito de descrição adequada podem ser usadas simples computações de questionário, de entrevistas, de textos de comunicação em massa, de livros didáticos
freqüência, porcentagens ou proporções. Se o estudo exigir análise das tendências po- etc., podendo ser realizada sob uma perspectiva quantitativa (freqüência da incidência
derão ser obtidas medidas estatísticas de tendência central (média, moda, mediana etc.), de certos termos, por exemplo) ou qualitativa valendo-se de procedimentos de
de dispersão (variância, desvio padrão, coeficiente do variação etc.). Análises que impli- codificação, categorização, inferência e de técnicas como análise categorial, de avalia-
quem a verificação de hipóteses estatísticas exigem técnicas de inferência estatística, ção, de enunciação, de expressão de relações e de discurso.
tais como: cálculo do “quiquadrado”, análise do variância análise fatorial etc. h) Referências bibliográficas: adotar as Normas para elaboração de textos.
Em todos os casos, os dados assim tratados deverão ser apresentados sob a i) Cronograma de execução: descrição detalhada das atividades, divididas por se-
forma de tabelas, quadros e gráficos, de acordo com as normas já adotadas pelo Pro- mestres.
j) Anexos: referem-se a documentos, tais como: legislação, normas, fotografias,
grama.
entrevistas, quadros, tabelas etc., desde que não sejam incorporados ao corpo do proje-
Quanto aos procedimentos de natureza quantitativa, as análises concentram-
to. Este item deve ser contemplado na medida em que seja indispensável ao pleno
se em torno de material coletado através de entrevistas, observações, documentos ou
entendimento do projeto de pesquisa.
impressos. Tais análises variarão de acordo com o problema, as hipóteses, os instru-
mentos usados na coleta dos dados e as características dos próprios dados
É importante prever, no caso das entrevistas, se se procederá a uma análise
temática que demanda a escolha, prévia ou a posteriori, de categorias que permitirão
recortar um conjunto do entrevistas tendo em vista essas categorias (temas). Ou, ao
contrário, se se tomará cada entrevista como uma totalidade a ser comparada, relacio-
nada, com as demais. Neste caso, evidentemente, o que predomina é a pessoa do entre-
vistado e não os temas.
No caso das observações, a análise deverá ser compatível com o tipo de observa-
ção realizada. Nas observações sistemáticas, que implicam o uso de roteiros, definição
de termos e espaços, categorias etc., a análise deverá contemplar freqüência de respos-
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Normas para elaboração de textos
V – Da apresentação gráfica
Art. 16° – Capa
a) No alto da capa deverá constar o nome completo do aluno.
b) No centro da capa – o título do trabalho e se houver o subtítulo.
c) Abaixo do título – Mestrado ou Doutorado e área à qual o aluno
pertence.
d) Embaixo - PUC/São Paulo - ano da defesa.
Art. 17° – Página de Rosto
a) No alto da página deverá constar o nome completo do aluno
b) No meio da página, o título do trabalho e subtítulo se houver
c) Mais abaixo deverá constar a seguinte referência:
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Art. 18° – Página de Aprovação
Deverá constar uma página dedicada à Comissão Julgadora (na parte
FORMULÁRIO PARA ELABORAÇÃO DA FICHA CATALOGRÁFICA inferior da página). Nesta página deverão constar, na parte inferior,
(DISSERTAÇÃO E TESE) três linhas em branco para mestrado e cinco linha para doutorado,
onde a respectiva banca examinadora assinará.
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dos a que se chegou no texto. Responde assim às questões: De que natureza é o 1. Abstract: colocada imediatamente após o Resumo do Trabalho (Art. 19°), deve
trabalho analisado (pesquisa empírica, pesquisa teórica, levantamento documental, consistir de tradução, para o inglês, desse resumo.
pesquisa histórica, etc)? Qual o objeto pesquisado/estudado? O que se pretendeu de- 2. Agradecimentos: colocada imediatamente após Página Dedicatória, também des-
de que o autor queira manifestar seus agradecimentos.
monstrar ou constatar? Em que referências teóricas se apoiou o desenvolvimento do
3. Lista de Figuras, Lista de Tabelas e Lista de Abreviaturas: colocadas, se ne-
raciocínio? Mediante quais procedimentos metodológicos e técnico-operacionais se
cessárias, imediatamente após o Sumário (ou, no vocábulo da Resolução, Índice Geral).
procedeu? Quais os resultados conseguidos em termos de atingimento dos objetivos
4. Corpo Completo do Trabalho deve conter as seguintes partes dispostas nessa
propostos?
ordem:
O perfil do Resumo a. Introdução
O texto do Resumo deve ser composto de um único parágrafo, com uma b. Capítulos (divididos, se for o caso, em Partes)
c. Conclusão ou Considerações Finais
extensão entre 200 a 250 palavras, ou seja, de 1400 a 1700 caracteres, computando-
d. Bibliografia: esta deve ser composta tão somente de obras e fontes efetiva-
se todos os seus elementos. Limitando-se a expor objetivamente o conteúdo do texto,
mente lidas e utilizadas no trabalho. Se houver necessidade de fazer referências
não deve conter opiniões ou observações avaliativas, nem conter desdobramentos
a obras que, embora não utilizadas, possam contribuir para o aprofundamento
explicativos. Inicia-se com a referenciação bibliográfica do documento e se encerra de um determinado tema, a sua indicação deve ser feita no trecho correspon-
com a indicação dos cinco unitermos temáticos mais significativos do texto. A dente, em nota de rodapé.
formatação do texto (indicação da fonte, do tipo de letra, seu tamanho, espaço e. Anexos: se houver necessidade.
interlinear, margens etc.) fica a critério dos organizadores e na dependência do tipo de
publicação em que os Resumos serão divulgados.*
* Observe-se que há uma discrepância entre o tamanho do Resumo proposto pela Resolução e o do prof.
Severino, que deverá ter precedência nos trabalhos elaborados no Programa.
** Os alunos ingressantes até 1998, inclusive, devem ainda adotar o nome até então em vigor do Progra-
ma, isto é, Educação: História e Filosofia da Educação.
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2. Normas de grafia Citação de obras em língua estrangeira: Deve ser traduzida. Caso necessário, trans-
Em geral, essas normas são de escolha arbitrária, mas uma vez aceitas devem crever em nota de rodapé o trecho original.
ser adotadas uniformemente em todo o texto.
Itálico: Ver Trechos enfatizados.
Aspas: Usam-se preferencialmente as aspas para citação (ver). Elas são também utili-
zadas para indicar palavras com sentido figurado, gírias ou com intenção irônica, mas Jornais, periódicos: O jornal que todos conhecem por “Estadão” chama-se O Estado
convém não abusar desse recurso. As aspas não devem nunca ser empregadas para de S.Paulo e não “O Estado de São Paulo” ou “Estado de São Paulo”. Do mesmo modo,
ressaltar palavras ou frases, para o que existe o itálico (ver Trechos enfatizados). Quando, a “Folha” chama-se Folha de S.Paulo e não “A Folha de São Paulo” ou “Folha de São
numa citação entre aspas, houver um trecho também entre aspas, estas devem ser subs- Paulo”. Atenção idêntica deve ser observada em outros periódicos – por exemplo, Veja
tituídas por aspas simples (‘ ’). (e não “A Veja” ou “Revista Veja”); IstoÉ (e não “Isto É”); etc.
Citação: Em geral, as citações com mais de três linhas devem ser apresentadas em Maiúscula/minúscula: A letra maiúscula não deve ser utilizada como recurso para
destaque, separadas do corpo do texto, com recuo na margem esquerda, com corpo enfatizar palavras ou frases (ver Trechos enfatizados). Ela só deve ser empregada no
(tamanho da letra) e entrelinha (distância entre as linhas) menores e sem aspas. Nesse início da frase e em inicial de nomes próprios, embora haja controvérsias sobre o que
caso ou em citações com menos de três linhas – no próprio corpo do texto, entre aspas vem a ser isso. Escrevem-se em minúsculas as formas de tratamento usuais e suas
–, as indicações da referência bibliográfica e da página devem ser colocadas após a abreviaturas – senhor(a); doutor(a); dom(na) –, mas em maiúsculas, as formas cerimo-
citação. (Ver Referência bibliográfica, Bibliografia e Nota de rodapé.) Exemplo niosas de tratamento (e suas abreviaturas), como Vossa Excelência, Sua Santidade,
de citação que não ultrapassa três linhas: “A citação deve ser exata, textual e devidamente Vossa Eminência. Nomes dos cargos são também em minúsculas (presidente, ministro,
identificada” (Pinto, 1993, p. 79). Exemplo de citação com mais de três linhas: governador, prefeito, general, rei etc.), mas há quem defenda que essas palavras, quan-
do indicarem a instituição correspondente deve ter sua inicial grafada em maiúscula
Os erros tipográficos evidentes devem ser corrigidos. [...]
A citação deve ser atualizada de acordo com o sistema ortográfico (escreve-se “presidente Dutra”, pois a expressão refere-se a uma pessoa singular, mas
vigente, excetuando os textos de valor histórico ou aqueles cujos es- escreve-se “Presidente do Brasil”, por indicar a instituição Presidência). A propósito,
critos originais se destinam a apreciação. (Pinto, 1993, p. 79.)
os nomes genéricos das instituições têm inicial em maiúscula (República, Presidência,
Universidade, Igreja etc.). Palavras que indicam acidentes geográficos, logradouros,
Citação da citação (ou citação de segunda mão): Indica-se uma citação de segunda
edifícios e similares também têm sua inicial em maiúscula (Rio Tietê, Rua Monte Ale-
mão com a expressão latina “apud” (que significa, em português, “junto de”), seguida
gre, Torre Eiffel, Aeroporto de Congonhas etc.). Muitos escrevem “País” para indicar o
da indicação da fonte da qual ela foi retirada. Por exemplo: “segundo Gramsci, o ‘libe-
Brasil, e geralmente se grafa “Estado” ao se referir à unidade da Federação (Estado do
ralismo é um programa político destinado a modificar, quando triunfa, os dirigentes de
Pará). Ver também Sigla.
um Estado e o programa econômico do próprio Estado’” (apud Frigotto, 1989, p. 106).
Recomenda-se, no entanto, utilizar esse tipo de citação apenas em casos de obras
Negrito: Ver Trechos enfatizados.
raríssimas ou cuja leitura não seja relevante para os objetivos do trabalho.
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Numeral: Os numerais zero, um a dez, cem e mil devem ser escritos por extenso; o de Normas Técnicas (ABNT), “utilizam-se fios horizontais para separar os títulos das
restante é grafado em algarismos arábicos (11; 12; 13; 415 etc.). Emprega-se, porém, a colunas no cabeçalho e fechar a tabela ou quadro no pé. Evitam-se fios verticais para
forma mista em números redondos ou aproximados, como 2 milhões; 1,7 bilhão (e não separar as colunas”. A seguir, são apresentados exemplos de tabela e de quadro:
1,7 bilhões, pois nesse número há apenas uma unidade de bilhão); 0,8 mil. É sempre
recomendável que num bloco de texto em que se trata de um mesmo assunto a ordem
de grandeza seja homogênea (por exemplo, 0,2 milhão e 3 milhões, em vez de 200 mil
Tabela 2.5
e 3 milhões). Essa ordem de grandeza deve ser sempre explicitada mesmo que isso Título descrevendo a tabela
implique repetições e mesmo que na linguagem oral se faça sua elipse; deve-se escrever
[na numeração, “2” equivale ao número do capítulo;
“eu lhe devo 2 mil ou 3 mil” (na fala se diz “eu lhe devo 2 ou 3 mil”); “a inflação subiu “5”, ao da tabela no capítulo]
entre 5% e 6%” (em vez de “a inflação subiu entre 5 e 6%”). No vernáculo, o sinal que
separa os décimos da unidade é vírgula (por exemplo, “10,3”); a cada três casas deve
haver um ponto (por exemplo, “1.459”; “1.546.909.875”), à exceção dos números indi- Ca beça lho 1 Ca beça lho 2 Ca beça lho 3 Ca beça lho 4
cando os anos (“1500”; “1977”) e páginas (“p. 1051”). x y z w
x y z w
Sigla: Nas siglas não se usam pontos para separar as letras (escreve-se “PUC” e não
“P.U.C.”). As siglas com até três letras escrevem-se sempre em maiúsculas; as com x y z w
quatro ou mais, caso pronunciável, com inicial em maiúscula e o restante em minúsculas Fonte: Indica çã o da fonte, a no.
(por exemplo, “Incra”, mas “CPFL”). Algumas empresas e instituições, no entanto, * Nota de roda pé
fazem questão de manter suas siglas, pronunciáveis, com mais de quatro letras, todas
em maiúsculas (por exemplo, as Normas para publicações da Universidade Estadual Paulista,
embora reafirmem a regra da grafia das siglas, admite exceção para a sigla da sua
própria universidade, que, dizem, deve-se grafar “UNESP”).
A sigla não deve ser utilizada em títulos e, quando mencionada pela primeira
vez, deve ser precedida do seu significado por extenso.
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Quadro 5.1 3. Referência bibliográfica, bibliografia e nota de rodapé
Role-Style Differentiae in the Lewin, Lippitt, and As normas de referência bibliográfica constituem tópico em que há muitas
White “Group Atmosphere” Studies
divergências. Segundo A manual of style, da Universidade de Chicago, a referência bibli-
ográfica no pé da página (rodapé) é empregada em áreas que não a de ciências naturais;
Authorita ria n Democra tic* La issez fa ire estas adotam mais o sistema de “autor e data”. Mas a “bíblia” de Chicago diz dar
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Como já foi dito, o Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Gazzaneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
História, Política, Sociedade (ex-História e Filosofia da Educação), da PUC/SP, dá
preferência ao sistema “autor e data”, mas também admite o de notas de rodapé com • Dois ou três autores: nesse caso, mencionam-se todos os autores, na ordem em
que aparecerem na obra, segundo o formato [SOBRENOME em maiúscula, Pre-
indicações numéricas. Alerta, no entanto, que o sistema mais adotado nas publicações
nome em Maiúscula apenas na inicial], separados de vírgula. Exemplo:
acadêmicas, nacionais e internacionais, é o de “autor e data”. Convém lembrar que há
vários programas de computador que organizam fichários bibliográficos, cujos dados
CHARTIER, Anne-Marie, CLESSE, Christiane, HÉBRARD, Jean. 1996. Tradução:
podem ser posteriormente dispostos segundo padrões diversos, permitindo a sua
Carla Valduga. Porto Alegre: Artes Médicas.
reordenação segundo as normas exigidas em cada veículo de publicação. Isso também
pode ser feito por quaisquer programas de gerenciamento de bancos de dados, contanto • Mais de três autores: nesse caso, menciona-se o primeiro autor que aparecer na
que se criem campos adequados para tal. publicação, segundo o formato [SOBRENOME em maiúscula, Prenome em Mai-
A seguir, estão especificadas as normas de referência bibliográfica e sua indi- úscula apenas na inicial], e, em seguida, a expressão latina “et alii” (atenção: “alii”,
cação no texto, segundo cada sistema: com um “l” e dois “i” e não “alli”) ou sua abreviação “et al.”. Exemplo:
3.1. Sistema “autor e data” KORSCH, Karl et al. 1973. La contre-révolution bureaucratique. Paris: Union Générale
3.1.1. Referência bibliográfica d’Éditions (10/18).
• O formato básico é: SOBRENOME [em MAIÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE
do autor], [vírgula] Prenome (em Maiúscula apenas na inicial). [ponto] data. [ponto] • Em caso de o nome indicar o editor (ed.; plural “eds.”), o organizador (org.; plural
Título da obra em itálico (apenas a primeira letra em maiúscula, a não ser, obviamente em casos “orgs.”), o coordenador (coord.; plural “coords.”) etc., indica-se essa função entre
de nomes próprios). [ponto] Tradução (se houver): [dois pontos] Prenome e Sobrenome parêntesis logo após [SOBRENOME, Prenome]. Exemplo:
(nessa ordem) do tradutor. [ponto] Número da edição (se houver). [ponto] Local
(nome da cidade): [dois pontos] editora. [ponto] PAIVA, Vanilda (org.). 1986. Perspectivas e dilemas da educação popular. Rio de Janeiro:
Graal.
• Obs.1: deve-se escrever apenas o nome da editora (por exemplo, “Brasiliense”
e não “Editora Brasiliense”, a não ser em casos em que a palavra “editora” • Quando uma publicação for assinada por uma entidade, esta deve ser indicada como
esteja incorporada ao nome (por exemplo, Editora do Brasil). autor.
• Obs.2: nas referências que excederem uma linha, a segunda linha e seguin- • Quando a entidade for um órgão governamental de administração direta, a autoria
tes devem apresentar-se com um recuo de aproximadamente quatro letras. deve ser representada pelo nome geográfico (país, Estado ou município) que indi-
Exemplo: que o nível de subordinação desse órgão. Exemplo:
GRAMSCI, Antonio. 1988. Maquiavel, a política e o Estado moderno. Tradutor: Luiz Mário
22 23
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. 1997. Guia de livros didáticos. 1ª a 4ª [ponto] Número da edição (se houver). [ponto] Local (nome da cidade): [dois pon-
séries. Brasília: SEF. tos] editora, [vírgula], pp. página inicial-página final. [ponto] Exemplo:
• Os sobrenomes compostos são escritos na ordem em que aparecem quando: CUNHA, Luiz Antônio. 1990. Políticas públicas para o ensino superior no Brasil. In:
• ligados por hífen. Exemplo: Scherer-Warren, Ilse. FRANCO, Maria Laura, ZIBAS, Dagmar (org.). Final do século: desafios da educação
• o segundo nome for indicativo de parentesco. Exemplo: Prado Jr., Caio. na América Latina. São Paulo: Cortez, pp. 157-179.
• um dos nomes for um adjetivo. Exemplo: Castelo Branco, Carlos.
• o nome do autor for conhecido pela forma composta. Exemplo: Machado • Obs.1: O termo “In:” só se emprega em referências de artigos em coletâne-
de Assis, Joaquim Maria. as e não em periódicos.
• o nome for espanhol. Exemplo: García Márques, Gabriel. • Obs.2: Não se emprega o termo “In:” para indicar capítulo que não for
artigo isolado.
• A referência de artigo em periódicos obedece o formato SOBRENOME [em MAI-
ÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE do autor], [vírgula] Prenome. [ponto] data. [ponto] • A referência de teses e dissertações obedece o formato SOBRENOME [em MAI-
Título do artigo em letra normal (apenas a primeira letra em maiúscula, a não ser, ÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE do autor], [vírgula] Prenome. [ponto] data. [ponto]
obviamente em casos de nomes próprios). [ponto] Nome do periódico em itálico, [vírgu- Título da obra em itálico (apenas a primeira letra em maiúscula, a não ser, obviamente em casos
la] local da publicação, [vírgula], vol. ou ano [se houver], [vírgula], n°, [vírgula] pp. de nomes próprios). [ponto] Grau acadêmico, [vírgula] instituição em que foi apresen-
página inicial-página final. [ponto] Exemplo: tada. [ponto] Exemplo:
NUNES, Clarice. 1992. História da educação brasileira: novas abordagens de velhos DUTRA, Eliana Regina de Freitas. 1990. O ardil totalitário: ou a dupla face na construção do
objetos. Teoria & Educação, Porto Alegre, n° 6, pp.151-182. Estado Novo. Tese de doutorado, Departamento de História da Faculdade de Filo-
sofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo.
• A referência de artigos em coletâneas obedece o formato SOBRENOME [em MAI- • Obs.: não há necessidade de indicar o tipo de reprodução (mimeo. ou datilo.)
ÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE do autor], [vírgula] prenome. [ponto] data. [ponto] que, além de indicar técnicas não mais empregados, não tem nenhuma uti-
Título do artigo em letra normal (apenas a primeira letra em maiúscula, a não ser, lidade.
obviamente, em casos de nomes próprios). [ponto] In: [dois pontos] SOBRENO-
ME em MAIÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE do autor (se for o próprio autor do 3.1.2. Indicação da referência
artigo, pode ser suprimido) ou do editor, organizador etc. da coletânea, [vírgula] • No sistema “autor e data”, a indicação da referência é feita após citação ou menção
Prenome. [ponto] (em caso de editores, organizadores, coordenadores etc., fazer a a ela, colocando-se entre parênteses o sobrenome do autor, a data da publicação da
indicação correspondente). [ponto] Título da obra em itálico (apenas a primeira letra obra referida e, quando necessário, a página; todos esses elementos devem ser sepa-
em maiúscula, a não ser, obviamente em casos de nomes próprios). [ponto] Tradu- rados por vírgulas. Exemplo:
ção (se houver): [dois pontos] Prenome e Sobrenome (nessa ordem) do tradutor.
24 25
De tal forma esses mecanismos reguladores estiveram inseridos no fazer diá- publicação da obra (e não pela ordem alfabética do título), ambos em modo cres-
rio do professor, que o poder que daí derivou tornou-se “invisível por sua
incorporação na própria estrutura do trabalho” (Apple, 1986, p. 226). cente.
• Quando houver referências diferentes de obras do mesmo autor, seu nome, a partir
• Quando o autor é mencionado no texto, a indicação vem logo após seu nome. da segunda referência, deve ser substituído pelo sinal “___________”. Exemplo:
Exemplo:
De tal forma esses mecanismos reguladores estiveram inseridos no fazer diá- DURKHEIM, Emile. 1995. A evolução pedagógica. Tradução: Bruno Charles Magne. Por-
rio do professor, que, segundo Apple (1986, p. 226), o poder que daí derivou to Alegre: Artes Médicas.
tornou-se “invisível por sua incorporação na própria estrutura do trabalho”.
____________. 1997. La educación moral. Tradução: María Luisa Navarro. 2a ed. Buenos
• As obras do mesmo autor publicadas no mesmo ano são identificadas com acrésci- Aires: Losada.
mo de letras em minúscula, na seqüência alfabética ascendente. Obviamente essa
forma de indicação da data deve ser adotada também na bibliografia Exemplo:
(Stokes, 1995a) e (Stokes, 1995b).
3.2. Sistema “citação e nota”
• Em casos de autores diferentes com mesmo sobrenome e publicação na mesma • Nesse sistema, a citação de uma obra ou a menção a ela é seguida por um indicador
data ou de autores com sobrenome muito comum, as referências são distinguidas numérico que identifica a nota de rodapé correspondente. Como a ordem em que as
acrescentando-se as iniciais de seus prenomes. Por exemplo: (Martins, M., 1996) e referências aparecem na nota de rodapé não obedece a nenhum critério de organiza-
(Martins, W., 1996); (Silva, T. T., 1991) e (Silva, M. A. da, 1984). ção, é preciso redistribuí-las numa bibliografia, baseada em seqüência alfabética
ascendente.
• Quando houver dois autores, separam-se seus sobrenomes com o sinal “&”. Exem-
plo: (Bourdieu & Passeron, 1975, p. 163); no caso de três autores, com vírgula e, 3.2.1. Referência bibliográfica
depois, com o sinal “&” ou “e”. Por exemplo: (Benson, Marsden & Meadows, 1974, 3.2.1.1. Na bibliografia
p. 15) ou (Benson, Marsden e Meadows, 1974, p. 15). Mas, se os autores forem • O formato básico (que a ABNT pretende que seja válido também para o sistema
mencionados no meio do texto, substitui-se o sinal “&” por “e”: Benson, Marsden “autor e data”) é: SOBRENOME [em MAIÚSCULA ou em VERSAL VERSALETE do
e Meadows (1974, p. 15). autor], [vírgula] Prenome. [ponto] Título da obra em itálico (apenas a primeira letra em
maiúscula, a não ser, obviamente em casos de nomes próprios). [ponto] Tradução
• Com mais de três autores, identifica-se apenas o primeiro autor (na ordem em que (se houver): [dois pontos] Prenome e Sobrenome (nessa ordem) do tradutor. [ponto]
aparece na obra), seguida da expressão latina “et alii” ou sua abreviação “et al.”. Número da edição (se houver). [ponto] Local (nome da cidade): [dois pontos] edito-
ra, [vírgula] ano da publicação. [ponto] Exemplo:
3.1.3. Organização das referências
• No sistema “autor e data” a bibliografia deve ser organizada, em primeiro lugar, GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o Estado moderno. Tradutor: Luiz Mário
pela ordem alfabética do sobrenome do autor e, em seguida, pela ordem da data de
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Gazzaneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1988 3.2.1.3. Na nota de rodapé
• Como se vê, a única diferença em relação ao sistema “autor e data” consiste na • Aqui, a referência é mais complexa. Adota-se o formato idêntico ao da bibliografia,
localização da data e no regime da pontuação – o que também é válido para todos à exceção do nome do autor, que deve ser escrito na seqüência de Prenome e Sobre-
os casos possíveis (vários autores, artigo de coletânea, artigo de periódico etc.). nome, com maiúsculas somente nas iniciais; após a referência, deve-se indicar a
paginação correspondente. Além disso, os tamanhos da letra e da entrelinha devem
• Quanto à organização da bibliografia, esse sistema também se distingue do “autor e ser menores que os adotados no corpo do texto. Exemplo:
data”, na medida em que a seqüência é dada pela ordem alfabética, ascendente, do 1. Antonio Gramsci. Maquiavel, a política e o Estado moderno. Tradutor: Luiz Mário Gazzaneo. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1988, pp. 17-18.
nome e, depois, do título.
• Quando em notas sucessivas for mencionado a mesma obra, deve-se substituir a
3.2.1.2. Indicação da nota de rodapé
referência completa pela expressão latina “Idem, ibidem” (ou, abreviando, “id., ibid.”);
• As notas de rodapé, como sugere o próprio nome, devem se localizar no pé da “Idem” refere-se ao autor e “ibidem” à obra.
página e nunca ao final da publicação.
• No texto, a nota de rodapé deve ser indicada em algarismos arábicos, na seqüência • Quando, porém, a referência a uma mesma obra for intercalada por uma nota refe-
ascendente, escrito no modo sobrescrito, sempre após ponto, vírgula, ponto-e-vírgula,
rindo-se a uma outra obra, deve-se usar a expressão “op. cit.” (abreviação de “opus
parêntesis, travessão etc., quando estes houver.
citatum”, isto é, “a obra citada”), antecedida do nome do autor. Há casos em que já
• Convém reiniciar a numeração das notas a cada capítulo. se mencionaram obras diferentes do mesmo autor; então, a obra deve ser identificada
• No rodapé, as notas devem ser iniciadas com o número correspondente, que pode com o título, colocado antes de “op. cit.”. Exemplo:
ter o fomato de “número (tamanho normal). [ponto]” ou “número (sobrescrito)”.
• O rodapé deve se distinguir do corpo do texto por uma tipologia diferente (geral- 1. Antonio Gramsci. Maquiavel, a política e o Estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1988, pp.
mente tamanho e entrelinha menores). Deve também estar separado do corpo do 17-18.
2. Sidney Chalhoub. Cidade febril. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 55.
texto por uma linha horizontal de aproximadamente 5 cm. 3. Idem, ibidem, p. 55.
• Obs.: Atualmente, todos os programas de computador para edição de texto 4. Sidney Chalhoub. Visões da liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 87.
5. Antonio Gramsci, op. cit., p. 67.
possuem recursos que automatizam a criação de notas de rodapé e seus 6. Sidney Chalhoub. Cidade febril, op. cit., p. 103.
indicadores, além de possibilitarem a configuração do seu formato de acor-
do com as normas adotadas pelo usuário. 3.3.1. Referência de obras em mídia eletrônica
A ABNT ainda não elaborou normas de referência para esse tipo de obra.
Uma possível referência é acrescentar a um dos dois formatos aqui apontados informa-
ções sobre a mídia. Por exemplo:
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das doenças. Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 2, n° 1. Texto disponível 4. Apêndices
na Internet: http://www.uepg.br/rhr/v9706.htm, em 23 jun. 1997. 4.1. Normas básicas de datilografia/digitação
• A lacuna que separa os elementos gráficos (por exemplo, entre duas palavras)
• Obs. A data de acesso é importante, pois as páginas virtuais podem desa- deve ser feita por um e apenas um espaço.
parecer a qualquer momento. • O recuo do parágrafo, o alinhamento recuado das citações ou das tabelas etc.
devem ser feitos por tabulação (ou então pelo recurso de estilo ou modelo, dos
A Associação Paulista de Bibliotecários, no entanto, após examinar vários programas de edição de texto do computador).
formatos propostos internacionalmente, sugere que as indicações da mídia e da data de • Não há espaço antes da pontuação (ponto, ponto-e-vírgula, vírgula, dois pon-
acesso (imprescindível em se tratando de World Wide Web) seja feita em inglês (ou em tos).
latim) para que possa ser compreendida mundialmente. Exemplos em inglês e em latim: • Há um espaço (e apenas um) depois da pontuação (ponto, ponto-e-vírgula,
vírgula, dois pontos), a não ser na pontuação empregada nos numerais.
BRASIL. Ministério da Cultura. Departamento Nacional do Livro. Fundação Bibliote- em português praticado no Brasil.
ca Nacional. s.d. ISBN. CD-ROM. Escrever em português praticado no Brasil significa, entre outras coisas, que
devem ser evitados estrangeirismos. O uso de neologismos também deve ser modera-
Seja qual for o formato adotado, é imprescindível que ele permaneça constante do. Devem-se evitar, particularmente, as substantivações criadas com o sufixo “idade”,
em toda a publicação, não se admitindo a mistura de critérios. como “coisidade”, “ludicidade”, “didaticidade”, “baianidade” etc. Do mesmo modo,
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não convém transformar substantivos e adjetivos em verbos (exemplo: agudizar, agilizar, se quer enfatizar o aspecto total do objeto, deve-se empregar as expressões “todo o...”
minimizar, maximizar, priorizar, oportunizar, precarizar etc.) e estes, em substantivos e “toda a...” (por exemplo, “toda a sociedade”).
(no exemplo, agudização, agilização, minimização, maximização, priorização,
Datação: Não se justificam as formas de datação, muito comuns, que fazem referência
oportunização, precarização etc.). Devem-se também evitar neologismos oriundos da
apenas ao momento da produção do texto. Expressões como “recentemente”, “hoje”,
literatura técnica (sobretudo a da informática), geralmente resultantes do
“ano passado” etc. devem ser substituídas por datas precisas.
aportuguesamento de termos em inglês: “acessar”, “deletar”, “resetar”, “inicializar”,
“formatar” etc. A seguir, em ordem alfabética, relacionam-se estrangeirismos, erros e
Em termos de: Outra expressão quase sempre carente de sentido e, portanto, dispen-
dificuldades mais freqüentes na escrita acadêmica: sável. Por exemplo, em vez de “a educação em termos do Brasil” basta dizer “a educa-
ção no Brasil”.
À medida que: Não se escreve “à medida em que” e não se confunde com “na medi-
da em que” (ver). Enquanto: Também galicismo. Em português, “enquanto” indica duração, uma situa-
ção temporária, e, portanto, não pode designar uma condição. “Florestan Fernandes,
A nível de: Galicismo muito utilizado por intelectuais brasileiros, empregado também enquanto sociólogo e socialista, foi coerente com seus princípios” significa, a rigor,
por portugueses, mas o seu uso só se justifica quando se pretende indicar movimento que o velho mestre mantinha coerência somente quando “estava” sociólogo e socialis-
(exemplo: “a inflação elevou-se a níveis intoleráveis”). Para referir-se a um âmbito, uma ta. Para indicar uma condição perene, quase essencial, utiliza-se “como”: “Florestan
esfera, deve-se usar “em (no, nos) nível(is) de” (exemplo: “a legislação no nível fede- Fernandes, como sociólogo e socialista, foi coerente...”. Quando emprego do termo
ral”). Mas é preferível suprimir a expressão, pois ela geralmente não tem nenhum signi- “como” ocasionar ambigüidades, deve-se empregar a expressão “na condição de”, “na
ficado (no exemplo, bastaria dizer “a legislação federal”). qualidade de” e similares.
Aporte: Galicismo (de apport) e espanholismo (de aporte), que deve ser evitado, mesmo Haver/ter: Quando significa “existir”, o verbo haver é conjugado sempre na terceira
porque muitos empregam esse termo, que significa “contribuição”, num sentido muito pessoa do singular. Não se diz, portanto, “houveram propostas”. Na dúvida, basta
próximo ao do inglês approach. converter o verbo para o presente do indicativo, pois, nunca se comete o mesmo erro
nesse tempo verbal: ninguém diz “hão propostas”. No português oral, tornou-se muito
Colocar/colocação: “Colocar” significa “pôr”, “introduzir” e não “afirmar”, “pro- comum utilizar o verbo “ter” no lugar de “haver” (significando “existir”), o que é
por”. Por isso, não faz sentido frase como “as colocações de Fernando de Azevedo”. inadmissível na língua culta escrita. Nem pensar, portanto, em usar esse verbo no plu-
ral, pretendendo designar a existência de várias coisas.
Como um todo: As palavras sempre designam os objetos a que se referem na sua
inteireza. Quando se diz, por exemplo, “sociedade”, o termo certamente não está indi- Hífen: De modo geral, não se usa hífen nas palavras compostas (por exemplo,
cando uma parte, uma fração, da sociedade. Por isso, não faz sentido expressões corri- agropecuária, supermercado, sociopolítico). Mas, à exceção das inevitáveis exceções, o
queiras do tipo “a sociedade como um todo”, “a ciência como um todo” etc. Quando
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hífen é empregado em palavras compostas cuja segunda palavra inicia-se por r, s, h ou Onde: No português coloquial serve para quase tudo, mas, a rigor, a palavra indica tão
vogal (por exemplo, auto-educação, vice-reino, super-homem). Em todo caso, é sempre somente lugar, localização, e isso num sentido literal, não-metafórico. Assim, diz-se
recomendável consultar as regras do uso do hífen, que se encontram, por exemplo, no “foi em Diamantina, onde nasceu JK”; mas não “a teoria da relatividade, onde se prova
“Aurélio”, nas páginas que antecedem o próprio dicionário. Veja também Não-. que energia é matéria”. Não se deve admitir jamais o barbarismo que emprega “onde”
como quase sinônimo da conjunção “e”.
Implicar: O verbo “implicar” no sentido mais usual nos escritos acadêmicos, isto é,
significando decorrência ou conseqüência, é transitivo direto. Diz-se, portanto, “os Qualquer: Não se deve usar no sentido negativo, do tipo “não disse qualquer palavra”,
resultados da pesquisa implicaram a redefinição dos pressupostos” e não “... implica- pois isso pode sugerir que alguma palavra precisa (e não qualquer) foi dita. Deve-se,
ram na redefinição...”. “Implicar” é transitivo indireto apenas quando significa “estar portanto, dizer: “ele não disse nenhuma palavra”.
envolvido” (por exemplo, “ele está implicado num processo”). Ver Regência.
Regência: Recomenda-se consultar dicionários especializados. A norma culta da lín-
Infinitivo: O uso do infinitivo flexionado (isto é, conjugado) é um tópico extremamen- gua portuguesa não admite o mesmo complemento a verbos com regências diferentes.
te controvertido e complexo, comportando várias exceções. Uma regra simples deter- Por exemplo, é incorreto escrever “Li e gostei do livro”, pois o verbo ler é transitivo
mina que não há flexão do infinitivo em construções indiretas, com preposição (por direto (“li o livro”) e o gostar, indireto (“gostei do livro”).
exemplo, “disciplinas a ser ensinadas”; “exercícios para poder avaliar”; mas “é hora de
os alunos começarem os estudos”. Uma regra prática, ao arrepio da ortodoxia grama- Se: Outro tópico extremamente complexo, mesmo porque “se” assume funções diver-
tical, reza que na dúvida convém não flexionar o infinitivo. sas. Especial atenção deve ser tomada para que não se faça confusão entre a função
apassivadora e a de indeterminação do sujeito, pois no primeiro caso o verbo concorda
Mesmo: advérbio e adjetivo (caso em que concorda com gênero, grau e número), mas com o sujeito paciente, e, no segundo caso, ele sempre permanece na terceira pessoa do
jamais pronome. Por isso, não se emprega como substituto de outras palavras, como se singular. No exemplo clássico “vendem-se casas” (= “casas são vendidas”), o verbo
cometeu na seguinte frase: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encon- concorda com casas, que é sujeito paciente; em “precisa-se de empregados”, o verbo
está na terceira pessoa do singular, pois aí “se” indica sujeito indeterminado. A partícu-
tra-se no andar”.
la “se” é também empregada para ênfase, mas convém não abusar da palavra nessa
função, pois, carente de significado, é perfeitamente dispensável. Não se deve, portan-
Na medida em que: Significa “uma vez que”, “posto que”, “já que”. Não confundir
to, dizer “é hora de se fazer exercícios”, mas simplesmente “é hora de fazer exercícios”;
com “à medida que” (e não “à medida em que”), que significa “ao mesmo tempo em
nem “essa é a forma de se consolidar a conquista”, mas “essa é a forma de consolidar
que”, “à proporção que”.
a conquista”. Também não se emprega “se” em expressões formadas com “difícil de”,
“fácil de”, “passível de” etc.: “fácil de entender” (e não “fácil de se entender”), “passí-
Não-: Em expressões nas quais a palavra “não” forma com a seguinte um sentido
vel de errar” (e não “passível de se errar”).
completo, ligam-se ambas com um hífen (por exemplo, não-proliferação, não-euclidiano,
não-ficção).
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4.2.1. Para quem pretende publicar seu texto 5. Bibliografia
Os revisores que trabalham para as editoras costumam recusar certas palavras ARAÚJO, Emanuel. 1986. A construção do livro: princípios da técnica de editoração. 3a ed. Rio
e construções que até mesmo escritores consagrados ou o autor do “Aurélio” admitem. de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL.
Por isso, os autores que queiram ver seus textos transformados em livro devem prestar ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1989. NBR 6023. Ago/
1989. Referências bibliográficas. S. l.: s. n.
atenção para os usos das seguintes palavras ou expressões (que, de resto, inevitavel-
CAMARINHA, Mário, BRAYNER, Sonia.1992. Manual de normas técnicas de editoração.
mente serão alteradas pelos zelosos revisores):
Teses, monografias, artigos e papers. 3a ed. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio
de Janeiro.
A partir de: Os puristas argumentam que essa expressão indica tão somente
ECO, Umberto. 1983. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspctiva.
temporalidade. Para indicar uma precedência lógica, pressupostos, paradigmas etc., re-
FERREIRA, Sueli Mara S. P., KROEFF, Márcia S. 1996. Referências bibliográficas de
comenda-se usar as fórmulas como “com base em”, “tomando-se por base” etc.
documentos eletrônicos. Ensaios APB, São Paulo, n° 35, 2 v.
Através de: Segundo os revisores, “através” só pode ser empregado em frases que
FOLHA DE S.PAULO. 1992. Novo manual da redação. São Paulo: Folha de S.Paulo.
indicam o “atravessamento” de algo num meio (por exemplo, “a luz veio através da
GRANJA, Elza Corrêa, KREMER, Orly Shapiro, SABADINI, Aparecida Angélica
janela”). Quando não se tratar disso, eles recomendam usar “por meio de”, “median-
Zoqui Paulovic. 1997. Citações no texto e notas de rodapé: manual de orientação.
te”, “por” etc. (“expor por meio de exemplos” e não “através de exemplos”).
2a ed. São Paulo: USP/Instituto de Psicologia.
IBGE. 1993. Normas de apresentação tabular. 3ª ed. Rio de Janeiro: IBGE.
Devido a: Os revisores sistematicamente substituem essa expressão por “em virtude
O ESTADO DE S.PAULO. 1990. Manual de redação e estilo. São Paulo: O Estado de
de”, “em razão de” etc.
S.Paulo.
PAPIRUS. s. d. Manual de editoração Papirus. Campinas: Papirus.
Este(s), esta(s), isto/Esse(s), essa(s), isso: A rigor, “este(s)”, “esta(s)” e “isto”
PINTO, Ildete Oliveira. 1993. O livro: manual de preparação e revisão. São Paulo: Ática.
designam aquele elemento que na frase esteja imediatamente antes. Como tais designa-
SAATKAMP, Henry. 1996. O livro. Preparação & revisão de originais. Porto Alegre: AGE.
ções, geralmente, têm como referente o que se disse palavras atrás, o correto nesses
SANTOS, Gildenir Carolino, Silva, Arlete Ivone Pitarello da. 1995. Normas para referên-
casos é empregar “esse(s)”, “essa(s)” e “isso”. Mas “este(s)” e “esta(s)” são também
cias bibliográficas: conceitos básicos (NBR-6023?ABNT-1989). Campinas: UNICAMP/
empregados para designar aquilo que, fora do texto, refere-se ao próprio texto ou ao
Faculdade de Educação.
local e ao momento em que ele se encontra: “Este texto (que o leitor tem em mãos), foi
SEVERINO, Antônio Joaquim. 1999. Subsídios para elaboração de resumos técnicos de traba-
escrito neste país, neste século”.
lhos científicos. s.d.
UNESP. 1994. Normas para publicações da UNESP. São Paulo: UNESP. 4 v.
Inclusive: Os revisores, ao contrário do “Aurélio”, não admitem o uso desse vocábulo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. 1997. Manual para redação de dissertação
como sinônimo de “até mesmo”.
de mestrado. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe.
UNIVERSITY OF CHICAGO. 1969. A manual of style. 12a ed. Chicago: The University
of Chicago Press.
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