Você está na página 1de 158

Guia Produtos de

Apoio low-cost
Faça você
Mesmo!

2
Índice

Apresentação .............................................................................................................. 6
Introdução ................................................................................................................... 7
Higiene e Vestuário..................................................................................................... 9
Corta-Unhas Adaptado............................................................................................ 10
Tesoura Adaptada ................................................................................................... 11
Bacia Adaptada ....................................................................................................... 12
Esponja de cabo longo ............................................................................................ 13
Luva de banho com bolso ....................................................................................... 14
Toalha adaptada para banho .................................................................................. 15
Escova/Pasta de dentes adaptada .......................................................................... 16
Cadeira de banho em PVC...................................................................................... 18
Maca para banho .................................................................................................... 19
Maca para banho II ................................................................................................. 20
Limites Laterais WC ................................................................................................ 21
Cadeira Adaptada para Sanita ................................................................................ 22
Adaptação de escovas I- Tira .................................................................................. 23
Adaptação de escovas II- Bola ................................................................................ 24
Adaptação de escovas III- Punho ............................................................................ 25
Escovinha com ventosa .......................................................................................... 26
Maquilhagem Adaptada .......................................................................................... 27
Verniz adaptado ...................................................................................................... 28 3
Abotoador ............................................................................................................... 29
Gancho para fechos ................................................................................................ 30
Adaptação fechos ................................................................................................... 31
Calçadeira de meias................................................................................................ 32
Calçadeira de Cabo longo ....................................................................................... 33
Alcançador .............................................................................................................. 35
Alcançador II ........................................................................................................... 36
Alcançador III .......................................................................................................... 37
Roupa adaptada com velcro.................................................................................... 38
Cordões com velcro ................................................................................................ 39
Cordões com adaptador .......................................................................................... 40
Cordões com arame ................................................................................................ 41
Alimentação .............................................................................................................. 42
Talheres Adaptados I: Extensão.............................................................................. 43
Talheres Adaptados II: Punho ................................................................................. 44
Talheres Adaptados III: Peso .................................................................................. 45
Talheres Adaptados IV: Tira .................................................................................... 46
Talheres Adaptados V: Asa ..................................................................................... 47
Talheres Adaptados VI: Curva ................................................................................ 48
Talheres Adaptados VII: Outros .............................................................................. 49
Copo recortado ....................................................................................................... 50
Copo Fixo ................................................................................................................ 51
Suporte para Copo .................................................................................................. 52
Copo: Isolamento térmico........................................................................................ 54

3
Suporte para Palhinha............................................................................................. 55
Prato adaptado........................................................................................................ 56
Rebordo para Prato ................................................................................................. 57
Prato com divisões .................................................................................................. 59
Alteador de Prato .................................................................................................... 60
Tábua adaptada ...................................................................................................... 61
Tábua com faca fixa ................................................................................................ 63
Tábua para fatiar ..................................................................................................... 64
Suporte para fogão.................................................................................................. 65
Suporte chaleira/jarra .............................................................................................. 66
Rolo da massa adaptado......................................................................................... 68
Mobilidade e Posicionamento .................................................................................. 69
Tiras antiderrapantes .............................................................................................. 70
Escada facilitadora .................................................................................................. 72
Argolas facilitadoras ................................................................................................ 74
Corda facilitadora .................................................................................................... 75
Toalha de transferência ........................................................................................... 76
Tábua de transferência ........................................................................................... 77
Tábua de transferência flexível................................................................................ 78
Colchão Postural ..................................................................................................... 79
Colchão de rolos ..................................................................................................... 80
Kit Anti-escaras ....................................................................................................... 81
Almofada circular anti-escaras ................................................................................ 83
Almofada de abdução ............................................................................................. 84 4
Cinto de transferência ............................................................................................. 85
Cinto suporte cadeira de rodas ............................................................................... 87
Suporte para braço.................................................................................................. 88
Mesa adaptada ....................................................................................................... 89
Apoio para pés ........................................................................................................ 90
Assento adaptado ................................................................................................... 91
Elevador de pernas ................................................................................................. 92
Material Escolar Adaptado ....................................................................................... 93
Adaptação Escrita/pintura I- Bola ............................................................................ 94
Adaptação Escrita/pintura II- Punho ........................................................................ 95
Adaptação Escrita/pintura III- Asa ........................................................................... 96
Adaptação Escrita/pintura IV- Tira ........................................................................... 98
Adaptação Escrita/pintura V- Rato .......................................................................... 99
Adaptação Escrita/pintura VI- Cabeça ................................................................... 100
Adaptação Escrita/pintura VII- Boca ...................................................................... 101
Adaptação Escrita/pintura VIII-Outros ................................................................... 102
Recipiente adaptado ............................................................................................. 104
Tesoura Adaptada- Arame .................................................................................... 105
Tesoura adaptada- Argolas ................................................................................... 106
Afia Adaptada........................................................................................................ 107
Régua adaptada- Suporte ..................................................................................... 108
Régua adaptada- Relevo....................................................................................... 109
Régua adaptada- Braille ........................................................................................ 110
Régua adaptada- Limites ...................................................................................... 111

4
Caderno de Elásticos ............................................................................................ 112
Guia para leitura/escrita ........................................................................................ 113
Folhear livros- Molas ............................................................................................. 114
Folhear livros- Velcro ............................................................................................ 115
Folhear livros- Pauzinhos ...................................................................................... 117
Folhear livros- Boca .............................................................................................. 118
Folhear livros- Mesa .............................................................................................. 119
Suporte de leitura/Escrita ...................................................................................... 121
Suporte de leitura/Escrita- Outros ......................................................................... 122
Recreação/Lazer e Outros ...................................................................................... 123
Suporte para cartas- Cartão .................................................................................. 124
Suporte para cartas- Tubo..................................................................................... 125
Suporte para cartas- CD ....................................................................................... 126
Suporte para cartas- Outros .................................................................................. 127
Chave adaptada .................................................................................................... 128
Agulha Adaptada ................................................................................................... 129
Damas Adaptadas I ............................................................................................... 130
Damas Adaptadas II .............................................................................................. 132
Damas Adaptadas III ............................................................................................. 134
Dominó das cores ................................................................................................. 136
Dominó de quantidade em relevo .......................................................................... 137
Dominó de figuras geométricas ............................................................................. 138
Dominó de Texturas .............................................................................................. 139
Batalha Naval Adaptada ........................................................................................ 140 5
Jogo da Trilha/ Moinho Adaptado .......................................................................... 142
Jogo do Galo Adaptado ......................................................................................... 144
Jogo da Memória I................................................................................................. 146
Jogo da Memória II................................................................................................ 148
Quebra-Cabeça de cubos ..................................................................................... 149
Bola de Estimulação Visual ................................................................................... 150
Bola de Estimulação Auditiva e Táctil .................................................................... 151
Capa estimulação visual ....................................................................................... 152
Puzzle Adaptado ................................................................................................... 153
Cubo Mágico Adaptado ......................................................................................... 155
Raquete Pingue- Pongue adaptada ...................................................................... 156
Apanha Bolas Adaptado ........................................................................................ 157

5
Apresentação

O presente guia foi desenvolvido no âmbito de um estágio


curricular do 2ºCiclo em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade
Humanas, realizado na Câmara Municipal de Guimarães,
concretamente na Divisão de Ação Social.

Com o objetivo de apresentar soluções e adaptações de baixo


custo, sendo confecionadas a partir de materiais baratos e
maioritariamente disponíveis no quotidiano. Aliado à ideia principal
“Faça você mesmo!”, este trabalho procura oferecer informações
úteis e gratuitas com o propósito de melhorar a qualidade de vida da
pessoa com limitações ou dificuldades quer seja a nível físico, visual,
auditivo, intelectual, pedagógico…

Com a situação económica do país e os cortes orçamentais


6
aos produtos de apoio, a tendência converge para a impossibilidade
de aceder aos produtos necessários para uma vida mais cómoda,
segura, independente e autónoma. Como resposta a está
problemática e apoiando os princípios e objetivos da Rede Social de
Guimarães, que procura promover a apoiar, incluir, integrar e
garantir respostas sociais à comunidade, este guia torna-se mais um
pilar nesta luta.

Ana Cláudia Fernandes Ribeiro1

Dezembro de 2012

1
Engenheira, licenciada em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas pela UTAD, Vila Real.
A Frequentar o Mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas.
email: claudiaribeiro_fr@hotmail.com / claudiaribeiro.fr@gmail.com

6
Introdução

O guia de produtos de apoio low-cost reúne duas ideias fundamentais,


aliar o conceito “faça você mesmo” com a utilização de materiais baratos.
Provando que os produtos de apoio não necessitam de ser sofisticados e
caros, basta a criatividade e engenho, onde ideias simples e funcionais
podem melhorar a vida das pessoas com dificuldades ou limitações.

Ao longo de cinco categorias, nomeadamente, “Higiene e Vestuário”,


“Alimentação”, “Mobilidade e Posicionamento”, “Material Escolar adaptado”
e “Recreação, lazer e outros” são agrupadas diversas adaptações que
melhor se adequam a cada área, de forma a facilitar a consulta e oferecer
maior diversidade de ideias. As adaptações são apresentadas, seguindo
alguns tópicos, detalhadamente, imagem ilustrativa, descrição/objetivo,
destinatários principais, material a utilizar e elaboração. Estas informações
são fulcrais para o conceito “faça você mesmo”, uma vez que, irá guiar
passo-a-passo a confeção dos produtos, indicando os materiais, os

7
objetivos e função, assim como as etapas principais para a sua elaboração.

Utilizando materiais baratos e que normalmente as pessoas têm em


casa, desde, arame, cortiça, madeira, cartão, velcro, tecido…uma variedade
que facilmente se encontra e possui. Juntamente com as ferramentas de
utilização do quotidiano, quer seja tesoura, serra, alicate, cola, pistola de
silicone, agulha e linha, martelo, entre outros, este guia demonstra a
facilidade de confecionar diversas adaptações que podem ser fundamentais
para um número significativo de pessoas.

Reunindo estas características, o presente guia visa oferecer uma


realidade mais económica, de modo a promover a autonomia,
independência, igualdade e inclusão, para uma maior e melhor qualidade
de vida das pessoas que apresentam limitações ou dificuldades, quer seja a
nível físico, visual, auditivo, intelectual, pedagógico…para que simples
tarefas sejam executadas e não um obstáculo.

Assim, tarefas como vestir, cortar, escrever, comer, beber, pentear, ler,
brincar, jogar…todas estas que, por alguma razão são mais difíceis de
realizar, tornam-se possíveis utilizando pequenas adaptações.

Ao longo deste guia, diversas ideias são apresentadas servindo de


inspiração, devendo ser ajustadas às diferentes situações e materiais
disponíveis.

7
8

8
Higiene e Vestuário

9
Corta-Unhas Adaptado

Descrição: O corta-unhas é fixado e aparafusado numa plataforma rígida


(base de madeira) para facilitar o seu uso e oferecer maior
estabilidade.
10
Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida/ Pouca motricidade fina.

Material: - Base de madeira (15x15 cm ou 10x5 cm);


- Corta-unhas;
- Parafuso ou cola (escolher o material para fixar na base);
- 4 Discos antiderrapantes/ ventosas.

Elaboração: 1º Numa base de madeira com 15x15 cm ou 10x5 cm, é fixado


um corta-unhas, utilizando parafuso ou cola forte.
2º Para obter maior estabilidade recorre-se à colocação de 4
círculos antiderrapantes ou ventosas, uma em cada canto da
base, que irão aderir firmemente à superfície, evitando que
escorregue aquando o seu uso.

Dica: 1- Para pessoas com problemas de visão, pode-se colocar uma


lupa com incidência para a zona do corte, facilitando assim o uso
do corta-unhas.
2- No caso de pessoas com dificuldade ao carregar no corta-
unhas, pode-se colocar uma base de plástico ou outro material
na parte superior, com dimensões 10x5cm ou outras medidas
que sejam pertinentes, de forma a oferecer maior área e tornar
mais confortável o uso.

10
Tesoura Adaptada

Descrição: A tesoura adaptada consiste em colocar arame revestido por


cabo plástico, facilitando o seu uso por parte de pessoas com
dificuldade de pressão. Com esta adaptação o seu uso apenas
exige o movimento de fechar a mão.
11
Quando existe maior dificuldade a nível dos movimentos da
mão, recorre-se ao uso de um suporte fixo (exemplo da imagem,
feito em madeira), onde a tesoura adaptada é colocada, exigindo
apenas o movimento de bater.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras/ Pouca motricidade fina


(dificuldade em pressão)

Material: - Tesoura convencional;


- Arame resistente;
- Cabo plástico.

Elaboração:
1º Curvar o arame de acordo com o angulo desejado, se o
arame for fino colocar vários arames.
2º Passar o arame dentro do cabo de plástico e deixar só um
arame depois das extremidades.
3º Aquecer no fogo outro arame e furar a tesoura no ângulo
desejado.
4º Para fixar o arame colocar cola forte entre a ponta do arame e
a tesoura (caso de se encontrarem próximos) ou dobrar o arame
no plástico da tesoura revestindo com fita-cola para proteção do
utilizador.

11
Bacia Adaptada

Descrição: A bacia adaptada consiste numa alternativa simples para efetuar


limpezas/ lavar o cabelo em pessoas com limitações motoras
graves ou outro tipo de situações que permanecem
maioritariamente do tempo na cama. Esta alternativa vai facilitar
12
por parte dos cuidadores e familiares a limpeza à pessoa
acamada.
A bacia pode ser colocada ao lado de uma cama/cadeira de
modo a permitir um posicionamento mais confortável do pescoço
da pessoa.
Destinatários: Pessoas com limitações motoras graves/ Acamados
Material: - Bacia/ (outro recipiente de plástico);
- Tesoura / x-ato;
- 1 metro de Mangueira;
- Válvula para fixar a mangueira;
- Pistola de silicone.

Elaboração: 1º Considerar o tamanho da largura da cabeça da pessoa (de


orelha a orelha) e adicionar a essa medição 4 cm extra.
2ª Cortar as medidas do 1ºponto na bacia, em formato meia
circunferência.
3º Cortar na bacia um orifício com diâmetro da válvula, e fixa-la
com silicone. Neste orifício irá ser colocada a mangueira que
permitirá a saída da água.
Dica: Atenção às bordas do corte feito na bacia, para evitar cortes no
pescoço do utilizador, utilizar uma tolha ou revestir com espuma
e plástico.

12
Esponja de cabo longo

Descrição: A esponja de cabo longo é uma solução para ser utilizada


durante o banho por pessoas que não conseguem esticar os
braços, possuem braços curtos ou sentem dificuldade na
inclinação do tronco.
13
Ela compreende um tubo de plástico com uma espuma na
extremidade, e conforme a necessidade do utilizador o tubo
pode ser reto ou curvo.

Destinatários: Pessoas com: paraplegia hemiplegia, artrite reumatoide,


obesos e idosos / Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Tubo plástico com 50 a 60 cm de comprimento,


- Esponja com 10x10 cm;
- Cola forte.

Elaboração: 1º Efetuar um corte, numa zona preferencial da esponja


(recomenda-se a meio), com cerca de 2cm de profundidade e
com dimensões que permita inserir o tubo.
2º Numa extremidade do tubo (mais ou menos achatada 6 cm),
introduz-se a esponja, já cortada anteriormente e com uma boa
dose de cola no seu corte. A esponja deve ser fixada firmemente
ao tubo.

Dica: Na outra extremidade do tubo, é possível adaptar uma alça com


dimensões que permitam ser seguradas pelo pulso do utilizador,
evitando que a esponja caia ao chão e permitindo à pessoa
maior utilidade no seu uso.

13
Luva de banho com bolso

Descrição: A luva de banho com bolso irá possibilitar o banho sem a


necessidade de segurar o sabonete/sabão com outra mão. Ou
seja, para pessoas que não podem fazer apertos e que não
consegue segurar firmemente o sabão.
14
A luva feita de pano macio, tem um bolso na palma da mão, com
fecho de velcro quer no bolso, quer no ajuste ao pulso para
garantir melhor manipulação da luva.

Destinatários: Para pessoas que usam apenas uma mão ou para pessoas
com amplitude de movimentos limitada

Material: - Pano macio;


- Velcro;
- Agulha, linha e tesoura.

Elaboração: 1º É necessário medir a largura e comprimento da mão para


fazer o molde da luva.
2º Na zona da palma faz-se um corte, com dimensão suficiente
para o sabonete. É colocado velcro para que funcione como
bolso e permita fechar/abrir.
3º Para ajustar a luva à mão, é costurada uma tira de pano na
zona que ira ficar em torno do pulso. Essa tira irá ser regulada á
dimensão do pulso e fixada na luva, da forma que o utilizador
desejar através de velcro.

14
Toalha adaptada para banho

Descrição: A Toalha adaptada irá facilitar as atividades de higiene,


ensaboar e esfregar, de pessoas com dificuldade para realizar
apertos e alcance. Elimina a necessidade da pessoa se inclinar
para limpeza de membros inferiores, costas ou para apanhar
15
sabão quando este cai.
A Toalha de pano possui um bolso para colocar o sabão e nas
extremidades duas alças que permitem que à pessoa pendurar e
na sua principal funcionalidade ensaboar a toalha para
posteriormente lavar costas ou outras partes. As alças nas
extremidades irão permitir à pessoa a uma limpeza sem grandes
esforços, uma vez que apenas tem de movimentar a tolha da
forma pretendida.
Destinatários: Para as pessoas idosas e / ou com dificuldades em executar
apertos, alcance e inclinação do tronco

Material: - Toalha de banho (com dimensões ex.60x12cm);


- Velcro;
- Tecido.

Elaboração: 1º Numa toalha de banho, coser um quadrado de tecido (12x12


cm, ou outras dimensões de modo que sejam suficiente para o
sabão), deixando um lado para abertura/fecho. Este lado irá
levar velcro, para tomar a funcionalidade de bolso.
2º Nas extremidades da toalha, coser 1 tira de tecido em cada
de comprimento igual á toalha e largura preferível pelo
utilizador.

15
1/2 Escova/Pasta de dentes adaptada

Descrição: Escova/pasta de dentes adaptada consiste num dispositivo em


madeira, totalmente portátil e de baixo custo, uma vez que não
requer conexão à eletricidade ou outra fonte de alimentação. 16
O objetivo é possibilitar a higiene oral e atividade de escovar os
dentes uma tarefa mais autónoma e possível por parte das
pessoas com mobilidade reduzida/amputação membro superior.
Dado que o dispositivo em questão permite utilizar apenas um
membro superior e o seu mecanismo não requer precisão ou
movimentos de motricidade fina, estas características
convergem para um aparelho mais acessível e capaz de
responder as situações do seu utilizador. De forma que a pessoa
seja capaz de realizar a tarefa de forma simples, confortável,
autónoma e apelando ao seu uso intuitivo e claro.
Para cativar as crianças quanto à importância de lavar os
dentes/higiene oral, existe inúmeras possibilidades de tornar o
dispositivo mais criativo e apelativo, recorrendo a cores e
ilustrações, de forma a incentivar e tornar a criança
independente nesta atividade.

Destinatários: Pessoas com amputação bilateral de um membro superior/


Pessoas com mobilidade reduzida

16
Material: - Madeira;
- Parafusos
- Mola (para criar pressão de um parafuso e de permitir a
articulação da madeira- funcionará como dobradiça);
- Cola;
- Placa de alumínio (funciona como “caixa de areia“ onde vai cair
a pasta de dente);
- Íman;
- Pinça/outra peça que segure a pasta de dente;
- Punho em esponja/ outro material plástico (para fazer uma
barra para usar com a boca);
- Tintas e Ilustrações a gosto.

Elaboração: 1º Construção duma maquete em papelão rígido.


2º Cortar as diferentes peças que constituem o conjunto de
adaptação da escova.
3º Perfurar de manipular as duas peças com um parafuso e
uma mola, e, assim, criar uma dobradiça de madeira.
4º Fazer um buraco noutra parte e colocar o íman fixado com
cola.
5º Juntar com cola a peça íman à parte da dobradiça.
6º Juntar à base da adaptação com o eixo vertical articulado 17
que irá suportar a escova de dentes.
7º Fixar a base da adaptação com a base da frente, onde ficará
a pasta de dentes.
8º Unir através de um parafuso uma peça com a base da
frente, criar uma peça giratória onde irá ser colocada a pasta de
dentes.
9º Colar a placa de alumínio higiénica na base da frente.
10º Colocar uma pequena pinça (ou outro material) na peça
giratória, para que a pasta permaneça fixa, e seja fácil o seu
uso.
11º Colar o punho de esponja para fazer uma barra em que a
pessoa possa manusear a parte articulada.
12º Colocar a barra com a parte da dobradiça (na mesma base
de madeira).
13º Limar e polir os cantos do dispositivo no seu todo.
14º Ajustar com parafusos uma parte de alumínio à escova de
dentes para que esta se mantenha firme, mas móvel em
contacto com o íman.
15º Decorações a gosto e envernizamento.

Dica: Para melhor compreensão do seu funcionamento consultar o vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=IWHbp7nPjiU&feature=plcp

2/2
17
Cadeira de banho em PVC

Descrição: Cadeira feita de tubos pvc com rede (material idêntico ao tecido
das cadeira de praia ou piscina) com ventosas para fixar na
banheira. Este equipamento auxilia o banho a crianças e jovens
com deficiência ou mobilidade condicionada.
18
Destinatários: Crianças e jovens com deficiência ou mobilidade condicionada.
Material: - 6 Ventosas;
- Tubo de PVC com diâmetro 32 milímetros (usando
normalmente em canalizações);
- Cotovelo/ Conexão “joelho 90º” com diâmetro 32 mm;
- Conexão "T" diâmetro 32 milímetros;
- Cola do tipo usada nas canalizações;
- Tecido tipo rede usado normalmente em cadeira de
praia/piscinas ou material plástico;
- Esponja/plástico em formato cilíndrico (reforço cilíndrico para
separar as pernas)

Elaboração: 1ºFazer a cadeira com o material descrito anteriormente (tubos


pvc, cotovelos, conexão em “T”…) com dimensão aproximada às
medidas criança que se destina, para maior conforto da criança.
Para maior estabilidade, colocar o reforço cilíndrico. E aplicar as
ventosas nas zonas visíveis nas imagens, estas irão se fixar na
banheira dando estabilidade e evitando q deslize.
2º Costurar a rede cadeira criada, de forma a oferecer uma base
e costas confortável, estável e segura para a criança.
Dica: Para maior segurança da criança é possível adotar um sistema de cintos
feitos em tecido idêntico aos cintos do carro ou outro material desejado.
No caso de optar por costas e base em plásticos, garantir que são
confortáveis e colocar rebordos em PVC para proteção lateral.

18
Maca para banho

Descrição: Maca feita de tubos pvc com rede azul (material idêntico ao
tecido das cadeira de praia ou piscina) com possibilidade de
colocar apoios laterais. Esta maca é destinada a facilitar os
banhos a crianças com doenças neurodegenerativas ou que
19
apresentem mobilidade física bastante condicionada.

Destinatários: Criança com doenças neurodegenerativas / crianças com


limitações motoras graves a severas

Material: - Tubo de PVC com diâmetro 32 milímetros (usando


normalmente em canalizações);
- Cotovelo/ Conexão “joelho 90º” com diâmetro 32 mm;
- Conexão "T" diâmetro 32 milímetros;
- Cola do tipo usada nas canalizações;
- Tecido tipo rede usado normalmente em cadeira de
praia/piscinas.

Elaboração: 1º Fazer uma pequena maca com o material descrito


anteriormente (tubos pvc, cotovelos, conexão em “T”…) com
dimensão aproximada às medidas criança que se destina, para
maior conforto da criança e maior estabilidade.
2º Costurar a rede na maca criada, de forma a oferecer uma
base confortável, estável e segura para a criança.

Dica: Para a criança se sentir mais segura e comoda, e como forma


apoio, podem ser colocados um punho (tipo das bicicletas) em
cada lado da cama, no caso da mesma conseguir agarra-los.

19
Maca para banho II

Descrição: Maca de rede azul (material idêntico ao tecido usado em cadeira


de praia ou piscina) que possui nos 4 cantos o mesmo material
usado na escalada (suporte em alumínio fixos á parede e fita
resistente) para dar rigidez e suporte. Possibilidade de incluir
20
uma cortina para evitar respingos e canalizar a água.
Facilita o banho, higiene, troca de roupas ou fraldas. Pelas
características da maca, pode ser facilmente arrumada, e usada
apenas quando necessário.
Destinatários: Criança com doenças neurodegenerativas / crianças com
limitações motoras graves a severas
Material: - Tecido tipo rede usado normalmente em cadeira de
praia/piscinas (quantidade necessária);
- 2,5 metros de fio em aço inoxidável com diâmetro 6 mm;
- 8 metros de fita fúcsia de escalada;
- 2 metros de lona para fazer a cortina;
- 2 metros de velcro;

Elaboração: 1º Fazer os suportes com aço inoxidável e parafusos.


2º Perfurar a parede com uma broca diâmetro 6mm.
3º Dobrar os suportes que são colocados na parede.
4º Costurar a fita de escalada na rede, e nas extremidades
deixar um anel para serem colocadas nos suportes ancorados à
parede.
5º Costurar em um dos lados da maca o velcro, onde será
colocada a cortina (que deve ter velcro costurado a si).

20
Limites Laterais WC

Descrição: É um apoio lateral para crianças que não se equilibram ou que


tem por hábito escaparem no uso da sanita. Serve
inclusivamente para treinar a criança no uso da mesma. Pode
ser complementado por um cinto dando maior estabilidade à
21
criança.
Destinatários: Crianças que não se equilibram ou que tem por hábito
escaparem

Material: - Duas placas e duas pernas (reciclagem de mesas de sala de


aula);
- Parafusos largos e 2 varas de metal (irão ligar as placar);
- Fita adesiva para proteger as peças.

Elaboração: 1ºSeparar as placas e pernas das messas. Em cada placa é


aparafusada uma das pernas da mesa deixando painel em
forma. Estes dois painéis são presos com parafusos ou hastes
em metal.
2º As varas de metal que ligarão estes dois painéis são
colocadas como se observa nas figuras anteriores (uma é
colocadas atras da tapa da sanita e a outra colocada na frente
mas numa posição mais inferior).Possibilitando o seu uso por
qualquer pessoa.

21
Cadeira Adaptada para Sanita

Descrição: A cadeira para sanita é destinada a ser usada por pessoas que
têm dificuldade em sentar e / ou manter a posição na mesma.
A cadeira é adaptada de uma vulgar cadeira de plástico com
22
braços para dar maior estabilidade e segurança ao utilizador.
Para a sua funcionalidade é feito uma abertura com dimensões
necessárias ao utilizador, e que permita o seu uso correto.

Destinatários: Pessoas com quadril limitado e necessitam de maior altura


e/ou maior estabilidade ao sentar.

Material: - Cadeira de plástico;


- Berbequim/ ou outro para fazer o corte na cadeira.

Elaboração: 1º Medir a dimensão necessária a cortar na cadeira.


2º Proceder ao respetivo corte.
3º Lixar e fazer a limpeza, para que fique perfeito e sem que
seja ameaça ao bem-estar e segurança do utilizador. Se
necessário colocar fita adesiva na zona de corte coo forma de
proteção.

22
Adaptação de escovas I- Tira

Descrição: A adaptação através de tira para escovas de cabelo ou dentes


é uma solução económica, prática, funcional e ajustável à
medida do utilizador. É de confeção simples, o seu uso é 23
intuitivo e fácil tanto de tirar como colocar
A tira é indicada para ser colocada ao longo da palma e dorso
da mão. Para introduzir a ferramenta a utilizar, neste caso, as
escovas, possui um bolso na palma da mão, com dimensões
suficientes para o objeto em questão.
Tanto a tira como o bolso podem ser feitos quer de couro,
velcro ou faixa elástica, de modo que não comprometam a sua
utilidade e garantam maior funcionalidade possível.
Destinatários: Pessoas com pressão limitada ou ausente

Material: Velcro/ Faixa elástica/ tecido/ couro


Elaboração: 1ºMedir o contorno das costas e da palma da mão. A esta
medida adicionar 6 cm para o bolso.
2º Cortar uma tira da material escolhido, garantir que tem pelo
menos 3 cm de largura para o bolso.
3º Dobrar o pedaço de tecido (com as dimensões evidenciadas
anteriormente) e costurar as pontas, de modo a deixar um
bolso com cerca de 6cm por 3 cm. As dimensões do bolso
dependem do objeto a que se destina, pode ser ajustáveis se
necessário.
4º Ajustar a tira á mão, se necessário recorrer a velcro para
melhor acomodação, e colocar o objeto a usar.

23
Adaptação de escovas II- Bola

Descrição: A adaptação através de bola para escovas de cabelo ou dentes,


corresponde a outra solução económica, prática, funcional ao
utilizador que possui dificuldades em agarrar. É de confeção 24
simples, o seu uso é intuitivo e fácil tanto de tirar como colocar
Esta adaptação resume-se a uma bola com diâmetro
aproximado de 5 cm (depende da bola escolhido), onde é feito
uma abertura com dimensões suficientes para o objeto que se
pretende usar.
Utilizar este tipo de adaptação é indicado para pessoas que tem
pressão limitada ou ausente, mas que apresentam certa
autonomia quanto a aperto com mão cheia (a dimensão da bola
irá facilitar esta indicação).

Destinatários: Pessoas com pressão limitada ou ausente

Material: - Bola de espuma / bola de borracha

Elaboração: 1º Analisar o objeto que irá utilizar;


2º Fazer uma abertura na bola com as dimensões do objeto,
necessário apenas para introduzi-lo (ver exemplos na figura em
anterior).

24
Adaptação de escovas III- Punho

Descrição: A adaptação de escovas, quer seja de cabelo ou dentes (ou


outro objeto que o utilizador necessite usar) pode ser obtida de
forma prática, simples e económica, recorrendo ao uso de um
punho. Esta adaptação pode ser totalmente viável utilizando um
25
punho do tipo bicicleta ou utilizando tubos de espuma/esponja.
Utilizar este tipo de materiais vai proporcionar maior controlo na
movimentação e boa estabilidade à pressão As suas
propriedades vão evitar que escorregue durante o uso, além do
que é resistente, impermeável e lavável.
Este tipo de dispositivo aplica-se quando as pessoas
apresentam dificuldades em pegar os objetos, verificando-se
apenas movimentos globais e com fraca dissociação ao nível da
mão e/ou dedos.

Destinatários: Pessoas com controlo manual limitado/


Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: - Punho (do tipo bicicleta) ou tubos de espuma/esponja.

Elaboração: 1º Analisar o objeto que irá utilizar escolher o material que


melhor se adequa (notar que os tubos em espuma/esponja
apresentam varias dimensões e espessuras);
2º Após escolha quer do punho que irá adaptar, quer do objeto,
proceder ao encaixe entre ambos.
Dica: Para maior segurança e firmeza, pode-se colocar velcro entre o
punho e percorrendo as costas da mão, garantindo maior
estabilidade desta adaptação.

25
Escovinha com ventosa

Descrição: Esta adaptação consiste em prender uma escova (quer seja


para unhas, pés ou costas) no lavatório, zona do chuveiro ou
qualquer outra superfície para permitir a escovagem/limpeza 26
com apenas uma das mãos. Recorrendo ao uso de ventosas, as
escovas ficam fixas sem possibilidade de escorregar, o que
fornece ao utilizador maior conforto e segurança no seu uso.
Como estas pessoas possuem dificuldades no seu manuseio,
esta alternativa torna possível e viável utilizar escovas sem
grande esforços ou movimentos.
Útil para quem tem dificuldades em manipular os objetos, ou que
utiliza apenas uma mão para a higienização, deste modo permite
realizar as diferentes limpezas de forma segura com total
habilidade.

Destinatários: Pessoas com amplitude de movimentos limitada/


Pessoas com mobilidade reduzida
Pessoas com controlo de apenas uma mão

Material: - 2/4 Ventosas;


- Escova que necessite para higienização.

Elaboração: 1º Colocar as ventosas na escova que se pretende utilizar;


2º Escolher um local mais acessível e indicado tanto para o
utilizador como para a finalidade da escova (se para unhas,
colocar mais alto, se para pés colocar no chão) e proceder ao
posicionamento e fixação das escovas já com ventosas.

26
Maquilhagem Adaptada

Descrição: Como forma de tornar possível e facilitada o uso de


maquilhagem, por parte das pessoas com mobilidade reduzida,
recorre-se ao uso de espuma no objeto pretendido. Dando a
27
forma desejada á espuma no objeto que o utilizador necessite
usar, permite-lhe que usufrua do mesmo, independentemente
das suas dificuldades em pegar os objetos.

Destinatários: Pessoas com amplitude de movimentos limitada/


Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Bloco de espuma (para dar a forma mais conveniente e


desejável a cada caso e utilizador)

Elaboração: 1º Escolher o que se pretende adaptar, seja batom, perfume,


rímel ou outro.
2º Depois de escolhido o objeto, estudar a melhor forma de
adaptar a espuma ao mesmo, de forma a ser mais fácil o seu
uso e manuseio por parte do utilizador.
3º Dar forma á espuma no objeto, proceder a recortes que sejam
essenciais, e na eventualidade do utilizador necessitar de velcro
ou uma alça, com dimensões que permitam ser seguradas pelo
pulso do mesmo (desta forma evita-se que caia e confere maior
proveito no seu uso).

27
Verniz adaptado

Descrição: A adaptação do verniz pode ser de dois tipos já descritos


anteriormente, do tipo tira ou do tipo punho. Ambos são solução
económica, prática, funcional de confeção simples, uso intuitivo
e fácil tanto de tirar como colocar.
28
Destinatários: Pessoas com amplitude de movimentos limitada/
Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: - Velcro/ faixa elástica/ tecido/ couro;
- Punho (tipo bicicleta) / tubo de espuma ou esponja.
Elaboração: Adaptação tipo tira:
1ºMedir o contorno das costas e da palma da mão. A esta
medida adicionar 6 cm para o bolso.
2º Cortar uma tira da material escolhido, garantir que tem pelo
menos 3 cm de largura para o bolso.
3º Dobrar o pedaço de tecido (com as dimensões evidenciadas
anteriormente) e costurar as pontas, de modo a deixar um bolso
com cerca de 6cm por 3 cm. Ajustar a tira á mão, se necessário
recorrer a velcro para melhor acomodação, e colocar o objeto a
usar.
Adaptação do tipo punho:
1º Escolher o tubo/punho que melhor se encaixa no verniz a
utilizar. Em alternativa, pode-se fazer o tubo com cartolina, cola
e fita-cola, de modo a ter um engrossador mais personalizável e
económico. Coser elástico/ velcro ao tubo para facilitar a fixação
á mão (se necessário).

28
Abotoador

Descrição: É constituído por um cabo de madeira (ou outro tipo de material,


como os exemplos vistos em adaptações do tipo punho), que
tem uma inserção de fio incorporando, a fim de facilitar o
abotoar/desabotoar dos botões da roupa.
29
Utensílio essencial para pessoas com défices de mobilidade ao
nível dos dedos e que possuem muitas dificuldades para
abotoar.
Destinatários: Pessoas com dificuldade de abotoar apertos finos/
Pessoas com défice de destreza manual
Material: - Pedaço de cabo de vassoura aproximadamente 10/15 cm (ou
outro tipo de material, como punho/tubo de espuma);
- Arame: 20/30 cm;
- Prego e Martelo;
- Alicate.
Elaboração: 1º No cabo/tubo faz-se um furo com 2 cm. de profundidade,
utilizando o prego e martelo para tal;
2º Dobrar o fio com alicate para formar um laço, de forma que
possa envolver o botão;
3º Nas extremidades do arame, dobra-las formando um gancho
para permitir um aperto seguro (estas extremidades irão se fixar
no interior do cabo).
4º Inserir o arame no furo do cabo.

Dica: Para melhor fixação á mão do utilizador e como forma de facilitar


o agarrar pode-se adaptar um elástico/velcro ao cabo para
facilitar o seu uso.

29
Gancho para fechos

Descrição: O gancho para puxar fechos é constituído por um cabo de


madeira (ou outro tipo de material, como os exemplos vistos em
adaptações do tipo punho) que possui na sua extremidade um
gancho/argola com abertura. Útil para pessoas com défice de 30
destreza manual ou com limitações motoras num lado do corpo.
Este dispositivo facilita a tarefa de puxar fechos de casacos ou
calças, fornecendo maior autonomia ao utilizador
Destinatários: Pessoas com défice de destreza manual/
Pessoas com dificuldade de puxar fechos
Material: - Pedaço de madeira de cabo de vassoura aproximadamente
10/15 cm (ou outro tipo de material, como punho/tubo de
espuma);
- Argola com abertura/ganho (dimensões pequenas,
dependendo do fecho que se destina);
- Prego e Martelo;
- Alicate.

Elaboração: 1º No cabo/tubo faz-se um furo com 2 cm. de profundidade,


utilizando o prego e martelo para tal;
2º Nesse furo, colocar o gancho/ argola com abertura. Se
necessário recorrer a cola, para fixar o gancho no interior do
cabo, de modo a oferecer maior estabilidade ao utilizador.

Dica: Para melhor fixação á mão do utilizador e como forma de facilitar


o agarrar pode-se adaptar um elástico/velcro ao cabo para
facilitar o seu uso.

30
Adaptação fechos

Descrição: Trata-se de uma simples e pratica adaptação que irá que ajudar
as pessoas com défice de destreza manual ou com limitações
motoras, e que sentem dificuldades usar os fechos das suas 31
roupas.
A adaptação consiste em utilizar um clip de metal ou plástico,
que se interliga ao fecho da roupa e com auxílio de uma argola
ou cordão (anexado ao clip), irá facilitar o seu uso por parte do
utilizador. Adotar o uso da argola ou cordão depende da
destreza e preferência do utilizador.

Destinatários: Pessoas com défice de destreza manual/


Pessoas com dificuldade de puxar fechos

Material: - Argolas (Do tipo que se encontram nos porta-chaves);


- Clips de metal ou de plástico;
- Cordões de sapatos.

Elaboração: Adaptação Argola


1º Pegar na argola e colocar o clipe no seu interior.
2º Colocar o clipe no fecho. E encontra-se pronto a utilizar.
Adaptação Cordão
1º Adicionar um cordão ao clip, com medidas necessárias, para
ser usado pela palma da mão. Efetuar um pequeno nó.
2º Colocar o clipe no fecho. E encontra-se pronto a utilizar.

31
Calçadeira de meias

Descrição: A calçadeira de meias é dispositivo pequeno, flexível e fácil de


transportar que facilita o vestir de meias/ collants. Indicada para
pessoas que tenham dificuldades de curvar-se ou flexionar o
anca, sendo muito útil para idosos, obesos, mulheres grávidas 32
ou portadores de qualquer tipo de deficiência restritiva de livres
movimentos. Os collants/meias são aplicados no dispositivo,
necessitando o utilizador de orientar os pés para a abertura e
puxar os collants através dos cordões/corda.
Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida/ Idosos/
Pessoas com problemas de costas, ancas ou joelhos.
Material: - Plástico (garrafão plástico branco/ outro tipo de plástico que
seja maneável e resistente);
- Corda ou cordão;
Elaboração: 1º No material a utilizar, fazer as marcas pretendidas e utilizar
tesoura para recortes. A forma recortada deve aproximar-se as
da imagem. Com certa de 13cm de largura e 20cm de
comprimento aproximadamente. Ter especial atenção às bordas
para não danificar nem as meias, nem magoar o utilizador, para
tal deve-se poli-las, garantindo maior segurança.
2º Nas extremidades, fazer dois furos e inserir duas
cordas/cordão com 1 metro de comprimento cada.
Dica: 1º Para melhor adesão á mão do utilizador e tornar a tarefa de
vestir meias mais facilitada, nas extremidades dos cordões/corda
fazer uma alça, utilizando os mesmos, com dimensões que
permitam ser seguradas pela pessoa.
2º Pode-se substituir o plástico por cartão forte revestido por
papel autocolante ou de encapar, porém a durabilidade será
menor.

32
1/2 Calçadeira de Cabo longo

Descrição: A calçadeira com cabo longo, é um dispositivo para facilitar o


calçar e/ou descalçar as meias e sapatos, indicado para pessoas
que tenham dificuldades de curvar o tronco ou flexionar o quadril 33
ou com limitação de movimento dos braços e/ou pernas, como
idosos, obesos, mulheres grávidas, portadores de Artrite ou de
alguma deficiência restritiva de livres movimentos.
O comprimento do cabo é de preferência moldado de acordo
com as características do utilizador.

Destinatários: Pessoas que tenham dificuldades de curvar o tronco ou


flexionar o quadril ou com limitação de movimento dos braços
e/ou pernas.

Material: - Um pedaço de plástico rígido (policarbonato idealmente ou


acrílico);
- Papel para moldagem;
- Lápis;
- Pistola de ar quente;
- Tesoura;
- Tubo de PVC 1metro;
- Uma copla em plástico para unir o molde ao tubo pvc;
- Fita-cola dupla;
- Fita isoladora preta.

33
Elaboração: 1º Tendo tomado um molde da curvatura do tornozelo traseiro,
marcar e cortar o plástico.
2º Aquecer o pedaço de plástico com a pistola de ar quente e
moldar a curva do tornozelo em sua parte mais larga. Para
facilitar o processo, recomenda-se a utilização como uma curva
de base, como exemplo, uma lata de bebida ou garrafa.
3º A outra extremidade deve estreitar a largura do tubo de PVC.
Posteriormente á forma gerada que irá coincidir com o tubo pvc,
colocar fita-cola dupla face no seu interior.
4º Ao molde gerado no 3ºponto, cola-se o tubo pvc, fazendo-o
coincidir com a fita-cola dupla.
5º Em seguida, colocar a copla e fazer a ligação entre o tubo
pvc e o molde criado. Na outra extremidade do tubo, colocar fita
isoladora preta que irá facilitar o agarrar e evitar que escorregue
quando utilizado.

Dica: 1º Para melhor adesão á mão do utilizador e tornar a tarefa de


calçar mais facilitada, na extremidade do tubo pode-se colocar
uma alça de corda/cordão, com dimensões que permitam ser
seguradas pela pessoa.

2º Na extremidade aposta à calçadeira, pode ser colocado um


34
gancho, com finalidade para recolher roupas, meias e sapatos
no chão.

3º No caso de já existir uma calcadeira e apenas se pretende


adaptá-la, recorrer ao uso de um tubo pvc/ cabo de madeira
com 65cm de comprimento (depende da estrutura do utilizador).
A união do cabo/tubo com a calcadeira pode seguir a
elaboração anterior, ou utilizar materiais disponíveis, o
importante é garantir um dispositivo fixo e útil ao seu utilizador.
Exemplo:

2/2
34
Alcançador

Descrição: Este Alcançador é constituído por um cabo longo com um


gancho na extremidade, destinado à pessoas que têm
dificuldades em apanhar objetos do chão ou que se encontrem
fora do seu alcance
35
Indicado para pessoas com conjunto limitado, músculo ou
requerendo gasto mínimo de energia para dobrar, curvar ou que
permanece na cadeira de rodas ou na cama e não pode
alcançar objetos do chão ou prateleiras, este dispositivo torna
possíveis essas tarefas sem grandes esforços.

Destinatários: Pessoas com limitações na flexão ou alcance/


Pessoas com mobilidade reduzida.
Material: - Cabo de madeira (ou utilizar de vassoura) com cerca de 1,5
cm de diâmetro e 65 cm de comprimento ou tubo de plástico;
- Encaixe de gancho aberto com extremidade roscada para se
fixar no cabo;
Elaboração: 1º No cabo/tubo faz-se um furo com 2cm de profundidade
(dependendo do encaixe a utilizar);
2º Nesse furo, colocar o encaixe de gancho aberto com
abertura. Se necessário recorrer a cola, para fixar o gancho no
interior do cabo, de modo a oferecer maior estabilidade ao
utilizador.
Dica: Para melhor fixação á mão do utilizador e como forma de facilitar
o agarrar pode-se adaptar um elástico/velcro ao cabo para
facilitar o seu uso. Ou na extremidade colocar uma alça de
corda/cordão, para melhor adesão á mão do utilizador.

35
Alcançador II

Descrição: Trata-se de outro exemplo de alcançador, feito de um cabo de


madeira com um arame embutido numa extremidade. Facilita as
atividades quanto ao vestuário para as pessoas com alterações, 36
tais como perda da força muscular, a paralisia de um lado do
corpo, etc.

Destinatários: Pessoas com limitações na flexão ou alcance/


Pessoas com mobilidade reduzida.

Material: - Cabo de madeira com 1metro (cabo de uma vassoura);


- Um pedaço de arame grosso 40 cm de comprimento;
- Alicate;
- Martelo;
- 2 Pregos.

Elaboração: 1º Marcar um ponto central no cabo de madeira. Neste lugar,


será instalado o arame com um prego.
2º Dobrar o arame em forma de U de forma dupla.
3º Ter em atenção a conclusão dos dois fios, que podem ser
presos com fita-cola para evitar acidente.
4º Dobrar o arrame e coloca-lo no cabo, com auxílio do prego.

36
Alcançador III

Descrição: Este alcançador trata-se de uma antena (de carro ou de rádio)


que se dobra ou se desenrola. Numa das extremidades possuí
cordão e um gancho. Este dispositivo permite: 37
- Alcance e pegar objetos do chão (roupas, chaves, sapatos,
meias, etc);
- Fechar portas;
- Alcançar botões, por exemplo do elevador;
- Permite ligar ou desligar as luzes quando longe do alcance.
Entre outras finalidades, esta adaptação permite o alcance e
recolha de objetos.

Destinatários: Pessoas com limitações na flexão ou alcance/


Pessoas com mobilidade reduzida.

Material: - Uma antena de carro (Deve ter numa extremidade um orifício);


- Cordão forte;
- Gancho de metal.

Elaboração: 1º Passar o cabo através do furo da antena e fazer um nó,


deixando uma tira de cerca de 10 cm de diâmetro.
2º Numa das extremidades da pulseira colocar o gancho de
metal. Se necessário colocar fita-cola nas extremidades do
gancho evitar acidentes.

37
Roupa adaptada com velcro

Descrição: A roupa adaptada com velcro, trata-se de uma adaptação que


irá substituir quer botões ou fechos por tiras de velcro, deste
modo a atividade de vestir/despir torna-se possível e mais 38
facilitada por parte das pessoas com pouca coordenação ou
destreza manual.
Este tipo de roupa é usado por pessoas que têm limitações nos
membros superiores, dificuldades em flexão e alcance ou outra
tipo de limitação que comprometa o vestir/despir.

Destinatários: Pessoas com movimentos superiores limitados ou


dificuldades em vestir

Material: - Velcro (depende do vestuário adaptar).

Elaboração: 1º Remover fechos ou botões para modificar o vestuário.

2º No mesmo local onde o anterior se encontrava, colocar tiras


de velcro de acordo com tamanho destinado.

3º Verifique se a fita de velcro áspera se encontra em baixo e a


suave em cima, e se são coincidentes nos pontos pretendidos.

38
Cordões com velcro

Descrição: A adaptação de cordões utilizando velcro, substitui a tradicional


forma de apertar aos cordões por um simples ajuste de velcro.
Esta adaptação revela-se fundamental para pessoas com 39
dificuldades de coordenação, dificuldades em apertar ou que
apenas dispõe de uma mão funcional, sendo um dispositivo
simples e útil, torna o ato de apertar cordões uma tarefa
possível e acessível.

Destinatários: Pessoas com dificuldade de coordenação e apertos.

Material: - Velcro;
- Cordão;
- Couro.

Elaboração: 1º Fazer cada peça com couro e velcro.


2º Numa das peças colocar os cordões entre o couro e o velcro,
reforçar com costura. A outra peça é colada de um lado do
sapato.
Para apertar os cordões: passar a peça que tem cordões para o
lado da outra peça, de forma que as partes de velcro coincidam.

39
Cordões com adaptador

Descrição: A adaptação consiste em utilizar um par de molas de aperto,


normalmente usadas em kispos, que irão permitir que o apertar
de cordões seja uma tarefa mais facilitada. 40
Esta adaptação destina-se a pessoas com uma doença
neuromuscular ou limitações motoras, desta forma, a pessoa
pode executar o apertar/desapertar de cordões, sem depender
de terceiros.

Destinatários: Pessoas com dificuldade de coordenação e apertos.

Material: - Um par de molas de aperto.

Elaboração: 1º Unir os cordões do calçado a utilizar;


2º Colocar a mola de modo que envolva os dois cordões, e dar
um nó em ambos evitando que a mola sai aquando o seu uso;
3º Para usar, basta apertar a mola no caso de se desejar
apertar os cordões realiza-se movimento de proximidade ao pé.
Caso se pretenda desapertar, movimentos contrários.

40
Cordões com arame

Descrição: A adaptação de cordões com arrame consiste em incorporar um


fio de arame no interior dos cordões, que irá facilitar o aperto
(neste caso recorrendo á torção) usando apenas uma mão. 41

Destinatários: Pessoas com dificuldade de coordenação e apertos.

Material: - 2 cordões;
- Arame fino;
- Alicate.

Elaboração: 1º Cortar dois pedaços de arame fino, 2 cm. Deve ter menos que
o comprimento dos cordões. Dobrar a ponta do arame;
2º Colocar o arame no interior do cordão. Repetir com o outro
cordão. Ter atenção as terminações que devem ser finas para
evitar lesões e cortes, se necessário revestir com um pouco de
fita-cola.
3º Colocar os cordões com arame no calçado e para apertar,
basta girar os cordões.

41
Alimentação

42

42
Talheres Adaptados I: Extensão

Descrição: O talhares adaptados I, trata-se de um dispositivo que irá


permitir uma melhor estabilização do pulso. É constituído por
uma peça moldada com couro e velcro em torno da mão e com
extensão para o pulso. Na palma da mão possui um encaixe
para imobilizar os talheres, mantendo-os fixos para melhor uso.
43
Ao longo da dorsal da mão e pulso possui estabilizadores em
forma de pulseira garantindo maior aderência.
Esta aplicação é simples, durável e eficiente em casos de punho
caído, ou para pessoas com pouca flexão do punho e sem
controlo de movimentos ligeiros.
Destinatários: Para as pessoas sem aderência e flexão do punho.
Material: - Velcro;
- Couro.

Elaboração: 1º Tirar medidas necessárias tanto em comprimento da extensão


mão-punho, deve ter aproximadamente 19 cm por 2/3 cm de
largura. Como a medidas das pulseiras de ajuste que irão se
situar na palma da mão e ao longo da extensão, devem ter cerca
de 9/10cm de comprimento e 2/3cm de largura. (Estas partes
são confecionadas por couro ou outro material que se considere
adequado).
2º Nas pulseiras de ajuste, coser o velcro, de forma que
permitam ajustar aquando a sua utilização. Uma parte das
pulseiras deve ser cosida à parte da extensão garantindo maior
estabilidade. Atenção para deixar a zoa do velcro para fora.
3º Fazer uma zona de encaixe para talhares com certa de 5/6
cm de comprimento e 2/ 2.5 cm de largura, recoberto de couro
Esta zona de encaixe é feita na pulseira destinada à mão, e
deve se encontrar na palma da mão.

43
Talheres Adaptados II: Punho

Descrição: Os talheres adaptados II, consiste numa adaptação que pode


ser obtida de forma prática, simples e económica, recorrendo ao
uso de um punho/tubo. Esta adaptação pode ser totalmente
viável utilizando um punho do tipo bicicleta ou utilizando tubos 44
de espuma/esponja. Utilizar este tipo de materiais vai
proporcionar maior controlo na movimentação e boa estabilidade
à pressão As suas propriedades vão evitar que escorregue
durante o uso, além do que é resistente, impermeável e lavável.
Este tipo de dispositivo aplica-se quando as pessoas
apresentam dificuldades em pegar os talheres e levá-los à boca,
ou que apenas apresentam movimentos globais e com fraca
dissociação ao nível da mão e/ou dedos.

Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão/


Pessoas com pressão limitada ou ausente

Material: - Punho (do tipo bicicleta) ou tubos de espuma/esponja.

Elaboração: 1º Analisar o talher que irá adaptar escolher o material que


melhor se adequa (notar que os tubos em espuma/esponja
apresentam varias dimensões e espessuras);
2º Após escolha quer do punho que irá adaptar, quer do objeto,
proceder ao encaixe entre ambos.

Dica: 1º Para maior segurança e firmeza, pode-se colocar velcro entre


o punho e percorrendo as costas da mão, garantindo maior
estabilidade desta adaptação.
2º Se necessário dobrar os talheres para facilitar a alimentação,
para tal usar um alicate. Posteriormente encaixar o punho/tubo
na zona dobrada (exemplo 1ªfigura).

44
Talheres Adaptados III: Peso

Descrição: Os talheres adaptados III, consiste numa adaptação que


pretende proporcionar maior controle sobre a movimentação.
Para tal, o talher é adaptado com um tubo pvc de espessura 45
cilíndrica e pesado, esta característica é possível graça ao
revestimento em cimentos branco/gesso.
O cabo com peso irá estabilizar a mão, proporcionado ao
utilizador uma boa aderência permitindo-lhe levar o talher á
boca.
Ideal para pessoas com controlo manual limitado, com doença
de Parkinson ou espasticidade.

Destinatários: Pessoa com Parkinson/ Pessoas que têm tremor,


incoordenação ou fraqueza muscular

Material: - Tubo pvc com 12cm de comprimento e 2.5 cm de diâmetro;


- Cimento branco/ gesso.

Elaboração: 1º É preciso um tubo de PVC 12 cm de comprimento por 2.5


diâmetro.
2º Colocar o talher no seu interior e encher com o cimento
branco ou gesso. Esperar que seque, para adaptação ficar
definida.

45
Talheres Adaptados IV: Tira

Descrição: Os talheres adaptados IV, trata-se o uso e uma tira como uma
solução económica, prática, funcional e ajustável à medida do
utilizador.
A tira é indicada para ser colocada ao longo da palma e dorso 46
da mão. Para introduzir a ferramenta a utilizar, neste caso, os
talheres, possui um bolso na palma da mão, com dimensões
suficientes para o objeto em questão.
Tanto a tira como o bolso podem ser feitos quer de couro, velcro
ou faixa elástica, de modo que não comprometam a sua
utilidade e garantam maior funcionalidade possível.
Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão/
Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: Velcro/ Faixa elástica/ tecido/ couro
Elaboração: 1ºMedir o contorno das costas e da palma da mão. A esta
medida adicionar 6 cm para o bolso.
2º Cortar uma tira da material escolhido, garantir que tem pelo
menos 3 cm de largura para o bolso.
3º Dobrar o pedaço de tecido (com as dimensões evidenciadas
anteriormente) e costurar as pontas, de modo a deixar um
bolso com cerca de 6cm por 3 cm. As dimensões do bolso
dependem do objeto a que se destina, pode ser ajustáveis se
necessário.
4º Ajustar a tira á mão, se necessário recorrer a velcro para
melhor acomodação, e colocar o objeto a usar.

Dica: Para uma melhor ajuste e confeção, pode-se incluir um anel em


“D” (como visível na 1ªimagem) que juntamente com o velcro
irão permitir um melhor ajuste.

46
Talheres Adaptados V: Asa

Descrição: Os talheres adaptados V, consiste na adaptação feita com asa


de um garrafão de plástico, sendo a principal função facilitar o
uso do talher. Indicado para pessoas com limitações á nível de
movimentos da mão, trata-se duma alternativa barata, útil e 47
acessível, mas de enorme utilidade aquando as refeições.

Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão


Material: - Garrafão de plástico com asa (exemplo os garrafões de
amaciador de roupa);
- Pistola de silicone
- 2 Pedaços de espuma, com 5cm de comprimento por 1cm de
largura.

Elaboração: 1º Fazer as marcações no garrafão e cortar pelas marcas, de


forma a preservar a seção que forma a asa (reparar que possui
uma zona com punho e zona de “alça”).
2º Colocar silicone na parte superior e inferior do talher para e
colocar os pedaços de espuma, um em cada parte. Ou
envolver o talher em fita-cola ou outro tipo de material que lhe
dê volume, para melhor preencher o interior da asa (preencher
as lacunas do punho).
3º Introduzir o talher com revestimento no punho,
(correspondendo ao interior duma parte da asa).
4º Depois de introduzir, os espaços que ficam vazios,
preencher com silicone. Depois de seco, este passo irá garantir
a fixação do talher e maior estabilidade.
Dica: Ter atenção às arestas, que se devem apresentar bem polidas
e limpas, sem conter lascas, evitando assim possíveis cortes
quer na mão ou boca do utilizador.

47
Talheres Adaptados VI: Curva

Descrição: Trata-se de um suporte construído de um material


termoplástico destinado a facilitar o uso talheres e tornar
acessível alimentação.
É uma adaptação bastante útil e funcional para pessoas com
48
falta de força a nível de pulso/mão ou que possua limitações
funcionais na mão impedindo a aderência.
Esta adaptação apesar de apresentar melhores acabamentos
exige maior atenção e dedicação na sua confeção.

Destinatários: Pessoas com a falta de força ou limitações de movimento


dos membros superiores que impedem qualquer aderência
funcional na mão.

Material: - Termoplástico de 3mm de espessura;


- Gesso;
- Tira de plástico de 4/5 cm largura e 25 cm comprimento.

Elaboração: 1º Tirar o molde da mão do utilizador, utilizando o gesso;


2º Aquecer o termoplástico a 180 ° C durante 2 minutos. É
colocado sobre o molde de gesso e moldado ao mesmo;
3º Sobre o molde, o termoplástico é cortado à medida da mão e
as arestas polidas com lixa;
4º O talher é centrado no molde deixando 1cm da extremidade
inferior, de forma a garantir um suporte seguro. É feito um furo
no suporte com uma da broca no qual se fixa o talher
recorrendo ao uso de 2 rebites. Ou fixar de outra forma
alternativa que garante o pleno uso da adaptação.

48
Talheres Adaptados VII: Outros

Descrição: Talheres adaptados VI envolvem outras formas económicas e


simples de adaptar talheres. Reúne três exemplos bastantes

49
acessíveis, uteis e económicos que apenas utilizam materiais
que normalmente qualquer pessoa tem acesso, nomeadamente
elástico de cabelo, embalagem de iogurte de beber e papel de
alumínio.
São alternativas destinadas a pessoas com limitações a nível de
amplitude de movimento da mão ou que possuem dificuldades
em pegar nos talheres e leva-los à boca.
Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão/
Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: - Elástico de cabelo;
- Iogurte de beber com tampa dura;
- Papel de Alumínio.
Elaboração: 1º Elástico: Envolver o elástico entre o talher e a mão.
Inicialmente coloca-se no talher, passa pela parte dorsal da mão
e acaba no talher. (como se vê na 1ªimagem)
2º Embalagem de Iogurte: Fazer 2 aberturas, na parte de
superior e inferior da embalagem com dimensões suficientes
para o inserir talher, Encaixar ambos. Notar que se usa uma
embalagem de iogurte de beber com tampa dura, para oferecer
maior estabilidade e aderência. (2ª imagem)
3º Alumínio: Utilizar papel d alumínio forte, mas maneável, dar
forma idêntica á da 3ªimagem. Ter em atenção para não ficar
com extremidades cortantes.

49
Copo recortado

Descrição: O copo recortado consiste numa adaptação muito simples


efetuada num copo de plástico normal. No copo é feito um
corte, de modo que deixe entrar o nariz, evitando que o 50
utilizador levante a cabeça.
Indicado para pessoas com dificuldade em alongar a cabeça ou
com lesões a nível do pescoço, esta adaptação irá permitir á
pessoa beber de forma independente.
Dado que é de plástico pode ser usado sem preocupações com
crianças, já que não quebra quando deixado cair.

Destinatários: Pessoas c/dificuldade de estender a cabeça)

Material: - Copo de plástico (do tipo duro);


- Tesoura;
- Lápis;
- Lixa.

Elaboração: 1º Marcar o copo de plástico, com medida necessária para


deixar um espaço para nariz (esta marcação deve ser de forma
semicírculo);
2º Cortar com a tesoura a marcação feita anteriormente;
3º Após o corte, lixar a mesma zona do copo, garantindo que
permanece o mais suave possível. Ter atenção a possíveis
lascas para evitar cortes aquando o seu uso.

50
Copo Fixo

Descrição: O Copo fixo consiste numa adaptação que visa permitir ao


utilizador maior facilitada e autonomia ao ingerir líquidos.
Trata-se de um dispositivo de fabrico simples e fácil, constituído
por um gancho e um clip (dos sacos de pão de forma), que 51
cumpre três objetivos importantes para o seu utilizador,
nomeadamente maior autonomia na absorção de líquidos,
permitir fixação numa grande variedade de superfícies e dar
maior segurança e estabilidade.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida/


Pessoas com limitações quanto ao movimento dos membros
superiores

Material: - Copo de plástico rígido;


- Clip de sacos do pão (exemplos o clip dos sacos de pão de
forma);
- Pinça de segurar toalhas de mesa;
- Pistola de silicone/cola quente;
- Palhinha.
Elaboração: 1º Fixar a pinça na parte de baixo do copo, com auxílio da
pistola de silicone. Quando seco deverá estar fixo para permitir o
seu uso de forma útil. (2ªimagem)
2º Dobrar o clip de forma a garantir que envolva a palhinha e
permita a fixação no copo. Fixar o clip na borda do copo, utilizar
silicone para melhor aderência.
3º Fixar a pinça no local que se pretender por o copo,
normalmente bordas de mesas. E colocar a palhinha na zona do
clip. Garantir que tanto o copo como a palhinha se encontram
fixos, para melhor uso dos mesmos.

51
1/2 Suporte para Copo

Descrição: O suporte para copos trata-se de um suporte bilateral (2 pegas)


ou unilateral (1 pega) destinado a ser utilizado juntamente com o
copo, facilitando o seu uso.
Indicado para pessoas com incoordenação motora, fraqueza
52
muscular ou para facilitar o uso do copo por parte das crianças.
O material é acessível, barato e fácil de confecionar, aliado á
criatividade permite diversificar e criar diferentes suportes
indicados a cada situação e utilizador.

Destinatários: Pessoa com incoordenação motora/


Pessoas com fraqueza muscular para agarrar/ Criança.

Material: - Feltro colorido;


- Tesoura/ agulha/ linha;
- Faixa elástica;
- Arame grosso revestido de plástico;
- Tubo de espuma ou esponja.

Elaboração: Adaptação com feltro


1º Tirar as medidas do copo. Ao diâmetro do contorno superior
acrescentar 3-5 milímetros para garantir que o copo encaixe
mas que o mantém fixo e imóvel. De comprimento considerar
cerca de a altura do copo aproximadamente 9/ 10 cm.
2º Cortar o no feltro as medidas anteriores. Essa tira de tecido
será unida por linha, de forma a permitir o encaixe do copo.

52
3º Á tira unida anteriormente, coser na zona inferior uma tira de
feltro ou faixa elástica, com 3x8cm ou 3x9 cm, de fora a
garantir maior suporte para a base do copo.
4º Para suporte unilateral, coser uma tira de feltro ou faixa
elástica no lado preferencial com 3x13 cm, garantir que é
colocado de forma curva.
Se suporte bilateral, coser duas tiras uma em cada lado, com
cerca de 3x13 cm cada.

Adaptação com Arame


1º Tirar as medidas do copo. Ao diâmetro do contorno superior
acrescentar 3-5 milímetros para garantir que o copo encaixe
mas que o mantém fixo e imóvel. De comprimento considerar
cerca de a altura do copo aproximadamente 9/ 10 cm.
2º Dobrar cerca de 2/3 circunferências de arame com as
medidas anteriores, garantindo que sirva de suporte para o
copo e o mantenha imóvel. Estas circunferências são unidas a
um pedaço vertical de arame com 9/10cm de comprimento.
3º Cortar um pedaço de arame com 13/15 cm de comprimento
e colocar dentro de um tubo de espuma ou esponja com 8/10

53
cm de comprimento. As extremidades do arame são unidas ao
suporte criado no 2ºponto, dando forma curva, para funcionar
como asa. (1º imagem)

Dica: 1º Garantir em ambas as adaptações que o copo fique fixo e as


pegas sejam confortáveis e resistentes, para não comprometer a
utilização e permitir á pessoa maior autonomia e controlo.

2º Na adaptação com arame, ter atenção ao tipo de arame


utilizado, deve ser forte e revestido com plástico. Nas uniões, ter
cuidado para não deixar pontas cortantes que possam magoar o
utilizador.

2/2
53
Copo: Isolamento térmico

Descrição: O isolamento térmico para copos trata-se duma aplicação para


isolar o calor preveniente dos copos, evitando choques térmicos
ou indicado para pessoas com problemas sensoriais.
A tira de isolamento é confecionada por feltro, que é um tecido
54
suficiente grosso para isolar o calor e permitir que qualquer copo
seja confortável ao uso. Dada a sua versatilidade e de fácil
confeção, aliado á criatividade permite diversificar e criar
diferentes suportes indicados a cada situação e utilizador.

Destinatários: Pessoa com problemas sensoriais/


Pessoas com fraqueza muscular para agarrar

Material: - Feltro colorido;


- Tesoura/ agulha/ linha;
- Velcro.

Elaboração: 1º Cortar o feltro no formato do copo, levando em conta o


formato. Ao diâmetro do contorno superior acrescentar 3-5
milímetros para garantir que o copo encaixe mas que o mantém
fixo e imóvel. De comprimento considerar aproximadamente 6/
8 cm, depende da altura do copo e da preferência do utilizador.
2º Coser a tira de tecido anterior com linha, de forma a permitir
o encaixe do copo. Garantido que seja de fácil encaixe, mas se
fixe ao copo, permitindo o seu correto uso. E decorar a gosto.

Dica: Para um isolador mais versátil e prático, á tira recortada no


1ºpasso, pode-se coser velcro em ambos os lados, garantido
que ao usar em copos seja de diferentes ajustes e se
mantenha firme não comprometendo o seu uso.

54
Suporte para Palhinha

Descrição: O suporte para palhinha trata-se de uma adaptação que permite


fixar as palhinhas no copo, possibilitando liberar as mãos ao
ingerir bebidas. Característica importante para utilizador que
somente pode utilizar uma das mãos para se alimentar. 55
Dado que possui 3/4 furos, permite colocar a palhinha num
angulo mais confortável.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida/


Pessoas que apenas tem uma mão/
Pessoas com limitações quanto ao movimento dos membros
superiores

Material: - Pedaço de plástico;


- Broca;
- Régua;
- Tesoura/ Lápis;
- Caneca com água quente.

Elaboração: 1º No pedaço de plástico, fazer uma marcação com cerca de


1/1.5 cm de largura por 12/15 cm de comprimento. E proceder
aos respetivos cortes. Posteriormente lixar as arestas;
2º Marcar 3/4 furos no plástico cortado anteriormente, com
dimensões suficientes para encaixar palhinha. Proceder á
furação dos mesmos usando a broca;
3º Mergulhar uma das extremidades da tira de plástico em água
quente;
4º Deformar essa extremidade, dando forma curva de modo que
encaixe nas bordas de uma caneca/copo.
5º Encaixar a tira na borda do copo e colocar a palhinha no furo
mais confortável ao utilizador.

55
Prato adaptado

Descrição: O prato adaptado reúne duas simples adaptações que facilitam o


seu uso em pessoas com distúrbios motores.
Constituído por rebordo, que evita que a comida deslize para
fora, juntamente com a base que fornecer maior suporte e 56
estabilidade, reúne condições favoráveis ao utilizador para uma
alimentação mais autónoma e capaz.
Indicado para pessoas com distúrbios motores, mobilidade
reduzida ou em treino de alimentação, quando combinado com
talheres adaptados cria situações de maior autonomia e sem
intervenção de terceiros.

Destinatários: Pessoas com distúrbios motores/


Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Recipiente redondo de plástico com tampa;


- Pistola de silicone/cola quente;
- X-ato ou tesoura;
Elaboração: 1º No recipiente de plástico marcar uma linha que o divide a
meio e seja em formato meia-lua. (1ª Imagem);
2º Cortar a marcação anterior e aparar as arestas com lixa se
evidenciar lascas.
3º Colocar silicone na base (parte de baixo) do recipiente e cola-
lo á tampa (deve estar virada ao contrário). Depois do silicone
seco, o prato encontra-se em perfeitas condições para ser
utilizado. Se o dispositivo se apresentar instável, colocar
ventosas/borrachas antiderrapantes na base ou colocá-lo numa
superfície antiderrapante.

56
1/2 Rebordo para Prato

Descrição: O rebordo ou bordas para prato, trata-se de uma adaptação que


permite ao utilizador utilizar apenas uma mão para comer. Este
dispositivo resistente e de fácil confeção irá garantir ao utilizador, 57
que eventualmente possua alguma limitação motora e/ou
permitir o treino da alimentação (por exemplo crianças), uma
alimentação mais independente e facilitada. As bordas irão ter
as dimensões (tanto altura como comprimento) que forem mais
comodas ao utilizador e situação.

Destinatários: Pessoas com flexibilidade e coordenação motora limitadas,


ataxia ou outra desordem neurológica

Material: - Polipropileno (termoplástico- moldável sobre aquecimento), um


exemplo de matérias a utilizar de forma mais acessível são as
capas/pastas de arquivos, características pelo plástico duro
mas maneável;
- Velcro;
- Papel cartão plastificado/ folha de alumínio (que seja forte e
maneável);
- Recipiente de plástico ou tampa de micro-ondas (com fundo
plano e cerca de 3 cm de altura);
- Borrachas antiderrapantes ou ventosas.

57
Elaboração: Adaptação com Recipiente/tampa
1º Utilizar um recipiente de plástico ou tampa de micro-ondas
(eventualmente pode-se utilizar um recipiente de alumínio), que
satisfaçam os seguintes requisitos: formato igual ao prato a
utilizar e mínimo de 3 cm de altura;
Exemplos dos materiais:

2º No recipiente escolhido marcar uma linha que o divide a meio


e seja em formato meia-lua, cerca de metade da altura do
recipiente (se 3cm, a zona do corte com 1.3 cm) e o
comprimento pretendido. Cortar a marcação anterior e aparar as
arestas com lixa se evidenciar lascas.
3º Na base do recipiente colocar ventosas/borrachas
antiderrapantes para dar maior estabilidade. Para utilizar basta 58
colocar o prato em cima do recipiente adaptado ou usar
diretamente o recipiente. (1ª imagem)

Adaptação com Material


1º Escolher o material a utilizar polipropileno/ Papel cartão
plastificado/ folha de alumínio, que devem ser duros mas
suficientemente maneáveis e dobráveis para lhe dar a forma
pretendida;
2º Depois de escolher o material, garantir que este possui 3cm
de altura e comprimento entre 33 e 36 cm, para criar rebordos
com 22-25 cm de diâmetro. Em caso do utilizador necessitar de
outras medidas, alterá-las criando situações mais confortáveis;
3º Utilizar os mesmos materiais ou recorrer a velcro para
interligar e fixar o rebordo ao prato.

2/2
58
Prato com divisões

Descrição: O prato com divisões trata-se de uma adaptação que procura


facilitar a alimentação a pessoas com instabilidade ou

59
incoordenação motora. As divisões servem como orientadores e
facilitadores durante atividade de alimentação, uma vez que
permite repartir os alimentos de forma a tornar mais fácil e
independente para o utilizador.
Destinatários: Pessoas com instabilidade, incoordenação motora, tremores ou
baixa visão
Material: - Papelão;
- Papel Alumínio;
- Borracha antiderrapante ou ventosas.
Elaboração: 1º Com papelão forte moldar as divisões pretendidas de forma a
criar os compartimentos necessários. Garantir que ficam fixos
entre si, se necessário recorrer a cola.
2º Após o esquema de divisões, forrar o mesmo com papel de
alumínio, garantindo maior resistência, durabilidade e torna o
seu uso mais higiénico. Posteriormente pode ser plastificado
intensificando essas características. Para utilizar basta dispor no
prato. Colocar borracha antiderrapante ou ventosas na base do
prato para dar maior estabilidade.

Dica: 1º Outro material a usar nas divisões seria o plástico, recorrendo


a cola para o fixar entre si.
2º Substituindo o esquema de divisões, pode-se usar um prato já
com divisões, normalmente de plástico. No qual apenas seria
necessário colocar borrachas antiderrapantes ou ventosas para
dar maior estabilidade e garantir que permanece imóvel aquando
o seu uso.

59
Alteador de Prato

Descrição: O alteador de prato é uma base de apoio que pode elevar o nível
do prato a fim de facilitar a tarefa de comer.
O objetivo é altear o prato a uma distância mais confortável e 60
comoda a pessoas que usam cadeira de rodas ou pessoas com
mobilidade reduzida.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida de membros superiores e


problema de equilíbrio.

Material: - Parte superior de uma caixa de papelão resistente;


- Papel plastificado (para revestir);
- Tesoura.

Elaboração: 1º Cortar a parte da caixa de papelão a utilizar, certificar que é


resistente.
2º Revestir a estrutura anterior com papel plastificado, dando um
caracter mais forte e torna-se fácil de limpar.

Dica: De forma a evitar que a estrutura deslize na mesa


comprometendo a tarefa de alimentação, deve ser colocado em
cima de uma superfície antiderrapante, garantindo que a mesma
permanece imóvel.

60
1/2 Tábua adaptada

Descrição: A tabua adaptada reúne condições de acessibilidade de forma a


tornar a preparação de alimentos mais fácil por parte das
pessoas com dificuldades em usar ambas as mãos.
Esta adaptação pode ser feita de origem num pedaço de
61
madeira ou incorporada numa tabua tradicional, constituída por
uma zona de corte, onde se encontram localizados pregos de
forma a segurar os alimentos e uma zona com dois pedaços de
madeira, de forma a criar uma zona anti-deslizante. Estas
características irão permitir ao utilizador maior autonomia e
facilidade e a descascar, cortar, segurar os alimentos, facultado
assim o seu preparo.

Destinatários: Pessoas que não podem usar as duas mãos simultaneamente/


Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Um pedaço de madeira/tabua tradicional;


- Pregos;
- Martelo;
- Ventosas/ borrachas antiderrapantes;
- Lixa.

Elaboração: 1º Usar uma tabua tradicional ou cortar um pedaço de madeira


com 30 cm x 30 cm x 2 cm de espessura, arredondado as
extremidades e as bordas são polidas. Cortar dois pedaços de
madeira com dimensões de 8 cm x 5 cm x 1 cm, as pontas são
polidas e arredondadas;

61
2º Fazer marcações na tabua ou pedaço de madeira, destinados
á zona dos pregos;
3º Colocar um prego em cada uma das marcas feitas. Pregá-los
usando um martelo;
4º Num canto da tabua, colocar os pedaços de madeira, um de
cada lado com um espaçamento de 2cm, de modo a impedir que
os alimentos deslizem. Estas bordas elevadas mantêm o
alimento, facilitando a utilização de uma só mão;
5º Na base da tabua colocar ventosas ou borrachas
antiderrapantes para a fixar á superfície evitando que deslize
durante o uso.
Dica: 1º Na tabua adaptada, pode ser criada outra zona, destinada a
dar maior suporte no corte dos alimentos. Para criar esta zona, é
necessário pregos, tubos de espuma/esponja e um pedaço de
madeira ou cortiça (15x10 cm). A disposição destes pode ser
observada na imagem em baixo. O pedaço de madeira é fixo
numa extremidade da tabua, e os pregos são revestidos por
tubis de espuma e colocados a uma distância de 10/15 cm do
pedaço. Esta zona irá facilitar no manuseio de alimentos ou
utensílios, por exemplo cortar o pão, entre outros.
62

2º Outra forma de tornar a tabua mais enriquecida a nível de


recursos e funcionalidades seria fixar um ralador (horizontal ou
vertical), através de pregos ou cola. Como se pode ver nas
figuras em baixo, torna a tabua mais funcional e permite melhor
auxílio no preparo dos alimentos por parte das pessoas com
mobilidade reduzida.

2/2
62
Tábua com faca fixa

Descrição: A tabua com faca fixa é uma aplicação que permite que pessoas
com uso limitado dos dedos ou que possuem pouca motricidade
fina possam usar uma pesada faca de corte em segurança.
A adaptação passa por fixar a faca á tabua através de um
sistema que permita ser utilizada no corte de alimentos (ângulo
63
de 90º). Além da possibilidade de movimentar para trás e para a
frente, ainda existe a possibilidade de adaptar de forma a
permitir ser girada de um lado para o outro, possibilitando ao
utilizador maior desfruto da adaptação.
Destinatários: Pessoas com uso limitado dos dedos ou pouca motricidade fina
Material: - Tabua/ pedaço de madeira;
- Faca;
- Parafusos;
- Pistola de Silicone ou cola forte;
- Plástico.
Elaboração: 1º Usar uma tabua tradicional ou cortar um pedaço de madeira
com 30 cm x 30 cm x 2 cm de espessura, arredondado as
extremidades e as bordas são polidas;
2º Construir a estrutura onde irá se fixar a faca. Estas podem ser
feitas em plástico, madeira ou outro material que seja resistente
e permita ser interligado à faca através de parafuso; (1ª e 2ª
imagem)
3º Ligar a faca à estrutura, utilizar parafuso ou outro método,
mas garantindo que essencialmente, os movimentos elevar e
baixar são preservados;
4º Fixar a estrutura resultante no 3ºpasso na tabua, usar silicone
ou cola forte para o mesmo efeito. Colocar ventosas/borrachas
antiderrapantes na base da tabua para a fixar à superfície. (1ª e
2ª imagem)

63
Tábua para fatiar

Descrição: A tábua para fatiar é uma adaptação que permite tornar mais
fácil e seguro o fatiar quer de carne, pão ou vegetais.
Trata-se de um dispositivo simples construído com pedaços de
madeira/ cortiça organizados de forma a permitir, segurar o
alimento e com zonas de corte, para que o utilizador o possa
64
usar com maior autonomia e segurança.
Destinatários: Pessoas com uso limitado dos dedos ou pouca motricidade fina
Material: - Pedaço de madeira para a base;
- Madeira ou cortiça para as laterais;
- Serra, Pregos, martelo e cola de madeira;
- Ventosas e borrachas antiderrapantes.
Elaboração: 1º É necessário definir a base. Usar uma tabua tradicional ou
cortar um pedaço de madeira com as dimensões pretendidas,
por exemplo 30 cm x 15 cm x 2 cm de espessura, arredondado
as extremidades e as bordas são polidas;
2º Cortar a madeira ou cortiça que irá ser colocada nas laterais,
deve ter as dimensões e a quantidade que o utilizador preferir.
No caso da 1ª imagem, a base tem cerca de 20cm x 15cm x 2
cm, e apenas foi colocada apoio num dos lados. Esse apoio é
constituído por duas tiras, com 3cm x 17cm x 2 cm, e uma tira
centrar com 14cm x 17cm x 2cm, a junção dos três, permite ter 2
zonas de corte, ver na imagem.
No caso da 2ª imagem possui mais zonas de corte, construídas
pela colocação das tiras de madeira.
3º Para fixar as tiras laterais na base, usar cola de madeira ou
pregos. Garantir que todas as arestas e bordas se encontram
polidas e colocar ventosas/borrachas antiderrapantes na base
para maior segurança e melhor uso ao utilizador.

64
Suporte para fogão

Descrição: O suporte para fogão trata-se de uma adaptação destinada a


estabilizar tachos e frigideiras (devem ter cabo longo) no fogão,
mantendo-as de forma segura para pessoas que usa apenas
uma mão ou com mobilidade reduzida.
65
Trata-se de um dispositivo produzido através de arame e
ventosas, de forma a ficar fixo no fogão e segurar as panelas.
Proporcionando uma base estável e colocando o cabo na zona
destinada, permite, enquanto se mexe o conteúdo da panela
com uma mão, mantê-la no lugar impedindo que deslize ou caia,

Destinatários: Pessoas que não podem usar as duas mãos simultaneamente/


Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Arame revestido ou não por plástico, mas resistente;


- Alicate;
- 3 Ventosas.

Elaboração: 1º Com auxílio de alicate moldar o arame em formato de duas


alças laterais (para segurança da panela) e uma alça longa para
encaixe do cabo da panela na grade de ferro do fogão, como se
vê nas figuras;
2º Colocar as ventosas em três pontos do suporte, nas pontas e
na zona destinada ao cabo, como exemplificado na figura. Se
eventualmente for necessário, recorrer a cola quente ou cola
forte para fixar as ventosas na estrutura. Para usar, basta
colocar no fogão de forma que fique fixo e segure o cabo da
panela.

65
1/2 Suporte chaleira/jarra

Descrição: O suporte chaleira/jarra é um dispositivo de madeira que permite

66
ao utilizador derramar líquidos com segurança usando uma
chaleira/jarra sem necessidade de o levantar.
Na zona onde se coloca a chaleira/jarra possui duas travas de
madeira, colocadas horizontalmente ou verticalmente, de forma
a evitar que deslize para a frente, oferece assim maior
segurança no seu uso, uma vez que imobiliza o objeto. Aliada a
esta característica, o suporte possui na sua base ventosas/
borrachas antiderrapantes, para que e mantenha fixo e imóvel
durante o seu uso.
Este dispositivo é indicado para pessoas com função manual
limitada, e procura reduzir a tensão e esforço no pulso, que pode
ocorrer quando se segura a alça chaleira/jarra manualmente.

Destinatários: Pessoas com função manual limitada/


Pessoa com mobilidade reduzida

Material: - Madeira e cortiça;


- Pregos/parafusos;
- Serra e lixa;
- Martelo/broca;
- 4 Ventosas ou borrachas antiderrapantes.

66
Elaboração: 1º Cortar a madeira de forma a ter as seguintes peças:
Base: - 2 Peças laterais, com 22 cm x 12 cm x 1 ou 2 cm;
- 1 Peça frente, com 20 cm x 6 cm x 1 ou 2 cm;
- 1 Pela trás, com 20 cm x 10 cm x 1 ou 2 cm.
Cima: - 1 Peça base, com 22 cm x 20 cm x 1 cm;
- 2 Travas, com 10 cm x 2 cm x 1 cm.

2º Proceder ao encaixe das peças, começando pela base.


A peça frente e trás, vão interligar as peças laterias, para tal
utilizar pregos ou parafusos. Pode-se optar por cola de
madeira, mas é necessário garantir que ficam bem fixas e
resistentes;

3º A peça de cima, é composta pela base, na qual se deve fixar


as peças travas, coladas ou pregadas, devem ficar firmes e
seguras para não comprometer a sua funcionalidade. Elas
serão colocadas horizontalmente ou verticalmente, por
preferência do utilizador ou em conformidade com a dimensão
da jarra/chaleira;
67
4º Unir a peça de cima á base da estrutura, esta ligação pode
ser feito por pregos/parafusos, colocados em cada peça lateral.
Ou passar um arame com 22/24 cm de comprimento e
diâmetro 5 milímetros no interior da pela de cima e
posteriormente fixo na estrutura da base. Qualquer que seja o
meio de ligação, é importante garantir que existe movimento da
pela de cima, ou seja que se inclina;

5º Colocar na base das estruturas ventosas ou discos


antiderrapantes, para que fique imóvel quando colocado numa
superfície.

2/2
67
Rolo da massa adaptado

Descrição: O rolo de massa adaptado consiste numa adaptação feita com


um rolo de pintura e um rolo de massa (dimensões pequenas),

68
que em conjunto convergem para um utensílio de cozinha
praticável apenas com uma mão destinado a pessoas com
função manual limitada.
Destinatários: Pessoas com função manual limitada

Material: - Rolo de pintura, por exemplo com 9 cm com cabo ou outro;


- Rolo de massa com dimensão pequenas;
- Arame forte e Alicate;
- Punho para a pega;
- Rolo de madeira para função de rolo de massa.

Elaboração: 1º A forma mais fácil de obter o rolo de massa adaptado,


corresponde ao encaixe entre o rolo de pintura e o rolo de
massa. Atenção ao rolo de massa que deve ter dimensões
pequenas de forma a ficar envolvido no arame, se necessário
colocar na ponta uma borracha para o segurar, garantindo que
não compromete o seu uso.
Dica: Outra forma de conseguir o rolo de massa adaptado, passa por
utilizar recursos que normalmente as pessoas têm em casa,
como arame, alicante, punho (do tipo bicicleta) e madeira.
1º Dobrar o arame de forma semelhante ao das imagens, usar o
alicante como auxiliar;
2º Colocar o punho, na zona destinada á pega para uso;
3º Na zona pretendida, colocar o rolo de madeira (exemplo cabo
de vassoura). 1ªimagem- arame envolve de ambos os lados o
rolo; 2ª imagem- arame apenas de um lado do rolo, com
borracha na extremidade.

68
Mobilidade e Posicionamento

69

69
1/2 Tiras antiderrapantes

Descrição: As tiras antiderrapantes são uma solução barata, acessível, fácil


de aplicar, resistentes e muito úteis na prevenção das quedas
por escorregamento em superfícies lisas. 70
Como oferecem alta resistência à água, produtos de limpeza e
temperatura e dada a variedade de cores em que possuem,
podem ser utilizadas em diversos cenários e ambientes. Ou seja,
podem ser colocadas tanto em áreas internas como externas,
desde escadas, rampas, pisos, entrada e saída de
banheiras/chuveiros...e em qualquer material, seja em
cerâmicos, granitos, pisos vinílicos e madeiras.
Esta versatilidade procura promover maior segurança nos
diferentes ambientes, evitando queda e escorregamentos em
pisos escorregadios.
O facto de o material apresentar várias cores, possibilita ser
inclusivo para pessoas com baixa visão, uma vez que permite
usar cor contrastante com o piso.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida/


Pessoas com baixa visão

Material: - Folha de lixa à prova d'água com 180 de grama;


- Fita-cola forte de dupla face;
- Tesoura ou placa de corte.

70
Elaboração: 1º Pegar na folha de lixa impermeável, virar e deixar uma
superfície lisa para cima. Pegar na fita-cola de dupla face e
colocar na folha de lixa, varias camadas lado a lado, até ter as
dimensões pretendidas;
2º Com a tesoura cortar em tiras, a folha de lixa já com fita-cola,
em dimensões desejadas de acordo com o fim a que se destina;
3º Colocar nos locais pretendidos.
Em caso de instalação em pisos, recomenda-se que o
espaçamento entre as tiras seja de aproximadamente 10cm,
garantindo maior segurança ao utilizador.

Exemplos:

71

2/2
71
1/2 Escada facilitadora

Descrição: A escada facilitadora trata-se de um dispositivo que permite a


pessoas com mobilidade reduzida, realizar as tarefas de sentar,
mudar de posições e girar, quer seja dentro ou fora da cama.
72
Indicada especialmente para pessoas com pouca força a nível
de pulsos, o seu formato em escada é indicado para ser usada
por braços, sendo adaptável a diferentes situações e
utilizadores
Esta adaptação é feita usando tubos em madeira ou plástico,
com 20/30/40 cm de comprimento, interligados de ambos os
lados com corda, em intervalos de 15 a 20 cm entre eles, de
modo a formar uma escada de fácil uso e manipulação.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida / Idosos

Material: - 5 a 10 tubos de madeira com 20/30/40 cm de comprimento e 1


a 2 cm de diâmetro (usar por exemplo os cabos de vassoura) ou
usar tubos de plástico (pvc);
- Serra;
- Lápis e fita métrica;
- Corda com 5 a 7 metros de comprimento aproximadamente;
- Broca.

72
Elaboração: 1º Pegar no material, madeira ou plástico, e cortar os tubos com
20/ 30/ 40 cm de comprimento, esta medida depende do
utilizador, ou seja, deve ser suficiente para as duas mãos,
escolher aquela em que se sentirá mais confortável.
O corte destes materiais é feito utilizando uma serra;

2º Nos pedaços cortados anteriormente, com um lápis, marcar


em ambas as extremidades dos tubos o local onde serão feitos
os buracos para passagem da corda. Repetir este passo nos
restantes tubos.
Usando a broca, fazer os furos nas marcas anteriores. Os
buracos devem ser grandes o suficiente para a permitir que a
corda passe;

3º Pegar a corda e dobrar ao meio. Dar um nó na extremidade


dobrada da corda, ter em atenção para deixar um pouco de
corda antes do nó para posteriormente ser colocada na estrutura
da cama;

4º As pontas soldas da corda, após o nó, serão intercaladas nos


tubos. Ou seja, fazer um nó antes, passar a corda no furo do
tubo e fazer outro nó depois. Estes nós (antes e depois) têm o
prepósito de manter os tubos imoveis e fixos, para dar ao
73
utilizador um melhor uso da escada.
Esta etapa é repetida em todos os tubos a utilizar, garantir
sempre que cada tubo, possui 2 nós (cima e baixo) de cada
lado, e o espaçamento entre cada tubo é aproximadamente 15 a
20cm.

5º Concluir o 4ºpasso. O uso de 5 ou 10 tubos na construção da


escada depende da preferência do utilizador. Eventualmente
pode optar por outro números de tubos, o importante é garantir
uma escada funcional, confortável e comoda a cada situação e
pessoa.
Posteriormente a escada é fixa na zona inferior da cama.

2/2
73
Argolas facilitadoras

Descrição: As argolas facilitadoras são um dispositivo que permite a


pessoas com mobilidade reduzida, realizar as tarefas de
sentar/levantar/deitar e mudar de posição, na cama.
As argolas são feitas de tecido e são interligadas de forma a
construir uma corda. Por ser em formato de argola, permite à
74
pessoa segurar cada uma delas, e levantar-se lentamente. Usar
o tecido como material, torna estas argolas macias e
confortáveis ao utilizador.
Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida / Idosos
Material: - 20 Tiras de tecido/couro com 30cm x 10cm;
- Linha/ agulha ou máquina de costura;
- Esponja/Espuma/Algodão/resto de tecido;
Elaboração: 1º Cortar 20 tiras de tecido com 30cm x 10cm. Coser cada tira
em comprimento, ou seja ligar os lados com 30cm e coser uma
das extremidades, garantir que fica uma ponta por coser,
destinada ao enchimento;
2º Proceder ao enchimento das tiras cosidas anteriormente, usar
algodão/esponja/espuma/ restos de tecido, optar por um material
mais económico e preferível à pessoa. Coser a ponta que se
encontrava por coser.
3º Coser as duas extremidades de uma tira, em formato de
argola. A próxima tira envolve a tira anterior, e as pontas só são
cosidas com a 1ª argola no interior. Entrelaçar as restantes tiras,
tendo em atenção que são cosidas após envolver a argola
anterior.
4º O entrelace das argolas deve ter aproximadamente 150 cm, e
devem ser distribuídas em duas cordas iguais, em que cada uma
é constituída por 10 argolas. Fixar as cordas na zona inferior da
cama.

74
Corda facilitadora

Descrição: A corda facilitadora trata-se de um dispositivo simples, útil e


barato, que pode ser usado por pessoas com mobilidade
reduzida ou com fraqueza muscular do tronco em realizar tarefas
de sentar/levantar/deitar e mudar de posição, na cama. 75
A tira de tecido permite à pessoa levantar-se lentamente, ao
agarrar nó por nó, de forma comoda e mais facilitada pode se
mover, quer seja para se levantar ou simplesmente mudar de
posição.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida ou com fraqueza muscular


do tronco

Material: - 2 Tiras de tecido com 6m x 40cm;


- Corda resistente com 6metros.

Elaboração: 1º O tecido é cortado de modo a ter as dimensões de 6 metros


por 40 cm de largura. As tiras são dobradas, tendo o cuidado da
largura final ficar aproximadamente com 10 cm, desta força o
tecido fica mais forte para ser usado;
2º Fazer nós ao longo das tiras, distanciados entre si com
intervalos de 15 cm. (garantir que o nós são fortes e seguros);
3º Prender as cordas na zona inferior da cama, de forma segura
e comoda ao uso da pessoa.

Dica: A tira de tecido pode ser substituída por corda, ter em atenção
que a corda escolhida seja confortável ao utilizador e fácil de
agarrar.

75
Toalha de transferência

Descrição: A toalha de transferência é um dispositivo que visa facilitar a


realização de transferências para as pessoas que estão
acamadas ou que apresentam comprometimento motor grave.
É uma adaptação simples, acessível e muito útil aos cuidadores
76
e familiares das pessoas que se encontram neste estado de
comprometimento motor.
A toalha é feita com tecido e corda, revela-se de simples
confeção e grande utilidade.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave: tetraplegia…


Material: - Tecido resistente à tração e compressão e impermeável
(exemplo os tecidos usados em toldos ou cadeiras de praia,
100%poliester);
- 2 Metros de corda algodão;
- Fita-métrica/tesoura/ agulha e linha.

Elaboração: 1º Cortar o tecido de acordo com a proporção da pessoa, desde


o ombro ao meio da coxa;
2º Fazer 6 furos, 2 a altura do ombro, 2 altura do umbigo e 2
altura do quadril, de cada lado do tecido;
3º Cortar a corda em 6 tiras de 30 cm e amarrar por meio de nós
nos furos feitos no tecido, considerando 2 furos por corda;
4º Colocar a toalha em cima da cama, debaixo da pessoa e à
altura do ombro-coxa. Para mover a pessoa para uma
extremidade da cama, usar as cordas como auxilio (ver na
3ªfigura);

76
Tábua de transferência

Descrição: A tábua de transferência trata-se de um dispositivo que visa


facilitar a transferência de pessoas com mobilidade reduzida,
quer seja da cama para a cadeira, cadeira para o carro…
Indicada para pessoas com mobilidade reduzida e
essencialmente para quem tem pouco equilíbrio de tronco e
77
pouca força nos braços, torna-se uma ajuda simples e bastante
útil a estas pessoas, facilitando as transferências.
A adaptação é constituída por uma placa de madeira, de fácil
construção e uso simples.
Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida ou com fraqueza muscular
do tronco
Material: - Placa de madeira com 1cm a 1,5 cm de espessura, e com
dimensões de 45cm x 20cm ou 74cm x 23cm, deve ser ajustada
às dimensões do utilizador e situações;
- Serra Elétrica / Serra;
- Lápis, luvas e óculos;
- Lixa de madeira.
Elaboração: 1º Cortar um pedaço de madeira com 1cm ou 1,5cm de
espessura, comprimento entre 45-73 cm e largura entre 20-23,
estas medidas podem variar consoante as dimensões do
utilizador e suas preferências;
2º Desbastar os cantos e lixar as arestas, principalmente do lado
superior para evitar perigo ao utilizador.
3º Cortar duas “alças”, como se vê na 1ªimagem, com cerca de
10 ou 15 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, para
facilitar o seu uso. Para um melhor acabamento e como forma
de facilitar o deslizamento do utilizador, pode-se envernizar a
tábua.

77
Tábua de transferência flexível

Descrição: A tábua de transferência flexível é um dispositivo que ajuda a


promover e apoiar a partir da posição sentada, a pessoa com
mobilidade reduzida, para facilitar a incorporação ou
transferência para outro banco, e evitar ao cuidador, membro da
78
família ou terapeuta fazer mais esforço.
Esta adaptação é constituída por uma tira da borracha do pneu
(ou outro material resistente e flexível), possuí 2 furos abertos
reforçados com tecido.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave: tetraplegia…


Material: - Borracha de pneu de carro ou outro material que seja forte e
flexível;
- Lona ou tecido forte;
- Tesoura.

Elaboração: 1º Cortar uma tira com, aproximadamente, 75 cm de


comprimento por 25 de largura de um pneu de carro (borracha),
ou outro material que seja forte e flexível. As dimensões podem
variar por preferência e medidas do utilizador;
2º Fazer dois furos, como se vê na 1ªimagem, com cerca de 10
ou 15 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, para facilitar
o seu uso. Para um melhor acabamento, estes furos devem ser
reforçadas com tecido, do tipo lona ou outro tecido forte, para
que não rasgue e apresente perigo ao utilizador.

78
Colchão Postural

Descrição: O colchão postural trata-se de um colchão de espuma que


procura dar ao utilizador a possibilidade de manter uma posição
supina (face para cima) e ainda manter os músculos alongados 79
de forma adequada, tolerável e relaxada.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave: tetraplegia…

Material: - Colchão de espuma;


- Tecido.

Elaboração: 1º Colocar a pessoa sobre o colchão na posição desejada e


marcar a posição. O colchão deve ter as dimensões confortáveis
ao utilizador, quer seja criança ou adulto;
2º Cortar as marcas anteriores, retirando a espuma em excesso,
de forma a criar a silhueta da pessoa; (1ªimagem)
3º Revestir o colchão com tecido. Ter atenção para que a
posição criada seja confortável para o utilizador, deve
proporcionar momentos relaxantes e cómodos.

79
Colchão de rolos

Descrição: O colchão de rolos é um dispositivo que procura facilitar os


movimentos horizontais e verticais de colchões por parte dos
seus cuidadores. Ou seja, permite movimentos leves, 80
confortáveis e sem esforço por parte de que movimenta os
colchões.
Os objetivos, para além de facilitar a movimentação dos
colchões, também permite proporcionar a sensação de oscilar,
de forma segura e estável, com prepósito de trabalhar o
equilíbrio e controle postural dos pacientes.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave ou


comprometimento intelectual
Material: - Rolos grandes e fortes;
- Tecido para envolver.

Elaboração: 1º Cortar os rolos com dimensões dos colchões a utilizar;


2º Juntar rolos suficientes para suportar o colchão e envolver
com tecido;
3º O tecido a utilizar deve ser costurado de forma a servir de
capa para os rolos, impedido que se soltem e comprometam a
sua função;
4º Para utilizar basta colocar o colchão com rolos debaixo dos
colchões a usar.

80
1/2 Kit Anti-escaras

Descrição: O kit anti-escaras são alternativas de baixo custo e de fácil

81
implementação, que visam evitar escaras. Especialmente
indicado para pessoas com comprometimento motor grave,
mobilidade reduzida, acamadas…pessoas que permanecem
muito tempo na mesma posição

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave: tetraplegia../


Pessoas com mobilidade reduzida: acamados…
Material: - Tecido de lã natural (tecido com textura macia);
- Algodão;
- Tesoura/ agulha/ linha/ cola
- Velcro;
- Camaras de ar do pneu de bicicleta;
- Fronha de almofada;

Elaboração: 1º Cortar o tecido de lã natural e moldar de forma a permitir


costurar uma proteção para o braço (zona do cotovelo) e uma
proteção para o pé (pé e calcanhar). Estas proteções são fixas
com velcro (2ª e 3ªimagem).

81
2º Usar as camaras de ar dos pneus de bicicleta. Formar um
labirinto com a camara de ar e unir o esquema com cordão.

3 º Introduzir o esquema montado com as camaras de ar na


fronha de almofada.

82

Dica: É utilizado como o principal material o algodão natural, pois é


recomendado para a prevenção de lesões e permite manter a
temperatura constante.

2/2
82
Almofada circular anti-escaras

Descrição: A almofada circular anti-escaras é usada para impedir o


desenvolvimento e/ou formação de escaras de pressão, em
pessoas que tem longa permanência sentados ou deitados.
Este dispositivo é bastante simples e acessível, trata-se de uma 83
camara de ar de um pneu de motocicleta cheio de água,
indicado para pessoas que perderam a sensibilidade ou que
permanecem na mesma posição, tanto sentados ou deitados,
por um longo período de tempo.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave: tetraplegia../


Pessoas com mobilidade reduzida: acamados…

Material: - Camara de ar de pneu motocicleta;


- Tecido de lã natural ou algodão.
Elaboração: 1º Limpar bem a camara de ar;
2º Encher a camara de ar com água até meio.
3º Para um melhor acabamento, a camara de ar pode ser
revestida por uma capa de tecido de lã natural ou algodão.
Proporcionando ao utilizador maior conforto, prevenção de
escaras e mantem a temperatura constante.
Exemplos:

83
Almofada de abdução

Descrição: A almofada de abdução trata-se de uma adaptação que ajuda a


manter a posição adequada da articulação coxa-femoral em
situações de pós-operatório, adapta-se perfeitamente à zona
interna das coxas e evita a pressão dos joelhos, evitando o
84
aparecimento de escaras.
Esta almofada feita de espuma, tanto pode ser usado em
posição sentado, exemplo cadeira de rodas, ou deitado.
Devendo as suas dimensões serem ajustadas ao utilizador e
situação. De forma a ficar fixo à perna da pessoa, pode-se usar
bandas em velcro ou faixa elástica, permitindo o seu ajuste
comodo e mante a almofada estável.
Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave com tendência em
manter os joelhos e pernas unidos (com demasiado pressão
continuada)

Material: - Espuma com espessura de 8cm a 15cm;


- Velcro ou faixa elástica.

Elaboração: 1º Pegar na espuma que deve ter entre 8cm a 15 cm de


espessura, esta variação depende da finalidade se para usar na
cadeira ou cama, e cortar em forma de triângulo. As medidas do
triângulo também vão depender do destino, ou seja cadeira ou
cama e das medidas do utilizador;
2º Para melhor aderência e estabilidade da almofada, colocar
velcro ou faixa elástica, para fazer a ligação entre esta e a perna
do utilizador.

84
1/2 Cinto de transferência

Descrição: O cinto de transferência é um acessório utilizado, para prevenir


lesões por parte do cuidador ou familiar que cuida da pessoa
com comprometimento motor grave. Este dispositivo facilita a
transferência do utilizador, uma vez que possui duas pegas
85
fortes.
O cinto é constituído por um tecido forte que é colocado à volta
da cintura do utilizador, possui cinco alças e uma fivela para
prender. Eventualmente pode ser complementado por ajuste que
se prolongam na coxa, como se vê na 3ªimagem.

Destinatários: Pessoas com comprometimento motor grave que precisam de


ajuda com mudanças posição, transferências e apoio contínuo.
Material: - Lona ou tecido de algodão resistente e forte;
- 2 Correias para tecido ou couro;
- 3 Fivelas;
- Fita métrica, linha e agulha.

Elaboração: 1º Cortar um pedaço de tecido como a imagem A, com


dimensões de 30cm x 90cm. Cortar duas tiras de gênero B, com
10cm x 80cm. E 5 bandas, imagem C com 8cm x 12 cm. Dobrar
cada peça, como mostrado no desenho e costurar.

85
2º Cortar as alças de mochila, com 2.5 cm de largura em duas
faixas de 25 cm (imagem a), duas bandas com 20 cm (imagem
b), duas bandas com 15 cm (imagem c) e duas bandas com 10
cm (imagem d).

3º Costurar as peças C em A, com uma distância de 10 cm,


entre cada um deles, como se vê na imagem.
4º Colar/coser os pedaços (a) e (c) no tecido A, como mostrado
na imagem. Colar/ coser ao longo do tecido A, um pedaço de
tecido de mochila com 5cm de largura. Colocar a fivela.

86

5º Colocar as partes d e b (cortadas no 2ºpasso) na banda B,


como mostrado na figura em baixo. Repetir o procedimento para
a outra perna. Instalar fivela.
6º Anexar as partes a e c, cosidas na banda B como se vê na
figura. Repetir o procedimento para a outra perna.

2/2
86
Cinto suporte cadeira de rodas

Descrição: O cinto suporte para cadeira de rodas é uma adaptação para


apoiar e estabilizar a zona do corpo. Indicado para pessoas com
paraplegia ou que tem pouco controlo do tronco. 87
É constituída por uma correia ligada ao nível do abdómen da
pessoa e enquadra-se nas costas da cadeira.

Destinatários: Pessoas com paraplegia ou aqueles que têm pouco controlo dp


tronco pobres.

Material: - Ganga ou Lona ou tecido forte;


- Velcro.

Elaboração: 1º Pegar no tecido escolhido, quer seja lona, ganga ou outro,


com aproximadamente 12cm de largura e 150cm comprimento.
Deve fazer o contorno da pessoa e da cadeira)
2º Ao tecido cortado anteriormente é cosido nas extremidades
uma tira de velcro com 15cm de largura, para cobrir a largura da
correia.

87
Suporte para braço

Descrição: O suporte para braço é um dispositivo que tem o objetivo de


apoiar, corrigir, aumentar e manter o membro superior em
repouso.
O suporte consiste em um pedaço de tecido acolchoado, que
88
cobre o antebraço, desde o cotovelo até à mão. É apoiado por
duas correias.

Destinatários: Pessoas com fracturas, deslocações, queimaduras do


membro superior ou ombro doloroso
Material: - Tecido forte;
- 2 Correias;
- 1 Fivela.

Elaboração: 1º Com medidas que vão desde o cotovelo até à mão para o
comprimento e largura de, aproximadamente, 35 centímetros
formando um envelope.
2º Aproximadamente a 6cm da extremidade inferior, destinada a
suportar o cotovelo coser uma correia do tipo mochila, por onde
que passa através das costas e ombro do lado aposto;
3º Em cerca de 6 cm da extremidade superior, zona que
suportará a mão, coser outra correia mais corta, pois vai-se ligar
á correia do 2ºpasso com uma fivela. (ver imagens)

88
Mesa adaptada

Descrição: A mesa adaptada, trata-se de uma mesa com um corte em


forma de meia-lua, destinada a pessoas que usam cadeira de

89
rodas, de forma a facilitar atividades que precisam de apoio.
A adaptação é constituída por uma tabua de madeira com 80cm
x 80 cm, com um recorte em forma de meio circulo, e com velcro
para aderência ao local a utilizar.
Destinatários: Pessoas que usam cadeira de rodas

Material: - Um pedaço de madeira com 80 cm x 80 cm e espessura


mínima 15 mm;
- Serra elétrica ou manual;
- Lixa;
- Velcro;
- Luvas, óculos de segurança.

Elaboração: 1º Tomar a medida da largura do tronco da pessoa e


acrescentar 2 cm. Marcar essa medida em um dos lados do
pedaço de madeira;
2º Medir a distância desde o cotovelo ao pulso. Fazer a
marcação dessa medida na tabua, centrando-a com a medição
anterior, ou seja, deve ser o ponto médio;
3º Desenhar uma curva que englobe os três pontos anteriores.
Corresponderá á zona que será cortada;
4º Cortar essa curva com serra de madeira, preferencialmente,
e lixar a mesma zona;
5º Para prender a mesa, colocar velcro na base, e na superfície
destinada ou na cadeira, e fazerem coincidir o partes opostas
do velcro.

89
Apoio para pés

Descrição: O apoio para pés é uma adaptação muito simples. Consiste em


transformar uma caixa de madeira larga e estreita, de acordo
com a altura do utilizador.
Dois orifícios são perfurados no tamanho dos pés dianteiros de
90
uma cadeira e a mesma distância a partir da mesma, é colocada
com a face para baixo e colocado as duas pernas da cadeira.
Torna-se um apoio para os pés, sendo possível arruma-lo
facilmente quando não se encontra em uso.
Destinada para o utilizador em que altura é insuficiente para ter
total apoio dos pés no chão. O correcto apoio dos pés,
estabelece uma atitude correta postural no resto do corpo
(joelhos, quadris, pélvis, tronco e coluna, braços e cabeça).

Destinatários: Principalmente criança que não conseguem apoiar os pés no


chão

Material: - Uma caixa de madeira resistente o suficiente para apoio de


pés;
- Uma broca;
- O papel colorido ou tintas para decorar.

Elaboração: 1º Escolher uma caixa com dimensões ligeiramente maiores do


que a distância entre pernas da frente da cadeira destinada a
usar junto ao apoio. A altura da caixa depende do utilizador, se
é muito pequeno, a caixa será mais larga e mais alta.
2º Fazer dois furos na caixa, como se vê na figura anterior, de
modo que permita o encaixe das pernas da cadeira e fique com
apoio suficiente para o utilizador. Decorar a gosto.

90
Assento adaptado

Descrição: Assento adaptado trata-se de uma peça leve, prática e muito


útil para pessoas com problemas posturais. Com esta

91
adaptação permite uma melhor posição sentada, com pressões
melhores distribuídas e apoiadas.
O processo de fabrico é bastante simples e requer materiais
acessíveis em questões económicas.
Destinatários: Pessoas com problemas posturais (especialmente crianças)
Material: - Recipiente com Água;
- Cola, pincel.
- Papel (jornal) e papel de seda.
- Cartão forte;
- Um pequeno pedaço de espuma.

Elaboração: 1º Colocar a pessoa em cima de um pedaço grande de papel e


traçar o contorno com um marcador. O papel em que é
desenhada a silhueta é fixo num papelão grosso;
2º Cortar tiras de jornal e coloca-las numa tigela com água;
3º Num copo, ou outro recipiente, misturar a cola com água;
4º Pegar os pedaços de papel molhado e colocar nas
marcações da silhueta, e fixar com ajuda de um pincel
embebido em cola e água;
5º Uma vez terminada a silhueta, começar a fazer algumas
modificações, aumentar a zona pélvica, apoios direitos e
esquerdos, punho e apoio dianteiro (ver imagem), reforçar com
uma camada uniforme de cola diluída e deixar secar;
6º Finalmente, para forrar o assento, cortar pedaços de tecido
de papel. NA proteção pélvica colar um pouco de espuma para
maior conforto. Se a pessoa a utilizar tem pouco peso, é
aconselhável usar velcro como cinto de proteção.

91
Elevador de pernas

Descrição: O elevador de pernas, consiste numa adaptação que procura


facilitar a mobilização de uma perna quando se encontra rígida
ou com características de mobilidade reduzida. 92
Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Tesoura.
- Cola forte;
- Punho de borracha, por exemplo da bicicleta;
- Correia;

Elaboração: 1º Cortar aproximadamente 1 metro correia;


2º Pegar em uma das extremidades da correia e colar, com
aproximadamente 15cm de comprimento, e colar na correia. O
resultado final deve se aproximar ao da 1ª imagem, circulo com
deve ter no total cerca de 30 cm. Para melhor segurança, pode-
se trocar a colagem por coser esta zona;
3º Na outra extremidade, adicionar o punho, para facilitar o uso.
Eventualmente recorrer a velcro para imobilizar à mão,
tornando-o mais fixo.

92
Material Escolar Adaptado

93

93
Adaptação Escrita/pintura I- Bola

Descrição: A adaptação de escrita/ pintura através de bola, quer seja para


lápis, caneta, pincel ou marcador, corresponde solução
económica, prática, funcional ao utilizador que possui 94
dificuldades em agarrar. É de confeção simples, tornando-se um
recurso que permite auxiliar a escrita ou a pintura.
Esta adaptação resume-se a uma bola com diâmetro
aproximado de 5 cm (depende da bola escolhido), onde é feito
uma abertura com dimensões suficientes para o objeto que se
pretende usar.
Utilizar este tipo de adaptação é indicado para pessoas que tem
pressão limitada ou ausente, mas que apresentam certa
autonomia quanto a aperto com mão cheia (a dimensão da bola
irá facilitar esta indicação).

Destinatários: Pessoas com pressão limitada ou ausente

Material: - Bola de espuma / bola de borracha

Elaboração: 1º Analisar o objeto que irá utilizar;


2º Fazer uma abertura na bola com as dimensões do objeto,
necessário apenas para introduzi-lo (ver exemplos na figura em
anterior).

94
Adaptação Escrita/pintura II- Punho

Descrição: A adaptação para escrita ou pintura, quer seja para pincel, lápis,
marcador, pincel, rolo, cola ou outro objeto (que o utilizador
necessite usar nas atividades de escrita ou pintura) pode ser
obtida de forma prática, simples e económica, recorrendo ao uso 95
de um punho/tubo. Esta adaptação pode ser totalmente viável
utilizando um punho do tipo bicicleta ou utilizando tubos de
espuma/esponja. Utilizar este tipo de materiais vai proporcionar
maior controlo na movimentação e boa estabilidade à pressão
As suas propriedades vão evitar que escorregue durante o uso,
além do que é resistente, impermeável e lavável.
Este tipo de dispositivo aplica-se quando as pessoas
apresentam dificuldades em pegar os objetos, verificando-se
apenas movimentos globais e com fraca dissociação ao nível da
mão e/ou dedos.
Destinatários: Pessoas com controlo manual limitado/
Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: - Punho (do tipo bicicleta) ou tubos de espuma/esponja.
Elaboração: 1º Analisar o objeto que irá utilizar escolher o material que
melhor se adequa (notar que os tubos em espuma/esponja
apresentam varias dimensões e espessuras);
2º Após escolha quer do punho que irá adaptar, quer do objeto,
proceder ao encaixe entre ambos.
Dica: Para maior segurança e firmeza, pode-se colocar velcro ou
costurar um elástico (ao tubo) entre o punho e percorrendo as
costas da mão, garantindo maior estabilidade desta adaptação e
maior fixação do material á mão.

95
1/2 Adaptação Escrita/pintura III- Asa

Descrição: A adaptação para escrita ou pintura recorrendo a asa, consiste


na adaptação feita com asa de um garrafão de plástico.
Indicado para pessoas com dificuldades motoras finas, trata-se 96
duma alternativa barata, útil e acessível, mas de enorme
utilidade aquando as atividades de pintura ou escrita, podendo
ser usado com lápis, marcador, canetas, pinceis, tubos de cola
ou outros.

Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão


(dificuldades motoras finas)

Material: - Garrafão de plástico com asa (exemplo os garrafões de


amaciador de roupa);
- Pistola de silicone
- 2 Pedaços de espuma, com 5cm de comprimento por 1cm de
largura.

Elaboração: 1º Fazer as marcações no garrafão e cortar pelas marcas, de


forma a preservar a seção que forma a asa (reparar que possui
uma zona com punho e zona de “alça”).
2º Colocar silicone na parte superior e inferior do material a
utilizar, seja lápis, marcador ou outro, para e colocar os
pedaços de espuma, um em cada parte. Ou envolver o material
em fita-cola ou outro tipo de material que lhe dê volume, para

96
melhor preencher o interior da asa (preencher as lacunas do
punho).
3º Introduzir o material com revestimento no punho,
(correspondendo ao interior duma parte da asa). Os espaços
que ficam vazios, preencher com silicone. Depois de seco, este
passo irá garantir a fixação do talher e dar maior estabilidade.

Dica: 1º Ter atenção às arestas, que se devem apresentar bem


polidas e limpas, sem conter lascas, evitando assim possíveis
cortes quer na mão ou boca do utilizador.

2º Os pedaços de espuma/esponja podem ser substituídos por


velcro, colocando-o no adaptador asa e no objeto a utilizador
deve garantir que a estabilidade aquando o uso.

97

2/2
97
Adaptação Escrita/pintura IV- Tira

Descrição: A adaptação através de tira para escrita e pintura (tanto para


lápis, marcador, pincel, caneta…), é uma solução prática,
funcional e ajustável à medida do utilizador. É de confeção
simples, o seu uso é intuitivo e fácil tanto de tirar como colocar
A tira é indicada para ser colocada ao longo da palma e dorso
98
da mão. Para introduzir a ferramenta a utilizar, possui um bolso
na palma da mão, com dimensões suficientes para o objeto em
questão.
Tanto a tira como o bolso podem ser feitos quer de couro,
velcro ou faixa elástica, de modo que não comprometam a sua
utilidade e garantam maior funcionalidade possível.
Destinatários: Pessoas com pressão limitada ou ausente/
Pessoas com mobilidade reduzida
Material: Velcro/ Faixa elástica/ tecido/ couro
Elaboração: 1ºMedir o contorno das costas e da palma da mão. A esta
medida adicionar 6 cm para o bolso.
2º Cortar uma tira da material escolhido, garantir que tem pelo
menos 3 cm de largura para o bolso.
3º Dobrar o pedaço de tecido (com as dimensões evidenciadas
anteriormente) e costurar as pontas, de modo a deixar um
bolso com cerca de 6cm por 3 cm. As dimensões do bolso
dependem do objeto a que se destina, pode ser ajustáveis se
necessário.
4º Ajustar a tira á mão, se necessário recorrer a velcro para
melhor acomodação, e colocar o objeto a usar.
Dica: Para uma melhor ajuste e confeção, pode-se incluir um anel em
“D” (como visível nas imagens) que juntamente com o velcro
irão permitir um melhor ajuste.

98
Adaptação Escrita/pintura V- Rato

Descrição: A adaptação de escrita e pintura, recorrendo ao uso de rato, é


ideal para pessoas com déficit em coordenação, destreza ou
força de preensão, essencialmente aquelas que possuem
funções da mão e braços limitados. 99
Esta é uma adaptação prática através da colocação de um
dispositivo (pinça de mola) na parte superior do rato do
computador, que pode ser ligada a qualquer tipo de caneta,
marcador, pincel, lápis… tornando-se útil para a escrita, desenho
e pintura.
O uso do rato permite o acomodar de maneira confortável
qualquer uma das mãos, desliza facilmente e Pode ser utilizada
com a mão direita ou esquerda.
Destinatários: Pessoas com déficit em coordenação, destreza ou força de
preensão (mão e movimento do braço limitados) /
Pessoas portadoras de artrite ou problemas neurológicos.
Material: - Rato de computador;
- Pinça de mola de aço galvanizado, 6-8 mm de pressão;
- Parafuso e porca;
- Broca.
Elaboração: 1º Cortar o fio do rato do computador, para eu não comprometa
o seu uso nas atividades;
2º Utilizar a broca para colocar a pinça de aço no rato, fixando-a
com o parafuso e porca. A pinça deve ser colocada na zona da
frente do rato e em cima (ver nas imagens).
Dica: Em alternativa ao uso da broca, a pinça, pode ser colada com
cola-quente ou cola forte. No entanto, é necessário que fique
fixa, para não sujeitar o seu uso.

99
Adaptação Escrita/pintura VI- Cabeça

Descrição: A adaptação para escrita/pintura - cabeça, trata-se de uma


extensão que permite ao utilizador usar o boné adaptado, como
alternativa para pintar ou escrever. Além disso, dada a sua
versatilidade permite servir como apontador para teclado, passar
100
páginas de livro/revista, entre outros.
A confeção desta adaptação é simples e acessível, uma vara de
guarda-chuva ou antena de carro é colado boné, posteriormente
é aplicado as ferramentas que o utilizador precisa, por exemplo
um pincel, lápis, marcador, caneta…serão fixos à vara usando
velcro ou faixa elástica.

Destinatários: Utilizadores com comprometimento motor grave/


Pessoas sem possibilidade de usar as mão ou braços

Material: - Boné;
- Vara de guarda-chuva ou antena de carro;
- Velcro ou faixa elástica ou fita-cola;
- Terminais de borracha

Elaboração: 1º Usar a vara de um guarda-chuva ou antena de carro;


2º Colar a vara/antena no boné, usar cola-quente ou cola forte;
3º Nas extremidades, colocar borracha como proteção;
4º Usar velcro ou faixa elástica ou fita-cola forte para fixar à
vara/antena as ferramentas que se pretende utilizar. (exemplo:
2ªimagem do pincel).

100
Adaptação Escrita/pintura VII- Boca

Descrição: A adaptação escrita/ pintura- boca, consiste num ponteiro


indicado para boca que além de permitir pintar ou escrever,
permite passar páginas, mudar de canal num comoda de
televisão, entre outros.
101
É indicado para utilizadores que não tem controlo ou movimento
das mão e braços, mas que tem total movimento da cabeça e
pescoço.

Destinatários: Utilizadores com comprometimento motor grave/


Pessoas sem possibilidade de usar as mãos ou braços

Material: - Uma calçadeira ou vara/antena/ cabo de madeira (exemplo


cabo colher de pau)
- Borracha para as extremidades

Elaboração: 1º Achatar as extremidades de modo que possa ser facilmente


mordidas. Deve ser utilizado um material macio, no caso de ficar
com pontas soltas, revestir com borracha. Por exemplo, pode ser
utilizado plástico ou esponja/espuma (se necessário revestir com
fita-cola), e ter uma forma confortável para ser segurado na
boca; (Estes passo é opcional)
2º Na outra extremidade colocar ponta de borracha;
3º No caso de se pretender pintar/escrever, usar velcro ou faixa
elástica ou fita-cola forte para fixar ao cabo/vara/antena as
ferramentas que se pretende utilizar. (exemplo: ver imagens).

101
1/2 Adaptação Escrita/pintura VIII-Outros

Descrição: A adaptação Escrita/ pintura- Outros, envolvem outras formas


económicas e simples de adaptar para pintar, escrever ou
desenhar. Reúne seis exemplos bastantes acessíveis, uteis e
económicos que apenas utilizam materiais que normalmente 102
qualquer pessoa tem acesso, nomeadamente garrafas de
plástico, embalagem de iogurte de beber, luvas, roll-on, fita-
cola e rolo de papel de higiénico.
São alternativas destinadas a pessoas com limitações a nível
de amplitude de movimento da mão ou que possuem
dificuldades em manusear e usar devidamente quer seja
marcadores, canetas, pinceis…
Destinatários: Pessoas com limitações da amplitude de movimento da mão/
Pessoas com pressão limitada ou ausente
Material: - Garrafas de plástico de 33ml ou 50 ml;
- Luvas de banho ou tecido + fita-cola ou velcro/faixa elástica;
- Embalagens de roll-on vazias;
- Papel/ cartolina + fita-cola;
- Rolo de papel higiénico + papel + fita-cola.

Elaboração: 1º Garrafa de plástico: Utilizar garrafas de plástico de 33ml a


50 ml. Fazer uma abertura na tampa com dimensões
suficientes para a ferramenta a utilizar, pincel, lápis ou outro.
Se necessário utilizar fita-cola ou papel para a estabilizar.

102
2º Luvas adaptadas: Usar umas luvas de banho (sem
separação de dedos) ou com tecido + fita-cola ou velcro/faixa
elástica criar uma espécie de luva que se ajuste á mão do
utilizador. Na base da luva, colocar diferentes texturas
(matérias diferentes ou formas) para obter maior variedade de
pinturas.

3º Roll-on para pintura: Utilizar embalagens vazias de roll-on


(podem ter tamanhos diferentes) que devem ser bem limpas.
Tirar com cuidado a bolinha do embalagem lavar bem e encher
com tinta. Recolocar a bolinha no lugar e usar.

103
4º Embalagem de Iogurte: Fazer 2 aberturas, tanto
horizontalmente ou verticalmente, na embalagem com
dimensões suficientes para o inserir a ferramenta, encaixar
ambos.

5º Papel e fita-cola: Engrossar o lápis, caneta,


marcador…com papel/cartolina ou outro material disponível e
revestir com fita-cola para o fixar.

6º Rolo de papel higiénico: Colocar a ferramenta (lápis,


caneta…) dentro do rolo de papel e encher o espaço vazio com
papel. Pode ser pintado e decorado a gosto e posteriormente
envolvido com fita-cola, para fixar imóvel e fixo.

2/2
103
Recipiente adaptado

Descrição: O recipiente adaptado trata-se de uma modificação feita com


uma garrafa de plástico para evitar que o líquido das tintas se
derrame acidentalmente aquando o uso das mesmas.
O principal objetivo é pintar sem risco de tinta derramar
104
acidentalmente, principalmente para pessoas com mobilidade
reduzida, que possuem pouca amplitude de movimentos de
braços e mãos.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida, que possuem pouca


amplitude de movimentos de braços e mãos.
Material: - Garrafa de plástico 50 ml-1,5 ml;
- Cola;
- Tesoura;
- Pinças;
Elaboração: 1º Numa garrafa de plástico, marcar com caneta as áreas para
que cortá-las;
2º Cortar o topo e fundo da garrafa, rejeitando a parte central
da mesma. E cortar a parte roscada da garrafa (zona da rolha);
3º Aplicar cola à porção do topo da garrafa (cortado no
2ºpasso). Colocá-la dentro da porção do fundo (base da garrafa
cortada anteriormente). Deixar secar.

104
Tesoura Adaptada- Arame

Descrição: A tesoura adaptada consiste em colocar arame revestido por


cabo plástico, facilitando o seu uso por parte de pessoas com
dificuldade de pressão. Com esta adaptação o seu uso apenas
exige o movimento de fechar a mão.
105
Quando existe maior dificuldade a nível dos movimentos da
mão, recorre-se ao uso de um suporte fixo (exemplo da imagem,
feito em madeira), onde a tesoura adaptada é colocada, exigindo
apenas o movimento de bater.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras/ Pouca motricidade fina


(dificuldade em pressão)

Material: - Tesoura convencional;


- Arame resistente;
- Cabo plástico.

Elaboração: 1º Curvar o arame de acordo com o angulo desejado, se o


arame for fino colocar vários arames;
2º Passar o arame dentro do cabo de plástico e deixar só um
arame depois das extremidades;
3º Aquecer no fogo outro arame e furar a tesoura no ângulo
desejado;
4º Para fixar o arame colocar cola forte entre a ponta do arame e
a tesoura (caso de se encontrarem próximos) ou dobrar o arame
no plástico da tesoura revestindo com fita-cola para proteção do
utilizador.

105
Tesoura adaptada- Argolas

Descrição: A tesoura adaptada por meios de argolas, trata-se de um


facilitador para o uso da ação do movimento co-ativo.
O movimento co-ativo, também denominado mão sobre mão, o
estimulador irá realizar ações com a pessoa, através do contato
106
lado a lado, aos poucos a distância física entre eles deverá ser
ampliada. Visa-se com este trabalho ampliar a ação motora da
pessoa através do espaço, em uma área determinada. A etapa
da imitação é uma continuação do movimento co-ativo. Ou seja,
a pessoa é auxiliada numa fase inicial para perceber o uso, aos
poucos essa ajuda extingue-se e espera-se que seja capaz de
imitar os gestos aprendidos.
As adaptações são bastante simples, apenas usam argolas do
tipo porta-chaves ou dos rolos da fita-cola, que serão fixas às
tesouras usando fita-cola.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras/ Pouca motricidade fina


(dificuldade em pressão)

Material: - Tesoura convencional;


- Argolas porta-chaves ou argola de plásticos (rolo da fita cola);
- Fita-cola ou fita isoladora.

Elaboração: 1º Escolher as argolas a utilizar, pode ser do tipo porta-chaves


ou rola da fita-cola. Colocar as argolas na posição desejada,
quer seja na lateral ou na retaguarda;
2º Fixar as argolas na tesoura, recorrendo ao usa de fita-cola ou
fita isoladora. Devem fixar fixas, para garantir um melhor uso.

106
Afia Adaptada

Descrição: A afia adaptada trata-se de um suporte em madeira para facilitar


o aguçar do lápis. Com esta adaptação o utilizador consegue
manejar a afia com uma da mãos, ficando a mão com maior 107
dificuldade a fixar o suporte.
Uma afia comum é colada sobre um pedaço de madeira e para
uma funcionalidade mais completa colocar discos
antiderrapantes na base do suporte, para que permaneça imóvel
durante o seu uso.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras/ Pouca motricidade fina


(dificuldade em pressão)

Material: - Afia;
- Pedaço de madeira, com 15cm x 5cm e de espessura 5 cm
(pode ter outras medidas que sejam pertinentes).
- Cola-forte;
- Discos antiderrapantes.

Elaboração: 1º Usar uma afia normal. Com cola fixa-la no suporte de


madeira, que pode ter as dimensões 15cm x 5xm x 5cm, ou
outras que sejam preferíveis;
2º Para facilitar o uso do suporte, aplicar na base discos
antiderrapantes, para não desligar nas superfícies aquando o
seu uso.

107
Régua adaptada- Suporte

Descrição: A régua adaptada com suporte é um recurso composto por uma


régua comum, com qualquer medida, na qual é colado um
suporte. Este suporte pode ser disposto na horizontal ou vertical,
o importante é auxiliar o utilizador com as suas dificuldades de
pressão e permitir um uso confortável e eficiente da régua.
108
Destinatários: Pessoas com dificuldade de pressão (pouca motricidade fina)
Material: - Régua comum com a medida desejada;
- Pedaço de madeira com 1cm de diâmetro e 15 cm de
comprimento (por exemplo usar o cabo de vassoura) ou punho
de bicicleta ou tubos de espuma/esponja;
- Pedaço de madeira com 8cm x 1 cm x 1cm ou pedaço de
espuma/esponja, com medidas semelhantes;
- Cola-forte.
Elaboração: 1º A escolha da adaptação de suporte para tesoura é ponderada
tendo em atenção as dificuldades de aperto do utilizador, ou
seja, para utilizadores com maiores dificuldades usar a
colocação vertical, se o utilizador for mais autónomo, usar a
colocação horizontal. As medidas devem ser ajustadas a cada
situação e utilizador, e podem ser usados outros materiais que
permitam a mesmas funções. O suporte deve ser colocado
aproximadamente no centro da régua e ficar bem fixo.
2º Para colocação vertical: Usar um dos materiais, pedaço de
madeira ou punho de bicicleta ou tubos de espuma/esponja, e
colá-lo à régua usando cola.
3º Para colocação horizontal: Usar um dos materiais, pedaço
de madeira ou pedaço de espuma/esponja, e colá-lo à régua
usando cola.
Dica: Os mesmos suportes podem ser usados em transferidores e
esquadros.

108
Régua adaptada- Relevo

Descrição: A régua adaptada com relevo, consiste em marcar uma régua


comum com pontos numa cor contraste. Estes pontos em tinta
de cor contrataste, por exemplo vermelha para réguas brancas,
devem ser de alto relevo. Estas duas características,
109
permitiram ao utilizador com dificuldades/problemas de visão
identificar o sistema de medidas

Destinatários: Pessoas com dificuldades/problemas de visão: baixa-visão,


cego…

Material: - Régua de madeira ou plástico com medida pretendida;


- Tinta em cor contrastante.

Elaboração: 1º Escolher uma régua com a medida pretendida;


2º Usar uma tinta que melhor se adapte ao material da régua e
em cor contrastante com a mesma;
3º Marcar na régua com a tinta os pontos pretendidos, podem
ser em distâncias de 1cm, 2cm, 5cm…As marcações
dependem da preferência do utilizador para se orientar ou do
cuidador para o ensinar.
4º Certificar que os pontos feitos anteriormente se encontram
em relevo com a superfície da régua, devem ser percetíveis ao
toque.

Dica: Os mesmos suportes podem ser usados em transferidores e


esquadros.

109
Régua adaptada- Braille

Descrição: A régua adaptada braille, consiste numa adaptação direcionada


para permitir o utilizador cego ou de baixa visão ou qualquer 110
pessoa o contacto e o conhecimento das letras do alfabeto
Braille, estimulando o tato, a coordenação vis-motora e a
organização espacial.

Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão ou pessoas


que pretendem conhecer o Braille

Material: - 1 Régua em E.V.A (papel tipo borracha) com 10 divisões;


- 60 Pinos de madeira ou outro material que lhe confira relevo;

Elaboração: 1º Usar uma régua feita em papel E.V.A ou outro material, no


entanto deve ter dimensões divisões para esta atividade;
2º Usar pinos de madeira ou outro material que permita o
sucessivo uso, ou seja, aplicar na régua e remover sempre que
necessário
3º O orientador deve ajudar o utilizador com a familiarização dos
pontos e letras em braille e onde se encaixa os pinos para a
formação dos mesmos. Lembrar que começa em cima do lado
esquerdo e indo para baixo: 1, 2, 3 e em cima do lado direito 4,
5, 6. No final corresponde: 1 4
2 5
3 6

110
Régua adaptada- Limites

Descrição: A régua adaptada com limites, é um recurso que permite


delimitar o espaço no papel. Associada a esta característica é
possível fazer marcações de forma a obter uma régua métrica e
colocar determinados pontos em relevo com cor contraste. Desta
111
forma a régua com limites, ficaria mais completa e iria permitir ao
utilizador obter mais recursos da mesma. Ou seja, não só os
conceitos de espaço e limites na folha, como a possibilidade de
medições e noções de medidas.

Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão

Material: - Papelão/ cartolina;


- Tintas e marcadores;
- Fita-cola/ papel do plastificado transparente.

Elaboração: 1º Usar papelão ou cartolina, e fazer uma régua como a das


imagens, deve ter a mesmo comprimento que uma folha A4 e de
largura cerca de 10 cm (em que no lado superior e inferior
possui margens de aproximadamente 2 cm). A régua deve ser
do tipo moldura, em que o interior é livre;
2º Nas margens da régua, devem ser feitas marcações, para ser
usada como régua, e em determinados pontos conferir relevo e
usar cor contrataste para melhor orientação e uso;
3º Para maior duração e melhor manuseio, a régua deve ser
revestida por papel plástico transparente, no entanto é
necessário preservar os pontos com relevo.

111
Caderno de Elásticos

Descrição: O caderno adaptado de elásticos é um caderno confecionado


em madeira, possuindo furos das duas laterais por onde é
passado um elástico de u lado a outro, formando linhas.
O principal objetivo desta adaptação passa por proporcionar ao 112
utilizador, que possuí movimentos involuntários, a escrita entre
pautas, indicado para pessoas com paralisia cerebral. As linhas
feitas com elásticos auxiliam e seguram os movimentos
involuntários da mão do aluno ao utilizar lápis, marcador,
caneta…sobre o papel.
Destinatários: Pessoas com paralisia cerebral/
Pessoas com pouca coordenação motora
Material: - Placa de madeira com 50 cm x 30 cm x 1 cm (devem ser
suficientes para uma folha de papel A4, se for o caso);
- Elásticos fortes e com 40cm-50 cm de comprimento;
- Pregos;
- Discos antiderrapantes u ventosas.
Elaboração: 1º Usar uma placa de madeira com 50 cm x 30 cm x 1 cm (ou
outros medidas, devem ser suficientes para uma folha de papel
A4. Se necessário cortar a mesma, ter atenção as arestas para
ficarem bem polidas e sem lascas;
2º Fazer furos de ambas as laterias da placa de madeira,
escolher se disposição horizontal ou vertical. Devem ter de
espaçamento cerca de 1cm;
3º Colocar os elásticos nos furos anteriores, dar nós para
prendê-los ou se necessário fixá-los com pregos;
4º Colocar discos antiderrapantes ou ventosas na base do
caderno de madeira, para dar maior estabilidade e se
permanecer imove durante o seu uso.

112
Guia para leitura/escrita

Descrição: As guias de leitura/escrita são pranchas que podem ter uma


maior ou menor dimensão e vão auxiliar o utilizador nestas
tarefas. 113
Permite ler ou escrever linha a linha, e esta limitação orienta a
pessoa quer a focalizar para a leitura quer para delimitar o
espaço disponível para escrever, aumentando o desempenho
nestas atividades.
As guias são feitas em cartolina plastificada ou papelão, podem
tomar cores diversas, que melhor oriente o utilizador, e tomar
várias dimensões.

Destinatários: Pessoas com baixa visão/


Pessoas com dislexia ou problemas de leitura/escrita

Material: - Cartolina plastificada ou papelão.


- Tesoura ou x-ato.

Elaboração: 1º Dependendo do utilizador, escolher a dimensão da guia e


cores a utilizar (ver as imagens como exemplo);
2º Fazer os cortes necessários para se tornar funcional.
Ter atenção, as dimensões das guias e o espaçamento entre
linhas depende da autonomia do utilizador nas atividades de
leitura e escrita. Devem ser adaptadas a cada utilizador e
situação, para que estas tarefas sejam executadas com maior
autonomia e conforto.

113
Folhear livros- Molas

Descrição: Folhear livros usando molas de roupa, trata-se de um adaptação


simples, barata e útil, que permite ao utilizador virar as páginas
sem grandes esforços.
Direcionada para pessoas com dificuldades motoras que
114
possuem pouca motricidade fina, consequentemente têm
dificuldades e virar página de revista ou livros, desta forma
faciita nessa actividade.
A desvantagem de usar molas, aperece em livros de grandes
dimensões, em que ocupam um volume consideravel, ou é
necessário mudar-las de posição à medida que a leitura avança.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina

Material: - Molas de roupa:

Elaboração: 1º Colocar as molas ao longo da revista/livro. Podem ser


colocadas na lateral ou nas extremidades cima e baixo, a sua
posição deve ser a mais comoda e pratica ao utilizador.

114
1/2 Folhear livros- Velcro

Descrição: Outra forma de facilitar o folhear de livros/revistas, consiste em

115
usar velcro.
Esta adaptação consiste em colar pequenos pedaços de velcro
em cada página, devem ser colocados nas extremidades
superior ou inferior do lado direito, de modo a proporcionar ao
utilizador um uso mais intuitivo e confortável. Para contacto com
o velcro colado nas folhas, é confecionado uma pulseira ou dedo
ou espécie de dedal que contenha velcro aposto. A ligação entre
ambas as partes do velcro, facilitará a ação de virar a página
Indicado para pessoas com dificuldades motoras que possuem
pouca motricidade fina, as diferentes formas de contacto permite
que atenda a um maior número de pessoas.
Por seu lado o velcro não irá ocupar grandes dimensões, pelo
que é bastante útil até em livros de grandes dimensões.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina

Material: - Velcro;
- Tesoura;
- Dedo de uma luva;
- Feltro ou outro tipo de tecido;

115
Elaboração: 1º Cortar o velcro e colar nas folhas, optar pela extremidade
inferior ou superior, podendo ficar colocado apenas no interior ou
como forma de separadores; (ver imagens)
2º Se o utilizador tem graves problemas de motricidade fina,
optar pela pulseira, que deve ser confecionada por feltro ou
outro tecido, (neste caso o velcro das páginas deverá estar em
formato separadores-2ª imagem). De forma que se ajuste ao
pulso e colocar na parte externa pedaço de velcro contrário ao
colocado nas páginas. Para virar a página o utilizador tem que
tocar no velcro da página com a pulseira e movimentar para o
lado da direita para a esquerda;
3º Caso utilizador tenha dificuldades de motricidade fina mais
ligeira pode utilizar a adaptação do tipo dedo ou tipo dedal. Para
a sua confeção é necessário um dedo de uma luva, deve ser
escolhido aquele em que o utilizador se sente mais confortável,
e na ponta do dedo-luva é colocado velcro aposto ao da página.
No caso do dedal-luva, apenas se usa a ponta do dedo também
com velcro. Para virar a página o utilizador tem que tocar no
velcro da página com o dedo/dedal e movimentar para o lado da
direita para a esquerda
116

2/2
116
Folhear livros- Pauzinhos

Descrição: Adaptar um livro ou revista com pauzinhos de gelado é outra


forma económica e útil, que irá permitir ao utilizador folhear.
Os pauzinhos são colados nas margens das folhas, e se podem
ser decorados a gosto ou pintados de forma a diferenciar as
117
temáticas ou capítulos do livro.
Dado que são leves e colocados como separadores, permitem
fácil manuseio ao utilizador, que necessita de fazer o movimento
da direita para a esquerda para mudar de página.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina

Material: - Pauzinhos de gelado (ou outro tipo de material idêntico);


- Cola.

Elaboração: 1º Colar os pauzinhos de gelado nas margens das folhas. Para


folhear, fazer os movimentos da direita para esquerda.

117
Folhear livros- Boca

Descrição: Folhear livros/revistas com a boca, trata-se de uma adaptação


indicada para pessoas que não consigam utilizar as mãos.
Este recurso, feito com materiais acessíveis e baratos, torna 118
possível o folhear e virar de página de livros /revistas por partes
dos utilizadores impossibilitados de usar as mão de forma
independente e sem recorrer a terceiro.

Destinatários: Pessoas com dificuldades/ limitações dos membros


superiores

Material: - Espátula de silicone (usada para pastelaria);


- Vara de madeira (tirada de uma cruzeta de madeira);
- Bico de silicone, do tipo chupeta/biberão;
- Fita adesiva.

Elaboração: 1º Tirar a parte de silicone da espátula e colocar numa


extremidade da vara de madeira;
2º Engrossar a outra extremidade com fita adesiva e colocar o
bico de silicone;
3º Se necessário cortar ao comprimento da vara. O seu
comprimento deve ser adequado a cada utilizador, permitindo
um movimento cómodo e ágil no folhear das páginas.

118
1/2 Folhear livros- Mesa

Descrição: A adaptação para folhear livros- mesa, trata-se de um quadro

119
retangular, que possui dois suportes nas laterias incorporados
com réguas. Estas réguas apesar de fixas permitem movimentos
de 360º, que irão facilitar no virar de páginas.
Para virar as páginas de um livro, é necessário mover a página
com o punho fechado (apenas para a levantar), e manejar as
réguas de modo a facilitar o folhear (observar as imagens).
Esta adaptação utiliza materiais acessíveis e baratos, é de fácil
construção e torna a tarefa de folhear possível a pessoas com
pouca motricidade fina.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina

Material: - Tabuleiro retangular de madeira (ou tipo os tabuleiros e cortiça,


com cerca de 60cm x 45cm);
- Papel antiderrapante para forrar;
- Pedaços e madeira com 30cm x 5cm x 5cm;
- Réguas de plástico com 30 cm a 50 cm ou outro material de
plástico idêntico;
- Pregos:
- Cola forte.

119
Elaboração: 1º Forrar o tabuleiro com papel antiderrapante, deve ser
colocada na zona destinada ao livro;
2º Colar nas laterais os pedaços de madeira; (ver imagens)
3º Fazer um furo em cada nas réguas, com dimensão suficiente
para um prego;
4º Colocar as réguas nos pedaços de madeira colados no 2º
passo, e fixá-los com um prego em cada. As réguas devem
permitir rodas 360º, que será fundamental para o folhear.

Esquemas-exemplo e movimentos possíveis:

120

2/2
120
Suporte de leitura/Escrita

Descrição: O suporte para leitura de livros ou revista, construído com


material resistente, que permite ser usado tanto em mesa como
sobre a cama, confere um plano inclinado que torna mais fácil
ao utilizador ler.
Esta adaptação para além de facilitar a leitura a nível do plano
121
inclinado, também tira a necessidade do utilizador em segurar o
livro. Para que o livro se mantenha fixo ao suporte, pode-se
usar elástico forte, que envolva o livro e a parte onde este se
encosta, ou utilizar mola para papel nas laterais.
Este tipo de suporte é indicado para qualquer utilizador, no
entanto é grande auxílio em pessoas com dificuldades motoras
e que possuam pouca motricidade fina.
Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca
motricidade fina
Material: - 2 Tábuas de Trupan (ou madeira ou cortiça), com 2 mm de
espessura e 30 x 30 cm.
- 1 Barra de madeira com 30 cm x 1cm x 1cm;
- 3 Pregos, martelo, fita-métrica;
- Serrote ou similar.
Elaboração: 1º Fazer um corte de cerca de 9 cm. Paralelamente ao bordo
da tabua, e comprimento 15cm. Repetir na outra tábua;
2º Numa tábua, colar a barra de madeira paralela e abaixo do
corte feito anteriormente;
3º A união das tábuas dá-se através dos cortes feitos.

121
Suporte de leitura/Escrita- Outros

Descrição: O suporte para leitura ou escrita de livros/revistas, procura


proporcional ao utilizador um plano inclinado, com objetivo
principal de auxiliar nestas atividades.
Estas adaptações utilizam materiais baratos e acessíveis, 122
normalmente disponíveis em casa, desde papelão, caixa de
pizza ou caixa de cartão, capa de arquivo, entre outros.
Para uma finalidade mais completa aliado aos planos inclinados,
utiliza-se molas para papel, que permite imobilizar os livros,
folhas ou revistas, sem que o utilizador necessite de o segurar.
Este tipo de suporte é indicado para qualquer utilizador, no
entanto é grande auxílio em pessoas com dificuldades motoras e
que possuam pouca motricidade fina.
Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca
motricidade fina
Material: - Papelão duro/ Caixa de cartão/ caixa de pizza;
- Capa de argolas (arquivo A4);
- Cola forte, tesoura ou x-ato;
- Molas para papel (ou utilizar molas das cruzetas)
Elaboração: 1º Cortar o papelão/caixa e colar de forma a obter um plano
inclinado.
2º Colar mola para papel ou apenas utilizar quando necessário,
quer seja no tipo ou laterais (deve ser colocado de forma
estabilizar melhor o papel ou livros). No caso da capa, apenas
é necessário o 2º passo, eventualmente pode-se empilhar uma
capa sobre outra, para obter um plano mais elevado.
4º A escola da inclinação e colocação da mola para papel deve
ser o mais comodo e confortável ao utilizador.

122
Recreação/Lazer e Outros

123

123
Suporte para cartas- Cartão

Descrição: O suporte em cartão trata-se de uma adaptação simples que


através e um plano inclinado vai facilitar o apoio de cartas.
Indicado para pessoas com mobilidade reduzida, ou com
dificuldades motoras que lhe confira pouca motricidade fina,
124
assim como para pessoas que apenas usam uma das mãos,
recorrer a este suporte vai possibilitá-los de jogarem de forma
mais autónoma.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/
Pessoas que apenas usam uma das mãos

Material: - Cartão duro ou cartolina de 20cm x 25cm;


- Elástico;
- Lápis;
- Régua.

Elaboração: 1º Marcar no cartão as medidas 10cm- 10cm- 5cm, seguindo


esta ordem, ficando dividido em 3 partes;
2º Dobrar a primeira medida correspondendo a 10cm, e a
medida 5 cm dobrada para a frente;
3º Usar o elástico para segurar as cartas se necessário.

124
Suporte para cartas- Tubo

Descrição: O suporte em tubo trata-se de uma adaptação simples que


através de um tubo de espuma/esponja facilitar o apoio de
cartas.
Indicado para pessoas com mobilidade reduzida, ou com 125
dificuldades motoras que lhe confira pouca motricidade fina,
assim como para pessoas que apenas usam uma das mãos,
recorrer a este suporte vai possibilitá-los de jogarem de forma
mais autónoma.
A sua funcionalidade não se limita apenas ao uso para cartas de
jogar, também pode ser usado como suporte para cartões de
imagens com simbologia para comunicação não-verbal. Desta
forma o utilizador pode ser mais autónomo e comunicar por
outro meio.
Dadas as características do material, com toque macio e de uso
fácil, torna estas tarefas mais apelativas.
Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca
motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas que apenas usam uma das mãos
Material: - Tubo de esponja/espuma (usado nas piscinas) com 20cm a
30cm de comprimento;
- Faca.
Elaboração: 1º Cortar o tubo de esponja com as medidas pretendidas, pode
ser 20, 30 cm ou outra medida que seja pertinente;
2º Fazer uma abertura ao longo do comprimento do tubo, mas só
até meio em profundidade;
3º Colocar as cartas nas aberturas feitas anteriormente (devem
ficar idênticas às imagens).

125
Suporte para cartas- CD

Descrição: O suporte para cartas-cd, trata-se de uma adaptação simples,


útil, prática e barata, que através do uso de caixa de cds ou
mesmo cds, criar um apoio que vai facilitar o apoio de cartas.
Indicado para pessoas com mobilidade reduzida, ou com 126
dificuldades motoras que lhe confira pouca motricidade fina,
assim como para pessoas que apenas usam uma das mãos,
recorrer a este suporte vai possibilitá-los de jogarem de forma
mais autónoma.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas que apenas usam uma das mãos

Material: - Caixa de Cd em plástico (estilo arredondado) ou 2 Cds;


- Tacha;
- Cola forte.
Elaboração: Caixa de cds:
1º Abrir a caixa de cd e dobrar várias vezes para trás e para a
frente;
2º Cortar a zona que liga as duas partes. E Fazer um buraco
pequeno no centro de cada um dos lados da caixa;
3º Interligar ambas as partes com uma tacha. Separar bem os
dentes e colocar fita-cola sobre ambos para melhor fixação.
Cds:
1º Unir os cds pela parte externa (os furos têm saliência),
usando cola.

126
Suporte para cartas- Outros

Descrição: O suporte para cartas-cd, trata-se de uma adaptação simples,


útil, prática e barata, que através do uso de caixa de cds ou
mesmo cds, criar um apoio que vai facilitar o apoio de cartas.
Indicado para pessoas com mobilidade reduzida, ou com
127
dificuldades motoras que lhe confira pouca motricidade fina,
assim como para pessoas que apenas usam uma das mãos,
recorrer a este suporte vai possibilitá-los de jogarem de forma
mais autónoma.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas que apenas usam uma das mãos

Material: - Mola de roupa;


- Clip Grande (2ªimagem);
- Caixa de ovos.

Elaboração: 1º Na 1ª e 2 ª imagem, apenas é necessário envolver as cartas


com as molas, elas irão segurar as cartas sob a forma de aperto;
2º No caso da caixa de ovos, serão feitos alguns cortes na caixa
de modo que permita segurar as cartas. A caixa de ovos, revela-
se um suporte mais completo, uma vez que permite o
espaçamento entre as posições das cartas, que torna possível
tirar uma sem derrubar as restantes.

127
Chave adaptada

Descrição: A chave adaptada trata-se de um suporte que envolve a chave


de modo a proporcionar ao utilizador maior área de aderência e
facilitar quando precisar de abrir portas
Indicado especialmente para pessoas com dificuldades em 128
agarrar e com pouca motricidade fina, permite-lhe maior
manuseio e a facilidade de usar a ajuda de forma mais cómoda
e confortável.
A adaptação pode ser do tipo punho ou outro tipo, envolvendo
uma serie de materiais possíveis, no entanto, quer seja em
plástico ou madeira o objetivo é comum, aumentar a área de
aderência

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar

Material: - Tubo de esponja/espuma (usado nas piscinas) com 10 ou 15


cm de comprimento ou Punho de bicicleta (ou tubo de madeira
ou tubo de plástico);
- Cola-quente ou silicone;
- Madeira e parafuso.

Elaboração: 1º Envolver a chave, de forma a ficar a pega no interior do


material escolhido;
2º Para melhor fixação da chave, colocar cola-quente ou silicone
no passo anterior. A chave deve ficar imóvel, para melhor
manuseio da mesma.
3º No caso da 2ª imagem, é utilizada madeira, onde a chave é
fixa através de parafuso.

128
Agulha Adaptada

Descrição: A agulha adaptada, neste caso de croché, trata-se de um punho


que envolve a agulha de modo a proporcionar ao utilizador maior
área de aderência. 129
Indicado especialmente para pessoas com dificuldades em
agarrar e com pouca motricidade fina, permite-lhe maior
manuseio e a facilidade de usar a ajuda de forma mais comoda
e confortável.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas que apenas usam uma das mãos

Material: - Punho de bicicleta (ou tubo de madeira ou tubo de plástico);


- Fita-cola adesiva.

Elaboração: 1º Envolver cerca de 2/3 da agulha com fita-cola adesiva ou fita-


cola normal;
2º Colocar a agulha no interior do punho de bicicleta (ou outro).
Certificar que a ajuda fica fixa, para não comprometer o seu uso.

129
1/2 Damas Adaptadas I

Descrição: As damas adaptadas I, consiste em ajustar o tradicional jogo das


damas, de modo a que seja possível a pessoas com problemas
em agarrar, jogar de forma autónoma e independente.
A adaptação consiste essencialmente em trocar as 130
convencionais peças redondas por peças em formato quadrado
complementadas por uma asa/argola. Estas características vão
permitir ao utilizador com dificuldades a nível da motricidade
fina, possa manipular as peças, consequentemente jogar de
forma independente.
Para além de possibilitar jogar, este jogo também permite
exercitar a coordenação, concentração, memória, perceção
visual e extensão de dedos.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar

Material: - Base de madeira ou esferovite com 40cm x40cm, e de


espessura cerca de 5cm a 10 cm;
- 24 Cubos de madeira ou esferovite, com 3x3 cm e espessura
3cm;
- 24 Pedaços de mangueira fina ou arame revestido com plástico
forte, com 10 a 12 cm de comprimento;
- Tintas, cor branca e preta, (devem aderir bem a madeira ou
esferovite);
- Régua, tesoura e serra.

130
Elaboração: 1º Para a base é necessário madeira ou esferovite
40cmx40cm, e de espessura cerca de 5cm a 10 cm. No caso
da madeira, as arestas devem ficar bem polidas, para evitar
corte;
2º Marcar na base, usando uma régua, quadrados de 5x5cm;
3º Pintar 32 quadrados de branco e 32 quadrados de preto;
4º Usar 24 cubos de madeira ou esferovite com 3x3x3cm, que
serão as peças do jogo;
5º Pintar 12 desses cubos numa cor e 12 noutra cor, pode ser
utilizado o preto e branco, ou outras cores preferíveis;
6º Colocar em cada cubo, em formato de asa/argola, a
mangueira fina ou o arame revestido por plástico. Garantir que
o material fica fixo aos cubos, para não comprometer aquando
o seu uso.

131

2/2
131
1/2 Damas Adaptadas II

Descrição: As damas adaptadas II, consiste em adequar o tradicional jogo


das damas, de modo a que seja possível a pessoas com
problemas de visão (baixa-visão, cegueira…) jogarem de forma
autónoma e independente.
132
A adaptação consiste em adaptar um tabuleiro comum de
damas, em que é colado velcro (macho- parte áspera) nos
quadrados pretos. Por sua vez, as peças são adaptadas na
parte de baixo com velcro (fémea-parte macia), para que sejam
fixadas no tabuleiro; e opta-se por considerar 12 peças com
textura lisa e 12 peças com lixa, para haver distinção entre os
jogadores.
Outra forma de obter o jogo de damas adaptadas II parte por
construir de raiz, como é explicado no tópico elaboração.
Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão (baixa-visão,
cegueira…)
Material: - Tabuleiro e peças de dama tradicional;
- Base de madeira ou esferovite com 40cm x40cm, e de
espessura cerca de 5 cm;
- 24 Peças de madeira ou esferovite, com 3x3 cm e espessura
1,5cm ou círculos com 2cm de diâmetro e 1,5cm de espessura;
- Tintas, cor branca e preta, (devem aderir bem a madeira ou
esferovite);
- Régua, tesoura e serra;
- Velcro;
- Lixa.

132
Elaboração: Adaptar tabuleiro tradicional:
1º Utilizar um tabuleiro tradicional de damas, e colar nos
quadrados pretos velcro (parte áspera);
2º Adaptar as peças com velcro (parte macia) na parte de baixo,
para fixar no tabuleiro, e diferenciar as peças com lixa. Ou seja,
em 12 peças colocar lixa na parte de cima, e 1 permanecem
iguais. Esta diferenciação irá permitir ao utilizador distinguir as
suas peças das do adversário.

Adaptar tabuleiro e peças de raiz:


1º Para a base é necessário madeira ou esferovite 40cmx40cm,
e de espessura cerca de 5cm. No caso da madeira, as arestas
devem ficar bem polidas, para evitar corte;
2º Marcar na base, usando uma régua, quadrados de 5x5cm;
3º Pintar 32 quadrados de branco e 32 quadrados de preto. Não
há necessidade de pintar, se o velcro (parte áspera) for colocado
diretamente na zona destinada aos quadrados pretos, e a zona
destinada aos quadrados brancos preservar a cor do material
base. (esta diferença de cor e textura, já é suficiente);
4º Usar 24 peças de madeira ou esferovite com 3x3x1,5cm, ou
133
círculos com 2cm de diâmetro e 1,5cm de espessura que serão
as peças do jogo;
5º Colar, na parte de baixo, velcro (parte macia) nas 24 peças,
para fixar no tabuleiro;
6º Adaptar 12 peças com lixa, na parte de cima, e 12 peças
ficam lisas. Esta diferenciação permitirá ao utilizador reconhecer
as suas peças e distinguir das do adversário.

2/2
133
1/2 Damas Adaptadas III

Descrição: As damas adaptadas III, trata-se de outra alternativa que procura


ajustar o tradicional jogo de damas, com o objetivo de tornar o
jogo possível a pessoas com problemas em agarrar. 134
A adaptação consiste, fundamentalmente, em substituir as
convencionais peças redondas por peças em formato de cone.
Esta substituição irá oferecer ao utilizador uma área de aperto
de mão cheia (ao apertar os cones), permitindo à pessoa com
dificuldades a nível de motricidade fina, possa manipular as
peças, consequentemente jogar de forma autónoma e
independente.
Criando momento de lazer, esta adaptação completa-se por
permitir trabalhar a coordenação do exercício, concentração,
memória, perceção visual e os movimentos por aperto de mão
cheia.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ Pessoas com dificuldades em agarrar

Material: - Base de madeira/cortiça/esferovite com 40cmx40cm, e de


espessura cerca de 5 cm;
- 24 Cones de plástico (exemplo: os cones das linhas);
- Tintas, cor branca e preta, (devem aderir bem a madeira ou
esferovite);
- Régua, tesoura e serra;
- Lixa.

134
Elaboração: 1º Para a base é necessário madeira/cortiça/esferovite
40cmx40cm, e de espessura cerca de 5cm. No caso da madeira,
as arestas devem ficar bem polidas, para evitar corte;
2º Marcar na base, usando uma régua, uma grelha com
quadrados de 5x5cm cada;
3º Pintar 32 quadrados de branco e 32 quadrados de preto.
Podem apenas 32 quadrados serem pintados, e os restantes 32
permanecerem com a cor do material da base;
4º Usar 24 cones de plástico. Em que 12 devem ter a mesma
cor, e os restantes 12 outra cor diferencial. Ou em alternativa,
pintar 12 com cor branca e 12 com cor preta.

Nota: 1º Pode ser utilizado um tabuleiro tradicional, substituindo a


necessidade de construir um de raiz, usando os cones como
peças;
2º Para uma melhor fixação dos cones, nos 64 quadrados fazer
círculos com, aproximadamente, 5 mm de profundidade. Ter em
atenção que estes círculos não possuem diâmetro maior que 5
cm, e que tenham diâmetro compatível com o dos cones, para
garantir que estes fiquem imóveis.
135

2/2
135
Dominó
Dominó das
das cores
cores

Descrição: O Dominó das cores é uma adaptação que procura facilitar a


nomeação das cores, discriminação visual e a correspondência
um a um. As peças ampliadas permitem um melhor manuseio 136
por parte das pessoas com dificuldades motoras, principalmente
quando possuem pouca motricidade fina e dificuldades em
agarrar.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ pessoas com dificuldades em agarrar

Material: - Madeira com 9cm x 4cm x 1cm (ou utilizar esferovite ou


plástico ou cartão forte);
- Tintas diversas (ou papel colorido e cola).

Elaboração: 1º Escolher o material a usar, desde que permita dimensões de


9cm x 4cm x 1cm, e no total obter 12 peças;
2º Colorir as peças, usar tintas ou colar papel colorido/cartolina.
Cada peça possui duas cores.

136
Dominó de quantidade em relevo

Descrição: O dominó de quantidade em relevo é um jogo adaptado que


procura auxiliar na discriminação visual das quantidades.
As peças são ampliadas para os utilizadores com dificuldades
em agarrar, desta forma podem manuseá-las mais facilmente. 137
Para uma melhor identificação da quantidade, utiliza-se feltro de
forma a dar relevo aos pontos, desta forma apela-se à
sensibilidade tátil-sinestésica do utilizador.
Para utilizadores com problemas visuais (por exemplo, baixa
visão) criar um bom contraste visual entre a peça e os pontos,
por exemplo vermelho com fundo branco.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ Pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas com baixa-visão
Material: - Madeira com 9cm x 4cm x 0,5cm (ou utilizar esferovite ou
plástico ou cartão forte);
- Feltro ou outro tipo de papel/tecido com textura;
- Tesoura e Cola forte;
Elaboração: 1º Escolher o material a usar, desde que permita dimensões de
9cm x 4cm x 0,5cm, no total obter 12 peças. Se necessário
pintar as peças base para contrastar com os pontos;
2º Cortar o feltro (ou outro material) em formato de círculos, com
cerca de 1 cm de diâmetro, aproximadamente.
3º Colar os círculos na base, formando as diferentes
quantidades.

137
Dominó de figuras geométricas

Descrição: O dominó de figuras geométricas é um jogo adaptado que


procura auxiliar na discriminação visual e táctil dessas figuras.
As peças são ampliadas para os utilizadores com dificuldades
em agarrar, desta forma podem manuseá-las mais facilmente.
138
Para uma melhor identificação das figuras geométricas, utiliza-se
feltro de forma a dar relevo, desta forma apela-se à sensibilidade
tátil-sinestésica do utilizador.
De forma a tornar a atividade didática mais apelativa e cativante
ao utilizador, optar por utilizar cores contrastantes e vivas (azul,
vermelho, amarelo e verde).

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ Pessoas com dificuldades em agarrar/
Pessoas com baixa-visão
Material: - Madeira com 9cm x 4cm x 0,5cm (ou utilizar esferovite ou
plástico ou cartão forte);
- Feltro ou outro tipo de papel/tecido com textura;
- Tesoura e Cola forte;
Elaboração: 1º Escolher o material a usar, desde que permita dimensões de
9cm x 4cm x 0,5cm. Total de 12 peças;
2º Cortar o feltro (ou outro material) em diferentes formatos,
(círculos, triângulos, quadrados, retângulos…).
3º Colar as figuras na base, formando as diferentes
combinações.

138
Dominó de Texturas

Descrição: O dominó de texturas é um jogo adaptado que permite o


desenvolvimento da discriminação visual de padrões e

139
descriminação táctil, requisitos importantes para pessoas com
alterações sensoriais e dificuldades para descriminar,
perceptualmente, estímulos visuais.
As peças são confecionadas com diferentes tecidos, desde, lã,
veludo, malha, seda, feltro, espuma, lixa… o importante é
garantir uma diversidade de texturas, para explorar o
reconhecimento e sensação táctil. Para melhor manuseio as
peças são ampliadas para os utilizadores com dificuldades em
agarrar.
Apelar pelo reconhecimento de texturas, também procura
desenvolver e estimular a curiosidade do utilizador, assim como
os conceitos de alcançar, pegar, sentir, buscar e direcionar.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ Pessoas com baixa-visão

Material: - Madeira com 9cm x 4cm x 0,5cm (ou utilizar esferovite ou


plástico ou cartão forte);
- Tecidos com diferentes texturas: lã, veludo, malha, seda, feltro,
espuma, lixa…;
- Tesoura e Cola forte;
Elaboração: 1º Escolher o material a usar para a base, desde que permita
dimensões de 9cm x 4cm x 0,5cm. Total de 12 peças;
2º Cortar os tecidos com diferentes texturas em formato
quadrado com 4cm x 4 cm. Ou optar por outro formato.
3º Colar os tecidos na base, formando as diferentes
combinações.

139
1/2 Batalha Naval Adaptada

Descrição: A Batalha naval adaptada, consiste em adequar a tradicional


batalha, tornando-a possível a pessoas com problemas de visão
(baixa-visão, cegueira…) jogarem de forma autónoma e
independente.
140
A adaptação consiste em adaptar um 2 tabuleiro de raiz, com a
particular idade de possuírem um corte em ângulo no lado
superior direito, tiras em relevo para limitar os espaços, letras e
números ampliadas e em relevo e uso de cores vivas (vermelho
e amarelo), para proporcionar ao utilizador maior e melhor
orientação durante a atividade.
Para melhor controlo e manuseio das peças, é utilizado velcro
nos barcos/rolhas e colocado nos espaços do tabuleiro, irá
conferir melhor aderência e fixação na relação peças-tabuleiro.
Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão (baixa-visão,
cegueira…)
Material: - 2 Tabuleiro-base de cortiça/cartão duro/esferovite com 32cm x
32cm, e de espessura cerca de 0,5 cm, com um corte em
ângulo no lado superior direito;
- Lixa ou cartão com 0,5 cm de espessura (tiras para limitar as
divisões);
- Tintas, cor amarela e vermelha, (devem aderir bem a cortiça ou
esferovite);
- Régua, tesoura e serra;
- Velcro;
- 8 Barcos em miniatura/ 8 rolhas de cortiça.

140
Elaboração: 1º Para a base utilizar cortiça/carão duro/ esferovite com 32cm x
32cm x 0,5cm, comum corte em ângulo no lado superior direito.
Este corte, funcionará como orientação ao utilizador, para
perceber a disposição do tabuleiro;
2º Pintar os tabuleiros de amarelo;
3º Fazer as marcações lápis e régua: os tabuleiros são
constituídos por cinco colunas com 8 quadrados (o primeiro
vazio e do segundo ao oitavo com as letras de A à G,
respectivamente, ampliadas e em relevo) de 4,2cm cada; e
outras 4 colunas em formato retangular medindo 6,2 cm (do
segundo ao quarto numerados de 1 a 4, respectivamente,
ampliados e em relevo); (ver imagens)
4º Nas marcações anteriores são coladas tiras de cartão
duro/lixa com 0,5 cm de espessura. Estas tiras devem ser
pintadas a vermelho e garantir que limitam todos os espaços. É
importantes que os espaços fiquem limitados com relevo, pois
irão facilitar a orientação do utilizador;
5º Utilizar 8 barcos em miniatura, ou 8 rolhas de cortiça. Se
necessário colocar velcro nos espaços do tabuleiro e nas peças
(barcos ou rolhas), para maior controlo e fixação.
141

2/2
141
1/2 Jogo da Trilha/ Moinho Adaptado

Descrição: O jogo da trilha/moinho adaptado trata-se de um tabuleiro


adaptado, que tem como base o jogo tradicional, no qual é
colado nos seus 24 pontos círculos de velcro. Para melhor
orientação e movimentação, por parte do utilizador, entre os 142
pontos é colocado tiras de lixa com 0,5 de espessura, permitindo
maior conhecimento do espaço de jogo. As peças de jogo
também são adaptadas, pelo que 12 são com textura e 12 lisas,
para diferenciação das mesmas, e possuem velcro na base,
garantindo maior fixação e imobilidade no tabuleiro
Este jogo tem reúne vários objetivos aos utilizadores, entre eles,
procura desenvolver a capacidade de previsão de resultados e fazer
uso da discriminação de formas e texturas e desenvolver a orientação
espacial, estimulando o raciocínio; de forma ajudar o jogador a
desenvolver sua concentração, sua capacidade de observação e a
formulação de estratégias; pretender trabalhar questões como limites,
regras e tempo de espera, e essencialmente visa facilitar a
socialização através da recreação, onde os jogadores possam
interagir com seus colegas de modo rápido e fácil.

Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão (baixa-visão,


cegueira…)
Material: - Tabuleiro em cortiça/madeira/esferovite/cartão duro, 40cm x
40cm x 2cm;
- 24 Círculos com 2cm de diâmetro e 1 cm de espessura
(cortiça/madeira/esferovite/cartão duro);
- Tecido com textura;

142
- Velcro;
- Lixa;
- Tesoura e cola forte.

Elaboração: 1º O tabuleiro base, em madeira/esferovite/ cartão duro, deve ter


de dimensão 40cm x 40cm x 2cm. Possui linhas horizontais,
verticais e diagonais, (sendo que as linhas que definem a
formação do tabuleiro são as de alto-relevo de formação da trilha
em velcro). (ver modelo padrão);
2º São feitos 24 pontos, com diâmetro de 2cm, onde será colado
círculos de velcro (parte áspera) com a mesma dimensão;
3º Entre os pontos, as linhas que os interligam, colocar tiras de
lixa com 0,5 cm de espessura, com o objetivo de orientar o
jogador;
4º Nas peças de jogo, 24 círculos com 2cm de diâmetro e 1 cm
de espessura em cortiça/madeira/esferovite/cartão duro, colocar
velcro (parte macia) na base, irá fixar no tabuleiro;
5º Diferenciar as peças, colocar 12 com textura (a gosto) e 12
lisas, este facto permitirá aos jogadores distinguir as suas peças.

143

2/2
143
1/2 Jogo do Galo Adaptado

Descrição: O jogo do galo adaptado consiste em adequar um tabuleiro e


peças de forma a ser manuseado e utilizado por pessoas com
dificuldades de visão (baixa-visão, cegueira…). 144
As adaptações, parte, por utilizar um tabuleiro e peças de
grandes dimensões, usando velcro e lixa (ou outro material
rugoso), para o reconhecimento táctil.
Este jogo adaptado tem por finalidade, proporcionar ao utilizador
a perceção táctil, trabalhar com o sentido de busca de direção
(estimular a memória imediata e raciocínio lógico), discriminar
posição, estabelecer comparação (utilizar os planos verticais,
horizontais e eixos cartesianos) e formular estratégias.

Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão (baixa-visão,


cegueira…)

Material: - Tabuleiro em esferovite/ cortiça/ cartão duro com dimensões de


32cm x 32cm x 1 cm;
- 5 Círculo em esferovite ou cartão duro com 8 cm de diâmetro;
- 5 Peças em formato de X ou cruz, em esferovite ou cartão
duro, com dimensões de 7cm x 7cm;
- Velcro;
- Lixa ou cartão;
- Tintas: vermelho e amarelo/azul.

144
Elaboração: 1º Escolher o material para o tabuleiro, garantir que tem
dimensões de 32cm x 32cm x 1cm. O tabuleiro é constituído por
3 colunas com 3 quadrados em cada, medindo 10 cm. Se
necessário pintar o tabuleiro com cor preta ou branca;
2º Limitar os 9 quadrados com lixa ou cartão duro, com
espessura de dimensões 0,5 cm, com objetivo de ser percetível
ao tato e delimitar os espaços. Se necessário pintar estes limites
em vermelho ou outra cor contrastante;
3º No centro de cada espaço colocar velcro (parte áspera);
4º Cortar 5 círculos e 5 peças de formato x ou cruz, em
esferovite ou cartão duro;
5º Pintar as peças em circulares e em formato x ou cruz, com cor
vermelha e amarela/azul, respetivamente;
6º Colocar velcro (parte macia) na base das peças, para fixação
no tabuleiro.

145

2/2
145
1/2 Jogo da Memória I

Descrição: O Jogo da Memória I, consiste num tabuleiro adaptado com 24


divisões de 5,5cm x 5,5cm, com os seus limites salientados,
juntamente com 24 peças de 5cm x 5cm com diferentes texturas.
Os objetivos principais deste jogo são o desenvolvimento da
146
memória e perceção táctil e noção de limites/espaço, estes
parâmetros irão permitir trabalhar a atenção concentrada do
utilizador.
O jogo adaptado consiste num tabuleiro com divisões, em que
se encontram limitadas por lixa ou cartão duro, de forma a criar
relevo e os seus limites de espaço serem facilmente
reconhecidos pelo tato, criando melhores condições de
orientação ao utilizador. As peças são em formato de quadrado
e possuem diferentes texturas (algodão, espuma, feltro, lixa…) e
devem ser coincidentes aos pares, para fazer a correspondência
quando 2 peças apresentarem o mesmo material.

Destinatários: Pessoas com problemas/dificuldades de visão (baixa-visão,


cegueira…)

Material: - Tabuleiro em esferovite/ cortiça/ cartão duro com dimensões de


36cm x 24cm x 1 cm (ou 2 cm de espessura);
- 24 Quadrados em esferovite/cortiça/cartão duro com
5cmx5cmx1cm;
- Velcro;
- Lixa ou cartão;
- Tecidos com diferentes texturas: lã, veludo, malha, seda, feltro,
espuma, lixa, algodão…;
- Tesoura e Cola forte.

146
Elaboração: 1º Escolher o material para o tabuleiro, garantir que tem
dimensões de 36cm x 24cm x 1cm. O tabuleiro é constituído por
24 quadrados, medindo 5,5cm x 5,5cm. Se necessário pintar o
tabuleiro;
2º Limitar os 24 quadrados com lixa ou cartão duro, deve ter de
dimensões 0,5cm x 0,5 cm x 0,5 cm, com objetivo de ser
percetível ao tato e delimitar os espaços. Se necessário pintar
estes limites em vermelho ou amarelo ou outra cor contrastante;
3º Cortar 24 quadrados de esferovite/cortiça/cartão duro com
5cmx 5cm x 1cm;
4º Colar nos quadrados (cortados no passo anterior), os tecidos
com diferentes texturas. Os tecidos devem ter 5cm x 5cm para
envolver a superfície da peça. Garantir que existem
correspondência aos pares com a mesma textura.

Dica: Para um melhor controlo e manuseio tanto das peças, como na


correspondência peça-tabuleiro, colocar velcro nos espaços do
tabuleiro e na base das peças. Irá permitir uma melhor fixação
das peças no tabuleiro.

147

2/2
147
Jogo da Memória II

Descrição: O jogo da memória II é uma adaptação com o objetivo de auxiliar


o desenvolvimento da memória visual dentro de um espaço
delimitado e permite trabalhar com a atenção concentrada.
Os materiais são simples e resistentes, consiste em utilizar
148
tampas de frascos, por exemplo da maionese. Os tamanhos
podem variar e devem ser escolhidos de acordo com o utilizador.
Ou seja, para um utilizador com maior dificuldade de motricidade
fina, devem ser utilizadas tampas de maiores dimensões. Para
utilizadores com maior controlo, as tampas podem ter dimensões
mais pequenas. Como forma de estimular e desenvolver
competências no utilizador, as tampas devem ser ajustadas
(quanto ao seu tamanho) ao longo do tempo para procurar
evolução quanto ao manuseio.
Para fazer corresponder aos pares, nas tampas são coladas
imagens que podem abordar diversas temáticas.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina
Material: - Tampas de frascos (exemplo: maionese, embalagens de bolas
de ténis…);
- Diversas imagens (2 de cada para correspondência de pares);
- Tesoura e cola.
Elaboração: 1º Escolher as tampas de frascos a utilizar;
2º Selecionar imagens, 2 de cada, para possibilitar a
correspondência de pares entre elas;
3º Colar as imagens nas tampas.

148
Quebra-Cabeça de cubos

Descrição: O Quebra-cabeça de cubos permite trabalhar com a perceção


visual, preensão e discriminação de figuras (parte ou todo).
O jogo é composto por 4 caixas de papelão (ou cubos em
esferovite) e cada parte apresenta uma figura, sendo possível
montar 6 desenhos diferentes. O manuseio do cubo foi
149
idealizado para a coordenação com ambas as mãos (bimanual).
Indicado para utilizadores que apresentam distrofia muscular.
Por ser um material leve, não é recomendado para pessoas que
apresentam movimentos involuntários, nesse caso, seria
recomendado cubos mais pesados, por exemplo em madeira.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina/ Pessoas com distrofia muscular
Material: - Caixas de papelão (as dimensões depende do material
disponível e preferível, devem ser 4 caixas com as mesmas
dimensões);
- Várias Imagens;
- Cola, tesoura e papel para plastificar.

Elaboração: 1º Escolher as caixas a utilizar. Normalmente são utilizadas 4


(podendo ser 6 ou 8), com as mesmas dimensões;
2º Escolher imagens. A mesma imagem deve ter dimensões
suficientes para dividir em 4. Como é necessário 1 imagem para
cada face, são necessárias 6 imagens;
3º Cortar as imagens em 6 partes, e fazer corresponder cada
parte a uma face. Colá-las nos cubos. Notar que cada cubo deve
ter 6 imagens diferentes, para no conjunto dos 4, ser possível a
montagem da imagem na íntegra;
4º Plastificar os cubos, para melhor acabamento e maior
durabilidade.

149
Bola de Estimulação Visual

Descrição: A bola de estimulação visual pretende desenvolver a perceção


visual, táctil e coordenação viso-motora. É utilizado tecido em
alto padrão em contraste, indicado para utilizadores com baixa-
visão, para facilitar a sua localização.
150
Esta adaptação pode ser utilizada para de diversas maneiras,
jogar, rolar, chutar, passar por obstáculos, arrastar, engatinhar,
andar…
.

Destinatários: Pessoas com dificuldades visuais: baixa-visão

Material: - Tecidos com cores em alto padrão em contrataste;


- Esponja ou espuma para o enchimento;
- Linhas, tesoura e agulha.

Elaboração: 1º Utilizar tecidos com cores contrastantes, as medidas devem


ser ajustadas a cada situação. Se criança, dimensão mais
pequena, se adulto optar por dimensão maiores;
2º Utilizar linha e agulha para coser o tecido, deve ter o formato
de bola;
3º Encher a bola com esponja ou espuma.

150
Bola de Estimulação Auditiva e Táctil

Descrição: A bola de estimulação auditiva e táctil pretende desenvolver a


perceção auditiva e a coordenação viso-motora. É utilizado
tecidos com diferentes cores e texturas, e coloca-se guizos no
interior no seu interior, indicado para utilizadores com baixa- 151
visão ou problemas intelectuais, para estimular e cativar em
diversas áreas.
Esta adaptação pretende sobretudo que o seu utilizador localize
a bola por meio do som, identifique e descrimine as diferentes
texturas, realizar diversas atividades (jogar, rolar, chutar, passar
por obstáculos, arrastar, engatinhar, andar…) através da
descoberta do som e texturas, captando a sua atenção.
Estas atividades de perceção visual, viso-motora e auditiva
integram o processo de aprendizagem da pessoa e a sua
socialização.

Destinatários: Pessoas com dificuldades visuais: baixa-visão/


Pessoas com problemas intelectuais

Material: - Tecidos com diferentes cores e texturas;


- Esponja ou espuma para o enchimento e guizos;
- Linhas, tesoura e agulha.

Elaboração: 1º Utilizar diferentes tecidos com diferentes cores e texturas, as


medidas devem ser ajustadas a cada situação. Se criança,
dimensão mais pequena, se adulto optar por dimensão maiores;
2º Utilizar linha e agulha para coser o tecido, deve ter o formato
de bola;
3º Encher a bola com esponja ou espuma e colocar guizos para
a identificação sonora.

151
Capa estimulação visual

Descrição: A capa de estimulação visual é uma adaptação que pode ser


utilizada em biberões, garrafas de plástico (água, sumo…),
copos, canecas…com intenção de organizar, fixar e desenvolver
o seguimento visual, bem como, estimular a preensão e a 152
coordenação viso-motora. Trata-se de uma capa feita com riscas
alternadas, quer seja horizontalmente ou verticalmente, de
tecido em cores contrastantes.
As cores vivas e contrastante irão atrair o olhar e prender a
atenção do utilizador, com o objetivo de incentivá-lo a comunicar
visualmente na busca do objeto conhecido e desejado, e
procurar que este seja capaz de o segurar e usá-lo
corretamente.
Destinatários: Pessoas com dificuldades visuais: baixa-visão/
Pessoas com problemas intelectuais
Material: - Tecidos em cores contrastantes (preto+branco ou
branco+vermelho ou preto+amarelo);
- Velcro, tesoura, linha e agulha;
Elaboração: 1º Cortar tecido necessário para a utilização a que se destina
(quer seja biberão, garrafa, copo…);
2º Coser o tecido alternando por riscas as cores, de forma obter
um conjunto de riscas horizontais ou verticais, com o objetivo de
criar maior impacto visual;
3º Adequar a capa à dimensão do objeto a que se destina, se
necessário recorrer a velcro para um melhor ajuste.

152
1/2 Puzzle Adaptado

Descrição: O puzzle adaptado pode ser obtido de diversas aplicações, no


entanto, o objetivo é comum, criar condições de acessibilidade
que permitam ao utilizador o manuseio e montagem do puzzle.
Para que tal seja possível e dada a condição da pessoa, com 153
pouca motricidade fina e dificuldades em agarrar, é necessário
recorrer ao uso de velcro ou pinos.
O uso de velcro é destinado a utilizadores com dificuldades
motoras mais severas, pode ser colado na parte de cima da
peça do puzzle, e utilizador usa uma pulseira com velcro, para o
manuseio das peças. Outra finalidade em usar velcro, é colá-lo
na base das peças, e ter uma superfície limitada com a parte
contrária do velcro, e o objetivo seria maior fixação na
montagem.
Utilizar pinos, madeira/plásticos (exemplo utilizar canetas/lápis),
nas peças do puzzle é destinado a pessoas com pouca
motricidade fina, mas no entanto possuem um agarrar mais
volumoso, desta forma permite-lhes mover e encaixar as peças.

Destinatários: Pessoas com dificuldades motoras que possuem pouca


motricidade fina (difilcudades em agarrar e manusear peças
pequenas)
Material: - Velcro;
- Pinos de madeira/plástico (por exemplo utilizar
canetas/lápis…), com mínimo de diâmetro 1 cm e comprimento
depende do utilizador;
- Cola;

153
Elaboração: 1º Analisar a da situação, se necessário ajuda para fixar as
peças ou para manipulá-las;
2º No caso da fixação de peças, é necessário uma superfície,
por exemplo utilizar cartolina ou cartão, onde será colado velcro
(parte áspera), tendo em atenção a montagem do puzzle. Se
necessário limitar a zona com caneta. Nas peças do puzzle colar
velcro (parte macia) que irá fixar na base. Esta adaptação
permite, uma melhor estabilização das peças;
3º Caso a necessidade seja manipular as peças, primeiro
analisar a condição do utilizador e as características do puzzle
(se papel, plástico, cubo ou peças), e escolher entre utilizar
velcro ou pinos.
A- Para a utilização do velcro é necessário, colá-lo na parte
de cima das peças (parte áspera), e para uma situação
mais confortável e cómoda ao utilizador, criar uma pulseira
com velcro (parte macia), que irá interagir com as peças.
(Pulseira pode ser de feltro ou outro material disponível).

B- Para usar os pinos, é necessário cola para os fixar as


peças, e estes podem ser de madeira, plástico, e como

154
forma de reaproveitar o material, utilizar canetas ou lápis
para o efeito. Os pinos são colados verticalmente nas
peças, de forma a permitir ao utilizador, manipulá-las ao
agarrar no pino. Este tipo de adaptação é mais indicado
para puzzles do tipo cubo, caso seja utilizado em papel,
garantir que o material dos pinos é leve.

2/2
154
Cubo Mágico Adaptado

Descrição: O Cubo Mágico Adaptado trata-se de um brinquedo adaptado


para pessoas com problemas de visão, principalmente pessoas
cegas.
A adaptação é simples e fácil de confecionar, consiste em colar 155
materiais de diferentes texturas/géneros num cubo mágico
tradicional, de forma, a serem percetíveis e distintos entre si
usando as mãos.
Os principais objetivos do cubo adaptado, consiste em
proporcionar ao utilizador perceção de texturas diferentes, de
modo a estudar e desenvolver a sua coordenação motora, o
cognitivo, a concentração, a atenção, o pensamento e a
estratégia.
Destinatários: Pessoas com problemas de visão (principalmente pessoas
cegas)
Material: - Cubo Mágico;
- Seis Materiais com texturas/género diferentes (arame, velcro,
lixa, alumínio, algodão, cetim, moedas, anéis, pioneses,
teclas…);
- Cola-quente ou cola forte;
- Tesoura e Alicate.
Elaboração: 1º Escolher o material a utilizar. É necessário seis tipos de
materiais com textura ou género diferente;
2º Cortar o material de forma a preencher os quadradinhos do
cubo, não devem exceder a dimensão de 1,5cmx1,5cm;
3º Com cola quente, colar os pedaços cortados anteriormente
nos respetivos quadrados. (Ver os diferentes exemplos das
imagens)

155
Raquete Pingue- Pongue adaptada

Descrição: A raquete de pingue-pongue adaptada irá facilitar o


segurar/agarrar da raquete a utilizadores com dificuldades a
nível das mãos (força limitada ou problemas em agarrar).
Esta adaptação consiste em fixar a raquete de pingue-pongue
156
numa luva de ciclismo, de forma a permanecer imóvel e permitir
ao utilizador com dificuldades, jogar de forma autónoma e
segura.

Destinatários: Pessoas com força da mão limitada/ Pessoas com dificuldades


em agarrar

Material: - Luva de Ciclismo;


- Raquete de pingue-pongue;
- Faixa de couro com 10cm de largura quando dobrado (20cm no
total) e 30cm de comprimento;
- Rebites de couro ou linha e agulha forte;
- 2Parafusos com porca.

Elaboração: 1º Dobrar a faixa de couro, de modo a ter as dimensões de 10cm


de largura por 15cm de comprimento, ou seja, dobrar em
comprimento e largura (ver imagens);
2º Fixar a faixa de couro na luva de ciclismo, utilizando os
materiais sugeridos ou outros que sejam viáveis e seguros ao
utilizador;
3º Unir a raquete à palma da luva, utilizando parafusos com
porca ou pregos, garantindo que permaneça imóvel durante o
seu uso, e não seja perigoso para o utilizador. (ver imagens)

156
Apanha Bolas Adaptado

Descrição: Apanha bolas adaptado, consiste em fixar um cabo a um balde


com uma grelha com elásticos no seu fundo.
Esta adaptação irá permitir à pessoa com mobilidade reduzida 157
apanhar as bolas, especialmente de pingue-pongue
(completando a raquete adaptada descrita anteriormente). As
bolas são apanhadas pelo sistema de grelha com elásticos, e o
alcance às mesmas é facilitado devido ao cabo fixo ao balde.

Destinatários: Pessoas com mobilidade reduzida

Material: - Cabo de madeira/ plástico (exemplo cabo de vassoura) com


cerca de 130 cm de comprimento e 1,5cm a 2cm de diâmetro;
- Elástico suficiente para formar a grelha, como se vê nas
imagens;
- Balde de plástico ou metal sem fundo;
- Parafusos ou cola forte.

Elaboração: 1º Prender o elástico no fundo do balde, formando uma grelha,


como se vê nas figuras;
2º Fixar o cabo de madeira no balde, utilizando pregos/
parafusos com porca ou cola forte. Deve ficar bem fixo e imóvel,
para não comprometer o seu uso.

157
158

158

Você também pode gostar