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O Estudo do Contraponto
Man, Alfred (ed.). 1971. The Study of Counterpoint from Johann Joseph Fux's Gradus
ad Parnassum. 3Æ ed. New York, London: W. W. Norton.
Tradu ~ao para o portugu^es das notas de rodape, do prologo, revis~ao e edi ~ao feita por:
Hugo L. Ribeiro
1Æ edi
~ao - 2001
2Æ edi
~ao - 2007
i
Pr
ologo do autor ao leitor
ii
essa arte, e
uja memoria nun
a devo parar de
ultivar
om um sentimento de pro-
funda rever^en
ia. Por Josephus eu me rero ao aluno que deseja aprender a arte da
omposi
~ao.
E por ultimo, n~ao se ofendam pela humildade de minha es
rita; desde quando eu
n~ao
lamo por uma latinidade outra que a de um viajante que retorna a terra que ora
hamou de
asa. E gostaria preferen
ialmente ser
ompreensvel do que ser eloquente.
Adeus, bons proveitos e seja pa
iente.
iii
O DIALOGO
Josephus Venho a ti, veneravel mestre, para ser introduzido as regras e prin
pios da
musi
a.
Aloysius Desejas, ent~ao, aprender a arte da
omposi
~ao?
Josephus Sim.
Aloysius Mas, n~ao estas
iente que este estudo e
omo um imenso o
eano, que n~ao se
esgota mesmo na dura
~ao da vida de um Nestor? Estas
ertamente empreendendo
uma pesada tarefa, um fardo maior que o Etna. Se e em qualquer
aso muito
dif
il es
olher uma pross~ao { desde que, da es
olha, quer seja
erta ou errada,
dependera a boa ou ma sorte, para o resto da vida { quanto
uidado e perspi
a
ia
aquele que ingressa nesta arte utiliza antes que ouse de
idir. Porque musi
os e
poetas nas
em
omo tais. Deves tentar lembrar se mesmo na inf^an
ia sentiste
uma forte in
lina
~ao natural para esta arte e se estiveste profundamente
omovido
pela beleza das harmonias.
Josephus Sim, o mais profundamente mesmo antes que eu pudesse argumentar, fui
onquistado pela for
a deste entusiasmo estranho e voltei todos os meus pensa-
mentos e sentimentos para a musi
a. Agora o ardente desejo de entend^e-la me
possui, e me
onduz quase
ontra meus desejos, e dia e noite agradaveis melodias
pare
em soar em torno de mim. Portanto penso n~ao ter mais raz~ao para duvidar
de minha propens~ao. Nem as di
uldades do trabalho me desen
orajam, e espero
que,
om a ajuda da boa saude, eu deva ser
apaz de domina-la. Certa vez ouvi
um sabio dizer: O estudo, mais que uma tarefa, e um prazer.
Aloysius Estou
ontente em re
onhe
er tua aptid~ao natural. Ha apenas um ponto
que ainda me preo
upa. Se ele for removido a
eitar-te-ei entre meus alunos.
Josephus Por favor, digas qual e, reverendo mestre. Contudo,
ertamente nem esta
nem qualquer outra raz~ao me fara desistir de meus planos.
Aloysius Talvez a esperan
a de futuras riquezas e posses induziram-te a es
olher esta
vida? Se este for o
aso, a
redita-me que deves mudar de ideia; quem governa o
Parnassum e Apolo e n~ao Plut~ao. Aquele que deseja riquezas deve tomar outro
aminho.
Josephus N~ao,
ertamente n~ao. Por favor, esteja
erto que n~ao tenho outra inten
~ao
a n~ao ser seguir minha vo
a
~ao pela musi
a sem qualquer pensamento de ganho.
Lembro-me tambem que meu professor sempre me disse que devemo-nos
ontentar
om uma vida simples e lutar n~ao por riquezas, mas por pro
i^en
ia e por um
bom nome, porque a virtude e a propria re
ompensa.
iv
Aloysius Estou
ontente em en
ontrar um jovem estudante tal
omo desejaria. Mas,
dizei-me, estas familiarizado
om tudo o que foi dito a respeito dos intervalos, a
diferen
a entre
onson^an
ias e disson^an
ias, a respeito dos diferentes movimentos,
e a respeito das quatro regras no livro pre
edente?
Josephus A
redito
onhe
er tudo isto.
O movimento direto resulta quando duas ou mais partes sobem ou des
em na mesma
dire
~ao por grau
onjunto ou salto,
onforme visto no exemplo:
Movimento direto
- ïï ïï ïï ïï ïï ïï ïï ïï
ïï ïï
Fig. 1
1 Em um
aptulo anterior, Fux Distingue entre a quarta obtida pela divis~ao artimeti
a da oitava
- e aquela obtida pela divis~ao harm^oni
a - [N.T., Alfred Mann anexa um appendix
expli
ativo sobre divis~ao aritmeti
a e harm^oni
a℄. No primeiro
aso, onde a nota mais grave da quarta
e ao mesmo tempo a fundamental { ou seja, em qualquer momento no tratamento a duas vozes { a
quarta e
onsiderada disson^an
ia. No segundo
aso, seu
arater dissonante e invalidado por uma
nova fundamental, e pode ser
onsiderada uma
onson^an
ia imperfeita. Ao
lassi
ar a quarta entre
as disson^an
ias, Fux toma sua de
is~ao de a
ordo
om o que
hama \uma famosa e dif
il quest~ao".
Martini, baseando sua posi
a~o sobre a de Zarlino (Instituitioni Harmoni
he, Part III, Ch. 5), vai mais
alem ao
hamar a quarta de
onson^an
ia perfeita (Esemplare, pp xv e 172). Haydn e Beethoven seguem
Fux. Mozart (Fundamente d^es General-Basses, p. 4) tambem
lassi
a a quarta
omo disson^an
ia.
2 As arma
o~es, que introduzem as regras fundamentais seguintes, podem ao mesmo tempo ser
onsideradas uma expli
a
a~o dos prin
pios de
ondu
a~o de vozes as quais elas englobam. A \variedade
de sons" e a base na qual todas as regras seguintes s~ao derivadas: primeiro, a proibi
a~o de su
ess~oes
paralelas de
onson^an
ias perfeitas,
omo privando as vozes de sua independ^en
ia; segundo, a regra
em que mesmo
onson^an
ias imperfeitas devem ser
uidadosamente usadas em su
ess~ao paralela (n~ao
mais do que tr^es ou quatro seguidas).
v
O movimento
ontrario resulta quando uma parte sobe por grau
onjunto ou salto
e a outra des
e { ou vi
e versa, por exemplo:
Movimento
ontrario
- ïï ï ïï ï ï ï
:ï ïï ïï ï ï ïï
ï ïï
Fig. 2
O movimento oblquo resulta quando uma parte movimenta-se por grau
onjunto
ou salto enquanto a outra permane
e esta
ionaria,
onforme mostrado no exemplo:
Movimento oblquo
- Ø ï Ø
ï Ø ï Ø
ï
Fig. 3
Considerando que estes tr^es movimentos est~ao es
lare
idos, resta ver
omo eles s~ao
usados na prati
a. Isto e exposto nas quatro regras fundamentais seguintes:
Regra 1 De uma
onson^
an
ia perfeita para outra
onson^
an
ia perfeita devemos pro-
vi
PRIMEIRA PARTE
Cap
tulo 1
- Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 4
Aloysius Para
ada destas notas, portanto, deve ser justaposta uma
onson^an
ia apro-
priada em uma voz superior; e devemos ter em mente os movimentos e regras
que foram expli
ados na
on
lus~ao do livro anterior. Os movimentos
ontrario e
oblquo devem ser utilizados sempre que possvel, desde que
om os seus usos po-
demos mais fa
ilmente evitar erros. E ne
essario grande
uidado ao movimentar
de uma nota para outra em movimento direto. Neste
aso, porque o perigo de
erro e maior, devemos prestar maior aten
~ao as regras.
Josephus Supondo que
onhe
o os movimentos e as quatro regras, penso ter enten-
dido tudo que disseste. Lembro-me entretanto que zeste uma distin
~ao entre
onson^an
ias perfeitas e imperfeitas. Pode ser ne
essario saber se elas devem
tambem ser usadas diferentemente.
Aloysius Tenhas pa
i^en
ia. Expli
arei tudo. Certamente, ha uma grande diferen
a
entre as
onson^an
ias perfeitas e imperfeitas, mas falarei disto mais tarde. Por
1 Prin
piospara a forma
a~o de melodias s~ao dis
utidos posteriormente no
urso da obra. A regra
basi
a, no entanto, a qual todas as outras s~ao derivadas, deve ser men
ionada de antem~ao: a possi-
bilidade da exe
u
a~o vo
al deve sempre ser levada em
onsidera
a~o. Dessa forma, nenhum intervalo
aumentado, diminuto, ou
romati
o devem ser usados, nem intervalos maiores que a quinta (ex
eto a
oitava e a sexta menor que, posteriormente, no entanto, podera ser utilizada somente em movimento
as
endente). Registros muito agudos ou muito graves, saltos seguidos em mesma dire
a~o, e saltos que
n~ao s~ao subsequentemente
ompensados tambem devem ser evitados.
2
enquanto elas devem ser empregadas impar
ialmente a n~ao ser pelos diferentes
usos em a
ordo
om os movimentos, e pela regra de que devem ser empregadas
mais
onson^an
ias imperfeitas que perfeitas. A ex
e
~ao refere-se ao in
io e ao
m que devem
onter
onson^an
ias perfeitas.
Josephus Importarias em me expli
ar,
aro mestre, porqu^e devem ser usadas mais
onson^an
ias imperfeitas do que perfeitas, e porque o in
io e o m devem
onter
onson^an
ias perfeitas?
Aloysius Tua impa
i^en
ia, embora louvavel, for
a-me, a expli
ar quase tudo na ordem
errada. Contudo, responderei tua quest~ao, embora ainda n~ao dis
utindo
ada
detalhe para que n~ao ques
onfuso
om tantos detalhes ao
ome
ar. As
on-
son^an
ias imperfeitas ent~ao, s~ao mais harmoniosas que as perfeitas, pela raz~ao que
expli
arei no devido tempo. Portanto, se uma
omposi
~ao desta espe
ie, tendo
apenas duas partes e sendo alias muito simples,
ontivesse muitas
onson^an
ias
perfeitas,
aria ne
essariamente
arente de harmonia. A regra referente ao in
io
e o m expli
a-se da seguinte forma: o in
io deve expressar perfei
~ao e o m rela-
xamento. Considerando que as
onson^an
ias imperfeitas
are
em espe
i
amente
de perfei
~ao, e n~ao podem expressar relaxamento, o in
io e o m devem
onter
onson^an
ias perfeitas. Finalmente, deve-se notar que no penultimo
ompasso
deve estar uma sexta maior se o
antus rmus estiver na parte inferior, e uma
ter
a menor, se estiver na parte superior2 .
Josephus Isto e todo o ne
essario para a primeira espe
ie do
ontraponto?
Aloysius N~ao e tudo, mas e o su
iente para
ome
ar; o restante tornar-se-a
laro
om as
orre
~oes. Para
ome
ar, ent~ao, tomai o
antus rmus
omo uma base e
tentai
onstruir um
ontraponto sobre ele, utilizando a
lave de soprano e tendo
em mente tudo o que foi dito ate aqui.
Josephus Farei o melhor que puder.
ï ï ï Þï Ø
- Î ï ï ï
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Contraponto ï ï ï
5 3 3 5 3 5 3 3 6 6 8
Î ï
Cantus Firmus
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 5 3
Aloysius Ex
elente; estou admirado
om tua intelig^en
ia e aten
~ao. Mas por que
olo
aste numeros a
ima do soprano e do
ontralto?
Josephus Pelos numeros a
ima do
ontralto desejei mostrar as
onson^an
ias que usei
para que
orresse menos ris
o { pelo fato de ter o movimento de uma
onson^an
ia
diante de mim { de esque
er o tipo
erto de progress~ao. Os numeros a
ima do
2 Logo, o setimo grau tem que ser elevado nos modos Dori
o (Re), Mixoldio (Sol) e Eolio (La).
(O segundo grau de um modo o
orre sempre antes da fundamental no
antus rmus, o setimo grau
sempre pre
edendo a t^oni
a no
ontraponto).
3 Segundo e setimo
ompasso da Fig. 5 : a repeti
a~o de uma nota { a uni
a forma de usar movimento
oblquo na primeira espe
ie { deve o
orrer o
asionalmente no
ontraponto; no entanto, a mesma n~ao
deve ser repetida mais do que uma vez.
3
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
(5) 8 (3) 10 5 6 10 10 10 5 3 3 1
Î ï (ï) ï ï Þï Ø
* *
Cpt
- ( ) ï ï ï ï ï ï ï
8
Fig. 6
Hexa
orde natural (hexa
ordum naturate ) -
ut re mi fa sol la
Os graus de
ada hexa
orde s~ao
hamados assim, ut, re, mi, fa, sol, la, e era
ostume indi
ar a posi
a~o
de uma nota em todos os tr^es hexa
ordes.
5
Resolução
- ï ï ï ï
3 5 5 5
- ï ï : ï
Fig. 7
Tal gura
~ao n~ao seria feita por um bom
antor, espe
ialmente ao
antor solo5 .
O mesmo e verdade para a progress~ao de oitava para uma quinta em movimento
direto onde duas quintas su
eder-se-iam imediatamente,
onforme o exemplo se-
guinte mostra:
ï ï ï ï ï
- ï ï
8 5 5 5 8 5 5 5
- ï ï ï ï ï ï ï
Fig. 8
Notai, ent~ao,
omo pela gura
~ao do salto de quinta, duas quintas, uma das
quais era anteriormente o
ulta, tornam-se aparentes. Disto, podes admitir que
os legisladores de uma arte n~ao apresentaram nada obtuso e sem delibera
~ao.
Josephus Eu
ompreendo e estou muito admirado.
Aloysius Continuai agora o mesmo exer
io em todos os modos dentro desta oitava,
em sua ordem natural. Come
aste
om Re ; ent~ao Mi, Fa, Sol, o La e Do se-
guinte6 .
Josephus Porque deixaste de lado o Si entre o La e o Do ?
5 Ele refere-se a antiga prati
a de ornamenta
a~o improvisada, espe
ialmente a ent~ao
hamada di-
minui
a~o (preen
himento de intervalos, e quebra de notas de valores longos em outra mais
urtas).
6 I.e., os modos que
ome
am nessas notas.
6
Aloysius Por que ele n~ao tem a quinta justa e portanto n~ao pode ser o nal de um
modo o que dis
utiremos mais detalhadamente no momento oportuno.
- ï
ï
Fig. 9
Esta quinta e diminuta e dissonante, desde que
onsiste de dois tons inteiros e o
mesmo tanto de semitons, enquanto a quinta justa, ou
onsonante,
ontem tr^es
tons inteiros e um semitom.
Josephus N~ao poderamos mudar a quinta diminuta para uma justa alterando des-
endentemente a nota inferior, ou as
endentemente a superior,
omo no exemplo
seguinte?
- ï Þïï
:ï
Fig. 10
Aloysius Poderemos, mas neste
aso, onde a quinta deixa o sistema diat^oni
o, ela n~ao
mais perten
eria a qualquer dos modos naturais {
om os quais devemos lidar
ex
lusivamente, no momento { mas a um modo transposto, que dis
utiremos
separadamente em outra o
asi~ao.
Josephus Ha alguma distin
~ao entre estes diferentes modos?
Aloysius Sim, uma grande diferen
a. Desde que a posi
~ao variavel dos semitonos
resulta em uma linha melodi
a diferente
om
ada destas oitavas. Isto,
ontudo,
n~ao ne
essitas saber ainda. Retomai ent~ao teu exer
io, tentai en
ontrar um
ontraponto para o
antus rmus que estou es
revendo para ti em Mi.
ï ï ï ï Ø
Cpt - Î ï ï ï ï ï
5 8 3 5 8 3 3 8 6 8
Î ï ï
CF
- ï ï ï ï
ï ï ï Ø
Fig. 117
Aloysius Muito bem. Ponhas agora o
antus rmus na parte superior e es
revas um
ontraponto abaixo na
lave de tenor.
7 N.T. Na edi
a~o em ingl^es, o editor omite os numeros de
ompasso nessa gura 11, mas volta a
utiliza-los na gura 12, volta a omiti-los na gura 13 e retorna a utiliza-los nas g. 14, 15 e 21. Os
ultimos exemplos desse primeiro
aptulo (g. 22 e 23) n~ao possuem numera
a~o de
ompasso. Do
segundo
aptulo em diante somente alguns exemplos esparssos utilizam a numera
a~o de
ompassos a
ada
ompasso. Para haver uma
oer^en
ia editorial, a partir deste exemplo es
olhemos por suprimir
os numeros referentes a
ontagem dos
ompassos.
7
- Î ï ï ï ï
ï ï ï ï Ø
ï
CF
8 3 8 6 3 10 5 3 3 1
Î ï ï ï Ø
(ï)
*
- ï ï ï ï ï
Cpt
ï
8
Fig. 12
Josephus Ent~ao errei novamente? Se isto a
onte
e
omigo na
omposi
~ao a duas
partes da espe
ie mais simples, o que a
onte
era na
omposi
~ao a tr^es, quatro, e
mais partes? Por favor, dizei-me qual erro e indi
ado pela ligadura do sexto para
o setimo
ompasso e pela
ruz a
ima.
Aloysius N~ao te preo
upes
om aquele erro. N~ao poderias evita-lo porque tua aten
~ao
n~ao foi ainda
hamada para ele. N~ao te entriste
as ante
ipadamente a respeito da
es
rita para mais vozes, porque a prati
a te tornara gradualmente mais perspi
az
e habilidoso. Certamente ouviste
om frequ^en
ia o t~ao
onhe
ido verso:
mi
ontra f
a
8
e o diabo na m
usi
a
Cpt - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8 6 3 8 10 10 10 5 3 8 6 8
Î ï ï ï ï
CF
- ï ï ï ï ï ï ï Ø
8
Fig. 13
Aloysius Otimo, do in
io ao m..
Josephus Neste exemplo
olo
aste o
antus rmus na
lave de tenor. Ha alguma
raz~ao espe
ial para isto?
Aloysius Nenhuma, ex
eto que deves tornar-te mais familiar
om as diferentes
laves.
Notes que devemos sempre usar
laves vizinhas em
ombina
~ao, de forma que os
8 Mi (a ter
a nota do hexa
orde) e fa (a quarta nota do hexa
orde) o
orre na maioria das
om-
bina
o~es dos diferentes hexa
ordes em um intervalo de trtono ou semitom
romati
o, o que faz seu
uso no
ontraponto estrito impossvel nesses
asos.
9 Fa : a quarta nota do hexa
orde natural, fa, e mi : a ter
a nota do hexa
orde duro, si.
10 O trtono deve ser evitado mesmo quando al
an
ado gradualmente - se a
linha n~ao e
ontnua e na mesma dire
a~o. A regra e menos rigorosa, no entanto, se o trtono surge
pela progress~ao de duas vozes: - Ver Jeppesen, Counterpoint, p.100.
8
ï
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8
1 3 3 3 6 3 3 6 3 5 3 1
ÿÎ ï ï ï :ï ï ï ï Ø
ï ï ï ï
Cpt
Fig. 14
(ï) ï
- Î ï ï (ï)ï
*
ï ï ï ï ï ï ï Þï Ø
Cpt
ï
8 3 3 8 5 3 5 3 3 8 3 6 6 8
Î
CF
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï
ï ï Ø
Fig. 15
Josephus Es
revi o
ontraponto
om a maior aten
~ao e
ontudo vejo dois erros assi-
nalados; do nono para o de
imo
ompasso e do de
imo para o de
imo primeiro.
Aloysius N~ao deves ser t~ao impa
iente, embora eu, esteja muito
ontente
om teu
uidado em n~ao fugir as regras. Mas
omo podes evitar aqueles pequenos erros
para os quais n~ao tiveste ainda as regras? Do nono para o de
imo
ompasso usaste
um salto de uma sexta maior, a qual e, proibida no
ontraponto estrito onde tudo
deve ser t~ao
antavel quanto possvel. Em seguida, do de
imo para o de
imo
primeiro
ompasso,
onduziste as vozes de uma de
ima para uma oitava, por
grau
onjunto, a parte superior des
endentemente e a inferior as
endentemente.
Esta oitava, a qual e
hamada battuta 13 pelos italianos e thesis 14 pelos gregos
{ porque ela o
orre no in
io do
ompasso { e proibida. Ja ha muito tenho
11 Intervalo
omposto: a
ombina
a~o de um intervalo simples e a oitava. O uso de posi
a~o
errada
e essen
ial para uma sonoridade equilibrada.
12 Cruzamento de vozes se mostrar a bastante util, espe
ialmente na es
rita a tr^es e quatro partes.
Cf. Jeppesen, Counterpoint, p.113.
13 Literalmente: batido [beaten℄.
14 Literalmente: p^
or abaixo [putting down℄. Ambos os termos se referem ao efeito do tempo forte
(downbeat).
9
pro
urado pela raz~ao, mas n~ao en
ontrei nem a natureza do erro nem a diferen
a
que torna a oitava neste exemplo a
eitavel,
ï
- ïï ï
Fig. 16
no seguinte, ontudo,
ï ï
- ï ï
Fig. 17
ina
eitavel, desde que em ambas guras ela e al
an
ada por movimento
ontrario.
Tal fato deve ser
onsiderado diferentemente se o unssono e al
an
ado da mesma
forma, i.e., de uma ter
a, e.g.:
- ïï ïï
Fig. 18
Neste
aso as vozes, ja que se a
ham na rela
~ao de absoluta igualdade, n~ao se-
riam ouvidas su
ientemente
laras e pare
eriam nulas e vazias. Por
ausa disto
o unssono n~ao deve, de forma alguma, ser utilizado nesta espe
ie de
ontraponto
ex
eto no in
io e no m. Contudo, retomando a oitava a
ima referida, a bat-
tuta, deixarei a tua dis
ri
~ao a es
olha de usa-la ou evita-la; isto e de pou
a
import^an
ia. Mas o movimento de uma
onson^an
ia mais remota para a oitava
por meio de um salto n~ao deve, em minha opini~ao, ser tolerada15 mesmo na
omposi
~ao para mais de duas vozes, e.g.:
ruim ruim
- ï ï ï ï
ÿ ï
ï ï ï
Fig. 19
ruim ruim
- ï ï ï
ï
- ï ï ï ï
Fig. 20
15 Cf.Roth, Elemente der Stimmfuehrung, p.72, onde a ottava e quinta battuta signi
am somente
tais progress~oes e s~ao, ent~ao, denitivamente proibidas.
10
Na
omposi
~ao para oito vozes, semelhantes saltos di
ilmente podem ser evita-
dos nos baixos ou nas partes que o substituem
onforme sera dis
utido no devido
tempo. Mas pre
isamos ainda um
ontraponto na voz inferior para o ultimo
exemplo:
- Î
N.B.
ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï ï
CF
ï ï Ø
1 3 3 3 6 10 5 6 3 3 6 3 3 1
Î ï ï ï ï ï
Cpt
- ï ï ï ï ï Þï ï Þï Ø
8
Fig. 21
Josephus O que indi
a o N.B. sobre a primeira nota deste exemplo?
Aloysius Signi
a que a progress~ao do unssono para outra
onson^an
ia por salto e
ma em si mesma, assim
omo a progress~ao para um unssono e ma em si mesma,
onforme expliquei brevemente antes. Desde que este salto,
ontudo, apare
e na
parte do
antus rmus que n~ao deve ser mudado, ele pode ser tolerado. Seria
diferente se n~ao estivesses restringido pelo
antus rmus, e a inven
~ao fosse de tua
propria es
olha. Mas porque puseste um sustenido no de
imo primeiro
ompasso?
Isto geralmente n~ao e usado no sistema diat^oni
o.
Josephus Desejei es
rever uma sexta neste ponto, mas quando estudei
anto, aprendi
que o fa
onduz des
endentemente e o mi as
endentemente. Desde que a pro-
gress~ao e as
endente de uma sexta para uma ter
a, usei um sustenido para en-
fatizar a tend^en
ia para subir. Alem disto, o fa do de
imo primeiro
ompasso
resultaria em uma rela
~ao desagradavel
om o fa ℄ no de
imo ter
eiro
ompasso.
Aloysius Tens sido apli
ado. Penso que agora
ada obsta
ulo foi removido e podes
ontinuar
om os modos restantes, La e Do :
ï
Cpt - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï Þï Ø
8 3 6 3 3 6 3 5 6 6 6 8
Î
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 22
- Î ï ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï Ø
CF
1 3 3 6 6 8 10 10 5 3 3 1
Î ï ï ï Ø
Cpt
- ï ï ï ï ï ï ï Þï
8
Fig. 23
Aloysius Considerando estes dois ultimos exemplos e evidente que sabes o ne
essario
sobre esta espe
ie do
ontraponto. Sigamos para a proxima.
Cap
tulo 2
A Segunda Esp
e
ie do Contraponto
Aloysius Antes que eu ini
ie a expli
a
~ao desta espe
ie do
ontraponto, deves saber
que neste
aso ha a impli
a
~ao de um
ompasso binario. Compasso binario
on-
siste de duas partes iguais, a primeira das quais e representada pelo des
er da
m~ao, a segunda, pelo subir. O des
er da m~ao e
hamado thesis em grego, o
subir, arsis, e penso ser de grande
onveni^en
ia usar estes dois termos em nossos
exer
ios1 . A segunda espe
ie resulta quando duas mnimas s~ao dispostas
ontra
uma semibreve. A primeira delas esta no thesis (tempo forte) e deve sempre ser
onsonante, a segunda esta no arsis (tempo fra
o) , e pode ser dissonante se ela
progride da nota pre
edente e para a nota seguinte por grau
onjunto. Contudo,
se ela progride por salto, ela deve ser
onsonante. Nesta espe
ie uma disson^an
ia
pode o
orrer apenas por gura
~ao, i.e., pelo preen
himento do espa
o entre duas
notas que est~ao a um intervalo de ter
a, e.g.:
Diminuição Diminuição
- ïØ ï Ø ï ïï ïï ï ïï ï
ï ï
Fig. 24
N~ao faz qualquer diferen
a se a nota que resulta da gura
~ao e
onsonante ou
dissonante; ela e satisfatoria se o espa
o entre as duas notas, um intervalo de
ter
a, e preen
hido.
Josephus Alem disto, devemos seguir o que foi es
rito na primeira espe
ie do
ontra-
ponto
om respeito ao movimento e progress~ao?
Aloysius Sim,
ertamente; ex
eto que nesta espe
ie o penultimo
ompasso deve
onter
uma quinta seguida por uma sexta maior, se o
antus rmus { ou melodia
oral
{ estiver na voz inferior. Se o
antus rmus estiver na voz superior, deve ent~ao
onter uma quinta seguida por uma ter
a menor. O exemplo tornara isto
laro:
1 N.T. Alfred Man preferiu utilizar os termos downbeat e upbeat, \uma vez que esses termos adquiri-
ram uso musi
al
orrente na lngua inglesa. Geralmente, os dois termos gregos s~ao usados ao
ontrario,
thesis para upbeat e arsis para downbeat (mesmo nos textos de Bellermann e Jeppersen). Isto pode
ser expli
ado pelo fato de Fux derivar seus termos do subir e des
er do bra
o, onde usualmente e
derivado do subir e des
er da voz." Para a presente vers~ao em portugu^es, a
hamos mais util manter
a nomen
latura original thesis e arsis.
12
Ø
- Þ ï Ø
- ï Ø Þ Ø
Fig. 25
Sera de grande ajuda se
onsiderares o nal antes que
ome
es a es
rever. Sigamos
agora, retomando os mesmos
antus rmi.
Josephus Eu tentarei. Mas espero que sejas pa
iente se eu
ometer erros, tenho ainda
muito pou
o
onhe
imento do assunto.
Aloysius Fa
as o melhor que podes, eu n~ao me importarei. As
orre
~oes es
lare
er~ao
o que estiver obs
uro para ti.
- Î * Þ Ø
*
Cpt
5 8 3 4 6 3 5 8 3 1 3 4 3 1 5 3 5 3 5 6 8
Î ï
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 26
Josephus Meu re
eio em
ometer erros n~ao foi sem fundamento. Vejo dois sinais
de erros, um na primeira nota do nono
ompasso, e o outro na primeira nota
do de
imo
ompasso, e n~ao sei o que esta errado em
ada
aso. Ambas as ve-
zes progredi de uma
onson^an
ia imperfeita para uma
onson^an
ia perfeita por
movimento
ontrario.
Aloysius Argumentas
orretamente. Ha dois erros do mesmo tipo. Contudo, n~ao
poderias saber disto desde eu n~ao tinhas sido alertado a respeito. E fato que o
salto de uma ter
a n~ao evita a su
ess~ao de duas quintas ou duas oitavas. A nota
intermediaria no arsis [tempo fra
o℄ e
onsiderada
omo apenas existente, desde
que devido a sua
urta dura
~ao e a pequena dist^an
ia entre as notas ela n~ao pode
ompensar a tal ponto que o ouvido deixe de per
eber as duas quintas ou oitavas
su
essivas. Consideremos o exemplo novamente,
ome
ando do oitavo
ompasso.
- ï
- ï ï ï
Fig. 27
Se deixarmos de lado as notas intermediarias que o
orrem no arsis [tempo fra
o℄,
aqueles
ompassos
ariam da seguinte forma:
13
ï ï
- ï
5 5 5
- ï ï ï
Fig. 28
- ï ï ï ï ï ï
Fig. 29
Seria diferente, se o salto fosse
om um intervalo maior; e.g., uma quarta, quinta
ou sexta. Em tal
aso, a dist^an
ia entre as duas notas faz
om que o ouvido
esque
a, por assim dizer, a primeira nota no thesis [tempo forte℄ ate a proxima
nota no thesis. Observemos o ultimo exemplo
om o salto de quarta invalidando
a su
ess~ao de oitavas.
bom
ï
-
- ï ï ï
Fig. 30
Foi, tambem por esta raz~ao, que n~ao marquei
omo errada a progress~ao do ter
eiro
para o quarto
ompasso;
onsiderando que se n~ao levassemos em
onta a nota
intermediaria, a passagem resultaria na seguinte:
- ï ï
6 5
- ï ï
Fig. 31
Esta progress~ao estaria
ontra a regra que diz: de uma
onson^an
ia imperfeita
para uma
onson^an
ia perfeita deve-se pro
eder em movimento
ontrario. Con-
tudo, o erro e evitado pelo salto de quarta da seguinte forma:
- ï
bom
- ï ï
Fig. 32
14
Cpt - Î Þ Ø
5 8 3 4 6 3 5 8 3 4 6 3 3 4 6 3 6 3 5 6 8
Î ï
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 33
Aloysius Vejo que entendestes su
ientemente tudo o foi expli
ado ate aqui. Toda-
via, antes que realizes um exemplo
om o
ontraponto na voz inferior, gostaria
de
hamar a aten
~ao para alguns pro
essos que ser~ao de grande utilidade para
ti. Primeiro, pode-se usar uma pausa de mnima em lugar da primeira nota.
Segundo, se as duas partes tiverem sido
onduzidas de forma que estejam bem
proximas e que n~ao saibamos para onde movimenta-las; e
aso n~ao haja possi-
bilidade de usar o movimento
ontrario, este movimento pode ser efetuado pelo
uso do salto de sexta menor (a qual e permitida) ou de uma oitava,
omo nos
exemplos seguintes:
- ï ï ï
ï
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï
Fig. 34
Cf - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8 3 6 3 5 3 4 8 6 3 2 3 6 3 6 3 10 5 3 1
Ø
-
Î ³ Þ
Cpt
8
Fig. 35
Aloysius Tomai agora todos os
antus rmus dados para a primeira espe
ie do
on-
traponto, e realizai os
in
o modos restantes,
olo
ando uma vez o
ontraponto
na voz superior e uma vez na inferior.
Ø
Cpt - Î ³
5 8 7 5 6 3 5 8 9 3 1 3 5 8 7 5 6 8
Î ï ï
Cf
- ï ï ï ï
ï ï ï Ø
Fig. 36
15
- Î ï ï ï ï
ï ï ï ï Ø
ï
Cf
8 3 4 6 8 6 8 3 3 3 5 3 4 3 4 6 3 1
Ø
Cpt
-
Î ³
8
Fig. 37
Josephus Lembro-me que disseste ha pou
o que no penultimo
ompasso deveria pri-
meiro estar uma quinta, se o
ontraponto o
orresse na voz inferior nesta espe
ie.
Mas, obviamente, neste modo a quinta, sendo dissonante, n~ao poderia ser usada
por
ausa do
ontraponto. Consequentemente usei uma sexta em vez da quinta.
Aloysius Estou muito satisfeito em que sejas t~ao
uidadoso. Continuai, es
revendo o
mesmo exer
io nos outros modos restantes.
- Î ³
Ø
: :
Cpt
8 6 5 3 2 3 2 3 5 6 5 3 10 5 3 6 7 10 8 5 6 8
Î ï ï ï ï
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï Ø
8
Fig. 38
ï
Cf - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8
:
1 3 5 3 4 3 4 3 6 3 6 3 1 6 8 3 10 6 3 5 3 1
ÿÎ ³ Ø
Cpt
:
Fig. 39
Cpt - Î ³ Þ Ø
8 3 4 6 7 10 9 5 8 5 6 8 7 3 2 3 2 3 8 6 5 6 3 5 6 8
Î
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï
ï ï Ø
Fig. 40
- Î ï ï ï ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï
Cf
Ø
Cpt - Î ³
Þ Þ Ø
8
Fig. 41
16
Cpt - Î ³ Þ Þ Ø
Î
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 42
ï ï ï ï ï ï ï ï
Cf - Î ï ï ï Ø
ÿ Î ³
Þ Ø
8
Cpt
Fig. 43
- Î ³
Ø
Cpt
Cf - Î ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 44
Cf - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Cpt - Î ³
Ø
8
Fig. 45
Agua mole em pedra dura
Portanto, somos ensinados a trabalhar sem des
anso para que dominemos as
i^en
ias, e a n~ao permitir que um dia passe sem uma linha es
rita (
omo se diz).
Adi
ionalmente, gostaria neste ponto de induzir-te a prestar aten
~ao n~ao so ao
ompasso em que estejas trabalhando mas tambem aos seguintes.
Josephus Sim, veneravel mestre, di
ilmente eu poderia saber o que fazer nos ultimos
exer
ios de
ontraponto
aso n~ao tivesse
onsiderado um ou outro dos
ompassos
om ante
ed^en
ia, medindo em minha mente o que poderia ser apropriado, antes
de
ome
ar a es
rever.
Aloysius Estou realmente satisfeito em ver qu~ao
ons
ientemente estas trabalhando.
Contudo desejo lembrar-te novamente a fazer todo o esfor
o possvel para ven
er
as grandes di
uldades do estudo a que te dedi
aste; e a jamais te desen
orajares
pelo trabalho arduo, nem permitires que sejais desviado da produ
~ao
onstante
17
pelo elogio das habilidades ja
onquistadas. Se trabalhares desta forma,
aras
surpreso em ver o
aminho que a luz gradualmente ilumina o qual tinha estado
obs
uro e
omo e de alguma maneira, a
ortina da es
urid~ao pare
e abrir-se.
De resto, o
ompasso ternario deve ainda ser men
ionado; neste
aso tr^es notas
s~ao dispostas
ontra uma. Desde que este n~ao e um assunto dif
il, e portanto, de
pou
a signi
^an
ia, penso n~ao ser ne
essario o trabalho de organizar um
aptulo
espe
ial sobre ele. Veremos que uns pou
os exemplos ser~ao su
ientes para torna-
lo
laro.
ï ï
- 23
ÿ 3 ï ï
8
2
Fig. 46
Aqui a nota do meio pode ser dissonante porque todas as tr^es movimentam-se por
grau
onjunto. Seria diferente se uma nota ou outra movimentasse por salto, no
qual
aso todas as tr^es notas teriam que ser
onsonantes,
omo deve ser evidente
pelo que ja foi dito.
Cap
tulo 3
Aloysius A ter
eira espe
ie do
ontraponto
onsiste de uma
omposi
~ao tendo quatro
semnimas
ontra uma semibreve. Neste
aso, antes de tudo, devemos observar
que, se
in
o semnimas s~ao su
essivas as
endente ou des
endentemente, a pri-
meira tem que ser
onsonante, a segunda pode ser dissonante e a ter
eira deve ser
onsonante novamente. A quarta pode ser dissonante se a quinta for
onsonante,
onforme mostra os exemplos1 :
- ï ï ï ï
:ï
- ï ï ï ï
8
Fig. 47
Isto n~ao e valido se, primeiro, a segunda e a quarta nota s~ao
onsonantes, no qual
aso a ter
eira nota pode ser dissonante,
omo nos exemplos seguintes:
ï
- ï ï
8
ÿ ï ï ï
6 5 5 3 5 6 7 8 3 5 4 3 8 6 7 8 3 1 2 3 3 5 4 3
Fig. 48
Aqui, a ter
eira nota e sempre dissonante, e pode ser des
rita
omo uma gura
~ao
ou um preen
himento de um salto de ter
a. Para ilustrar este pro
esso mais
laramente devemos
omparar estes exemplos
om suas formas originais:
ï
- ï ï
ÿ ï ï ï
8
Fig. 49
6 5 :4 3
1 Roth, Elemente der Stimmfuehrung, p. 77,
ita
omo a uni
a exe
a~o - , uma passagem
ï
ja men
ionada em Martini, Esemplare, p. xxvi.
19
Podemos, ent~ao, observar que a ter
eira nota, a disson^an
ia, nos exemplos ante-
riores, nada mais e que uma gura
~ao do salto de ter
a. Ela preen
he o espa
o
entre a segunda e a ter
eira nota, o qual espa
o pode sempre ser preen
hido por
uma gura
~ao, i. e., pela utiliza
~ao de uma nota intermediaria.
O segundo
aso no qual fugimos a regra geral, e o da es
apada, a qual e
hamada
ambiata2 pelos italianos. Ela o
orre se pro
edemos da segunda nota { quando
dissonante { para uma nota
onsonante por salto,
onforme os exemplos seguintes:
- ï ï ï
8 7 5 3 4 5
- ï Þ ï
ï
Fig. 50
Rigorosamente falando, o salto de ter
a da segunda nota para a ter
eira nota de-
veria o
orrer da primeira para a ter
eira nota, neste
aso a segunda nota formaria
uma sexta
onsonante.
ï ï
- ï
- ï Þ ï
ï
Fig. 51
- ï Þ ï
ï
Fig. 52
Desde que nesta espe
ie as
ol
heias n~ao devem ainda serem usadas, os velhos
mestres aprovaram o primeiro exemplo onde a segunda nota forma uma setima3 {
possivelmente porque e mais fa
il para
antar4 . Finalmente, devo mostrar
omo o
penultimo
ompasso deve ser tratado, sendo ele,
omo sempre, mais dif
il que os
outros. Se o
antus rmus estiver na parte inferior, da as seguintes possibilidades:
2 Literalmente: a \nota tro
ada" [ex
hanged note ℄. Esta
e a primeira men
a~o ja feita na literatura
musi
al da nota
ambiata, desde que tem sido usada nos primeiros idos da polifonia.
3 Ou quarta, respe
tivamente { Nota marginal [Marginal note℄ no original.
4 O salto de uma nota a
entuada para uma nota n~ ao a
entuada era
onsiderada dif
il de ser
antada
quando se utilizavam notas de valor
urto (espe
ialmente na dire
a~o as
endente; ver Jeppesen, Das
Sprunggessetz d^es Palestrinastils bei betonten Viertelnoten).
20
ï Þ ï
- Þ
- ï ï ï ï
Fig. 53
- ï ï
- Þ ï
Fig. 54
Se souberes isto e, em adi
~ao, tiveres em mente o que foi dito anteriormente a res-
peito das outras espe
ies, n~ao teras di
uldade
om esta espe
ie. Todavia desejo
lembrar-te novamente de prestar a maxima aten
~ao aos
ompassos seguintes; de
outra forma, podes as vezes en
ontrar-te in
apaz de seguir adiante. Come
es a
trabalhar agora, utilizando
ada um dos
antus rmus usados na primeira li
~ao5:
Î : : (: ) : : Þ Ø
Cpt -
1234 3456 8765 87 65 3 4 5 6 81 3 4 3 1 2 3 3213 3321 345 6 8
Î ï
Cf
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 55
Cf - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8 7 6 5 6 10 6 5 3 4 6 5 3 4 5 6 10 3 6 5 3 6 10 9 10 9 8 7 5 4 3 5 3 6 10 3 3543 1
Fig. 56
Ø
Cpt - Î
Cf - Î ï ï ï
ï ï ï ï ï Ø
ï
Fig. 57
5 Aqui,
omo nas espe
ies anteriores, e possvel usar uma pausa no lugar da primeira nota no
ontraponto, intensi
ando, dessa forma, a independ^en
ia das duas linhas.
21
- Î ï ï Ø ï ï ï ï
ï ï ï
Cf
Fig. 586
- Î Ø
: :
Cpt
Cf - Î ï ï ï ï ï ï ï
ï ï ï ï Ø
8
Fig. 59
ï
Cf - Î ï ï ï ïï ï ï ï ï ï Ø
ÿ Î : :
Ø
8
Cpt
: :
Fig. 60
Aloysius Por que usaste bemois em, alguns lugares? Geralmente eles n~ao apare
em
no sistema diat^oni
o
om o qual estamos trabalhando agora.
Josephus Pensei que de outra forma poderiam o
orrer rela
~oes desagradaveis por
ausa do mi
ontra fa e pare
eu-me que estes bemois n~ao interfeririam
om o
sistema diat^oni
o desde que s~ao usados inessen
ialmente, e n~ao fun
ionalmente.
Aloysius Trabalhaste muito
uidadosamente. Pela mesma raz~ao os sustenidos tem
que ser usados; quando e onde eles devem ser usados,
ontudo, deve ser
ui-
dadosamente
onsiderado. Pelo ultimo exemplo, pare
e-me que sabes todo o
ne
essario para essa espe
ie. Deixarei a ti a realiza
~ao dos tr^es modos restantes,
Sol, La e Do, para que n~ao nos retardemos muito. Sigamos portanto para
A Quarta Esp
e
ie do Contraponto
Aloysius Nesta espe
ie duas semnimas s~ao dispostas
ontra uma semibreve. Estas
mnimas est~ao sobre uma e a mesma nota e s~ao
one
tadas por uma ligadura, a
primeira das quais esta espe
ie deve o
orrer na arsis, e a segunda no thesis. Esta
espe
ie e
hamada ligature ou sn
opa, e pode ser
onsonante ou dissonante. A
ligadura
onsonante resulta quando as duas mnimas, a no arsis e a no thesis s~ao
onsonantes. Os exemplos tornar~ao isto
laro:
- Î ³
8 5 3 5 8 5 3 5 8
Î
- ï ï ï ï ï
Fig. 61
ï
- Î ³
10 7 6 7 6 7 6 8
Î
- ï ï ï ï ï
Fig. 62
Desde que as disson^an
ias n~ao o
orrem, neste
aso, inessen
ialmente { por -
gura
~ao {
omo nos exemplos pre
edentes, mas fun
ionalmente, e no thesis; e
desde que elas n~ao satisfazem por si mesmas, sendo ofensivas ao ouvido, elas de-
vem adquirir suas eufonias da resolu
~ao na
onson^an
ia seguinte. Portanto, algo
deve ser dito agora sobre
23
Aloysius Antes que eu passe a expli
ar
omo as disson^an
ias devem ser resolvidas,
deves saber que as notas ligadas e, por assim dizer,
onnadas
om grilh~oes,
nada mais s~ao que ritardos das notas seguintes, e por
onseguinte pre
ede
omo
se trazida da es
ravid~ao para a liberdade. Por isto as disson^an
ias devem resolver
sempre por grau
onjunto des
endente para as
onson^an
ias seguintes,
omo pode
ser visto no seguinte exemplo:
- Î ³
3 4 3 4 3 4 3
Î ï
- ï ï ï
Fig. 63
Podemos ent~ao ver que e fa
il en
ontrar a
onson^an
ia na qual qualquer dis-
son^an
ia deve resolver; isto e, ela deve ser resolvida na
onson^an
ia que deveria
o
orrer no thesis do
ompasso seguinte
aso o ritardo fosse omitido. Portanto se
o
antus rmus estiver na voz inferior, o intervalo de segunda deve ser resolvido
no unssono, o de quarta no de ter
a, o de setima no de sexta, e o de nona no
de oitava. Por
ausa disto n~ao e permitido pro
eder do unssono para a segunda
ou da oitava para a nona quando se usa ligaduras,
omo e visto nos seguintes
exemplos:
³
ruim
- Î ³
ruim
1 2 1 2 1 8 9 8 9 8
Î
- ï ï ï ï ï ï
Fig. 65
- Î ³ ³ ï ï
ï ï
Î
- ï ï ï ï ï ï
Fig. 66
Seria diferente se f^ossemos da ter a para a segunda ou da de ima para a nona:
³
bom
- Î ³
bom
3 2 1 10 9 8
Î
- ï ï ï ï
Fig. 67
Estas passagens est~ao
orretas porque elas soam bem se os ritardos ou ligaduras
forem removidos:
- Î ³ ³ ï
ï
Î
- ï ï ï ï
Fig. 68
Agora que foi visto que disson^an
ias podem ser usadas e
omo elas devem ser
resolvidas no
aso do
antus rmus estar na voz inferior, e ne
essario expli
ar
que disson^an
ias podem ser usadas se o
antus rmus estiver na voz superior, e
omo elas devem ser resolvidas. Gostaria de dizer, portanto, que podemos usar
aqui a segunda resolvendo para a ter
a, a quarta resolvendo para a quinta, e a
nona resolvendo para a de
ima, e.g.:
ï ï
- Î ï ï ï ï
1 2 3 3 4 5 8 9 9
Î ³ ³ ³
-
Fig. 69
Josephus Por que omitiste a setima? N~ao seria possvel usa-la se o
antus rmus
estiver na voz superior? Por favor, n~ao te ofendas
om a minha pergunta.
Aloysius Omiti a setima inten
ionalmente. Contudo di
ilmente existe alguma raz~ao
a ser dada ex
eto o modelo dos grandes mestres, para os quais devemos sempre
prestar a maxima aten
~ao em nosso trabalho. N~ao existe um entre eles que tenha
usado a setima resolvendo desta forma para a oitava:
25
- Î ï ï
8
6 7 8
ÿÎ ³
Fig. 70
Poderamos dizer, talvez, que esta resolu
~ao da setima n~ao e boa porque ela
progride para uma
onson^an
ia perfeita, a oitava, da qual ela adquire muito
pou
a eufonia. Porem nos mesmos grandes mestres en
ontramos frequentemente
a segunda, a invers~ao da setima, resolvendo para o unssono, do qual
omo a
mais perfeita de todas as
onson^an
ias, uma disson^an
ia pode obter muito menos
eufonia. Pare
e-me que neste
aso devemos seguir a prati
a dos grandes mestres.
Consideremos o exemplo da setima invertida para a segunda e resolvendo para o
unssono.
- Î ³
3 2 1
Î
- ï
ï
Fig. 71
Josephus Antes que eu
ome
e os exer
ios posso perguntar,
aso n~ao te importes, se
o ritardo ou ligadura na disson^an
ia pode tambem ser usado as
endentemente?
Pare
e-me que os exemplos seguintes lidam
om o assunto:
- Î ³ ³
3 2 3 2 3
Î ï
- ï ï ï ï ï
Fig. 72
Aloysius Levantaste um problema que e mais dif
il de desatar que o no gordio. Fa-
larei disto mais tarde porque, estando no limiar da arte, n~ao o
ompreenderias
plenamente no momento. Embora pare
a ser indiferente se uma serie de ter
as
suba ou des
a, mesmo que removas o ritardo, alguma distin
~ao ainda perma-
ne
e. Isto,
onforme eu disse, sera expli
ado de alguma forma separadamente2 .
Por ora,
omo teu professor, a
onselho-te a resolver todas as disson^an
ias des-
endentemente para a proxima
onson^an
ia. De resto, nesta espe
ie uma setima
2 A melhor e mais simples expli
a
a~o para isso e a lei natural da gravidade; ver Roth, Elemente der
Stimmfuehrung, p.84.
26
Cpt - Î ³ : : Þ Ø
5 3 6 7 6 7 6 3 1 3 5 3 6 7 6 7 6 7 6 8
Î ï
CF
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Fig. 73
Aloysius Correto. Mas, porque omitiste a ligadura no quinto
ompasso? Poderias ter
usado uma
aso tivesses es
rito uma quinta apos a ter
a. Esta seria a primeira
nota da ligadura; ent~ao, permane
endo na mesma linha, terias uma sexta no
thesis do
ompasso seguinte
omo a segunda nota da ligadura. Eu disse que n~ao
devemos perder qualquer o
asi~ao para usar uma sn
opa.
Josephus Sim. Mas assim o z inten
ionalmente, para evitar uma ma repeti
~ao. Eu
tinha usado as mesmas ligaduras imediatamente antes no ter
eiro e no quarto
ompasso.
Aloysius Isto e muito atento e
uidadoso, porque devemos
onsiderar igualmente a
fa
ilidade de
antar e a exatid~ao da progress~ao. Agora vas em frente.
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Þ Ø
Cpt
- Î ³
8
Fig. 743
- Î ³ Ø
Cpt
Î ï
CF
- ï ï ï ï ï
ï ï ï Ø
Fig. 754
3 Para a Fig. 74: Uma depend^en
ia do
ontraponto sobre o
antus rmus,
omo apare
e nesse
exemplo, geralmente deve ser evitado; ver Roth, Elemente der Stimmfuehrung, p. 104.
4 Para a Fig. 75, segundo
ompasso, e Fig. 77, d
e
imo
ompasso: Aqui a su
ess~ao de
onson^an
ias
perfeitas deve ser
onsiderada mais indulgentemente do que na Fig. 65.
27
- Î ï ï ï ï
ï ï ï ï Ø
ï
CF
Î ³ Ø
Cpt
-
8
Fig. 76
Cpt - Î ³ Ø
CF - Î ï ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï Ø
8
Fig. 77
ï
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
ÿ Î ³ : Ø
:
8
Cpt
Fig. 78
Aloysius Estes exemplos podem ser su
ientes no momento. Entretanto desde que as
ligaduras
ontribuem para um efeito parti
ularmente belo na musi
a, a
onselho-
te a trabalhar da mesma forma n~ao somente os tr^es
antus rmus restantes, mas
tambem de refazer os outros nesta mesma espe
ie, para que adquiras o maximo
de experi^en
ia que possas { quase nun
a teras o bastante.
A respeito da proxima espe
ie gostaria de dizer ante
ipadamente que as ligadu-
ras dis
utidas ate aqui podem tambem ser usadas de outra forma, onde a forma
original e di
ilmente modi
ada, resultando, entretanto, em um movimento vi-
vi
ador, e.g.:
- Î ³ ï ³ ï ³ ³
Forma original idem Forma original idem
Î
- ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï
Fig. 79
- ³
Fig. 80
28
Alem disto, duas
ol
heias podem ser usadas o
asionalmente na proxima espe
ie;
isto e, no segundo e no quarto tempos do
ompasso { nun
a no primeiro e no
ter
eiro.
Fig. 81
A Quinta Esp
e
ie do Contraponto
Aloysius Esta espe
ie e
hamada
ontraponto
orido. Assim
omo um jardim e
heio
de
ores, esta espe
ie do
ontraponto deve ser
heia de ex
el^en
ias de todos os
tipos, uma linha melodi
a plasti
a, viva
idade de movimento, e beleza e variedade
de forma. Assim
omo usamos todas as outras opera
~oes da aritmeti
a { o
ontar,
a adi
~ao, a multipli
a
~ao, e a subtra
~ao { na divis~ao, esta espe
ie nada mais e que
uma re
apitula
~ao e
ombina
~ao de todas as pre
edentes. Nada ha de novo que
deva ser expli
ado, ex
eto que devemos ter o maximo
uidado em es
rever uma
linha melodi
a
antavel { uma preo
upa
~ao que rogo t^e-la sempre em mente.
Josephus Farei o melhor que posso, mas hesito em tomar a
aneta, n~ao tendo qualquer
exemplo diante de mim.
Aloysius Sejas otimista, forne
er-te-ei primeiro exemplo:
: Þ Ø
Cpt - Î ³
CF - Î ï ï ï ï ï ï
ï ï ï ï Ø
Fig. 82
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
Þ Ø
Cpt - Î ³
8
Fig. 83
Aloysius Seguindo estes modelos podes realizar os
ontrapontos nos
antus rmus
restantes.
30
Ø
- Î ³
Cpt
- Î ï ï ï ï ï ï Ø
ï ï ï
CF
Fig. 84
Cpt - Î ³ : : Ø
CF - Î ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
8
ÿ Î ³ : Ø
Cpt
: :
Fig. 85
Cpt - Î ³
- Î ï ï ï
ï ï
CF
ï ï
Cpt - Î ³
8
8
- Þ Þ Ø
- ï ï ï
ï ï ï Ø
- Þ Ø
8
Fig. 86
Cpt - Î ³ Þ Ø
- Î ï ï ï ï ï
ï ï ï ï ï ï Ø
CF
Î ³ Þ Ø
Cpt
-
8
Fig. 87
Cpt - Î ³ N.B.
Ø
- Î ï ï ï ï ï ï ï ï Ø
CF
Î ³
Ø
Cpt
-
8
Fig. 88
Josephus O.que signi
a o N.B. no quinto
ompasso da voz, no ultimo exemplo?
Aloysius N~ao deixe isto perturbar-te,
onsiderando que n~ao foste informado a res-
peito. Mas, deixe-me dizer-te agora, n~ao
omo uma regra mas
omo
onselho:
desde que a linha melodi
a pare
e retardar-se se duas semnimas s~ao usadas no
in
io do
ompasso sem uma ligadura e seguindo imediatamente, seria melhor { se
desejarmos es
rever duas semnimas no in
io do
ompasso {
one
ta-las por uma
ligadura
om as notas seguintes, ou fazer
om que estas duas semnimas sigam
em frente utilizando algumas semnimas adi
ionais
omo mostra o exemplo.
- ³
N.B. melhor
Fig. 89
Agora,
ompletamos os exer
ios de
ontraponto a duas partes sobre um
antus
rmus, passando por todas as
in
o espe
ies { pelo que devemos agrade
er a
Deus. Temos agora que retomar ao in
io; isto e, a
omposi
~ao de nota
ontra
nota a tr^es partes, e ver o que deve ser levado em
onsidera
~ao em
ada espe
ie,
e
omo a
omposi
~ao a tr^es partes deve ser tratada.