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O início da história de Nova Fátima

Até a alguns anos atrás, havia em Nova Fátima, uma testemunha ocular do
início do povoamento do local onde hoje se encontra a cidade. Era Dona
Aurelina Mendes Guimarães, uma das primeiras moradoras desta cidade.
Segundo Aurelina Guimarães, a primeira casa em Nova Fátima foi
construída em 1941, no ano seguinte o então governador da Bahia,
Landulfo Alves determinou a construção da estrada que hoje é a BR 324,
antes dessa data a rodovia era apenas um caminho. Esta estrada ligaria
Salvador a Jacobina, (onde a descoberta do ouro chamava a atenção do
governo e de gente que buscava riqueza) e Juazeiro, importante região
criadora de gado, devido ao rio São Francisco, que banha o Norte da Bahia.
A partir daquele ano várias outras casas foram sendo construídas às
margens da estrada – que naquela época atravessava a vila que estava
nascendo a estrada era onde hoje é a avenida Landulfo Alves.
Desta forma foi que as primeiras casas foram sendo construídas na avenida
Landulfo Alves e logo foi se expandindo pelas atuais praça Pedro Emídio e
rua Gildásio Souza, seguindo em direção à estrada de Capela do Alto Alegre
– que naquela época já era um povoado.
Percebe-se, a partir daí um progressivo crescimento do povoado, sempre
em torno da estrada, que nos anos 1960 é asfaltada transformando-se
numa das principais vias o Sudeste e o Nordeste.
Ainda segundo Aurelina Mendes Guimarães, as terras onde hoje se
encontram grande parte da cidade de Nova Fátima faziam parte de duas
fazendas: Campo das Flores (que começava onde hoje está a avenida
Landulfo Alves, rua Gildásio Souza e seguia pela estrada de Santo Antonio
de Roque), no sentido sul partindo do centro da cidade; e Urubuzinho (que
começava na avenida Landulfo Alves até a atual fazenda Urubuzinho),
situada a leste da sede do município.
Por volta de 1941, Aurelina Mendes Guimarães se casou com José Xavier
dos Santos (seu Dedé) e saiu da casa dos pais dela, na fazenda Urubuzinho,
e foram morar na Fazenda Campo das Flores. Sua primeira residência foi
construída onde hoje se encontra o final da rua João Zacarias Guimarães.
Nesta fazenda o casal vivia da produção agrícola e pecuária. Parte do que
era produzido era vendido nas primeiras barracas que surgiam na praça
Pedro Emídio.
Alguns anos depois a mãe de Aurelina Mendes Guimarães, a Senhora
Francisca Guimarães, ficou viúva e veio morar próximo da filha, fixando a
residência onde hoje é a avenida Landulfo Alves (exatamente nas
proximidades onde hoje se encontra o Supermercado Harmonia), porém
bem afastada da estrada que por ali passava. Antes disso, em 1942, quando
começou a construção (e não o asfaltamento!) da rodovia BR 324, as
chamadas “tropas” que vieram abrir caminho fixaram-se por algum tempo
no local, o que foi suficiente para movimentar o pequeno comércio que ali
surgia. Por estar situado há exatos 90 quilômetros do início da BR 324 –
Norte (entroncamento de Serrinha – Tanquinho - Feira) o povoado passou a
ser chamado de Noventa e por muito tempo esse nome ficou, mesmo
depois que oficialmente passou a ser denominado Vila de Fátima.

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