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ACONSELHAMENTO CRISTÃO
PROF. ROSÂNGELA – Atividade
ESTUDO DE CASO:
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................................................2
O casamento na contemporaneidade.........................................................................................................2
A construção da identidade conjugal - benefícios e dificuldades de um casamento................................4
Caso clínico...............................................................................................................................................6
Conclusão:.................................................................................................................................................6
Bibliografia ..............................................................................................................................................7
ANEXO 1: Quem é essa nova mulher?....................................................................................................8
ANEXO 2: O Eu e o Nós na Relação.....................................................................................................11
1
Esta atividade escolar se baseia no artigo da Psicóloga Maria Isabel Wendling como requisito do curso de Terapia da
Familia e Casal no Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (CEFI)
Introdução
O casamento na contemporaneidade
No que tange ao significado dessa relação a dois, houve também mudanças na perspectiva
dos gêneros:
Os homens, no momento da escolha de sua parceira, dão mais ênfase aos aspectos
físicos e a atração sexual, enquanto que, por sua vez, as mulheres consideram mais o
sentimento amoroso.
Está ocorrendo uma redefinição do que é percebido como papel de homem e papel de
mulher no âmbito familiar.
As mulheres, assim como os homens, estão namorando vários parceiros, tendo relações
sexuais mais cedo e casando mais tarde. Muitos casais passam a viver junto antes do
casamento, prolongando a fase de nascimento tios filhos.
2
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76794-6014-462-3,00-QUEM+E+ESSA+NOVA+MULHER.html
Há aumento das expectativas entre os cônjuges com uma maior idealização do outro e
uma grande exigência consigo mesmo que provocam tensões e conflitos na relação
conjugal.
As relações estão sendo constituídas em torno das identidades dos cônjuges tornando a
relação somente agradável enquanto produzir prazer.
Dificuldades de se criar laços significativos para produzir projetos compartilhados sem
deixar de lado a autonomia. Individualidade todo ser humano possui, mas individualismo
é um mal no casamento.
Uma união com outra pessoa requer uma série de ajustes até que cheguem a um mundo
comum de compartilhamento de situações e de idéias com negociação de tarefas,
modificação de papéis e assunção de novas funções.
Nenhuma relação começa do zero, pois cada um tem um sistema de crenças e valores que
geram expectativas no casamento.
Coesão é fundamental, mas a fusão é doentia. É preciso muito cuidado, pois muitos casais
acham que podem fazer coisas juntos, de maneira fusionada, demonstrando uma
personalidade dependente e mesmo infantil. Essa questão deve ser já antes do casamento
adminstrada, cuidada e disciplinada. Maria Isabel assim conclui:
Caso clínico
Conclusão:
A Revista ÉPOCA em uma matéria entitulada “Quem é essa nova mulher?” (ver Anexo 1)
responde de forma a querer impactar: “Ela nasceu com as conquistas do feminismo, é
Bibliografia
1. Artigo da Psicóloga Maria Isabel Wendling como requisito do curso de Terapia da Familia e Casal no Centro de Estudos da Família
e do Indivíduo (CEFI).
2. http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76794-6014-462-3,00-QUEM+E+ESSA+NOVA+MULHER.html
3. http://www.gazetacatarinense.com.br/novo/?content=ler&id=82&tp=cl
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De qualquer forma, as perspectivas são auspiciosas. A Academy of Management Perspectives prevê que a
participação de mulheres na presidência de grandes empresas saltará de 1,7% para 6,2% num intervalo de
nove anos. Além disso, a defasagem na remuneração está caindo. "Nos últimos anos, a diferença entre o
salário dos homens e das mulheres vem diminuindo rapidamente", diz Marcelo Neri, da FGV. Na prática, outras
searas tradicionalmente dominadas pelos homens - como o Congresso onde está Manuela d'Ávila ou a área
financeira de Ana Cristina Tena - estão abrindo espaço para as mulheres. A carioca Amora Mautner, de 31
anos, desbrava um desses territórios: é uma das poucas mulheres no quadro de diretores de novela da TV
Globo. Comandou produções grandiosas como as minisséries JK e Mad Maria. Agora ela está à frente do
elenco da novela das 8, Paraíso Tropical. A vocação de Amora para a liderança é evidente. Ela desistiu de
atuar depois de uma curta carreira como atriz. "Eu não gostava que mandassem em mim, achava que do meu
jeito era sempre melhor." Na vida pessoal, Amora vive uma situação simbólica dos novos tempos: em duas
ocasiões, ela já dirigiu seu marido, o ator Marcos Palmeira. Os dois esperam um filho para agosto.
A situação do casal, em que a mulher "dirige" o marido, é uma boa metáfora
As mulheres não têm
dos novos tempos. O exemplo dos dois aponta para uma alteração na
mais medo da solidão:
estrutura do casamento, que já se observa aqui e ali, e será mais comum
72% dos divórcios não-
dentro de alguns anos: o processo de adaptação dos homens às mulheres
consensuais do país
alfa. Nesse processo, os maridos estão aprendendo a conviver com mulheres
são pedidos por elas
que, por vezes, são mais poderosas que eles, podendo eventualmente deixá-
los à sombra. Muitos estão até desfrutando da situação.
É o caso de Michel Klein, de 56 anos, dono da rede de lojas Casas Bahia, que há três anos mora com Maria
Alice Pereira, uma empresária de 37 anos. Maria Alice é dona de um café badalado na região dos Jardins, em
São Paulo, e de três centros de convivência para funcionários das fábricas das Casas Bahia. Trabalha pelo
menos dez horas por dia e controla tudo por um laptop (que chama de "meu bebê"). Por ele, assiste a imagens
em tempo real de seus negócios - tudo sem descuidar do visual, da ginástica, da maquiagem. Diante de uma
mulher com tamanha autonomia e segurança, Klein não esconde o orgulho. "As mulheres independentes são
mais interessantes", diz ele. "É gostoso chegar em casa e poder sair daquele assunto que eu chamo de 'cricri',
sobre criada e crianças. Sinto a maior admiração pela carreira da Maria Alice." Ela confirma o companheirismo
do marido. "O Michel jamais me pediria para deixar de trabalhar. Quando tenho de trabalhar no fim de semana,
ele vai para o meu escritório comigo, leva umas revistas e fica lendo, enquanto eu resolvo as minhas coisas."
"Os homens estão aprendendo a conviver com mulheres confiantes e auto-suficientes, e mostram-se mais
preparados para ter relações equilibradas", diz Dan Kindlon, de Harvard. "Muitos dizem que uma mulher bem-
sucedida é mais sexy." Kindlon aposta que as mulheres alfa vão causar uma mudança na estrutura das
famílias. "Os adolescentes de hoje, que desde cedo convivem com mães, irmãs e colegas alfa, vão dividir mais
as tarefas domésticas, o cuidado com os filhos", afirma Kindlon. Hoje, esse homem ainda é exceção -
principalmente em países latinos como o Brasil, onde o machismo é mais arraigado. "O brasileiro ainda está
preso ao papel de provedor", diz a psicóloga Maria Isabel Wendling, autora do estudo O Casamento na
Contemporaneidade. "Se ele perde esse papel, fica confuso. No consultório, no entanto, percebo que os
homens estão dispostos a se adaptar ao novo espaço que as mulheres estão ocupando na relação."
Ana Venina
Idade: 42 anos
Estado civil: divorciada
REF.: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76794-6014-462-3,00-QUEM+E+ESSA+NOVA+MULHER.html
O ser humano sempre buscou uma auto compreensão. Muitos filósofos, pensadores, psiquiatras, sociólogos,
psicólogos e tantos outros, procuraram e procuram definições capazes de ajudar as pessoas terem uma idéia
melhor de si mesmas; suas atitudes e comportamentos. Mesmo assim, é comum ouvir pessoas se queixando
do \"vazio\" que sentem.
Conviver em sociedade não é uma coisa simples, ainda mais com tantas exigências. Não seria diferente na
vida a dois. Percebo o quanto os casais têm se esforçado para que seu casamento\"dê certo\", fazendo muitas
vezes várias tentativas e \"malabarismos\" para chegar a um acordo e melhorar a qualidade da união conjugal.
Isto evidencia que, apesar de constatarmos inúmeros casos de divórcios e separações, o casamento pode
ainda ser considerado algo importante na vida das pessoas. Segundo Walsh (2002), a grande maioria
daqueles que se divorciam, tornam a casar-se, formando famílias reconstituídas e apontando o quanto as
pessoas procuram, além da satisfação de necessidades, serem felizes no casamento. Porém, esta busca pela
felicidade necessita de um compromisso diário com o outro, envolvendo além do amor e do respeito, muita
dedicação e compreensão. Sendo assim, o significado de felicidade e bem-estar pode ser diferente para os
cônjuges e o conflito entre construir a identidade conjugal sem perder a identidade individual pode levar a
frustrações e sofrimento para os envolvidos.
As dificuldades encontradas pêlos casais atualmente demonstram o quanto a vida diária, a rotina e as
demandas da sociedade influenciam tanto no bem-estar conjugal como na maneira de lidar com o próprio
casamento. Todas estas questões acrescidas das exigências pessoais, profissionais e familiares, fazem com
que muitas vezes o casal reflita sobre sua relação e se questione sobre como conciliar todas estas demandas
necessárias para o seu desenvolvimento.
O casamento vem sofrendo uma série de transformações durante o tempo, nos mostrando que construir uma
vida a dois pode ser uma das tarefas mais complexas e difíceis do ciclo de vida familiar. Ao longo do tempo,
pode-se perceber que o casamento sempre recebeu influências do contexto sócio-econômico, atendendo ao
mesmo tempo, a uma diversidade de interesses, tanto sociais e familiares como também, individuais.
Historicamente, na sociedade patriarcal, o homem dominava a relação e a mulher era subordinada a ele. Os
âmbitos público e privado eram divididos entre homens e mulheres, sendo que o primeiro era de
responsabilidade masculina, enquanto o segundo, feminina. Atualmente, há uma maior igualdade entre os
cônjuges. A mulher conquista novos espaços no mercado de trabalho e na vida em sociedade, apesar de ainda
ser destinada a ela a organização doméstica e o cuidado com os filhos (Strey, 1998). No que diz respeito ao
significado do casamento também houve alterações na perspectiva dos gêneros. Segundo uma pesquisa
realizada por Féres- Carneiro (1997), o casamento significa a constituição de uma família para os homens e é
definido como uma relação de amor para as mulheres, o que nos concede alguns indícios sobre os motivos
que levam cada vez mais às mulheres tomarem a iniciativa para a separação matrimonial. Poder-se-ia pensar
que se não há mais amor, não existe motivos para permanecerem casadas, possibilitando desta forma, que
encontrem outra pessoa para amar e talvez se casarem novamente.
Outra diferença apontada pela pesquisadora refere-se à escolha conjugal. No momento da escolha, os homens
relatam valorizar os atributos físicos e a atração sexual, enquanto que, por sua vez, as mulheres consideram
mais o sentimento amoroso. Além disso, foi constatado que aos poucos vem ocorrendo uma redefinição do que
é percebido como papel de homem e papel de mulher no âmbito familiar. Os homens começam a ter maior
participação no cotidiano doméstico, embora esta participação seja vista ainda como concessão e ajuda e não
como divisão de responsabilidades. Já no que diz respeito ao momento em que ocorre o casamento no ciclo
vital também se observam modificações. As mulheres, assim como os homens, estão namorando vários
parceiros, tendo relações sexuais mais cedo e casando mais tarde. Muitos casais passam a viver junto antes
do casamento, prolongando a fase de adultez jovem e adiando o nascimento dos filhos (Carter e McGoldrick,
1995). Além disto, o casamento pode ser compreendido como uma relação de intensa significação na vida das
pessoas, envolvendo um alto grau de intimidade e investimento afetivo (Féres-Carneiro, 2001). Pode-se
perceber com todos estes dados, que há um aumento das expectativas entre os cônjuges, um alto nível de
idealização do outro e uma super-exigência consigo mesmo, provocando tensão e conflito na relação conjugal.
Espera-se desta relação intimidade, amizade, afeto, realização sexual, companheirismo e oportunidade de
desenvolvimento emocional. No entanto, é difícil atingir esses ideais o que pode ser demonstrado pelas altas
taxas de divórcio ou pelas insatisfações apontadas pelos casais que buscam auxílio através da terapia.
Como se observa, as relações conjugais contemporâneas são constituídas em torno das identidades dos
cônjuges. O compromisso nestas relações é o de sustentar o desenvolvimento pessoal e a relação se mantém
enquanto for prazeroso e útil para cada um. Féres-Carneiro (2001) concluiu que tanto os homens como as
mulheres salientaram a importância da individualidade na vida a dois ao mesmo tempo em que valorizavam a
importância de compartilhar e dividir.