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ASS..

SAMELA GATA

SAMELA

emancipação administrativa e política desde 1904emancipação


administrativa e política desde 1904, só tendo conseguido seis anos depois, em 1910.
Centro de um comércio desenvolvido e da cultura do cacau, prédios de alto valor,
mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens e
padarias. Esse era o Arraial de Tabocas no início do movimento para a separação de
Ilhéus e a troca de nome.
A disputa entre os líderes locais ficou ainda mais acirrada nos anos que antecederam
a emancipação política e administrativa do Arraial.
De acordo com os historiadores, de um lado estavam os correligionários de José
Firmino Alves, o fundador da cidade, e no outro ficavam o pessoal do coronel Henrique
Alves do Reis. Os dois grupos lutando pela emancipação.

Divergências
O ponto de divergência estava em quem iria ficar com a glória da emancipação e
teria mais privilégios junto à intendência de Ilhéus e ao governo do estado.
Quem conseguisse a emancipação ficaria por cima na política local, mas a tarefa não
foi nada fácil, pois a intendência de Ilhéus não estava disposta a abrir mão do seu mais
importante distrito.
Os debates em torno da escolha do nome para o arraial esquentaram em 6 de março
de 1905. Dessa reunião participaram líderes como Ramiro Nunes de Aquino, José Firmino
Alves, Paulino Vieira e Benigno Azevedo.
Segundo o historiador Adelindo Kfoury Silveira, começa ali as sugestões de nomes,
sendo os mais lembrados Firmino Alves e Henrique Alves. Os dois recusaram a
homenagem, ao contrário dos "líderes" de hoje, ávidos de colocar seus nomes em obras e
cidades.
Adelindo conta que durante a reunião para a escolha do nome da localidade, como
havia um grande impasse, o biscateiro conhecido como João Colete passou em frente à
casa onde ocorria o encontro e gritou: "bota Maria Buna!" Maria Buna era o apelido de
uma lavadeira da cidade.

"Ita" + "Una"
Depois de risos e protestos, o farmacêutico Artur Nilo de Santana, sugeriu Itabuna.
No entanto, antes da sugestão do nome, o farmacêutico lembrou que, na língua dos
índios, primeiros habitantes da localidade, "Ita" que dizer Pedra e "Una" Preta. Pedras
pretas era o que não faltava no Rio Cachoeira, que atravessa a cidade.
O nome de Itabuna foi aprovado por unanimidade dos presentes, mas só se tornou
oficial tempo depois. A partir daí se intensificou a luta pela emancipação política de
Tabocas.
De 1905 a 1910 foram registrados diversos conflitos entre os correligionários dos
líderes Firmino Alves e Henrique Alves que, embora tivessem sobrenomes iguais, não
eram parentes. A batalha tanto ocorria no campo político quanto no das agressões
físicas.
Finalmente, em 28 de julho de 1910, após o governador da Bahia, João Ferreira de
Araújo Pinho, sancionar a lei 807, Itabuna conseguia emancipação política e
administrativa.
A nota vergonhosa foi que o fundador da cidade, Firmino Alves, o homem que mais
lutou e se dedicou a ela, não foi convidado para a leitura do ato de emancipação porque
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens
e era opositor de Henrique Alves, que fez a apresentação do documento no Conselho
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens
e
[Home] [História] [Economia] [

Ruas antigas de Itabuna são como páginas da sua própria história,


guardando lembranças dos fatos marcantes de nosso passado. A
Avenida do Cinquentenário é uma das mais ricas em reminicências.
Espinha dorsal da cidade, imponente e trepidante, lá pelos idos de
1901 como simples picada avançada mato a dentro, partindo da
margem de um lagoa existente onde hoje é a Praça Adami, caminho Lista
alternativo e seguro quando as enchentes do Cachoeira alagavam a
Rua da Areia, tranformando-se no melhor acesso para a sede do Itabuna
Faça parte da nossa turma! C
Conselho Municipal que se localizava onde hoje é o prédio do Marabá. Lista Itabuna preenchendo o c
Pelo lado oposto da lagoa em sentido inverso, já existia a Rua da
Lama onde se concentravam casas comercias, bares e escritórios de e seja bem-vindo!
firmas compradoras de cacau. Em 1904, quando Cel. Henrique Alves Inscreve
dos Reis assumiu a liderança do grupo Adamista, logo procurou
atender pleito dos comerciantes mandando entulhar a lagoa, Uma lista para a
transformando o local na Praça Adami. Em sua homenagem , os Uma lista só sobre a Universid
beneficiados mudaram o nome da Rua da Lama para Henrique de Santa Cruz (Uesc). Inscrev
Alves. preenchendo o campo abaixo
mail e nome. Automaticament
passará a receber mensagens
Aos lados daquele caminho que adentrava a mata, já agora a partir UESC, e poderá enviar também
da nova praça, começou a surgir uma infinidade de casebres. Em vindo ! Para entrar na lista pre
seu E-mail:
1912, o Intendente Antônio Gonçalves Brandão resolveu urbanizar a
área, acabando com os casebres e fazendo trabalho de entulhamento Inscreve
dos brejos existentes em seu percurso. Assim , transformou aquilo em
uma rua larga e calcetada. O povo batizou-a como a Rua do Buri, em
razão da enorme palmeira que teve de ser derrubada para não
prejudicar o traçado planejado. Essa rua começou a avançar cada vez
mais, surgindo construções de casas modernas, instalando-se
pensões, depósitos de cacau, armazéns e até algumas famosas casas
de meretrício...

Anos depois, a rua Henrique Alves teve seu nome mudado


para J.J. Seabra em homenagem ao governador da Bahia e a rua do
Buri, numa festividade da independência do Brasil foi oficialmente
batizada como Sete de setembro. No dia 26 de junho de 1926 o então
Intendente Henrique Alves inaugurou um grande trecho em
calçamento de pedras irregulares, tendo por baixo as tubulações do
sistema de esgoto geral do centro da cidade. Foi orador oficial o
farmacêutico Arthur Nilo Santana, sendo a fita cortada por D. Odete
Maron e Sr. João Rocha Franco. Passou a ser "Avenida" e não mais
simplesmente rua.

Enquanto a Seabra esbarra no prédio residencial da família de Cel.


Adolfo Maron, na Praça santo Antônio, a "Avenida" Sete de Setembro
avançava sempre, ganhado maior importância não só pelos
melhoramentos nela introduzidos pelo prefeito Francisco Ferreira da
Silva na década de 30 e Armando Freire na década de 40, como
também pela construção do Campo da Desportiva, surgido em área de
sua fazenda cedida pelo Cel. Berilo Guimarães.

A partir da década de 50, o prefeito Francisco Ferreira, no seu


segundo mandato, mandou elaborar plano para alargar a avenida e
troná-la principal Via de trânsito da cidade. Começaram aí os trabalhos
de corte e alargamento, sobretudo da rua J.J. Seabra que permanecia
estreita, guardando ainda as mesmas dimensões de quando era Rua
da Lama. Em 1959, tomou-se posse como prefeito José de Almeida
Alcântara e graças a sua tenacidade e determinação em pouco tempo
a Rua J.J. Seabra foi alargada, com o prosseguimento do recuo nos
prédios ainda fora de alinhamento. Retificada e reurbanizada em toda
sua extenção, a avenida Sete de Setembro fundiu-se com a Rua J.J.
Seabra. Na praça Santo Antonio, persistia a residência da família
Adolfo Maron. O prefeito Alcântara envidou todos os esforços,
indenizou partes, desapropriou glebas adjacentes, enfim, tanto lutou
que conseguiu alongar a Seabra fazendo seu encontro com o início da
Avenida Juraci Magalhães, saída principal para Ilhéus. No dia em que
máquinas e operários começaram a derrubar casas e cercas de
quintais, ocorreu um grave incidente entre Alcântara e um antigo
morador do local, indo os dois às vias de fato, cabendo ao deputado
Paulo Nunes (adversário político do prefeito) secundado por várias
pessoas que estavam por perto, o apaziguamento dos ânimos.

Av. J.J. Seabra (atual avenida do Cinquentenário)


durante as obras de alargamento, em 1959.

No dia 28 de julho de 1960, quando Itabuna comemorava seus


cinquenta anos de emancipação política, foi solenemente inaugurada a
Avenida do Cinquentenário, cuja festa contou com a presença do
governador Juracy Magalhães, vários Secretários do Estado, prefeitos
regionais, muitas autoridades outras , além da maior concentração de
público jamais vista na cidade. O discurso oficial de inauguração foi
proferido pelo General João de Almeida Freitas, por escolha pessoal
do prefeito Alcântara. Um grande desfile, com alegorias retratando a
história de Itabuna, constituiu-se no ponto alto das festividades.

[Home] [História] [Economia] [Curiosidades] [Localização] [Fotos] [Personalidades] [Lugares] [Fórum


Curiosidades] [Localização] [Fotos] [Personalidades] [Lugares] [Fórum

, só tendo conseguido seis anos depois, em 1910.


Centro de um comércio desenvolvido e da cultura do cacau, prédios de alto valor, mais
de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens e padarias. Esse
era o Arraial de Tabocas no início do movimento para a separação de Ilhéus e a troca de
nome.
A disputa entre os líderes locais ficou ainda mais acirrada nos anos que antecederam a
emancipação política e administrativa do Arraial.
De acordo com os historiadores, de um lado estavam os correligionários de José
Firmino Alves, o fundador da cidade, e no outro ficavam o pessoal do coronel Henrique
Alves do Reis. Os dois grupos lutando pela emancipação.
Divergências
O ponto de divergência estava em quem iria ficar com a glória da emancipação e teria
mais privilégios junto à intendência de Ilhéus e ao governo do estado.
Quem conseguisse a emancipação ficaria por cima na política local, mas a tarefa não
foi nada fácil, pois a intendência de Ilhéus não estava disposta a abrir mão do seu mais
importante distrito.
Os debates em torno da escolha do nome para o arraial esquentaram em 6 de março de
1905. Dessa reunião participaram líderes como Ramiro Nunes de Aquino, José Firmino
Alves, Paulino Vieira e Benigno Azevedo.
Segundo o historiador Adelindo Kfoury Silveira, começa ali as sugestões de nomes,
sendo os mais lembrados Firmino Alves e Henrique Alves. Os dois recusaram a homenagem,
ao contrário dos "líderes" de hoje, ávidos de colocar seus nomes em obras e cidades.
Adelindo conta que durante a reunião para a escolha do nome da localidade, como
havia um grande impasse, o biscateiro conhecido como João Colete passou em frente à
casa onde ocorria o encontro e gritou: "bota Maria Buna!" Maria Buna era o apelido de uma
lavadeira da cidade.

"Ita" + "Una"
Depois de risos e protestos, o farmacêutico Artur Nilo de Santana, sugeriu Itabuna.
No entanto, antes da sugestão do nome, o farmacêutico lembrou que, na língua dos
índios, primeiros habitantes da localidade, "Ita" que dizer Pedra e "Una" Preta. Pedras
pretas era o que não faltava no Rio Cachoeira, que atravessa a cidade.
O nome de Itabuna foi aprovado por unanimidade dos presentes, mas só se tornou
oficial tempo depois. A partir daí se intensificou a luta pela emancipação política de
Tabocas.
De 1905 a 1910 foram registrados diversos conflitos entre os correligionários dos líderes
Firmino Alves e Henrique Alves que, embora tivessem sobrenomes iguais, não eram
parentes. A batalha tanto ocorria no campo político quanto no das agressões físicas.
Finalmente, em 28 de julho de 1910, após o governador da Bahia, João Ferreira de
Araújo Pinho, sancionar a lei 807, Itabuna conseguia emancipação política e
administrativa.
A nota vergonhosa foi que o fundador da cidade, Firmino Alves, o homem que mais
lutou e se dedicou a ela, não foi convidado para a leitura do ato de emancipação porque
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens e
era opositor de Henrique Alves, que fez a apresentação do documento no Conselho
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens e
[Home] [História] [Economia] [

Ruas antigas de Itabuna são como páginas da sua própria história,


guardando lembranças dos fatos marcantes de nosso passado. A
Avenida do Cinquentenário é uma das mais ricas em reminicências.
Espinha dorsal da cidade, imponente e trepidante, lá pelos idos de
1901 como simples picada avançada mato a dentro, partindo da
margem de um lagoa existente onde hoje é a Praça Adami, caminho Lista
alternativo e seguro quando as enchentes do Cachoeira alagavam a
Rua da Areia, tranformando-se no melhor acesso para a sede do Itabuna
Faça parte da nossa turma! C
Conselho Municipal que se localizava onde hoje é o prédio do Marabá. Lista Itabuna preenchendo o c
Pelo lado oposto da lagoa em sentido inverso, já existia a Rua da
Lama onde se concentravam casas comercias, bares e escritórios de e seja bem-vindo!
firmas compradoras de cacau. Em 1904, quando Cel. Henrique Alves Inscreve
dos Reis assumiu a liderança do grupo Adamista, logo procurou
atender pleito dos comerciantes mandando entulhar a lagoa, Uma lista para a
transformando o local na Praça Adami. Em sua homenagem , os Uma lista só sobre a Universid
beneficiados mudaram o nome da Rua da Lama para Henrique de Santa Cruz (Uesc). Inscrev
Alves. preenchendo o campo abaixo
mail e nome. Automaticament
passará a receber mensagens
Aos lados daquele caminho que adentrava a mata, já agora a partir UESC, e poderá enviar também
da nova praça, começou a surgir uma infinidade de casebres. Em vindo ! Para entrar na lista pre
seu E-mail:
1912, o Intendente Antônio Gonçalves Brandão resolveu urbanizar a
área, acabando com os casebres e fazendo trabalho de entulhamento Inscreve
dos brejos existentes em seu percurso. Assim , transformou aquilo em
uma rua larga e calcetada. O povo batizou-a como a Rua do Buri, em
razão da enorme palmeira que teve de ser derrubada para não
prejudicar o traçado planejado. Essa rua começou a avançar cada vez
mais, surgindo construções de casas modernas, instalando-se
pensões, depósitos de cacau, armazéns e até algumas famosas casas
de meretrício...

Anos depois, a rua Henrique Alves teve seu nome mudado


para J.J. Seabra em homenagem ao governador da Bahia e a rua do
Buri, numa festividade da independência do Brasil foi oficialmente
batizada como Sete de setembro. No dia 26 de junho de 1926 o então
Intendente Henrique Alves inaugurou um grande trecho em
calçamento de pedras irregulares, tendo por baixo as tubulações do
sistema de esgoto geral do centro da cidade. Foi orador oficial o
farmacêutico Arthur Nilo Santana, sendo a fita cortada por D. Odete
Maron e Sr. João Rocha Franco. Passou a ser "Avenida" e não mais
simplesmente rua.

Enquanto a Seabra esbarra no prédio residencial da família de Cel.


Adolfo Maron, na Praça santo Antônio, a "Avenida" Sete de Setembro
avançava sempre, ganhado maior importância não só pelos
melhoramentos nela introduzidos pelo prefeito Francisco Ferreira da
Silva na década de 30 e Armando Freire na década de 40, como
também pela construção do Campo da Desportiva, surgido em área de
sua fazenda cedida pelo Cel. Berilo Guimarães.

A partir da década de 50, o prefeito Francisco Ferreira, no seu


segundo mandato, mandou elaborar plano para alargar a avenida e
troná-la principal Via de trânsito da cidade. Começaram aí os trabalhos
de corte e alargamento, sobretudo da rua J.J. Seabra que permanecia
estreita, guardando ainda as mesmas dimensões de quando era Rua
da Lama. Em 1959, tomou-se posse como prefeito José de Almeida
Alcântara e graças a sua tenacidade e determinação em pouco tempo
a Rua J.J. Seabra foi alargada, com o prosseguimento do recuo nos
prédios ainda fora de alinhamento. Retificada e reurbanizada em toda
sua extenção, a avenida Sete de Setembro fundiu-se com a Rua J.J.
Seabra. Na praça Santo Antonio, persistia a residência da família
Adolfo Maron. O prefeito Alcântara envidou todos os esforços,
indenizou partes, desapropriou glebas adjacentes, enfim, tanto lutou
que conseguiu alongar a Seabra fazendo seu encontro com o início da
Avenida Juraci Magalhães, saída principal para Ilhéus. No dia em que
máquinas e operários começaram a derrubar casas e cercas de
quintais, ocorreu um grave incidente entre Alcântara e um antigo
morador do local, indo os dois às vias de fato, cabendo ao deputado
Paulo Nunes (adversário político do prefeito) secundado por várias
pessoas que estavam por perto, o apaziguamento dos ânimos.

Av. J.J. Seabra (atual avenida do Cinquentenário)


durante as obras de alargamento, em 1959.

No dia 28 de julho de 1960, quando Itabuna comemorava seus


cinquenta anos de emancipação política, foi solenemente inaugurada a
Avenida do Cinquentenário, cuja festa contou com a presença do
governador Juracy Magalhães, vários Secretários do Estado, prefeitos
regionais, muitas autoridades outras , além da maior concentração de
público jamais vista na cidade. O discurso oficial de inauguração foi
proferido pelo General João de Almeida Freitas, por escolha pessoal
do prefeito Alcântara. Um grande desfile, com alegorias retratando a
história de Itabuna, constituiu-se no ponto alto das festividades.

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VVHistória de Itabuna

Moradores de Tabocas decidem nome


da nova cidade juntos com os líderes políticos que buscavam a emancipação
administrativa e política desde 1904, só tendo conseguido seis anos depois, em 1910.
Centro de um comércio desenvolvido e da cultura do cacau, prédios de alto valor,
mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens e
padarias. Esse era o Arraial de Tabocas no início do movimento para a separação de
Ilhéus e a troca de nome.
A disputa entre os líderes locais ficou ainda mais acirrada nos anos que antecederam
a emancipação política e administrativa do Arraial.
De acordo com os historiadores, de um lado estavam os correligionários de José
Firmino Alves, o fundador da cidade, e no outro ficavam o pessoal do coronel Henrique
Alves do Reis. Os dois grupos lutando pela emancipação.

Divergências
O ponto de divergência estava em quem iria ficar com a glória da emancipação e
teria mais privilégios junto à intendência de Ilhéus e ao governo do estado.
Quem conseguisse a emancipação ficaria por cima na política local, mas a tarefa não
foi nada fácil, pois a intendência de Ilhéus não estava disposta a abrir mão do seu mais
importante distrito.
Os debates em torno da escolha do nome para o arraial esquentaram em 6 de março
de 1905. Dessa reunião participaram líderes como Ramiro Nunes de Aquino, José Firmino
Alves, Paulino Vieira e Benigno Azevedo.
Segundo o historiador Adelindo Kfoury Silveira, começa ali as sugestões de nomes,
sendo os mais lembrados Firmino Alves e Henrique Alves. Os dois recusaram a
homenagem, ao contrário dos "líderes" de hoje, ávidos de colocar seus nomes em obras e
cidades.
Adelindo conta que durante a reunião para a escolha do nome da localidade, como
havia um grande impasse, o biscateiro conhecido como João Colete passou em frente à
casa onde ocorria o encontro e gritou: "bota Maria Buna!" Maria Buna era o apelido de
uma lavadeira da cidade.

"Ita" + "Una"
Depois de risos e protestos, o farmacêutico Artur Nilo de Santana, sugeriu Itabuna.
No entanto, antes da sugestão do nome, o farmacêutico lembrou que, na língua dos
índios, primeiros habitantes da localidade, "Ita" que dizer Pedra e "Una" Preta. Pedras
pretas era o que não faltava no Rio Cachoeira, que atravessa a cidade.
O nome de Itabuna foi aprovado por unanimidade dos presentes, mas só se tornou
oficial tempo depois. A partir daí se intensificou a luta pela emancipação política de
Tabocas.
De 1905 a 1910 foram registrados diversos conflitos entre os correligionários dos
líderes Firmino Alves e Henrique Alves que, embora tivessem sobrenomes iguais, não
eram parentes. A batalha tanto ocorria no campo político quanto no das agressões
físicas.
Finalmente, em 28 de julho de 1910, após o governador da Bahia, João Ferreira de
Araújo Pinho, sancionar a lei 807, Itabuna conseguia emancipação política e
administrativa.
A nota vergonhosa foi que o fundador da cidade, Firmino Alves, o homem que mais
lutou e se dedicou a ela, não foi convidado para a leitura do ato de emancipação porque
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens
e era opositor de Henrique Alves, que fez a apresentação do documento no Conselho
Municipal. mais de mil casas de residência, diversas lojas de miudezas, casa de ferragens
e
[Home] [História] [Economia] [

Ruas antigas de Itabuna são como páginas da sua própria história,


guardando lembranças dos fatos marcantes de nosso passado. A
Avenida do Cinquentenário é uma das mais ricas em reminicências.
Espinha dorsal da cidade, imponente e trepidante, lá pelos idos de
1901 como simples picada avançada mato a dentro, partindo da
margem de um lagoa existente onde hoje é a Praça Adami, caminho
alternativo e seguro quando as enchentes do Cachoeira alagavam a
Rua da Areia, tranformando-se no melhor acesso para a sede do
Conselho Municipal que se localizava onde hoje é o prédio do Marabá.
Pelo lado oposto da lagoa em sentido inverso, já existia a Rua da
Lama onde se concentravam casas comercias, bares e escritórios de
firmas compradoras de cacau. Em 1904, quando Cel. Henrique Alves
dos Reis assumiu a liderança do grupo Adamista, logo procurou Lista
atender pleito dos comerciantes mandando entulhar a lagoa,
transformando o local na Praça Adami. Em sua homenagem , os Itabuna
Faça parte da nossa turma! C
beneficiados mudaram o nome da Rua da Lama para Henrique Lista Itabuna preenchendo o c
Alves.
e seja bem-vindo!
Aos lados daquele caminho que adentrava a mata, já agora a partir Inscreve
da nova praça, começou a surgir uma infinidade de casebres. Em
1912, o Intendente Antônio Gonçalves Brandão resolveu urbanizar a Uma lista para a
área, acabando com os casebres e fazendo trabalho de entulhamento Uma lista só sobre a Universid
dos brejos existentes em seu percurso. Assim , transformou aquilo em de Santa Cruz (Uesc). Inscrev
preenchendo o campo abaixo
uma rua larga e calcetada. O povo batizou-a como a Rua do Buri, em mail e nome. Automaticament
razão da enorme palmeira que teve de ser derrubada para não passará a receber mensagens
prejudicar o traçado planejado. Essa rua começou a avançar cada vez UESC, e poderá enviar também
vindo ! Para entrar na lista pre
mais, surgindo construções de casas modernas, instalando-se seu E-mail:
pensões, depósitos de cacau, armazéns e até algumas famosas casas
de meretrício... Inscreve

Anos depois, a rua Henrique Alves teve seu nome mudado


para J.J. Seabra em homenagem ao governador da Bahia e a rua do
Buri, numa festividade da independência do Brasil foi oficialmente
batizada como Sete de setembro. No dia 26 de junho de 1926 o então
Intendente Henrique Alves inaugurou um grande trecho em
calçamento de pedras irregulares, tendo por baixo as tubulações do
sistema de esgoto geral do centro da cidade. Foi orador oficial o
farmacêutico Arthur Nilo Santana, sendo a fita cortada por D. Odete
Maron e Sr. João Rocha Franco. Passou a ser "Avenida" e não mais
simplesmente rua.

Enquanto a Seabra esbarra no prédio residencial da família de Cel.


Adolfo Maron, na Praça santo Antônio, a "Avenida" Sete de Setembro
avançava sempre, ganhado maior importância não só pelos
melhoramentos nela introduzidos pelo prefeito Francisco Ferreira da
Silva na década de 30 e Armando Freire na década de 40, como
também pela construção do Campo da Desportiva, surgido em área de
sua fazenda cedida pelo Cel. Berilo Guimarães.

A partir da década de 50, o prefeito Francisco Ferreira, no seu


segundo mandato, mandou elaborar plano para alargar a avenida e
troná-la principal Via de trânsito da cidade. Começaram aí os trabalhos
de corte e alargamento, sobretudo da rua J.J. Seabra que permanecia
estreita, guardando ainda as mesmas dimensões de quando era Rua
da Lama. Em 1959, tomou-se posse como prefeito José de Almeida
Alcântara e graças a sua tenacidade e determinação em pouco tempo
a Rua J.J. Seabra foi alargada, com o prosseguimento do recuo nos
prédios ainda fora de alinhamento. Retificada e reurbanizada em toda
sua extenção, a avenida Sete de Setembro fundiu-se com a Rua J.J.
Seabra. Na praça Santo Antonio, persistia a residência da família
Adolfo Maron. O prefeito Alcântara envidou todos os esforços,
indenizou partes, desapropriou glebas adjacentes, enfim, tanto lutou
que conseguiu alongar a Seabra fazendo seu encontro com o início da
Avenida Juraci Magalhães, saída principal para Ilhéus. No dia em que
máquinas e operários começaram a derrubar casas e cercas de
quintais, ocorreu um grave incidente entre Alcântara e um antigo
morador do local, indo os dois às vias de fato, cabendo ao deputado
Paulo Nunes (adversário político do prefeito) secundado por várias
pessoas que estavam por perto, o apaziguamento dos ânimos.

Av. J.J. Seabra (atual avenida do Cinquentenário)


durante as obras de alargamento, em 1959.

No dia 28 de julho de 1960, quando Itabuna comemorava seus


cinquenta anos de emancipação política, foi solenemente inaugurada a
Avenida do Cinquentenário, cuja festa contou com a presença do
governador Juracy Magalhães, vários Secretários do Estado, prefeitos
regionais, muitas autoridades outras , além da maior concentração de
público jamais vista na cidade. O discurso oficial de inauguração foi
proferido pelo General João de Almeida Freitas, por escolha pessoal
do prefeito Alcântara. Um grande desfile, com alegorias retratando a
história de Itabuna, constituiu-se no ponto alto das festividades.

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