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INTRODUÇÃO:
Depois de uma longa pesquisa sobre o tema em causa, surge então a questão que tem como
objectivo ser orientadora e mostrar de que forma as energias alternativas tem vindo a evoluir e
podem ser úteis às sociedades mundiais. Abordarei também, o tema ambiente e as suas
organizações, a biodiversidade, desenvolvimento sustentável, reciclagem, poluição/despoluição,
aterros sanitários, desflorestação, exaustão dos solos, biotecnologia, desertificação,
transgénicos etc.
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impacto político e social nas classes média e alta, assumindo por isso um certo
elitismo; na Europa é mais visto como um "movimento social", ao lado do feminismo ou do
pacifismo, por exemplo. O ambientalismo, surgido a partir dos anos 60 e 70, tem-se enquadrado,
nos últimos vinte anos, em várias ONG's, que centram a sua luta essencialmente nos seguintes
temas:
A questão do desenvolvimento sustentável não surgiu, no início dos anos 90, por acaso. De
facto, se as décadas anteriores foram, por um lado, de forte crescimento económico, também se
caracterizaram por grandes e frequentes atropelos do meio ambiente (como, por exemplo,
poluição, destruição de florestas e extinção de espécies animais e vegetais). Por outro lado, a
consciência ecológica das populações foi ganhando forma ao longo das décadas de 70 e 80, de tal
modo que se tornou capaz de exercer pressão sobre os responsáveis políticos no sentido de
tomarem iniciativas de preservação do ambiente.
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Energias renováveis: Actualmente, cerca de 95% da energia utilizada é
proveniente de carvões minerais, petróleo e gás natural, isto é, de fontes de energia não
renováveis. Torna-se cada vez mais claro que a produção de carvão, petróleo e gás natural não
pode continuar indefinidamente, pelo que a necessidade de encontrar energias alternativas e
renováveis é cada vez maior. Das alternativas possíveis, as mais estudadas são a energia solar, a
eólica, a hidroeléctrica, a geotérmica e a das marés.
O termo energia solar refere-se geralmente à utilização directa dos raios solares na produção
de energia. Os sistemas mais elaborados para utilizar este tipo de energia implicam a utilização
de um colector solar. Estes colectores são normalmente painéis grandes, negros, recobertos por
vidro ou outra superfície transparente. O calor captado no sistema pode ser transferido pela
circulação de ar ou de um fluído líquido, que circula em tubos no painel. Os colectores solares são
utilizados para aquecimento do ambiente interior e da água, para consumo doméstico ou
comercial.
Este sistema é aplicável em zonas com grandes períodos de sol. Tem a vantagem de a
energia solar ser gratuita mas o inconveniente de os colectores solares ainda constituírem um
investimento elevado. Em Israel, por exemplo, cerca de 20% das casas são equipadas com algum
tipo de dispositivo solar. A utilização crescente desta energia pode vir a verificar-se à medida
que o preço dos combustíveis for subindo.
Outro tipo de colector solar utiliza células que captam a energia solar e a transformam
directamente em electricidade. Actualmente é só utilizada em calculadoras e veículos espaciais.
O futuro desta tecnologia é incerto, pois, além de ser relativamente ineficiente, as células são
muito caras e são facilmente deterioradas. A energia eólica já é utilizada há muitas centenas de
anos como a forma de energia mais barata e também menos poluente. Era utilizada para extrair
água dos poços e para produzir electricidade. Contudo, a abundância de petróleo que surgiu no
fim da Segunda Guerra Mundial fez regredir muitíssimo esta utilização. A energia do vento faz
girar turbinas, que por sua vez geram electricidade. O futuro da energia eólica é promissor, mas
não é isento de dificuldades. Há muitos problemas técnicos para resolver na construção das
turbinas.·
As populações têm utilizado as quedas de água como uma fonte de energia já há muitos
anos. A energia gerada pela queda de água é utilizada para movimentar turbinas e produzir
electricidade. A energia hidroeléctrica é uma energia renovável, mas as barragens construídas
para a sua produção têm um tempo de duração limitado. Todos os rios transportam sedimentos
que podem assorear o lago da barragem. Calcula-se que este processo demore entre 50 a 300
anos. Um exemplo de assoreamento é a barragem de Assuão, no Egipto, construída em 1960 e que
se prevê que em 2015 tenha metade do reservatório preenchido por sedimentos transportados
pelo Rio Nilo. A determinação de locais capazes é um factor limitante para o desenvolvimento em
larga escala da produção de energia hidroeléctrica.
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câmara magmática), tem-se procurado aproveitar o calor que se liberta até à
superfície sob a forma de vapor. Pode também ser aproveitado o calor absorvido pelas águas
subterrâneas, de circulação resultante da água da chuva, que se infiltram e ficam em contacto
com rochas a altas temperaturas.
O maior problema para a expansão deste tipo de energia é que são limitadas as zonas onde
as águas subterrâneas e as rochas a elevadas temperaturas ou os magmas se encontram em
conjunto. Alguns peritos admitem que futuramente a energia geotérmica poderá satisfazer cerca
de 20% das necessidades energéticas mundiais. Com a prevista diminuição da produção de
petróleo, tem sido dedicada grande atenção à energia que pode ser obtida aproveitando as marés
oceânicas. A obtenção de energia das marés começa pela construção de um açude na entrada de
uma baía ou de um estuário, numa costa onde a variação das marés seja significativa. As
variações das marés implicam variações no nível da água. O forte vaivém do fluxo da água pode
ser utilizado para mover turbinas e geradores eléctricos. A estimativa potencial da energia das
marés está calculada em 635 000 giga watts, o equivalente a mais de um milhar de milhões de
barris de petróleo.
Podem perguntar-se porque é que este tema (energias renováveis é tão importante para
nós. Somos neste momento 6 biliões de pessoas, 4,8 milhões das quais a viver em países
subdesenvolvidos. 2 Biliões de pessoas não tem acesso adequado a fontes de energia. Uma
percentagem totalmente desproporcionada do seu tempo é gasto à procura de combustíveis, de
maneira a poderem cozinhar e iluminarem-se. Isto acarreta, devido ao uso de combustíveis
perigosos, ineficientes e caros, graves consequências ambientais e de saúde. Estima-se que
morrem 4 a 5 milhões de crianças por ano apenas devido a ambientes perigosos no interior das
suas casas.
Nos próximos 25 anos seremos mais 2 biliões de pessoas, 97% dos quais em países
subdesenvolvidos. Isto significará uma pressão enorme nos recursos que temos disponíveis: água,
comunicações, energia. O problema da energia assume contornos ainda mais prementes quando
pensamos nas consequências que o seu mau uso acarreta: problemas de saúde, problemas
ambientais. Por isso penso que este tema tem uma importância extraordinária e que a adopção de
energias renováveis tem que necessariamente ser acelerada. Nos países em vias de
desenvolvimento, a criação de fontes de energia sofre um aumento anual de 75000MWatts, em
que apenas 1000 MW provêm de energias renováveis. E isto num contexto em que as próprias
multinacionais da área de energia admitem que daqui a 25, 50 anos, 50% da energia terá que vir
forçosamente de energias renováveis.
Portugal parece empenhado no que diz respeito a energias alternativas, no início do ano de
2005 Portugal instalou o primeiro Pelamis e estimava-se que até ao final do ano de 2008 tivesse
instalado três Pelamis. O Pelamis é um sistema que consiste na conversão da energia das ondas,
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sendo uma das mais avançadas tecnologias de aproveitamento desta energia.
Tendo uma capacidade de gerar 2,25 MW de electricidade para a rede, o que corresponde a
gastos de 1500 habitações em Portugal, o que equivale a emitir menos 6 mil toneladas de
emissões de dióxido de carbono (CO2. Curiosamente a tecnologia das ondas não é das mais
referidas quando se fala em energias renováveis, mas Portugal é um dos países do mundo com
maior potencial para o aproveitamento deste recurso. E talvez seja uma forma de controlar a
erosão costeira. A União Europeia não vai conseguir atingir as metas estabelecidas para a
produção de energia a partir de fontes renováveis, se mantiverem os actuais níveis de
financiamento. O alerta é feito pela Agencia Europeia de Ambiente num estudo comprovativo
entre os níveis de subsídios às energias convencionais e às limpas.
O aumento considerável do preço do petróleo nos últimos anos veio reforçar o argumento
dos defensores da energia renovável. Tanto mais que existem estudos que apontam para uma
possível nova crise do petróleo dentro de poucos anos. Muitos cientistas prognosticam um
esgotamento das reservas mundiais a partir de 2016, o que levará a um aumento drástico dos
preços do ouro negro, com consequências catastróficas para a economia mundial. Actualmente,
são consumidos 80 mil milhões de barris de petróleo por dia, com tendência a crescer. É muito
natural que com a queda actualmente do petróleo este tipo de energias volte a ficar relegado
para segundo plano.
Um dos motivos pelos quais a Alemanha se empenha a fundo pelas energias renováveis
prende-se com a necessidade de cortar as emissões de gases tóxicos que ameaçam o clima
mundial. No âmbito do protocolo de Quioto, a União Europeia, ainda dos 15 comprometeu-se a
reduzir, entre 1990 e 2008, em 8% (337 milhões de toneladas) as emissões de gases com efeito
de estufa. A Alemanha assumiu dois terços desta redução (225 milhões de toneladas). Portugal, a
Espanha, a Grécia, a Irlanda e a Suécia, obtiveram o direito de aumentar as suas emissões
dentro de certos limites. O resultado intermediário é de mau augúrio para o cumprimento da
meta auto – imposta: até 2001, as emissões na Europa tinham sido reduzidas em 2,3%, valor que
se ficou a dever quase exclusivamente a desenvolvimentos na Grã-Bretanha e na Alemanha. E
mesmo neste país, o factor, não exclusivo, mas primordial, para as reduções, foi o colapso
completo da indústria obsoleta e altamente poluente na Alemanha do Leste. Na Áustria e na
Itália verificou-se um aumento das emissões, em vez do recuo planeado. A Espanha, Portugal e
Irlanda, há muito que ultrapassaram os limites autorizados.
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que toca às renováveis, o vento assume lugar de destaque: a Alemanha produz um
terço da energia eólica do mundo. O país é igualmente o segundo maior produtor de energia solar,
a seguir ao Japão. Porém, levantam-se críticas sérias à política de fomento do Estado para
energias renováveis, seja eólica, solar, geotérmica ou de bio- massas. Segundo os analistas, as
indústrias à partida dependentes de subsídios, não podem sobreviver. O ministério do Ambiente,
alemão reagiu, apontando 120.000 novos postos de trabalho criados nos últimos anos neste
sector, e prometeu mais 400.000 até 2020. A indústria de energias alternativas factura
anualmente, dez mil milhões de euros, valor que deverá quadruplicar dentro de 15 anos. O
governo pretende que as renováveis representem 20% do total do consumo nacional de energia
até 2020. Berlim realça ainda a importância crescente da exploração das novas tecnologias deste
ramo, factor que não terá sido completamente alheio à decisão de Berlim ter organizado a
gigantesca conferência “Renewables 2004”.
Neste aspecto, também se deve salientar que o nosso país se tem desenvolvido muito
neste tipo de energias alternativas, nomeadamente eólicas e centrais sendo de salientar uma das
maiores centrais, solares do mundo na Amareleja e Mora. Recentemente, foi inaugurada uma
fábrica de aerogeradores em Viana do Castelo e torres em Sever do Vouga, embora dando os
primeiros passos já emprega muita gente. Com o desenvolvimento de novas turbinas de levitação
magnética que podem durar até 500 anos com um custo de manutenção barato e uma produção
enormíssima acompanhado de maior racionalidade, talvez consigamos inverter o consumo e
tenhamos um futuro melhor.
A frota dos Serviços de transportes Colectivos do Porto (STCP) tem três autocarros
movidos a hidrogénio. Os veículos fazem parte do projecto CUTE. Uma experiência piloto levada
a cabo em 8 cidades europeias que pretende melhorar a qualidade do ar e estimular a produção
de energias alternativas. O projecto envolve uma verba de 52 milhões de euros, financiada em
35% pela União Europeia.
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Os H2 Bus, fazem parte de um projecto europeu que pretende testar um
transporte urbano livre de emissões poluentes. Os objectivos são desenvolver energias
alternativas que libertem a Europa da dependência dos combustíveis fósseis e contribuir para a
diminuição de emissões poluentes estipulada no Protocolo de Quioto. O hidrogénio é a aposta do
projecto CYTE. Além de ser o elemento mais abundante no Universo, existindo em 90% de toda a
matéria, é mais energético que o petróleo e tem um processo de combustão completamente
limpo. A alta capacidade explosiva do hidrogénio é o principal receio, por isso, a construção dos
autocarros obedeceu a critérios especiais. Os depósitos de hidrogénio gasoso e as pilhas que
produzem energia para o motor eléctrico estão localizados no tejadilho do autocarro por
questões de segurança. Mas de acordo com a empresa construtora dos veículos afirma que “todos
os autocarros a pilha de combustível foram testados e autorizados pelas autoridades nacionais e
internacionais “. Não havendo assim nenhum problema de segurança adicional nestes autocarros a
pilha de combustível porque, e é preciso que se saiba disto, o hidrogénio é um elemento muito
leve, por isso, se acontecer alguma coisa, ele evapora-se e mais nada.
O problema está na perda do hidrogénio que os motores dos carros a hidrogénio terão e
na consequência a nível atmosférico dessa libertação. Tal como nos carros actuais, existem fugas
a nível de gases que entram na combustão e essa fuga tem sido minimizada nos escapes através
de filtros e de reforços a nível dos depósitos, mas nos carros a hidrogénio é apontado um valor
na ordem dos 10 a 20% para essas perdas.
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Estas placas, não sendo biodegradáveis, podem utilizar-se em vedações,
sinalizações, estaleiros, etc. Os metais podem ser refundidos e refabricados. Reciclar o alumínio
pode poupar cerca de 90% da energia gasta para fazer o mesmo objecto com alumínio
proveniente da blenda (minério de alumínio). Restos de alimentos e desperdícios caseiros
(gorduras, folhas, etc.) podem ser transformados por compostagem para produzir adubos. Os
produtos têxteis podem ser reciclados em adubos para utilizar na agricultura. Pneus velhos
podem ser fundidos ou triturados e transformados em numerosos produtos. A reciclagem torna-
se mais rentável quando se procede à pré-separação dos produtos a reciclar. Com a crescente
consciência ecológica das populações, este sistema está a ganhar a adesão de muitas
comunidades, onde são distribuídos contentores para plástico, metal, vidro, papel, pilhas, etc. -
Os ecopontos. O abandono conjunto daqueles materiais implica uma prévia selecção antes da sua
distribuição às diferentes indústrias. Em minha casa tenho três pequenos eco pontos para fazer
a triagem dos resíduos quando estão cheios coloco os sacos no ecoponto correspondente.
Este princípio de fazer reciclagem, tem custos, é preciso comprar contentores, sacos de
plástico adequados etc., mas penso valer a pena, para além de importarmos menos energia,
poluímos menos, o país e o ambiente agradecem.
Tratamento de resíduos é fundamental numa sociedade que produz muitos resíduos, que
saiba tratá-los de forma a que, por um lado, consiga diminuir a sua quantidade e, por outro lado,
tire deles proveito. De uma situação em que existiam lixeiras a céu aberto, onde eram colocados
todos os tipos de resíduos, passou-se para uma gestão mais efectiva e controlado dos mesmos.
Para isso, construíram-se Centrais de Incineração, Estações de Tratamento de Resíduos Sólidos
e Urbanos (ETRSU), Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e Aterros Sanitários
(AS). Nas incineradoras, os lixos são queimados a temperaturas da ordem dos 800 ºC. Nos AS e
ETRSU, os resíduos são separados, tratados e colocados de forma a não contaminarem os
ecossistemas.
Muitos países em pleno século XXI ainda não sabem o que é o protocolo de Quioto e
Portugal não é excepção o protocolo de Quioto foi assinado 1997, entrando em vigor em
Fevereiro de 2005, sendo ratificado por 155 países.
No final do ano de 2004, a associação Quercus alertou para o facto de Portugal não estar
a conseguir estabilizar para depois diminuir as suas emissões de gases de efeitos de estufa. O
acordo estabelecido entre os EUA – Ásia sobre as alterações climáticas poderá trazer danos ao
protocolo de Quioto. Os EUA criaram uma parceria para o desenvolvimento Ásia Pacifico,
juntamente com a China, Índia, Japão, Coreia do Sul e a Austrália. Estes países juntamente com
os EUA representam mais de 50% das emissões mundiais de gases de efeito de estufa e esta
parceria não inclui metas para a diminuição de reduções. Foi mais uma tentativa de retirar
importância ao protocolo de Quioto e uma mensagem destinada ao Mundo de forma a mostrar o
grande poder destas potências e alertar para as tecnologias sem se preocuparem com metas.
É bem verdade que o protocolo de Quioto e o poder de geração de obrigações aos países que
ainda não atingiram a plenitude da necessidade mundial de contenção da poluição e redução dos
efeitos climáticos por ela provocados, mas não há como negar que sã factores de uma
importância para a mudança dos paradigmas ambientais no planeta, hoje voltados ao
desenvolvimento sustentável. Espera-se que, num futuro próximo, as determinações deste
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Protocolo possam obrigar os países responsáveis pelos altos níveis de emissão de
poluentes, como os EUA, a Rússia e o Canadá, cujos interesses ainda são factores de resistência
aos acordos internacionais acerca da necessidade da estabilidade climática no mundo
O Reino Unido e a Suécia são os únicos países europeus signatários do Protocolo de Quioto
capazes de cumprir os seus objectivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa,
ao ritmo actual do seu desenvolvimento económico, revelou o Instituto Britânico de investigação
em políticas públicas. Seguindo uma classificação com base numa escala de cores, o verde foi
atribuído ao Reino Unido e Suécia; laranja à França, Grécia e Alemanha e vermelho aos restantes
países. Segundo Tony Gryling director associado do IPPR “ Aproximamo-nos do ponto do não-
retorno para as alterações climáticas, restando-nos pouco tempo para começar a reduzir,
mundialmente, as emissões de gases com efeito de estufa”.
Despoluição dos meios contaminados: despoluição dos efluentes líquidos, gasosos e sólidos, de
isolantes acústicos e uso de vidros ou caixilhos duplos nas janelas; uso de protectores
auriculares em zonas de elevado ruído;
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presença de derivados do fenol em concentrações de até 0.9 g/l, sendo capazes
de, em 24horas, reduzir a concentração deste poluente em 98%), a capacidade de auto
depuração perde-se rapidamente se os valores de concentração dos poluentes tolerados pela
espécie forem excedidos, tornando-se então rapidamente tóxicos, originando assim a morte dos
agentes responsáveis pela degradação dos poluentes, o que também pode acontecer devido à
presença de outras substâncias tóxicas ou alterações térmicas importantes. A quantidade de
poluentes presente nos efluentes urbanos e industriais excede em muito a capacidade de auto-
depuração natural, sendo por isso necessário proceder a diversos processos de despoluição,
antes de devolver os efluentes ao meio-ambiente;
pagos por algum segmento da sociedade. É o caso das políticas relacionadas com o controlo da
poluição produzida pela obtenção de energia e seu uso, a protecção pública de doenças
transmissíveis pela água, a conservação do solo e o manuseamento e utilização de matérias
tóxicas, a protecção de espécies em extinção, a diminuição da camada de ozono, etc.
A equidade de princípios admite que aqueles que beneficiam das políticas de ambiente as paguem.
Nestes, incluem-se as pessoas cujas actividades são reguladas e cuja saúde é protegida por leis
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contra a poluição. É preciso reconhecer que a imposição de certas regras força as
empresas a utilizar novas tecnologias, o que tem os seus custos. Esses custos reflectem-se no
preço dos produtos por elas fabricados, e assim afectam os consumidores. O custo do controle
de poluição inclui o preço de compra, a instalação, o fornecimento e a manutenção de
equipamento próprio e a implementação das estratégias de controlo.
Estudos recentes têm provado que a política ambiental não precisa de diminuir a riqueza
de uma nação, podendo transferir a riqueza dos poluidores para o controlo da poluição e para a
indústria menos poluente. A indústria da protecção ambiental é geradora de emprego e o
argumento de que a protecção do ambiente é má para a economia é infundado. Verifica-se
também que os países que têm melhores condições ambientais são aqueles que têm economias
mais robustas e melhores taxas de criação de emprego.
Aterro com controlo sanitário Um aterro com controlo sanitário é uma das soluções
utilizadas para o tratamento de lixos urbanos, sendo, basicamente, um local onde se faz o
depósito de lixos, de um modo controlado e selectivo, não sendo permitidos resíduos perigosos.
A explosão demográfica humana e a industrialização crescente levaram a que a produção de
resíduos sólidos urbanos se tornasse um problema a nível mundial, não apenas devido ao espaço
ocupado pela grande quantidade de resíduos acumulados, mas também pela poluição e
contaminação (solos, ar e água) gerada por estes resíduos.
A solução inicial conduziu à utilização de lixeiras, as quais mais não são do que áreas imensas,
mais ou menos afastadas dos centros urbanos, onde se realiza um depósito indiscriminado de
todo o tipo de lixos e resíduos e, por vezes, a sua queima a céu aberto. No entanto, além do facto
de o espaço disponível rapidamente ficar saturado, a poluição e a contaminação ambiental são
imensas: os lixos apodrecem e/ou ardem a céu aberto, provocando a contaminação do meio
ambiente com substâncias nocivas e, até mesmo, tóxicas (resultantes, por exemplo, da queima de
plásticos), além de as lixeiras se constituírem como um foco de propagação de doenças causadas
por bactérias e vírus. As escorrências resultantes da degradação dos resíduos, juntamente com
as águas da chuva, infiltram-se no solo, sem qualquer tratamento, contaminando lençóis de água
subterrâneos - os quais muitas vezes são utilizados como fontes para o abastecimento público -
que desaguam em cursos de águas superficiais, originando a poluição de águas usadas para rega e
actividades de recreio, assim como a contaminação de peixes, aves e mamíferos, entre outros
seres vivos afectados. O local de implantação de um aterro sanitário deve ser objecto de um
estudo de impacto ambiental, não sendo um local indiscriminado;
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O tipo de resíduos que são depositados é controlado, não sendo permitidos
resíduos radioactivos, inflamáveis, explosivos, infecciosos, hospitalares, muito corrosivos ou com
reactividade perigosa, susceptíveis de originar gases ou outro tipo de produtos tóxicos, em
contacto com a água ou outros resíduos. Os acessos são controlados;
o lixo não está exposto ao ar nem é queimado, sendo enterrado diariamente em compartimentos
definidos (células), e recoberto com terra, sobre a qual são semeadas espécies vegetais,
sobretudo, arbóreas;
As causas da desflorestação, mau grado a acção de alguns factores naturais, como fogos
de origem natural (exemplo: devidos a relâmpagos) e alterações climáticas (exemplo: as
glaciações), são, na esmagadora maioria dos casos, de origem antropológica.
O aumento demográfico exige naturalmente mais áreas para urbanização e, sobretudo, mais
terrenos para a prática agrícola, dada a necessidade de aumentar a produção alimentar mundial.
No entanto, a ampliação de áreas disponíveis nem sempre é conseguida de forma racional: por
A exaustão dos solos e a sua intoxicação por práticas agrícolas intensivas e uso excessivo
de produtos químicos (por exemplo: adubos, pesticidas), assim como um pastoreio excessivo,
sobretudo em zonas de transição climática (exemplo: nos limites das zonas desérticas africanas)
são também factores importantes de desflorestação. Quanto às consequências da
desflorestação, elas são extremamente diversificadas e preocupantes, dado o seu elevado
impacto ambiental:
A Biotecnologia é uma área interdisciplinar que tem por base a manipulação de células
vivas e/ou das moléculas que as compõem, utilizando uma diversidade de técnicas científicas, de
forma a obter um determinado produto, efeito ou resolução para um problema, com interesse
antropológico.
Desde sempre o homem utilizou técnicas de manipulação dos sistemas biológicos naturais,
cruzando determinados animais ou semeando apenas determinados tipos de plantas, portadores
de certas características com interesse. Mas outras técnicas mais elaboradas são utilizadas já
desde as antigas civilizações Egípcia e Mesopotâmica, nas quais era vulgar o recurso à utilização
de microrganismos fermentativos (determinados tipos de leveduras e bactérias) para o fabrico,
praticamente industrial, de alguns produtos alimentares, como a cerveja, o pão e o queijo. No
entanto, o grande desenvolvimento da Biotecnologia deu-se, sobretudo, nos últimos trinta anos,
estando esses progressos estritamente associados a desenvolvimentos de uma nova área da
Biologia, nomeadamente da Genética: a Engenharia Genética.
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essenciais (particularmente úteis nos países de onde a diversidade alimentar se
limita a um a dois alimentos diferentes) e até mesmo fármacos integrados em produtos
alimentares (por exemplo: vacinas).
Embora os benefícios decorrentes do uso das biotecnologias sejam por demais evidentes,
existem, no entanto, alguns receios e críticas relativamente à utilização de algumas técnicas e
procedimentos, quer de carácter ético, nomeadamente no campo da criação de cópias completas
de seres vivos (clonagem), quer ambiental, sobretudo no que diz respeito à produção de
variedades de seres vivos geneticamente alterados, cujo impacto na imensa complexidade que
são os ecossistemas naturais nunca pode ser totalmente determinado, podendo a vantagem
competitiva conferida artificialmente a determinadas espécies ser o suficiente para provocar
extinções em massa de outras. As alterações em hábitos naturais das espécies, por interferência
humana, pode também ser um factor cujo impacto negativo é desconhecido. Veja-se o exemplo
dos bovinos, naturalmente herbívoros e, no entanto, alimentados com rações que incluem restos
de outros animais da mesma espécie:
Transgénicos: sim ou não? O grande desafio das actividades agrárias são conseguir atingir
o aumento de produção, produtos de melhor qualidade e de menor custo. Muitos são os caminhos
percorridos na tentativa de os alcançar, embora sem grande sucesso na globalidade, e o último é
o que vem sendo palmilhado pela engenharia genética através dos transgénicos.
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Vantagens destes produtos: aumento da produção; menor custo; aumento
de rendimento dos agricultores; maior competição no mercado agrícola; ausência de riscos para a
saúde; menor poluição do meio ambiente.
Entre os riscos e as vantagens enunciados fica o consumidor, que deve exigir regras rígidas de
rotulagem e outros meios de informação para saber o que compra. Sabendo que o risco está
sempre presente e que não se pode travar o conhecimento científico, resta-nos lutar pelo direito
à escolha e usufruirmos desse direito de forma consciente estando, para isso, bem informados.
Desertificação: O conceito de desertificação pode ser definido, de acordo com a "Convenção das
Nações Unidas de Combate à Desertificação", como a degradação da terra nas zonas áridas,
semi-áridas e sub-húmidas, resultante de factores diversos, tais como as variações climáticas e
as actividades humanas.
Apesar de ser um problema já muito antigo, só recentemente, nas últimas duas ou três
décadas, a desertificação passou a ser um objecto de preocupação para muitos governos, devido
ao facto de afectar a produção de alimentos e as condições de vida de milhões de pessoas.
As áreas abrangidas pelo problema da desertificação cobrem cerca de 33% da superfície
terrestre, num total de aproximadamente 51 720 000Km2, afectando cerca de 900 milhões de
pessoas, sendo África o continente mais afectado. A estas áreas podem ainda acrescentar-se as
zonas hiper-áridas (desertos), que ocupam 9 780 000 Km2 (16% da superfície terrestre).
As causas conducentes à desertificação são diversas, podendo ter origem natural, como
mudanças climáticas naturais, a exemplo da que conduziu à formação do deserto do Sara, entre
5000 a.C. e 1000 a.C., ou, antropológicas, isto é, devidas à acção do humana. A FAO (Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) propõe cinco áreas de acção humana, como
potenciadoras do efeito de desertificação:
2) degradação do solo, que pode ocorrer por efeito físico (erosão hídrica ou eólica e
compactação causada pelo uso de máquinas pesadas) ou por efeito químico (salinização ou
solidificação);
3) degradação das condições hidrológicas de superfície devido à perda da cobertura vegetal;
4) degradação das condições geo-hidrológicas (águas subterrâneas) devido a modificações nas
condições de recarga;
Em opinião pessoal, as energias renováveis não poderão nunca substituir o consumo dos
combustíveis fósseis e ainda suportar o aumento geral do consumo de energia. O que precisamos
é, além de fontes de energia limpas, de uma nova política energética. Os países ditos
desenvolvidos têm obrigatoriamente de reduzir o seu consumo desenfreado de energia (o que não
implica uma redução do conforto, antes pelo contrário) para permitir aos outros aumentar o seu
consumo energético. No entanto, a “revolução industrial” dos países ditos subdesenvolvidos não
poderá ser nunca como foi a dos países desenvolvidos, já que não existem condições para isso. É
necessários que aprendamos com os erros do passado. Não temos, simplesmente tempo para os
repetir.
Está pois a humanidade perante um dilema que pode ditar o seu futuro. Os aterros
sanitários estão quase nos seus limites, a incineração produz gases com efeito de estufa, na co-
incineração subsistem dúvidas, a biotecnologia pode levar á criação de espécies que vão aniquilar
outras, os transgénicos não podem ser produzidos (mas podem ser importados), a erosão, a par
da desertificação, aumenta desde o interior ao litoral, a desflorestação é cada vez maior, o ar
torna-se rarefeito a fome aumenta.
Quem decidirá o futuro? Será que só nos preocupamos com energias renováveis? E como
seria antigamente! Não aprendemos nada com os nossos antepassados.
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