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De
Contabilidade Bancária
Cândido Sozinho
Entretanto a história dos bancos inicia da maneira mais rudimentar; tanto é que existem divergências
entre os historiadores na sua narração.
As primeiras transações bancárias surgiram com o advento das primeiras moedas , as quais tiveram
origem em diversos países desenvolvidos da antiguidade, cerca de cinco séculos antes de cristo, como
na Lídia (Ásia Antiga), Argus (Grécia).
Com o decorrer do tempo, as operações de troca foram ganhando vulto, passando os cambistas a
receber depósitos, pagando juros a taxas baixas e emprestando aos mercadores a taxas mais
elevadas.
O sistema financeiro moçambicano antes da independência contava com cerca de dez bancos
comerciais de entre eles se destacam: o Instituto de Crédito de Moçambique, Montepio de Moçambique
Banco, Nacional Ultramarino (BNU), Banco Pinto & Sotto Maior e o Banco Standard Totta de
Moçambique (BSTM).
No período colonial, as actividades do banco central no país eram exercidas pelo BNU que, na prática,
funcionava como uma dependência do Banco de Portugal (banco central português), portanto sem
nenhuma autonomia, e funcionava sobretudo como um banco comercial. Depois da independência, as
actividades do BNU foram herdadas pelo então Banco de Moçambique que, simultaneamente, passou
a desenvolver as funções de banco central e de banco comercial.
Com a independência e através da lei 5/77 e 6/77 que preconizava a restruturação da banca foram
nacionalizados todos os bancos com excepção do BSTM. A partir daquelas instituições financeiras
herdadas do colonialismo, foram criados em 1977 apenas dois bancos estatais: o Banco de
Moçambique (BM) e o Banco Popular de Desenvolvimento (BPD) e o sector financeiro passo a contar
com três bancos comerciais uma vez que o B.M. para além das suas funções como banco central
também desempenhava funções comerciais.
Em 1987, o governo introduziu o PRE que, dentre vários objectivos visava reverter a tendência cada
vez mais degradante da economia e do desempenho das firmas. No entanto, o PRE implicou a
liberalização da economia que por sua vez, impôs novas tarefas ao Banco de Moçambique. Daí, surgiu
a necessidade de uma maior dinâmica do Banco de Moçambique no seu papel de condutor da política
monetária e de crédito, e de supervisão do sistema financeiro nacional. A concretização dessa
necessidade determinou a retirada das funções comerciais e a criação do Banco Comercial de
Moçambique em 1992.
No âmbito da política da liberalização da economia, e através da lei 28/91 o sector bancário é aberto ao
investimento privado e como resultado desta política, nascem novos bancos comerciais em
Moçambique, tais como: Banco de Fomento (BF), Banco Comercial e de Investimento (BCI), Banco
Internacional de Moçambique (BIM), Banco Internacional de Comércio (ICB), African Banking
Nesta secção, ira-se abordar as principais funções da actividade bancária, conhecer o posicionamento
dos bancos no sistema económico e compreender a importância da legislação do sistema bancário e o
papel do Banco de Moçambique como autoridade monetária.
Para o governo garantir o alcance dos seus objectivos macro-económicos define políticas de actuação
tais como: orçamental, monetária, fiscal, cambial e controlo da inflação. Dentre essas políticas a
monetária e controlo da inflação ou preços se afiguram mais importantes.
A concretização das políticas acima referidas exige que o governo desenvolva determinadas acções de
controlo em diferentes âmbitos: controlo do crédito, liquidez dos bancos e das taxas de juro. É aqui que
surge a intervenção do sistema bancário na materialização da política económica e financeira do país.
Em momentos de inflação galopante, as entidades governamentais estabelecem restrições de crédito,
aumentam as taxas de reservas obrigatórias diminuindo a quantidade de moeda em circulação,
aumentam as taxas de juros das facilidade permanentes concedida pelo Banco Central e estimulam as
poupanças dos cidadãos, criando depósitos atractivos.
• Emissão da Moeda;
• Concessão de empréstimos ao Estado;
• Fixação de taxas de juro (indicativo);
• Fixação de taxas de câmbio (indicativo);
• Compensação de cheques e outras formas de pagamento;
• Autoriza de abertura de instituições de crédito e sociedades financeira;
• Supervisão de toda actividade de instituições de crédito e sociedades financeiras e
• Outras funções atribuídas pela lei.
Esta função, materializa-se na captação de poupanças sob a forma de depósitos e na sua cedência
através da concessão de crédito.
A actividade dos bancos não se limita a intermediação financeira, eles prestam uma multiplicidade de
serviços, que podem ser a compra e venda de moeda estrangeira, pagamentos de juros de obrigações,
etc..
A prestação desses serviços é uma função complementar da intermediação financeira, que os bancos
colocam a disposição dos seus clientes e que muitas das vezes incide sobre os meios de pagamento,
por exemplo, a compra e venda de moeda estrangeira e cobranças de terceiros ou assume natureza
diversa, como é o caso de aluguer de cofres, concessão de garantias bancárias, etc..
As instituições de crédito, tal como outras empresas de grande dimensão, tem uma multiplicidade de
órgãos a que estão atribuídas as diversas funções com vista a atingir os objectivos da instituição.
Apesar de as instituições não terem modelos de organização iguais, geralmente existem cinco grandes
funções que, de acordo com a dimensão da empresa bancária, pode-se encontrar duas ou mais
fundidas num mesmo departamento, são elas:
• Função comercial
• Promoção e apoio comercial;
• Operacionais ou de Execução de operações;
• Staff ou de apoio técnico;
• Apoio central.
A função comercial: compreende as tarefas que decorrem do contacto directo com o cliente para a
satisfação das suas pretensões: prestação imediata de informações, esclarecimentos e oferta de
produtos bancários. Na prática, esta área engloba estabelecimentos abertos ao público genericamente
designados por balcões e os órgãos superiores responsáveis por estes estabelecimentos.
Promoção e apoio comercial: os órgãos incluídas nesta área compete a concepção de produtos e
serviços bancários, preparar e efectuar a promoção, coordenar as acções comerciais e intervir
directamente em certos mercados. É função de marketing que deve estudar as acções comerciais a
desenvolver, de acordo com os objectivos estratégicos.
O departamento de operações: esta divisão realiza um conjunto de tarefas, tais como, codificação e
processamento informático, extracção de listagens, envio de notas de débito e crédito aos clientes.
Com o desenvolvimento da informática, estas tarefas são realizadas nos balcões, cabendo aos
serviços centrais apenas o controlo.
Staff e apoio técnico: é uma função responsável por estudos de natureza económica, planeamento
estratégico, recuperação do crédito, apoio legal, recursos humanos, auditoria, etc..
Apoio central: estão compreendidas nesta área, a contabilidade, serviços gerais, aplicação de regras
fiscais, arquivo, etc..
2.1 Conceito
O estudo da Contabilidade Bancária nos países desenvolvidos começa a ganhar maior amplitude
enquadrado no campo da gestão bancária. No nosso país este ramo de contabilidade aplicada só é
leccionada por algumas escolas técnicas e algumas faculdades, muitas das vezes dentro dos
programas de contabilidade sectorial.
Tal como noutros ramos de actividade o departamento de contabilidade numa instituição financeira
reveste-se de maior importância e com maior relevância que nos outros sectores devido a importância
que ela tem na economia, daí a necessidade de maior controlo pelas autoridades monetárias.
1. Disponibilidades;
2. Aplicações;
3. Imobilizações;
4. Recursos Alheios;
5. Contas Internas e de Regularização;
6. Recursos Próprios e Equiparados;
7. Custos por Natureza;
8. Proveitos por Natureza;
A organização interna das classes reflecte, de forma explicita a aplicação dos seguintes critérios
básicos de ordenação:
Apesar de existir discrepância entre o Plano de Contas para Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras e o Plano Geral de Contabilidade a equação fundamental do balanço é a mesma, se não
vejamos:
Um banco, como qualquer unidade económica, está inserido num determinado ambiente económico
com o qual mantém permanentes ligações em termos de fluxos reais a que correspondem fluxos
monetários, mas no sentido oposto a aquele. No sector bancário, dada a natureza da sua actividade
(intermediação) financeira), haverá fluxos recursos dos poupadores para o banco e deste para os
investidores. Assim estar-se-á na presença de aplicações, ao falarmos de:
• Aquisição do imobilizado;
• Concessão de crédito;
• Depósito noutros bancos;
• Pagamento de salários;
• Liquidação de Juros.
Tal como em qualquer facto patrimonial, os fluxos são susceptíveis de revestir duas naturezas
diferentes patrimoniais (factos patrimoniais qualitativos) e de exploração (factos patrimoniais
quantitativos), veja a tabela abaixo:
Fluxo Natureza
Patrimoniais De Exploração
• Aquisição do imobilizado; X
• Concessão de crédito; X
• Depósito noutros bancos; X
Aplicações • Pagamento de salários; X
• Liquidação de Juros X
Aumento de capital X
Recursos Obtenção de fundos no mercado monetário X
Depósito de clientes X
Cobrança de juros X
A dupla sistematização que observou no quadro antecedente, está consagrada no PCICSF através da seriação
de classes de contas, apenas com duas excepções:
Se observar o diagrama acima, verifica-se que existe relação entre classes de contas se não vejamos:
• a integração das contas de custos e proveitos dá origem a resultados que por sua vez permite
a constituição de reservas e criação de provisões específicas;
• Os recursos alheios originam juros de operações passivas (custos por natureza);
• As aplicações originam juros de operações activas (proveitos por natureza);
Aplicação 1
A Gringos & Gringos obteve do Banco Male um empréstimo de 1.200.000 contos pagável em
prestações semestrais. A taxa de juro foi fixado em 30% anuais. Com base nestes elementos,
preencha o quadro seguinte, na perspectiva do Banco.
Fluxo Natureza
Patrimoniais De Exploração
Aplicações
Recuros
O plano de contas para instituições de crédito e sociedades financeiras de 1999 , que é de utilização
obrigatória de todas as instituições sob supervisão do Banco de Moçambique, estão consagradas de
forma explícita as seguintes normas e princípios contabilisticos:
Relevância: é entendida como sendo a qualidade que a informação tem de influenciar as decisões dos
seus utentes, ao ajuda-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou
a corrigir as suas avaliações.
Fiabilidade: é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de juízos prévios,
ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente
represente, podendo, por conseguinte, dela depender os utentes.
Não compensação das contas: não são permitidas quaisquer compensações entre saldos devedores
e credores seja nas contas de terceiros, proveitos, ganhos custos ou perdas.
Continuidade: presume-se que a empresa de seguros opera continuamente não tendo intenção nem
necessidade de entrar em liquidação ou reduzir significativamente a sua actividade. Este princípio é
fundamental para transmitir confiança aos segurados e ao público em geral.
Consistência: os critérios valorimétricos não podem ser modificados de um exercício para o outro,
caso se verifique uma derrogação a este princípio com efeitos materialmente relevantes, deve constar
uma nota explicativa anexo as demonstrações financeiras.
Prudência: as contas devem integrar níveis de precaução exigidos por estimativas realizadas em
condições de incerteza, não permitindo, contudo, a criação de reservas ocultas ou provisões
excessivas ou a deliberada quantificação dos activos e proveitos por defeito de passivo e custos por
excesso.
3.1 Compreensão
Os serviços bancários gerais, representam uma inovação na actividade bancária e tem uma grande
importância para os bancos, porque através deles os bancos conseguem uma remuneração
(comissões) sem incorrer em riscos que geralmente acarretam as operações de crédito e se os mesmo
forem bem concebidos conseguem atrair recursos (depósitos) com menor custo para os aplicar em
operações mais rentáveis. Assim através das operações de prestações de serviços os bancos podem
incrementar as suas margens financeiras e consequentemente os resultado.
Actualmente tem aparecido os chamados bancos universais, que para além dos serviços acima
descritos, oferecem serviços especializados, tais como, serviços de consultoria, serviços de
intermediação e outros que tradicionalmente eram oferecidos apenas, por empresas de consultoria.
Actualmente, podemos encontrar uma gama variada de depósitos e créditos mas no essencial são
todos idênticos ou substitutos. Os bancos procuram introduzir pequenas variáveis de diferenciação, tais
como: taxas juros diferentes, diferenças nas condições de movimentação;
saldos mínimos de abertura diferentes, garantias etc..Essas varáveis são normalmente introduzidos
para satisfazer as necessidades de um determinado segmento de mercado.
Os produtos bancários de captação de fundos, são constituídos maioritariamente, pela variada gama
de depósitos, entretanto quando o montante captado pelo banco nos depósitos não é suficiente pode
recorrer ao mercado monetário interbancário (MMI) ou a emissão de valores imobiliários (obrigações).
a) Depósito bancário
é um produto que garante ao cliente remuneração e segurança pelos fundos disponibilizados, constitui
um meio, através do qual, o banco capta recursos financeiros que lhe permitem operações de crédito .
Os depósitos representam a maioria dos recursos de que o banco dispõe, normalmente são
agrupados em função da seu grau de exigibilidade, a saber:
• depósitos a ordem;
• com pré-aviso e
• a prazo.
Se um Banco tem um défice de tesouraria de curto prazo, geralmente recorre ao mercado monetário
interbancário, e quando a carência de fundos é estrutural, como por exemplo, recursos para
financiamento de investimentos, recorre-se a emissão de valores imobiliários.
Todos os recursos atrás referidos estão enquadrados na classe 4 – recursos alheios do PCICSF,
podendo se distinguir os de instituições de crédito no país (conta 40), que são fundamentalmente o
mercado monetário interbancário e as facilidades permanentes de cedência concedidas pelo Banco de
Moçambique, Instituições de crédito no estrangeiro (conta 41)os depósito de residentes (conta 42),
empréstimos (conta 44) e responsabilidades representadas por títulos (conta 45), onde se enquadram
a emissão de valores imobiliários e ainda os recursos consignados (conta 4602).
Depósitos a ordem:
10
(1) A
112
(1) C C (2)
(1) - Depósito do cliente constituído por numerário (conta 10), cheque sacado sobre outros
bancos (conta 1111) e sobre o próprio banco (conta 112);
(2) Débito da conta do cliente sacador do cheque depositado;
(3) Lançamento da compensação ( cheques sacados sobre outros bancos)
(4) Lançamento da compensação recebida
(5) Regularização da compensação se o saldo for favorável
(6) Regularização da compensação se o saldo for desfavorável
4200/4210 4201/4211
(1) A C+D (4) (5) A A (1)
(2) B A (5)
524201/524211/524202/524212 4202/4212
(4) C C (3) B (2)
7042201/704211/704202/704212
(3) C
(4) D
Legenda:
(1) Constituição de depósito com pré-aviso;
(2) Constituição de depósito a prazo;
(3) Especialização de juros, no final do mês antes do seu vencimento
(4) Crédito de juros ao cliente na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no
final do mês anterior e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data.
(5) Vencimento do depósito a prazo e devolução do capital para conta DO.
Nota: na data do vencimento do depósito a prazo, para além do capital, o cliente é creditado
também pelo valor dos juros (lançamento 4).
4010 1100
(4) A A (1) (1) A C+D (3)
A (4)
704010 524010
(2) C (3) C C (2)
(3) D
Emissão de obrigações
24
(1) A B (2) (2) B C (3)
451 4200/4210/1100
(6) A A (1) (3) C D+E (5)
A (6)
70451 52451
(4) D (1) (5) D D (4)
(5) E
Legenda
(1) emissão de obrigações;
(2) subscrição pelos interessados;
(3) Realização ;
(4) Especialização de juros;
(5) Crédito de juros aos obrigacionistas na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no final
do mês anterior e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data;
(6) Reembolso.
Recursos consignados
4602 4200/4210/1210
(4) A A (1) (1) A C+D (3)
A (4)
70451 52451
(2) C (3) C C (2)
(3) D
Legenda
Aplicação 2
O senhor Dionísio Quintas procedeu no dia 30 de Agosto de 2002 a abertura das seguintes contas:
Todas as operações foram por débito da suas contas de depósito a ordem nas respectivas moedas:
MZM 356001022001
USD 356001022002
Resolução:
Maputo 30 de Agosto de 2003
transporte
42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42009 Outros 350,000,000
421 Moeda Estrangeira
4210 Depósito a Ordem
42109 Outros 71,160,990
a 42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4202 Depósito a Prazo
42029 Outros 350,000,000
421 Moeda Estrangeira
4212 Depósito a Prazo
42129 71,160,990
Abertura de contas de depósito a prazo MN
e DPA em USD por débito da contas 356001022001 e
356001022002
Aplicação 4
Aplicão 5
Para fazer face aos défices de tesouraria o Banco Lúrio procedeu a tomada de 30.000.000.000,00 do
Banco Zambeze através do Mercado Monetário Interbancário (MMI) por trinta dias e a uma taxa anual
de 16%.
Resolução:
Vence nesta o juro de depósito a prazo do cliente Gomes Garrido conta D.O. número 11025214002 no
valor de 11.332.112,00 e prazo de tomada de recuros do MMI (aplicação 5).
b) Compensação de valores
Tendo em linha de conta que o sistema bancário é composto por diversas instituições, verifica-se, na
prática, que uma elevada percentagem de cheques emitidos por uma instituição de crédito acaba de
reentrar no sistema através de outra, obrigando a circulação de cheques entre várias instituições. Foi
esta razão que foi criado um sistema de compensação de cheques e outros valores.
Aplicação 7
1
assume-se que esta conta foi debitada no registo da remessa dos valores a compensação.
2
esta conta será creditada em contrapartida de várias contas de depósitos, fincando assim saldada.
Consiste na disponibilização pelo banco ao cliente de uma determinada importância por um prazo definido
e mediante remuneração. Esta modalidade subdivide-se em:
Nesta modalidade o banco disponibiliza a um cliente uma certa quantia ficando este obrigado a restitui-la, findo o
prazo acordado, bem como pagar a devida remuneração. A conta de empréstimo não é mobilizável directamente
daí que a sua disponibilização é através da conta de depósito à ordem.
Os créditos por empréstimos constituem o maior parcela dos produtos bancários de concessão de fundos e
caracterizam por ter um plano de amortização preestabelecido, várias formas de reembolso: pagamento do
capital de uma única vez, pagamento periódico de capital e juros ou ainda atribuição de um período de graça ao
cliente em que durante o qual não há produção de juros sobre o capital.
Para minimizar o risco da operação os bancos geralmente exigem garantias, que podem ser de várias formas,
nomeadamente: garantia do Estado, hipoteca, etc.. Existe casos em que se concede crédito sem garantia, em
função do grau de confiança que a instituição tem com o cliente e o nível do risco envolvido.
Uma das modalidades de crédito por empréstimo muito usado por empresas para cobrirem as suas dificuldades
de tesouraria pontuais é o descoberto autorizado, em que o banco permite que um cliente saque um
determinado montante, para além do saldo existente na sua conta.
Esquematicamente, o tratamento contabilístico dos créditos por empréstimo pode ser representado como se
segue:
(1) Débito de preparos ou comissões, como é muitas vezes designado (quantia A);
Disponibilização do crédito na conta do cliente. No caso de descoberto autorizado, o cliente utiliza
normalmente a sua conta de depósitos a ordem e periodicamente o banco transfere os saldos devedores da conta
DO para a subconta apropriada da 220 ou 221 e debita a conta do cliente pelos juros e no final do contrato o
cliente amortiza a totalidade do saldo a descoberto;
(2) especialização de juros;
(3) Débito da conta do cliente pela prestação vencida constituída pelo: prestação do capital, juros especializado no
final do mês anterior, juro produzido ao longo do mês corrente.
Aplicação 8
A Comissão de Crédito do Banco Alta Visão apreciou e aprovou a 1 de Julho de 2003, os seguintes
contratos de empréstimos com várias entidades:
1. Com a Sociedade de Tabacos Sul: um descoberto autorizado com limite mensal de 800.000
contos a taxa de juro de 17% anual;
2. Com Green Fishers: Um em empréstimo de 1.200.000 contos por um ano segundo uma taxa
de juro de 30% com amortizações mensais. A garantia é um aval duma empresa associada do
mutuário. O plano de amortização está conforme a tabela abaixo:
3. Com Maputo Pub: Um empréstimo de 3.000.000 por 5 anos. A taxa de juro é Maibor 12 meses
+ 5%. Amortizações trimestrais com parcelas de capital iguais. Preparos 2% do empréstimo. A
garantia é a hipoteca do edifício que serve de escritórios. A primeira prestação vence daqui a
30dias.
22 Crédito a Residentes
220 Moeda Nacional
2200 Curto Prazo
2008 Outras Garantias 1,200,000
2201 Médio e Longo Prazo
22012 Garantia de Hipoteca 3,000,000
a 42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42001 Empresas 4,200,000
Pelo desembolso do crédito
Aplicação 9
Vence as primeiras prestações dos créditos concedidos a Green Fishers e Maputo Pub (aplicação
7), tendo sido feitos os débitos nas respectivas contas DO. Relativamente ao descoberto
autorizado a Sociedade de Tabacos Sul, o valor a descoberto monta 639.000 contos e a empresa
fez a respectiva regularização.
A importância poderá ser creditada numa conta especial, chamada crédito em conta corrente
que o cliente utilizará levantando fundos directamente ou por transferência para a sua conta DO.
O reembolso do crédito pode ser feito pr duas maneiras diferente: liquidação integral de uma só
vez ou o cliente faz entregas para reduzir o saldo devedor da conta corrente até a sua extinção.
893 80220xxx/80221xxx
A (1) Jn (3)
J (4)
809200 53220xxx/53221xxx
B (1) (3) Jn Jn (4)
Legenda
(1) Débito de preparos ou comissões, como é muitas vezes designado (quantia A) e comissão
de imobilização de conta (quantia B). as comissões de imobilização da conta são
normalmente debitados para os casos de crédito em conta corrente (caso o contrato de
mutuo assim determinar), podendo ser no início do contrato ou mensalmente em caso de o
valor contratado não for utilizado pelo cliente;
(2) Disponibilização do crédito na conta do cliente. Neste caso, de crédito em conta corrente a
disponibilização do valor do crédito ocorre mediante a solicitação do cliente e no valor
desejado e o juro irá recair sobre o montante utilizado;
(3) especialização de juros;
(4) Débito da conta do cliente pela amortização do crédito (totalidade do crédito utilizado ou
parte deste), juros especializado no final do mês anterior, juro produzido ao longo do mês
corrente. O débito do juro e a amortização do crédito utilizado não ocorre necessariamente
ao mesmo tempo, salvo no fim do contrato.
Aplicação 10
A Quimigal Comércio Geral, tem encomendas no valor de 580.000 contos, neste momento está
com estrangulamentos de tesouraria que a leva a ter dificuldades para a compra de matérias
primas. Para solicionar o problema negociou com o Banco Mikaya que este pós a sua disposição
durante seis meses. O crédito vencerá juros, a taxa de 14%, calculados sobre o saldo devedor da
conta e uma comissão de imobilização mensal de 5% sobre o valor da crédito.
Aplicação 11
No final do mês, o saldo da conta era 211.960 contos e o juro total era de 4.305 contos. Foi feito o débito de
juros e da respectiva comissão de imobilização.
Resolução
valores em contos
Maputo 30 de Setembro de 2003
Transporte
42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4209 Outros Depósitos 401,345
a 22 Crédito a Residentes
220 Moeda Nacional
2200 Curto Prazo
22009 Sem Garantia
220092 Créditos em Conta Corrente 368,040
a 80 Juros e Proveitos equiparados
802 Aplicações
8022 Crédito a Residentes
80220 Moeda Nacional
802200 Curto Prazo
8022009 Sem Garantia
80220092 Créditos em Conta Corrente 4,305
a 82 Comissões
829 Outras Comissões 29,000
Pela regularização da conta corrente, débito de comissões e juros.
O crédito por desconto contrato em que o banco antecipa o valor do crédito ao seu titular deduzido do
correspondente juro e eventuais despesas, transmitindo lhe este o respectivo crédito que vai cobrar na
data do vencimento.
As operações de desconto recaem com maior frequência sobre créditos titulados, tais como letras e
livranças através do endosso dos respectivos títulos de crédito ao banco após a realização de algumas
formalidades contratuais.
Após o cumprimento das formalidades o Banco fica com direitos sobre todos os intervenientes no título
descontado (sacador e sacado), isto é, em caso de falta de cumprimento por parte do sacado o
cedente do título tem a obrigação de restituir o montante adiantado pelo banco.
4200/4210 220xxx/221xxx
(3) C C-J-A-B (1) (1) C C (3)
893 80220xxx/80221xxx
A (1) Jn (2)
8251 55220xxx/55221xxx
B (1) (2) Jn J (1)
Legenda
(1) concessão do crédito por desconto, sendo: (C – (J+ A + B)) o líquido produto do desconto creditado na
conta do cliente, A - preparos e portes, B comissões de cobrança, J o juro (calculado em função do
tempo que falta para o vencimento da letra);
(2) Imputação do juro deferido aos proveitos, proporcionalmente ao prazo do crédito;
(3) Pagamento do valor da letra pelo aceitante, por débito em conta podendo ser também por cheque sobre
outros bancos (1111) ou transferência bancária (recebido na compensação).
Após a celebração do contrato de mútuo entre o Banco Zumbo e A Zambeze Industrial este apresentou os
seguintes Letras para serem descontados:
Após uma apreciação municiosa da proposta a mesma foi aprovada e creditado na conta depósito do
cliente, nas seguintes condições:
Resolução:
Maputo 30 de Setembro de 2003
Transporte
22 Crédito a Residentes
220 Moeda Nacional
2200 Curto Prazo
22009 Sem Garantia
220090 Descoto 456,000
a 42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42001 Empresas 421,242
a 80 Juros e Proveitos equiparados
802 Aplicações
8022 Crédito a Residentes
80220 Moeda Nacional
802200 Curto Prazo
8022009 Sem Garantia
80220090 Desconto 16,578
a 82 Comissões
825 Prestação de Serviços
8251 Cobrança de Valores 15,900
a 89 Outros Proveitos e Lucros
893 Reembolso de Despesas 2,280
Pelo descontos de vários efeitos
Ao contrário do que acontece com o crédito por desembolso, o crédito por assinatura não implica
uma saída de fundos, o banco garante, perante terceiros, o bom cumprimento de uma obrigação
do seu cliente em troca de uma comissão. Contudo, a instituição financeira pode ser chamado
caso o seu cliente falte ao compromisso.
Em termos de relevação contabilística, haverá lugar ao registo de uma comissão ( conta 820
Garantias prestadas) e da respectiva responsabilidade potencial assumida pelo banco em contas
de ordem (classe 9).
Aplicação 13
A Pedreira de Goba candidatou-se ao fornecimento de pedras na construção de uma ponte sobre o Rio
Maputo. A entidade responsável pela obra exige como garantia do cumprimento do fornecimento um
depósito de 100.000.000,00. A Pedreira não está em condições de imobilizar este valor, pelo que
solicitou ao Banco Progresso uma garantia bancária e este aceitou mediante uma comissão de 1%. Na
mesma ocasião solicitou ao Banco que avalizasse uma letra no valor de 50.000.000,00 a uma
comissão de 5%. A garantia e o aval foram aprovados em 30 de Setembro de 2003.
Resolução:
Valores em contos
Maputo 30 de Setembro de 2003
Transporte
42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42001 Empresas 3,500,000
a 82 Comissões
820 Garantias Prestadas
8200 residentes
82000 Garantias e avales 3,500,000
Débito da conta do cliente Pedreira de Goba
pela comissão da sua garantia bancária
Nota: haverá lugar ao registo na conta 9000 – Garantias e avales pela responsabilidade potencial
assumida.
Os bancos para além de aplicar os seus recursos nas operações de crédito a clientes, aplicam também
no mercado monetário interbancário e em valores imobiliários.
Resolução:
Valores em contos
Maputo 26 de Setembro de 2003
transporte
20 Aplicações Em Instituições de Crédito no Pais
201 Outras Instituições de Crédito
2010 Mercado Monetário Interbancário 30,000,000
a 11 disponobilidades Sobre I. C. No País
110 Banco de Moçambique
1100 Depósitos a Ordem 30,000,000
Nossa cedência de fundos ao B&B
Os produtos ou serviços bancários gerais, de acordo com o território onde se realizam e com o tipo de
moeda usado na transacção, são de dois grupos: domésticos e internacionais.
Enquadra-se neste grupo de operações, todas aquelas que se realizam no território nacional e
expressos em moeda nacional. Entre essas operações estão incluídos a cobrança de conta alheia, as
transferências a crédito, permanentes, electrónicas, electrónicas interbancárias, home-banking,
aluguer de cofres, guarda de valores e administração de propriedades.
a) Cobrança de conta alheia
é a operação pela qual o banco promove a apresentação ou aviso aos aceitantes dos efeitos (letras,
recibos, livranças, etc. ) sobre eles sacados, reclamando-lhes o respectivo pagamento, ou
assegurando o débito em conta se o aceitante tiver conta domiciliada no banco.
O banco pode prestar este serviço para cobrança de letras, extractos de factura, livranças, telefones,
consumo de energia, impostos, etc. A operação proporciona ao banco uma comissão e ao mesmo
tempo garante a entrada de recursos ou evita a sua saída.
Aplicação 15
Resolução:
Maputo 30 de Setembro de 2003
Transporte
10 Caixa
100 Notas e Moedas Nacionais 1,500,000,000
a 42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42001 Empresas 1,500,000,000
Cobrança de fecturas da EDM
________________ ll_________________________
Transporte
42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42001 Empresas 12,300,000
a 82 Comissões
825 Prestações de Serviços
8251 Cobrança de Valores 12,300,000
Cobrança de comissão de prestação de serv.
b) Transferências de valores
O banco pode proceder, por instrução do cliente, a transferência de valores de uma conta para outra
dentro do banco ou para uma outra conta fora do banco. Quando a transferência é entre contas
domiciliadas no mesmo banco, normalmente não se cobra comissões, mas quando é entre contas
domiciliadas em bancos diferentes o banco exige uma remuneração. O procedimento dos bancos
sobre este serviço, pode ter algo a ver com o custo da operação ou pode ser uma maneira de
compensar a perda de recursos.
Os Serviços executados através de ATMs e POS, estão disponíveis nos bancos nacionais, apesar de
ainda apresentarem algumas limitações, por exemplo, as ATM só facultam os serviços de
Contabilísticamente, as operações realizadas nos POS e ATMs são transferência de conta a conta,
uma vez que trata-se de passagem de valores a terceiros.
Aplicação 16
O Banco Zambeze procedeu a execução de uma ordem de transferência dada por Alfeu Mbuyanguana
no valor de 15.000.000,00 para a conta DO de Guebo Honwana no Banco de Limpompo. A comissão
de transferência cobrada foi de 5%.
Resolução:
Maputo 30 de Setembro de 2003
Transporte
42 Depósito de Residentes
420 Moeda Nacional
4200 Depósito a Ordem
42009 Outros 15,750,000
a 58 Outras Contas Internas
582 Compensação de Valores 15,000,000
a 82 Comissões
825 Prestações de Serviços
8255 Transferência de Valores 750,000
Débito da sua conta pela ordem de transf. E da comissão
Maputo 30 de Setembro de 2003
______________________ II ________________________
58 Outras Contas Internas
582 Compensação de Valores 15,000,000
a 11 Disponibilidades Sobre I. C. no País
110 Banco de Moçambique
1100 Depósitos a Ordem 15,000,000
Pela regularização da compensação
c) Aluguer de cofres
Com esta operação o banco faculta ao cliente um cofre para guardar objectos de reduzida dimensão
(títulos, jóias, pedras preciosas, etc.) e o cliente tem uma acesso exclusivo e privativo do cofre
mediante o pagamento de uma comissão e de entrega de uma caução pelas chaves que ficam ao seu
poder durante a vigência do contrato.
Procedemos ao débito da conta do Obadias Guiringane pela comissão anual de utilização do cofre no valor de
5.538.000,00.
Os temas a abordar neste capitulo, prendem-se com operações que, dada a sua natureza, são objecto de um
procedimento contabilístico específico, caso das operações em moeda estrangeira, operações com títulos,
crédito vencido e as respectivas provisões.
Não se pretende fazer um estudo exaustivo sobre a matéria, mas sim um visão geral do assunto de modo a
completar a abordagem da Contabilidade Bancária.
As notas e moedas estrangeiras, são registadas na entrada ao preço de aquisição e as saídas pelo
valor da venda.
No final de cada mês, a existência de moeda estrangeira será avaliada ao câmbio oficial de divisas, do
dia, divulgado a título indicativo pelo Banco de Moçambique e as diferenças apuradas serão relevadas
ma respectiva subconta da conta 720 – Prejuízos e diferenças de reavaliação da posição cambial ou
830 – Lucros e diferenças de reavaliação da posição cambial.
o Consagra a existência de um razão com as respectivas contas para cada moeda, isto
é, razão de USD, MZM, ZAR, etc.;
o Estas razões articulam-se com o razão meticais onde existe a posição cambial com
saldos simétricos ao das posições em moeda estrangeira.
Operação cambial a vista, é uma transação efectuada de imediato, normalmente dois dias após a
data do contrato.
Operação cambial a prazo, é uma transação de venda a preço fixo, cuja movimentação de fundos
será efectuada numa data futura para além de dois dias úteis após a data da contratação.
Operação swap, é uma transação de compra (venda) de uma moeda por outra, a vista e venda
(compra) a prazo do mesmo montante da primeira moeda, em oposição a um montante contratado da
segunda.
Aplicação 18
A empresa de Transportes Marítimos depositou um cheque de USD 50.000 na sua conta de depósitos
a ordem em moeda estrangeira. Câmbio 23.780,00.
Resolução:
Uma vez que a taxa de câmbio tem carácter variável, a posição cambial é sujeito a reavaliação
periódica, segundo os princípios definidos no PCICSF.
Os bancos compram títulos com objectivos diferentes. Assim como os objectivos de aquisição diferem, também
o tratamento contabilístico que o PCICSF lhes dedica, é diverso.
Podemos ter títulos de negociação, de investimento e de participação no capital doutras sociedades. Veja o
quadro abaixo:
De acordo com o tipo de rendimento, podemos agrupar os títulos em três grupos: rendimento fixo (bilhetes de
tesouro, obrigações e certificados de depósito), varíavel (acções e unidades de participação) e fixo e variável
(títulos de participação e unidades de participação).
O PCICSF estipula os seguintes procedimentos para carteira de títulos das Instituições de crédito e sociedades
financeiras:
a. Os títulos de rendimento fixo emitidas com base no valor nominal, são registados ao valor de aquisição.
Os juros corridos, se houver, são contabilizados nos proveitos a receber. A periodificação de juros será
feita com base no valor nominal e na taxa de juro aplicável para o período. O prémio ou desconto
verificado por ocasião da compra será repartido de modo escalonado através da movimentação da
conta 24 – Títulos, por contrapartida da respectiva conta de proveitos ou custos;
b. O valor dos títulos com capitalização de juros deve incluir o montante correspondente à periodificação
dos mesmos;
c. Os títulos emitidos a valor descontado são registados pelo valor de reembolso (valor nominal), sendo o
diferencial entre o valor nominal e o custo de aquisição relevado como “Receitas com proveito deferido”.
No fim de cada mês, os juros corridos são registados nas correspondentes contas de proveitos;
e. Para os títulos que estiverem cotados, a diferença entre o seu valor contabilístico e o valor da cotação
(mais ou menos valia) será relevada na conta 51- flutuação de valores;
Os aumentos patrimoniais resultantes do valor atribuído às novas acções terão como contrapartida as
contas 6130 – Reservas – Reservas de reavaliação – Imobilizações financeiras ou 6139 – Reservas –
Reservas de reavaliação – Outras, consoante se trate de acções pertencentes às rubricas de imobilizações
financeiras ou de títulos. Para que haja lugar à constituição das reservas acima referidas é necessário que a
sociedade que incorpora as reservas no capital social tenha publicado, com referência aos três últimos
exercícios que precederam o ano da incorporação, as contas anuais devidamente certificadas.
Contabilização
a) Aquisição
b) Reavaliação diária
A reavaliação diária é efectuada com base na cotação do mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores
de aquisição presumível de mercado. O resultado da reavaliação resultante da diferenças entre o valor anterior e
o actual de mercado pode levar as seguintes situações:
Esta exigência surge porque, apesar de instituições de crédito, de um modo geral, honrarem os seus
compromissos para com os depositantes, nem sempre acontece por parte dos clientes de crédito que,
por diversas razões nem sempre satisfazem as suas dívidas no respectivo vencimento. Assim os
bancos têm todo o interesse em relevar contabilisticamente o crédito concedido na referida situação.
O Aviso 7/GGBM/2007, estipula que para efeitos do cálculo de provisões para crédito vencido, os vários
tipos de crédito devem ser enquadrados nas classes de risco respectivos, os quais reflectem o
escalonamento do crédito e juros vencidos em função do período decorrido após o respectivo
vencimento ou da data em que tenha sido formalmente apresentada ao devedor a exigência da sua
liquidação. As classes de risco, estipulados pelo Aviso referido acima devem estar, conforme a tabela abaixo:
A prorrogação ou renovação dos créditos vencidos não interrompe a contagem dos períodos referidos
acima e nem isenta as instituições de crédito de constituírem as respectivas provisões, salvo se forem
adequadamente reforçadas as garantias constituídas ou integralmente pagos pelo devedor os juros e
encargos vencidos.
As provisões para o crédito vencido devem apresentar as percentagens mínimas, indicadas na tabela
abaixo, dos respectivos créditos, considerando as classes de risco a que as prestações do crédito
pertencem.
A falta de cumprimento dos compromissos por parte dos clientes de crédito representa perdas para o
banco e segundo regem as normas prudênciais emanadas pelo Aviso 7/GBM/2007 devem ser
a) Crédito vencido
Na constituição de provisões é preciso ter em conta os limites mínimos que são estabelecidos pelo
aviso através referido e os mesmos estão conforme a tabela abaixo:
Como se pode depreender com a leitura da tabela acima as taxas de provisão para de crédito vencido
dependem do prazo da mora e da respectiva garantias, isto é, quanto maior for o prazo em que o
crédito está em mora maior será a provisão a constituir, contudo para prazos de mora iguais existe
diferenciação em função do tipo de garantia.
No caso de prestações vencidas e não cobradas de um mesmo crédito devem ser incluídas na classe
de risco em que se enquadre a que esteja por cobrar há mais tempo.
Para além das provisões para o crédito em mora as instituições de crédito deverão constituir provisões
para riscos gerais de crédito segundo uma taxa de 2% sobre o crédito em situação regular,
vulgarmente chamado de crédito vivo na gíria bancária.
Considera-se que o crédito é de cobrança incerta, sempre que se verifique uma das seguintes
situações:
A percentagem a utilizar para determinação do montante mínimo das provisões para crédito de
cobrança incerta, sobre um determinado cliente, é igual à metade da percentagem média da cobertura
do crédito vencido sobre esse mesmo cliente pelas respectivas provisões.
Para além das provisões para o crédito em vencido e de cobrança incerta, as instituições de crédito
deverão constituir provisões para riscos gerais de crédito segundo uma taxa de 2% sobre o crédito em
situação regular, vulgarmente chamado de crédito vivo na gíria bancária.
Para efeitos do cálculo de provisões para riscos gerais de crédito, é considerado o valor total do crédito
concedido por uma instituição de crédito, incluindo o representado por aceites, garantias e avales
prestados, mas excluindo o crédito vencido e o crédito de cobrança incerta..
O Aviso 7/GBM/2007 estipula que as instituições de crédito que concedam crédito em moeda
estrangeira a mutuários não exportadores devem, no acto da concessão, considerar, para efeitos de
cálculo de provisões regulamentares mínimas, uma provisão específica de 50% do valor concedido.
Sempre que o crédito concedido em moeda estrangeira estiver vencido ou haja fundadas dúvidas sobre
o seu reembolso ou ainda se decorrerem 30 dias após a data de reembolso de pelo menos uma
prestação, o mesmo deverá ser coberto por provisões conforme a tabela seguinte:
De acordo com o PCISF, após o vencimento o crédito se a prestação não for paga o capital vencido e
os respectivos juros, devem ser contabilizados nas diversas subcontas da conta 28 Aplicações e Juros
Vencidos, sendo o capital na conta 2820 e os juros na conta 2821 Juros. Para a contabilização das
provisões estão previstas as contas: 29 – Provisões Acumuladas; 64 – Provisões Diversas; 79 –
Dotação para Provisões; 84 – Reposição e Anulação de provisões. Esquematicamente teríamos
7990 8490
(8) F H (10
Legenda
Aplicação 20
Carteira de crédito
Classe de Risco Valor Provisão
Capital Juros existente
Crédito Normal 30.598.155 611.963
Classe I 2.388.432 135.344 493.609
Classe II 589.300 83.484 378.134
Classe III 818.302 255.037 1.073.339
34.394.189 473.866 2.557.046
Carteira de crédito
Classe de Risco Valor Provisão
Capital Juros existente
Crédito Normal 39.777.602 611.963
Classe I 2.507.854 142.112 493.609
Classe II 559.835 79.310 378.134
Classe III 654.642 204.030 1.073.339
43.499.932 425.452 2.557.046
Outras informações:
Ao longo do mês de foi abatido da carteira, um conjunto de créditos com mais de um ano de mora no
valor de 73.704 ( capital) e 48.414 (juros).
Resolução:
Aplicação 21
O inventário da carteira de crédito do Nosso Banco apurou a seguinte informação constante na tabela
abaixo.s em contos):
Classe de risco
Caracterização do Crédito Normal Classe I Classe II Classe III
crédito Capital Provisão Capital Juros Provisão Capital Juros Provisão Capital Juros Provisão
Com Garantia de
Hipoteca 225.047 3.601 2.250 128 362 1.125 164 581 563 181 846
Com OutrasGarantias 1.125.237 20.254 11.252 638 2.255 5.626 820 3.992 2.813 903 4.228
Sem garantia 270.057 4.861 2.701 153 732 1.350 197 698 675 217 1.015
Total 1.620.341 28.716 16.203 918 3.350 8.102 1.181 5.271 4.051 1.300 6.088
As políticas do Banco estabelecem que o juro vencido não pago deve ser aprovisionado em 100% e a
restante carteira é aprovisionado de acordo com o Aviso 7/GBM/2007.
Resolução:
Provisões
Crédito Normal
Classe I Classe II Classe III
Caracterização do crédito Exist. Nec. Ref/An. Exist. Nec. Ref/An. Exist. Nec. Ref/An. Exist. Nec. Ref/An.
Com Garantia de Hipoteca 3.601 4500,95 900 362 465 103 581 727 145 846 743 (102)
Com OutrasGarantias 20.254 22504,7 2.250 2.255 2.888 633 3.992 3.634 (359) 4.228 3.716 (512)
Sem garantia 4.861 5401,14 540 732 828 96 698 872 174 1.015 892 (123)
Total 28.716 32406,8 3.691 3.350 4.181 832 5.271 5.232 (39) 6.088 5.350 (738)
0
7990 8402
(b) 3.691 1.096 (c)
Aplicação 22
No final do mês de Outubro de Na carteira de crédito do Banco Nacional eram conforme a tabela abaixo:
Carteira de credito
Crédito Crédito vencido
Caracterização do Normal Classe I Classe II Classe III
crédito Capital Capital Juros Capital Juros Capital Juros
Com Garantia de Hipoteca 94.520 945 54 473 69 236 76
Com OutrasGarantias 472.599 4.726 268 2.363 345 1.181 379
Sem garantia 113.424 1.134 64 567 83 284 91
Total 680.543 6.805 386 3.403 496 1.701 546
Outras Informações:
O Banco não tinha constituído nenhuma provisão desde que iniciou as suas actividades e não tinha
nenhuma política de provisões.
Contabilização:
640
13.611 (b)
5.1 Compreensão
Um aspecto importante a ter em conta no final do ano, é a imputação ao exercício económico que termina, todos
os seus custos e proveitos que só a ele dizem respeito (princípio de especialização do exercício).
Este princípio doutrinário está explícito no Código do IRPC e no PCICSF. Para as empresas bancárias darem
cumprimento ao disposto no Código do IRPC e no PCICSF, é necessário desenvolverem as seguintes tarefas:
Representação esquemática:
Balanço Anual
Balancete
Final
Demonstração de resultados
• Ocorrência de falhas de caixa; diferenças nas contas com outras instituições de crédito, , etc.;
• Registos de despesas ou receitas ocorridas no exercício, mas que são custos ou proveitos imputáveis
ao exercício seguinte (Ex: juros antecipados, prémios de seguros pagos antecipadamente, etc.);
• Serviços e fornecimentos (água, electricidade, telefones, etc.), imputáveis ao exercício, mas que ainda
não foram pagos;
• Amortizações e reintegrações do exercício e
• Provisões
Tal como qualquer unidade económica, as instituições de crédito, no seu funcionamento normal assumem um
conjunto de custos que resultam na remuneração de factores produtivos que utilizam, tais como: recursos
financeiros, recursos humanos, serviços e produtos fornecidos por terceiros.
Estes custos constituem uma componente dos resultados do respectivo exercício. A sua relevação
contabilística é conforme a sua natureza, através de rubricas que constituem a classe 7 - Custos por Natureza
do PCICSF. Assim nesta classe temos:
Vimos no tópico anterior que para desenvolverem a sua actividade, as instituições de crédito consomem bens e
serviços que lhes acarretam um conjunto de custos, mas também, como qualquer outra entidade económica, a
utilização desses bens e serviços é fundamental na produção de outros bens e serviços que, uma vez colocados
no mercado, geram proveitos indispensáveis para a cobertura dos custos, remuneração do capital e reforço da
solidez financeira.
O conjunto desses custos e proveitos, que genericamente, não são mais do que a remuneração dos produtos e
serviços bancários colocados a disposição do público, que, de acordo com o PCICSF, são relevados, segundo a
sua natureza, através das contas da classe 8 – Proveitos por natureza.
Registar custos e proveitos não é suficiente, é preciso compara-los de modo que possa conhecer o resultado
da actividade e a situsação financeira da instituição.
De acordo com a legislação em vigor, as instituições de crédito devem proceder ao apuramento de resultados
duas vezes por ano. O esquema de apuramento é conforme ao exposto na seguinte:
68 Imp. S/Lucros
69 Resultado do Exercício
62 Resultados Transitados
As demonstrações financeiras básicas são o balanço e a demonstração de resultados e para caso das
instituições de crédito esses elemento devem ser publicados semestralmente acompanhados de um leque de
informações, tais como: parecer do conselho fiscal, conclusões do relatório dos auditores, provisões
constituídas, indicação do montante dos títulos emitidos, etc..
5.6.1 Balanço
O PCICSF consagra um balanço na base do critério contabilístico por natureza, entretanto para efeitos de
gestão as instituições de crédito poderão elaborar balanços na base de critérios de estatísticas monetárias e
financeiras, económico ou de rentabilidade, Financeiros ou de liquidez.
O balanço na base do critério contabilístico por natureza já foi discutido no capítulo sobre o PCICSF.
O balanço de acordo com o critério estatístico e monetário é sistematizado de acordo com os sectores da
economia, como indica a tabela abaixo:
Activo = Passivo
1. Reservas 6. Responsabilidade Monetárias
2. Disponibilidades sobre o Exterior 7. Responsabilidades Quase Monetárias
3. Crédito a Residentes 8. Responsabilidades não Monetárias
4. Disponibilidades S/ Instituições Monetárias 9. Recursos Próprios e Resultados
5. Diversos 10. Diversos
Este critério está na base do instrumento de política monetátria utilizado na fixação de limites de crédito.
O critério económico ou de rendibilidade o que determina o equadramento das contas no balanço é a ligação
dos elementos patrimoniais a função financeira da instituição, assim o balanço tem a seguinte configuração:
Activo = Passivo
• Activos Rendíveis ou ligados a Actividade • Passivos Onerosos
Financeira • Outros Passivos
• Outros Activos • Situação Líquida
o Inicial
Adquirida
O critério Financeiro ou de Liquidez sitematiza os activos de acordo com o grau de liquidez e os passivos de
acordo com o grau de exibilidade.
O apuramento de resultado do exercício é apresentado através do mapa que consta no PCICSF que constitui
uma peça de publicação obrigatória. O referido modelo apresenta uma disposição horizontal e, tal como o
balanço, contém uma coluna reportando ao ano anterior o que permite efectuar uma análise comparativa, ao
nível dos custos e proveitos.
Demonstração de Resultados
Rúbricas Ano 2 Ano 1
1. Juros e proveitos equiparados
2. Juros e Custos Equiparados
3. Margem Financeira Bruta (1-2)
4. Outros Proveitos e Lucros
5. Reposição e Anulação de Provisões
6. Comissões
7. Marg. Fin. Liquida ou Prod. Bancário (3+4+5-6)
8. Custos Administrativos
Custos com pessoal
Fornecimentos e Serv. Terceiros
9. Resultado antes das Amort. E Prov.(7- 8)
10. Dotações para Amortizações
11. Dotações para Provisões
12. Resultado de Exploração (9-10-11)
13. Ganhos Extraodinários
14. Perdas Extraodinárias
15. Resultado antes dos Impostos(12+13-14)
16. Imposto sobre Lucros (35%)
17. Resultado do Exercício(15-16)
Importa referir que as instituições de crédito tem procederem trimestralmente ao apuramento provisório
de resultados para efeito de publicação das suas demonstrações financeiras, contudo o trabalho mais
profundo tendente ao apuramento de resultados é feito no final do ano.
Admitindo que os custos e proveitos por natureza já foram transferidos para a conta 650 - Resultados correntes
do exercício, faça no razão esquemático, o apuramento final do resultado do exercício.
69 Resultado do exercício
O Banco de Bilibiza, no balancete, entre outros, os seguintes valores com referência a 31 de Dezembro de 2003,
antes do apuramento de resultados (valores em milhões de meticais):
Pretende-se
Resolução
a)
70 - Juros e custos equiparados 71 - Comissões 72 - Prej. Operações Fin.
67.000 67.000 (a) 3.500 3.500 (b) 230 230 (c)
Rúbricas
1
Juros e proveitos equiparados 103.000
2
Juros e Custos Equiparados 67.000
3
Margem Financeira Bruta (1 - 2) 36.000
4
Lucros em operações financeiras 7.400
5
Prejuízos em operaões financeiras 230
6
Margem financeira alargada (3+4-5) 43.170
7
Outros Proveitos e Lucros 1.000
8
Comissões cobradas 16.600
9
Comissões pagas 3,500
10
Margem Financeira Liquida ou produto bancário (6+7+8-9) 57.270
11
Custos Administrativos 17.600
Custos com pessoal 13.000
Fornecimentos e Serv. Terceiros 4.600
13
Resultado antes das Amort. E Prov. (10 - 11) 39.670
14
Dotações para Amortizações 1.260
15
Dotações para Provisões 16.600
16
Resultado de Exploração (13 –(14+15)) 21.810
17
Imposto sobre Lucros 3,817
18
Resultado do Exercício (16 – 17) 17.993
19
Cash Flow do Exercício (18 +14+15) 35.853
I
O Banco de Bilibiza, realizou durante o dia de ontém, de entre outras as seguintes operações (valores
em contos):
1. Recebeu um depósito do seu cliente G&G SARL na sua conta a Ordem em moeda nacional,
constituído pelos seguintes valores:
a. Um cheque do Banco BKM 320.153;
b. Numerário 21.220;
2. B & B, Lda instrui-lhe para transferir da sua conta de depósitos a ordem USD20.0003 para a
constituição de um depósito a prazo em MZM;
3. Recebeu um nota de crédito do BM no valor de 6.352 pela regularização da comissão de
participação na central de risco debitada em excesso, no mês de Dezembro de 2004. O Banco
não tinha verificado o erro.
4. Instrui o Banco de Moçambique para debitar a sua conta em 12.223.000 mais juros a taxa de
18% anuais, por 7 dias4, pelo reembolso do capital mais juros. O valor foi tomado do Banco
Verde, através do MMI.
5. Recebeu, por crédito da sua conta no First National Bank na RSA, EUR 900.000 do
Development Bank da Suiça, destinados a financiar investimentos em activos fixos do Sector
Agrícola Nacional.
6. Foi lhe devolvido por falta de provisão, através da Camara de Compensação, um cheque no
valor de MZM 160.000 sacado sobre o Banco Alegre e depositado pelo nosso cliente Jorge
Olho Vivo
Pretende-se: a contabilização das operações no Rãzão.
II
1. Considere algumas operações realizadas pelo Instituto de Crédito de Moçambique SARL, ao
longo do mês de Fevereiro de 2005
a. Regularização do saldo devedor de 360.000 contos da DO da Sociedade de Agrícola
de Pessene, SARL, uma vez terminado o prazo acordado com este cliente para saques
a descoberto. O cliente efectuo seguidamente um depósito de 400.000 contos e foi lhe
debitado, para além do montante utilizado a descoberto, juros no valor de 5.540
contos.
b. Enviou uma nota de lançamento a Green Fisheries no valor de 352.119 contos
correspondente ao débito efectuado na sua conta para o pagamento de uma prestação
do empréstimo concedido por 5 anos cuja garantia foi um imóvel da empresa.52.328,
contos correspondente ao juro.
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Câmbio: 18.430,00
4
utilize o ano civil
III
Considere algumas das operações realizadas pelo Banco Moçambicano em 15/02/05
1. O nosso clientes M&R, instruiu-nos, que por débito da sua conta transferirmos MZM
550.000 contos para a conta DO de Gomes Pires no Banco de Maxixe. Debitamos a
sua conta para além do valor solicitado, 11.000 de comissões;
3. G & B Importadores Associados Lda, instruiu-nos, para transferir ZAR 150.000 por
débito da sua conta na mesma moeda. Debitamos também a sua conta DO em MZM
24.075 contos de comissão e ainda 2.000 contos de despesas de selagem.
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Câmbio GBP/MZM 26.230
IV
Do Inventário da carteira de crédito do Banco Cresça & Cresça obtivemos a informação seguinte:
Situação da carteira de crédito e provisões em 31 de Março de 2008
Caracterização do Crédito
Crédito Sem Mora I II III
Hipteca de 263,419,520 13,102,290 4,544,669 1,593,430
Habitação
do Mutuário
2,784,223,647 12,409,869 6,217,698 4,137,459
Com Outras
Garantias
156,161,536 7,522,839 2,114,215
Sem Garantias
Provisão a Existente 46,114,141 13,776,811 2,825,999 1,667,087
1. Considera as operações realizadas pelo Banco da Alegria durante o mês de Novembro de 2003:
a. João Carlos abre uma conta de depósitos a ordem e entrega para o efeito os seguintes
valores:
• Numerário 15.000.000;
• Um cheque sacado por Faruk Badade sobre a sua conta DO no Banco de
Alegria no valor de 5.000.000 e
• Um cheque sacado por Bartolomeu Dias sobre o BDI no valor de 3.000.0000.
e. Enviou uma nota de crédito a Compahia de Seguros O Futuro Hoje no valor de 32 520.000
refente a juros de um valor entregue para concessão de empréstimos aos seus trabalhadores.
Empréstimo
Data de inínicio 1/3/2003
Entidade ORION
Valor 2 000 000 contos
Prazo 4 anos
Amortização trimestral de capital e Juros
Taxa de juro anual 5%+Maibor de 3 meses
Comissões e preparos 1% do valor do empréstimo
Valor da prestação 522 423 contos
Garantia Hipoteca
Em 1 de Julho de 2001 após negociações com a ULC a Bejú decidiu não exercer a opção de compra pelo que
devolveu o bem
Pretende-se:
a) O plano Financeiro
b) O registo dos movimentos relativos a operação no diário da ULC – Leasing durante o exercício
económico de 1998
c) O processo de devolução em 1/07/01
Contrato de Factoring
Entidade: Pescamar, SARL
Data do contrato: 1 de Novembro de 2000
Valor do contrato: 450.000 contos
Cobrança de créditos sem recurso
Perio de vencimento: 90 dias
Taxa de juro anual: 12%
Comissão de cobrança e prémio de seguro: 2%
a) As aplicações no MMI foram feitas em 10 de Novembro do corrente ano e são remuneradas a uma
taxa de 20% anual;
b) O juro do mês de Dezembro do crédito a residentes que só vencerá no mês seguinte é de 7.258 mil
contos;
e) Os recursos do MMI foram tomados em 12 de Dezembro do ano corrente a uma taxa de 18%;
Pretende-se:
o A regularização das contas;
o Os lançamentos de apuramento de resultados;
o O balanço e a demonstração de resultados dinámica.