Você está na página 1de 12

Escola de Engenharia de Lorena - EEL

Departamento de Engenharia de Materiais

Sensores Capacitivos

Estéferson Cecílio de Almeida Rosa - 05M040

Fernando Freire Graber – 05M004

Professor: Carlos Yujiro


Índice:

1. INTRODUÇÃO 3

1.1. Necessidade do uso de sensores 3

2. CAPACITORES E CAPACITÂNCIA 4

2.1. Circuito para Medição de Capacitância 5

3. SENSORES CAPACITIVOS 6

3.1. Detectores Capacitivos de Proximidade 8

3.2. Detectores Capacitivos de Deslocamento 8

4. APLICAÇÕES 9

4.1. Tacômetros Capacitivos 9

4.2. Capacitores Diferenciais 9

4.3. Medição de Pressão 10

4.4. Medição Capacitiva de Nível 10

4.5. Medição de Umidade 11

4.6. Análise de Composição 11

5. REFERÊNCIAS 12

2
1. INTRODUÇÃO

1.1. Necessidade do uso de sensores

Os sensores tornaram-se vitais na indústria e os fabricantes estão mostrando

uma tendência de integração de equipamentos controlados por computador. No

passado, os operadores eram os cérebros de um equipamento e fonte de toda

informação sobre a operação de um processo. O operador sabia se as peças estavam

disponíveis, que peças estavam prontas, se eram boas ou más, se o trabalho feito com

ferramentas estava aceitável, se o dispositivo elétrico estava ligado ou não, e assim por

diante. O operador podia detectar problemas na operação vendo, ouvindo, sentindo

(vibração, etc.), e cheirando problemas.

A indústria está usando agora computadores (em muitos casos PLCs) para

controlar os movimentos e as seqüências das máquinas. Um PLC é muito mais rápido e

mais preciso do que um operador nestas tarefas. Um PLC não pode ver, ouvir, ter

sensações, ou cheirar os processos, mas pode usar sensores industriais para substituir

estas capacidades.

O PLC pode usar sensores simples para verificar se peças estão presentes ou

ausentes, para medir peças, e mesmo para verificar se o produto está vazio ou cheio. O

uso de sensores para monitorar processos é vital para o sucesso de uma manufatura e

para assegurar a segurança do equipamento e do operador. De fato, os sensores

executam tarefas simples mais eficientemente e mais precisamente do que pessoas. Os

sensores são muito mais rápidos e cometem poucos erros.

3
Estudos foram realizados para avaliar quão eficazes os seres humanos são em

tarefas repetitivas como p.e., inspeção. Um estudo examinou pessoas que

inspecionavam bolas de tênis de mesa. Uma correia transportadora trazia as bolas de

tênis para um trabalhador. As bolas brancas eram consideradas boas, e as bolas pretas

eram consideradas sucata. O estudo descobriu que as pessoas eram eficazes

aproximadamente 70 por cento, para encontrar as bolas defeituosas.

Certamente, os trabalhadores podiam descobrir todas as bolas pretas, mas ao

executar tarefas simples, tediosas e repetitivas cometiam muitos erros. Um sensor

simples poderia, entretanto, executar tarefas simples como esta quase sem cometer

falhas.

2. CAPACITORES E CAPACITÂNCIA

O capacitor mais familiar consiste em duas placas paralelas separadas por um

espaço preenchido por ar ou algum material dielétrico. Se uma carga, q, é transferida

de uma placa para outra, uma diferença de tensão V será criada. Para uma carga dada,

a tensão será maior quando a placas forem pequenas e distantes uma da outra do que

quando elas forem grandes e próximas uma da outra. A capacitância do par de placas é

a medida da quantidade de carga que pode ser transferida antes de ser alcançada certa

tensão.

A capacitância também é influenciada pelo dielétrico presente entre as placas. O

campo elétrico produzido entre as placas carregadas distorce as órbitas dos elétrons do

4
dielétrico, o que faz com que a força do campo seja reduzida e a capacitância seja

aumentada.

Um capacitor não precisa ser feito de duas placas paralelas. Qualquer par de

condutores, independentemente de seus formatos e da distância entre si, apresentam

capacitância.

2.1. Circuito para Medição de Capacitância

A impedância de um capacitor é dada por 1/(2πfC), onde C é a capacitância e f é

a freqüência de uma corrente alternada. A impedância pode ser medida de várias

formas. Um exemplo de circuito para medição de capacitância pode ser um em que o

capacitor é conectado em série entre uma fonte de tensão e um resistor. Aumentando a

capacitância, reduz-se a impedância do capacitor e aumenta-se a tensão no resistor. O

aumento não é linear com a capacitância, mas pode ser aproximadamente linear se a

resistência for pequena.

Uma ponte capacitiva também é não-linear, mas tem a vantagem de seu sinal de

saída não ser afetado por mudanças de freqüência.

Adicionando um amplificador operacional, é possível aumentar linearmente o sinal de

saída com a capacitância.

Esses circuitos requerem uma fonte de tensão CA cuja amplitude é estável. A

estabilidade de freqüência não é importante, exceto no circuito R-C.

5
3. SENSORES CAPACITIVOS

Um sensor ou transdutor capacitivo é um condensador que exibe uma variação

do valor nominal da capacidade em função de uma grandeza não elétrica. Uma vez que

um condensador consiste basicamente num conjunto de duas placas condutoras

separadas por um dielétrico, as variações no valor nominal da capacidade podem ser

provocadas por redução da área frente a frente e da separação entre as placas, ou por

variação da constante dielétrica do material.

Os sensores capacitivos podem detectar objetos metálicos e não metálicos

assim como

produtos dentro de recipientes não metálicos. Estes sensores são usados geralmente

na indústria de alimento e para verificar os níveis de fluidos e sólidos dentro de tanques.

Os sensores capacitivos são mais sensíveis à flutuação da temperatura e da umidade

do que o são os sensores indutivos, mas os sensores capacitivos não são tão precisos

quanto os indutivos. A precisão pode variar de 10 a 15 por cento em sensores

capacitivos.

Figura 1 - Sensor capacitivo

6
Os sensores capacitivos operam baseados no princípio da capacidade

eletrostática de maneira similar às placas de um capacitor. O oscilador e o elétrodo

produzem um campo eletrostático (nota: o sensor indutivo produz um campo

eletromagnético). O alvo (objeto a ser detectado) age como uma segunda placa do

capacitor. Um campo elétrico é produzido entre o alvo e o sensor. Como a amplitude da

oscilação aumenta, há um aumento da tensão do circuito do oscilador, e o circuito de

detecção responde mudando o estado do sensor (ligando-o).

Um sensor capacitivo pode detetar quase qualquer tipo de objeto. A entrada do

alvo (objeto) no campo eletrostático perturba o equilíbrio da corrente do circuito do

sensor, causando a oscilação do circuito do elétrodo e mantém esta oscilação enquanto

o alvo estiver dentro do campo.

Figura 2 - Diagrama de um sensor capacitivo

Os sensores capacitivos são dispositivos não-blindados, não-empacotados. Isto

significa que não podem ser instalados faceando uma estrutura de montagem porque

neste a detectariam. Materiais condutores podem ser detectados mais afastados do que

7
não-condutores porque os elétrons nos condutores estão mais livres para se mover. A

massa do alvo afeta o alcance de detecção: Maior a massa, maior o alcance.

Alguns sensores capacitivos estão disponíveis com um parafuso de ajuste, que

pode ser ajustado para detectar um produto dentro de um recipiente. A sensibilidade

pode ser reduzida de modo que o recipiente não seja detectado, mas o interior do

produto o seja.

3.1. Detectores Capacitivos de Proximidade

Os detectores capacitivos de proximidade acusam a presença de objetos

metálicos ou não-metálicos. Objetos não-metálicos são detectados por seus efeitos na

constante dielétrica próxima ao capacitor.

Os sensores capacitivos de proximidade são úteis para contar objetos ou operar

interruptores ou alarmes em resposta à posição de mecanismos controláveis. A

aplicação e instalação são simples e deve haver precauções para manter uma distância

razoável entre os sensores e entre um sensor e qualquer estrutura metálica da

instalação.

3.2. Detectores Capacitivos de Deslocamento

A capacitância é proporcional à área efetiva das placas e é inversamente

proporcional à distância entre as placas. O deslocamento de uma ou ambas as placas,

para mudar suas áreas efetivas, irá produzir um transdutor cuja capacitância é

proporcional à posição ou deslocamento.

8
Osciladores L-C são apropriados para medir pequenas capacitâncias ou

pequenas mudanças. Entretanto, suas respostas não serão lineares com alterações na

capacitância. A linearidade é, todavia, suficiente na medição de pequenas mudanças.

Um oscilador L-C operando a uma freqüência alta pode fornecer alta resolução para

deslocamentos pequenos.

4. APLICAÇÕES

4.1. Tacômetros Capacitivos

Tacômetros capacitivos podem ser criados fazendo com que o campo elétrico

entre as duas placas do capacitor seja afetado por um dispositivo giratório. Usando uma

engrenagem com dentes de metal como uma placa do capacitor, por exemplo,

produzem-se variações na capacitância na razão proporcional à velocidade rotacional

do eixo. Conclui-se, portanto, que a velocidade de resposta do circuito deve ser mais

rápida que a razão de variação na capacitância.

4.2. Capacitores Diferenciais

Um capacitor diferencial de três placas contém duas placas externas fixas e uma

interna móvel; quando a placa móvel é centralizada as duas capacitâncias são iguais.

Qualquer movimento pode aumentar a capacitância de um lado e reduzir a outra. O

desvio de capacitância pode ser detectado usando um circuito de ponte capacitiva

amplificada. Capacitores diferenciais podem ser usados para medições sensíveis de

pequenos movimentos.

9
4.3. Medição de Pressão

Um diafragma cuidadosamente projetado para produzir movimento linear com

variação de pressão pode ser usado para mover uma ou ambas as placas de um

capacitor. As vantagens dos sensores capacitivos de pressão incluem alta

sensibilidade, resposta rápida, boa resistência a atmosferas adversas, ausência de

auto-aquecimento e largas faixas de operação. As desvantagens incluem respostas

não-lineares, erros de medição devidos a ruídos de capacitância e a necessidade de

circuitos sofisticados.

4.4. Medição Capacitiva de Nível

Sensores capacitivos podem ser usados para determinar nível de líquidos ou

pós, por exemplo, tanto como interruptores on-off de nível ou como indicadores

contínuos de nível.

Um sensor capacitivo típico para medição contínua de nível consiste em uma

haste isolada, ou algum eletrodo similar. O sensor é instalado em paralelo a uma

parede vertical de um tanque feito de material condutor. À medida que o espaço entre a

parede e o eletrodo é preenchido pelo material retido pelo tanque, a capacitância

cresce na proporção do nível do material. Para instalações em tanques não-condutores,

um segundo eletrodo é necessário. A capacitância pode ser lida por uma ponte ou por

um circuito que converta linearmente capacitância em saída analógica ou digital.

Interruptores de nível são geralmente instalados através das paredes de tanque

para detectar a presença ou a ausência do material armazenado em uma dada altura.

Dois projetos básicos são muito usados: um que usa a parede-tanque como uma placa

10
do capacitor e outro que contém internamente ambas as placas. Em ambos os casos,

funcionam através da detecção de mudança na capacitância quando cobertos pelo

material armazenado.

4.5. Medição de Umidade

As constantes dielétricas de sólidos isolantes podem ser mudadas pela umidade

absorvida. A constante dielétrica da água é alta se comparada à maioria dos sólidos. A

adição de pequenas quantidades de umidade pode produzir grandes mudanças na

constante dielétrica. Dessa forma, pode-se detectar a quantidade de umidade em

materiais através da inserção de eletrodos cilíndricos dentro do material a ser

analisado.

4.6. Análise de Composição

Apesar de não ser muito comum, medições capacitivas podem ser empregadas

para medir a composição de pós ou líquidos dielétricos. Sua utilidade principal está em

determinar as proporções relativas de uma mistura com dois materiais diferentes ou em

discriminar entre duas substâncias diferentes. Há, no entanto, limitações para uso

dessa técnica, pois pode haver muitas substâncias diferentes com constantes

dielétricas parecidas, fazendo com que a análise de composição capacitiva deva ser

usada apenas em aplicações específicas.

11
5. REFERÊNCIAS

http://www.engprod.ufjf.br/epd_automacao/EPD030_Sensores.pdf

http://www.ebah.com.br

http://www.estig.ipbeja.pt/~lmgt/cee/misc/Sebenta_Online/cap_07/senscapa.htm

http://www.df.ufscar.br/Capacitancia.pdf

http://discipulosdeeinstein.vilabol.uol.com.br/Resumos/Capacitores.html

12

Você também pode gostar