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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano VII - N0 17 - Out/2005 a Jan/2006 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year VII - N0 17 - Out/2005 to Jan/2006
PRODUTOS
Eventos Nacionais
Saiba como foi o XXIX Encontro Nacional de Praticagem 4
National Meetings 9
17
Luiz Marcelo Souza Salgado
Márcio Campello Cajaty Gonçalves História da Navegação
Paulo Figueiredo Ferraz Júnior Viaje pelos navios da época dos descobrimentos
Diretor / Vice-Presidente da IMPA:
Bonés em microfibra
Otavio Fragoso 1
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peletizada nos mo-
delos "americano" e Dia Marítimo Mundial
Justa homenagem: marítimos são lembrados em todo o mundo
"seis gomos".
Cores: azul marinho e vermelho
World Maritime Day 20
Planejamento:
21
Otavio Fragoso, Flávia Pires
e Claudio Davanzo Encontros Internacionais
Edição e Redação: Fórum congrega práticos latino-americanos
Maria Amélia Martins
(jornalista responsável MTb/RJ 26.601) International Meetings 23
Versão:
24
Aglen McLauchlan
Direção de Arte: Liderança
Artigo analisa choque de gerações no processo de formação de novos líderes
ESPECIFICAÇÕES Katia Piranda
Fotolito / Impressão:
Capacidade: pequena = 20 litros / grande = 30 litros Davanzzo - Soluções Gráficas
Camisa pólo em pet Tecidos: cordura plus
dry azul marinho (o
sistema pet dry é
potencializado por
Acolchoado: espuma de poliuretano de alta densidade e forro de tecido em malha de ventilação
Configuração: 3 compartimentos com divisões específicas para equipamentos de práticos / alças e costas acolchoadas
Fotos da capa:
• Atalaia da Praticagem Espírito Santo:
Segurança
Manobras portuárias, rebocadores e a importância do prático 28
microfibras de última Mochila Pilot em cordura, resistente a Tadeu Bianconi Safety 29
• Fórum Latino-Americano: Ricardo Falcão
geração, que facilitam abrasão, rasgo e desgaste, altamente
Inclusão Social
32
Fotos: Luiz Carlos dos Santos Junior
Ele apontou três fatores fundamentais cou que o produto tem fundamentos A terceira AGE (Assembléia Geral
para a existência de um sistema desse científicos e segue normas e regula- Extraordinária) de 2005 e os debates do
tipo: o aprimoramento da previsão do mentos específicos. encontro foram transmitidos ao vivo
tempo, essencial para a segurança da para os práticos de Belém através de
navegação; a detecção e avaliação dos Ex-presidente do CADE (Conselho um sistema de videoconferência.
efeitos das mudanças climáticas nas Administrativo de Defesa Econômica), Durante a assembléia todos receberam
condições oceânicas (e vice-versa); e a Gesner Oliveira demonstrou como o artigo A liderança em gerações para
melhoria do sistema de resposta imedi- funciona a defesa da concorrência no um debate sobre a formação de novos
ata a catástrofes naturais decorrentes Brasil e por que ela passou a ser tão líderes (leia o texto na página 24 ).
de fenômenos oceânicos extremos. importante. Em relação à praticagem,
Fotos: Fábio Filgueiras
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encontros nacionais encontros nacionais
national meetings national meetings
BS – Tendo em vista as dificuldades enfrentadas pela escassez de recursos, a busca por novos parceiros tem sido fundamental. O apoio da
iniciativa privada, além de permitir a sustentabilidade de alguns programas (e às vezes até sua existência), ratifica a importância da partici-
pação dos diferentes segmentos da sociedade brasileira nesse processo, uma vez que estamos falando de programas que são desenvolvidos
em prol de nossa nação. Nenhum dos programas coordenados pela SECIRM é exclusivo da Marinha. Muito pelo contrário, todos constituem
pequenas parcelas que compõem uma política nacional para os recursos marinhos, cuja responsabilidade pela coordenação/execução é
atribuída e dividida entre a MB e todos os demais ministérios que constituem o colegiado da CIRM. Assim sendo, como contrapartida (e não
poderia ser de outra forma), oferecemos a esses parceiros a completa e total exploração de sua imagem junto ao programa apoiado. À guisa
de exemplo, podemos citar alguns importantes parceiros: Petrobras, Telemar, CEPEL, Correios, Banco Real e as universidades FURG e UFES.
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encontros nacionais
national meetings
43 42 40 37 34 32 30 28 25 22 20 19 17 15 13
5
3 4 6 7 8 9 10 11 12
1
0
10 11
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qualidade qualidade
quality quality
(figura 3 ) em que são listados o processo corretivas, registrando-se e tratan- porque, na nossa visão, o nosso maior operacionais estabelecidos pela autori- mos investindo rotineiramente na parte Conclusão
principal de prestação do serviço de do-se não-conformidades constatadas; cliente é a sociedade e o Estado, repre- dade portuária e complementados even- mais importante de qualquer serviço de
praticagem, processos de gestão e apoio ações preventivas, visando a evitar a sentados principalmente pela Autori- tualmente por consenso da praticagem praticagem: as pessoas. Práticos estão De forma alguma a Praticagem ES
(como transporte marítimo) e os proces- ocorrência de não-conformidades dade Marítima, estabelecendo seus estão claramente definidos. Finalmente, realizando cursos de manobrabilidade pretende afirmar que esta é a forma
sos terceirizados. Cada processo foi potenciais; e sugestões de melho- requisitos através de leis e regulamen- não podemos esquecer que existe um em modelos tripulados, marítimos das correta de se prestar o serviço de pra-
retratado detalhadamente através de rias, que são analisadas e implemen- tos. Entretanto temos relações contratu- nível ótimo de investimento em qualidade lanchas estão participando de treina- ticagem, mas tão somente a maneira
mapas de processos, representando-se tadas quando julgadas pertinentes. ais com outros clientes, cujos requisitos a a partir do qual não se gera menores cus- mentos especializados de segurança como, dentro da nossa visão estratégica,
suas atividades principais, entradas, saídas, Trimestralmente, diretores, secretário- serem atendidos são estabelecidos pela tos pelo aumento do custo de prevenção das fainas de transbordo e os colabo- percebemos que devemos nos posicionar
recursos e capacitações necessárias. executivo e representante da direção se norma. Assim, sempre que não há con- de falhas. Esta ainda é uma das nossas radores, de maneira geral, estão para garantir melhor retorno e maior
encontram para uma reunião de análise flitos, nosso SGQ busca atender aos maiores dificuldades: chegar a este nível recebendo cerca de três a quatro vezes longevidade para nossa organização. É
Para documentação do SGQ, inicialmente e crítica do SGQ na qual os seguintes diferentes requisitos de todos os envolvi- ótimo de investimento. mais horas de treinamento relacionado um caminho árduo, que demanda edu-
foram definidos quais os documentos itens são obrigatoriamente abordados: dos. Em caso de conflito, prevalecem os às suas atividades específicas. cação, empenho e dedicação de todos
externos que estabeleciam requisitos pendências da ata da reunião de regulamentares, relativos à segurança da O desafio, de forma sintética, é gerar na organização e cujos resultados se
para a atividade de praticagem no ES, análise crítica anterior; adequação da navegação, e os do Estado. comprometimento de todos na organi- Nossos próximos passos, agora que a evidenciam a médio e longo prazo. É
por exemplo, LESTA, RLESTA e NOR- política e dos objetivos e resultados dos zação com a qualidade, pois, como gestão da qualidade está implantada e necessário criar e estimular uma cultura
MAM 12, chegando-se à incrível cifra de indicadores da qualidade; programa de Outras dificuldades encontradas foram as mostrado, os custos são evidentes e funcionando, serão melhorar a gestão organizacional que valorize a qualidade.
64 documentos controlados, divididos capacitação de colaboradores; resulta- relacionadas ao processo em si. Contratar pagos no curto prazo, ao passo que os da informação, a automatização dos Por outro lado, além de já começarmos
entre: legislação e regulamentação da dos de auditorias; realimentação de uma consultoria para implementação do benefícios são mais subjetivos e processos e a sua desburocratização, a colher os frutos em termos de econo-
atividade de praticagem (35), normas de clientes; situação das ações corretivas projeto de um SGQ nos parece impres- descontados no longo prazo. através da utilização intensiva de mias e diminuição de falhas, observamos
tráfego nos portos do ES (15) e dados e preventivas; desempenho de proces- cindível e fomos muito bem-sucedidos na Tecnologia da Informação (TI). Este ano que, a partir de certo momento, este
ambientais (14). Estes documentos sos e conformidade aos requisitos; parceria com a SOLE, que entendeu as Recompensas concluímos a instalação de um Sistema movimento cria uma energia própria,
devem ser verificados periodicamente recomendações para melhoria; mudan- peculiaridades do nosso serviço. Outro de Gestão Integrada e estamos com o envolvimento de todos, através
para garantir a sua atualização. São ças e outros assuntos que possam afe- importante ponto: ter um gerente de pro- Embora subjetivos, estes benefícios já investindo na migração dos sistemas da execução das atividades dentro da
controlados por procedimento específico tar o SGQ. As ações são então imple- jeto que acompanhe passo a passo todas começam a melhorar a percepção de que apóiam as operações de pratica- padronização estabelecida e da propos-
através de um sistema de gerenciamento mentadas e sua eficácia verificada na as etapas. Foi necessário definir também valor pelos clientes e partes interessadas, gem para um sistema baseado na ta de ações corretivas e preventivas e
eletrônico no qual os documentos são próxima reunião de análise e crítica. o representante da direção. Em ambos os verificada em pesquisas de satisfação tecnologia web, que irá permitir maior melhorias, em geral, que se revertem em
disponibilizados a todos os colabo- casos, utilizamos a “prata da casa”, mas realizadas semestralmente e na sensível interação com clientes e autoridades. uma atuação mais dedicada e envolvida
radores. A seguir foi estabelecida toda Dificuldades e desafios isto acarretou uma sobrecarga aos redução no número de reclamações Entre os planos a médio prazo, visando com a qualidade. Estamos confiantes, pois
a documentação da qualidade, que envolvidos. Seria melhor se tivéssemos procedentes (figura 4 ), o que esperamos à melhoria contínua, estão a implantação tem sido uma experiência muito positiva
especifica como a organização deve O grande desafio do processo de criação contratado uma pessoa especificamente possa se reverter, a longo prazo, em me- da contabilidade gerencial com custeio na qual continuamos a acreditar. Por fim,
executar suas atividades principais e de e implantação de um SGQ e sua certifi- para desempenhar estas duas funções lhor remuneração pelos nossos serviços. ABC, o estabelecimento de um plano colocamo-nos, mais uma vez, à dispo-
apoio ou gestão através de: documen- cação, comum a todas as organizações, concomitantemente. Além disto, é indis- Entretanto, algumas coisas não têm estratégico e metodologia BSC para seu sição de todos os interessados em conhe-
tos estratégicos (17) que são aprovados chama-se comprometimento. Não foi pensável haver um patrocinador da alta preço: o orgulho de fazer seu trabalho acompanhamento e a recertificação norma cer melhor o trabalho realizado.
em assembléia e norteiam toda a organi- diferente no nosso caso e representou gestão (sócio ou diretor). Os colabo- bem feito e ser reconhecido por isto. ISO9001 em conjunto com a auto-decla-
zação; procedimentos (25); instruções de obter o compromisso de todos: alta radores de uma maneira geral foram ração na norma ISO14001 _ Gestão de Siegberto Schenk é prático e
trabalho e tabelas, que descrevem deta- gestão (diretoria e demais práticos asso- sobrecarregados, pois, além de suas tare- Internamente, a existência do SGQ tem Meio Ambiente _ e OSHAS18001 _ Gestão diretor de Operações
lhadamente os processos e atividades; e ciados), práticos e colaboradores. De fas rotineiras, tinham que participar de facilitado a implementação das decisões de Segurança e Saúde do Trabalho. da Praticagem Espírito Santo
orientações técnicas aos práticos (que outra forma seria um mero exercício seminários e treinamentos, elaborar do- de assembléias e da diretoria e o con-
não são de caráter obrigatório). Na exe- burocrático... Isto foi conseguido através cumentos da qualidade detalhando como trole de seu andamento. Também já per-
cução dos diversos processos e ativi- de inúmeras reuniões de treinamento e desempenhavam suas várias atividades e mitiu perceber economias, seja através
dades, registros de dados são feitos e conscientização com práticos e colabo- registrar algumas atividades que até do sistema de cotações para aquisição,
estes geram informações de apoio às radores. O momento mais importante, e então não eram controladas. Seu tempo e seja através de mudanças no procedi-
decisões e ações gerenciais, como vere- que realmente demonstra a maturidade sua dedicação foram essenciais para o mento de faturamento que praticamente
mos adiante. Estes documentos também de um SGQ, é quando se percebe a sucesso, mas, principalmente, a supera- eliminaram erros nas faturas. Ou ainda
são controlados por procedimento espe- transformação das palavras em ação, a ção do medo da mudança, pois, a priori, o pela conscientização e reorganização de
cífico através de um sistema de gerenci- busca pela qualidade em cada atividade SGQ parece que vai burocratizar excessi- acordos com clientes e contratos com
amento eletrônico de documentos. da organização no seu dia-a-dia. vamente os processos e ameaçar o fornecedores, seguindo padrões estuda-
conhecimento que cada um tem da sua dos junto à assessoria jurídica, a fim de
A melhoria contínua do SGQ é con- Outro importante desafio foi definir atividade. A fim de evitar a burocratização nos adequar plenamente à legislação.
seguida através de várias ferramentas: claramente quem são os clientes e excessiva, os limites de padronização Também já se desenvolveu e está se
realimentação dos clientes (trata- partes interessadas e seus requisitos: foram claramente estabelecidos. Por arraigando uma cultura de medição de
mento de suas reclamações, principal- comandantes, armadores, agentes, exemplo: não se pretendeu em nenhum resultados, baseada em dados, evitando
mente da Autoridade Marítima, e autoridade marítima, autoridade/ admi- momento padronizar a execução das a necessidade de tomada de decisões FIG. 4 - A EFICÁCIA DO SGQ BASEIA-SE NA MEDIÇÃO DE INDICADORES PARA OS OBJETIVOS,
pesquisas de satisfação _ agentes, nistração portuária, fornecedores e par- manobras, dependentes das habilidades gerenciais meramente intuitivas. E, final- COMO A DIMINUIÇÃO DE RECLAMAÇÕES PROCEDENTES DE CLIENTES
FIG. 4 - SGQ EFFICACY IS MEASURED ACCORDING TO OBJECTIVE INDICATORS,
comandantes e armadores); ações ceiros _ rebocadores, amarração. Isto pessoais de cada prático, mas os limites mente, mas não menos importante, esta- E.G., A DROP IN VALID CLIENT COMPLAINTS
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qualidade qualidade
quality quality
Our experience established by means of a task tugs and mooring. This is necessary pride in a job well done and recognition
functiongram (fig. 3 ) which lists the because we consider society and the of achievement.
The state of Espírito Santo pilots have main process of pilotage service, State our major clients, mainly rep-
for many years been striving for and management and support processes resented by the Maritime Authority Within our organization, QMS has
providing quality service, but have (such as maritime transportation) and which establishes their requirements in facilitated the implementation of
only recently, in November 2004, outsourced processes. Each process is laws and regulations. But we also have decisions made by directors and at
approached Det Norske Veritas (DNV) described in detail in process contracts with other clients whose assemblies, as well as controlled their
with a request for certification of their maps that show its main activities, requirements are established by the efficacy. It has also resulted in notice-
Quality Management System (QMS). entries, exits, resources and required norm and must be met. Therefore, able savings. A culture of measuring
qualifications. whenever there is no conflict, our QMS results based on data is taking root,
Our way of seeking quality is described endeavors to meet the various needs of avoiding the need of basing management
in our quality policy declaration Constant improvement of the QMS is everyone involved. In case of conflict, decisions merely on intuition. And, lastly
wherein we commit ourselves to: meet achieved through a variety of tools: regulations affecting shipping safety, as but not less important, we are routinely
the needs of clients and authorities; feedback from clients (dealing with well as State regulations, prevail. investing in the most important aspect
attempt to conform with their their complaints, especially those of any pilotage service: people. Pilots
expectations; and to always strive to voiced by the Maritime Authority, and In conclusion, let us not forget that are taking a maneuverability course on
improve the efficacy of our pilotage satisfaction surveys - agents, captains there exists an optimum level of manned models, sailors of the pilot
service. Excellence is attempted and owners); corrective action, investment in quality, starting from boats are taking part in specialized
through our QMS which aims at by registering and dealing with which less costs are not generated by safety training for transshipping drills,
constant improvement and thus seeks noncompliance; preventive, by the higher cost of prevention of flaws. and collaborators in general are trained
to obtain better results, qualification, preventing potential non-compliance; Therein still lies one of our greatest in their specific fields for about three or
appreciation and motivation of our and suggestions for improvement difficulties in reaching this optimum four times more hours than before.
members and their interaction with that are analyzed and implemented level of investment.
clients, authorities and partners. This when considered pertinent. Directors Our next steps now that quality
policy is broken down into quality and directorate representatives meet Summarizing, our challenge is to generate management has been implemented
objectives and more detailed actions quarterly to analyze and criticize the commitment with quality of everyone in and is operational, are directed to
for achieving quality in our services: QMS. Actions are then taken, and the organization since, as shown, costs improving information management, the
safety in shipping, safety and health in their efficacy is checked at the next obviously exist and they are paid at automation of processes and their de-
our work, punctuality, client satisfaction, analysis and criticism meeting. short term whereas the benefits are more bureaucratization by means of intensive
client complaints, notifications from subjective and discounted at long term. use of Information Technology ((IT).
the Maritime Authority, qualification,
motivation of collaborators and interaction
with clients and partners. Every objective Issues and challenges Conclusion
is measured through quarterly Benefits
indicators that must attain certain The major challenge of the implementa- We are confident since it has been a
targets pre-established toward tion and certification of a QMS is common Although benefits are subjective, very positive experience in which we
maximizing or minimizing these to all organizations. It is called clients and other interested parties continue to believe. In conclusion, we
indicators. If they are not attained, commitment. Without it, it would be a already start to perceive their value. wish to again inform all interested
action is taken. Moreover, a management mere bureaucratic exercise. This has been verified in satisfaction parties that additional information on the
representative was appointed who is surveys undertaken twice a year and in work we carry out is available to them.
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história da navegação história da navegação
Mário Bernstorff
Barinel
Navio de maior tonelagem que a barca, empregado inicialmente na pesca, foi utilizado na exploração da
costa da África. Tinha dois mastros, com vela redonda, e eventualmente era impulsionado a remo.
Um dos primeiros
instrumentos usados Batel
na navegação maríti- Embarcação de pequeno porte, auxiliar de um navio. Transportava pessoas e cargas do navio/terra/navio.
ma foi certamente
aquele que permitiu Bergantin
medir a profundidade Pequena embarcação a remo com oito a 16 bancos de cada lado. Possuía velas latinas e era usado na explo-
das águas para garan- ração do litoral.
tir a passagem segura
das embarcações nas que, com o movimento do navio em Atualmente o prumo de mão foi substi- Caravela
barras e ao longo dos marcha lenta, toque o fundo no instante tuído por sondas eletrônicas de eco, Embarcação de origem moura, empregada na navegação de cabotagem pelos árabes, foi
rios, canais e portos. em que a linha estiver na vertical. conhecidas como ecobatímetros, nas modificada pelos portugueses e se tornou o navio dos descobrimentos. Com elas se
Talvez inicialmente quais uma tela de cristal líquido mostra arriscaram Bartolomeu Dias, Colombo e Vasco da Gama nas longas travessias rumo ao
tenha sido usado o a profundidade, o relevo do fundo, a desconhecido. Sua capacidade era de 50 a 150 tonéis (um tonel equivaleria ao volume de
próprio pau ou a vara Ecobatímetros temperatura da água e a velocidade da um tonel de seis palmos de comprimento e quatro palmos de diâmetro). Eram construídas com tábuas de carvalho
que deslocava o barco substituíram o prumo embarcação, além de detectar peixes e pinho. A maioria delas tinha dois mastros e eram equipadas com velas latinas (caravelas latinas), mas as caravelas de descobrir tinham
e, mais tarde, o artifício de um peso ou objetos que se interponham no traje- até quatro mastros, dos quais três armados com velas latinas e um, com vela redonda (caravelas oceânicas). Segundo o almirante Justo
atado em uma linha graduada. to do eco. O prumo de mão é um dos Guedes, “o casco era muito afilado (...) permitia-lhe navegar com bolina muito apertada”. Desenvolvia uma velocidade de quatro a oito nós.
Textos antigos instrumentos que, ainda hoje, devemos
O prumo, vulgarmente conhecido como revelam que em ter a bordo na eventualidade de avarias Fragata
prumo de mão, é composto por um 500 a.C. o histo- nos sofisticados ecobatímetros. Navio semelhante ao bergantin, mas de menor porte.
cone alongado de chumbo, redondo, riador Heródoto
quadrado, sextavado ou oitavado, de referiu-se a este A figura do prumo de mão com a son- Galé
dois a três quilos; possui uma alça no tipo de prumo dareza é o símbolo da profissão do prá- Navio a remo de grande porte, usado na guerra e no comércio. Tinha 24 bancos de cada lado com até quatro
vértice superior onde se fixa a linha de quando se apro- tico na marinha mercante brasileira. remadores em cada banco. Possuía dois ou três mastros. Tinha baixo bordo e era muito instável em mar alto.
sonda ou sondareza. A base da chumba- ximava da entrada do Rio Nilo, vindo do
da é côncava e cheia de sabão ou sebo mar. Outra referência histórica é o Galeão
para trazer amostras da natureza do desenho do prumo de mão que aparece Mário Bernstorff é prático da Barra Grande navio de guerra com cerca de 550 tonéis, parecido com a nau. Era freqüentemente empregado
fundo (areia, rocha, lodo, cascalho etc). na obra O Espelho do Marinheiro, de e do Porto de São Francisco do Sul, SC na escolta de navios mercantes.
Lucas Wagenaer, publicada em 1584.
A sondareza constitui-se de uma linha Vários tipos de prumo surgiram ao Galeota
flexível, não elástica, graduada em longo dos tempos, como o “prumo de Pequena galé com cerca de 40 remeiros.
braças ou metros, marcada com um barca”, o “prumo de Brook” e o “prumo
couro na quinta braça ou metro. Uma de Walker”.
Curiosidade: Nau
pinha de anel marca a décima, dois Grande navio com capacidade de 100 a 1.000 tonéis, de dois, três ou quatro conveses e até 800 tripulantes. Era empregado nas grandes
couros marcam a décima quinta e duas Até meados do século XX, o prumo de O conhecimento da profundi- viagens oceânicas para transportar mercadorias. Podia ser armada com cerca de quarenta peças de artilharia. A expedição que chegou
pinhas, a vigésima. As unidades inter- mão era primordial para a navegação. dade é tão importante no tra- à Índia em 1498, comandada por Vasco da Gama, era formada por duas naus (São Gabriel e São Rafael) e uma caravela (Bérrio). A São
mediárias são marcadas com nós. Além de permitir conhecer sucessiva- Gabriel tinha um porte de 120 tonéis. Media cerca de 20 metros de quilha e 32 metros fora a fora, tinha formas rotundas, castelos de
balho de um prático que a proa e popa, dois mastros com velas redondas e um mastro com vela latina. A maioria das naus tinha quatro mastros e um porte de
mente a profundidade das águas, evi-
A boa técnica de prumagem recomenda tando-se encalhes, ainda era utilizado palavra alemã lotse significa cerca de 1.000 tonéis. A nau portuguesa tinha geralmente duas cobertas. A primeira abrigava o porão de carga, os tonéis de aguada e
que o prumador imprima um vigoroso para se conhecer a tença, isto é, a qua- ao mesmo tempo “prumo de paióis de mantimento e pólvora. Na segunda, à proa, estavam o alojamento do comandante, o abrigo dos bombeiros e os camarotes do
movimento de translação, de ré para lidade do fundo do mar, a fim de garan- mestre e do piloto. Os demais membros da tripulação dormiam pela tolda e convés sem qualquer abrigo, expostos à chuva e ao vento.
mão” e “prático”.
vante, de maneira que a chumbada caia tir uma boa agarrante para a âncora nos
na água suficientemente a vante, para fundeadouros. Fontes:
BRITO, Adalberto da S. Textos de História Naval. Florianópolis: Editora Saint-Germain, 2003.
GUEDES, Max Justo. O descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha, 1998.
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dia marítimo mundial dia marítimo mundial
world maritime day world maritime day
para acompanhar
apenas um dia, movimentam mais cumplicidade, para não se deixar abater
carga do que todo o rio fazia em No Brasil, publicações de Belém, Natal, pela solidão em que vivem. Na cabo-
uma semana. Paranaguá e Rio de Janeiro, entre ou- tagem e longo curso agem como se fos-
dos marítimos
maré para manobrar, navios que – (leia a síntese abaixo) enviado pela porque se compensem com a beleza da
brincam os práticos – deveriam ser Praticagem da Barra do Pará home- visão quando, lá no horizonte, surgem e
classificados em quilômetros, ao nageando os “homens das águas”: desaparecem o sol e a lua, sortilégio da
O jornalista Michael Grey, da publicação para descrever e invés de metros ou pés – alguns natureza que só a eles é dado o privilé-
Lloyd’s List, foi um dos convidados a par- recomendar uma até graciosos como o Ro-Ro SCA “O Dia Marítimo Mundial não é apenas gio de desfrutar.
ticipar do “passeio” organizado pela IMPA. visão mais íntima transflorestal ou as embarcações de uma homenagem àqueles que exercem
Depois Grey escreveu uma crônica na da navegação.” produção florestal finlandesas que atividades ligadas ao transporte aqua- Nas águas interiores esta cumplicidade
qual revela toda a complexidade e refletem a precisão de seus comércios viário. A data representa também uma se manifesta com o que sonham e
beleza do tráfego marítimo no Rio e a sofisticação das suas operações revista ao plano existencial que homens imaginam existir nas margens dos rios,
Tâmisa. Ele começa citando uma pas- “A praticagem no Rio Tâmisa é de manuseio de carga.” e mulheres escolheram para dedicar os sejam florestas ou núcleos urbanos, nos
sagem do livro O coração das trevas, de assustadoramente complexa, melhores anos de suas vidas. quais nem sempre aportam, o que não é
Joseph Conrad, no qual o escritor cria com aproximadamente 30 mil “Isto, sim, é comércio lá muito de suas vontades!
belas imagens do Tâmisa e de Londres.
manobras ao ano e 70 mundial flutuante, apesar de Quer como membro de uma equipe de
Abaixo alguns trechos do seu relato, pu- permanecer invisível tripulantes ou mesmo como navegador Tanto no mar quanto nos rios, parecem
terminais espalhados sobre solitário, todos acabam por fazer da estar sempre entregues ao sabor de
blicado em 3 de outubro na Lloyd’s List : em sua maior parte. ”
150 quilômetros de margens embarcação em que navegam uma parte uma magia que os faz únicos e espe-
“Foi uma cena que, curiosamente, me e estuários.” daquele outro ambiente onde convivem ciais sejam quais forem as escalas
Engajado na campanha da International veio à mente na quinta-feira passada, “Para mim foi como mágica estar longe com seus familiares, que amam tanto hierárquicas em que se situem a bordo,
Maritime Organization (IMO) de pro- enquanto estava no estuário (do Tâmisa ) do dia-a-dia de escritório e observar o quanto seu ofício. A água parece exercer inclusive naquela da qual fazem parte
mover a importância e eficiência dos no final de uma maré de vazante a bordo “Não há atrasos na saída do West trabalho de outras pessoas numa via sobre eles um estranho fascínio. Cada os práticos, profissionais que exercem
serviços prestados pelos marítimos à do diminuto navio-tanque West Master. Master e a tripulação está de prontidão marítima que eu tomei pela primeira nova jornada de navegação é como se uma atividade sempre necessária, ‘aju-
sociedade, o presidente da International Uma pequena e graciosa embarcação, poucos minutos após a chegada do vez aos 17 anos de idade. fosse uma parte de sua própria vida, com dantes dos comandantes’.
Maritime Pilots’ Association (IMPA), apesar da idade, de 1.900 dwt e construí- prático. O velho motor Deultz reclama início e fim. E isso é presente tanto no
Geoff Taylor, idealizou uma forma dife- da em Bilbao em 1973 – em um tempo ao voltar à vida, mantendo o peso sobre Não importa, porém, se você tem 17 ou oceano como nas águas das vias inte- Os homens das águas (do mar ou dos
rente de comemorar o Dia Marítimo quando ainda era possível imprimir per- as molas enquanto os últimos cabos de 66 anos, se você não reconhece a sem- riores de navegação fluvial. rios) sempre tiveram traços pessoais e
Mundial, celebrado em 29 de setembro. sonalidade a uma embarcação. O West amarração são largados e a pequena piterna presença do shipping e qual é a funcionais em comum. A eles juntaram-
Jornalistas do mundo inteiro foram con- Master carregava uma grande carga de embarcação sai do seu berço com a importância disso para você e para a O filósofo Anacarsis, seis séculos antes se muitos indivíduos de terra firme que,
vidados a embarcar junto aos práticos óleo vegetal para Stavanger, próximo à maré de vazante.” sociedade na qual você vive, há uma de Cristo, disse que havia três classes agrupados em organismos interna-
para acompanhar de perto o trabalho da planta industrial de processamento de importante mensagem a ser comunicada. de homens: os vivos, os mortos e os que cionais (IMO, IMPA) e nacionais (DPC,
tripulação de um navio. óleos vegetais ADM Erith. “Conrad teria observado um rio estavam no mar (podemos incluir aí, CONAPRA e ANTAQ, entre outros),
repleto de embarcações e portos Para todos aqueles que acreditam que a naturalmente, as águas fluviais e transformaram as rotinas empíricas da
A intenção foi mostrar a esses profis- Eu havia embarcado de carona, um partici- cheios de navios aguardando semanas logística começa e termina em um ca- regionais e os homens ribeirinhos). navegação, atracação e desatracação
sionais como o transporte marítimo tra- pante talvez um tanto fraudulento em uma para o embarque e desembarque de minhão de supermercado, o excelente Todos são homens das águas, que se em procedimentos técnicos que
balha todos os dias de forma segura e criativa iniciativa idealizada pela IMPA suas cargas. Até mesmo 40 anos artigo do Sr. Mitropoulos (publicado no caracterizam, em essência, por suas envolvem diferentes tecnologias, como
silenciosa, embora, na maioria das para auxiliar o secretário-geral da IMO atrás, um transatlântico britânico número 16 da Rumos Práticos ) é de tarefas e responsabilidades e por serem a dos satélites artificiais.
vezes, a imprensa só faça referência à com seu tema para o Dia Marítimo Mun- atracado aqui, no seu país de ban- enorme importância. Para alguns, 1,9 fortes, competentes, solidários e apai-
atividade quando ocorre algum aci- dial: promover o transporte marítimo como deira, levaria tanto tempo para o mil toneladas de óleo vegetal prove- xonados pelo que fazem. Continua existindo, porém, o prazer das
dente. Segundo o secretário-geral da ‘o transportador do comércio mundial’. carregamento ou a descarga, o niente de Kent para auxiliar na alimen- decisões de comando não sedimentadas
IMO, Efthimios Mitropoulos, é preciso suficiente para que toda sua tripu- tação de rebanhos noruegueses Só eles experimentam, por exemplo, a em normas e procedimentos, todas ben-
divulgar muito mais a contribuição dos Os práticos sabem, afinal de contas, lação permanecesse em casa por durante o lúgubre inverno podem não alegria e o conforto espiritual da fazejas, eficientes e oportunas. Assim, na
marítimos para o bem-estar de todos os que a navegação seria muito mais per- vários dias entre suas viagens. possuir o romance dos carregamentos saudação através do toque das sirenes prática da navegação os pilotos fluviais
povos. No que concerne aos práticos, ceptível se a mídia lembrasse que ela é dos navios de Kipling (escritor inglês ), de suas embarcações ao passarem uma e regionais da Amazônia não perderam
Taylor lembra que, a cada ano, mais de sempre importante, e não somente Hoje, em comparação, o rio está vazio, mas para mim um West Master, saindo pela outra em rios muitas vezes aca- a magia (ou quem sabe a feitiçaria) dos
1,8 milhão de manobras de praticagem quando serve de fonte para notícias mas a produtividade da navegação do Tâmisa ao final de uma tarde de nhados ou em lagos de sua rota. pajés. E nem poderiam, já que a Bacia
ocorrem silenciosa e eficientemente. quando, por exemplo, um navio afunda. moderna é absolutamente evidente. setembro, tem tanto ou ainda mais Amazônica está sujeita a mudanças de
“O som da segurança é o silêncio”, diz. Neste sentido, os práticos se reuniram Rio acima ou abaixo do cruzamento de significado.” (tradução: Tiane Muniz ) Solitários por definição profissional, toda ordem na rota dos caminhos.
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dia marítimo mundial encontros internacionais
world maritime day international meetings
20 21
encontros internacionais encontros internacionais
international meetings international meetings
22 23
liderança liderança
• valorizam a estabilidade no empre- rosos que os de gerações anteriores, mações através de celulares e computa-
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liderança liderança
um trabalho bem feito; Baby Boomers Boomers consideram o momento de velhos (neutros), Baby Boomers mais Em termos de desenvolvimento, os Figura 1 - atitudes relacionadas aos Figura 2 - preferências de aprendizagem
preferem dinheiro, títulos, reconheci- recarregar as energias e preparam-se novos e os mais velhos da Geração X processos de planejamento de maior tópicos de desenvolvimento
mento e uma sala com vista para o mar; para uma nova etapa; os da Geração X (neutros a prováveis) e os mais novos sucesso envolvem o diálogo entre o
os da Geração X querem liberdade consideram um momento de renovação; da Geração X (prováveis). Assim, pode- professor/treinador/mentor e o estu- provável preferências de aprendizado
acima de qualquer coisa; e os Filhos do e os Filhos do Milênio, como um se dizer que os mais jovens estão mais dante/trainee/discípulo. Este diálogo
Milênio querem “um trabalho que tenha momento de reciclagem. interessados no conhecimento acerca exige a mesma compreensão mútua liderança habilidades gerais
significado para mim”. de “comércio exterior”, “diplomacia inter- que a exigida para um líder receber o visão
nacional” e “idiomas estrangeiros”. Isto mandato para liderar. avaliação de performance coaching pessoal
3 - treinamento Desenvolvendo e aprendendo nos leva a crer que os mais jovens têm construção de equipes interações no ambiente de trabalho
Tradicionalistas dizem que “se eu con- um foco maior na natureza global do A turbulência entre gerações é comum capacidade de resolver problemas e interações entre colegas de trabalho e
segui aprender da maneira mais difícil, Os resultados de um outro importante seu trabalho do que os mais velhos. Da e faz parte do processo de diálogo e tomar decisões feedback
você também pode”. Baby Boomers estudo, a “Pesquisa sobre Novos mesma forma, os mais jovens são os desenvolvimento da liderança. Pode-se falar em público e apresentação pessoal avaliação e feedback
afirmam que “se você der treinamento Líderes”, do Centro para Liderança mais interessados em desenvolvimento obter insights a respeito do quadro melhoria de qualidade e processos instruções em sala de aula
demais, os empregados vão aproveitá- Criativa _ 2003, ajudam a compreender empresarial, o que pode indicar uma maior mental das diferentes gerações _ prin- gerenciamento de mudanças grupos de discussão
lo em outra empresa”. Os da Geração X as diferenças e semelhanças entre as necessidade, por parte destes, de partici- cipalmente em termos de liderança _ planejamento estratégico
afirmam que “quanto mais aprendem, gerações no ambiente de trabalho. A par ativamente e serem incentivados a através do contato e da forma como se autopercepção habilidades técnicas
mais querem ficar”. E os Filhos do pesquisa mostra especificamente inovações junto ao ambiente de trabalho. desenvolvem as descrições e priori- gerenciamento de conflitos
Milênio dizem que “um aprendizado insights quanto às abordagens na dades dos participantes, a respeito de habilidades gerenciais e comerciais interação no ambiente de trabalho
contínuo é a melhor forma de viver”. aprendizagem e no desenvolvimento. A figura 2 mostra a forma pela qual os liderança e da forma como ela deve ser comunicabilidade instruções em sala de aula
entrevistados afirmaram que preferem construída. Assim, podemos aper- treinamento em informática manuais e apostilas
4 - mudança de emprego Os entrevistados foram requisitados a aprender. Enquanto 88% do total feiçoar o ensino e a aprendizagem de treinamento de habilidades dentro do literatura técnica
Tradicionalistas acreditam que aqueles medir a probabilidade de _ ainda no respondeu que ter um mentor ou forma a garantir uma maneira que sirva meu campo de atuação coaching pessoal
que o fazem, carregam um estigma; próximo ano _ buscarem aprimorar-se treinador seria útil no desenvolvimento tanto aos líderes em potencial como
Baby Boomers acreditam que é só em diversas áreas. O resultado geral se de sua carreira, os de maior idade da aos que já estão lá.
deixar o antigo de lado; os da Geração encontra na figura 1, junto às dife- Geração X deram a mais forte preferên- neutro não-preferências de aprendizado
X acreditam que mudar de emprego é renças relativas às gerações. cia a esta opção. A maioria teria Para desenvolver esta compreensão, o
necessário; e os Filhos do Milênio, que preferido escolher seu próprio mentor autor sugere uma maior ênfase na dis- diplomacia no trabalho habilidades gerais
isso é parte da rotina diária. Os tópicos “liderança” e “treinamento (80%) e 88% prefere ter reuniões como cussão envolvendo as influências das processo de seleção
de habilidades dentro do meu campo de o principal meio de contato com ele _ gerações nas atitudes individuais rela- gerenciamento do tempo treinamento via web
5 - avaliações, conselhos e feedback atuação” foram responsáveis pela sempre focados em assuntos relativos cionadas com o desenvolvimento e o diversidade manuais e apostilas
Tradicionalistas dizem que “nenhum maioria das respostas. Aqueles mais ao desenvolvimento de liderança e car- exercício prático da liderança. Isto coaching de carreiras ensino a distância / TV
comentário é o melhor comentário”; novos da Geração X e Baby Boomers reira. Os da Geração X optaram por pode ser promovido pelo entendi- planejamento de carreiras programas de aprendizagem
Baby Boomers preferem uma grande mais velhos _ juntamente com Tradicio- reuniões ainda mais freqüentes. mento do papel de cada geração/ equilíbrio nos diversos aspectos da vida treinamento por computador
reunião anual com muitos relatórios; os nalistas _ escolheram “treinamento em nível hierárquico no processo de desen- criatividade simulações por computador
da Geração X dizem: “Desculpe inter- informática” mais freqüentemente do volvimento. Esta clareza de idéias ética simulações e jogos
romper, mas como estou indo?”; e os que os mais velhos da Geração X e Baby faz-se vital para definir o espaço pos- literatura técnica
Filhos do Milênio exigem: “Feedback sem- Boomers de menor idade. Conclusões sível de liderança entre níveis e atividades experimentais ao ar livre
pre que eu quiser, a um clique do mouse”. gerações diferentes. improvável
Os mais novos da Geração X e os O controle do processo de desenvolvi-
6 - equilíbrio entre o trabalho e os Tradicionalistas tiveram forte preferên- mento _ incluindo a liderança estratégi- A pesquisa na qual esse trabalho foi comércio exterior habilidades técnicas
outros aspectos da vida cia por treinamento sobre “diversi- ca _ parece estar nas mãos de uma gera- baseado foi realizada pelo Centro de diplomacia internacional / adaptabili-
Tradicionalistas dizem: “Ajudem-me a dade“. Os mais jovens _ do mesmo per- ção mais idosa, especialmente daque- Liderança do Ministério da Defesa do dade cultural treinamento via web
encontrar o equilíbrio”; Baby Boomers fil estatístico _ estavam mais interessa- les que atingiram sua posição durante Reino Unido, observando a forma pela empreendedorismo treinamento por computador
afirmam: “Encontrarei eu mesmo o dos no desenvolvimento orientado para suas carreiras. Eles têm o benefício da qual o estudo e a prática da liderança vendas avaliação e feedback
equilíbrio _ só me ajude com o que não o campo internacional/exterior, o que experiência e a percepção juntamente se desenvolvem. idiomas estrangeiros ensino a distância / TV
é trabalho”; os da Geração X buscam pode indicar que estes estão alertas com o conhecimento dos desafios programas de aprendizagem
o equilíbrio hoje, não quando tiverem para o conceito de “cidadão global“. estratégicos do presente. (tradução: Tiane Muniz ) simulações por computador
65; e os Filhos do Milênio dizem: Para os Tradicionalistas, isto pode simulações e jogos
“Trabalho não é tudo _ preciso de indicar o reconhecimento da natureza Contudo, a liderança é um mandato con- grupos de discussão
flexibilidade para equilibrar todas as global do ambiente empresarial. seguido por aqueles eleitos ou por aque- estudos de casos
minhas atividades”. les apontados para uma posição de atividades experimentais ao ar livre
Encontramos três grupos distintos em autoridade ou responsabilidade. Para
7 - aposentadoria relação ao nível de interesse no desen- alcançá-lo, líderes e seus seguidores pre-
Tradicionalistas consideram-na o início volvimento de um plano de carreira: cisam atingir uma compreensão mútua (fonte: revista Seaways/novembro 2005)
do período de sua recompensa; Baby Tradicionalistas e Baby Boomers mais das motivações e expectativas do outro.
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segurança segurança
safety safety
Na seqüência, o foco dos debates passou a ser o uso obrigatório de retinida e a velocidade do navio nas manobras com rebocadores. Havia pedidos É cada vez maior o número de acidentes Hoje, sabe-se que há uma enorme dife- cabeços e às resistências necessárias?
à Marinha ora pela regulamentação, ora pela desregulamentação. nos quais cabeços de amarração, buzi- rença entre a resistência necessária para
nas e equipamentos de conexão se manter um navio atracado por meio do • Pode ser considerada como melhor
Em sua exposição, o conselheiro do CONAPRA definiu como a melhor velocidade para a passagem de cabos a “velocidade segura”, acrescentando
rompem durante operações de amar- esquema de amarração e a resistência prática que todos os cabeços e seus
que esta só pode ser definida pelo conjunto prático/comandante/mestre do rebocador, levando em consideração as condições reinantes no
momento da manobra.
ração e principalmente de reboque, dos cabeços que recebem cabos dos elementos de fixação sejam assinala-
geralmente com conseqüências catas- rebocadores portuários ou de escolta. dos claramente com o SWL (Safe
Segundo ele, seria impossível definir esta velocidade por uma portaria e mesmo identificá-la, uma vez que poucos navios têm informações confiáveis tróficas para operadores e embar- Working Load ), tanto no convés quanto
sobre a velocidade na água e a velocidade do GPS é de pouca valia para a questão. Cajaty enfatizou que se a velocidade for baixa demais a ponto de cações envolvidos. O Nautical Institute preocupa-se no pilot information card?
colocar em risco o navio ou alta demais para a segurança do rebocador, provavelmente existe algo incompatível na manobra, que deveria ser abortada. bastante com a sobrecarga dos
Os cabeços são proporcionais ao porte equipamentos de amarração, desde • Quais os procedimentos necessários
Finalmente, o conselheiro apresentou fundamentações sobre o aumento de segurança nos rebocadores modernos, azimutais e cicloidais, nos aspectos da embarcação e à carga que será exer- que o assunto foi levantado pela para permitir que o prático restrinja a
concernentes à estabilidade. “Embora todos tenham consciência dos custos envolvidos, é notório que a renovação da frota de rebocadores para esse tipo de cida neles. Há dois parâmetros princi- primeira vez no manual Tug Use in tração dos rebocadores de acordo com
equipamento traria uma indiscutível e acentuada melhoria na segurança nas manobras de navios”, pontuou. pais que garantem que não haverá Port, escrito pelo comandante Henk o SWL de todos os cabeços, buzinas de
deformação ou torção dos cabeços, se a Hensen. O Nautical Institute está em espia e outros equipamentos associados?
CONAPRA takes part The seminar was held in Rio de Janeiro on December 6 and 7, under the aegis of Petrobras.
Its goal was to promote an exchange of experiences and the development of SMS (Portuguese
carga for inferior à máxima permitida: a
resistência dos parafusos de conexão,
busca de feedback operacional técnico
sobre os seguintes temas: • Qual o melhor método para garantir
in a seminar on safe- acronym for Safety, Environment and Health) in port maneuvers that involve tugs. do convés e da buzina. No passado, o
processo de determinação da resistên- • Há necessidade de criação de regras
que os tripulantes estejam cientes das
potências e dos usos corretos desses
ty in port maneuvers Opened by the Director of Ports and Coasts, Vice Admiral Marcos Martins Torres who gave the
kickoff talk, the meeting was attended by several entities of the shipping and port communities.
cia de tais partes era baseado na expe-
riência prática ou por meio da observân-
comuns para determinar as exigências
mínimas para o esquema de atracação
equipamentos, quando a maneira de
utilização deles em manobras de
cia das melhores práticas em design e e para os equipamentos, de forma a reboque é diferente da utilizada em
CONAPRA was represented by its president, Decio Antonio Luiz, directors Marcelo Salgado and Carlos Eloy Cardoso Filho, and Technical Adviser
Marcelo Cajaty. Mr. Cajaty gave a presentation on “Safety in port maneuvers and what could be improved - seen through the eyes of a pilot”. construção. Isso vinha funcionando garantir uma situação suficientemente manobras de amarração?
muito bem para manobras normais de segura em todas as manobras de fun-
In regard to CONAPRA activities, a talk given by Prof. Edson Mesquita of CIAGA on technical and scientific considerations in the tug/ship atracação e reboque. deio, reboque e amarração? O Nautical Institute busca informações
interaction was of special interest. His presentation was brilliant; although extremely technical, it was so clear that his audience had no que possam municiá-lo na discussão
problem understanding it. O que mudou foi a potência e o bollard • Uma vez que manobras de reboque e junto aos fabricantes e indústrias, na
pull dos rebocadores modernos. O emergenciais exigem uma potência tentativa de definir as exigências e
The focus of debates was the obligatory use of a heaving-rope and the speed of vessels in maneuvers involving tugs. The Navy was bollard pull máximo de 20 toneladas, ainda maior do que as de amarração, o resistências dos equipamentos utiliza-
approached with requests regarding both regulation and de-regulation. que há 10 anos era considerado normal, número mínimo desse equipamento e dos em manobras de reboque e de
alcança hoje em dia 70 ou mais suas posições precisam ser avaliados e amarração, tanto em operações normais
The CONAPRA adviser defined “safe speed” as the optimum speed for running cables, adding that only the pilot, the captain and the master toneladas. Uma das conseqüências sua capacidade determinada através de quanto emergenciais. Os comentários
of the tug in unison could pinpoint it, always taking the reigning conditions at the time of the maneuver into consideration.
da existência de rebocadores mais situações reais, levando-se em considera- devem ser enviados para David Patraiko,
According to the speaker, it is impossible to define speed by edict or even to identify it since only few ships have reliable information on speed potentes é a redução do número de ção rompimentos e suas conseqüências do Papers and Technical Committee, no
in water and the GPS (Global Positioning System) speed is of little help in this case. Cajaty pointed out that if the speed is so low that it puts rebocadores necessários. Esta redução, em condições adversas de tempo, além e-mail djp@nautinst.org.
the ship as risk, or too high for the safety of the tug, an incompatibility in the maneuver is likely and it should be aborted. por sua vez, provoca a concentração da da demanda causada pelos rebocadores
força de tração em um número menor durante o tempo de vida útil do navio.
In closing, the Adviser listed the bases for increased safety in modern azimuthal and cycloidal tugs with regard to aspects of stability. He de “pontos de contato”, aumentando o Sob o ponto de vista do usuário, o que (fonte: revista Seaways,
underlined that “although we are all aware of the costs involved, there is no doubt that renewing the fleet to have tugs carry this type of esforço exigido nestes pontos. você sugeriria em relação à posição dos tradução: Tiane Muniz)
equipment would greatly improve the safety of ship maneuvers”.
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segurança segurança
safety safety
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inclusão social inclusão social
social acceptance social acceptance
Made in Brazil
se engajar em ações capazes de trans- Sul, além de uma filial de apoio no monitores, periféricos, impressoras,
formar suas vidas. Japão, que recebe doações de com- softwares, cabos, estabilizadores e
putadores usados, e outra a ser inaugu- outros equipamentos. (saiba como
Em relação aos alunos, a proposta do rada nos EUA, em Nova York, também participar em www.cdi.org.br )
Através do ensino de informática, a organização CDI se realiza através de cursos e gru- para receber computadores.
pos de trabalho fora do horário das No livro CDI, dez anos de conquistas
não-governamental CDI vem dando um show aulas. O ponto de partida para a A proposta político-pedagógica do CDI sociais, editado com o apoio cultural da
de solidariedade e profissionalismo reflexão é sempre o cotidiano dos – que tem como referência conceitos do Microsoft, Rodrigo Baggio fala dos
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inclusão social
social acceptance
“Na maioria das vezes, a motivação inicial de grande parte dos educandos – aprender informática
para obter emprego – se desdobra em outras, que envolvem sua mobilização e organização while looking for ways to overcome life of those involved – educating, company collaborates in various
its problems. educator and community. It is hoped aspects of the project. Aside from
that the students will slowly develop a donating software to schools, it
Foto: Ricardo Teles
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Confraternização XXI Encontro Nacional de Entidades Portuárias e Hidroviárias
A equipe do CONAPRA se reuniu no dia 8 de dezembro para um animado almoço de confraternização. O lugar escolhido foi a Importante fórum de discussões portuárias do país, o evento acontecerá no Porto de Santos, nos dias 29, 30 e 31 de março. Promovido
churrascaria Porcão Rio's, no Flamengo, que oferece uma linda vista da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar. pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), os organizadores esperam receber o dobro dos 625 participantes registrados
na vigésima edição. Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas pelos telefones: (0xx13) 3222-8844 ou (0xx13) 3233-8878.
?
ma foi preparado de acordo com a resolução da IMO A 960, que estabelece rou mais os fatos cotidianos que envolvem pra-
?
recomendações sobre treinamento, certificação e procedimentos operacionais para ticagem e as capitanias dos portos para realizar Mostrando que praticagem também combina com estilo, um prático exibiu este belo par de sapatos
práticos. A previsão é de que mais 64 práticos sejam formados até o final de 2006. uma apresentação mais prática e direta. durante o último encontro de Fortaleza. Quem será este prático tão elegante?
INSTITUTE
Diretor-Operacional: Reginaldo Gomes Pantoja • Possuir um certificado
Diretor-Financeiro: Alcione Fonseca de Barros STCW 78/95 de capitão de
cabotagem, com limitação
de tonelagem e/ou área,
Rio Pilots ou • um certificado
1 2 3 VANTAGENS STCW 78/95 de oficial de
Diretor-Presidente: Matusalém Gonçalves Pimenta (1) náutica, sem limitação de
Diretor-Comercial: Otavio Augusto Fragoso (2) • Reconhecimento profissional área, ou • um certificado
Diretor-Administrativo-Financeiro: Cláudio Ricardo M. Alagão (3) equivalente, anterior ao
Diretor-Operações: Marco Antônio Deo Evangelista (4)
• Um exemplar gratuito da revista SEAWAYS, mensalmente STCW 78/95.
Diretor-Técnico: Kivan Aguiar de Moraes Filho (5) • 30% de desconto em todas as publicações do Nautical Institute
• Constante atualização profissional e contribuição para o • Associado:
4 5 £76 (subscrição anual)
desenvolvimento dos padrões da profissão + £20 (inscrição)
• Programas de auto-desenvolvimento Para ser aceito como
Salvador Pilots • Rede internacional de oferta de seminários,
associado, o candidato
deve atender às
Diretor-Presidente: Iramir Nazareno de Morais Mamede encontros e eventos sociais seguintes qualificações:
Diretor-Vice-Presidente: Franklin Rogério B. Fernandes Maia • Idade mínima de 18 anos
Diretor-Administrativo: Luiz Carlos Rosas • Possuir um certificado
Diretor-Financeiro: Nelson Duarte dos Santos Gomes STCW 78/95 de oficial de
náutica, com limitação de
6 7 8 CATEGORIAS área, ou • um certificado
DE ASSOCIADOS equivalente, anterior
ao STCW 78/95.
• Membro:
Servprat £98 (subscrição anual) • Empresa:
+ £20 (inscrição) £98 (subscrição anual)
Diretor-Presidente: Carlos Alves Figuerêdo (6)
Para ser aceito como + £20 (inscrição)
Diretor-Técnico: Paulo Augusto da Trindade (7) 9 10 11 membro, o candidato
Diretor-Administrativo: Augusto Ângelo F. Martinho Bottino (8) • Estudante:
deve atender às
Diretor-Financeiro: Almir Ribeiro de Alencar (9) £17 (subscrição anual)
seguintes qualificações:
Diretor-Operacional: Sergio Paciello Paruolo (10)
• Ter idade mínima
Diretor-Recursos Humanos: José Roberto Taranto (11) Planejamento de carreira
de 24 anos • Possuir um
certificado STCW 78/95 de e recurso de informação:
capitão de longo curso, sem www.nauticalcampus.org
12 13 limitação de área ou
Para informações adicionais:
Unipilot limitação de porte de
navios, ou • um certificado www.nautinst.org
equivalente, anterior ao
Diretor-Presidente: Marcelo Medeiros de Oliveira (12)
STCW 78/95, aprovado pelo
Diretor-Vice-Presidente: João Augusto Ferreira Raiol (13)
órgão certificador local, ou THE NAUTICAL
• o título de comandante da
Marinha de Guerra, ou
INSTITUTE
• uma habilitação de 202, Lambeth Road London,
15 14 SE1 7LQ – United Kingdom
PROA primeira classe, emitida por
autoridade de praticagem Tel: +44 (0)20 7928 1351
reconhecida, e três anos de Fax: +44 (0)20 7401 2817
Presidente: Laércio Augusto Nascimento Negrão (14)
experiência como prático. E-mail: sec@nautinst.org
Vice-Presidente: José Francisco Vasconcelos Gomes (15)
Diretor Financeiro: Luiz Antonio Oliveira de Jesus
Diretor Administrativo: Paulo de Tarso Rocha Bernardes Contato no Brasil: Otavio Fragoso – Conselho Nacional de Praticagem
Rua da Quitanda 191/6º andar • Rio de Janeiro/RJ • Centro • CEP 20091-005 • Tel. (21) 2516-4479
38 conapra@conapra.org.br