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Teoria da Contingência

É com a Teoria da Contingência que acontece o deslocamento da visão de dentro para fora da organização: a
ênfase dada para o ambiente e as demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional. Para a abordagem
contingencial são as características ambientais que condicionam as características organizacionais, assim, não
há uma única melhor maneira de se organizar. Tudo depende das características ambientais importantes para a
organização.
Essa visão relativista da teoria da contingência mostra que as características da organização não dependem
dela própria, mas das circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza. Ela se baseia em outras teorias
para explicar os fenômenos.
Os contingencialistas tiraram muito a responsabilidade de evolução e desenvolvimento da empresa colocando
uma maior responsabilidade nas características ambientais, dizendo que elas condicionam as características
organizacionais, quando na realidade, mesmo com situações adversas e ambientes não tão agradáveis para se
trabalhar é possível realizar um bom trabalho. Não pode-se ficar condicionado apenas ao fator ambiente, é
preciso olhar para o potencial evolutivo do funcionário e sua capacidade de adaptação e flexibilidade.

Contingência quer dizer alguma coisa incerta ou eventual, que pode ou não
acontecer.
A verdade ou falsidade será conhecida pela experiência e não pela razão.
As organizações complexas levaram a uma nova teoria. A estrutura de uma
organização e seu funcionamento são dependentes de interface com o ambiente
externo.
Diferentes ambientes requerem diferentes relações organizacionais para uma ótima
eficácia. É necessário um modelo apropriado para cada situação. Diferentes
tecnologias conduzem a diferentes desenhos organizacionais. Variações na
tecnologia conduzem a variações na estrutura organizacional.
Estudos demonstram a questão do impacto ambiental sobre a estrutura e
funcionamento da organização.
Se o comportamento causa mudança no ambiente, a mudança ambiental será
contingente em relação ao comportamento.

A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de


absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A
abordagem contigencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do
ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objectivos
da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as
técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na
realidade, não existe uma causalidade directa entre essas variáveis independentes e
dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em
vez de uma relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e
as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa
relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objectivos
da organização.

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