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Módulo de Metodologia do
Trabalho Científico
Bons Estudos!
SUMÁRIO
1 CONHECIMENTO E CIÊNCIA .............................................................................................. 5
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
GLOSSÁRIO.................................................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 71
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
1CONHECIMENTO E CIÊNCIA
O tema apresenta concepções sobre o conhecimento humano e suas classificações, além de
referendar a ciência, seus princípios e características. Por fim, apresenta o que é pesquisa científica
e seus meios de produção.
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a)Questionar toda forma de pensamento único, o que significa introduzir a suspeita sobre
as representações da realidade baseadas em verdades estáveis e objetivas.
b)Reconhecer, diante de qualquer fenômeno, [...] as versões da realidade que representam
e as representações que tratam de influir.
c)Incorporar uma visão crítica que leve a perguntar-se a quem beneficia essa visão dos
fatos e a quem marginaliza...
d)Introduzir, diante do estudo de qualquer fenômeno, opiniões diferenciadas, de maneira
que o aluno comprove que a realidade se constrói desde pontos de vista diferentes, e que
alguns se impõem frente a outros não pela força dos argumentos, mas sim pelo poder de
quem os estabelece [...]. (HERNÀNDEZ, 1998, p. 33).
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
A relação entre sujeito e objeto apresenta-se como uma correlação. A função do sujeito
consiste em apreender o objeto e a do objeto em ser apreendido pelo sujeito. Daí se origina o
conhecimento, como fruto da razão humana e das experiências vivenciadas e acumuladas pelo
sujeito cognoscente. A crítica é uma ferramenta fundamental para avaliação do conhecimento
existente, consequentemente, para a produção de novos conhecimentos.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Veja, a seguir, um breve esquema sobre a noção de conhecimento nas correntes filosóficas do
racionalismo, empirismos e interacionismo:
1. Racionalismo (RAZÃO) – O conhecimento é inato ao homem. Este já nasce com a razão
pura, com o conhecimento, isto é, com certas noções prévias sobre as coisas que existem no
mundo. O sujeito influencia o objeto.
Pensador: René Descartes.
S O
2. Empirismo (EXPERIÊNCIA) – O homem é semelhante a uma “tabula rasa” e, através da
experiência com as coisas do mundo ele adquire e acumula conhecimentos. O objeto influencia o
sujeito.
Pensador: John Locke.
S O
3. Interacionismo (INTERAÇÃO) – O homem modifica o meio em que vive e, ao mesmo
tempo, é modificado por ele, ou seja, o homem é produto e produtor do meio no qual se insere. Há
uma relação recíproca entre sujeito e objeto, eles se influenciam mutuamente.
Pensador: Immanuel Kant
S O
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Enfim, conhecimento refere-se ainda a uma qualidade humana de interagir ativamente sobre
o mundo a fim de garantir a sobrevivência humana. O homem, utilizando de suas capacidades,
procura conhecer o mundo que o rodeia, produzindo, assim, conhecimentos. A dimensão do
conhecimento abrange o ato de conhecer, representado pela relação que se estabelece entre a
consciência que conhece e o mundo conhecido e o produto, resultado do conteúdo desse ato, ou
seja, o saber adquirido e acumulado pelo homem ao longo da história da humanidade.
Se buscarmos a palavra francesa connaissance, podemos observar que o termo conhecimento é
originário da palavra nascer (naissance). Os homens são diferentes dos outros seres exatamente
pela capacidade de conhecer, sua consciência. O conhecimento é uma forma de estar no mundo, e
o processo do conhecimento mostra aos homens que eles jamais são seres prontos ou possuem
formulações absolutas na medida em que estão sempre nascendo de novo, descortinar a realidade.
Conhecer é atividade especificamente humana. Ultrapassa o mero “dar-se conta de”, e
significa a apreensão, a interpretação. Conhecer supõe a presença de sujeitos; um objeto que
suscita sua atenção compreensiva; o uso de instrumentos de apreensão; um trabalho de debruçar-
se sobre. Como fruto desse trabalho, ao conhecer, cria-se uma representação do conhecido – que já
não é mais o objeto, mas uma construção do sujeito. O conhecimento produz, assim, modelos de
apreensão – que por sua vez vão instruir conhecimentos futuros (FRANÇA, 1994, p. 140).
O célebre educador brasileiro Paulo Freire (1979) explica que o conhecimento não pode ser
visto como um ato, através do qual, um sujeito, transformado em objeto, recebe, passivamente, os
conteúdos que o outro lhe oferece ou lhe impõe. O conhecimento exige uma posição de
enfrentamento e de transformação sobre a realidade, em um percurso constante de busca,
portanto, de invenção e reinvenção. Ele impõe uma reflexão crítica do sujeito sobre o ato de
conhecer a fim de que identifique os condicionamentos a que seu ato está submetido. Já, para o
sociólogo e pensador francês Edgar Morin (1986, p. 16),
PARA REFLETIR
Afinal, o que é conhecimento? Para obter respostas a este questionamento, acesse o site:
http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei22.htm
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
SÍNTESE
Nesta seção, vimos que o sujeito é aquele que quer conhecer; e o objeto é aquele a ser conhecido; e que
a relação entre ambos resulta no conhecimento humano. Curioso é que o homem (sujeito cognoscente) é o
único elemento que pode ser sujeito e objeto do conhecimento. Isto porque ele é dotado de uma consciência
que lhe permite investigar e ser investigado, embora em circunstâncias distintas.
Ex.: O cientista (homem) pode estudar outro homem em várias perspectivas: da sociologia, investigar
o homem na interação com os grupos sociais; na medicina, analisar a fisiologia do homem e as reações
químicas do organismo; na biologia, avaliar os impactos do ecossistema no homem etc.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete silva. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. 4. ed.
São Paulo: Cortez, 2002.
INDICAÇÕES DE SITES
http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei22.htm
http://www.paulofreire.org/Moacir_Gadotti/Artigos/Portugues/Formacao_do_Educador/Sociedade_re
de_2004.pdf
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e)Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se
manifesta sempre de forma crítica.
O conhecimento filosófico como o próprio termo indica é originário da Filosofia. Esta palavra
foi utilizada pela primeira vez por Pitágoras no século VI a.C. Em sentido etimológico, Filosofia
significa devotamento à sabedoria, isto é, amigo da sabedoria, o que significa interesse em acertar
nos julgamentos sobre a verdade e a falsidade, sobre o bem e o mal.
A Filosofia tem como propósito questionar os problemas reais, usando princípios racionais.
Ela procede de acordo com as leis formais do pensamento, tem método próprio,
predominantemente dedutivo em suas colocações críticas. A filosofia pode ser definida ainda
como o conjunto de estudos ou considerações que se caracterizam pela intenção de ampliar a
compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la em sua inteireza, quer pela busca da
realidade capaz de abranger todas as outras, quer pela definição do instrumento capaz de
apreender a realidade. Assim, podemos considerar que a filosofia indaga, traça rumos, assume
posições, estruturas correntes que inspiram ou dominam mentalidades em determinados períodos,
mas que, em seguida, perdem vigor diante de novas concepções, que geralmente hostilizam as
anteriores, à maneira das correntes literárias, das artes em geral ou das religiões.
Para Santos (2002), o conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste
em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipótese filosóficas baseiam-se na
experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação"; por
este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses
filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem
refutados.
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O conhecimento científico é representado pela Ciência e pode ser definido como o conjunto
organizado de conhecimentos sobre um determinado objeto, obtidos mediante a observação, a
experiência dos fatos e um método próprio. Neste sentido, são requisitos básicos do conhecimento
científico: a) que o campo do conhecimento seja delimitado, bem caracterizado e formulado o
assunto que se deseja investigar; b) que existam métodos adequados de pesquisa para o estudo em
questão.
Diferentemente do que acontece com o conhecimento vulgar, o conhecimento científico não
atinge simplesmente os fenômenos em sua manifestação global, mas os atinge em suas causas, na
sua constituição íntima, caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar,
de justificar, de induzir ou aplicar leis, isto é, de predizer com segurança eventos futuros.
O conhecimento científico visa conhecer pelas causas, isto é, saber cientificamente, é também
ser capaz de demonstrar. O conhecimento científico difere do conhecimento vulgar porque explica
os fenômenos e não só os apreende. O conhecimento científico é crítico, rigoroso, objetivo, nasce da
dúvida e se consolida na certeza das leis demonstradas.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Não se duvida, entretanto, que muitas das disciplinas científicas existentes têm surgido das
preocupações práticas da vida cotidiana, como a geometria dos problemas de medição e
levantamento topográfico nos campos; a mecânica de problemas apresentados pelas artes
arquitetônicas; a biologia dos problemas humanos [...] (TRUJILLO, 1982, p. 6). Assim, podemos
considerar que a pesquisa científica deve ser orientada para buscar resolver ou apresentar soluções
para os problemas sociais, econômicos, políticos e científicos existentes.
Conforme o exposto, o conhecimento científico é estruturado, limitado e utilizam-se
modelos, verificáveis, falíveis, aproximadamente exatos. Assim, concluímos que as verdades
científicas são provisórias e nunca absolutas e acabadas.
Barros e Lehfeld (2000, p. 38) destacaram os seguintes princípios sobre o conhecimento
científico:
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SÍNTESE
Para finalizar este encontro, apresentamos, brevemente, a concepção e a classificação de Jean Piaget
sobre o conhecimento e apropriação da realidade. Ele acreditava que o conhecimento só poderia ser
construído através da atuação do indivíduo com o meio ou da interação do indivíduo; e, assim, definiu três
tipos de conhecimento:
Conhecimento físico: conhecimento das propriedades físicas dos objetos e eventos. É um
conhecimento inerente ao objeto (descoberta, através da experiência, da natureza dos objetos), resultante a
ação sobre o ambiente.
Conhecimento lógico-matemático: conhecimento construído pelo sujeito, mediante as experiências
com os objetos. Refere-se aos conceitos elaborados sobre um grupo de objetos; e também é resultante da ação
sobre o ambiente.
Conhecimento social: conhecimento construído a partir de convenções estabelecidas por grupos
sociais ou culturais, é um conhecimento desenvolvido através das interações entre sujeitos.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SANTOS, Izequias Estevam dos. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa científica. 3.
ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2002.
INDICAÇÃO DE SITES
http://br.geocities.com/perseuscm/espiritocientifico.html
http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/dad/lpd/download/tiposdeconhecimento.rtf
http://www.ufrgs.br/faced/slomp/edu01136/piaget-epistemo.htm
Não podemos abordar o fazer científico sem antes considerar o que é ciência, qual o seu
objetivo e o seu papel na sociedade. Estas questões são fundamentais para compreensão dos
processos científicos que o estudante deve lançar mão para organizar os conhecimentos adquiridos
ao longo de sua vida acadêmica.
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Vamos, então, iniciar o nosso debate com o conceito de Ciência. Ele pode ser concebido como
um conjunto de conhecimentos, que se dá através da utilização adequada de métodos rigorosos,
capazes de controlar os objetos, fatos e fenômenos investigados. Relaciona-se esse conhecimento
aos objetos empíricos, passíveis de observação e experimentação.
Barros e Lehfeld (2000, p. 41) explicam: “a ciência é também definida como sendo o estudo
de problemas formulados adequadamente em relação a um objeto, procurando para ele soluções
plausíveis, através da utilização de métodos científicos”.
Para Ander-Egg (1978), em sua obra “Introdución a las técnicas de investigación social”, a
ciência é um conjunto de conhecimentos racionais e prováveis, que é obtido de forma metódica,
sistematizada e verificável.
Já Trujillo (1974), a define da seguinte maneira: “a Ciência é todo um conjunto de atitudes e
atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser
submetido à verificação”.
Assim, em todas as áreas do conhecimento humano a ciência através da pesquisa científica
visa descrever, explicar e prever os fenômenos que integram a realidade em questão, tornando o
mundo inteligível mediante interpretações racionais e sistemáticas em que se assegura o
conhecimento científico. Entre os objetivos da ciência estão a busca do controle prático da
natureza, a descrição e compreensão do mundo e a possibilidade de predição. Estes são
determinados pela necessidade que o sujeito possui em compreender e controlar os fenômenos que
o cercam. Portanto, é a necessidade do homem por uma compreensão mais aprofundada do
mundo, bem como a necessidade de precisão para a troca de informações, que acabam levando-o à
elaboração de sistemas mais estruturados de organização do conhecimento.
Conforme Trujillo (1974), a ciência manifesta-se através de métodos e construções
intelectuais que:
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Muitos são os conceitos de ciência, pois cada autor imprime sua visão sobre o conteúdo. No
que diz respeito à sua contextualização histórica, podemos dividir a ciência em três períodos,
representado por suas características e paradigmas teóricos, que alteram a visão de homem,
mundo, bem como ciência e método. As fases históricas são: a ciência grega, representada pelo
período que vai do século VIII a.C. até o final do século XVI; a ciência moderna, do século XVII até
o início do século XX e a ciência contemporânea que surge no início deste século e perdura até os
dias.
Ciência Grega
Na Grécia antiga, a partir do século VIII a.C. e alcançando o século IV a.C. A ciência tinha
como princípios fundamentais a compreensão da natureza e a busca pela verdade e pelo saber e
era conhecida como “filosofia da natureza”. Nesta época, o conhecimento científico era vinculado
ao campo da filosofia, tendo os grandes filósofos como cientistas. Nesta fase, não havia a distinção
entre ciência e filosofia.
A filosofia também conhecida como “mãe de todas as ciências”, foi responsável pela origem
dos diversos ramos do conhecimento, por exemplo, a biologia, a física, a ética, a aritmética, a
metafísica, a antropologia, a medicina e tantas outras ciências. O conhecimento científico
produzido era demonstrado como correto e justificável através de argumentos lógicos. Nesta fase,
não havia um tratamento sistemático do problema, mas sim a preocupação com a demonstração da
tese, tendo como recurso usual o discurso e a lógica.
Anaximandro, Heráclito, Empédocles, Tales de Mileto, Parmênides, Pitágoras, Anaxágoras,
Demócrito – conhecidos como os pré-socráticos; e Sócrates, Platão e Aristóteles são alguns dos
principais filósofos deste período.
Ciência Moderna
A ciência moderna, resultante da revolução científica do Renascimento, é caracterizada,
basicamente, pela experimentação científica, o que acarretou mudança na visão de mundo,
especialmente, de ciência, de verdade, de conhecimento e de método. Nesta fase, as tradições de
natureza religiosa, filosófica, ou cultural, foram abandonadas, pois distorciam a verdadeira visão
do mundo.
A verdade passa a ter como critério, na ciência moderna, o da relação entre a assertiva dos
enunciados e a evidência dos fenômenos, direcionada pelo experimento científico e seus métodos
rigorosos. Dente os principais nomes da ciência moderna, estão: Bacon, Galileu, Newton,
Copérnico e Kepler.
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Ciência Contemporânea
Com os teóricos contemporâneos, a exemplo de Einstein, Bohr e Heisenberg, dentre outros, o
mito da pesquisa isenta de influências subjetivas foi desencorajado. A ciência moderna foi
caracterizada, sobretudo, pela proposta de uma interpretação humana sobre a experiência, mais do
que uma simples descrição da realidade. O cientista examina, julga e critica suas formulações, em
um movimento de revisão constante, com o auxílio das novas tecnologias da informação e
comunicação.
No final do século XIX e início do XX, ocorre uma tomada de consciência de que a ciência
necessita de reavaliação, por parte de alguns pensadores, que passaram a colocar em dúvida a
validade dos métodos científicos utilizados naquela época. Desta forma, o próprio conceito de
ciência é questionado, seus critérios, a noção de certeza, da relação entre ciência e realidade e a
veracidade dos modelos científicos na compreensão da realidade.
Além dos pensadores citados, um grande expoente da epistemologia contemporânea é Karl
Popper. Este teórico defendeu a tese de que o cientista deve ocupar-se muito mais com o possível
levantamento de teorias que refutem sua tese, do que com explicações e justificações que
asseguram sua validade.
Depois de Popper, a história da ciência é agraciada com a contribuição de Kuhn. Este teórico
negou a teoria anterior e sustentou que a idéia de que a ciência progride pela ideal de refutação,
que possibilitam a construção de novas teorias. Estas produzem novos paradigmas, que servem
como referência para a produção de outros conhecimentos.
Feyerabend chegou a uma síntese a partir das duas teses anteriores. Ele defendeu o
pluralismo metodológico, desacreditando as posições positivistas, idéia de um método único,
capaz de responder às indagações da pesquisa. Acredita que as normas de pesquisa são violadas,
pois o cientista desenvolve aquilo que mais lhe agrada. Assim, estes três pensadores modificaram
profundamente a noção de ciência como absoluta, previsível, controlável e destituída de
subjetividade por quem a produz.
No contexto atual, marcado pela velocidade de informações, o método científico vem
sofrendo um acentuado processo de mudança. Segundo Santos (2002), o cientista moderno busca
chegar à verdade perpassando as fases a seguir: a) descobrimento do problema; b) delineamento
do problema; c) uso de instrumentos relevantes; d) tentativa de solução com meios identificados; e)
invenção de novas idéias; f) obtenção de uma resposta aproximada; g) pesquisa das conseqüências
em relação à solução obtida; h) confronto das respostas; i) correção das hipóteses; e caso a solução
for incorreta começa-se um novo ciclo.
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Características da Ciência
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A ciência é edifício bastante frágil: o melhor que pode alcançar é a oferta de apreciação
continuamente cambiantes de como as coisas funcionam. Nosso conhecimento é sempre
atacável e provisório. Cada nova teoria científica está condenada a ser objetada sempre
pela seguinte.
Sendo assim, a ciência é tão mutável como quem a produz: o homem. Toda resposta a
questionamentos científicos levanta uma gama de outras discussões. O que significa dizer que é do
conhecimento novo que se originam tanto outros, uma espécie de lapidação da verdade, basta
fazer uma analogia com o processo de lapidação do diamante. Assim também ocorre com o
conhecimento humano. Tosco no princípio, mas aos poucos, torna-se capaz de resolver uma
diversidade de problemas, especialmente, a cura para doenças e revoluções tecnológicas.
A ciência e a tecnologia são os pilares fundamentais para atender aos objetivos de aumento e
melhoria do conhecimento humano, mas elas não poderão ser bem sucedidas senão por uma
integração da ciência e da cultura e, por uma aproximação integrada, que vise sobrepujar a
fragmentação que se encontra o pensamento humano, encabeçado pela concepção mecanicista do
conhecimento. Na visão de Weill (1993), acumulamos conhecimentos em quantidade. Mas, sem
sabedoria para usá-los, podemos destruir-nos e ao mundo no qual habitamos.
O autor acredita que o homem quebrou a unidade do conhecimento e distribuiu os pedaços
entre os especialistas. Para os cientistas, entregamos a natureza; aos filósofos, à mente; aos artistas,
ao belo; aos teólogos e à alma. Não satisfeitos, fragmentamos a própria ciência, espalhando-a pelos
domínios da matemática, da física, da química, da biologia, da medicina e de tantas outras
disciplinas. O mesmo ocorreu com a filosofia, a arte e a religião, cada um desses ramos se
subdividindo ao infinito.
Entretanto a proposta da ciência contemporânea é de síntese e de integração entre as
tradições construídas pela humanidade ao longo da história, pois devemos ter como princípio, a
reorientação da ciência e da tecnologia em direção das necessidades fundamentais do homem,
considerando não apenas os progressos da informática, da biotecnologia, de engenharia genética,
mas a integração do pensamento e da ação humana, bem como a incorporação de uma nova
consciência para a produção ética de novos conhecimentos.
http://www.medcompare.com/showcase.asp?showcaseid=91
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TEXTO COMPLEMENTAR
O que é, afinal, metodologia científica? Para obter resposta a este questionamento, acesse:
http://www.leffa.pro.br/textos/Metodologia_pesquisa.pdf. Este texto discute como o conhecimento científico
foi construído na história, a sua natureza e relações. Pesquise a sua referência completa e discuta com seus
colegas.
SINTESE
Sendo assim, busque outras referências (livros, internet) e comente o exemplo acima, referendando os
efeitos positivos e negativos da ciência no que se refere à vida individual e coletiva, isto é, à evolução da
sociedade.
Acesse a Wikipédia – a enciclopédia livre da internet - e leia temas interessantes como ciência, método
científico, filosofia da ciência e campos da ciência.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia
Científica: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Makron Books, 2000
CARVALHO, Alex et al. Aprendendo Metodologia Científica. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, p.
11-69
CHAUÍ, Marilena. A preocupação com o conhecimento. In:______. Convite à filosofia. 12. ed. São
Paulo: Ática, 2001, p. 109-119.
INDICAÇÃO DE SITES
http://www.unicamp.br/~chibeni/texdid/ciencia.doc
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://saude.bol.com.br/medicina/folha/2002/11/12/02.jhtm
Além do mais, não podemos esquecer que as ciências estão continuamente em formação.
Certos setores ou limites de uma determinada ciência dão lugar, com o passar do tempo, a ciências
novas e a novas correntes científicas. Os teóricos da ciência (epistemólogos) estudam diversas
questões, tais como os diferentes tipos e evolução das teorias científicas, a lógica da linguagem
científica e seus aspectos metodológicos. Sem dúvida, o primeiro grande tema da epistemologia é
definir que tipo de saber é o científico e quais os paradigmas que o circundam. Várias respostas
têm sido dadas a essa questão e, de uma maneira geral, nenhuma delas é plenamente absoluta.
Vejamos, então, as correntes existentes e uma breve explicação de seus fundamentos.
1.4.1 POSITIVISMO
Encabeçado pelo filósofo francês Auguste Comte, também considerado o pai da Sociologia, o
positivismo representa uma corrente científica que tem como fundamento principal a
experimentação, sob influência das ciências experimentais no início do século XIX. A Ciência é
representada pela maturidade do espírito humano e a imaginação está subordinada à observação,
sendo eminentemente previsível e controlável.
Comte foi o grande expoente do positivismo. Ele defendeu a tese de que o homem, em seu
processo de conhecimento, assume três estágios de explicação: teológico; metafísico; positivo ou
científico. O primeiro é caracterizado pelas explicações mitológicas; o segundo, pelas explicações
místicas; e o terceiro, pelas fundamentações científicas. Este último tem como foco central a
observação; os estudos descritivos; a existência dos fenômenos; utilização de modelos
matemáticos, por isso, o uso de técnicas estatísticas; as relações entre variáveis e fatos.
Nessa abordagem, o pesquisador necessita observar os fenômenos com cuidado especial, a
fim de quantificar suas variáveis e atingir os resultados, por meio da isenção da subjetividade.
Para tanto, deverá lançar mão de alguns métodos das ciências exatas, transpondo-as às ciências
sociais e humanas, o que certamente reduz a amplitude da análise.
A Ciência, nesse caso, tem como propósito essencial estabelecer relações entre os fatos e
descreve-los com detalhamento. Apesar de o positivismo ter ganhado grande aderência e
representatividade na segunda metade do século XIX, atualmente, perdeu parte de sua influência,
por causa dos contra-argumentos de outros grupos ou organizações, no século XX. Apesar de
algumas críticas, esta teoria é bastante utilizada nos centros de pesquisas, por se tratar de uma
elaboração sistemática e metódica acerca da realidade, especialmente, pelas pesquisas de caráter
experimental e quantitativo.
Auguste Comte (1798-1857) é apontado como o iniciador da
"ciência", especialmente a Sociológica. Ele foi professor de matemática da
Escola Politécnica (Paris) e em 1842 publicou, em seis volumes, o seu
principal livro, Curso de Filosofia Positiva. Sua doutrina seguiu
posteriormente um curso sensivelmente distinto após ter conhecido
Clotilde de Vaux. Os fundamentos dessa nova fase do seu pensamento
encontram-se no livro “Sistema de Política Positiva”, publicado, em quatro volumes, no ano de
1851. Além de se preocupar com questões práticas e morais, Comte instituiu nessa obra a "religião
positivista da humanidade" que, governada por sociólogos-sacerdotes, deveria oferecer finalmente
uma unidade e harmonia de pensamento, sentimentos e ações entre os homens. Muitos seguidores
de Comte romperam com ele devido a essa proposta. Este pensador exerceu uma profunda
influência em outros teóricos, principalmente em Herbert Spencer e Emile Durkheim. Desenvolveu
uma teoria ou doutrina conhecida como positivismo ou filosofia positiva.
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1.4.2 FUNCIONALISMO
Entre as décadas de 1930 e 1960, o funcionalismo foi a teoria dominante nas ciências sociais.
Nos fins do século XX, perdeu grande parte de sua representatividade, mas não ficou
desaparecida. Segundo essa corrente, a Ciência incorpora uma visão de sistema, portanto, ela trata
de proceder a investigações sobre formas duráveis da vida sociocultural de uma dada realidade. A
ciência social por excelência analisa o desempenho e posições de papéis, normas, organizações,
funções etc.
O sociólogo francês Émile Durkheim é o expoente do funcionalismo. Nesta corrente, à
medida que há ordem, ocorre o progresso. Para ele, cada indivíduo exerce uma função específica
na sociedade e sua má execução compromete o funcionamento desta. Por sociedade, entende um
todo em funcionamento, como um sistema de operação.
Para interpretar a sociedade, realizou estudos sobre o fato social. Este define como elemento
exterior à medida que existe antes do próprio indivíduo; e coercitivo na medida em que a própria
sociedade posiciona suas normas, sem a opinião dos sujeitos dela partícipes.
O método funcionalista toma a sociedade como uma estrutura complexa de grupos ou
indivíduos reunidos em uma trama de ações e reações sociais, isto é, como sistema de instituições
sociais correlacionadas entre si, em uma relação de ação e reação. Assim, a teoria funcionalista
enfatiza a existência de regras e valores comuns essenciais à manutenção (ordem) de uma
sociedade.
Auguste Comte, Herbert Spencer e Émile Durkheim foram os sociólogos que mais
influenciaram o funcionalismo. Todos eles partem do pressuposto de que a sociedade pode ser
vista como um "organismo biológico", constituído de uma estrutura orgânica ou sistêmica. Desta
maneira, a sociedade é concebida como um conjunto composto de elementos que interagem entre
si para a manutenção e harmonia de um todo. Os componentes do sistema contribuem
significativamente para o pleno funcionamento da sociedade.
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1.4.3 ESTRUTURALISMO
O método funcionalista foi um dos mais utilizados para analisar a língua, a cultura e a
sociedade. O Estruturalismo é melhor visto como uma abordagem geral com muitas variações
diferentes, entretanto, de modo geral, ele visa explorar as inter-relações, isto é, as estruturas,
através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura. Existem marcadas diferenças
entre os autores que compõem essa "escola", mas todos eles manifestam uma preocupação em
analisar as estruturas sociais. Em termos gerais, o estruturalismo procura as leis universais e
invariantes da humanidade que operam em todos os níveis da vida humana.
Para as ciências sociais, a obra mais importante no estruturalismo foi realizada pelo
antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, nascido no ano de 1908. Ele iniciou sua carreira
ensinando na Universidade de São Paulo. Lévi-Strauss analisou várias sociedades tribais. A
conclusão de Lévi-Strauss é a de que as verdadeiras estruturas fundamentais da sociedade são as
estruturas da mente humana. Em todo o mundo, os produtos humanos têm uma fonte básica
idêntica: o sistema mental. Mas esse sistema não é produto de um processo consciente.
Mais recentemente, os estudos estruturalistas adquiriram novas dimensões com os trabalhos
dos "pós-estruturalistas", também conhecidos como "neo-estruturalistas". O filósofo e cientista
social francês Michel Foucault é a figura mais representativa dessa corrente. A sua produção é
imensa e tem despertado cada vez mais interesse pelos historiadores. Seus principais livros:
História da Loucura, As Palavras e as Coisas, Arqueologia do Saber e História da Sexualidade.
Suas obras têm sido amplamente divulgadas nas pesquisas em educação e sua contribuição
perpassa o entendimento da cultura via as relações de poder.
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1.4.4 DIALÉTICA
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1.4.5 FENOMENOLOGIA
Esta abordagem, segundo Barros e Lehfeld (2000), toma a natureza como reflexo da
composição de energia, que, por sua vez, se expressa como mediadora e como unidade da
matéria fundante de informações próprias do ser humano. Nesse sentido, o ser humano é
emoção, mente e corpo, garantido por um processo progressivo de formação e de
programações que se transformam em objetos vitais entre o plano real e o ideal.
Nos aspectos sociais, mais amplos, essa dinâmica energética é traduzida pela expressão
sociopolítica (vida), pela economia (matéria), por leis, valores e ideologias. Por conseguinte, a
ciência é uma construção do conhecimento sem fragmentação, concebendo toda e qualquer
realidade ligada à perspectiva de totalidade.
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TEXTO COMPLEMENTAR
Leia o texto abaixo de Pierre Weill e relacione-o à abordagem holística da pesquisa apresentada por
Barros e Lehfeld (2000). Para tanto, realize pesquisa em livros ou internet para consubstanciar seus
argumentos, bem como evidencie sua opinião favorável ou não a este novo tipo de abordagem do
conhecimento.
Nunca estivemos tão perto da paz. Mas, ao mesmo tempo, jamais ela nos pareceu tão distante. Já
podemos curar doenças que até bem pouco tempo atrás eram terrivelmente mortais. Das pranchetas dos
cientistas brotam animais e plantas que a natureza não criou.
Em laboratórios que fariam inveja a filmes de ficção científica, surgem robôs capazes de executar todo
tipo de serviço, da faxina doméstica à pesquisa espacial. São olhos eletrônicos que espionam os confins do
universo em busca de nossos eventuais parceiros distantes na aventura da vida. Médicos ousam substituir
coração, rins e membros avariados, por órgãos biônicos criados em oficinas. Maravilhas. Ao olharmos em
volta, porém damos de cara com os terríveis subprodutos desse desenvolvimento: miséria, violência e medo.
A humanidade atingiu o limiar de uma nova era e vive, agora, uma espécie de dor do crescimento.
Deixamos de ser crianças, mas ainda não sabemos nos portar como gente grande. Acumulamos
conhecimentos em quantidade. Mas, sem sabedoria para usá-los, podemos destruir-nos e ao mundo no qual
habitamos. Felizmente, uma nova consciência está se estabelecendo no espírito de grande parte das pessoas.
Ela inspira outra maneira de ver as coisas em ciência, filosofia, arte e religião.
Somos os espectadores privilegiados e os atores principais de mais este ato da “comédia humana”.
Trata-se de um momento de síntese, integração e globalização. Nesta fase, a humanidade é chamada a colar
as partes que ela mesma separou nos cinco séculos em que se submeteu a ditadura da razão.
Esse esforço começa a se fazer necessário porque a crise de fragmentação chegou a limites extremos e
ameaça a sobrevivência de todas as formas de vida sobre a Terra. Dividimos arbitrariamente o mundo em
territórios, pelos quais matamos e morremos. Já se produziu armas nucleares que poderiam destruir várias
vezes o nosso planeta.
A loucura e a competição são tão ferozes que ignoram o óbvio: não haverá uma segunda Terra para
ser destruída, nem ninguém ou coisa alguma para acionar o gatilho atômico depois da primeira vez.
Quebramos a unidade do conhecimento e distribuímos os pedaços entre os especialistas. Para os cientistas,
demos a natureza; aos filósofos, a mente; aos artistas, o belo; aos teólogos, a alma.
Não satisfeitos, fragmentamos a própria ciência, espalhando-a pelos domínios da matemática, da
física, da química, da biologia, da medicina e de tantas outras disciplinas. O mesmo ocorreu com a filosofia,
à arte e a religião, cada um desses ramos se subdividindo ao infinito.
Como conseqüência, o mundo do saber tornou-se uma verdadeira “torre de babel”, na qual os
especialistas falam cada qual a sua língua e ninguém se entende.
A mais ameaçadora de todas as fragmentações, no entanto foi a que dividiu os homens em corpo,
emoção, razão e intuição, porque ela nos impede de raciocinar com o coração e de sentir com o cérebro.
Autor da Teoria da Relatividade, o físico Albert Einstein demonstrou no início deste século que tudo
no universo é formado pela mesma energia, do mesmo modo que, embora vistos como diferentes, o gelo e o
vapor são em último caso apenas água.
Desse modo, a fragmentação só existe no pensamento humano, cuja propriedade essencial é
justamente a de classificar, dividir e fracionar, para, em seguida, estabelecer relações entre esses fragmentos.
Recuperar a unidade perdida significa reconquistar a paz. Mas, desta vez, o inimigo a derrotar não é o
estrangeiro. Ele mora dentro de nós. É a força que isola o homem racional de suas emoções e intuições.
Foi à própria ciência moderna que começou a exigir o surgimento de uma nova consciência. Incapazes
de responder às questões que eles formulavam, muitos físicos saíram em busca da psicologia, da religião e
das mais importantes tradições da humanidade. Este encontro entre ciência moderna, os estudos
transpessoais e as tradições espirituais constitui o que chamamos de visão holística. É importante que
tenhamos uma clara noção dessa mudança de visão e das conseqüências que ela traz para a educação.
WEILL, Pierre. Uma nova concepção de vida. In: A arte de viver em paz: por uma nova consciência,
por uma nova educação. São Paulo: Gente, 1993. p. 17-18.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
INDICAÇÃO DE SITES
http://www.mundodosfilosofos.com.br/comte.htm
http://www.culturabrasil.org/durkheim.htm
http://tiosam.com/?q=Estruturalismo
www.ufrgs.br/museupsi/aula28%20maickel.ppthttp://www.culturabrasil.org/marx.htm
http://www.conteudoglobal.com/personalidades/karl_marx/index.asp?action=filosofia_marx&nome=
A+Filosofia+de+Marx
http://www.achegas.net/numero/33/ubiracy_33.pdf
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Inicialmente, podemos considerar que pesquisar significa buscar respostas para as mais
diversas indagações e problemas humanos, sejam eles individuais ou coletivos. A pesquisa pode
ser vista também como uma atividade eminentemente cotidiana, sendo considerada como uma
atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na
realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático” (DEMO,
1996, p. 34).
Gil (1999, p.42) acredita que a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e
sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é
descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.
PESQUISA É...
Um conjunto de ações proposto para resolução de um problema, que tem por base
procedimentos racionais, sistemáticos e metódicos. A pesquisa é realizada quando se tem um
problema de investigação, isto é, algo ou alguma coisa que se pretende investigar. Não se
esqueça desse princípio!
Para realizar uma pesquisa científica é fundamental saber usar os instrumentos adequados
para encontrar respostas, ou seja, formular as hipóteses ao problema levantado.
Na visão de Salomon (1999), podemos graduar as pesquisas científicas em:
Pesquisas Puras – têm como intenção ir além da simples definição e descrição do
problema. A partir da formulação de hipóteses claras e definidas, aplicação do método
científico de coleta de dados, controle e análise, procuram inferir a interpretação, a
explicação e a predição.
Pesquisas Aplicadas – se destinam a aplicar leis, teorias e modelos, na solução de
problemas que exigem ação e/ou diagnóstico de uma realidade.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Objetivos:
Exploratória: Tem por finalidade a descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser
modificadas e obtenção de alternativas ao conhecimento científico existente. Tem por objetivo
principal a descoberta de novos princípios para substituírem as atuais teorias e leis científicas. É a
coleta de dados e informações sobre um fenômeno de interesse sem grande teorização sobre o
assunto, inspirando ou sugerindo uma hipótese explicativa; É a coleta de dados e informações
sobre um fenômeno de interesse sem grande teorização sobre o assunto, inspirando ou sugerindo
uma hipótese explicativa.
Descritiva: Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto,
entrar no mérito do seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do pesquisador, que
apenas procura descobrir, a freqüência com que o fenômeno acontece. Visa descrever
determinadas características de populações ou fenômenos ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Basicamente consiste na coleta de dados através de um levantamento.
Explicativa ou Hipotético-Dedutiva: Tem por objetivo ampliar generalizações, definir leis
mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses numa visão mais unitária
do universo e gerar novas hipóteses por força de dedução lógica. Exige síntese e reflexão, visa
identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica o “porque das
coisas”. Nas ciências naturais exige a utilização de métodos experimentais e, nas ciências sociais o
método observacional.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Procedimentos:
Bibliográfica: É desenvolvida a partir de material já publicado, principalmente de livros,
artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Embora em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Segundo Lakatos e Marconi (2003), sua finalidade
é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por
alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. A bibliografia pertinente oferece meios para
definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas nas
quais os problemas não se fixaram suficientemente. Tem como objetivo permitir ao pesquisador o
reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. Assim, a
pesquisa bibliográfica não é apenas repetição do que foi publicado sobre determinado conteúdo,
mas propicia o exame de um tema sob nova abordagem, chegando a conclusões inusitadas.
Documental: Tem por finalidade conhecer os diversos tipos de documentos e provas
existentes sobre conhecimentos científicos. Estes documentos normalmente não receberam
tratamento prévio analítico, encontram-se muitas vezes nos seus locais de origem. É efetuada
essencialmente em centros de pesquisa, museus, acervos particulares e centros de documentação e
registro.
Experimental: Destina-se a obtenção por experimentação de novos sistemas, produtos ou
processo. Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam
capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e observação dos efeitos que a variável
produz nos objetos em estudo.
Operacional: A finalidade é o desenvolvimento de métodos e técnicas para a solução de
problemas complexos e para a tomada de decisões. Utiliza o conhecimento matemático, através da
programação linear e não linear para a solução de problemas. A pesquisa operacional consiste na
construção de modelos do sistema físico real para serem aplicadas técnicas de simulação e
otimização.
Estudo de caso: Quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de
maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Este tipo de pesquisa,
normalmente, é realizada a partir de um caso em particular e, posteriormente é realizada uma
análise comparativa com outros casos, fenômenos ou padrões existentes. É amplamente utilizada
no levantamento das características e parâmetros de funcionamento ou operação de sistemas e
processos.
Pesquisa-Ação: Investigação realizada em estreita associação com uma ação ou com a
resolução de um problema coletivo, no qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Ela tende a ser
vista em certos meios como desprovida da objetividade que deve caracterizar os procedimentos
científicos. A pesquisa-ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação, e sim, de
discussão, fazendo avançar o debate das questões abordadas em uma dada pesquisa através dos
seus atores. Caso você se interesse em um artigo da autora Selma Garrido Pimenta, cujo título é
“Pesquisa-ação crítico-colaborativa”: construindo seu significado a partir de experiências com a
formação docente.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Pesquisa Participante: Segundo Demo (2000, p.21), a pesquisa prática “é ligada à práxis, ou
seja, á prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de
intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de
vista o rigor metodológico”. Confere-se a este tipo de pesquisa um componente político e social
que permite debater o processo de investigação a partir da concepção de intervenção na realidade
social. Esta pesquisa se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das
situações investigadas. Conheça o histórico, a definição e a metodologia da pesquisa participante.
Expost-Facto: Quando o “experimento” se realiza após os fatos.
Abordagem:
Quantitativa: Parte do pressuposto de que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente
de correlação, análise de regressão etc.). É aplicada quando se deseja conhecer a extensão do objeto
de estudo e aplicam-se nos casos em que se buscam identificar o grau de conhecimento, as
opiniões, impressões, seus hábitos, comportamentos, seja em relação a um produto, sua
comunicação, serviço ou instituição. Ou seja, o método quantitativo oferece informações de
natureza mais objetiva e aparente.
Seus resultados podem refletir as ocorrências do mercado como um todo ou de seus
segmentos, de acordo com a amostra com a qual se trabalha. O questionário, por exemplo, é o
instrumento de coleta de dados mais utilizado. Ele pode conter questões fechadas (alternativas
pré-definidas) e/ou abertas (sem alternativas e com resposta livre). Na pesquisa quantitativa, a fim
de comprovar as hipóteses, os recursos de estatística nos dirão se os resultados obtidos são
significativos ou descartáveis. Este tipo de pesquisa baseia-se em rígidos critérios estatísticos, que
servem de parâmetro para definição do universo a ser abordado pela pesquisa.
Como o nome já diz, o método quantitativo é útil para o dimensionamento de mercados,
levantamento de preferências por produtos e serviços de parcelas da população, opiniões sobre
temas políticos, econômicos, sociais, dentre outros aspectos. O desenvolvimento e aplicação do
método quantitativo têm início com a definição dos objetivos que o cliente pretende alcançar. Em
seguida faz-se o levantamento amostral do universo, ou seja, o número de entrevistas a ser
realizado; elaboração aplicação de pré-teste para validação do questionário e, posteriormente, a
pesquisa em campo; apuração, cruzamento e tabulação dos dados; e, por fim, elaboração de
relatórios para análise estratégica.
Qualitativa: Toma como princípio a existência de uma relação dinâmica entre o mundo real
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que
não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados
são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento-chave. É descritiva.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Análise textual - leitura que tem por objetivo uma visão global, assinalando: estilo,
vocabulário, fatos, doutrinas, época, autor, ou seja, um levantamento dos elementos
importantes do texto.
Esquema de Texto
Dicas de elaboração de esquema.
Refere-se ao “esqueleto” do texto.
Pode ser construído em linha vertical ou horizontal.
Utilização de símbolos diversos (chaves, colchetes, listagem por item, setas etc.).
Subordine idéias e fatos, não os reúna apenas (observar a hierarquia de palavras, frases e
parágrafos-chave).
Características do Esquema
Fidelidade ao original.
Estrutura lógica.
Funcionalidade de conteúdo.
Normas.
Aponte o tema do autor, destaque títulos e subtítulos.
O esquema deve possuir uma interpretação pessoal de quem o produz e não a exposição
literal das palavras do autor.
É necessário lembrar que cada parágrafo do texto possui: idéia central e idéias secundárias.
De posse do esquema do texto, você deve organizar seu resumo. O interessante é que
você não precisará voltar ao texto original, pois deve construir o seu resumo a partir de seu
esquema. Lembre-se, o resumo refere-se à interpretação e apresentação das idéias principais de
um texto ou obra, de forma breve, clara, lógica e sucinta.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Conceito
É a apresentação concisa e seletiva do texto, destacando-se os elementos-chave.
Como Resumir?
Responder a duas questões principais: o que trata este texto? O que pretende demonstrar?
Identificar a idéia central e o propósito do autor.
Identificar as partes em que se estrutura o texto.
Compreender as idéias, exemplos, associar idéias etc.
Distinguir a correlação das partes do texto.
Identificar a articulação entre as idéias (parágrafos).
Resumo informativo ou analítico: é o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do
original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se, porém
as idéias principais. Não são permitidas as opiniões pessoais do autor do resumo. O
resumo informativo, que é o mais solicitado nos cursos de graduação, deve dispensar a
leitura do texto original para o conhecimento do assunto.
Resumo crítico: consiste na condensação do texto original a 1/3 ou 1/4 de sua extensão,
mantendo as idéias fundamentais, mas permite opiniões e comentários do autor do
resumo. Tal como o resumo informativo, dispensa a leitura do original para a
compreensão do assunto.
Resenha: é um tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente. Além de reduzir o texto,
permiti opiniões e comentários que incluem julgamentos de valor, tais como comparações
com outras obras da mesma área do conhecimento, a relevância da obra em relação às
outras do mesmo gênero etc.
Sinopse (em inglês, synopsis ou summary; em francês,'résumé d'auteur): neste tipo de resumo
indicam-se o tema ou assunto da obra e suas partes principais. Trata-se de um resumo
bem curto, elaborado apenas pelo autor da obra ou por seus editores.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Conceito
Fichar é transcrever anotações em fichas, para fins de estudo ou pesquisa. Os dados
registrados devem ser transcritos com o máximo de exatidão e cuidado. As fichas permitem:
identificar a obra, conhecer o conteúdo, fazer citações, analisar o material e elaborar críticas.
Tipos de Ficha
Ficha Bibliográfica: serve para indicações bibliográficas; algumas frases sucintas são
suficientes; utilizar verbos ativos para se referir ao autor (analisa, critica, compara).
Ficha de Citação: serve para transcrever trechos do texto. A citação deve vir entre aspas,
indicando o nº. da página do livro entre parênteses ao final dela.
Ficha de Resumo: apresenta a síntese das idéias do autor, de forma clara e objetiva. Não é
longa; não é transcrição, é uma elaboração pessoal.
Ficha de Comentário: interpretação crítica pessoal das idéias expressas pelo autor.
Exemplo de Ficha
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
2.2.5 RESENHA
Conceito
É considerada um tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente, pois permite
comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área
e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero (ANDRADE, 1995).
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 264),
Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. Resenha
crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na
crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelos resenhista.
A sua finalidade é apresentar ao leitor, de maneira fiel e objetiva, uma síntese das idéias
fundamentais da obra; estimular o senso crítico, o bom senso e o espírito científico do resenhista; e,
exercitar a pesquisa e a investigação científica, a partir da prática da leitura, compreensão, análise e
interpretação do texto.
É um trabalho acadêmico de grande valor para o pesquisador, pois permite desenvolver uma
percepção mais ampla da realidade empírica através da literatura técnica e científica, bem como a
iniciação na pesquisa científica. Ela pode basear-se em elementos reais, caracterizados por
reuniões, eventos e acontecimentos em geral; ou, em elementos textuais, que se baseiam em livros,
peças teatrais, texto, filme etc.
Para sua elaboração são necessários alguns requisitos básicos, a saber: conhecimento
completo da obra; competência no tema ou área do conhecimento; capacidade de emitir juízo de
valor; independência de juízo; correção e urbanidade e fidelidade ao pensamento do autor,
recomendam Lakatos e Marconi (2003).
Estrutura da Resenha
Lakatos e Marconi (2003) apresentam a seguinte estrutura de resenha:
Referência:
Autor(es)
Título (subtítulo)
Imprensa (local da edição, editora, data)
Número de páginas
Ilustração (tabelas, gráficos, fotos etc.)
Credenciais do Autor:
Informações gerais sobre o autor Autoridade no campo científico. Quem fez o estudo?
Quando? Por quê? Onde?
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Conhecimento:
Resumo detalhado das idéias principais. Do que trata a obra? O que diz? Possui alguma
característica especial?
Como foi abordado o assunto? Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?
Conclusão do Autor:
O autor faz conclusões? (ou não?)
Onde foram colocadas? (final do livro ou dos capítulos?) Quais foram?
Quadro de Referências do Autor
Modelo teórico:
Que teoria serviu de embasamento? Qual o método utilizado?
Apreciação
Julgamento da obra:
Como se situa o autor em relação:
o Às escolas ou correntes científicas, filosóficas e culturais?
o Às circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc.?
Mérito da obra:
o Qual a contribuição dada?
o Idéias verdadeiras, originais, criativas? Conhecimentos novos, amplos, abordagem
diferente?
Estilo:
o Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta?
o Ou o contrário?
Forma:
o Lógica, sistematizada?
o Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?
Indicação da Obra:
A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes?
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
De forma geral, ao elaborar uma resenha de um texto ou obra, você deve buscar contemplar ou
responder questões chaves, a saber:
o Qual o assunto, a características e as abordagens desenvolvidas?
o Quais os conhecimentos anteriores, direcionamento e alcance do texto?
o Qual o grau de acessibilidade, originalidade do texto?
o Qual a utilidade, validade e relevância?
o Que contribuições apresentam?
o O autor atinge os objetivos propostos?
o O texto supera o tema abordado em outros autores?
o Há profundidade na exposição das idéias?
o A conclusão está apoiada em fatos?
Artigo, na ABNT (2003), é definido como um “texto com autoria declarada, que apresenta e
discute idéias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Ele
é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos resultados de investigações ou
estudos realizados a respeito de uma questão.
O seu objetivo essencial é ser um meio eficiente e sucinto de divulgar e tornar conhecidos os
resultados de estudos ou pesquisas. Geralmente, aborda questões que são historicamente
polemizadas, quer sejam teóricas, quer sejam práticas.
Artigo científico é uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias,
métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento e se divide em:
Artigo original: apresenta temas ou abordagens próprias. Geralmente relata resultados de
pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigo científico.
Artigo de revisão: resume, analisa e discute informações já publicadas. Geralmente é
resultado de pesquisa bibliográfica.
São vários os motivos que justificam um pesquisador redigir um artigo científico,
especialmente quando se é aluno dos cursos de graduação e pós-graduação, pois os estudos e
pesquisas desenvolvidos ao longo da vida acadêmica podem se converter em uma publicação de
qualidade, sob forma de artigo. Ademais, os pesquisadores redigem artigos quando:
Não foram estudados certos aspectos de um assunto ou o foram insuficientemente; ou
ainda, se já tratados amplamente por outros, novos estudos e pesquisas permitem
encontrar uma solução diferente.
Uma questão antiga, conhecida, pode ser exposta de maneira nova.
Os resultados de uma pesquisa ainda não se constituem em material suficiente para a
elaboração de um livro.
Ao se realizar um trabalho, surgem questões secundárias que não serão aproveitadas na
obra.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Elementos pré-textuais
o Cabeçalho: título (e subtítulo) do trabalho; autor(es); credenciais do(s) autor(es) e local de
atividades.
o Resumo: parágrafo na língua do texto que sintetiza os objetivos do autor ao escrever o
texto, a metodologia e as conclusões alcançadas. Composto de frases concisas e objetivas,
não ultrapassando 250 palavras.
o Palavras-chave: termos na língua do texto escolhidos para indicar o conteúdo do artigo,
abaixo do resumo, separadas entre si por um ponto e finalizadas também por ponto.
Elementos textuais
Texto composto basicamente por: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Se for divido
em Seções, deverá seguir o Sistema de Numeração Progressiva (consultar a ABNT).
o Introdução: parte inicial, na qual devem constar a delimitação do assunto, os objetivos da
pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do artigo.
o Desenvolvimento: parte principal, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do
assunto. Divide-se em seções e subseções.
o Conclusão: parte final, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos
e hipóteses.
Elementos pós-textuais
o Título (e subtítulo) do trabalho em língua estrangeira.
o Resumo em língua estrangeira apresentação do resumo, precedido do título, em língua
diferente daquela na qual foi escrito o artigo.
o Palavras-chave em língua estrangeira.
o Nota (s) explicativa (s).
o Referências: lista de documentos citados nos artigos de acordo com norma da ABNT.
o Glossário.
o Apêndice: documento que complementa o artigo.
o Anexo: documento que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação.
o Agradecimentos.
o Data de entrega.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
SÍNTESE
Detalharmos, nesta seção, que os elementos textuais de um artigo científico são: introdução,
desenvolvimento e conclusão. A nossa dica abrange o desenvolvimento do artigo também conhecido como
corpo. Desta maneira, o corpo do artigo pode sofrer alterações, de acordo com o texto, e ser subdividido em
mais itens, ainda que, não convém que os artigos sejam muito subdivididos, para que o leitor não perca a
seqüência, quando necessário, a divisão deve obedecer a uma ordem lógica, na qual cada parte forme um
todo e tenha um título adequado. Por exemplo:
Introdução
Material e Método
Resultados
Discussão
Conclusões
PARA RE-LEMBRAR!
Para produzir um trabalho acadêmico é necessário antes realizar a sua análise textual, o esquema, o
resumo analítico e o fichamento do texto ou da obra.
QUAIS OS TRABALHOS ACADÊMICOS ESTUDADOS?
1. RESENHA:
É um tipo de resumo que apresenta as idéias centrais do texto e julgamento de valor sobre este.
Elementos da resenha:
Referência Bibliográfica
Credenciais do Autor
Conhecimento
Conclusão do Autor
Quadro de Referências do Autor
Apreciação
2. ARTIGO
Exposição breve e concisa sobre o resultado atingido em uma determinada pesquisa científica, sendo
um trabalho de valor para a comunidade científica.
a) Elementos pré-textuais:
Cabeçalho
Resumo
Palavras-chave
b) Elementos textuais:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
c) Elementos pós-textuais:
Título (e subtítulo) do trabalho em língua estrangeira
Resumo em língua estrangeira
Palavras-chave
Nota (s) explicativa (s)
Referências
Glossário
Apêndice
Anexo
Agradecimentos
Data de entrega
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Formato
Os textos devem ser apresentados em papel A4, na cor branca, sendo que apenas um dos
lados do papel pode ser utilizado para impressão. Eles devem estar digitados ou datilografados na
cor da fonte preta, excetuando as ilustrações. Somente a folha de rosto tem impressão no verso, no
caso de ter a ficha catalográfica.
O tamanho da fonte é 12 para o texto e tamanho menor para citações com mais de 3 linhas,
notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas.
O tipo de fonte é, de maneira geral, Arial ou Times New Roman; e o recuo de parágrafo (1ª
linha do parágrafo) é de 1,25cm ou sem o recuo na 1ª linha e com espaço entre um parágrafo e
outro. Ambas as formas estão corretas, porém a opção utilizada deve ser uniforme ao longo do
trabalho.
Os títulos dos capítulos (seções primárias), por serem as principais divisões de um texto,
devem sempre iniciar em uma nova folha, justificados na terceira linha (deve-se deixar 2 linhas em
branco de espaçamento antes) e digitados em letras maiúsculas negritadas, reproduzindo a
formatação gráfica adotada no sumário. Também entre os títulos dos capítulos e seus textos deve-
se deixar 2 linhas em branco de espaçamento.
Já os subtítulos (subseções) devem distanciar-se tanto do texto anterior quanto do posterior,
o equivalente a 2 linhas em branco (de tamanho 12 e entrelinhamento 1,5) de espaçamento (vide
modelo à página 17). Devem ser justificados e reproduzir a formatação gráfica adotada no
sumário.
Se, após sua digitação, não for possível acrescentar pelo menos as 2 linhas em branco de
espaçamento e mais três linhas de texto, eles deverão ser transportados para o início da página
seguinte. Nesse caso, na nova página, não serão antecedidos pelas 2 linhas em branco de
espaçamento, permanecendo, no entanto, as 2 linhas em branco de espaçamento posteriores.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Margem
As margens esquerda e superior devem possuir 3 cm; e as margens direita e inferior 2 cm.
Veja a ilustração abaixo:
Espacejamento
Apresentação do texto em espaço 1,5
cm, entretanto deve-se utilizar o espaço
simples (1,0 cm) para: as citações que
possuem mais de três linhas, as referências,
as notas, as legendas das ilustrações e
tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do
trabalho, o objetivo, o nome da instituição a
que é submetido e a área de concentração. Já
as referências listadas ao final do trabalho
devem também ser separadas entre si por
espaço duplo.
Utilizam-se dois espaços para separar
os títulos das subseções do texto que os
precede ou sucede. A natureza do trabalho, o
objetivo, o nome da instituição a que é
submetida e a área de concentração, tanto na
folha de rosto quanto na folha de aprovação,
devem ser alinhados à margem direita,
embora o texto esteja justificado.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
2.3.3 ALÍNEAS
Caracterizam-se por subdivisões das seções que não contêm títulos. Elas devem ser
apresentadas da seguinte maneira:
a) Indicadas com letras minúsculas do alfabeto seguidas de parênteses e reentradas em
relação à margem esquerda.
b) O texto da alínea deve começar com letra minúscula e terminar com ponto e vírgula com
exceção da última que deve terminar com ponto final.
c) As linhas seguintes da primeira linha da alínea devem começar sob a primeira letra da
própria alínea.
d) O texto anterior à alínea deve terminar com dois pontos.
e) Em caso de necessidade a alínea pode ser dividida em subalíneas assim apresentadas: 1.
iniciar por hífen, espaço e abaixo da primeira letra do texto da alínea; 2. as linhas
seguintes da subalínea devem começar debaixo da primeira letra da própria subalínea.
Indicativos de Seção
Deve ser alinhado à esquerda, separado de seu título por um espaço de caractere, sem
utilização de ponto ou qualquer outro sinal. O texto referente à seção deve iniciar-se na linha
posterior.
2.3.4 PAGINAÇÃO
A fonte original da qual foi extraída a ilustração e/ou tabela deve aparecer logo abaixo desta,
mesmo que não tenha sido publicada anteriormente. Já as ilustrações e/ou tabelas retiradas de
documentos já publicados necessitam ter sua fonte referenciada. Caso a fonte esteja sendo
contemplada, isto é, citada pela primeira vez no trabalho, deve ter a sua referência completa. A
partir da segunda citação faz-se necessário a referência abreviada (autor, título, ano e página).
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Ilustrações
Mapas, fórmulas, fotografias, desenhos, fluxogramas e quadros são consideradas ilustrações.
As ilustrações têm como propósito exemplificar informações sobre o tema que está sendo
abordado. Elas devem estar mais próximas possíveis da parte do texto que está sendo ilustrando.
A identificação correspondente aparece na parte inferior, iniciando-se com a palavra designativa,
seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto (algarismos arábicos) e do respectivo
título e/ou legenda explicativa.
Tabelas
São utilizadas exclusivamente para representar informações que possuem tratamento
estatístico. Neste caso, o título deve estar disposto na parte superior, precedido de Tabela e de seu
número de ordem, em algarismos arábicos (numeração independente e consecutiva), de acordo
como aparecem no texto.
TEXTO COMPLEMENTAR
Para cada tipo de trabalho acadêmico existe uma norma da ABNT específica. As normas indicadas a
seguir constituem algumas das prescrições atinentes aos itens de elaboração de um trabalho acadêmico. As
edições das normas mudam com freqüência, por isso, o estudante deve observar o ano de publicação de cada
uma delas e utilizar a versão mais atualizada. Portanto, como toda norma está sujeita à revisão, recomenda-
se aos usuários que verifiquem as edições mais recentes das normas citadas a seguir, por ordem de sua
numeração.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
SÍNTESE
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SILVA, José Maria da; SILVEIRA, Emerson Sena da. Apresentação de trabalhos acadêmicos: normas e
técnicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
2.4.1 CITAÇÃO
Citação refere-se às informações retiradas de outras fontes, sejam indiretas ou diretas, que têm
como objetivo fundamentar e/ou esclarecer a idéia do autor do texto produzido .
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Procedimentos:
As citações diretas com até três linhas, devem aparecer entre aspas duplas.
Exemplos 1.
O currículo oculto, segundo McLaren (1997, p. 216), “refere-se às conseqüências não
intencionais do processo de escolarização”.
Exemplos 2.
“As relações sociais na sala de aula tradicional baseiam-se em relações de poder
inextricavelmente ligadas à atribuição e distribuição de notas pelo professor” (GIROUX, 1997, p.
71).
As citações diretas com mais de três linhas, devem ser destacadas do texto (como se fosse
um novo parágrafo) com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto (a
fonte 10 é a mais indicada), espaço entre linhas simples e sem aspas.
Exemplo:
Morin (2004, p. 31) diz:
assim como o oxigênio matava os seres primitivos até que a vida utilizasse esse corruptor
como desintoxicante, da mesma forma a incerteza, que mata o conhecimento simplista, é
o desintoxicante do conhecimento complexo. De qualquer forma, o conhecimento
permanece como uma aventura para a qual a educação deve fornecer o apoio
indispensável.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Citação Indireta: reprodução das idéias do autor sem transcrevê-las, podendo até resumi-las,
interpretando as idéias originais.
Exemplo 2.
Segundo Passos (1999), o modelo falocrático, inculca nos homens a idéia de uma
supremacia sobre o sexo feminino, sobre o mundo e o seu destino, e faz com que eles
estabeleçam com as pessoas uma relação de mando, de poder e de garantia e preservação da
masculinidade.
Citação de citação ocorre quando: é feita uma citação direta ou indireta de um texto em
que não se teve acesso ao original. Utiliza-se a expressão latina apud para indicar a autoria
original.
No caso em que o autor faz parte da frase, deve-se obedecer a seguinte ordem:
Exemplo:
Para Larroyo (1964, p. 52 apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 31), a finalidade do
seminário é “pesquisar e ensinar a pesquisar”.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
No caso em que o autor não faz parte da frase deve-se obedecer a seguinte ordem:
Exemplos 1.
“Toda leitura cultural tem sempre um destino, não caminha a esmo” (GALIANO, 1979,
p. 85 apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 15).
Exemplos 2.
Para Galiano (1979 apud LAKATOS; MARCONI, 2001) quem estuda um texto tem
como propósito aprender algo, rever detalhes ou buscar respostas para suas inquietações.
Notas
Notas de rodapé: indicações e observações feitas pelo autor.
Notas explicativas: notas usadas para comentário ou explanações, que não possam ser
incluídas no texto.
Exemplo:
No texto:
Bourdieu (1995) explica que as hierarquias e desigualdades produzidas entre os sexos
não são naturais, são frutos da herança do patriarcado1, que dedicou à mulher uma posição
periférica e uma identidade que lhe foi imposta, cognitiva e socialmente.
Em nota:
____________________
1
O patriarcado não designa apenas uma forma de família baseada no parentesco
masculino e no poder paterno. O termo designa também toda estrutura social que nasça de um
poder do pai.
As citações podem ser apresentadas por meio de dois sistemas: autor-data e numérico. O
sistema adotado deverá ser respeitado até o fim do trabalho, visando sua uniformização e deverá
estar correlacionado com a listagem de referências e/ou notas de rodapé.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina o uso do sistema autor-data
para as citações no texto e do sistema numérico para as notas explicativas, sendo que no sistema
numérico as citações devem estar correlacionadas com a lista de referências e notas de rodapé, já
nos sistema autor-data, as citações devem estar correlacionadas somente com a lista de referências.
Pode-se usar o sistema numérico para citações no texto, desde que não haja notas explicativas.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Sistema autor-data
O sobrenome do autor é mencionado todo em letras maiúsculas, quando aparece entre
parênteses e apenas com a letra inicial maiúscula quando aparece fora de parênteses. Quando o
autor não é parte da frase, a indicação vem toda entre parênteses.
Exemplo:
“Compreender a identidade é compreender a relação indivíduo-sociedade” (CIAMPA,
1994, p. 19).
Quando o autor é parte integrante da frase, somente o ano e a página (se for o caso)
aparecem entre parênteses.
Exemplo:
Segundo Nóvoa (1991), toda formação encerra um projeto de ação e de transformação e
não há projeto de ação e de transformação sem opções, sem tomada de decisão, sem reflexão e
sem revisão.
Variam de acordo com o documento em uso bem como de outras condições, tais como o
comparecimento ou não de autoria. Além do que algumas informações são obtidas através de
outros canais informais de comunicação:
a) Citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados no mesmo ano: são
diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem
espacejamento. O mesmo procedimento é feito na lista de referência.
Exemplos no texto:
Conforme Freire (2002a)
Conforme Freire (2002b)
Exemplos na listagem de referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.
9. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002a. 245 p.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho
d'água, 2002b. 127 p.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Exemplo:
No texto:
Brasil (2000)
Nas referências:
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural: orientação sexual.
Secretaria da Educação Fundamental. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
A fonte é indicada por uma numeração única e consecutiva, através de algarismos arábicos,
remetendo-se às notas de rodapé e lista de referências que são listadas, ao final do trabalho
acadêmico, capítulo ou seção, necessariamente na mesma ordem em que estão indicadas no texto.
A numeração indicada no texto pode ser realizada entre parênteses alinhada a ele, ou um
pouco acima da linha, após a pontuação que encerra a citação. Não se deve fazer uso do sistema
numérico para citações no texto quando às mesmas possuem notas de rodapé, conforme a
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Exemplo:
no texto:
“a qualidade da leitura depende do conhecimento que se tem do vocabulário.” (1)
ou , “a qualidade da leitura depende do conhecimento que se tem do vocabulário.” ¹
“o processo de elaboração de hipótese é de natureza criativa.” ²
Na lista de referências:
1 MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos,
resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
2 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Exemplo:
a) No texto:
Moraes (2002) relata que no sistema capitalista, as empresas vivem e sobrevivem em
função do lucro, que é legítimo e legal.
b) Nas referências:
MORAES, Anna Maris Pereira de. Administração à brasileira. Disponível em:
http://www.educompany.com.br/texto/biblioteca/annamaris.asp. Acesso em: 20 fev 2002.
Exemplo:
(BARBOSA, C., 1958)
(BARBOSA, O. 1959)
(BARBOSA, Cássio, 1965)
(BARBOSA, Celso, 1965)
Exemplo:
(DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)
(CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000)
2.4.5 REFERÊNCIAS
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Autoria:
1) Norma geral SOBRENOME, Nome.
2) Sobrenomes compostos SOBRENOME COMPOSTO, Nome.
3) Sobrenomes de parentesco SOBRENOME (NETO, FILHO), Nome.
4) Sobrenome com partículas SOBRENOME, Nome (de, da).
5) Até três autores SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome.
6) Mais de três autores SOBRENOME, Nome et al.
7) Sem autor A entrada deve ser feita pelo título. Não utilizar o termo anônimo.
8) Entidades coletivas NOME de associações, institutos e entidades.
EXEMPLOS:
A) Livro:
GOMES, Antônio Marcos. Novela e sociedade no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
B) Capítulo de livro:
1) Quando o autor do capítulo não for o autor do livro:
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHIMIDT,
J. (Org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
p. 7-16.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Três, n. 148, 28 jun. 2000.
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun.
1999. Folha Turismo, caderno 8, p. 13.
G) Material Eletrônico:
H) Imagem em Movimento:
I) Legislação:
55
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
TEXTO COMPLEMENTAR
SÍNTESE
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Escolha do Tema: para selecionar o tema de investigação se faz necessário saber: o que
pretendo estudar? Qual o tema na área de estudo que me interessa, me motiva? Definir um tema
significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites para o
desenvolvimento da pesquisa. De forma geral, o tema é o assunto que se deseja estudar e
pesquisar. Uma vez definido, o tema deverá ser freqüentemente revisto. O pesquisador deverá
levar em conta no momento de decisão do tema de estudo, a sua atualidade e relevância social, seu
conhecimento a respeito. Após definição consciente do tema, o pesquisador deverá levantar e
analisar a literatura já publicada sobre o tema.
Revisão de literatura: nesta fase, o pesquisador deverá se perguntar: o que já foi escrito sobre
este tema? Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto? Que aspectos já foram
abordados? Quais as lacunas existentes na literatura. Assim, pode realizar uma pesquisa mais
consistente. Para tanto, precisa evidenciar o quadro de referência (teorias e/ou autores) no qual se
situam ou os problemas que se deseja pesquisar, através de uma sumária revisão de literatura.
A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para você evitar a
duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de contornos
mais precisos do problema a ser estudado. Justifique cientificamente a sua pesquisa e a referende
através de autores e/ou teorias, salientando a contribuição destes para sua proposta, utilizando-se,
inclusive, de citações, conforme prevê os procedimentos para uso de citação, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – NBR 10520.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
59
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
o Entrevista
A entrevista oferece maior amplitude do que o questionário, quanto à sua organização: esta
não estando presa a um documento entregue a cada um dos interrogados, os entrevistadores,
permitem, muitas vezes, explicar algumas questões no curso da entrevista, reformulá-las para
atender às necessidades do entrevistado, afirmam Laville e Dionne (1999). A entrevista pode ser
visualizada como a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou
problema.
Segundo Santos (2002, p. 223),
60
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
o Questionário
Para interrogar indivíduos que compõem determinada amostra, uma das abordagens mais
usuais consiste em preparar uma série de perguntas sobre o tema visado, perguntas escolhidas em
função da(s) hipóteses(s) da pesquisa. Para cada uma das perguntas, oferece-se uma opção de
respostas, definidas por indicadores, marcando a assertiva de sua opinião (LAVILLE; DIONNE,
1999). O questionário se converte em um instrumento privilegiado de sondagem, embora seu uso
não se limite apenas a este propósito.
O questionário é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito
pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de
instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da
colaboração do informante e facilitar o preenchimento.
As perguntas do questionário podem ser:
Abertas: “Qual é a sua opinião?”
Fechadas: duas escolhas: sim ou não.
De múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.
Segundo Lakatos e Marconi (2003), o questionário, como toda técnica de coleta de dados,
também apresenta uma série de vantagens e desvantagens. Vejamos:
Vantagens:
Economizam tempo, viagens e obtém grande número de dados.
Atinge maior número de pessoas simultaneamente.
Abrange uma área geográfica mais ampla.
Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo.
Obtém respostas rápidas e precisas.
Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato.
Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas.
Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador.
Há mais tempo para responder e em hora mais favorável.
Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento.
Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.
Desvantagens:
Percentagem pequena dos questionários que voltam.
Grande número de perguntas sem respostas.
Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas.
61
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
o Formulário
O formulário refere-se a uma coleção de questões e anotadas por um entrevistador em uma
situação face a face com o informante. Ele é usado quando o pesquisador pretende do informante
respostas mais amplas e com maiores detalhes. Para Santos (2002), ele pode ser visto também como
um roteiro para as entrevistas e se aproxima muito do questionário aberto. Para este e os demais
instrumentos da pesquisa, deve preceder a elaboração, a organização de um plano para ordenar as
perguntas e dar seqüência lógica ao conjunto de elementos a serem coletados. O formulário, como
os demais instrumentos, deve ter um início, um meio e um fim, interligados.
O formulário pode ser aplicado a qualquer tipo de informante, o qual não escreve, apenas
responde. É flexível, permite ao entrevistador reformular a indagação, caso seja necessário, e
permite coletar dados mais numerosos e complexos que no questionário. Nele o pesquisador
exerce um papel decisivo como diretor da conversa.
Para Lakatos e Marconi (2003, p. 212), “o formulário é um dos instrumentos essenciais para a
investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em obter informações diretamente do
entrevistado”. As autoras pontuam ainda algumas vantagens e desvantagens referentes ao uso do
formulário, a saber:
Vantagens:
Utilizado em quase todo o segmento da população: alfabetizados, analfabetos, populações
heterogêneas etc., porque seu preenchimento é feito pele entrevistador.
Oportunidade de estabelecer rapport, devido ao contato pessoal.
Presença do pesquisador, que pode explicar os objetivos da pesquisa, orientar o
preenchimento do formulário e elucidar significados de perguntas que não estejam muito
claras.
Flexibilidade, para adaptar-se às necessidades de cada situação, podendo o entrevistador
reformular itens ou ajustar o formulário à compreensão de cada informante.
Obtenção de dados mais complexos e úteis.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
“O ponto de partida da análise de conteúdo é a mensagem, seja ela verbal (oral ou escrita),
gestual, silenciosa, figurativa, documental ou diretamente provocada” expressa Franco (2005, p. 13,
grifo da autora). Recentemente, a análise de conteúdo passou a ser cada vez mais utilizada para
produzir inferências acerca de dados verbais e/ou simbólicos, mas, obtidos a partir de perguntas e
observações do interesse de um pesquisador.
As fontes de pesquisa, caracterizadas como documentos, podem ser primárias ou secundárias:
Fontes primárias são os documentos que dão origem a análises para posterior produção de
informações. Podem ser decretos oficiais, fotografias e artigos.
Fontes secundárias são as obras nas quais as informações já se encontram previamente
elaboradas (livros, teses e monografias).
História de Vida
Muito utilizada nos campos da Antropologia, Sociologia, Ciência Política e Educação, a
história de vida constitui um meio de investigação no qual os dados são levantados via entrevista
que exploram aspectos relacionados à vida dos entrevistados, procurando dar significado às
experiências. Também é utilizada quando a pesquisa tem como tema uma pessoa, sendo
necessárias as historias de sua vivência. Geralmente é utilizada nas pesquisas participantes e em
pesquisas que se utilizam do método dialético, na área de estudos sociais.
Segundo Macedo (2004, p. 175), a história de vida.
[...] não representa nem dados convencionais da ciência social, nem autobiografia,
também não representa um exercício de ficção. Embora o trabalho seja apresentado a
partir do enfoque do pesquisador, ele enfatiza o valor da perspectiva do ator social.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Coleta de Dados
Conforme Lakatos e Marconi (2003), esta etapa da pesquisa se inicia quando o pesquisador
aplica os instrumentos de coleta de dados e suas técnicas, a fim de efetuar a coleta prevista. Refere-
se, portanto, à operacionalização da pesquisa, sendo fundamental a paciência e a persistência para
obter êxito neste processo. Após coleta, o pesquisador necessita selecionar os dados, de acordo
com seus objetivos; codificar, utilizando categorias de análise; e, tabular os dados, a fim de
comunicá-los. Para tanto, poderá lançar mão de recursos tecnológicos para organizar os dados
obtidos na pesquisa de campo. Atualmente, é comum que o pesquisador opte pelo uso de recursos
computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e
gráficos, a fim de obter melhor visualização, análise e interpretação dos achados empíricos.
64
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Estrutura de Monografia
Elementos da Monografia
A monografia é apresentada, de forma geral, com os seguintes elementos:
Elementos Pré-textuais:
Capa, na qual deverá conter apenas os dados indispensáveis à identificação do trabalho:
título em destaque na parte superior; o nome do autor em destaque; especificação do
trabalho (dissertação, monografia etc.); dados referentes ao curso; dados referente à
instituição acadêmica com as respectivas localização e data.
Dorso com o título e nome do autor.
Folha de rosto, geralmente sem gravação ou impressão, às vezes utilizada para apresentar
um resumo da obra.
Após a capa, uma a duas folhas em branco.
66
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
Elementos Textuais:
Introdução.
Desenvolvimento com a seqüência dos capítulos destinados ao corpo do trabalho.
Capítulo(s) das conclusões.
Elementos Pós-textuais:
Anexos, elementos que se acrescentam para demonstração, exemplificação ou
comprovação do texto, ordenados de acordo com o desenvolvimento.
Adendos, dados que se acrescentam para complementação do trabalho.
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ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
TEXTO COMPLEMENTAR
Reflita sobre os riscos do comprometimento sociocultural que estão presentes nas investigações dos
pesquisadores dos fenômenos humanos. Como desenvolver um conhecimento rigoroso e eficaz nas ciências
humanas e sociais?
É importante salientar que os cientistas destes ramos do conhecimento estão sempre investindo no
desenvolvimento de métodos e técnicas de pesquisa que sejam mais adequados para os seus estudos. Os
diversos instrumentos de coleta de dados, a exemplo de entrevistas, questionários, história de vida, análise
de documentos e observação foram desenvolvidos com propósito de preencher a lacuna sobre a validade das
pesquisas em ciências humanas e sociais.
De uma maneira geral, há dois grandes procedimentos metodológicos nas pesquisas socioculturais: a
quantitativa e a qualitativa. A primeira caracteriza-se por mensurar de modo preciso o real. Preocupa-se,
portanto, em estabelecer medidas, inclusive de caráter estatístico, que possam "quantificar" as observações.
As chamadas "pesquisas de opinião", como as pesquisas eleitorais, utilizam-se de procedimentos
quantitativos. As pesquisas qualitativas estão voltadas para apreender e explicitar o sentido da atividade
social, isto é, as significações internas dos comportamentos, tais como motivações, representações e valores,
que são dificilmente quantificáveis.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e
aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994. (Coleção Ciências da Educação).
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5.
ed. São Paulo: Atlas, 2003.
TACHIZAWA, Takeshi; MENDES, Gildásio. Como fazer monografia na prática. 8. ed. Rio de Janeiro:
FGV, 2003.
68
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
SÍNTESE
Conceito de Pesquisa: conjunto de ações, propostas para resolução de um problema, que tem por base
procedimentos racionais, sistemáticos e metódicos.
Classificação das Pesquisas: a) Pesquisas exploratórias e descritivas – define melhor o problema, gera
propostas de solução, descreve fenômenos, define e classifica fatos e variáveis; b) Pesquisas aplicadas –
aplica leis, teorias e modelos, na solução de problemas que exigem diagnóstico de uma realidade; c)
pesquisas puras ou teóricas – vai além da simples definição e descrição do problema; e sim, formula
hipóteses, aplica método científico de coleta de dados, controla e analisa, inferindo a interpretação da
realidade.
Tipos de Pesquisa: a) Pesquisa Quantitativa: parte do pressuposto de que tudo pode ser quantificável,
o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, requerendo uso
de técnicas estatísticas; b) Pesquisa Qualitativa: considera a existência de uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, no qual a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa.
69
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
GLOSSÁRIO
COGNITIVO: refere-se à cognição, isto é, percepção ou aquisição de um conhecimento.
EMPIRISMO: constitui uma corrente filosófica, que tem como representante o filósofo john locke. atribui a
experiência à base do conhecimento humano, ou seja, é a partir das experiências que o sujeito constrói idéias
sobre o mundo. esta corrente é opositora ao racionalismo.
EPISTEMOLOGIA: é proveniente de dias, palavra grega: episteme (ciência) e logos (teoria). parte da filosofia
que se ocupa com a teoria do conhecimento científico, isto é, a natureza dos fundamentos do saber científico,
de sua validade, limites e condições de produção. os filósofos anglo-saxônicos tendem a usar a expressão
“gnosiologia” como sinônimo de “epistemologia”. em nossa língua, o termo gnosiologia é usualmente
empregado com mais freqüência para designar “teoria do conhecimento em geral” e epistemologia para se
referir à “teoria do conhecimento científico”.
HOLÍSTICO: relativo ao holismo (do grego holos, que significa todo). parte da noção de que as propiedades
de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma de seus componentes, e sim pela
interdependência dinâmica.
INTERACIONISMO: constitui uma corrente filosófica, que tem como representante o filósofo immanuel
kant. baseia-se na interação entre o sujetito e o objeto do conhecimento, em uma relação dialética e mútua na
construção do conhecimento.
MONOLÍTICO: diz-se do caráter, do sentimento, da crença etc., que não apresenta rupturas, que é íntegro.
RACIONALISMO: constitui uma corrente filosófica, que tem como representante o filósofo rené descartes.
destaca que o conhecimento é baseado nas idéias inatas, atribuindo primazia ao uso do raciocínio, que é a
operação mental, discursiva e lógica do ser humano.
70
ME TODOLOGI A DO T RABALHO CI EN TÍFI CO I
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Ed. Mestre Jou, 1970.
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
ANDER-EGG, Ezequiel. Introdución a las investigación social: para trabajadores socieles. 7. ed. Bueno
Aires: Humanitas, 1978.
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas.
São Paulo: Atlas, 1995.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São
Paulo: Moderna, 2003.
______. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos - apresentação. Rio de Janeiro.
______. NBR 6022: informação e documentação – artigo em publicação periódica científica impressa. Rio de
Janeiro, 2003.
BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de Survey. Tradução Guilherme Cezarino. Belo Horizonte: UFMG,
1999.
BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1986.
______. Fundamentos de Metodologia Científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. amp. São Paulo:
Makron Books, 2000.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos
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