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Manual CDC PDF
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DOSADO EM CENTRAL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS
DE CONCRETAGEM DO BRASIL
Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil
EMPRESAS ASSOCIADAS:
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Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem do Brasil
prefácio
A presente publicação reúne as principais considerações sobre o concreto dosado em central, ratificando
o compromisso de suas empresas associadas com a busca constante pela qualidade, com a pesquisa de
novas tecnologias, com a normalização de seus serviços e com a capacitação profissional de seus
colaboradores diretos e indiretos.
Ao longo das duas últimas décadas, as empresas associadas a ABESC realizam constantes investimentos
tanto no aprimoramento tecnológico e treinamento do pessoal, como na preservação do meio ambiente.
Iniciou-se uma fase de comunicação com os mercados consumidores porque, lado a lado, ABESC e
concreteiras associadas trabalham com o mesmo objetivo: difundir os benefícios do uso do concreto
dosado em central em obras da construção civil, como forma de contribuição aos meios técnicos.
Desde o início de suas atividades a ABESC sabia o que queria, trilhando a mesma filosofia, raciocinando
dentro dos mesmos princípios. Ética na condução de suas metas e diretrizes, qualidade, valorização do
profissional da construção e respeito ao consumidor. Essa visão e o empenho de todo o quadro
associativo são o que fazem verdadeiramente a ABESC.
A Diretoria.
Abril de 2007
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
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Sumário
> Cimento e Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
> A Busca da Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
> Concretos Comumente Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
> Roteiro para a Escolha da Concreteira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
> Concreto com Garantia: Pedido e Programação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
> Plano de Concretagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
> Recebimento do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
> O Ensaio de Abatimento (SLUMP TESTE) . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
> Amostragem do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
> Lançamento e Adensamento do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
> Cura do Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
> Aditivos para Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
> Bombeamento: Uma Grande Solução no Transporte de Concreto . . . . . . . . . . 20
> Fissuras: Como Evitá-las . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
> Rompimento dos Corpos-de-prova e Análise dos Resultados. . . . . . . . . . . . . . 23
> Controle da Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
> Dicionário do Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
> Teste seus Conhecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
> Bibliografia Recomendada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
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Manual do Concreto
dosado em central
Cimento e concreto
Freqüentemente confunde-se cimento e concreto. Após o início do seu endurecimento o concreto con-
Vamos esclarecer: tinua a ganhar resistência.
Cimento é um composto químico seco, finamente
moído, que ao ser misturado com água reage len- Contudo, a obtenção de um concreto com qualida-
tamente formando um novo composto, desta vez, de requer uma série de cuidados. Esses cuidados
sólido. englobam desde a escolha de seus materiais, a de-
O Concreto é um material formado pela mistura de terminação de um traço que garanta a resistência e
cimento, água, agregados (areia e pedra) e, even- a durabilidade desejada, passando pela homoge-
tualmente, aditivos. neização da mistura, sua correta aplicação e aden-
O cimento e a água formam a pasta que une os samento, até a “cura” adequada – que garantirá a
agregados quando endurecida. A este conjunto de- perfeita hidratação do cimento.
nominamos concreto que, inicialmente encontra-se Como conseguir um concreto com qualidade é o
em estado plástico, permitindo ser moldado nas tema desta publicação e será visto nas próximas
mais diversas formas, texturas e finalidades. páginas.
Pasta
Argamassa
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A Busca da Qualidade
O concreto é um dos materiais da construção mais obra, com conseqüente diminuição dos encar-
utilizados em nosso país. gos sociais e trabalhistas;
A busca constante da qualidade, a necessidade da • Maior agilidade e produtividade da equipe de
redução de custos e a racionalização dos canteiros trabalho;
de obras, fazem com que o concreto dosado em • Garantia da qualidade do concreto graças ao
central, seja cada vez mais utilizado. rígido controle adotado pelas centrais dosado-
Entre as vantagens de se aplicar o concreto dosado ras;
em central, destacamos: • Redução no controle de suprimentos, materiais
e equipamentos, bem como eliminação das áre-
• Eliminação das perdas de areia, brita e cimen- as de estoque, com melhor aproveitamento do
to; canteiro de obras;
• Racionalização do número de operários da • Redução do custo total da obra.
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Fluido Peças delgadas, elevada taxa de armadura, concreta- Reduz a necessidade de adensamento (vibra-
gens de difícil acesso para a vibração. ção). Rapidez na aplicação.
Pesado Como lastro, contra-peso, barreira à radiação (câma- Redução do volume de peças utilizadas como
ras de raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos) lastro ou contra-peso, substituição de painéis
e lajes de subpressão. de chumbo (radiação).
Leve Elementos de vedação (paredes, painéis, rebaixos de Redução do peso próprio da estrutura.
(600 kg/m³ a 1200 kg/m³) lajes, isolante termo-acústico e nivelamento de pisos). Isolamento termo-acústico.
Leve estrutural Peças estruturais, enchimento de pisos e lajes, painéis Redução do peso próprio da estrutura.
pré-fabricados.
Pavimentos Rígidos Pavimentos rodoviários e urbanos, pisos industriais e Maior durabilidade, menor custo de manuten-
pátios de estocagem. ção.
Alto Desempenho (CAD) Elevada resistência (mecânica, física e química), pré- Melhora aderência entre concreto e aço.
fabricados e peças protendidas.
Convencional (a partir de 20 MPa) Uso corrente na construção civil. O concreto dosado em central possui controle
de qualidade e propicia ao construtor maior pro-
dutividade e menor custo.
Submerso Plataformas marítimas. Resistência à agressão química.
Com fibras e aço, plásticas ou de polipro- Reduz a fissuração. Maior resistência à abrasão, à tração e ao im-
pileno pacto.
Grout Agregados de diâmetro máximo de 4,8 mm. Grande fluidez e auto-adensável.
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Roteiro para a
escolha da Concreteira
O concreto dosado em central é normalizado pela • o tempo de funcionamento e sua experiência
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas no mercado;
através do CB-18- Comitê Brasileiro de Cimento, • o desvio padrão da central que irá fornecer o
Concreto e Agregados. O conhecimento e o cumpri- concreto;
mento das normas técnicas sobre a execução do • a localização das centrais em relação à obra;
concreto dosado em central é uma das exigências • o grau de controle de ensaios, automação e
para a filiação à ABESC. informatização;
As normas que orientam sobre a perfeita utilização • a eficiência de mistura dos caminhões-betonei-
do concreto são: ra;
NBR 6118 (Projeto e Execução de Obras de Concre- • a idade média da frota de caminhões-betonei-
to Armado), ra e eficiência de mistura;
NBR 7212 (Execução do Concreto Dosado em Cen- • os equipamentos de transporte e aplicação,
tral), caminhões-betoneira, bombas, esteiras, guin-
NBR 12654 (Controle Tecnológico dos Materiais chos etc;
Componentes do Concreto), • se há certificado de aferição de equipamentos
NBR 12655 (Preparo, Controle e Recebimento de de medição (balanças, equipamentos de labo-
Concreto), e ratório e etc.);
NBR 8953 (Concreto para Fins Estruturais - Classi- • a qualidade e procedência dos materiais com-
ficação por Grupos de Resistência). ponentes do concreto (cimento, agregados,
Ao escolher uma concreteira leve em considera- aditivos, adições e água);
ção: • se o pátio de estocagem de agregados permite
• se é associada à ABESC; a separação e o controle de recebimento dos
• sua configuração jurídica: capital social, contra- agregados;
to de prestação de serviços, notas fiscais e fa- • se respeita o meio ambiente, através de con-
turas e recolhimento de tributos; troles ambientais (filtros, reciclagem, disposi-
• se há laboratórios de controle e responsável ção de rejeitos etc.).
técnico;
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Plano de Concretagem
O plano de concretagem é um conjunto de medidas Planejamento
a serem tomadas antes do lançamento do concreto • dimensione a equipe envolvida nas operações
para assegurar a qualidade da peça a ser concre- de lançamento, adensamento e cura do con-
tada. creto;
Apresentamos a seguir um “check-list” que servirá • planeje as interrupções nos pontos de descon-
como guia para o sucesso da concretagem: tinuidade das fôrmas, como: juntas de concre-
tagem e encontros de pilares, paredes com
Fôrmas e Escoramentos vigas ou lajes etc.
• confira as dimensões baseadas no projeto; • garanta equipamentos suficientes para o trans-
• verifique a capacidade de suporte e de defor- porte de concreto dentro da obra (carrinhos,
mação das fôrmas provocadas pelo peso pró- jericas, dumper, bombas, esteiras, guinchos,
prio ou operação de lançamento do concreto; guindaste, caçamba etc);
• verifique a estanqueidade da fôrma para evitar • providencie um número suficiente de ferra-
a fuga da nata; mentas auxiliares (enxadas, pás, desempena-
• limpe as fôrmas e aplique o desmoldante. deiras, ponteiros etc);
• disponibilize um número suficiente de tomadas
Armadura de força para os equipamentos elétricos;
• confira as bitolas, quantidade e dimensão das • tenha vibradores e mangotes reservas, para
barras; eventual necessidade.
• confira o posicionamento da armadura na fôr- Pedido de Concreto
ma; • informe antecipadamente o volume da peça a
• fixe adequadamente; ser concretada;
• verifique os cobrimentos da armadura (pasti- • programe o horário de início da concretagem,
lhas/espaçadores) especificados no projeto. o volume de concreto por caminhão-betoneira
Pastilhas de argamassa devem ter a mesma e os intervalos de entrega;
relação a/c do concreto aplicado, e curadas • especifique a forma de lançamento: convencio-
adequadamente; nal, por bombas estacionárias ou auto-bomba
• limpe a armadura (oxidação, gorduras, des- com lança, esteira, caçamba (gruas) etc;
moldante etc.), a fim de garantir a aderência ao • verifique o tempo previsto para o lançamento.
concreto; O concreto não pode ser lançado após o início
• não pise nos “negativos” da armadura. de pega;
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• verifique o acesso à obra. Subidas ou descidas pedido, visto que é responsabilidade da obra a
íngremes podem impossibilitar a descarga do perda de consistência ocasionada por espera
concreto no local desejado, ou mesmo, a movi- prolongada tanto para o recebimento quanto
mentação dos equipamentos de bombeamen- para a descarga do caminhão-betoneira.
to.
Lembre-se:
• a correta especificação do pedido é importante
para que o concreto seja entregue na obra de
acordo com o exigido em projeto;
• especificações inadequadas - tipos de brita,
slump, resistência etc., podem comprometer a
qualidade da peça concretada;
• prepare-se para receber o concreto de acordo
com a freqüência e quantidade especificada no
FÔRMAS E
ESCORAMENTO ARMADURAS LANÇAMENTO ADENSAMENTO CURA
PLANO
(POSIÇÃO, CAMADA,
ALTURA ETC)
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recebimento do concreto
Com a chegada do caminhão na obra deve-se veri- água, embora facilite a aplicação do concreto, dimi-
ficar se o concreto que está sendo entregue está nui consideravelmente sua resistência.
de acordo com o pedido. Confira no documento de
entrega: Durante o trajeto da central dosadora até a obra é
comum ocorrer perda na consistência do concreto
• volume do concreto; devido às condições climáticas - temperatura e umi-
• classe de agressividade; dade relativa do ar. Parte da água da mistura deve
• abatimento (slump-test); ser reposta na obra compensando a perda por
• resistência característica do concreto à com- evaporação durante o trajeto. Para isso, utiliza-se o
pressão (fck); ou consumo de cimento/m³; ensaio de abatimento (slump-test), bastante sim-
• aditivo, quando solicitado. ples e de fácil execução.
Antes da descarga do caminhão-betoneira deve-se As regras para a reposição de água perdida por
ainda avaliar se a quantidade de água existente no evaporação são especificadas pela NBR 7212 -
concreto está compatível com as especificações, Execução de Concreto Dosado em Central. Como
não havendo falta ou excesso de água. A falta de regra geral, a adição de água não deve ultrapassar
água dificulta a aplicação do concreto, criando “ni- a medida do abatimento solicitada pela obra e es-
chos” de concretagem. Por sua vez, o excesso de pecificada no documento de entrega do concreto.
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O Ensaio de Abatimento
(SLUMP TESTE)
A simplicidade deste ensaio o consagrou como o
principal controle de recebimento do concreto na
obra. Embora limitado, expressa a trabalhabilidade
do concreto através de um único parâmetro: abati-
mento. Para que cumpra este importante papel,
deve-se executá-lo corretamente:
• colete a amostra de concreto depois de descar- 1- Complete o interior do cone com concreto em 3 camadas,
regar 0,5 m³ de concreto do caminhão e em cada camada deve ser adensada com 25 golpes.
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Amostragem do Concreto
Depois do concreto ser aceito por meio do ensaio frer perturbações e em temperatura ambiente
de abatimento, deve-se coletar uma amostra que por 24 horas;
seja representativa para o ensaio de resistência • após este período deve-se identificar os
que também deve seguir as especificações das corpos-de-prova e transferi-los para o la-
normas brasileiras: boratório, onde serão rompidos para atestar
• não é permitido retirar amostras, tanto no prin- sua resistência.
cípio quanto no final da descarga da betoneira;
• a amostra deve ser colhida no terço médio do
caminhão-betoneira;
• a coleta deve ser feita cortando-se o fluxo de
descarga do concreto, utilizando-se para isso
um recipiente ou carrinho-de-mão;
• deve-se retirar uma quantidade suficiente, 50%
maior que o volume necessário, e nunca menor
que 30 litros.
Em seguida, a amostra deve ser homogeneizada
pra assegurar sua uniformidade.
A moldagem deve respeitar as seguintes orienta-
ções:
• Nos corpos de prova (100 mm x 200 mm) são
aplicados 12 golpes em cada camada, totalizan-
do duas camadas iguais e sucessivas. Nos cor-
pos de prova (150 mm x 300 mm) são aplicados Nos corpos de prova de 100 mm x 200 mm são aplicados 12 golpes em
25 golpes em cada camada, com a haste, tota- cada camada, totalizando duas camadas iguais e sucessivas.
lizando três camadas iguais e sucessivas. Estes Nos corpos de prova de 150 mm x 300 mm são alicados 25 golpes em
golpes são aplicados da maneira mais uniforme cada camada, totalizando três camadas iguais e sucessivas.
possível;
• deixe os corpos-de-prova nos moldes, sem so-
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Lançamento e Adensamento
do Concreto
Ao lançar o concreto, observe os seguinte cuida- bomba-lança;
dos: • preveja local de acesso e de posicionamento
• procure lançar o concreto mais próximo da sua para os caminhões e bombas;
posição final; • garanta o estacionamento, próximo à bomba,
• não deixe acumular concreto em determinados para dois caminhões-betoneira objetivando o
pontos da fôrma; fluxo contínuo de bombeamento;
• evite a segregação e o acúmulo de água na su- • estabeleça a seqüência de concretagem e o po-
perfície do concreto; sicionamento da tubulação de bombeamento.
• lance em camadas horizontais de 15 a 30 cm, a
partir das extremidades em direção ao centro
das fôrmas;
• a nova camada deve ser lançada antes do início
de pega da camada inferior;
• cuidado especial deve ser tomado para concre-
tagem com temperatura ambiente inferior a
10ºC e superior a 35ºC;
• a altura de lançamento não deve ultrapassar 2
m. Para alturas de lançamento elevadas sem
acesso lateral (janelas), utilizar trombas, calhas,
funis etc.
No caso de lançamento convencional:
• limite o transporte interno do concreto, com car-
rinhos ou jericas a 60 m, tendo em vista a se-
gregação e perda de consistência;
• utilize carrinhos ou jericas com pneumáticos;
• prepare rampas de acesso às fôrmas;
• inicie a concretagem pela parte mais distante do
local de recebimento do concreto.
No caso de lançamento por bombas:
• especifique o equipamento de lançamento: altu-
ra de lançamento, bomba estacionária ou
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Adensamento
• providencie os equipamentos necessários: vi-
bradores de imersão (agulha), vibradores de
superfície (réguas ou placas vibratórias, acaba-
doras de superfície), vibradores externos (vibra-
dores de fôrma, mesas vibratórias e rolos com-
pactadores vibratórios);
• evite, tanto a falta, quanto o execesso de vibra-
ção;
• determine a altura das camadas em função do
equipamento utilizado;
• o vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5
cm na camada inferior;
• inicie o adensamento logo após o lançamento;
• evite o adensamento a menos de 10 cm da pa-
rede da fôrma devido ao aparecimento de bo-
lhas de ar e perda de argamassa;
• preveja reforço das fôrmas e escoramento, em
função de adensamento enérgico;
• evite o transporte do concreto com o equipa-
mento de adensamento.
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Cura do Concreto
A cura do concreto é uma etapa importante da con- • mantenha um procedimento contínuo de cura.
cretagem pois evita a evaporação prematura da Os principais processos são:
água e fissuras no concreto. Após o início do endu- • molhagem das fôrmas (pequenas superfícies);
recimento, o concreto continua a ganhar resistên- • aspersão;
cia, mas para que isso ocorra de forma satisfatória, • recobrimento (areia, serragem, terra, sacos de
deve-se tomar alguns cuidados: aniagem, mantidos úmidos etc.);
• inicie a cura tão logo a superficie concretada • impermeabilização superficial (conhecida como
tenha resistência à ação da água (algumas ho- membranas de cura);
ras) e estenda por, no mínimo, 7 dias; • submersão;
• mantenha o concreto saturado até que os espa- • cura a vapor.
ços ocupados pela água sejam então ocupados
pelos produtos da hidratação do cimento; Podemos concluir que, quanto mais perfeita e
• deixe o concreto nas fôrmas, mantendo-as mo- demorada for a cura do concreto, tanto melhores
lhadas; serão suas características finais.
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ADITIVOS
USOS
EFEITOS NA
TIPOS EFEITOS VANTAGENS DESVANTAGENS
MISTURA
Plastificantes (P) • aumenta o índice de • maior trabalhabilidade para • retardamento do início de • efeitos
consistência determinada resistência pega para dosagens elevadas significativos da
• possibilita redução • maior resistência para do aditivo mistura nos três
de no mínimo 6% da determinada trabalhabilidade • riscos de segregação casos (uso)
água de • menor consumo de cimento para • enrijecimento prematuro em citados.
amassamento determinada trabalhabilidade e determinadas condições
resistência
Retardadores (R) • aumenta o tempo de • mantêm trabalhabilidade a • pode promover exsudação • retardamento do
início de pega temperaturas elevadas • pode aumentar a retração tempo de pega
• retarda a elevação do calor de plástica do concreto
hidratação
• amplia os tempos de aplicação
Aceleradores (A) • pega mais rápida • concreto projetado • possível fissuração devido ao • acelera o tempo
• resistência inicial • ganho de resistência em baixas calor de hidratação de pega e a
mais elevada temperaturas • risco de corrosão de resistência inicial
• redução do tempo de desforma armaduras (cloretos)
• reparos
Plastificantes e Aceleradores: (PA) • efeito combinado de • reduz a água e permite ganho • riscos de corrosão de • efeitos iniciais
(P) e (A) mais rápido de resistência armadura (cloretos) significativos.
Reduz os tempos
de início e fim de
pega
Plastificante e Retardador: (PR) • efeito combinado de • em climas quentes diminui a • aumento da exsudação e • efeitos iniciais
(P) e (R) perda de consistência retração plástica significativos.
• segregação Reduz a perda
de consistência
Incorporadores de ar: (IAR) • incorpora pequenas • aumenta a durabilidade ao • necessita de controle • efeitos iniciais
bolhas de ar no congelamento do concreto sem cuidadoso da porcentagem de significativos
concreto elevar o consumo de cimento e o ar incorporado e do tempo de
conseqüente aumento do calor mistura
de hidratação • o aumento da trabalhabilidade
• reduz o teor de água e a pode ser inaceitável
permeabilidade do concreto
• bom desempenho em concretos
de baixo consumo de cimento
Superplastificantes: (SP) • elevado aumento do • tanto como eficiente redutor de • riscos de segregação da • efeitos iniciais
índice de água como na execução de mistura significativos
consistência concretos fluidos (auto- • duração do efeito fluidificante
• possibilita redução adensáveis) • pode elevar a perda de
de, no mínimo, 12% consistência
da água de
amassamento
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Controle da Qualidade
foto: BASF
O controle do concreto no seu estado fresco é de das e com a normalização técnica vigente.
vital importância para garantir suas propriedades no Mesmo que o concreto especificado seja entregue
estado endurecido. segundo todos os requisitos expressos no pedido, a
Um dos grandes desafios dos tecnologistas de con- aplicação inadequada pode afetar de forma irreversí-
creto é compatibilizar o desempenho do concreto vel a qualidade do concreto endurecido.
desenvolvido em laboratório com aquele entregue na O controle do concreto dosado em central é exercido
obra. Isto porque estes concretos estão sujeitos a pela central dosadora de acordo com a NBR 7212 -
formas diferentes de manuseio, transporte, lança- Execução de Concreto Dosado em Central, que inclui
mento, adensamento e cura. Logo, a garantia da as operações de armazenamento dos materiais, do-
qualidade do CDC depende diretamente de uma apli- sagem, mistura, transporte, recebimento, controle da
cação efetuada de acordo com práticas recomenda- qualidade, inspeção, aceitação e rejeição.
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5 Água • qualidade • presença de substâncias prejudiciais • uso inicial ou quando não houver outras in-
formações
• abatimento • especificações do concreto, conforme NBR 7223 • uma vez por período ou em caso de dúvida
Endurecido
• outros • conforme normalização vigente • conforme especificado
Sempre que houver mudanças de fornecedor, procedência, marca, suspeita ou indício de variação de características dos materiais, se
deverá realizar um ensaio adicional.
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Dicionário do Concreto
Este pequeno dicionário não esgota toda a terminologia que o usuário do concreto deve conhecer, mas
pretende explicar, o quanto possível, os principais termos relativos aos serviços de concretagem, às suas
operações, bem como às características do concreto dosado em central, seus aspectos e sua correta
utilização.
Terminologia
Abatimento - Ensaio normalizado para a determi- Reação álcali-agregado - Reação química entre
nação da medida da consistência do concreto fres- compostos do cimento (álcalis) e certos agregados
co. Permite verificar se não há excesso ou falta de reativos, ocorrendo expansões danosas ou fissuras.
água no concreto.
Argila expandida - São agregados produzidos
Abrasão - Desgaste superficial do concreto. artificialmente pelo aquecimento de certas argilas
em um forno, que se expandem pela retenção de
Adensamento - Processo manual ou mecânico gases formados, no seu interior, durante o aqueci-
para compactar uma mistura de concreto no esta- mento.
do fresco, com o intuito de eliminar vazios internos Bomba estacionária - Equipamento (bomba) re-
da mistura (bolhas de ar) ou facilitar a acomodação bocável para lançamento do concreto.
do concreto no interior das fôrmas.
Bomba lança - Equipamento para lançamento do
Aditivo - Produto adicionado ao concreto em pe- concreto com tubulação acoplada a uma lança mó-
quenas quantidades, proporcional ao teor de ci- vel, montados sobre um veículo automotor.
mento, no instante da pesagem dos componentes
ou durante a mistura do concreto para modificar Bombeamento - Transporte do concreto por meio
suas propriedades antes ou após a aplicação. de equipamentos especiais, bombas de concreto e
tubulações metálicas, que transportam o concreto
Agregados - Materiais granulares (brita, areia, do caminhão-betoneira até ao local de concreta-
etc.), que são unidas pela pasta de cimento no pre- gem.
paro do concreto.
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Brita - Material obtido por trituração de rocha e Cura - Procedimentos para a manutenção das
classificado segundo a sua granulometria. condições favoráveis de umidade e temperatura
nas primeiras idades do concreto (7 dias) que
Canteiros de obras - Instalações provisórias possibilitam o desenvolvimento de sua resistência e
destinadas a alojamentos, estoque de materiais, de outras propriedades.
equipamentos e almoxarifado, durante a fase de
construção da obra. Cura a vapor - Cura do concreto sob vapor de
água a temperatura e pressão controladas.
Capeamento - Revestimento com pasta de cimen-
to ou de uma mistura composta de material pulve- Desmoldante - Substância química utilizada para
rulento e enxofre derretido, que regulariza os topos evitar a aderência do concreto à fôrma.
de um corpo-de-prova com o objetivo de distribuir
uniformemente a carga durante o ensaio. Desvio Padrão - Medida da dispersão de um
conjunto de valores. Dispersão entre a média e os
Central dosadora - Local de dosagem ou mistu- valores individuais.
ra do concreto por meio de instalações e equipa-
mentos especiais, sendo o mesmo transportado ao Dosagem - Estabelecer as quantidades ótimas dos
local de aplicação por caminhões-betoneira. componentes do concreto para atender a determi-
nadas características ou propriedades pré-estabe-
Cobrimento - Espessura de concreto entre a su- lecidas.
perfície da armadura e a superfície do concreto.
Ensaio - Realização de testes para avaliar proprie-
Consistência - É a medida da mobilidade da mistu- dades físicas ou químicas de um material ou peça.
ra (plasticidade), isto é, maior ou menor facilidade de
deformar-se sob a ação de cargas. É expressa pelo Escoramento - Reforços executados na fôrma
ensaio de abatimento do tronco de cone (slump para que o suporte o seu próprio peso e também
test). do concreto fresco lançado, garantindo uma
perfeita moldagem da peça concretada.
Consumo de cimento - Quantidade dosada, em
massa (kg), para produzir um metro cúbico de con- Espaçadores - Dispositivos colocados entre a
creto. armadura e a face interna da fôrma de modo a
garantir o cobrimento necessário.
Corpo-de-prova - Amostra do concreto endureci-
da, especialmente preparada para testar proprie- Exsudação - Migração de parte da água de
dades como: resistência à compressão, módulo de mistura para a superfície da peça concretada. É
elasticidade etc. causada pela acomodação dos materiais sólidos da
mistura de concreto.
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Fissuração - São pequenas rupturas que apare- Pigmento - Composto químico bastante fino
cem no concreto que podem ser provocadas por adicionado aos concretos e argamassas para lhe
atuação de cargas ou por retração, devido à rápida darem coloração.
evaporação da água.
Hidratação- Formação de compostos pela combi- Protensão - Tensões aplicadas ao concreto, an-
nação da água com o cimento portland. Processo tes da ação das cargas de serviço.
de endurecimento de pastas, argamassas e concre-
tos.
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5. Somente pigmentos orgânicos devem ser utiliza- 10. O ar aprisionado durante o processo de mistura
dos para a execução de concretos coloridos, pois do concreto diminui sua resistência, daí a necessi-
resistem à alcalinidade do cimento, à exposição de dade de uma adequada compactação (vibração)
raios solares e às intempéries. para extraí-lo.
( )V ( )F ( )V ( )F
6. Devido à curta duração do concreto no estado 11. A dosagem, em massa, ou seja pesando-se os
fresco e aos avanços nos processos de lançamento materiais, permite a execução de concretos de
(bombeamento, projeção etc) um planejamento de maior resistência.
todas as operações denominado plano de concre- ( )V ( )F
tagem é de fundamental importância para a quali-
dade e produtividade dos serviços de concreta-
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12. Os aditivos são substâncias adicionadas ao 18. Qual valor de abatimento pertence ao concreto
concreto para correção de efeitos indesejáveis de auto-adensável?
uma dosagem inadequada. a) 25 +/- 1,0 cm
( )V ( )F b) 30 +/- 2,0 cm
c) 10 +/- 2,0 cm
13. É recomendável a utilização de uma bomba de d) 18 +/- 0,5 cm
concreto para lançar concretos de consistência e) 20 +/- 2,0 cm
seca.
( )V ( )F 19. Quanto ao tempo de operação das concretei-
ras:
14. A retirada de amostra para o controle tecnoló- a) concretos bombeáveis são mais indicados
gico de concreto bombeado se efetua na descarga b) o concreto deve ser aplicado antes da pega
da bomba. c) os 150 min previstos em norma são apenas indi-
( )V ( )F cativos
d) aditivos retardadores permitem a aplicação após
15. As fissuras superficiais no concreto, aparecem a pega
devido à perda rápida da umidade causada por: e) b e c são corretas
a) temperatura elevada
b) ventos fortes 20. A cura do concreto tem por finalidade:
c) baixa umidade ambiental a) evitar o endurecimento precoce do concreto
d) todas as anteriores b) hidratar o cimento
e) nenhuma das anteriores c) manter o concreto saturado
d) aumentar a resistência superficial
16. No pedido do concreto especifique: e) nenhuma das anteriores
a) fck e consumo de cimento
b) traço, slump, dimensão da brita 21. Adição de água acima do especificado na dosa-
c) fck, consumo ou traço gem do concreto, acarreta:
d) fck ou consumo além do slump e dimensão do a) perda de resistência
agregado ou somente o traço b) aumento da resistência
e) nenhuma das respostas anteriores c) diminuição no abatimento
d) redução do fator água/cimento
17. Os aditivos plastificantes e superplastificantes, e) nenhuma das anteriores
respectivamente, permitem uma redução mínima
da água de amassamento do concreto, de: 22. O vibrador de imersão é usado para:
a) 58% - 80% a) adensar o concreto
b) 6% - 12% b) espalhar o concreto
c) 30% - 50% c) vibrar a ferragem
d) 40% - 60% d) aumentar a resistência do concreto
e) nenhuma das respostas anteriores e) nenhuma das anteriores
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23. A relação entre a carga suportada por um 28. O número de camadas e golpes necessários
corpo de prova cilíndrico e sua seção transversal para a execução do “slump test” são:
determina sua resistência à: a) 4 camadas de 30 golpes
a) abrasão b) 3 camadas de 25 golpes
b) flexão c) 3 camadas de 30 golpes
c) compressão d) 4 camadas de 25 golpes
d) torção e) nenhuma das respostas anteriores
e) nenhuma das anteriores
29. Para retardar o tempo de pega do concreto
24. Em concretos para pavimentos especifica-se a: utiliza-se o aditivo:
a) resistência à compressão a) impermeabilizante
b) resistência à torção b) cloreto de cálcio
c) resistência à tração na flexão c) incorporador de ar
d) resistência ao cilhamento d) expansor
e) nenhuma das respostas anteriores e) nenhuma das respostas anteriores
25. O excesso de vibração no concreto resulta em: 30. Não é permitido a aplicação do concreto:
a) maior resistência à compressão devido a maior a) após a hidratação do cimento
compactação b) após o fim de pega
b) segregação do agregado graúdo c) cinco horas após a mistura
c) não altera as propriedades do concreto d)após o ínicio de pega
d) todas as anteriores e)nenhum das anteriores
e) nenhuma das anteriores
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Bibliografia Recomendada
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