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A Vida Quotidiana No Séc
A Vida Quotidiana No Séc
XIII
1. Ordens sociais
A população portuguesa no séc. XIII era constituída por três grupos sociais:
nobreza: grupo privilegiado que possuía terras, não pagava impostos, recebia impostos e
aplicava a justiça nas suas terras. A sua principal actividade era combater;
clero: grupo privilegiado que possuía terras, não pagava impostos, recebia impostos e aplicava a
justiça nas suas terras. A sua principal actividade era prestar serviço religioso;
povo: grupo não priveligiado que trabalhava nas terras do rei, da nobreza e do clero e que ainda
tinham que pagar impostos.
Nestas terras era o nobre que aplicava a justiça, recrutava homens para o seu exército e
recebia impostos de todos os que lá trabalhavam. Em troca, tinha como obrigação proteger
as pessoas que estavam na sua dependência.
Distrações:
À noite entretinham-se com jogos de sala, como o xadrez e dados, com os saltimbancos, que
faziam proezas, e com os jograis, que tocavam e cantavam.
Casa senhorial:
o salão era o aposento mais importante e era onde o nobre dava as suas ordens, recebia os
hóspedes e onde serviam-se as refeições;
o mobiliário existente na casa era uma mesa, arcas para guardar a roupa e outros objetos
domésticos, poucas cadeiras e bancos chamados escanos;
para a iluminação durante a noite utilizavam-se lamparinas de azeite ou tochas e velas de cera e
sebo.
faziam-se normalmente duas refeições, o jantar e a ceia, onde predominava a carne, pão de
trigo, vinho, queijo e um pouco de fruta.
Por outro lado, os camponeses tinham uma vida dura e difícil. Trabalhavam seis dias por
semana nos campos dos senhores nobres e ainda tinham que lhes pagar impostos pois só
assim garantiam proteção.
Casa do camponês:
tecto de colmo, paredes de madeira ou pedra, quase sem aberturas, e chão em terra batida;
tinha só uma divisão e havia pouca mobília;
baseava-se em pão negro, feito de mistura de cereais ou castanha, acompanhado por cebolas,
alhos ou toucinho. Apenas nos dias festivos havia queijo, ovos e bocados de carne.
clero secular: padres, bispos e cónegos que viviam junto da população nas aldeias ou cidades;
clero regular: frades (ou monges) e freiras que viviam nos mosteiros ou conventos.
A vida no mosteiro era dirigida pelo abade ou abadessa. Os monges dedicavam a sua
vida a Deus e ao serviço religioso, meditavam, rezavam e cantavam cânticos religiosos.
Todos os mosteiros tinham enfermarias onde os doentes eram recolhidos e tratados pelos
monges. Era também dada assistência aos peregrinos que se dirigiam aos santuários
para cumprir promessas ou para rezar.
a refeição principal era tomada em comum e em silêncio, no refeitório: sopa, pão, um pouco de
carne ou peixe nos dias de abstinência.
Existia ainda uma assembleia de homens-bons, formada pelos homens mais ricos e
respeitados do concelho, que resolvia os principais problemas do concelho.
Elegiam juízes entre si para aplicar a justiça e os mordomos que cobravam os impostos.
Os concelhos eram formados por uma povoação mais desenvolvida (a vila) e por
localidades rurais à sua volta (o termo).
Muitos dos concelhos foram criados pelo rei mas houve alguns também criados por
grandes senhores da nobreza e pelo clero nos seus senhorios e surgiram da necessidade
de garantir o povoamento e a defesa das terras conquistadas aos mouros e para
desenvolver as atividades económicas.
Principais atividades:
Distrações:
Banquetes e saraus (festas à noite) onde havia espetáculos de jograis (os jograis cantavam e
tocavam instrumentos musicais).