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Categoria: Profissional
Agosto / 2009
Salvador – BA
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SUMÁRIO
Apresentação 02
II – Casos práticos 12
1- Consultoria interna em gestão de pessoas 12
2- Desenvolvimento de líderes 13
3- Responsabilidade social interna e externa 14
4- Voluntariado 18
5- Assessoria ao sindicato 20
VI - Conclusão 32
Referências 36
Anexos
1- Currículo resumido 37
2- Relação de alguns clientes 38
3- Atestado de Capacidade Técnica 39
4- Terapia Organizacional 40
5- Grupo Multirreferencial 42
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APRESENTAÇÃO
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Afinal, o ato de servir está sempre no presente. É preciso aprender
continuamente mas, sobretudo, desaprender coisas, desapegando-nos de crenças que
tendem a moldar nossos pensamentos, comportamentos e ações.
Através desse crescimento pessoal vem também a autorrealização, pois
consigo conviver integrando o trabalho, família, realização pessoal, lazer, cuidados com a
saúde, amizades, espiritualidade, etc, que me proporcionam uma boa qualidade de vida.
As empresas não gostam de contratar pessoas infelizes, doentes. Por isso o
consultor deve estar no seu “melhor eu”.
Optei amplamente pela “consultoria artesanal”, a qual me possibilita atender
às especificidades e necessidades de cada cliente, “customizando” os projetos conforme
sua história, cultura, objetivos, metas, filosofia, e reais necessidades.
Exercendo o papel de líder servidora e sistêmica, alcancei o sucesso em
muitas intervenções nos trabalhos de consultoria, pois ali contribuí para transformar
sonhos em realidade; tornar explícito e claro aquilo que estava abafado e sufocando
pessoas; estreitando relacionamentos, desenvolvendo pessoas.
O procedimento metodológico para a apresentação dos casos práticos aqui
descritos são resultado de minha vivência como consultora, cujo quadro teórico de
referência é sustentado na terapia organizacional, em grupos multirreferenciais, nos
fundamentos da liderança servidora e liderança biocêntrica, e da consultoria libertadora.
Apresento o resultado de algumas pesquisas realizadas em moderna
bibliografia e dados secundários, de forma a ilustrar meus conhecimento acerca da
atividade de consultoria, como é conceituada, estrutura e tipificada, sobretudo pelo IBCO
– Instituto Brasileiro de Consultores de Organização, uma organização de referência na
área de consultoria, em cujo perfil acredito e pratico.
No capítulo I, faço uma breve contextualização acerca do que significa ser
consultor e os atributos que são requeridos a este profissional, destacando as principais
competências que devem fazer parte do seu perfil no exercício da atividade de
consultoria.
Em seguida, no capítulo II, apresento uma síntese de atividades
desenvolvidas e alguns resultados dessas ações de consultorias, através da
apresentação de cinco casos práticos, sendo cada um em uma das áreas que atuo.
No capítulo III compartilho meus aprendizados ao longo dessas práticas nas
áreas de RH / gestão de pessoas, qualidade e responsabilidade social, acerca da minha
compreensão e sentimentos pertinentes ao ato de servir e como compreendo a estreita
relação entre ser consultor, liderar e servir, tomando como alicerce para a edificação de
qualquer trabalho, os valores humanísticos e os princípios éticos.
E, finalmente, concluo, apresentando minhas contribuições nessa trajetória
que considero de muito sucesso! Não trago uma abordagem técnica e idealista. Trago
uma reflexão a partir da minha vivência na área, ministrando treinamentos,
desenvolvendo pessoas, interagindo, superando desafios... aprendendo continua e
incansavelmente.
Trago uma abordagem do tema, na qual olho e sonho com razão, fé e
emoção!
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I – SER CONSULTOR(A) É COISA SÉRIA
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De acordo com o Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização - IBCO, o
trabalho de consultoria pode ser definido como "o processo interativo entre um agente de
mudanças (externo e/ou interno) e seu cliente, que assume a responsabilidade de auxiliar
os executivos e colaboradores do respectivo cliente nas tomadas de decisão, não tendo,
entretanto, o controle direto da situação que deseja ser mudada pelo mesmo".
Em outras palavras, a consultoria existe para criar soluções práticas e solucionar
problemas que a empresa não consegue resolver sozinha. O presidente do IBCO, Cristian
Welsh Miguens, ressalta que "a premissa básica é ter experiência sólida na área que se
vai atuar, já que o consultor é um cargo de confiança, que geralmente chega nas
empresas por indicação e deve passar muita credibilidade".
Consultor, segundo Herman Holtz, não é uma profissão, mas “uma forma do
consultor clássico, aliás, vende vento, idéias, às vezes, executa também tarefas, mas é
incomum”. Geralmente, ganha por hora e não por tarefa. Não gosta de rotina. Adora o que
faz, aprender e gente. E procura criar um ambiente em torno de si para se manter criativo.
Tem um quê de nômade, à procura de uma alternativa ao mercado.
Tem que estar com o conhecimento adequado para o problema muitas vezes
incerto do cliente.
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De acordo com o Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização (IBCO), o
trabalho de consultoria pode ser definido como “o processo interativo entre um agente de
mudanças (externo e/ou interno) e seu cliente, que assume a responsabilidade de auxiliar
os executivos e colaboradores do respectivo cliente nas tomadas de decisão, não tendo,
entretanto, o controle direto da situação que deseja ser mudada pelo mesmo”.
Ou seja, esses profissionais existem para criar soluções práticas e solucionar
questões que a empresa não consegue resolver sozinha.
Se um profissional acumulou anos de experiência em sua área, pode começar a
pensar em se tornar um consultor. Experiência e capacidade multidisciplinar são
requisitos para ingressar na área.
Vimos que o consultor é uma pessoa que, por sua habilidade, postura e posição,
tem o poder de influência sobre pessoas, grupos e organizações, mas não tem poder
direto para produzir mudanças ou programas de implementação.
A partir da visão de Crocco e Guttmann (2005), para um profissional ser realmente
considerado um consultor empresarial, é necessário que ele siga certas premissas de
independência, automotivação, perícia escrita e verbal, capacidade analítica,
autenticidade e ética.
Um consultor, como qualquer outro profissional ligado à área empresarial, deve ter
características pessoais, possuir conhecimentos, habilidades e atitudes. Não basta saber
o que fazer, é preciso saber como e querer fazer algo. O comportamento de um consultor
deve exteriorizar valores, emoções e seu conhecimento.
Os atributos que serão listados a seguir, são fruto do amadurecimento profissional
ao longo dos anos de minha atuação na área de Recursos Humanos, que prefiro chamar
Gestão de Pessoas. Contudo, muitas dessas características são também destacadas pelo
IBCO, como o perfil de competências requeridas para o exercício do papel de consultor.
• Capacidade diagnóstica - saiba ver o problema através das suas causas. É muito
importante desenvolver a habilidade de fazer a “leitura” da demanda do cliente que
está implícita, “nas entrelinhas” e trazê-la a tona sutilmente, até que haja um
alinhamento com o contratante acerca do foco a ser trabalhado. Mais importante ainda
é ter a clareza dos conteúdos técnicos e comportamentais a serem desenvolvidos. O
consultor empresarial deve saber também quais as melhores formas de se realizar a
coleta de dados para posterior diagnóstico, dentro de cada tipo organização,
observando suas políticas e valores, antes mesmo de iniciar seu trabalho. Ele deve
manter-se alinhado aos componentes da cultura organizacional de onde está
realizando a consultoria, e respeitá-la. Isso vai garantir uma relação tranqüila com a
empresa-cliente, gerando sempre resultados positivos, que podem resultar em
contratações futuras por essa mesma organização e por outras que podem ter
conhecimento dos bons resultados.
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• Habilidade para conviver com o risco e a ambiguidade constantes. Afinal, não há
um vínculo empregatício com as empresas.
• Capacidade para lidar com imprevistos e lidar com vários projetos ao mesmo
tempo. Equilíbrio para administrar finanças pessoais, de modo a estar preparado para
os períodos considerados de “entresafra”, ou seja, quando há uma redução na
demanda de trabalho.
• Ter humildade para ficar na retaguarda do processo. Humildar sem se deixar ser
medíocre. Ser humilde, porém assertivo, que transmita segurança e confiança ao
cliente.
• Ser um bom negociador, para poder definir as prioridades da equipe. Pode-se dizer
até que o trabalho do consultor se assemelha um pouco com o do gerente, liderando e
estimulando os outros integrantes do projeto.
• Ter visão do detalhe, mas sem perder o entendimento da idéia como um todo. Vale
lembrar que os “detalhes” podem, sim, fazer muita diferença na prestação de um
serviço.
• Ter vocação para inovação, já que o consultor vai trabalhar com uma relação de
trabalho totalmente nova.
• Manter boa apresentação profissional. Evitar usar perfumes muito fortes. Se fumar,
fazê-lo fora do ambiente de trabalho. Para mulheres – discrição ao se vestir e se
maquiar. Para homens – vestes alinhadas, cabelos e barba cortados. Discrição é
sempre a melhor opção.
• Enfocar os temas de forma completa, ampla. Mostrar segurança; mostrar que sabe
o que está abordando. Usar meios e exemplos para comprovar o que diz. Explicar
como faz e por que faz. Mostrar os resultados que pode alcançar, ou que já alcançou
com experiências similares em outras empresas.
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• Ser pontual, com horários e prazos de trabalhos ou ainda etapas de projetos. Não
se atrase; marque prazos e compromissos que pode atender. Negocie
antecipadamente quando souber que não irá cumprir o esperado.
• Cuidar, como diz Leonardo Boff, é mais do que um ato; é uma atitude! Temos
muitas atitudes de cuidados materiais inerentes a uma visão de mundo capitalista
globalizado. O que precisamos é desenvolver mais atitudes de cuidado pessoal,
social, ecológico e espiritual. Saber cuidar implica, necessariamente, em saber de si e
saber ser. Tenho a convicção de que o cuidado é um dos caminhos essenciais ao
resgate da essência para o desenvolvimento integral do Ser humano – elemento
essencial no ato de prestar consultoria.
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servir mais do que liderar, deve servir mais do que ser servido. Servir é o primeiro
passo. A humildade é o segundo passo que um consultor-líder deve dar. Saber ouvir,
por exemplo, é um aspecto de humildade que poucos possuem. Saber ouvir é, além
de escutar, pensar, meditar sobre as informações que nos chegam, que nos falam; é
avaliar e dar o crédito de uma excelente idéia quando isso ocorre.
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empresas de consultoria e/ou de treinamento e desenvolvimento, a fim de ampliar
conhecimentos, ou participar de lciitações, ou mesmo para atender aos requisitos do
cliente, diante da exigência de o pretador de serviço ser pessoa jurídica.
O profissional consultor pode estar ou não vinculado a uma organização específica.
O consultor que se dedica totalmente a uma organização é chamado Consultor Interno
(normalmente empregado desta) mas pode ter outro título formal. Aquele que presta
serviços ocasionais é chamado Consultor Externo e pode ser um empregado de uma
empresa de consultoria ou Autônomo. Muitos autores consideram apenas o segundo
como Consultor efetivamente.
Muitas vezes as empresas possuem ambos os tipos de consultoria operando ao
mesmo tempo. O consultor interno não vem em substituição ao externo, mas sim em
complementação.
O consultor interno atua como apoio e ponto focal dos projetos de consultoria,
inclusive para minimizar as desvantagens das duas condições isoladamente.
O consultor externo possui maior experiência prática que o interno, por estar
sempre em atividade em empresas diferentes, com problemas diferentes. Por esse
mesmo motivo, o consultor externo pode trabalhar com maior imparcialidade, tendo dos
altos escalões da empresa maior confiança. Ainda, este pode estar livre de "vicios", para
uma visão diferente de problemas praticados pela empresa. O consultor externo, ao
contrário do interno, pode correr maiores riscos.
Mas também existem desvantagens: o consultor externo possui menor
conhecimento dos atalhos organizacionais, pois normalmente não está presente
diariamente na empresa cliente. Tem menor acesso a pessoas e grupos de interesse,
além de possuir somente um relativo "poder formal".
Classificação de Consultoria
a) Serviço/Produto oferecido
O tipo de serviço ou produto oferecido é que vai definir a posição do cliente, pois
este item definirá o que o cliente quer do consultor e como este pode colaborar para sua
organização. A partir desta imagem, define-se a contratação ou não do consultor. Este
consultor pode ser externo ou interno. O primeiro, quando desempenha seu serviço, lida
com a resistência por parte dos executivos, que não dão a devida importância a essa
atividade, e com os funcionários da empresa que às vezes consideram-no um “intruso”
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em seu ambiente de trabalho. Já o segundo, apesar de já se encontrar inserido nesse
ambiente, e já ter mais contato com os funcionários, também encontra resistência dos
executivos por não ser levado tão a sério, já que está hierarquicamente abaixo deles, e
por dar sugestões “indesejadas” de mudanças na rotina de trabalho. Peter Block (2004),
sugere que “consultores internos freqüentemente agem mais por imposição do que por
escolha. Isso torna a negociação interna uma proposição de alto risco”.
E quanto aos externos, “enfrentam a maioria dessas situações, mas não com a
mesma intensidade”, já que possuem diversos outros clientes que estão satisfeitos com
seus trabalhos.
b) Estrutura
A consultoria também pode vir a ser categorizada de acordo com sua estrutura,
que é determinada e dividida por fatores como o grau de flexibilidade, a metodologia, a
adequação à realidade do cliente, o tempo para contratação e o nível de aceitação.
Primeiramente vem a consultoria artesanal, onde o consultor usa metodologias
específicas para cada empresa em que presta seus serviços. Aqui, acredita-se que para
cada tipo de negócio e cada tipo de ambiente existe uma solução diferente. A segunda é
a consultoria pacote, em que o consultor usa um mesmo método para diferentes
situações em diversas empresas, uma mesma fórmula para diferentes organizações.
c) Abrangência
A terceira forma de divisão da consultoria se baseia na abrangência, ou seja, na
amplitude e na profundidade do trabalho do consultor. Suas características genéricas são:
os níveis hierárquicos que se envolvem na contratação do consultor, o desenvolvimento e
implementação que vai se seguir, o tempo de contratação, e a resistência encontrada pelo
profissional no ambiente estudado. A consultoria especializada é aquela que age com
mais ênfase dentro de apenas um dos setores da empresa. Ela tem aquele foco definido,
porém pode vir a influenciar outros departamentos. Aqui a contratação é feita pelo nível
que dirige a área de maior destaque na consultoria, e não pelo diretor geral. A consultoria
total, ao contrário da especializada, inclui vários pontos ou áreas de conhecimento da
empresa. Aqui o consultor é contratado pelos níveis hierárquicos mais altos, que dominam
toda a empresa, para que ele possa vir a tratar de problemas que afetem a totalidade da
organização.
d) Forma de relacionamento
Aqui, a divisão é feita de acordo com a maneira que o consultor se relaciona com
seu cliente e parceiros de profissão. Algumas das características analisadas são: se há
algum tipo de vínculo empregatício, se o produto pode ser trabalhado remotamente, e se
há necessidade de algum documento formal. O consultor associado é aquele que de
modo formal ou informal está inserido em uma “rede”, onde cada consultor tem sua
especialidade, e juntos se complementam, trazendo um resultado mais eficaz, veloz e
completo. Uma das vantagens nesse caso é que os consultores trocam experiências entre
si, resultando num conhecimento muito maior para todos os profissionais envolvidos. O
consultor autônomo não tem esse tipo de relacionamento com outros consultores. Ele
trabalha sozinho e possui conhecimentos em diversas áreas. Normalmente esses
profissionais também são palestrantes, já que esta é a melhor forma de propaganda para
essa categoria. Por último vem o consultor virtual. Ele não se encontra pessoalmente com
seus clientes, mas de forma remota faz os diagnósticos e propostas de acordo com as
necessidades informadas pelo cliente.
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III – CASOS PRÁTICOS
Foi difícil escolher algumas das atividades que desenvolvi para relatar aqui
considerando o número de clientes que interagi ao longo dessa caminhada (Vide anexo 2-
Relação de alguns clientes), pois considero todas importantes.
Contudo, destaco cinco experiências, situando-as em áreas de atuação distintas,
que se complementam e me dão muito prazer, pois as faço com dedicação e
amorosidade.
As ações a seguir retratam com muita clareza minha evolução e crescimento na
área de consultoria, destacando-se como pilares na edificação dessa trajetória de
sucesso.
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Mas, durante todo esse período, convivi com o paradigma de que "santo de casa
não faz milagre". Isso, embora me causasse frustrações, por outro lado, me impulsionou
ao amadurecimento profissional, de forma a trilhar uma carreira como consultora externa.
Lidar com os mais diferentes estilos de liderança foi o maior exercício de tolerância
e compreensão que precisei desenvolver. Além disso, também foi necessário reduzir
minha ansiedade por resultados, pois isso me move cotidianamente e naquele momento,
de profundas mudanças e transformações, era necessário desacelerar, para ajudar as
pesssoas a lidarem com todo aquele processo.
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• É preciso estar sintonizado com o propósito de cada grupo, de cada
organização, respeitando as diversidades e incluindo-as;
• Esse propósito deve estar expresso, ser de domínio do grupo, alinhado
através do levantamento de expectativas, tendo isso como o direcionador do
desejo do grupo, o qual deve ser alcançado através do trabalho a ser
desenvolvido;
• Sintonizar o melhor de cada um, para identificar o melhor do grupo,
potencializando suas competências, fortalecendo-as e elevando sua auto-
estima, de forma que se sintam fortalecidos para atravessar com serenidade
as transformações pessoais, grupais e organizacionais;
• Confiar no propósito e, sobretudo, no ser de sabedoria que habita dentro de
nós e no universo.
Através do feedback desses líderes, dentre muitos, posso registrar algumas
palavras-chaves, destacadas por eles e que ficaram registradas em minha memória, mas
sobretudo, no coração: “auto-avaliação e crescimento”; “mudança de atitude”; “ampliação
de percepção de mim mesmo e do mundo”; “segurança e autoconfiança”; “compreensão
dos limites e potencialidades”; “reflexão profunda”; “amadurecimento”; “amorosidade e
cooperação”; “verdadeiramente líder”, etc.
A premissa básica que adoto para a realização de cursos, workshops, seminários e
palestras é que os temas sejam abordados de forma dinâmica, lúdica e prática, aplicados
às necessidades organizacionais e pessoais, dando oportunidade às pessoas de
experimentarem, sentirem, para depois processarem cognitivamente o aprendizado.
O caminho do coração à mente, da emoção à razão, torna o aprendizado muito
mais envolvente. Dessa forma o aprendizado é efetivo.
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Implementação de ações com foco em problemas sociais e ambientais;
Implementação de projeto de fabricação própria de dispositivos que
promovam impacto positivo ao meio ambiente; reciclagem de lixo e gerenciamento
de resíduos, proporcionando oportunidades de trabalho às pessoas da
comunidade;
Estímulo à participação voluntária da força de trabalho da Isorel na
prestação de serviços de âmbito social e comunitário;
Doações de alimentos, produtos, máquinas, equipamentos e materiais
diversos, bem como recursos financeiros;
Contribuição para a redução das desigualdades sociais, proporcionando
condições de educação e qualificação profissional;
Exercício de cidadania empresarial em todos os âmbitos de sua atuação,
envolvendo todas as partes interessadas, estabelecendo parcerias com
organizações não governamentais;
Incentivo e apoio a ações de cunho cultural, esportivo e/ou artístico;
Apoio a associações ou organizações de minorias que são afetadas por
preconceitos, discriminações e/ou exclusão social.
Dentre as ações implementadas destaco:
a) O Programa VIDAS – Valores Internos Desenvolvendo Atitudes Saudáveis – teve como
resultado geral: mudanças de atitudes, mediante a realização de Diálogo Diário de
Qualidade, Saúde, Meio-ambiente e Segurança – DDQSMS Comportamental com todos
os colaboradores envolvidos, focando Valores para o Desenvolvimento de Atitudes
Saudáveis; e como decorrência o índice de zero acidente neste período de quase dois
anos; elevação do nível de auto-estima; ampliação de conhecimentos; melhoria da
consciência sócio-ambiental, etc.
b) Arrecadação mensal de alimentos doados pelos colaboradores – a cada um quilo
doado pelos colaboradores, a Isorel complementou com mais um quilo. Foi feita a
distribuição mensal de cestas básicas para diversas instituições (creches, APAE,
comunidades circunvizinhas) e distribuição de brinquedos em homenagem as crianças em
eventos como Dia das Crianças e Natal, sendo beneficiadas mais de 1500 crianças da
comunidade do entorno da empresa.
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c) Implantação do Programa de Voluntariado para
incentivar a prestação de serviços voluntários pela força de
trabalho bem como visitas e interação com
instituições carentes.
f) Gestão do Programa Quero Aprender, que possibilitou o retorno às salas de aula, para
mais de 40 colaboradores com baixo nível de escolaridade, residentes na cidade de
Candeias e regiões circunvizinhas. Este programa teve início em 2008, com duas turmas
e terá seu número ampliado para 3/4 turmas em 2009/2010, para que os colaboradores
tenham a oportunidade de cursar o ensino médio. As aulas são realizadas no SESI-
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Candeias. Esta ação merece destaque por ter sido uma ação inovadora da Isorel,
comparada com as empresas do mesmo segmento, atuantes no município, cuja iniciativa
tem sido amplamante reconhecida pela Petrobras, como ação exemplar, principalmente
por ter realizado um Diagnóstico Educacional, de forma a balizar a implementação deste
projeto.
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Assinatura do Termo de Compromisso, em 12/05/08, entre Isorel Locação e Serviços Ltda, Refinaria Landulpho Alves e Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e
Esportes.
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Dessa forma, o voluntariado está em linha com as políticas de recursos humanos
como instrumento de desenvolvimento de habilidades interpessoais, liderança e trabalho
em equipe, como forma de canalização da motivação das pessoas, para a criação de um
clima organizacional positivo.
Os anos 90 trouxeram um modelo de voluntariado, que segundo o Programa
Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária, lançado em 1997, “voluntário é o
cidadão que, motivado por valores de participação e solidariedade, doa seu tempo,
trabalho e talento de maneira espontânea e não remunerada em prol de causas de
interesse social e comunitário”. Esse modelo baseia-se no novo conceito de participação
social e solidariedade, que significa ter capacidade de assumir responsabilidade social e
dedicação na solução de problemas comunitários. (CAMPELLO, 1998)
Com esse propósito, também desenvolvi ações voluntárias como consultora técnica
e comportamental (no período de 1998 até hoje), em diversas instituições, das quais
destaco as seguintes:
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focando a estruturação de carreiras e desenho de cargos para a construção de projetos
profissionais.
Um dos desafios do grupo foi sintetizar seu aprendizado para a disseminação
desses conhecimentos durante a realização do Congresso de Gestão de Pessoas –
AquaRHela para Liderar, realizado em 2008, o que foi alcançado com muito êxito. Todos
os grupo estiveram presentes no stand da ABRH-BA e participaram de forma integrada
para alcançarmos este resultado.
Reunião dos Facilitadores dos Grupos de Estudos Apresentação da produção dos Grupos durante o Congresso 2008
Seminário promovido pelo SINDAE para apresentação do PCSC, com participação da Diretoria da Embasa
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III - O QUE APRENDI?
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Até aqui apontei para um poder que vemos no exercício da autoridade e que se
manifesta como força de persuasão.
Desejo apontar agora para um outro “Poder”. O poder daquele/a que, alicerçado
em valores e ética, é guiado pelas leis divinas.
O poder que não se vincula necessariamente a cargos e estruturas, mas um poder
que brota da relação verdadeira com o Divino, com a espiritualidade, com as leis na
natureza, com a harmonia universal.
É nosso dever lidar com a verdade. Agir com transparência. Verdade implica em
responsabilidade. Por isso muitos a temem!
Somente quando estamos convencidos desta verdade, e agimos com
responsabilidade, então poderemos servir.
Creio que só então não mais usaremos o nosso trabalho, cargo ou função para
almejar poder pelo poder e querer honra ao mérito.
Não precisaremos mais querer nos sobrepor aos outros, pois a nossa autoridade
não vem pelo nosso cargo, mas pelo nosso serviço. Quem sabe, de formas extremamente
simples, sem grandes sinais e prodígios.
Fé é uma grandeza a ser vivida, uma manifestação que “transpiramos” e a
transmitimos na maneira como agimos e reagimos.
Recebo o poder de poder sair de mim mesmo e abrir janelas e portas internas para
ver e agir com aqueles e aquelas que estão ao meu lado.
Recebo o poder de poder ver o meu próximo além das aparências e preconceitos.
Recebo poder de poder reconhecer fragilidades, limites e poder dizer “isso não
quero mais”, “isso não preciso mais”, aquilo “não posso mais”,
Recebo o poder de poder elaborar uma ética de vida segundo os propósitos das
Leis Divinas.
Recebo o poder de poder dirigir essas palavras e ainda assim saber que são
insuficientes para poder anunciar que o dom de liderar é preciosa graça de Deus para
simplesmente poder ... servir!
Tudo isso nos faz reconhecer o quanto necessitamos refletir sobre o exercício da
liderança em nosso meio e, sobretudo como atuamos como consultores.
Percebo que o tempo da autoridade imposta e inerente a uma determinada função,
da autoridade pela autoridade, está terminando (se é que já não acabou). Está
terminando o tempo do poder absoluto, da imposição, da representação e da
“teatralidade”. Esses modelos não satisfazem mais. Estamos nos tornando cada vez mais
exigentes em nossas relações, especialmente no que diz respeito a relação dos outros
para conosco.
Por isso destaco o texto de Cleyson Dellcorso, Liderar e Servir: paradoxo ou
realidade?
“Em uma época em que o termo liderar ainda é confuso para um grande
número de pessoas, encontramos um novo líder surgindo nas organizações: o líder
servo.
Não se trata de uma nova modalidade de liderança, pois este procedimento
é encontrado ao longo da história desde há muitos anos, mas ultimamente,
verdadeiros líderes vêm se conscientizando da necessidade de liderar e servir, que
para muitos é a única forma perene da liderança.
O termo líder-servo une dois opostos cujo entendimento depende da
sensibilidade das pessoas. O líder servo é a união dos dois extremos: lidera e serve
a equipe sob seu comando.
Indivíduos que praticam cada um destes conceitos isoladamente
apresentam comportamentos diametralmente opostos, porém aqueles que os
praticam em conjunto têm uma liderança verdadeiramente eficaz... O líder servo é
um agente de mudanças, pois consegue transformar um sonho em realidade, com
ações baseadas na sua visão, que é ampla e dirigida ao bem comum. Ele consegue
servir sem perder a liderança, estreitando relacionamentos e trazendo cada vez
mais seguidores para o seu convívio. Os liderados têm satisfação e prazer em
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colaborar para que objetivos sejam atingidos, solidificando sobremaneira o
relacionamento entre os membros da equipe, reduzindo drasticamente o espírito
competitivo, onde todos sabem o que querem e onde pretendem chegar, e
formando um conjunto harmonioso costumam atingir todos os objetivos e metas
determinadas...
As equipes comandadas por um líder servo são eficazes e muito produtivas,
onde todo o grupo compartilha conhecimentos e pratica o mentoring mútuo com
nítidos benefícios ao grupo e à organização.
Esta necessidade nos alerta para que os líderes passem por um processo
que os transformem em servos sem perderem a sua liderança, o que implica em
aprender muitas coisas e desaprender outras...
O resultado das atitudes de um líder-servo é uma nova visão de homem, um
conceito de poder e valores organizacionais diferentes dos praticados atualmente,
pois integra o trabalho, a família e humaniza a organização, tornando-a um meio de
crescimento pessoal e de auto-realização”.
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O principio biocêntrico se fundamenta na concepção de que o Universo é um
imenso sistema vivo. A vida, na sua expressão mais sutil, impregna tudo o que existe,
sustenta a totalidade. A dinâmica universal é a expressão da vida.
O humano enquanto ser relacional experimenta esse pulsar da vida por meio da
vivência do aqui e agora nesse mergulho através da conexão com o todo, com o outro e
consigo mesmo.
O princípio biocêntrico propõe a idéia de liderança que esteja em constante
construção e que não se esgote nele próprio, mas que tenha sempre em sua composição
este estilo de viver onde o humano é percebido como fio da teia da vida, com vínculos
cada vez mais fortificados e que a organização seja abordada exatamente como um
sistema vivo que é. Sem esquecer, porém que o observador faz parte do observado.
Sabe-se que é a conexão com a vida e tudo que a mantém que abre caminhos
para a formação de uma nova cultura de paz, de felicidade e de integridade do ser no
mundo.
Assim também é Liderança Sistêmica ou Transliderança.
Como conhecemos um líder sistêmico?
• Além de toda a função que exerce na empresa é também considerado um
terapeuta - pode ajudar muitas pessoas a se desenvolverem e cada vez mais
ampliarem sua competência de Ser, desvelando o Ser que ele já é.
• Assume a sua própria vida, tem a coragem e a força para vivê-la e transformá-la.
• É espelho e estímulo para as pessoas com quem convive.
• Assumir a sua própria vida é acreditar, ter fé, e disposição para buscar aquilo que
sonha, deseja, e também poder se entregar aos pedidos que a vida faz e fluir com
ela.
• É assumir os riscos de inovar, experimentar, caminhar por estradas
desconhecidas ou ainda não tão habituais.
• Um líder confia na vida, em si e nas pessoas. Esta confiança lhe da força para
viver e aceitar a vida como ela é, os problemas como desafios, e as frustrações
como oportunidades de aprendizado e crescimento.
• Visão ampla e clara de uma águia, visão sistêmica de um bom pastor.
• Ao líder é dada a incumbência de seguir na frente.
• E com o coração da mãe, a porção do arquétipo feminino da liderança, ele tem a
paciência de ouvir com os ouvidos do coração, os estágios e as diferenças de
todos os seus liderados.
• E junto com a paciência e a sabedoria, vai se movendo para criar e disponibilizar
as condições para que as sementes sejam plantadas, os desejos sejam
contemplados , os objetivos atingidos e os frutos colhidos.
Os Princípios da Transliderança são:
• Transliderança é ir além do papel da liderança tradicional (dê os resultados,
consiga o máximo de todos os recursos tecnológicos e humanos e que
viabilize atingir todas as metas estabelecidas no tempo previsto).
• Na Transliderança espera-se que o líder reconheça e viva a sua verdadeira
função: desenvolver-se, e assim desenvolver as pessoas, a empresa e a
comunidade, contemplando que todos têm uma multidimensionalidade,
integralidade e singularidade.
• E com essa visão utilizar a empresa, o trabalho, os desafios, as metas e os
resultados, como meios para alcançarmos esse desenvolvimento, e assim
fazermos o nosso processo de transformação; reconhecer, ressignificar e
transformar nossas crenças distorcidas.
• Essas crenças são alavanca na busca da transformação e da solução.
Diante dessas crenças temos 2 escolhas: Ficarmos paralisados na
dificuldade, gastando muita da nossa energia vital para sustentar todas as
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defesas que construímos para mantê-las e assim me manter equilibrado;
Entrar em contato com o desconforto gerado por elas, utilizá-las como
oportunidades de crescimento e transformação.
Através dos pressupostos da Transliderança pude aprender que:
1- A missão do líder é transformar as suas crenças, as da equipe, da empresa e
do planeta.
2- Acreditar que todos nós possuímos a sabedoria interna expressa pelas nossas
qualidades e competências, essa é a nossa Luz;
3- Transformar dificuldades, as crenças distorcidas, em oportunidades de
crescimento;
4- Reconhecer e integrar corpo, emoção, mente, espírito e sistema, para facilitar
as relações entre si e com o meio (multidimensionalidade);
5- Aceitar as singularidades humanas e reconhecer que também somos todos
iguais, pois somos seres humanos;
6- Conscientizar que o espaço do trabalho é um grande palco, onde passamos o
maior tempo da nossa vida, e onde desempenhamos os papéis de ator e
expectador da construção e transformação da nossa história;
7- Integrar os arquétipos masculinos e femininos dentro de nós para liderar, assim
como fizeram: Cristo, Buda e Gandhi.
Liderança é uma arte. E, na arte de liderar, o instrumento do artista é
o seu próprio Ser. Dominar a arte de liderar é dominar a si próprio.
Em última instância, o desenvolvimento da liderança é um processo
de autodesenvolvimento!
Kouzes & Posner
Se aprendermos a potencializar o que cada ser humano tem de melhor, não
encontraremos tantos espaços vazios onde deveriam ter redes de relações tecidas com o
fio da amorosidade.
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nós temos características positivas e outras nem tão positivas assim. O que precisamos é
cultivas nossas coisas boas e diminuir a cada dia as nossas características negativas,
nossa inveja, nossa descrença, enfim, tudo aquilo que é incompatível com uma vida
virtuosa. Isso é um exercício de desapego. Viver uma boa vida concentra-se em três
temas principais: dominar os desejos, desempenhar as obrigações e aprender a pensar
com clareza a respeito de si mesmo e de seu relacionamento com o restante da
comunidade humana.
3. “Nossos desejos e aversões são déspotas impacientes. Exigem satisfação imediata. Os
desejos ordenam que nos apressemos para obter o que queremos. E as aversões
insistem que evitemos aquilo que nos causa repulsa”. Desejos e aversões, apesar de
poderosos, não passam de hábitos. E podemos treinar para ter hábitos melhores. Por
isso, escolhi ficar em paz e encarar os acontecimentos com energia, fé e otimismo.
4. Os fatos acontecem como tem de acontecer. As pessoas comportam-se de acordo com
o que são. Aceite as coisas e as pessoas como elas são realmente. O consultor não tem
o poder de mudar uma organização ou as pessoas que estão ali. Somos apenas
instrumentos para despertar mudanças... sobre as quais as pessoas tem livre arbítrio.
Ninguém muda ninguém. Isso é fato! Não estou falando de conformismo, mas de
aceitação real. O conformismo nos apieda, nos diminui. A aceitação nos fortalece.
5. Comporte-se de acordo com as leis da natureza. Harmonize sua vontade, suas ações,
da maneira como a vida é. As coisas têm um tempo certo de ser. A natureza é sábia. Não
há como contrariá-la. O rio tem seu próprio curso, com sua força. Cada organização
possui uma história e cultura própria que deve ser respeitada, preservando-se a memória
de fundador.
”Senhor, conceda-me a serenidade para aceitar com resignação as coisas
que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso e a
sabedoria para saber a diferença”.
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é o direito ou a capacidade de fazer o que se quer. A liberdade vem da compreensão dos
limites de nosso próprio poder e dos limites naturais estabelecidos pela providência
divina. Ao aceitar os limites e inevitabilidades da vida e ao trabalhar com eles, em vez de
lutar contra eles, é que nos tornamos livres. Se, por outro lado, sucumbimos a nossos
desejos passageiros por coisas que não estão sob nosso controle, a liberdade está
perdida”.
10. Atenha-se aos fatos. Evite adotar os pontos de vista negativos de outras pessoas.
Lembre-se que você deve saber distinguir entre os acontecimentos e a sua interpretação
desses acontecimentos. Quando você estiver conversando com alguém que esteja
deprimido, magoado ou frustrado, demonstre-lhe bondade e gentileza e ouça com
simpatia seu desabafo. Só não se deixe levar também pela depressão. Se isso o
ameaçar, pense positivamente: sai desse corpo que não te pertence. E sorria!
11. Fazer sempre o seu melhor, independentemente do seu papel na vida, cargo ou
função. Onde quer que você esteja e quaisquer que sejam as circunstâncias, procure
apresentar o seu melhor desempenho. Extraia de si mesmo o melhor e só assim poderá
extrair o que há de melhor nos outros.
12. Pensar positivo. Você se torna aquilo que você pensa. Evite atribuir
supersticiosamente aos acontecimentos poderes ou significados que eles não possuem.
Tudo o que acontece com você tem um bom motivo para acontecer. Todos os
acontecimentos contêm algo vantajoso para você – se você quiser procurar! Tudo tem um
aspecto positivo, depende do que você quer ver: As coisas têm muitos jeitos de ser,
depende do jeito que a gente quer ver.
13. Preserve-se. Fale apenas com uma boa finalidade. Pense antes de falar e certifique-
se de que o irá falar terá uma boa finalidade. O falatório vazio é um desrespeito aos
outros. A exposição inconseqüente de sua intimidade é um desrespeito a você mesmo.
Se for preciso, mantenha-se, em silêncio ou fale com moderação.
14. O lazer e a diversão são sutis. Escolha-as de acordo com o seu estado e espírito.
Evite as diversões vulgares. Não desperdice seu tempo e atenção com coisas que não
têm importância. Divirta-se. Isso o deixará mais leve e com mais forças para vencer
quaisquer desafios. Se a saúde não está 100%, resguarde-se, proteja-se de lugares muito
populosos, para não estar mais vulnerável a adquirir uma doença qualquer. Certamente
você irá descobrir o prazer em outras atividades de lazer que antes nem imaginava!
15. Gerencie seu nível de estresse. Às vezes nos tornamos agitados e frustrados à
medida que a quantidade de trabalho vai crescendo. Muitos de nós temos de aceitar que
o estresse vem junto com o trabalho, mas nem sempre tem que ser assim.
O estresse é quase sempre um empecilho para a produtividade e pode prejudicar
seriamente a nossa saúde. Uma boa saúde é uma poderosa arma contra o estresse. Uma
dieta nutritiva, descanso, lazer e exercícios regulares.
16. Saiba quando dizer não. Reconhecer limites de tempo e estresse são fundamentais
para evitar sobrecarga de responsabilidades. Se você está vivendo um dia estressante,
tente parar por um tempo, tire sua mente do trabalho por alguns minutos, respire fundo
algumas vezes. O ar é a energia vital que nos renova.
17. Não tente ser perfeito. Faz sentido e é admirável buscar a excelência, mas cuidado
para não adicionar estresse e encargo, desnecessariamente, sobre você mesmo. Faça
uma auto-análise flexível. Seja um consultor mais calmo e disciplinado, pronto para
assumir novos desafios.
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18. Conviva com as pessoas respeitando, sobretudo, seus valores espirituais. Seja
seletivo com relação aos que você toma como amigos, colegas e vizinhos. Todas essas
pessoas podem afetar seu destino. E tudo o que precisamos é de energia positiva. O
segredo é só procurar a companhia de pessoas que o elevem, cuja presença desperte o
que há de melhor em você. Lembre-se, porém, de que a influência moral é uma via de
mão dupla e, portanto, nossos pensamentos, palavras e ações devem exercer uma
influência sempre positiva naqueles com quem convivemos. Desperte o que há de melhor
nos outros.
"Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e
enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós
mesmos." (Miguel Unamuna)
19. Talentos pessoais. Procure saber, em primeiro lugar, quem você é e do que é capaz.
Assim como não se pode criar grandes coisas em um instante, também leva tempo para
aperfeiçoar nossos talentos e atitudes. Estamos sempre aprendendo, sempre crescendo.
É bom aceitar desafios. É desta forma que progredimos para o nível seguinte de
desenvolvimento intelectual, físico ou moral. Ainda assim, não se iluda: se você tentar ser
alguém ou alguma coisa que não é, vai atrofiar seu verdadeiro eu e acabar não
desenvolvendo os potenciais em que você teria se destacado, naturalmente.
3) RELAÇÕES EM PARCERIA
A atuação em parceria com um sindicato de trabalhadores me proporcionou uma
ampliação de percepção acerca do movimento sindical no Brasil. Eu tinha a visão míope
de que todo sindicato possuía uma forma de ação “shiita” na reivindicação e/ou
cumprimento dos direitos dos trabalhadores. Hoje compreendo que é necessária uma
negociação flexível, transparente, aberta, focada e com objetivos claramente definidos, de
forma compartilhada, verdadeiramente democrática, diante de um sistema de exploração
do trabalho, cujo capitalismo ainda o mantém selvagem.
O movimento sindical é absolutamente necessário dentro desse modelo
socioeconômico para assegurar que a cidadania do trabalhador e seus respectivos
direitos sejam assistidos de forma justa e coerente. E a habilidade de negociação é
elemento diferencial nessas interrelações.
A prática sindical local de interlocução com os trabalhadores foi uma novidade para
mim. Tive a oportunidade de falar diretamente aos trabalhadores, podendo esclarecer
suas dúvidas em tempo real.
4) CONSULTORIA LIBERTADORA
Em vários momentos de minha trajetória quase fui objeto de manipulação de
contratantes... daí porque considero de fundamental importância o profissional sempre se
questionar: a serviço de quem desenvolvo este trabalho? Para que eu estou aqui? Quem
será realmente beneficiado? É justo e certo o que pretendo fazer, ou o que estou
fazendo?
São reflexões que devem sempre nos acompanhar, permanentemente. E, lendo
um trecho do discurso de Nizan Guanaes, para uma turma de formandos, não poderia
deixar de ratificar:
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo
coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo que realiza, que o dinheiro virá
como conseqüência. Geralmente, os que só pensam em dinheiro não o ganham.
Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído
antes, na alma.
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Segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em
todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a
maioria morre de fome e a minoria morre de medo.
Meu terceiro conselho vem da Bíblia: “Seja quente ou seja frio, mas não seja morno
que eu te vomito.” É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. Faça, erre,
tente, falhe, lute. Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer
história. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e
mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de
possibilidades na outra.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque
você vai trabalhar enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, mas o
tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o
trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não
conhecerão. E isso se chama sucesso.
Isso é ter tido sucesso: “Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas
inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e
suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros;
deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim
ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil
porque você viveu. Isso é ter tido sucesso”. (Ralph Waldo Emerson)
“A maior de todas as regras de sucesso é a seguinte: faça ao outro como se você
fosse o outro”. (Napoleon Hill)
O servir empático, incondicional é um exercício que vem da essência, ouvir o não
dito, ler nas entrelinhas, pela intenção de servir verdadeiramente.
O consultor deve trabalhar em prol de uma organização, um grupo ou sociedade ou
até mesmo da humanidade, não deve estar focado egoisticamente nos seus próprios
interesses, deve estar sempre visando o bem comum, nada mais.
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IV - CONCLUSÃO
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Através desse crescimento pessoal vem também a autorrealização, pois consigo
conviver integrando o trabalho, família, realização pessoal, lazer, cuidados com a saúde,
amizades, espiritualidade, etc, que me proporcionam uma boa qualidade de vida.
Sinto-me feliz assim e acho que, modestamente, minha vida contribuiu e tem
contribuído para ajudar meus semelhantes e organizações de diversos portes e
segmentos.
Desta forma, compartilho e retribuo à sociedade os conhecimentos que obtive
dessa interação com pessoas e organizações, os quais, espero, contribuam para a
melhoria do desempenho de outros profissionais, consultores da área de RH e afins,
tornando-se uma efetiva contribuição para o desenvolvimento sustentável em nossa
sociedade.
A vida dedicada à sabedoria é uma vida voltada para a razão. É importante
aprender como pensar com clareza. A clareza de pensamento não é uma atividade que
acontece por acaso. Exige treinamento específico. É através da clareza de pensamento
que somos capazes de direcionar corretamente nossa vontade, manter-nos fiéis aos
nossos verdadeiros propósitos e descobrir qual é o nosso relacionamento com os outros.
A dificuldade em gerenciar relacionamentos é que nos é exigido algo mais do que
requerem a tecnologia e as rotinas automatizadas - a necessidade de conhecer-nos e
sermos autênticos.
Ser autêntico é simplesmente ser honesto consigo mesmo e direto e franco com os
outros.
Qualquer que seja a razão, a autenticidade continua sendo uma mercadoria
escassa em nossos ambientes de trabalho. A maior parte das interações carrega
elementos de desempenho de papel, posições e estratégia.
Um consultor autêntico não é um paradoxo, mas uma vantagem competitiva
obrigatória, embora infelizmente pouco comum. O problema da autenticidade é que ela é
uma estratégia de alto risco, porque nada contra a corrente em uma cultura controladora,
em que a maioria de nossas organizações permanece.
Ela também requer alguma fé em nós mesmos: temos de nos afinar na dimensão
sensível de nossa conexão com os outros. Muitos de nós gastamos nossos dias
desenvolvendo o cérebro e deixando de lado o corpo e suas partes sensíveis para serem
recuperados à noite. Mesmo assim, quando decidimos assumir o risco de ser autênticos,
temos dificuldade em fazê-lo.
Com Peter Block, através do livro Consultoria – o desafio da liberdade, aprendi a
reconhecer e lidar com as dimensões internas e externas deste delicado trabalho; o
envolvimento profissional e pessoal.
O consultor não deve criar dificuldades desnecessárias. Devemos simplificar
aquilo que parece, ou é, complexo. Não somos apenas espectadores. Participamos. Nos
empenhamos. Questionamos. O consultor deve saber perguntar e não apenas preocupar-
se em dar respostas.
A objetividade e a necessidade de se trabalhar com vontade e com o coração são
características inovadoras e determinantes para o sucesso profissional num contexto
organizacional moderno, dentro do conceito de globalização, utilizando estruturas práticas
e contemplando a necessidade de tomadas de decisões estratégicas e rápidas.
Block recomenda, sempre que estiver com um cliente, pergunte-se a você mesmo
duas coisas: 1. Estou sendo autêntico com essa pessoa neste momento? 2. Estou
cuidando do negócio da fase de consultoria em que me encontro?
E eu complemento esse pensamento dizendo que se você quer saber se o seu agir
é ético, faça três perguntas:
• O que estou fazendo é justo e certo?
• O que estou fazendo prejudica ou afeta negativamente alguém?
• Eu poderia falar sobre isso aos meus filhos?
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A consultoria em sua melhor forma é um ato de amor: o desejo de ser
genuinamente útil a outros. Usar o que sabemos, ou sentimos, ou sofremos no caminho
para diminuir a carga dos outros.
A preocupação sobre se a consultoria externa ou interna de fato acrescenta algum
valor origina-se de algumas mudanças mais profundas em como entendo minha própria
vida e o trabalho que faço.
Vale refletir sobre como temos comercializado nossos serviços e o que significa
chamar a nós mesmos de um negócio. Isso envolve buscar uma forma melhor de pensar
nossa prática, independentemente de indagar como os clientes se sentem a nosso
respeito e se o negócio que praticamos está crescendo.
Em uma prática baseada em cuidado, cada cliente se torna importante, e a
estratégia de marketing é basicamente fazer um bom trabalho. Além disso, a cultura
oferece um alto prêmio para o sucesso econômico. Mas a comercialização de nossa
profissão é mais uma mentalidade do que uma exigência de crescimento. É uma questão
de propósito e foco, e por isso se torna uma questão ética.
Para criar uma prática ética, devemos lembra-nos de permanecermos fiéis a nosso
valor. A consultoria não pode ser bem feita sem o cuidado genuíno para com o cliente.
Faço minhas as palavras de Peter Block, quando afirma que “o coração da
consultoria está no contrato e gerenciamento social em um mundo autogerenciado.”
Buscar o divino em cada um de nós, ou em nossas comunidades, nos confrontaria
de maneiras para as quais muitos de nós não estamos preparados.
A partir de todas as experiências aqui relatadas, é que sinto capaz de ousar, me
lançar em outras aventuras!
Meu objetivo (profissional e pessoal) é viver de acordo com todos os princípios,
valores e pensamentos aqui citados. Por isso procuro sempre lembrar-me deles!.
“Minha vida intelectual é inseparável da minha vida. Não sou daqueles que tem
uma carreira, mas uma vida”. (Edgar Morin).
A felicidade é o único objetivo que tem valor na vida. Nós a conquistamos deixando
de lado as coisas que estão fora de nosso controle. Não podemos ter o coração leve se
nossa mente é um poço lastimável de medos e ambições.
A verdadeira felicidade é sempre independente de condições externas. A felicidade
só pode ser encontrada internamente.
A verdadeira essência do bem só pode ser encontrada nas coisas que estão sob
nosso controle. Precisamos ter sempre isso em mente. Assim, ficaremos muito menos
vulneráveis à inveja ou à sensação de incompetência, comparando-nos desprezivelmente
aos outros e às suas realizações.
Em 1975, Gonzaguinha dispensou os empresários e essa atitude foi fundamental
para sua carreira. Segundo Gonzaguinha a vantagem de trabalhar independente dos
empresários está nos contatos que o artista mantém com várias pessoas, o que concorre
para recuperar-se a base humana do trabalho. O ano de 1975 foi particularmente
importante na vida do compositor, a exemplo da canção Um Homem Também Chora, da
qual trago alguns versos.
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
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Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
Isto se aplica a todas as dimensões de minha vida. Inclusive, ser consultora: papel
estratégico de poder servir para conhecer o passado, compreender o presente e antecipar
o futuro como garantia de sustentabilidade do negócio!
38
REFERÊNCIAS
BLOCK, PETER. Consultoria o desafio da liberdade. Makron Books: 1991.
CAMPELLO, Cristina M. T. Desenvolvimento Sustentável , Cidadania e Trabalho
Voluntário . In Conjuntura e Planejamento , Salvador , SEI , n.55, p. 4-7, dez. 1998.
CHIORLIN, Vilma e REGIS, Leda. Liderança Sistêmica - um caminho para a Transliderança -
Editora Helvécia, 2007.
COSTA, Ana Claudia Athayde. Minha Vida Reescrita em Verso e Prosa: síntese de uma
neoplasia mamária. Salvador, Helvécia, 2007.
JUNQUEIRA, Luiz Augusto Costacurta. E então você quer ser consultor?
www.institutomvc.com.br/costacurta/artla43_e%20entao_cons.htm
DELLCORSO, Cleyson. Liderar e Servir: paradoxo ou realidade?
http://www.intranetportal.com.br/colab1/col7
FELIX, Fabíola Maria Ferreira. Liderança Biocêntrica: Uma nova forma de caminhar. Revista
Pensamento Biocêntrico. Pelotas-Nº 10 jul/dez 2008.
http://www.pensamentobiocentrico.com.br/content/edicoes/revista-10-07.pdf
FLORES, Feliciano Edi Viera, org. Educação Biocêntrica: aprendizagem visceral e integração
afetiva, Porto Alegre: Evangraf, 2006.
HEIDEMANN, Enos. Liderar: Poder ... Servir. http://www.sinodors.org.br
39
ANEXO 1
Currículo resumido
40
41
ANEXO 2
Atualiza
FORD – UFBA/FAPEX
SESC
Isorel Locação e Serviços Ltda.
MCE Engenharia
NM Engenharia
SINDAE / EMBASA
Vitalmed
CREA-BA
Grupo LM Transportes
Fiesta Bahia Hotel
Executive
ENSO Treinamentos Ltda.
Bahia Pesca
CIPÓ Comunicação Interativa
TECON – Grupo Wilson, Sons
Faculdades Ruy Barbosa
Faculdade de Artes, Ciências e Tecnologias-FACET
Centro Universitário Jorge Amado - UNIJORGE
Depto. Policia Federal – ANP-DPF / DF
PETROBRAS (GERAB e RLAM-BA)
PRODEB
COELBA
Caraíba Metais e Mineração Caraíba
Jornal A TARDE
ISOPOL – Grupo DOW
American Express
Instituto de Olhos Freitas
Klabin Bacell
UCE - Universidade Corporativa EMBASA
EMBASA – EOI (Eng. de Obras do Interior)
FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências
CEFET/BA
Obras Sociais de Irmã Dulce – OSID
FIEB/ CIEB /SESI / SENAI
Bittencourt Lopes Imóveis
SERH Recursos Humanos
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ANEXO 3
1. Bahia Pesca
2. CREA
3. Fatos e Dados
4. Cipó, e outros...
43
ANEXO 4 – TERAPIA ORGANIZACIONAL - TEOR
44
ambiente; liberação e aproveitamento mais adequado do potencial existente em cada
participante do processo; resgate dos potenciais adormecidos.
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ANEXO 5 – GRUPO MULTIRREFERENCIAL
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contribuição do campo morfogenético e do campo mórfico. Eles são as mais recentes
explicações sobre as influências dos “campos de informação invisíveis” nas nossas vidas.
As contribuições integradas:
• Constelações organizacionais;
• Princípios fundamentais do sistema organizacional.
www.lmconsultoria.psc.br
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