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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ANNA BARBARA DE CASTRO MACHADO FERREIRA

ASSIM falou TYLER DURDEN


Um estudo sobre a influência da filosofia de Friedrich Nietzsche percebida no
filme “Clube da Luta”.

Niterói
2019
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo analisar o filme “Clube da Luta”, dirigido por
David Fincher, baseado no livro de mesmo nome, por uma perspectiva nietzscheana, traçar
paralelos entre as teorias de Nietzsche e o personagem de Tyler Durden, e discutir como essa
visão é relevante no esclarecimento do Narrador.
Primeiro, tratarei do filme isoladamente, citando e teorizando sobre seus
encaminhamentos, uma vez que ter a memória fresca do filme é muito importante para todo o
resto do trabalho.
Em seguida, entrei na filosofia, trazendo para a pauta o conceito de Übermensch, que
Nietzsche aborda no livro Assim Falou Zaratustra, e relacionei com o personagem de Tyler
Durden. Então, citei a morte da figura divina, ponto fundamental do niilismo, e mostrei partes
do filme em que essa filosofia é facilmente observada. Além disso, comentei sobre a piedade,
vista por Nietzsche como uma fraqueza, e reparada no personagem do Narrador. Por fim,
comparei a moralidade de escravo e a moralidade de mestre, conceitos elaborados pelo
filósofo, com os personagens principais do filme.
O FILME
“Clube da Luta” é um filme dirigido por David Fincher, baseado no livro de mesmo
nome escrito por Chuck Palahniuk. Foi lançado em 1999, 3 anos depois do livro.
O filme conta a história de um homem que sofre com uma forte insônia e, após visitar
um médico que se recusa a lhe dar remédios, o homem começa a frequentar diversos grupos
de apoio anônimos e sempre usa um nome diferente, então, nunca realmente sabemos o nome
do personagem principal.
Apesar de, na internet, muitos chamarem o principal de “Jack” ou de “Tyler”, o
próprio autor do livro, Palahniuk, afirma não saber qual o nome verdadeiro do personagem.
Essa pode ser considerada uma estratégia para retratar o principal como sendo o “homem
comum” e não um homem específico. Nas cenas dos créditos, vemos o personagem retratado
apenas como “Narrador”, então é assim que chamarei-o nesse trabalho.
Narrador, então, nos seus grupos de apoio, encontra a cura para sua insônia, até que se
depara com uma mulher chamada Marla, que, assim como ele, não tinha nenhuma doença,
mas frequentava os grupos de apoio.
Desde então, Narrador volta a não conseguir dormir e toma a decisão de intimidar
Marla, com objetivo de que ela pare de frequentar os grupos e ele volte a se sentir em um
ambiente seguro, sem medo de que descubram que ele próprio é uma fraude. Marla não se
surpreende com o que Narrador tem a dizer e eles resolvem fazer um acordo e dividem os
grupos de apoio.
O filme se passa até que, em um avião, voltando de uma viagem de negócios, o
Narrador conhece Tyler Durden. Tyler é tudo que Narrador queria ser. ​“Eu sou como você
queria ser, eu transo como você gostaria de transar, eu sou inteligente, capaz, e,
principalmente, eu sou livre de todas as formas que você não é.” ​Essa é uma frase dita por
Tyler para o Narrador que resume bem.
A casa do Narrador pega fogo e, sem ninguém mais para chamar, ele decide ligar para
Tyler. Eles se encontram, conversam sobre assuntos como consumismo e capitalismo, até que
Tyler desafio o Narrador a bater nele o mais forte que conseguir. Esse desafio termina em
uma luta. No final, Tyler convida Narrador para morar com ele.
As lutas não param e vão atraindo cada vez mais homens, criando, assim, o famoso
Clube da Luta. Apesar de a primeira e a segunda regra do Clube da Luta serem não falar sobre
o Clube da Luta, cada vez mais homens se encontram com o projeto, que começa a se
espalhar por todo Estados Unidos, tendo o nome de Tyler Durden como liderança.
Em meio a isso, vemos Marla Singer ligar para o Narrador durante uma tentativa de
suícidio. Enquanto o Narrador pouco se importa, Tyler se encontra com ela, leva ela para casa
e os dois copulam. Narrador acorda para encontrar Marla em sua casa e Tyler pede para que o
Narrador não converse com Marla sobre ele.
A medida que mais clubes da luta vão se formando pelo país, ideias anticapitalistas
começam a se espalhar de forma intensa e surge o “Projeto Mayhem”, liderado por Tyler. O
Narrador reclama com Tyler sobre o fato de não se sentir envolvido nessa situação, mas Tyler
não da muita relevância. Tyler desaparece e um membro do Projeto Mayhem, Bob, morre,
fazendo com que o Narrador tente encerrar o projeto. No entanto, Narrador não sabe nada
sobre o projeto e, toda vez que pergunta, escuta como resposta “A primeira regra do Projeto
Mayhem é não falar sobre o Projeto Mayhem”. Por causa disso, o Narrador começa a seguir
pistas pelo país de onde Tyler poderia estar, mas não obtém sucesso.
Tudo muda quando um membro do projeto se dirige à Narrador como Tyler. Narrador
fica desnorteado e, de seu quarto de hotel, liga para Marla, que também se refere a ele como
Tyler. De repente, Tyler aparece no quarto de Narrador e explica que, na verdade, os dois são
a mesma pessoa, revelando o maior ​plot twist​ do filme.
Narrador desmaia e, ao acordar, saindo do hotel, descobre que fez inúmeras chamadas
de telefone enquanto acreditava estar dormindo. Ligando novamente para os números que
ligou durante a madrugada, Narrador descobre um plano terrorista para explodir prédios de
cartões de crédito.
Quando Narrador tenta avisar à polícia, descobre que os próprios policiais estavam
envolvidos no projeto. Então, Narrador resolve tentar parar os explosivos com as próprias
mãos, mas, apesar de ser apenas uma dissociação, Tyler consegue mudar o Narrador para um
prédio seguro, mantendo-o retido sob a mira de uma arma: eis a cena do início do filme.
Narrador, contudo, se lembra que Tyler nada mais é do que si próprio, ou seja, ele
mesmo segurava a arma. Narrador se da um tiro na boca e Tyler é visto morrendo com um
ferimento na cabeça, afinal, Narrador pensava que tinha acertado o próprio cérebro. No
entanto, depois da morte de Tyler, Narrador percebe que a bala acertou seu rosto, sem o
matar. Logo após, membros do Projeto Mayhem trazem Marla e o filme acaba com eles dando
as mãos, enquanto assistem os prédios serem destruídos.
A FILOSOFIA
Nietzsche, em “​Assim falou Zaratustra​”, descreve como ele acreditava que a
humanidade deveria ser superada com o ​Übermensch​. O termo às vezes é traduzido como
“super homem”, no entanto, mensch é um termo neutro, sendo mais próximo a “ser humano”
e ​über s​ ignifica “acima, além”, então a tradução certa se aproximaria de “além do humano”.
Para alcançar essa forma, segundo a genealogía nietzschiana, o ​Übermensch p​ recisa
desconstruir os valores tradicionais para formar os próprios. Ele afirma sua vontade própria
perante o mundo, superou o niilismo e a moral de uma sociedade, que visa limitar as pessoas.

“A genealogia da moral leva em imediato até as bases da moral,


sendo elas, em grande parte, dotadas de premissas fundamentadas na
religião, na metafísica ou em qualquer crença que se sobreponha a
própria vida, valendo também para um cientificismo, ou seja, no
niilismo. Se destituir-se Deus [como pseudo valor máximo] de seu
posto, tudo estaria liberado, “tudo é permitido”.
(DOSTOIÉVSKI)

Nietzsche associa esse conceito com duas figuras históricas, Napoleão e César Bórgia.

“ Napoleão, cujo ser cresceu e se tornou a unidade poderosa que o


distingue entre os homens modernos, sem dúvida graças à fé em si
mesmo e em sua estrela e ao desprezo pelos homens dela decorrente,
até que enfim essa mesma fé se transformou num fatalismo quase
louco, despojando-o da rapidez e agudeza de visão e vindo a ser
causa de sua ruína”
(NIETZSCHE)

No entanto, é possível associar o conceito também ao personagem Tyler Durden,


veremos isso mais a frente. Tyler, durante o filme, associa a figura divina com a figura de um
pai que abandona o filho. “​Nossos país foram a inspiração para Deus. “Se nossos país nos
abandonaram, o que isso te diz sobre Deus? Nós não precisamos dele!​”. É muito claro o
niilismo presente nessa afirmação.
Em outro cenário, quando Tyler força uma queimadura química na mão do Narrador,
ele faz um discurso extremamente niilista:

“Sem dor, sem sacrifício, nós não teríamos nada. O que você está
sentindo é esclarecimento prematuro. [..] Você tem que considerar a
hipótese de que Deus não gosta de você, ele nunca te quis e
provavelmente te odeia. [...] Primeiro você precisa se entregar,
primeiro você tem que saber e não temer que vai morrer. Só depois
que perdemos tudo é que estamos livres para fazer qualquer coisa.”
(PALAHNIUK)

Rejeitar Deus para nos rejeitar é empoderador para Tyler, afirmação que Nietzsche
certamente concordaria, pela semelhança com sua famosa tese “Deus está morto”. Além
disso, Tyler representa uma crítica à moral da sociedade tradicional, capitalista e materialista.
O personagem é violento e um tanto quanto anarquista, isso é percebido à medida que o
Projeto Mayhem avança, cada vez mais realizando ações anti sistema, até chegar à explosão
de prédios relacionados à empresas de cartões de crédito.
Tyler vive segundo seu próprios valores, sejam eles legais ou não. Tyler não se
importa. Em outras partes do filme, somos apresentados ao ideal de que precisamos aceitar a
morte e o medo de morrer para começar a realmente viver. A “luta pela distinção”, como o
filósofo chama, é a criação de um ser verdadeiramente próprio, por meio da vontade de poder.
Aquí, Tyler pode ser visto como uma versão do ​übermensch.
É importante ressaltar, todavia, que ninguém especialmente é O ​übermensch,​ nem
Tyler, nem Napoleão. Isso porque o übermensch seria uma forma de evolução humana que,
uma vez alcançada, nunca estaria pronta, pois sempre buscaria uma nova auto superação.
Por outro lado, se tratando do personagem do Narrador, observamos como ele se apoia
na piedade enquanto nos grupos de apoio para doenças que ele nem possui. Narrador acredita
que perder toda esperança é conquistar a liberdade. Para Nietzsche, Narrador seria uma pessoa
fraca e, principalmente, uma pessoa que se contenta com o lamento dos outros, o que reforça a
própria fraqueza. Segundo o próprio filósofo: ​“A humanidade aprendeu a chamar a piedade
de virtude, quando em todo sistema moral superior ela é considerada como uma fraqueza”​;
“O homem perde o poder quando é contaminado pelo sentimento de piedade”​. A piedade tira
o poder do Narrador. Ele é fraco e inerte, não se esforça para resolver seus problemas.
Outro aspecto abordado por Nietzsche que pode ser encontrado no filme é a divisão
que ele faz sobre a moralidade. O filósofo conta uma história sobre uma sociedade dividida
entre duas classes: os Escravos e os Mestres.
Os escravos são os oprimidos, os sofredores, os pobres, os fracos, os ressentidos e os
que não tem certeza de si mesmos. No filme, o Narrador representa esse escravo, uma vez que
é fraco, é inseguro, é refém de suas próprias posses e limitações.
Paralelamente, os mestres são fortes, grandes seres humanos, que determinam o que é
bom e o que é mau a partir de seus próprios valores. Esses indivíduos constroem sua própria
moral, considerando, até, a violência como um meio necessário para atingir seus fins. Fica
clara a caracterização, novamente, de Tyler Durden.
O Projeto Mayhem seria a forma pela qual Tyler comanda a destruição da moral de
escravo. Ele quer que os membros do Clube da Luta se tornam seus próprios mestres.

“Eu vejo no Clube da Luta os homens mais fortes e inteligentes que já


viveram. Vejo todo esse potencial e vejo ele desperdiçado. Que droga,
uma geração inteira enchendo tanques de gasolina, servindo mesas
ou escravos do colarinho branco. Os anúncios nos fazem comprar
carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos para comprar
porcarias que não precisamos. Somos uma geração sem peso na
história. Sem propósito ou lugar.”
(PALAHNIUK)

No entanto, segundo Nietzsche, é impossível que todos atinjam a moral de Mestre. O


filósofo afirma, também, que depois de algum tempo, ocorre uma revolta moral de escravos.
Isso poderia ser visto no filme, talvez, quando Narrador finalmente mata Tyler.
Somente quando Narrador enxerga-se responsável pela criação da figura de Tyler que
ele é capaz de passar por um crescimento nietzschiano e compreender sua própria liberdade.
Inclusive, o processo de criação dessa personalidade extracorpórea pode ser associado com o
processo de superar tudo que há dentro de si, sendo necessário, aquí literalmente, uma pessoa
nova para representar o novo eu.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo que se buscou alcançar por meio do presente trabalho é estabelecimento da
influência do pensamento do filósofo Friedrich Nietzsche no filme Clube da Luta. Para buscar
a concretização dessa meta, foi necessário traçar um plano de estudo que a viabilizasse, e para
que isso fosse possível era necessário estabelecer quais conceitos eu gostaria de abordar.
Primeiro, contudo, foi preciso relembrar os acontecimentos do filme, para então poder
relacioná-los com os conceitos da filosofia.
Uma vez citado o filme, tive a chance de mostar como Tyler Durden poderia ser
encarado como uma versão do übermensch, ​mas, ressaltei como o conceito de ​übermensch
propriamente dito, segundo o filósofo, não seria exatamente alcançado por nenhuma pessoa,
uma vez que se tornando o ​übermensch,​ essa pessoa buscaria constante renovação do ser,
cada vez se transformando em uma nova pessoa.
O niilismo, também, foi abordado no trabalho, visto que o próprio filme se baseia
muito nessa filosofia. Observamos isso em diversos trechos e frases do filme, quando
comparamos passagens que parecem ter sido tiradas de livros do próprio Nietzsche.
Achei importante comentar sobre piedade porque, apesar de ter uma aparição discreta,
com os grupos de apoio de doenças, que não aparecem com um papel tão relevante no filme,
mas levam o Narrador a uma conclusão importante ​“Encontrei a liberdade. Perder toda a
esperança é liberdade.”​. O Narrador é um personagem piedoso e, para Nietzsche, portanto,
fraco.
Por fim, considerei fundamental abordar a moralidade de escravo, retratada no papel
do Narrador, e a moralidade de mestre, retratado no papel do Tyler Durden.
Em síntese, procurou-se, com este trabalho, demonstrar que se o filme Clube da Luta
não foi completamente baseado nas obras de Nietzsche, pelo menos, foi inspirado.
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