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Escola Básica e Secundária de Santa Maria

Resumo para o teste

Fósseis – São os restos de seres vivos ou vestígios da sua actividade conservados em


rochas cuja formação foi contemporânea a esses seres.

Paleontologia – É a ciência que estuda os fósseis.

Fossilização

É o conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a formação de um fóssil.


Este processo é raro, complexo e geralmente só as partes duras (troncos, conchas,
carapaças, ossos e dentes) fossilizam.
A fossilização é um processo muito lento.

Condições vantajosas para a fossilização:

 O organismo possuir partes duras (conchas, carapaças, ossos, dentes, esqueleto,


tronco);

 Ser enterrado rapidamente por sedimentos finos (que o isole do ar e da água) que
interrompam a decomposição e/ou erosão e impeçam a ingestão por parte de
outros seres vivos.

 O seu habitat ser marinho pois facilita o enterramento rápido do organismo;

 A espécie ser abundante (quanto maior é o número de seres vivos, maior é a


possibilidade de fossilizarem).

Tipos de fossilização

Conservação Total – Ocorre quando há preservação de todo o organismo, incluindo as


partes moles. O ser vivo é envolvido totalmente por uma substância – resina (âmbar) ou
gelo (neve) – que impede a sua decomposição.
Exemplo – Mamute conservado no gelo e insectos preservados em âmbar.

Mineralização – Consiste na substituição da matéria orgânica que originalmente compõe


os organismos por substâncias minerais dissolvidas na água, o que conduz á petrificação
total ou parcial dos corpos.
Exemplo – Troncos e ossos petrificados.

Incarbonização – Consiste no enriquecimento do organismo em carbono, em virtude da


perda de outros elementos da matéria orgânica (H, O, N). Quanto mais tempo demorar o
processo, maior é a concentração de carbono no fóssil.
Exemplo – É este fenómeno que ocorre nos restos vegetais que se transformam em
carvão.

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Moldagem – O organismo desaparece totalmente, mas deixa um molde na rocha. Os


moldes podem ser:

 Internos – quando as cavidades do ser, como as que existem nas amêijoas ou nos
búzios, são preenchidas por sedimentos.
 Externos – correspondem á impressão, na rocha, de certas partes do organismo
como folhas, penas ou conchas.
 Contramolde – resulta do preenchimento do molde externo por sedimentos.

Marcas - Vestígios da actividade de seres vivos, como pegadas, excrementos ou ovos.

Importância dos fósseis para o conhecimento da evolução da vida.

Os fósseis são testemunhos da história da evolução das espécies e também a prova da


sua adaptação.
A reconstituição dos organismos, a partir dos seus fósseis, possibilita-nos ter uma ideia
das espécies que existiram no passado e da sua evolução até aos nossos dias.

Alguns fósseis – fósseis de transição - apresentam características de organismos


pertencentes a diferentes grupos sugerindo que os seres vivos terão evoluído
progressivamente uns a partir dos outros.

Por exemplo: O Archaeopteryx é um organismo que possui características típicas


simultaneamente de um réptil (dentes, prolongamento da coluna vertebral na cauda) e de
uma ave (penas), sugerindo que as aves terão tido origem a partir dos répteis.

Os paleontólogos, muitas vezes, são capazes de reconstruir um animal com base em


ossos do esqueleto.
Por vezes conseguem fazer deduções acerca do modo de vida dos animais.
Por exemplo: Se encontram fósseis com dentes semelhantes aos dos actuais herbívoros,
deduzem que o animal se alimentava de vegetais.

Existem seres vivos que permanecem inalterados durante milhões de anos, sendo, muito
semelhantes ás suas formas fossilizadas – são designados fósseis vivos.

Para a reconstituição de paleoambientes

Os paleontólogos são, muitas vezes, capazes de reconstituir o ambiente de formação de


uma rocha, baseando-se nos fósseis que ela contém.

Por exemplo:
Existem fósseis que, tal como os corais, permitem reconstruir o seu ambiente de
formação pois viveram em condições ambientais específicas - são designados fósseis de
fácies ou fósseis de ambiente.

A presença de corais numa rocha permite afirmar que esta ter-se-ia gerado num ambiente
marinho de águas quentes, límpidas, pouco profundas e bem oxigenadas.

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Para a datação das rochas


Através de métodos físico-químicos muito complexos, as rochas podem ser datadas em
milhões de anos – datação absoluta.
As rochas podem ainda ser datadas umas em relação às outras, sem indicação precisa
da sua idade – datação relativa.

Os fósseis ajudam os geólogos a determinar a idade relativa dos estratos.


Para tal aplicam o princípio da sobreposição e o princípio da identidade paleontológica.

Princípios da sobreposição - os estratos mais recentes estão sobre os estratos mais


antigos.

Princípios da identidade paleontológica – os estratos que contêm os mesmos fósseis


têm a mesma idade e formam-se em ambientes semelhantes.

Os fósseis que podem ser usados na datação de rochas são de seres vivos com ampla
distribuição geográfica, mas que existiram na Terra num curto período de tempo antes de
se extinguirem - fósseis de idade ou fósseis característicos.
Exemplo – As amonites que viveram no Mesozóico e as trilobites que viveram no
Paleozóico.

Grandes etapas na história da Terra


A Terra formou-se á 4600 milhões de anos, o estudo das rochas e dos fósseis permitiu
conhecer as transformações da Terra e a evolução da vida ao longo dos tempos. Existe
muita informação sobre a evolução da vida nos últimos 570 milhões de anos, pelo
contrário, essa informação é muito escassa para os primeiros 4000 milhões de anos,
devendo-se ao facto de as formas de vida mais antigas serem muito simples, sem partes
duras, e dificilmente fossilizarem.

O tempo decorrido desde a formação da Terra até á actualidade designa-se tempo


geológico, sendo medida em milhões de anos.

Para facilitar o estudo da história da Terra, o tempo geológico foi dividido em quatro Eras
(Pré-Câmbrico, Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico), divididas, em diferentes
Períodos.

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Principais acontecimentos na história da vida na Terra

Era Período Evolução Da Vida


Ser Humano

Idade dos mamíferos


Quaternário
Cenozóica

Os mamíferos tornam-se dominantes

Primeiros primatas
Terciário
Grande desenvolvimento das aves e mamíferos

Extinção dos dinossauros e de muitas outras especiés


Cretácico Desenvolvimento de insectos que dependem das flores
Idade dos répteis

Primeiras plantas com flor


Mesozóica

Primeiras aves ( ainda com dentes)


Jurássico
Domínio dos dinossauros
Primeiros répteis
Triásico Primeiros dinossauros
Primeiros mamíferos
Pérmico Extinção das trilobites e de outros animais marinhos
Idade dos
anfíbios

Extensas florestas
Carbónico Abundância de insectos
Primeiros répteis
Paleozóico

Primeiros animais terrestres


Idade dos

Devónico Grande desenvolvimento das palntas terrestres


peixes

Grande desenvolvimento dos peixes


Silúrico Primeiras plantas terrestres
Ordovíncico Primeiros vertebrados (peixes)
Invertebrad

marinhos

Trilobites
Câmbrico Primeiros organismos com concha
e esqueleto externo
os
Pré-Câmbrico

Primeiras algas produtoras de oxigénio


Primeiros organismos pluricelulares
Primeiros organismos unicelulares
Origem da Vida

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