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19/04/2018

CURSO DE MERGULHO

CMAS P1
Cumprindo a EN 14153-2, Recreational diving services
safety related minimum requirements for the training of
recreational scuba divers Part 1: Level 2 “Autonomous
Diver”

Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas

Módulo 1 – Funcionamento do Curso

Módulo 2 – Equipamento básico de mergulho


Sumário
Módulo 3 – Equipamento de mergulho diverso

Módulo 4 – O escafandro autónomo

Módulo 5 – O controlo da flutuabilidade – Colete de mergulho

Módulo 6 – Manutenção do equipamento

Módulo 7 – Sinalização subaquática

Módulo 8 – Princípios básicos da física

Módulo 9 – Princípios básicos da fisiologia


MÓDULO 1T1
Módulo 10 – Barotraumatismos

Módulo 11 – Intoxicações, hipotermia e afogamento

Módulo 12 – Acidentes de descompressão FUNCIONAMENTO DO CURSO


Módulo 13 – Tabelas e computadores

Módulo 14 – Cálculo do consumo de ar

Módulo 15 – Planeamento básico do mergulho

Módulo 16 – Segurança no mergulho

Módulo 17 – Auto segurança e ajuda

Módulo 18 – O ambiente marinho

Módulo Extra – Legislação Módulo 19 – Abordagem à arqueologia subaquática

Desde o início do curso os alunos estão


filiados na FPAS, ficando abrangidos por
um seguro de acidentes pessoais válido O QUE É UM MERGULHADOR
durante um ano.
CMAS P1
Esta escola é reconhecida pela FPAS e
cumpre os conteúdos programáticos
definidos pelo Comité Technique da
CMAS

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Não pode fazer mergulhos que exijam paragens


de descompressão e que não tenham acesso
Só pode mergulhar quando existir apoio adequado
direto à superfície !!!
à superfície e em ambiente com condições iguais
àquelas em que foi treinado, ou melhores
É um mergulhador que pode mergulhar em
águas abertas até aos 20m de profundidade,
acompanhado de mergulhadores do mesmo
nível ou superior, utilizando o ar como mistura
respiratória, podendo planear os seus mergulhos

CLUBES FUNDADORES
•Associação dos Estudantes do
Instituto Superior Técnico
•Lisboa Ginásio Clube

O QUE É A FPAS ? •Clube Naval do Funchal


•Clube Marítimo de Desportos
•Vasco da Gama Atlético Clube
•Clube Naval de Lourenço
Marques
•Ginásio Clube Português
•Clube Nacional de Ginástica

1965 •Sport Lisboa e Benfica


•Ateneu Comercial de Lisboa

DIREÇÃO

ESTRUTURA Assembleia Geral

Conselho Fiscal

DA
PRESIDENTE

Vice PRESIDENTE Vice PRESIDENTE Conselho Disciplinar

FPAS VOGAL
SECRETÁRIO

VOGAL VOGAL
Conselho Jurisdicional

Conselho de Juizes

7 MEMBROS
Delegação Norte
Comissões

2
19/04/2018

Comissões
Nacional de
Mergulho Pesca submarina
Desportiva Apneia de competição O QUE É A CMAS ?
Médica Natação c/ barbatanas

Científica Orientação subaquática

Audiovisuais Hóquei subaquático

Tiro subaquático

BÉLGICA
BRASIL UNESCO
FRANÇA
ALEMANHA
REINO UNIDO
IOC
GRÉCIA
ITALIA International Olympic Committee
MALTA
MÓNACO UICN
HOLANDA
Union Internationale pour la Conservation de la Nature
PORTUGAL
ESPANHA
ESTADOS UNIDOS AGFIS

1959 SUIÇA
JUGOSLAVIA

IWGA
Association Général des Fédérations Internationales Sportives

ESTRUTURA CONCELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINAR

DA CONCELHO DIRETOR
PRESIDENTE
SECRETÁRIO GERAL
MÉDICA E DE PREVENÇÃO

CMAS
VICE PRESIDENTE
TESOUREIRO RELAÇÕES PÚBLICAS

+ 14 MEMBROS
JURÍDICA

PRESIDENTE PRESIDENTE PRESIDENTE


COM. CIENTÍFICO COM. TÉCNICO COM. DESPORTIVO

DEPARTAMENTOS

3
19/04/2018

DEPARTAMENTOS QUALIFICAÇÕES CMAS

DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DEPARTAMENTO TÉCNICO DEPARTAMENTO DESPORTIVO

COMISSÕES COMISSÕES COMISSÕES


NATAÇÃO C/
ARQUEOLOGIA CERTIFICADOS BARBATANAS
BIOLOGIA FOTO - VIDEO PESCA
SUBMARINA
OCEANOLOGIA TÉCNICA DE
TIRO
ENSINO
GEOLOGIA SUBAQUÁTICO
ESPELEOLOGIA
PROTEÇÃO ORIENTAÇÃO

DO AMBIENTE EQUIPAMENTOS HÓQUEI


DE MERGULHO RUGBY

CMAS P1 CMAS P2

Navegação
Nitrox Navegação
subaquática
subaquática
Nitrox avançado
Mergulhador Administração
Pesquisa e
Socorrista de O2
Recuperação Salvamento
Pesquisa e Subterrâneo
Noturno Recuperação Mergulhador
Compressores Socorrista

Administração Recicladores
de O2
CMAS P2

CMAS P3
não obrigatória obrigatória p/ nível 3

QUALIFICAÇÕES CMAS
MONITORES
MÓDULO 1T2
EQUIPAMENTO BÁSICO

4
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A MÁSCARA
Máscara Função Função
Tubo Construção Construção
Barbatanas Materiais Materiais
Fato Características Características
Luvas Escolha Escolha
Botas/Meias Modelos Modelos
Cinto de lastro Manutenção Manutenção

Sem rebordo

O TUBO
Função
Construção
Materiais
Características
Escolha
Modelos
Manutenção

AS BARBATANAS O FATO ISOTÉRMICO


Função Função
Construção Construção
Materiais Materiais
Características Características
Escolha Escolha
Modelos Modelos
Manutenção Manutenção

5
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FATO HÚMIDO E SEMISSECO FATO SECO

Camada
Água Camada
Água interna exterior
exterior de água interna
de ar
Neoprene
ou Tela
Neoprene

Corpo do
Corpo do mergulhador
mergulhador

AS LUVAS, MEIAS E BOTAS ISOTÉRMICAS O CINTO DE LASTRO


Função Função
Construção Construção
Materiais Materiais
Características Características
Escolha Escolha
Modelos Modelos
Manutenção Manutenção

PEÇAS DE
TRAVAMENTO

SEQUÊNCIA CORRETA PARA EQUIPAR

Fato
Botas/meias
Instrumentos
MÓDULO 1T3
Barbatanas
Cinto de Lastro EQUIPAMENTO DIVERSO
Escafandro
Máscara
Tubo
Luvas
Esta sequência pode ser alterada em função das
situações

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Profundímetro Profundímetro

Relógio Relógio

Termómetro Termómetro

Bússola Bússola

Profundímetro Profundímetro

Relógio Relógio

Termómetro Termómetro

Bússola Bússola

Manómetro Manómetro

Computador Computador

Faca Faca

Equipamento de Equipamento de
sinalização sonora sinalização sonora

7
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Manómetro Manómetro

Computador Computador

Faca Faca

Equipamento de Equipamento de
sinalização sonora sinalização sonora

Boia de superfície Boia de superfície


Placa para Placa para
escrever escrever
Lanterna Lanterna
Boia de patamar Boia de patamar
Saco de Saco de
equipamento equipamento

Boia de superfície Boia de superfície


Placa para Placa para
escrever escrever
Lanterna Lanterna
Boia de patamar Boia de patamar
Saco de Saco de
equipamento equipamento

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Boia de superfície
Placa para
escrever
MÓDULO 1T4
Lanterna
O ESCAFANDRO AUTÓNOMO
Boia de patamar
Saco de
equipamento

Garrafa
É CONSTITUÍDO POR:
Torneiras
GARRAFA COM TORNEIRA Fixação das
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA GARRAFA garrafas
REGULADOR Regulador

Características O/Ring
Garrafa Garrafa (JUNTA TÓRICA)

Torneiras Torneiras
Fixação das Fixação das

garrafas garrafas

Regulador Regulador

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DIN
ESTRIBO

Garrafa Garrafa
DIN

Torneiras ESTRIBO Torneiras


Fixação das Fixação das

garrafas garrafas

Regulador Regulador

Garrafa Garrafa
DIN

Torneiras Torneiras
Fixação das Fixação das
ESTRIBO

garrafas garrafas

Regulador Regulador

Royal Mistral

MÓDULO 1T5
O COLETE DE MERGULHO

Foto C. Franco

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COLETE TIPO COLETE DORSAL


CASACO (JAKET) (ASA)

Modelo ajustável

COLETE de COLAR (BABETTE) A TRAQUEIA DE ENCHIMENTO

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
DIRETA

Foto C. Franco

GARRAFA

SISTEMAS DE FIXAÇÃO À GARRAFA


VÁLVULAS DE SEGURANÇA
E
DE PURGA RÁPIDA

Recomenda-se que existam, no


mínimo, duas válvulas. Uma em
cima junto ao ombro, outra em baixo
junto ao bordo inferior do colete

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CUIDADOS A TER COM O COLETE

• APÓS O MERGULHO LAVÁ-LO COM ÁGUA DOCE E


SECÁ-LO À SOMBRA
MÓDULO 1T6
• LAVAR O INTERIOR DO COLETE
• VERIFICAR COM FREQUÊNCIA O FUNCIONAMENTO
DOS BOTÕES DE ENCHIMENTO E DESCARGA MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO
• PERIODICAMENTE MANDAR FAZER UMA REVISÃO
AO SISTEMA DE ENCHIMENTO NUM TÉCNICO
ESPECIALIZADO

A LAVAGEM O ARMAZENAMENTO

Após um mergulho todo o equipamento deve ser O material deve ser bem lavado e seco à sombra
lavado abundantemente com água doce O material deve ser guardado de modo a não ficar
sob pressão ou sob tensão para não se deformar
A SECAGEM A garrafa deve ser guardada de pé com algum ar
dentro (± 10bar)
A secagem de todo o material deve ser feita à
sombra em local arejado e, se possível, pendurado A revisão anual do equipamento deve ser feita por
um técnico especializado

MÓDULO 1T7
SINALIZAÇÃO INTERNACIONAL
Sinais no fundo
CMAS

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De identificação pessoal

Eu

De identificação de situação
ou de estado

Tu

Estás/Estou bem (OK) Algo não vai bem

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Vertigem Falta de ar

De ação

Subir

Descer Abrandar

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Parar (stop) Reunir

Direção Olhar para

Partilhar ar Ver pressão

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100bar 50bar (reserva)

Encher o colete Atar

Não Barco

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Estes mesmos sinais serão feitos à noite


devendo o mergulhador iluminar a mão
que os efetua fazendo incidir o foco da
lanterna

Existem mais dois sinais feitos com a


lanterna que serão descritos no curso de
Cãibra especialização de “Mergulho Noturno”

Sinais à superfície

Estou bem (OK)

À superfície o mergulhador nunca


deve agitar os braços fora de água a
não ser que esteja em dificuldade a
fim de evitar interpretações erradas
Socorro

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PRESSÃO
P ABSOLUTA
MÓDULO 1T8
=
P Atmosférica + P Hidroestática

1 bar
PRINCÍPIOS BÁSICOS P =
1 Atm
DE FÍSICA ATMOSFÉRICA ao nível do mar =
1 Kg/cm2
=
760 mm/Hg
P =
1,01325 x 105 Pa
HIDROSTÁTICA

PRESSÃO V/S VOLUME

Profundidade (n) P Hidrostática P Absoluta


1l
0m 1 bar 1 bar 0m 0m 1 bar
***
-10 m 1 bar 2 bar 0,5 l

-20 m 2 bar 3 bar 2 bar 10m 10m 2 bar

*** *** *** 0,3 l

P
3 bar 20m 20m 3 bar
-50 m 5 bar 6 bar

ATMOSFÉRICA = 1bar -90 m 9 bar 10 bar 0,25 l


4 bar 30m 30m 4 bar

Pa = n / 10 + 1
P
0,2 l
5 bar 40m 1l 40m 5 bar

HIDROSTÁTICA

PRESSÃO V/S VOLUME PESO/VOLUME V/S IMPULSÃO


NO AR NA ÁGUA
1 1
1l A pressão 2
3
2
3
1 bar 0m 5l 0m 1 bar 4 4
aumenta o 5
6
7
5
6
7

0,5 l volume diminui 8


9
8
9

10 kg 9 kg
10 10
2 bar 10m 10m 2 bar
2,5 l

0,3 l
3 bar 20m 1,66 l 20m 3 bar
VOLUME DA ÁGUA DESLOCADA = 1 LITRO
0,25 l
4 bar 30m A pressão 1,25 l
30m 4 bar
diminui o
0,2 l
5 bar 40m volume aumenta 1l 40m 5 bar VOLUME DO OBJETO = 1 LITRO PESO DE 1L DE ÁGUA = 1kg
(IMPULSÃO)

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p3
p1 p2

1º CASO – o corpo está em equilíbrio p1 = I1 p2 = I2 I3 p3 = I3


I2
p1
I1
4º CASO – o corpo flutua
2º CASO – o corpo afunda-se 3º CASO – o corpo sobe p1
p2 p3
p2
I1 p3
p1 = I1
p3 < I1 p1=2/3* I p2=1/2*I p3=1/3* I
p2 > I1

I1 I1
I I I

CONTROLO DA FLUTUABILIDADE ALTERAÇÃO DA VISÃO

AR
AIR

Visão Normal
ÁGUA
WATER

Visão desfocada
ÁGUA
WATER AIR
AR

Visão correta
(maior e mais perto)

O SOM
ABSORÇÃO DAS CORES
No ar

?
AR
AIR

Direção
340 m/s

ÁGUA WATER
5
12 Na água
25

?
40

200 Direção
ÁGUA
WATER
AR
AIR

Cores 1.435 m/s

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Sistema circulatório
MÓDULO 1T9 •CORAÇÃO
•VASOS SANGUÍNEOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FISIOLOGIA •SANGUE

Coração esquerdo PULMÕES

CORAÇÃO “Pequena circulação”

Artérias Veias
Aurículas pulmonares pulmonares

Veia cava Aorta


Ventrículos
“Grande circulação”
Coração direito
Veias Artérias
Vénulas Capilares

O SANGUE

Parte líquida Plasma


SISTEMA RESPIRATÓRIO
Glóbulos vermelhos

Parte sólida (células) Glóbulos brancos


Plaquetas

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VIAS AÉREAS SUPERIORES VIAS AÉREAS INFERIORES

Nariz

Boca Traqueia
Laringe Brônquios

Pulmões

PULMÕES ALVÉOLOS

Alvéolo
Pulmão direito Pulmão esquerdo
com três lóbulos com dois lóbulos O2 CO2
Capilar O2 CO2

O alvéolo é a unidade de trocas


gasosas do pulmão

16%
OXIGÉNIO

21%
4% MÓDULO 1T10
DIÓXIDO DE CARBONO
0,033% BAROTRAUMATISMOS
78%

AZOTO
78%

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ESMAGAMENTO DA MÁSCARA BAROTRAUMATISMO DO OUVIDO MÉDIO

Este barotraumatismo tanto se verifica na descida


Este barotraumatismo apenas se verifica na como na subida, ainda que, nesta última situação,
descida com muito menos frequência

EM CONDIÇÕES NORMAIS DURANTE O MERGULHO


Trompa não permeável
À superfície

POSSIBILIDADE DE

= >
Pressão no RUTURA DO Pressão no
Pressão Pressão
ouvido médio TÍMPANO ouvido médio
Ambiente (ar) Ambiente (água)
(ar)
o ar à pressão
ambiente não
passa

DURANTE O MERGULHO
A manobra de compensação mais utilizada é a
MANOBRA DE COMPENSAÇÃO
“Manobra de Valsalva”

A manobra de Valsalva deve ser feita com


Pressão
ambiente (água) = Pressão no
ouvido médio

O ar à pressão ambiente
muita suavidade assim que se inicia a descida
para evitar o colapso da trompa de Eustáquio

é forçado a entrar
na trompa de Eustáquio

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Em algumas situações a trompa colapsa quando o diferencial de


pressão entre o ouvido médio e a cavidade naso-faríngica O uso dos tampões auriculares é interdito no
(cavum) atinge os 27 mbar mergulho, da mesma forma que o uso de
medicamentos vasoconstritores nasais antes
Este valor de pressão corresponde a 27cm de coluna de água, do mergulho
daí haver toda a conveniência em se iniciar a manobra logo que
se inicia a descida para precaver qualquer eventualidade.

BAROTRAUMATISMO DOS SEIOS PERINASAIS SEIOS PERINASAIS SAUDÁVEIS

+ +++ ++
Este barotraumatismo tanto se verifica na A + B +++ C ++
descida como na subida

Ar Ar Ar

à superfície na descida na subida

Impossibilitam a descida A manobra de Valsalva


possibilita a descida
SEIOS PERINASAIS CONGESTIONADOS SEIOS PERINASAIS CONGESTIONADOS
(na descida) (na descida)

++ ++
+ ++
+ + + ++
A B
mucosidade

O ar não entra Ar
à superfície na descida o ar não entra
Ao fazer-se a manobra de Valsalva
o ar é forçado a entrar

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A manobra inversa à de
Valsalva possibilita a subida
SEIOS PERINASAIS CONGESTIONADOS
CÓLICAS DO ESCAFANDRISTA
(na subida)

+ +
Ar Este barotraumatismo só se verifica durante
++ + a subida
Ar

O ar não sai

Ao fazer-se a manobra inversa


à de Valsalva o ar é forçado a sair

DOR DE DENTES VERTIGEM ALTERNOBÁRICA

Este barotraumatismo só se verifica durante Este barotraumatismo tanto se verifica durante


a subida a descida como durante a subida

Não sendo um barotraumatismo, pode


SOBREPRESSÃO PULMONAR
aparecer uma outra situação de vertigem
cujos efeitos são análogos aos da vertigem Este barotraumatismo só se verifica durante a
alternobárica. . . é a vertigem calórica subida

Esta situação deve-se ao facto de existir um diferencial de É o rebentamento dos alvéolos pulmonares devido
temperatura entre os dois ouvidos, provocado pela entrada ao aumento do volume de ar no seu interior para
brusca da água num deles durante o mergulho além do limite de elasticidade da parede alveolar.

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CAUSAS SINAIS E SINTOMAS

Este acidente está normalmente associado: • Dor retroesternal • Sensação de plenitude


• A uma situação de pânico em que o mergulhador • Dificuldade respiratória torácica
sobe com a respiração bloqueada. • Tosse • Desvio da traqueia
• A uma subida descontrolada. • Expetoração • Alteração de
• Eventualmente também pode ser provocado pelo sanguinolenta sensibilidade
bloqueio involuntário da glote. • Cianose labial • Perda de consciência

DIÓXIDO DE CARBONO

A intoxicação pelo dióxido de carbono é


MÓDULO 1T11 devida à retenção anormal deste gás no
organismo

INTOXICAÇÕES Esta situação pode ser originada, entre outras:


• por um acto respiratório deficiente
• por esforços exagerados
• pelo frio
• pela má condição física do mergulhador

SINAIS E SINTOMAS

Numa primeira fase Numa fase avançada


A fase expiratória deve ser ATIVA e
prolongada, para uma eliminação • Respiração acelerada • Palpitações
• Dor de cabeça • Tremor muscular
conveniente deste gás
• Ansiedade • Lábios e extremidades
• Tonturas e vómitos azuladas
• Convulsões
• Perda de consciência

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MONÓXIDO DE CARBONO
ATUAÇÃO PERANTE OS SINTOMAS
A intoxicação pelo monóxido de carbono é
PARAR TODA A ATIVIDADE FÍSICA provocada pela existência deste gás no
CONTROLAR A RESPIRAÇÃO organismo

Se não sentir melhoras regressar à superfície,


Esta intoxicação só é possível no caso de
encher o colete e, se necessário, largar o lastro e
pedir auxílio anomalias durante o enchimento das garrafas

SINAIS E SINTOMAS ATUAÇÃO PERANTE OS SINTOMAS


PARAR TODA A ATIVIDADE FÍSICA
Numa primeira fase Numa fase avançada
CONTROLAR A RESPIRAÇÃO
• Respiração acelerada • Palpitações
• Dor de cabeça • Tremor muscular Dado que os sintomas são persistentes
• Ansiedade • Lábios e extremidades regressar à superfície, encher o colete e, se
necessário, largar o lastro e pedir auxílio
• Tonturas e vómitos cor de cereja
• Convulsões
• Perda de consciência É imperioso que se administre oxigénio a 100%,
com um débito de 15l/min

OXIGÉNIO
PREVENÇÃO

A intoxicação pelo oxigénio só começa a manifestar-


Pode adquirir mais conhecimentos sobre este se a partir dos 60m de profundidade nos mergulhos
assunto se frequentar o curso de especialização de
com ar
“Compressores e Estações de Enchimento”

Considerando o limite da profundidade de atuação do


mergulhador CMAS P1, esta intoxicação nunca se fará sentir

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AZOTO (NARCOSE) HIPOTERMIA

O efeito da narcose está relacionado, entre outros


fatores, com a profundidade e velocidade da
Considera-se hipotermia quando a temperatura
descida, não aumentando com o tempo de
corporal central é inferior a 35°C.
permanência a determinada profundidade

Considerando o limite da profundidade de atuação do


mergulhador CMAS P1, este efeito nunca se fará sentir

HIPOTERMIA LEVE 35ºC-33ºC HIPOTERMIA MODERADA 33ºC-30ºC

Sensação de frio Confusão mental


Vasoconstrição periférica Diminuição do raciocínio
Aumento do consumo de ar Perigo de afogamento
Tremores Perda de memória
Alterações da fala e dos sentidos

e finalmente

HIPOTERMIA SEVERA < 30ºC PRIMEIROS SOCORROS

• Retirar o mergulhador da água


Rigidez muscular • Aquecer a vítima
Inconsciência • Se consciente fazê-la ingerir bebidas quentes
Respiração e pulso não detetáveis • Nunca dar bebidas alcoólicas
Alto risco de paragem cardíaca • Se necessário aplicar as técnicas do SBV
Eventualmente a morte
É fundamental não fazer um segundo mergulho
antes de estar completamente reaquecido

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AFOGAMENTO SINAIS E SINTOMAS

• Dores torácicas • Coloração azul da pele


O afogamento significa morte por asfixia após
submersão em meio líquido e constitui, • Enjoo e vómitos (cianose)
normalmente, o mecanismo final de morte na • Dificuldade respiratória • Perda de consciência
maioria dos acidentes de mergulho • Tosse e expetoração • Paragem respiratória ou
mucosa cardiorespiratória

O curso de especialização de “SBV” permite-lhe


atuar nestas condições e assim reanimar o seu
companheiro de mergulho
MÓDULO 1T12
ACIDENTE DE DESCOMPRESSÃO
Este curso poderá ser complementado pelo curso
de especialização de “Administração de Oxigénio”

Composição do Ar

Azoto
O azoto é um gás inerte e como tal não tem
Oxigénio qualquer função no ato respiratório
Argon
Dióxido de Carbono

Outros gases

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!!! Uma tabela de mergulho não é 100% fiável !!!


Para que o azoto não se liberte nos tecidos são
impostos limites de profundidade e de tempo que PARA TAL CONTRIBUEM, ENTRE OUTROS, OS FATORES
SEGUINTES:
estão relacionados, sendo apresentados sob a
O cansaço O consumo de álcool
forma de uma tabela
O frio As drogas
A desidratação A má forma física
O não cumprimento desta tabela dá origem ao Os esforços físicos Fatores emocionais
acidente de descompressão A idade O perfil do mergulho
A obesidade Os mergulhos sucessivos

SINAIS E SINTOMAS ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS

ALTERAÇÕES GERAIS
Formigueiros Zumbidos
Dores de cabeça Náuseas e vómitos
Perda da fala Surdez
Fadiga exagerada Mal-estar geral
Descoordenação dos Vertigens
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS
movimentos Paraparesias
Vermelhidão Visão enevoada ou em Paraplegias
Inchaços túnel Incontinência

!!! Atenção às manifestações de fadiga Todo o mergulhador que se suponha ser vítima
exageradas !!! de um acidente de descompressão deve ser
conduzido para uma unidade hospitalar e
posteriormente para uma unidade hiperbárica
• Cerca de 90% dos acidentes manifestam-se nas primeiras
seis horas e mais de 50% na primeira hora Todos os elementos do grupo especialmente o
• Os restantes 10% manifestam-se após as seis horas seu “companheiro de mergulho” devem ficar sob
observação

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Podendo o mergulhador CMAS P1 planear os seus

MÓDULO 1T13 mergulhos é fundamental que tenha conhecimento de


como é calculada e para o que serve, uma “Tabela de
mergulho”.
TABELAS E COMPUTADORES
Ela servir-lhe-á também para, durante o seu mergulho,
fazer o “ponto da situação”.

Tabela de mergulho
Büehlmann “86

TERMINOLOGIA

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TEMPO DE FUNDO (TF)


PROFUNDIDADE MÁXIMA (P)

É o intervalo de tempo desde o início da


É a profundidade máxima atingida descida até ao início da subida diretamente
durante o mergulho para a superfície
TF

A profundidade máxima permitida ao


mergulhador “CMAS P1” é 20m

VELOCIDADE DE SUBIDA

Velocidade a que o mergulhador sobe

A velocidade máxima permitida pela


tabela é 10m/min

Profundidade (P)
Tempo de fundo (TF)

MERGULHOS SEM PATAMARES DE MERGULHOS COM PATAMARES DE


DESCOMPRESÃO DESCOMPRESÃO

São aqueles que São aqueles que


apenas obedecem à obrigam a
paragem de patamares de
segurança de um descompressão
minuto aos três
metros

Paragem de segurança: 1min a -3m

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GRUPO RESIDUAL DE AZOTO (GR)

!!! Estes patamares destinam-se a eliminar o É a quantidade de azoto excedente


azoto em excesso, que não nos permite subir dissolvido no organismo do mergulhador
após a sua chegada à superfície
diretamente para a superfície !!!

À superfície esta quantidade de azoto irá


diminuindo progressivamente até ser
totalmente eliminado

VALORES NÃO INDICADOS NAS TABELAS

Quando os valores reais da Profundidade (P) ou


do Tempo de Fundo (TF) do mergulho efetuado
não existem na Tabela consideram-se os
VALORES IMEDIATAMENTE SUPERIORES

Grupo residal de azoto (GR)

EXEMPLO
MERGULHO SUCESSIVO
Mergulho efetuado
P = 16m
É qualquer mergulho efetuado antes do
TF = 52min organismo estar completamente liberto
(dessaturado) do azoto acumulado no
mergulho anterior
Consideram-se os valores
P = 18m O tempo de libertação pode atingir as 24
TF = 60min
Resultando um GR = F horas

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EXEMPLO 1
INTERVALO DE SUPERFÍCIE (IS)
Final do 1ºMergulho 10:00h
É o intervalo de tempo que decorre entre o GR = E
fim de um mergulho (chegada à superfície) Início do 2ºMergulho 10:25h
e o início do mergulho seguinte IS = 25min

O “IS” permite-nos saber qual a quantidade


de azoto ainda existente no organismo no No início do
início do 2º mergulho, isto é, o novo Grupo 2º mergulho
Residual de azoto (GR) GR = B

EXEMPLO 2 EXEMPLO – Tempo de espera para voar


Final do 1ºMergulho 10:00h GR = E
GR = F
Início do 2ºMergulho 11:05h
IS = 65min Tempo de espera
para poder voar ou
deslocar-se a
No início do lugares em altitude
2º mergulho 3 horas
GR = C

Como o valor 65min não existe na tabela toma-se o valor


IMEDIATAMENTE INFERIOR por ser mais penalizante

EXEMPLO – Tempo total de dessaturação TEMPO DE PENALIZAÇÃO (TP)


GR = E
É o tempo que seria necessário permanecer
à profundidade a que se vai mergulhar, para
atingir o valor de azoto residual (GR) com
Tempo total de que se inicia o mergulho sucessivo
dessaturação
4 horas
O “TP” permite-nos calcular o Tempo de
Fundo Corrigido (TFC)

33
19/04/2018

EXEMPLO 1 EXEMPLO 2
Inicio do 2º Mergulho 2º Mergulho
GR = B GR = C
Profundidade prevista Profundidade prevista
P = 24m P = 17m

Tempo de Tempo de
penalização penalização
TP = 13min TP = 29min

Como o valor 17m não existe na tabela toma-se o valor


IMEDIATAMENTE INFERIOR por ser mais penalizante

GR GR GR
Exemplo de um mergulho sucessivo

IS =
Pretende-se fazer um mergulho a 18m com a duração
de 40 minutos.

Passados duas horas de intervalo pretende-se fazer um


segundo mergulho a 14m com a duração de 70 minutos

P= TF = P= TF =
TP = TFC = TF + TP

GR GR GR GR GR GR
F F A

IS = IS = 120’
-3m / 1’ -3m / 1’

P = 18m TF = 40’ P= TF = P = 18m TF = 40’ P= TF =


TP = TFC = TF + TP TP = TFC = TF + TP

34
19/04/2018

GR GR GR
No 2º mergulho (TF = 89’) constata-se a necessidade
F A G
de fazer um patamar de descompressão de 7’ aos 3m,
o que não é permitido ao mergulhador CMAS P1
IS = 120’
-3m / 1’ -3m / 7’
Nestas circunstâncias teremos que calcular o tempo
de fundo do 2º mergulho em função do tempo máximo
de permanência sem paragens de descompressão
àquela profundidade dado pela tabela que é 75’

Neste caso teremos de subtrair a este tempo o tempo


P = 18m TF = 40’ P = 14m TF = 70’ de penalização.
TF = 75’ – 19’ = 56’
TP = 19’ TFC = 70’ + 19’

GR GR GR
F A G Ao fazerem-se mergulhos sucessivos o
primeiro mergulho deve ser sempre mais
IS = 120’ fundo que o segundo
-3m / 1’ -3m / 1’

Deve respeitar-se um intervalo de superfície


de pelo menos duas horas entre mergulhos

P = 18m TF = 40’ P = 14m TF = 56’


TP = 19’

PARA MERGULHAR NO
DEPOIS VIERAM AS “MODERNICES”
ANTIGAMENTE

TABELA DE MERGULHO PROFUNDÍMETRO

PROFUNDÍMETRO

TABELA

É NECESSÁRIO: RELÓGIO
O COMPUTADOR

E TAMBÉM NO AGORA!!!!!!
RELÓGIO

35
19/04/2018

DEPOIS... VIERAM MAIS “MODERNICES”


IMPORTANTE!!!!!!

PROFUNDÍMETRO
Utilizar um computador, não significa que não
seja necessário saber utilizar uma tabela

DA MESMA MANEIRA QUE:


TABELA

Utilizar uma máquina de calcular, não


significa que não seja necessário saber
OUTRO COMPUTADOR
MANÓMETRO
fazer contas
RELÓGIO

O volume de ar que respiramos depende:

MÓDULO 1T14 •

do volume dos pulmões
do esforço despendido
• da temperatura da água
• da profundidade a que nos encontramos
CÁLCULO DO CONSUMO DE AR • do estado mental
• do estado físico
• da experiência que se possui

O consumo de ar por minuto a uma determinada


profundidade é o produto do consumo de ar à superfície
pela pressão absoluta a que nos encontramos

Na atividade subaquática adota-se um


consumo de 25l/min à superfície
c x Pa
Exemplo:
Que quantidade de ar consome um mergulhador a -27,5m
de profundidade?

Consumo = 25 l/min x 3,75 = 93,75 l/min

36
19/04/2018

O ar que transportamos depende


Cálculo da duração do ar que transportamos
• da capacidade da garrafa
• da pressão a que a garrafa foi carregada
É igual ao cociente do volume de ar que
Capacidade da garrafa 12 litros (à pressão atmosférica de 1bar)
Pressão a que foi carregada 220bar (pressão de manómetro) transportamos pelo valor do consumo de ar por
Volume de ar transportado minuto, à profundidade a que nos encontramos

Var = 12 x 220 = 2640 litros

Volume de ar transportado
Cada mergulhador deve calcular os seus
Var = 12 x 220 = 2640 litros
consumos de ar em várias situações para
Consumo a -27,5m mais tarde saber planear corretamente os
seus mergulhos
25 l/min x 3,75 = 93,75 l/min
Duração
2640 ÷ 93,75 = 28,16 min

1. PRÉ-PLANEAMENTO
MÓDULO 1T15
1.1 Objetivos do mergulho

FASES DO PLANEAMENTO 1.2 Seleção do local de mergulho

37
19/04/2018

PARÂMETROS A CONSIDERAR
2. PLANEAMENTO
a. Profundidade máxima a atingir
b. Duração do mergulho
NUNCA ENTRAR NA ÁGUA SEM PLANEAR O c. Consumo do ar (cálculo da autonomia)
MERGULHO QUE VAI REALIZAR d. Percurso subaquático
e. Chegada à superfície e saída da água
f. Elaboração do plano de emergência

3. COMPANHEIRO DE MERGULHO Se durante o mergulho houver separação dos


dois mergulhadores, cada um deverá subir um
NO MUNDO DO MERGULHO É CONHECIDO POR pouco e rodar 360º procurando localizar o outro

BUDDY* Se no fim de 1 minuto não for feita a localização


deverão subir para a superfície onde se
encontrarão
É A PEÇA FUNDAMENTAL DA SEGURANÇA
NO MERGULHO

* lê-se bâdi

 S egurança
4. REUNIÃO INICIAL (BRIEFING)
 E xplicação
 E quipamento
SEEDS 

D
S
isciplina
inais

38
19/04/2018

5. CÁLCULO DA AUTONOMIA AUTONOMIA DA GARRAFA (em minutos)

É o volume de ar útil (disponível) contido na


No cálculo do ar necessário para o tempo de fundo garrafa convertido em tempo de utilização
não se entra em conta com a reserva (50bar)
Autonomia = Ar disponível ÷ consumo

Ar disponível = C x (Pt – Pr) Autonomia = [C x (Pt – Pr)] ÷ (c x Pa)

Exemplo 1 Cálculo do ar disponível

Pretende-se efectuar um mergulho à profundidade de 20m, C x (Pt –Pr)


utilizando uma garrafa de 12 litros, carregada à pressão de
= 12 x (220 – 50) = 2040 litros
220 bar.
Calcule a autonomia da garrafa para esse perfil de mergulho, Cálculo da autonomia
sabendo que o seu consumo de ar à superfície é 25 l/min
Ar disponível ÷ (c x Pa )
Pa = 3 bar C = 12 l Pt = 220 bar 2040 ÷ (25 x 3) = 27,2 min
c = 25 l/min Pr = 50 bar

Exemplo 2
Do resultado obtido podemos concluir que podemos
realizar o mergulho pretendido (20m) com a Pretende-se efectuar um mergulho à profundidade de 20m,
duração (TF) de 27 min cuja duração (TF) será de 30min, utilizando uma garrafa de 15
litros, carregada à pressão de 230 bar.
Sabendo que o seu consumo de ar à superfície é 25l/min,
Pela análise da tabela Büehlmann verificamos que
pergunta-se se esse mergulho pode ser feito com segurança.
esse mergulho não exige qualquer patamar de
descompressão tal como está definido para o
mergulhador CMAS P1. Pa = 3 bar C = 15 l Pt = 230 bar
c = 25 l/min Pr = 50 bar TF = 30min

39
19/04/2018

Cálculo do consumo de ar (ca)


Do resultado obtido podemos concluir que o
Consumo de ar = c x Pa x TF
mergulhador tem disponível para o seu regresso à
25 x 3 x 30 = 2250 litros
superfície 2700 – 2250 + 750 = 1200 litros de ar, o
que garante uma margem de segurança que lhe
Cálculo do ar disponível
permitirá resolver uma situação imprevista.
C x (Pt –Pr)
= 15 x (230 – 50) = 2700 litros

O COMPANHEIRO DE MERGULHO

MÓDULO 1T16
Se o seu companheiro de mergulho for
também o seu companheiro habitual no dia a
SEGURANÇA NO MERGULHO dia, melhor se compreenderão debaixo de
água

A PREPARAÇÃO ANTES DO
MERGULHO A ENTRADA NA ÁGUA

F – flutuabilidade; A – ar; A entrada na água pode ser feita a partir


P - precintas duma embarcação ou a partir de terra

40
19/04/2018

A DESCIDA E A ATITUDE DURANTE O A SUBIDA E A CHEGADA À


MERGULHO SUPERFÍCIE

É IMPORTANTE DESCER RESPEITE A VELOCIDADE DE


SUBIDA
DEVAGAR

A SAÍDA DA ÁGUA E A REUNIÃO FINAL


ATENÇÃO

Uma embarcação de mergulho deve estar


ATENÇÃO AO DESEQUIPAR equipada com:
• Estojo de 1os Socorros
• Estojo de Administração de Oxigénio
• Plano de Emergência

MÓDULO 1T17
AUTO SEGURANÇA E AJUDA

41
19/04/2018

PROBLEMAS QUE OCORREM À


SUPERFÍCIE
O mergulho é uma atividade segura
• A exaustão
desde que se respeitem as suas regras e
• O frio
limites aconselhados • As cãibras
• A separação do companheiro
• O engasgamento
• As correntes
• A tensão nervosa

PROBLEMAS QUE OCORREM DEBAIXO DE


ÁGUA SE OCORRER UM PROBLEMA

• A exaustão e o frio
• As cãibras PARAR
• A separação do companheiro
• Ter pouco ar ou ficar sem ar
PENSAR
• Regulador em débito contínuo AGIR
• Problemas com o equipamento
• A tensão nervosa

FONTES DE AR ALTERNATIVAS
O manómetro não é para vista... é para ser consultado Pony bottle
com alguma frequência durante o mergulho Spare air
Segundo andar de emergência
Se estiver perante um problema de pouco ar ou
de falta de ar pode vir para a superfície FONTE DE AR PARTILHADA
O regulador do seu companheiro

42
19/04/2018

SUBIDA DE EMERGÊNCIA CONTROLADA REGULADOR EM DÉBITO


CONTÍNUO

Nunca bloqueie a respiração durante a


Após avisar o seu companheiro deve
subida para não provocar uma
iniciar a subida
sobrepressão pulmonar

PROBLEMAS COM O É da maior importância reconhecer os sinais que


EQUIPAMENTO traduzem a necessidade de ajuda

A abordagem dum mergulhador requer precauções


Nestes casos é fundamental a presença especiais quer na aproximação quer ao
do companheiro de mergulho estabelecer-se contacto físico

Uma das principais preocupações do mergulhador


deverá ser a proteção e conservação do meio marinho
MÓDULO 1T18
A remoção desnecessária dos organismos
marinhos deve ser evitada a todo o custo
O AMBIENTE MARINHO

Se quiser levar uma recordação do que viu no seu


mergulho faça-o... com uma máquina fotográfica

43
19/04/2018

A minimização dos impactos sobre o meio


marinho poderá ser alcançada pelo
estabelecimento de reservas marinhas,
proteção de habitates, gestão integrada dos
recursos marinhos e ordenamento da orla
costeira

A postura do mergulhador é fundamental para a


proteção do meio marinho
AS 10 REGRAS DE OURO
DO
O mergulhador deve deslocar-se sem tocar no BOM MERGULHADOR
fundo, como se fosse uma sombra, sem deixar
rasto da sua passagem

1 - Nunca entrar na água por cima das algas, corais 5 - Não perseguir, tocar ou alimentar os animais nos
ou outros seres marinhos seu ambiente
2 - Controlar bem a flutuabilidade 6 - Não caçar (por divertimento) e não comprar nem
3 - Manter alguma distância dos corais e outros colecionar lembranças, como corais e conchas
animais e não agitar o sedimento do fundo 7 - Ter o máximo cuidado nos mergulhos em grutas,
4 - Ter cuidado com o local onde lançar ferro para pois existem formas de vida muito delicadas nas
fundear a embarcação paredes

44
19/04/2018

8 – Manter os locais de mergulho limpos PERIGOS RELACIONADOS COM A VIDA


SUBAQUÁTICA
9 – Aprender sobre a vida marinha e alertar para a
sua destruição
10 – Incentivar os companheiros de mergulho a • PEIXES VENENOSOS
• HIDROZOÁRIOS
seguirem estas regras
• CORAIS

rascasso
Os peixes venenosos raramente são agressivos, e o
contacto é na maioria das vezes puramente acidental ou
então devido ao manuseamento indevido dos mesmos.
PEIXES VENENOSOS
• É importante ter presente que mesmo depois do peixe estar
morto, os espinhos continuam a ser venenosos.

• Na maioria dos casos o veneno é muito sensível ao calor,


sendo degradado pela água quente (ou qualquer outra
fonte de calor).

Fotos C. Franco peixe leão

•Os sintomas iniciais são habitualmente a dor intensa


seguido de “adormecimento” ou de “hipersensibilidade”
na área à volta da ferida.
• Frequentemente, a intensidade da dor é desproporcional
ao tamanho da ferida (dor muito intensa, com ferida muito HIDROZOÁRIOS
pequena).
alforreca
• A pele à volta da ferida poderá tornar-se azulada com
inchaço (edema), com palidez dos tecidos circundantes.
• Entre os sintomas gerais encontram-se as náuseas, os
vómitos, o estado de choque, a perda de consciência, ou
mesmo a morte.
Fotos C. Franco água viva

45
19/04/2018

• Do contacto com estes seres marinhos resulta numa irritação


na pele que pode ser dolorosa.

• Há casos de maior cuidado que podem conduzir a vítima ao


CORAIS
estado de choque (choque anafilático), casos estes
relacionados com a sea-wasp e com a caravela-portuguesa,
tendo já sido descritos casos de morte com este último coral fogo

Fotos C. Franco coral mole

• Devido à sua estrutura, o contacto com o coral pode


resultar em feridas cortantes ou abrasivas importantes
que levam muito tempo a cicatrizar, surgindo com alguma
MÓDULO 1T19
frequência infeções secundárias das mesmas.

• Atenção especial aos corais urticantes


ARQUEOLOGIA SUBAQUÁTICA

• Antes de qualquer atividade num património arqueológico


subaquático deverá ser feito um plano de projeto de
atuação.

• Este plano deverá ser aprovado pelas autoridades


competentes.

• Toda a atividade deverá ser dirigida e controlada por um


arqueólogo subaquático devidamente qualificado.

46
19/04/2018

• O mergulhador desportivo poderá ter um papel relevante e


Ver Decreto-Lei nº 146/97
contribuir substancialmente para a arqueologia subaquática
se AGIR DE FORMA CORRETA.
Proteção do Património Cultural Subaquático

• O trabalho mais importante que o mergulhador poderá fazer


Capítulo III – Achados fortuitos, Artºs 12º a 15º .
é registar o mais rigorosamente possível a posição do
vestígio encontrado e posteriormente fazer a declaração
oficial do achado à entidade competente

Ao abrigo do protocolo FPAS/CNANS o


mergulhador pode receber a sua formação e
A “Caderneta de Imersão FPAS” treino em técnicas específicas e colaborar em
projectos de intervenção arqueológica
possui folhas destinadas a esse
subaquática
registo
Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática - IGESPAR
MARL - Pavilhão CC1 - Lugar do Quintanilho
2641-421 S. Julião do Tojal
Tel.: 219 926 802/3 Fax.: 219 926 819 e-mail: dans@igespar.pt

Legislação Nacional Decreto Lei 24/2013 de 24 de maio de 2013)


Na leitura deste decreto-lei deverão ser salientados os artigos
cujo desconhecimento conduza a situações que levem o
Conceitos contidos na actual legislação mergulhador a incorrer em infracções punidas com coima.
O sistema de formação CMAS à luz da actual Portaria nº 1340/2007 de 11 de outubro de 2007
legislação Portaria nº 12/2009 de 12 de janeiro de 2009
Portaria nº 367/2012 de 06 de novembro de 2012
Limitações reconhecidas como padrão
Despacho nº 1480/2009 de 14 de janeiro de 2009
internacional, para que a SEGURANÇA seja o
fulcro da atividade do mergulho Despacho nº 8086/2013 de 21 de junho de 2013

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